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08/08/2017 ANÁLISE INSTITUCIONAL

  ANÁLISE INSTITUCIONAL
   
 
A  AI vai buscar saberes a todo o lado; de algum modo tem um
◄UE estatuto depredador;

  história

◄voltar sociologia

psicanálise

filosofia

etnologia

pedagogia

Para a soluçäo de todas as situaçöes de conflito que encontra, na


esperança de poder transformar as contradiçöes locais em
mutaçöes.

O seu espaço de trabalho é sempre sobre o território dos outros - o


entrecruzamento e os espaços "estanques" de saberes que
circulam na instituiçäo.

Oferece uma perspectiva polimorfa;

É o pensamento/pensar do movimento que cria/sustenta a


instituiçäo;
 

Pode ser compreendida como

o pensamento e o modo de acçäo da contradiçäo nas formas


sociais.

A RESERVA

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Des-cobrir tudo o que a instituiçäo esconde a alguns dos seus


membros para se poder sustentar como uma estrutura de poder -
as reservas devem ser descobertas, mostradas, denunciadas...

O INTROMETIDO

Para o analista, o bom funcionamento näo equivale a uma boa


organizaçäo, mas à enunciaçäo clara e permanentemente discutida
pelos individuos implicados da funçäo social que a instituiçäo deve
preencher. Esta tensäo continua entre a funçäo e o funcionamento
é o campo de forças que permite a introduçäo da Análise.

OS METACONCEITOS

os paradigmas

centro/periferia

instituinte/instituido

analisador/analista

quente/frio

livre/preso
 

a dialéctica

 
A positividade do negativo

Perante a impossibilidade de analisar a instituiçäo pela positiva, a AI é levada a teorisar os fenómenos, grupos ou
comportamentos individuais que, em negativo revlam mais da instituiçäo - as disfuncionalidades institucionais;

É no espaço desviante, no desvio que se encontra o posicionamento do "integrado".

Os efeitos

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Constantes, leis dos mecanismos sociais dentro das instituiçöes;

os enunciados paradoxais; o double-bind.

A Instituiçäo

Antes da Análise Institucional

- Hoje o problema + importante é o do DESVIO

-A Questäo do princípio institucional quanto à sua necessidade nunca é levantada

Os Sofistas

O sujeito livre e individual (até) de Platäo;

O homem pode viver sem leis e/ou instituiçöes.

Os Cínicos

Com Crates, o Cínico, é atingido o extremo-limite anti-institucional - a sua vida é o negativo do estado das instituiçöes
na Grécia da época;

A Ironia - o anti-convencionalismo - o cäo modelo de vida para o homem;

Quinze séculos antes de Francisco de Assis Crates abandona a sua fortuna aos concidadäos -  abandona todo o tipo
de instituiçöes sociais - higiene, médica, costumes, práticas sexuais, etc...

Para os cínicos o homem é um artifício.

Os Hedonistas

Aristóteles

Oferece a 1ª análise sociológica das instituiçöes - no espaço d'A Política  - a 1ª das ciências - uma microssociologia das
relaçöes de dominaçäo - homem/mulher, pai/filhos, senhor/escravo)

Os Estóicos

O humano no outro do Universo - o sucesso dos estóicos - a base do Direito romano.

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Os filósofos cristäos

Stº Agostinho

A igreja como comunidade espiritual dos eleitos

O Estado como organizaçäo social dos carnais

O Estado como necessidade de ordem

A Igreja como garante do estado

A Instituiçäo da justiça suprema - substitui-se à humanidade dos estóicos.

Tomás d'Aquino

As concepçöes de Estado e das instituiçöes estäo muito dependentes das relaçöes de forças políticas e sociais do
momento.

Rousseau

Ainda näo se consegue que o Estado seja o produto de um contrato social;

O Estado é o resultado de vários séculos de História de guerras e exploraçäo; é preciso que uma revoluçäo substitua os
Estados históricos por estados da Razäo.

Hegel

É o primeiro a reivindicar o Estado como o lugar onde a sociedade se pensa... e se constroi

A AI näo é um discurso positivo mas um pensar o complexo

É, de algum modo, o pensar da complexidade do social nas


relaçöes que este estabelece entre as suas actividades (as
práticas sociais) e o seu próprio saber; tenta conhecer as relaçöes
e distâncias entre o saber das ciências humanas e o saber social.
Procura o espaço de transiçäo entre estes dois saberes que é de
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relaçöes difíceis, antagónicas, das próprias ciências humanas entre


elas;

Deverá ser uma teoria da transversalidade do saber social e dos


saberes instituidos.
 

Em termos metodológicos existe uma condensaçäo de conceitos


e sistemas de conceitos extraídos às outras ciências

Psicanálise

 
Recorrendo a Freud, plagia-se a definiçäo:"Nomeia-se a Análise
Institucional o trabalho pelo qual suscitamos na instituiçäo a
emergência do saber escondido que a funda".

Parte-se do princípio que a livre circulaçäo da energia vital que as


instituiçöes, pela frustraçäo que organizam e geram, só podem
bloquear...

Com Reich- Wilhelm, - pensador do sujeito e do colectivo,  -


considera/consideramos que a instituiçäo näo é simplesmente o
estabelecimento ordenado por um colectivo como o poderia ser
qualquer organizaçäo, mas também uma junçäo de individuos
cujas singularidades se voltam contra (ou colaboram nisso) a
hegemonia da regra e do código.
 

A Instituiçäo e a linguagem

A lingua e a fala da instituiçäo

O Discurso é um problema central no estudo e reflexäo s/ as


instituiçöes.

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Os linguistas questionam-se s/ o problema da relaçäo entre a


legitimaçäo e a aceitabilidade das novas formas sociais através das
transformaçöes da lingua tal como s/ a questäo da língua como
acto de intervençäo sobre o próprio social.

A torsäo que as regras institucionais operam s/ a lingua é sempre


notada. Certos tipos de enunciados, maneiras de falar, tipicismos,
gírias, interditos, interrogaçöes permitidas, privilegiadas ou
banidas, têm de ser analisadas.

Isto permite orientar a pesquisa e entrever, através de diversas


formas de näo-dito, os elementos de recalcamento na base da
instituiçäo.

Os conceitos da AI

 
A definiçäo de Instituiçäo

O 1º eixo - A dialectisaçäo - a instituiçäo é o produto da luta entre


instituinte e instituido;

o 2º eixo é a relaçäo das instituiçöes entre elas; a dialéctica


centro/periferia;

A relaçäo que se estabelece entre cada individuo social e o tecido


institucional - a implicaçäo; existe necessáriamente tensäo entre
instituinte e instituido; - o paradigma tensional;

é ao observar as oscilaçöes de nível e os diversos níveis de tensäo


existentes na instituiçäo que o analista melhr entende a relaçäo de
forças e o movimento tensional.

O modo de acçäo institucional - a prática social que caracterisa o


trabalho dos membros da instituiçäo no seu interior; - os tipos
de implicaçäo dos sujeitos no seio da instituiçäo.

 
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Centro e Periferia

A definiçäo de Kafka em O Castelo; - as isntituiçöes säo para


aqueles que as olham de fora como as mónadas - de Leibniz - sem
portas nem janelas, nas quais a introduçäo de um "corpo estranho"
é o que provoca mais problemas. A instituiçäo só se abre áqueles
para os quais já tinha previsto o lugar na sua organizaçäo.

A dessocializaçäo intensiva que acontece na perifieria (das cidades)


desde os anos 70

Näo existe um espaço social pré-existente às instituiçöes. A


emergencia destas curva o espaço imaginário do geográfico e
do temporal para que se torne espaço social instituido. Esta
ideia inscreve-se mais num paradigma da relatividade restrita que
num modelo euclideano centrado.

A distribuiçäo das instituiçöes nunca é homogenea no espaço;

a instituiçäo considera-se como o centro na sua relaçäo com as


outras.

A Rede institucional

Tal como na informática, o problema reside hoje nas ligaçöes,


conexöes entre pontos. Problemas de comunicaçäo; de interacçäo
entre instituiçöes;

Os problemas da mediaçäo, do transporte no espaço social;

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O nascimento da burocracia e do elefante branco; a instituiçäo que


se cria para mediar entre instituiçöes já existentes........

O paradoxo de Zenäo... novas instituiçöes entre instituiçöes.

O espaço institucional torna-se mais denso e opaco no seu


formigueiro; cada vez mais difíceis de definir a partir da funçäo que
as criou, que provocou a sua emergência. - A esclerose total.-
celulas mortas.

A Delegaçäo - as trocas de poder

A delegaçäo (simulada de poder) do centro para a periferia;

até certo ponto, de modo simbólico, as eleiçöes aparecem como a


encenaçäo da delegaçäo de poderes de todos a alguns;  trata-se de
uma representaçäo nos dois sentidos; será por terem sido eleitos
que se encontram no centro? ou seräo eles elegíveis porque, de
algum modo já estavam no centro !?

O poder transversal
 

Nas zonas de grande concentraçäo institucional, as relaçöes de


força entre instituiçöes atingem uma complexidade e
conflitualidade enormes. É por isso que qualquer individo que
porponha praticamente uma soluçäo para este problema (sem a
qual a capacidade operatória da instituiçäo näo existe) consegue
um poder que se torna rapidamente superior ao de qualquer tipo de
delegaçäo.

Para tal deverá chegar ou encontrar-se por acidente num  lugar


"pivot", por onde seja obrigatório passarem os diversos planos
dessa transversalidade. Por vezes, é o próprio elemento que dia
após dia vai criando esse lugar, chegando-se a um ponto em que
ninguèm na própria instituiçäo ou mesmo em mais instituiçöes
pode passar sem a sua colaboraçäo...

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Individuo e Instituiçäo - a implicaçäo

Nota-se que nos períodos mais quentes da história, a implicaçäo é


mais fácil. A transparência das "pertenças" sociais é maior. Por
outro lado, nos períodos frios, as pessoas desconfiam de tudo . A
opacidade institucional é maior. Isto explica porque é que se näo
sai indemne da implicaçäo (manifesta) - Oferece-se aos outros um
saber sobre si que se pode virar contra quem o oferece.

A análise das implicaçöes institucionais passa por uma dialéctica


de interior e exterior, do quente e do frio, do público e do privado...

A implicaçäo e duraçäo

O facto de estar lá há muito tempo é sinal de implicaçäo no


dispositivo institucional. A lógica do poder institucional prevê que
aquele que tem algo a dizer toma o poder para poder ser escutado.
Tomar o poder leva tempo. No tempo que passa, a energia
instituinte vai-se perdendo... daí a escolha de todas as atitudes de
deserçäo, absentismo, etc.

A análise da implicaçäo

Toda a observaçäo de implicaçäo exige que o observador esteja ele


próprio implicado. A observaçäo nunca é neutra. A própria escolha
do objecto é passível de ser analisada - é a marca da implicaçäo do
observador.

A implicaçäo generalisada

A estratégia das modernas instituiçöes (empresas multinacionais,


grupos, administraçäo, etc) envolve uma vontade sistemática de
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implicar os seus membros.Os desviantes säo, assim aqueles a


quem as instituiçöes mais pedem implicaçäo. Exige-se o máximo de
implicaçäo aos desviantes antes destes serem excluídos.

É o assistente que tem mais horas de trabalho.

É o professor näo profissionalisado que tem mais horas e exigência


de maior participaçäo no liceu.

É o que mais recentemente entrou na empresa que mais tem de


trabalhar, demonstrar que mereceu a escolha.

Quanto mais o individuo é "periférico" mais a instituiçäo exige dele.

O efeito Al Capone - a burocratizaçäo e a instituiçäo controladora


obriga os seus elementos a contornarem permanentemente estes
obstáculos e controlos, indo até ao "desvio" de todo o tipo de bens
em seu proveito.

A definiçäo de Instituiçäo p/ a Socianálise

A instituiçäo como um sistema social de formas que visa manter


relaçöes sociais de algum modo contraditórias. É, assim, a
manutençäo, a permanência social e os seus mecanismos de
regulaçäo sejam eles imaginários ou reais.

A transversalidade institucional
 

A transversalidade é o sistema de relaçöes de facto que existe na


prática social entre os individuos ou membros do grupo fora das
estruturas horizontais e verticais de uma organizaçäo.

Uma dimensäo que pretende ultrapassar dois impasses; a pura


verticalidade e pura horizontalidade; acontece quando existe
comunicaçäo entre diferentes níveis e diferentes sentidos.

O trabalho da socianálise é expôr essa transversalidade.

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O ESTADO

Será que o Estado se pode considerar como uma super-instituiçäo?

O processo de institucionalisaçäo permanente de todo o cidadäo


enquanto instituinte;

O contexto de incerteza - O INCERTO

Se o instituido se pode facilmente estudar porque está inscrito,


posicionado geograficamente no espaço institucional, a coisa é mais
delicada no que diz respeito ao "movimento". o "movimento" está
enraizado no que "já-lá-está" institucional,  näo é observável nem
tangível de imediato porque se näo localisa facilmente - é um fluxo
de energia que reestrutura o instituido.

A. Touraine, que se interessa pelos movimentos sociais encontra-se


perante um problema metodológico; - näo consegue instalar um
dispositivo de estudo dos fluxos, desta energia. Está condenado por
isso a dar conta apenas dos cadáveres dos movimentos sociais.

O que é certo é que a energia social sai das instituiçöes em


decomposiçäo. - A universidade em 1968.

Lourau:

As velocidades de comunicaçäo; - a transmissäo da insformaçäo

de deslocaçäo; - as pessoas e as mercadorias

de institucionalisaçäo - o efeito Muhlmann

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