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Oscar - Collazos - Cuentos Escogidos PDF
Oscar - Collazos - Cuentos Escogidos PDF
tomo vi
biblioteca
vi
de literatura
afrocolombiana 3
ministerio
de cultura
a p oya n
Dirección de Poblaciones
Biblioteca Nacional de Colombia
c o l e cc i ó n d e l i t e r at u r a
afrocolombiana
comité editorial
Roberto Burgos Cantor
Ariel Castillo Mier
Darío Henao Restrepo
Alfonso Múnera Cavadía
Alfredo Vanín Romero
M i n i s t e r i o d e C u lt u r a
Carrera 8 Nº 8-09
Línea gratuita 01 8000 913079
) (571) 3424100
Bogotá D.C., Colombia
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prólogo
Experiencia y huella:
los cuentos de Óscar Collazos 11
A l e j a n d r o Jo s é L ó p e z C á c e r e s
El eclipse 82
1 155
2 159
3 160
Contando 189
Noticias 192
P o r A l e j a n d r o J o s é Ló p e z C á c e r e s 1
1
Aunque a todos nos ocurre, muy pocos tienen consciencia
plena de ello. La vida nos propicia una multitud de experiencias,
nuestra existencia transcurre en escenarios diversos, el mundo se
nos aparece repleto de objetos y eventos. Todo esto deja rastros
profundos en nosotros. Sin embargo, la posibilidad de expresar esté-
ticamente dichas huellas exige una sensibilidad especial. En el caso
de los escritores, abundan aquellos que saben referir una anécdo-
ta de manera divertida —gracias a esta habilidad, sus libros suelen
venderse a granel—; pero el arte del relato no se agota allí. La entre-
tención, por el contrario, es un mecanismo que está al servicio de
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12 A l e j a n d r o J o s é Ló p e z C á c e r e s
E x p e r i e n c i a y h u e l l a : lo s c u e nto s d e Ó sc a r Co l l a zo s 13
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E x p e r i e n c i a y h u e l l a : lo s c u e nto s d e Ó sc a r Co l l a zo s 15
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E x p e r i e n c i a y h u e l l a : lo s c u e nto s d e Ó sc a r Co l l a zo s 17
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Hubo un momento en el cual la figura de Óscar Collazos tomó
un fuerte protagonismo en la escena literaria de Latinoamérica. A
finales de 1969, el gran crítico uruguayo Ángel Rama le solicitó un
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3
La fecha llama la atención, y mucho: 2000. Este fue el año en que
se publicó la quinta colección: Adiós Europa, adiós. ¿Quiere decir
que durante más de veinticinco años dejó de escribir cuentos Óscar
Collazos? No exactamente. Si bien centró su atención especialmen-
te en otros terrenos —la novela, el ensayo, el periodismo—, hay un
hecho significativo, en relación con este género, que podríamos re-
memorar. En 1982, Collazos ganó el Premio de Cuentos Ciudad de
León, en España, con un libro titulado De un amor a otro mar. Al
parecer, la edición que realizó el Ayuntamiento fue muy deficiente
y este volumen nunca llegó a las librerías. El autor no lo menciona
cuando se refiere a su propia bibliografía. Resulta bastante proba-
ble que algunos relatos integrados en la colección que se publicó
en 2000 hayan sido reelaboraciones provenientes de aquel libro.
Otros habrían sido escritos posteriormente, como por ejemplo «Al-
guien llama a mi puerta», en el que se advierten aspectos de una
Cartagena más reciente y, sobre todo, referencias culturales nue-
vas —recordemos que Óscar Collazos regresó a Colombia y que,
a partir de 1989, se radicó definitivamente en la ciudad heroica—.
Adiós Europa, adiós no solo incluye cuentos compuestos aquí y allá
sino que recrea contextos europeos y colombianos. Cuando Marcos
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34 Ó sc a r Co l l a z o s
Cu e nto s e sco g i do s ( 1 9 6 4 - 2 0 0 6 ) 35
36 Ó sc a r Co l l a z o s
Cu e nto s e sco g i do s ( 1 9 6 4 - 2 0 0 6 ) 37
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Cu e nto s e sco g i do s ( 1 9 6 4 - 2 0 0 6 ) 39
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Cu e nto s e sco g i do s ( 1 9 6 4 - 2 0 0 6 ) 41
42 Ó sc a r Co l l a z o s
Cu e nto s e sco g i do s ( 1 9 6 4 - 2 0 0 6 ) 43
44 Ó sc a r Co l l a z o s
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46 Ó sc a r Co l l a z o s
Cu e nto s e sco g i do s ( 1 9 6 4 - 2 0 0 6 ) 47
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Cu e nto s e sco g i do s ( 1 9 6 4 - 2 0 0 6 ) 49
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Cu e nto s e sco g i do s ( 1 9 6 4 - 2 0 0 6 ) 99
100 Ó sc a r Co l l a z o s
102 Ó sc a r Co l l a z o s
104 Ó sc a r Co l l a z o s
106 Ó sc a r Co l l a z o s
108 Ó sc a r Co l l a z o s
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112 Ó sc a r Co l l a z o s
114 Ó sc a r Co l l a z o s
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118 Ó sc a r Co l l a z o s
120 Ó sc a r Co l l a z o s
122 Ó sc a r Co l l a z o s
124 Ó sc a r Co l l a z o s
126 Ó sc a r Co l l a z o s
128 Ó sc a r Co l l a z o s
130 Ó sc a r Co l l a z o s
131
132 Ó sc a r Co l l a z o s
teatro morales
hoy
social vespertina noche
(para mayores de 21)
134 Ó sc a r Co l l a z o s
136
138 Ó sc a r Co l l a z o s
140 Ó sc a r Co l l a z o s
142 Ó sc a r Co l l a z o s
144 Ó sc a r Co l l a z o s
146 Ó sc a r Co l l a z o s
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150 Ó sc a r Co l l a z o s
152 Ó sc a r Co l l a z o s
154 Ó sc a r Co l l a z o s
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156 Ó sc a r Co l l a z o s
158 Ó sc a r Co l l a z o s
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162 Ó sc a r Co l l a z o s
164 Ó sc a r Co l l a z o s
Bahía Solano
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168 Ó sc a r Co l l a z o s
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170 Ó sc a r Co l l a z o s
172 Ó sc a r Co l l a z o s
174 Ó sc a r Co l l a z o s
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178 Ó sc a r Co l l a z o s
180 Ó sc a r Co l l a z o s
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182 Ó sc a r Co l l a z o s
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190 Ó sc a r Co l l a z o s
A Marta Lynch
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194 Ó sc a r Co l l a z o s
196 Ó sc a r Co l l a z o s
198 Ó sc a r Co l l a z o s
200
202 Ó sc a r Co l l a z o s
204 Ó sc a r Co l l a z o s
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No sabía de dónde había llegado, qué traía en la pesada maleta
que parecía inclinarlo hacia el suelo con su gesto de fatiga y ex-
pec-tación, ni qué pasaba por su cabeza cuando recorría las calles,
distraído, como un niño, como un loco. «Un extranjero», empeza-
ron a decir, y detrás del extranjero iban y venían los muchachos,
hablándole con palabras que quizá no comprendía, sonidos que se
iban distorsionando para quedar en música monótona, en cantaleta
repetida hasta el fastidio. No era de aquí, de eso estaba segura. Ha-
bía desembarcado un día —¡sabrá Dios qué día!—, pero por sus ojos
se sabía que buscaba algo. Y tú, Alfonsina, te morías de las ganas de
verlo cuando pasaba frente a mi ventana, que era la ventana desde
donde se le veía pasar. «Hazte a un lado», decías. «Déjame verlo».
Y alzabas la vista sobre mis hombros para verlo. «¿Verdad que es
buen mozo?», preguntabas, sabiéndolo perfectamente, cuando ya te
habías respondido con tu secreta excitación. Y yo, silenciosa, empe-
zaba a adivinar que un día vendría a nuestra puerta de la casona de
Getsemaní, dejaría su maleta en la acera, llamaría y nos hablaría,
así no lo comprendiéramos.
Entonces, una de esas tardes, te hice salir de mi cuarto, y en
la soledad que aseguré trancando puertas y ventanas, tapando
los minúsculos orificios de las paredes, empecé a desnudarme, a
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208 Ó sc a r Co l l a z o s
210 Ó sc a r Co l l a z o s
2
Gino, Gino, te busco, recorro las habitaciones, enciendo las lám-
paras, escarbo en las paredes, levanto los tendidos, desbarato los
colchones, trastorno el orden de los armarios, sacudo el polvo, abro
y cierro las ventanas, buscándote, Gino, escudriñando los rincones,
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214 Ó sc a r Co l l a z o s
3
Qué le importa a ella lo que ha perdido, qué le importa Gino,
por mucho que lo llame, si para ella siempre fue la distracción de
sus horas libres. Anda por la casa como un animal atolondrado y
a duras penas me mira. Ahora ladra en su cuarto, como cualquier
perra triste. Anoche la he oído llamándolo y por poco la siento
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222 Ó sc a r Co l l a z o s
Ya es hora de dormir.
Cierra los ojos, Alfonsina
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No importa
todo puede ser posible y soportable
(hasta el vacío más hondo)
la pendiente que nos arrastra
los bandazos de uno a otro lado entre el fastidio,
(la indecisión
o el asco)
Pero lo único
lo verdaderamente terrible
es irse quedando sin pasado
verse una mañana con la página en blanco
trampeado por la historia que ya no nos pertenece
En este vacío no caben las interrogaciones
las palabras más firmes nos traicionan
las líneas que se escriben se tiran por el suelo
todo cuanto se coordine, ordene o entresaque
se reduce a las palabras, a putas y débiles palabras
Es entonces cuando
verdaderamente
los mitos inician su desolada e inevitable
congelación
Habrá entonces que pensar en otro oficio
en el más humilde, prosaico y banal de los oficios.
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264 Ó sc a r Co l l a z o s
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A G.G.M.
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i
Después de la partida de Claudio, mamá se había derrumbado en
un estado inconsolable. Solo dos semanas más tarde parecía salir del
abandono en que dejó la casa, habitualmente cuidada. La verdad es
que la llegada de nuestro hermano había trastornado el orden de la
casa, no tanto porque a mamá se le hubiese ocurrido darle una sor-
presa limpiando muebles, remendando colchas, escondiendo trastos
de mal ver, simulando un modesto equilibrio entre nuestras escasas
posesiones y el aspecto de nuestra vivienda como el artificio que sin
saberlo nos impuso, contagiados por la expectativa.
Tras dos años de no verlo, de tener noticias espaciadas, tarjetas
postales que repetían casi siempre la misma fórmula desde lugares
tan distantes como desconocidos por nosotros, la visita de Claudio
se convirtió en un acontecimiento. Mamá llegó a alertar incluso al
vecindario ofreciendo versiones sobre sus viajes de un punto a otro
de la Tierra. Del vínculo no quedaban en mí más que recuerdos
remotos, diría que debidos al sentimentalismo de mamá, empeci-
nada en recordarnos que no solo era el mayor de los hermanos sino
el que, por encima de su apatía (sus cartas eran de una repugnante
frialdad), había alcanzado una independencia que ya desearía en
cualquiera de nosotros.
A Claudio no lo recordaba del todo. Su última visita había sido
tan fugaz que no pude hacerme sino a una desdibujada silueta de
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332 Ó sc a r Co l l a z o s
ii
Cuando Rafa llegó con su esposa, visita inesperada pues mamá
no se entendía del todo con esa pobre muchacha pretenciosa, ya
estábamos reunidos todos los hermanos. Había venido también la
novia de Antonio, una gordita simpática y bacana, capaz de ponerle
animación a un entierro, de hacer reír a mamá y encima convencer-
la, cuando se había presentado la ocasión, de que bebiera un trago
de aguardiente y tratara de bailar con nosotros, muerta de vergüen-
za, ella que, según los tíos, había sido joven y hermosa y parrandera.
Afortunadamente a Rafa se le ocurrió traer una botella de ron blan-
co de la costa, abierta inmediatamente por Antonio, por encima de
las advertencias de mamá y las complicaciones de su úlcera. Cuan-
do ya la reunión prometía convertirse en parranda, animada por la
siguiente botella, la esposa de Rafa se metió a la cocina y se dedicó
a freír chicharrones y plátanos que estuvieron listos en menos de
media hora, cuando Antonio decidió tirarse por la borda y mandar
por otra de ron y cocacolas. Mamá salió entonces de su cuarto y
se sumó a la reunión. Nadie hablaba de Claudio. Si apareció en los
primeros momentos de la conversación fue como simple referencia,
a propósito de lo que le gustaba comer en los bailongos.
—Cuando bebe, lo que más le gusta es la yuca frita con pedaci-
tos de carne —dijo mamá—. Y la morcilla con arroz. Recuerdo que
agarraba unos tremendos daños de estómago cada vez que se toma-
ba sus tragos, porque no paraba de comer morcillas con arroz.
Mamá intentaba, con suspicacia y sin aspavientos, desviar la
conversación hacia sus recuerdos de Claudio. Antonio y Rafa se lo
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336 Ó sc a r Co l l a z o s
iii
Minutos antes de las siete pasó el taxista a recogernos. Antonio
se sentó atrás con ella y yo me hice adelante, aceptando la conver-
sación de don Eugenio, que manejaba a veces con escaso cuidado,
desentendiéndose de las señales, todavía adormilado. Mamá se afe-
rraba al brazo de Antonio, que no decía palabra. No le hacía mucha
gracia esta excursión al aeropuerto y de no haber tenido día libre en
la fábrica hubiera evitado las molestias de madrugar a las seis, que
no era para tanto.
Cuando al fin cogimos la autopista, el taxista puso más cuidado.
Solo dijo algo sobre la vida cara o sobre el precio de las carreras, que
el mes entrante se iban a reajustar. Tal vez fue una imprudencia de
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