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1.

Processo Penal pós 88

O processo penal serve primeiramente ao Réu, o Estado detentor do Jus Puniendi


precisa respeitar algumas regras para aplicar a sanção ao Réu, portanto, se faz mister o respeito as
garantias processuais.

O direito penal deve ser mínimo para ser eficaz, se for expandido se torna banal.

São dois sistemas, inquisitório e acusatório, o que define o sistema acusatório é a divisão
das funções, já o sistema inquisitório é definido pela junção destas funções, no acusatório um acusa,
outro julga.

Pela Constituição a linha metodológica brasileira é acusatório com traços inquisitórios,


porém, tendo em vista as normas infraconstitucionais mostram o contrário, por exemplo, alguém
preso provisoriamente, por ato de ofício do juiz, tal juiz já está direcionado a condenar o preso,
matando assim a imparcialidade, portanto, fica claro a linha inquisitória com traços acusatórios
presentes nas normas.

Ou ainda, no caso de protagonismo da prova, o juiz desce e faz o papel de uma das
partes (quase sempre o polo acusativo), buscando provas sem requerimento, visando sempre a
condenação.

A sentença toma por base as provas, que são feitas na fase pré processual, no inquérito, a
fase judicial é uma mera confirmação das provas, portanto a decisão é pautada com base no
inquérito, ficando novamente comprovado a linha inquisitória com traços acusatórios

O Juiz a partir do momento que vai atrás da prova, quebra o princípio da imparcialidade,
o processo nada ais é do que um conjunto de atos processuais, que, a depender da formatação,
resulto em um tipo de procedimento, com a finalidade de reconstruir o fato passado por meio das
provas.

DAS PROVAS

 Teoria das provas

Provar é elucidar a um fato passado, esclarecer o fato, a prova (art. 155 CPP) também se
relaciona com o resultado de um determinado procedimento adotado.

Só é considerado prova aquilo que foi produzido dentro de um procedimento em


contraditório, se não passar por esse procedimento é elemento meramente informativo (elemento
informativo também conta para o processo, com um peso menor do que a prova, mas conta), o
elemento deve ser qualificado pelo procedimento em contraditório para se tornar prova.

 Meios de prova

Procedimentos ou instrumentos que conduzem a comprovação do fato pretérito


(testemunha, documentos, perícias, reconhecimento de pessoas, acariação, etc).

 Meio de obtenção de prova


Meio de prova é o meio de se chegar a prova, não a prova em si, mas é possível se
chegar até prova por este meio.

 Sistemas de apreciação da prova

Sistema das ordálias → Nesse sistema a comprovação do fato passado ocorria por meios
irracionais vinculados ao divino ou a sorte.

Sistema da íntima convicção → Nesse sistema impera a subjetivade, pois o fundamento


da decisão não precisa ser exposto (tribunal do juri).

Sistema da prova tarifada ou prova legal → Toma por base a lei positivada, a prova
documental é mais importante que a prova testemunhal, a prova fica tarifada, portanto, ao final, o
juiz somente soma o peso das provas juntadas e decide, torna a valoração probatória totalmente
objetiva, retira por inteiro qualquer análise do julgador.

Sistema do livre convencimento motivado (adotado pelo Brasil, art. 155 CPP) → Livre
porquê não existe pontuação para as provas, a prova não é tarifada, portanto, a prova documental
não precisa ter mais peso que a testemunhal, o juiz é livre para apreciar o conjunto probatório, desde
que ele fundamente, impede a tarifação e exige a fundamentação.

O tripé da fundamentação, possui três bases, a primeira base é a lei, a segunda base de
sustentação é o processo (provas, descrição do fato, etc), pois as provas que podem confirmar o fato
se encontram no processo, a terceira base é a razão, a decisão judicial não é um ato de fé.

 Livre convencimento motivado (art. 93, inc. IX, CF e art. 155 CPP)

O substrato do livre convencimento é a prova, a convicção do juiz é formada por provas


e, subsidiariamente, outros elementos que elucidam ao fato.

Na redação do artigo 155 do CPP, diz que a fundamentação do judicial, em regra, deve
estar amparada pela prova produzida em juízo, podendo os elementos informativos colhidos na
investigação atuarem como mera complementação, o juiz pode fundamentar sua decisão somente
em elementos do inquérito quando a prova for cautelar (caracteriza pela urgência de se preservar o
objeto da prova), não repetível (aquela que não pode ser reproduzida posteriormente, como
testemunha que vem a óbito) ou antecipada (é quando a produção sob o crivo do judiciário se
antecipa para ser realizada fase de investigação, art. 225 CPP).

Art. 155 O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos
colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. (Redação dada
pela Lei nº 11.690, de 2008)
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições
estabelecidas na lei civil. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008).
Nas provas não repetíveis, como o contraditório não existe, a exceção do artigo não
pode ser aplicada neste caso, o juiz não pode condenar, exclusivamente, fundamentando sua decisão
em prova não repetível, o elemento não pode servir como prova devido à nulidade a qual está
atrelado, a falta do contraditório.
PRINCÍPIOS VINCULADOS A TEORIA DA PROVA

Princípio do contraditório: O contraditório material se faz com a positiva possibilidade de


influenciar a razão do juiz.
Ampla defesa: Instrumento do devido processo legal para comprovar a tese apresentada.
Paridade de armas: Tratamento igualitário
Comunhão das provas: A prova produzida, juntada ao processo pertence e não aquele que a
produziu.
Liberdade probatória: A liberdade de produzir provas é ampla mas não é absoluta, existem
restrições legais e constitucionais.
Princípio da inadmissibilidade da prova ilícita: As provas derivadas são aquelas que possuem
nexo com a prova ilícita inicialmente obtida, também são inadmissíveis.

Mesmo sendo resultado da ilícita, será possível sua utilização quando por nexo de uma investigação
paralelamente conduzida seria possível chegar ao mesmo objeto da prova, o artigo 157 § 2ºdo CPP
conceitua como se fosse fonte independente mas na verdade trata-se de descoberta inevitável.

Consequências das provas ilícitas:


1. Retirada do processo após decisão judicial;
2. Inutilização da prova por meio de incidente;
3. Impossibilidade de servir como fundamentação.

Alguns julgados entendem pela possibilidade da utilização da prova ilícita quando esta for favorável
ao Réu, em determinados processos o juizado tem antecipado a utilização de provas contrárias à
Constituição e a lei.

DA INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA

Nomenclaturas

Interceptação telefônica → Quando terceira pessoa faz a captação sem o consentimento dos
interlocutores;
Escuta telefônica → Quando apenas um dos interlocutores não tem conhecimento da captação da
conversa;
A interceptação e a escuta necessitam de autorização judicial
Gravação telefônica → Não existe terceira pessoa, um dos interlocutores grava a conversa.
Gravação telefônica não necessita de autorização judicial e pode ser meio de prova
A lei 9.296/96 regula a interceptação telefônica e não a ambiental, interceptação, escuta e gravação
ambiental tem regulação em outras leis (12.850/13)

Interceptação telefônica é distinta da quebra de dados telefônicos, a lei regula a interceptação e não
a quebra do sigilo.

Requisitos para a interceptação:

I – Existência de comprovação mínima da participação em infração penal;


II – Impossibilidade de obtenção da prova por outros meios;
III – Infração penal punida com pena de reclusão;
IV – Decisão judicial fundamentada (reserva de jurisdição, só o juiz pode decretar).

Legitimidade para requerer:

I – Delegado na fase pré processual


II – MP na fase pré processual e na fase processual
III – Juiz de ofício (existe posicionamento contrário a esta possibilidade face ao sistema acusatório)
O juiz se torna parte quebrando a imparcialidade

Prazo:

A orientação que prevalece quanto ao prazo é a seguinte: 15 dias podendo ser renovado este prazo
por igual tempo quantas vezes for necessário para o objetivo da investigação.

Regras gerais:

I – O pedido deve ser feito por escrito, mas por exceção pode ser feito oralmente;
II – Será instaurado um incidente processual (os autos são apartados, é um procedimento paralelo);
III – Será determinado o sigilo deste procedimento;
IV – As gravações que não servirem a investigação serão inutilizadas;
V – É crime interceptar sem autorização judicial ou quebrar o segredo de justiça indevidamente.

DA PROVA EMPRESTADA
É a utilização da prova produzida em um processo ou procedimento em outro processo ou
procedimento
Não há disciplina legal específica

Requisitos da prova emprestada:

I – Identidade no polo passivo das ações;


II – Identidade ou conexão entre os fatos de ambos os processos;

Se não existirem esses requisitos a prova ainda pode ser anexada ao processo, porém, não terá a
mesma natureza e. consequentemente, não terá a mesma força probatória.

INDÍCIO E PRESUNÇÃO 239 CPP

A base de um indício é a existência de um fato comprovado, a partir desse fato pode se chegar a
outros fatos ou circunstâncias, não pela prova, mas pela presunção, a existência de um outro fato é
presumida a partir de um fato já provado.
É possível condenar com base no conjunto de indícios, desde que eles conduzam ao juízo de certeza.

Valor probatório do indício:

Tem valor, porém reduzido

DO EXAME DE CORPO DELITO E DAS PERÍCIAS EM GERAL

Corpo de delito
Corpo de delito é a materialidade do crime, está ligado aos vestígios materiais deixados pelo crime.
Os vestígios podem desaparecer

Exame de corpo de delito


O exame de corpo de delito é a perícia realizada tendo por objeto a materialidade do crime
O exame de corpo de delito é indispensável quando há vestígio, a consequência da ausência do
corpo de delito nos crimes que deixam vestígio é a nulidade (art. 564, inc. III, alínea B, CPP)
Se o vestígio desaparecer o exame de corpo de delito poderá ser substituído por qualquer prova,
inclusive testemunhal (art. 167 CPP)
A jurisprudência relativizou a obrigatoriedade do exame de corpo de delito (consigo alcançar um
objetivo por outros meios portanto são válidos) isto porque a prova da materialidade pode ocorrer
por outros meios.

Espécies de exame
Exame de corpo de delito direto → É aquele que a análise é feita sem intermediário pois o perito
analisa o próprio vestígio.
Exame de corpo de delito indireto → O exame é realizado não no vestígio mas em outro objeto que
tenha vinculação com a materialidade delitiva.
Exame de corpo de delito indireto não se confunde com prova testemunhal

Prioridade do exame
Se o crime envolver violência contra a mulher, contra criança, adolescente, idoso, pessoa com
deficiência ou violência doméstica a realização do exame será prioritária

Perito
Perito oficial é aquele que está, de alguma forma, vinculado ao Estado (geralmente concursado) o
perito não oficial é o particular, nomeado exclusivamente para aquele ato
Se for oficial basta um perito para subscrever o ato, se for não oficial deve ter, no mínimo, dois
peritos
O perito não oficial precisa de idoneidade, curso superior preferencialmente na área, o perito não
oficial presta compromisso, o perito está sujeito as regras de suspeição e impedimento, sob pena de
nulidade.

Assistente técnico
A figura do assistente técnico está vinculado a uma das partes e não ao juízo
As partes podem indicar peritos para elaboração do parecer, apresentação de quesitos e
acompanhamento do exame.

Oitiva do perito em audiência


Para poder ouvir o perito em audiência é imprescindível apresentar as questões em juízo com 10
dias de antecedência, deve existir um conjunto mínimo de direcionamento, o perito responde de
maneira técnica.
Para que possa ser ouvido em audiência a parte interessada deve apresentar as questões para que
sejam encaminhadas ao perito com antecedência mínima de 10 dias.

Autópsia ou necrópsia
É o exame cadavérico, o principal objetivo da autópsia é descobrir a causa mortis, o exame deve ser
realizado 6 horas depois da morte, podendo ser realizado antes, apenas quando as circunstâncias
externar autorizam, confirmam a morte, como decapitação, pode ser feita de duas formas, interna e
externa, nos interessa o exame interno.
O exame interno será realizado quando houver infração penal a ser apurada e houver e houver
necessidade de se apurar alguma circunstância atenuante.
Decapitação, se há testemunha que viu a vítima ingerindo veneno antes, poderá ser feito exame
interno para verificar se ingeriu ou não

Exumação
Retirada do cadáver da cripta para que seja analisado, é a última opção por respeito aos familiares,
não tem tempo máximo para ser realizada

Exame complementar
Em lesão corporal se o primeiro exame for incompleto, aplicará este, a prova testemunhal pode
complementar o exame principal

Exame grafotécnico
É a comparação de grafias escritas para atestar o autor do escrito, a autoridade poderá utilizar
qualquer documento idonio.

Dos documentos
Prova documental é qualquer escrito, documento, instrumentos ou objetos que revelam algo por seu
conteúdo, seja publico ou particular.

Interrogatório do acusado
É o momento processual em que o réu presta depoimento perante o juiz, o qual tem a finalidade de
opor resistência a oposição acusatória, bem como influenciar na decisão a ser proferida.

Características
Oralidade → Em regra o interrogatório não pode ser feito por escrito, mas ele pode ter contato com
algumas anotações, ao surdo as perguntas serão feitas por escrito e as respostas serão orais, ao mudo
as perguntas serão feitas oralmente e as respostas serão escritas, ao surdo-mudo as perguntas e
respostas serão escritas, será chamado interprete em ultimo caso.
Se o interrogando não falar a língua nacional será nomeado interprete, mesmo se o juiz for fluente
na língua estrangeira.

Judicialidade → É um ato exclusivo do judiciário.

Pessoalidade → O interrogatório é um ato personalíssimo e não pode ser delegado.


Obrigatoriedade → O juiz tem o dever de designar dia e hora para o interrogatório do Réu, este ato
pode não ocorrer mas sempre por vontade do Réu, nunca por uma vontade imposta.

Réu solto devidamente intimado que não comparece, não tem que se falar em nulidade. Presume-se
o direito ao silêncio, existe posicionamento que defende a condução coercitiva quando tem a
necessidade de qualificá-lo

Réu preso que não é conduzido pelo Estado para o seu interrogatório não poderá continuar o
processo, o ato deverá ser redesignado, se o Réu preso não quer comparecer ao advogado sua
vontade deverá ser ratificada pelo advogado.

Local do interrogatório
Em regra, o Réu solto será ouvido na comarca do juízo e por exceção por precatória, o Réu preso
será ouvido no presídio (impossível fazer isso), por videoconferência ou no fórum da comarca do
juízo (regra), o Réu preso tem o DIREITO de ser ouvido perante o juiz da causa, havendo também a
possibilidade de ser ouvido por precatória
Videoconferência somente será deferida se atender umas das hipóteses do §2º do art. 185 do CPP

Direitos do interrogando
Quando possível, ser ouvido pelo juiz da causa
Ter contato prévio e reservado com o defensor
Nemo tenetur se detegere, sustente três direitos (do réu), direito da não autoincriminação, direito ao
silêncio, direito de mentir.

Direito a não autoincriminação → art. 8º, item 2, alínea g do pacto de São José da Costa Rica, o
princípio da não autoincriminação não está expressamente prevista na Constituição, a interferência
do Estado na pessoa para colheita de prova somente é possível se não exigir uma conduta ativa,
sendo apenas permitida a interferência quando for possível uma postura passiva.

COPIAR PARTE QUE FALTA


Da não auto-incrimminação
Existem situações que a conduta ativa não é bem caracterizada, como por exemplo, procedimento
para reconhecimento de pessoas; se não restar caracterizado a conduta ativa a prova será valida.

Direito ao silêncio
Art. 5 inc. 63 const.
Abrange todas as fazes
Para o interrogatório existe previsão do sistema indireto, art. 188, mas se utiliza o sistema direto
previsto no 212.
Havendo corréus, o interrogatório se realizará separadamente, art. 191
O ato do interrogatório pode ser repetido, desde que haja motivo, não é um direito do réu, é uma
faculdade do juiz, a repetição do interrogatório depende de decisão do juiz devendo ser comprovada
sua necessidade, art. 196.

Da Confissão
Significa que a pessoa assume a autoria da infração penal
A confissão no ordenamento jurídico brasileiro não tem valor absoluto, tem valor relativo, tendo a
vista a possibilidade de vício, portanto, não pode por si só embasar uma decisão, a confissão isolada
tem baixo valor probatório, precisa ser ratificada por outras provas.
A confissão pode ser feita em qualquer fase, inclusive, é válida se for feita em fase de inquisitória,
sem a presença do advogado.
A confissão é retratável, o Réu não está vinculado a confissão, ele pode voltar atrás e negar a autoria
do crime.
Art. 200, há dois posicionamentos sobre a retratação da confissão, o primeiro diz que a confissão
que foi retratada não poderá ser usada, tendo em vista a segurança processual, pois se usar a
confissão da qual o Réu se retratou, não existe sentido ter a possibilidade da retratação, portanto, a
retratação elimina a confissão.
A segunda vertente diz que a confissão que foi retratada pode ser usada.
A confissão é divisível, pode confessar parcela da acusação, não é obrigado a confessar toda a
acusação, se a decisão usa a confissão como fundamento aplica-se a atenuante, pouco importa se é
parcial ou total, pois a confissão foi importante para o convencimento do juiz.
Art. 198, o silêncio do acusado não importa em confissão, a segunda parte deste artigo é
inconstitucional, o silêncio não se volta contra o réu, não foi recepcionado pela Constituição.

Delação e colaboração premiada


Delação é quando um dos autores da infração indica de forma eficaz a participação de outras
pessoas, exemplo, art. 159 § 4º do CP.
Colaboração é quando um dos autores firma acordo para colaborar com a investigação mediante a
indicação e fornecimento de provas no sentido de elucidar as infrações penais praticadas pela
organização criminosa.
A constitucionalidade da delação e colaboração foi confirmada pelo STF, que repeliu os argumentos
éticos de que fomentava a traição.

Natureza jurídica da delação e colaboração premiada


É um meio híbrido, pode tanto ser usado como meio de obtenção de prova ou como meio prova,
depende de cada caso

Requisitos da colaboração
Legalidade, não há disponibilidade pare realizar a colaboração de forma livre, pois a lei estipula
regras e condições lei 2850.
Oportunidade, a colaboração premiada não é um direito subjetivo do colaborador, é preciso
consentimento mútuo da acusação e da defesa, critério de oportunidade e conveniência de ambas as
partes.
Voluntariedade, é realizada sem vício de consentimento, se a prisão servir única e exclusivamente
para fomentar a colaboração o princípio da voluntariedade estará comprometido.
Audiência do juiz, colaborador e defensor, sem a presença do MP (para evitar constrangimento), é
um meio de verificação da voluntariedade, para conferir se ela não está viciada.
Eficácia, a colaboração deve alcançar os resultados propostos.
Judicialidade, o juiz não participa do acordo, mas este só terá validade após homologação judicial,
a homologação serve para vincular o juiz, ou seja, dar segurança jurídica, para não aplicar o
benefício, deve alegar o vício de algum requisito.

Observações:
1. De acordo com a lei 12.850 a confissão não necessariamente é requisito na colaboração, exemplo,
revelar a estrutura hierárquica da organização criminosa, não necessita estar nessa hierarquia, a
confissão é requisito na delação.
2. A personalidade do colaborador não é requisito, mas sim critério de fixação dos benefícios.

Condições da colaboração
Somente haverá colaboração se for possível alcançar um dos seguintes resultados (não precisa
cumular, basta um):
▪ Identificação dos demais autores e das infrações praticadas;
▪ Revelação da estrutura da organização criminosa;
▪ Prevenção de outras infrações;
▪ Recuperação, total ou parcial, do produto ou do proveito econômico;
▪ Localização da vítima com integridade física preservada.
O colaborador abre mão do direito ao silêncio.

Prêmios ou benefícios
1. Não oferecimento da denúncia, desde que não seja o chefe da organização e seja o primeiro a
delatar;
2. Perdão judicial;
3. Redução em até dois terços da pena;
4. Substituição da pena privativa em restritiva;

Após a sentença o prêmio poderá ser:


1. Redução até a metade da pena;
2. Substituição do regime prisional;
Obs.: Na prática outros benefícios além daqueles previstos em lei são acordados como por exemplo
o máximo da pena ser aplicada e o cumprimento em regime domiciliar diferenciado.

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