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Licenciatura em Engenharia Electrónica e Telecomunicações

4ºano, 2º semestre
2012/2013

Comunicações Móveis e Sem Fios

Exercícios resolvidos dos exercícios


propostos pelo docente da cadeira

Discente: Jorge Rodrigues Valente, 2087406


Docente: Prof. Alberto de Jesus Nascimento

Julho de 2013
Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 1/111

Índice

Exercícios propostos - Teórico-prática 01 ............................................................................................................ 2


Exercícios propostos - Teórico-prática 02 .......................................................................................................... 30
Exercícios propostos - Teórico-prática 03 .......................................................................................................... 60

Quando for mencionado

- “livro TR”, estou-me a referir ao livro “Comunicações sem fio - Princípios e práticas”,
Theodore S. Rappaport”, 2ª Ed, Editora Pearson Prentice Hall.

- “livro MM”, estou-me a referir ao livro “Sistemas Modernos de Comunicações Wireless”,


Simon Haykin e Michael Moher, 2008, Editora Bookman.

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Exercícios propostos - Teórico-prática 01

Propagação em Larga Escala

Exercício 01 – Considere o modelo de perdas de propagação em espaço livre para os seguintes


parâmetros: Ptrans = 10 W , Gtrans dB
= 0 dB , Grec dB = 0 dB e f c = 900 MHz .

Determinar a potência recebida, Prec , em watt em espaço livre à uma distância de 1 km.

Problema 4.1, página 109 do livro TR.

Resolução 1a) Para realizar o cálculo de perdas de propagação no espaço livre basta utilizar a
fórmula de FRIIS, pois está-se a falar em propagação em linha de vista.

 α 

EIRPtrans
2
 λ 
   
Assim, a potência linear recebida é definida por Prec ( d ) = Ptrans ( d ) Gtrans Grec  
 4π d 

2
 λ 
O coeficiente responsável pelas perdas no espaço livre é   .
 4π d 

Para se ter Gtrans dB


= 0 dB e Grec dB = 0 dB , em valores lineares é Gtrans = 1 W e Grec = 1 W , e sei

c
que o comprimento de onda é definido por λ = , sendo por isso o seu valor
fc

m
3.108 s = 1 m , em que s −1 é hertz.
λ= 6 −1
900.10 s 3

2
 λ 
Assim, com Prec = Ptrans Gtrans Grec   fica que (em valores lineares):
 4π d 

2
 1 1
Prec (1 km ) = (10 )(1)(1)  .  ⇔ Prec = 7, 036.10 −9 W
 4π (1 000 ) 3 

Em dB é Prec (1 km ) dB = 10.log10 ( Prec (1 km ) ) Prec (1 km ) dBW = −81, 53 dBW

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Exercício 02 – Considere um receptor localizado a 10 km de um transmissor com 50 W de potência.


A frequência da portadora é 6 GHz e a propagação dá-se em espaço livre. As antenas têm ganhos:
Gtrans = 1 W e Grec = 1 W .

a) Determinar a potência do sinal no receptor.

b) Determinar a amplitude do campo eléctrico na antena do receptor.

c) Determinar o valor eficaz da tensão aplicada ao receptor assumindo que a antena tem uma
impedância real pura de 50 ohm e está adaptada ao receptor.

Problema 4.2, página 109 do livro TR.

Resolução 2a) É igual ao exercício 1, só muda a frequência.

 α 

EIRPtrans
2
 λ 
   
Assim, a potência linear recebida é definida por Prec ( d ) = Ptrans ( d ) Gtrans Grec   .
 4π d 

m
c 3.108 s 1
O comprimento de onda é definido por λ = , sendo por isso o seu valor λ = 9 −1
= m,
fc 6.10 s 20

em que s −1 é hertz.

2
 λ 
Assim, com Prec ( d ) = Ptrans Gtrans Grec   fica que (em valores lineares):
 4π d 

2
 1 1 
Prec (10 km ) = ( 50 )(1)(1)  .  ⇔ Prec (10 km ) = 7,916.10 −12 W
 4π (10 000 ) 20 

Em dB é Prec (10 km ) dBW = 10.log10 ( Prec (10 km ) ) Prec (10 km ) dBW = −111, 02 dBW
dBW

Resolução 2b) E é o módulo do campo eléctrico da onda electromagnética. Consultando o slide 16,
sei que

EIRPtrans
Prec ( d ) = . Aeficaz = DEP. Aeficaz
4π d 2 rec rec

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2
E
Em que DEP é a densidade espectral de potência, e é definido por DEP =
120π

Pelo slide 10 sei que existe uma relação efectiva entre o ganho da antena e a sua abertura efectiva:

 λ2 
Aeficaz = Grec .  
rec
4π 
[1]

[1] - Area isotrópicas, página 33, do livro “Sistemas Modernos de Comunicações Wireless”

EIRPtrans
   2
Ptrans Gtrans  λ2  EIRPtrans E
Assim Prec ( d ) = .G .
rec  = . Aeficaz = . Aeficaz .
4π d 2  4π  4π d 2 rec 120π rec

2
E Prec ( d ) .120π
Desenvolvendo Prec ( d ) = . Aeficaz em ordem a E , fica que E =
120π rec
Aeficaz
rec

Prec ( d ) .120π Prec (10 km ) .120π .4π 7, 916.10−12 W  .480π 2


E = = = 2
  λ2  Grec .λ 2  1 
G .
 rec   ( )
1 W . m 
  4π   20 

E é a intensidade de campo eléctrico/magnético.

mV
E = 3,873.10−3 E = 3,873
m

mV
Cuidado, pois é mili volt por metro, e não metro volt por metro!
m

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Resolução 2c) Slide 23. Página 76 do livro TR.


2
 Vant ( d ) 
  2
V2  2  Vant ( d )
Prec ( d ) = = =
Rant Rant 4.Rant

Desenvolvendo, colocando em ordem a variável Vant ( d ) , fica que

Vant ( d ) = Prec ( d ) .4.Rant

Vant (10 km ) → RMS = Prec (10 km ) .4.Rant = 7,916.10 −12 W  .4. ( 50Ω )

Vant (10 km ) → RMS = 39, 79.10 −6 Vant (10 km ) → RMS = 39, 79 µV RMS

Exercício 03 – Considere um transmissor com a potência de 1 watt à frequência de 60 GHz. A


antena do transmissor é do tipo corneta com o ganho de 29 dB. A antena do receptor é igual à antena
do emissor.

a) Determinar o valor das perdas de propagação em espaço livre às distâncias de 1 m, 100 m e


1000 m.

b) Calcular o valor da potência recebida para essas distâncias.

c) Qual o valor eficaz da tensão recebida na antena se o receptor está adaptado à antena com
uma impedância de 50 ohm?

Problema 4.4, página 109 do livro TR.

Resolução 3a) Trata-se também de uma propagação em linha de vista. Perdas do espaço livre é
diferente das perdas de percurso, α . É a definição invertida (linear):

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Ptrans ( d ) dBm 1  4π d 
2

LP = = =
Prec ( d ) dBm α  λ 

 4π d  2  m
1 c 3.108 s = 1 m
Em dB é LP ( d ) dB = 10.log   = 10.log    , e com λ = = 9 −1
α   λ   f c 60.10 s 200

Nota 3.1 - se não se fizesse a inversão tínhamos que inverter o sinal do logaritmo, pois o menos do
logaritmo significa que se está a dividir:

 
1  λ  2 
LP ( d ) dB = 10.log10   = −10.log10   
1  4π d  
 
α 

A potência “desce” e multiplica pelo 10:

 
 4π d 2   4π d   4π d 
LP ( d ) dB = 10.log10    = 2.10.log10  = 20.log   = 20.log10  4π d . ( 200 m ) 
 λ    λ  
1
m
 200 

Agora com a definição geral deste exercício, vou calcular para a diversas distâncias:

LP (1 m ) dB = 20.log10  4π d . ( 200 m )  = 20.log10  4π (1 m ) . ( 200 m ) 

LP (1 m ) dB = 68 dB

LP (100 m ) dB = 20.log10  4π d . ( 200 m )  = 20. log10  4π (100 m ) . ( 200 m ) 

LP (100 m ) dB = 108 dB

LP (1 000 m ) dB = 20.log10  4π d . ( 200 m )  = 20.log10  4π (1 000 m ) . ( 200 m ) 

LP (1 000 m ) dB = 128 dB

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 α 

EIRPtrans
2
 λ 
   
Resolução 3b) Definição linear da fórmula de FRIIS é Prec ( d ) = Ptrans ( d ) Gtrans Grec   .
 4π d 

 α 

EIRPtrans
2
 λ 
 
Utilizando os valores em dB é Prec ( d ) = Ptrans ( d ) + Gtrans + Grec +   .
 4π d 

Como não tenho a atenuação, α , mas sim o Path Loss, fica que

Prec ( d ) = Ptrans ( d ) dBm + Gtrans dB


+ Grec dB
− LP ( d ) dB
dBm

No enunciado é-me dito que Ptrans ( d ) = 1 W (cuidado é valores lineares!). E preciso não em dB ,
mas sim em dBm . Assim Ptrans ( d ) dBm = 30 dBm .

Prec ( d ) = Ptrans ( d ) dBm + Gtrans dB


+ Grec dB
− LP ( d ) dB = 30 dBm + 2. ( 29 dB ) − LP ( d ) dB
dBm

Prec ( d ) = 88 dBm − LP ( d ) dB
dBm

Agora com a definição geral deste exercício, vou calcular para a diversas distâncias:

Prec (1 m ) = 88 dBm − 68 dB Prec (1 m ) = 20 dBm


dBm dBm

Prec (100 m ) = 88 dBm − 108 dB Prec (100 m ) = −20 dBm


dBm dBm

Prec (1 000 m ) = 88 dBm − 128 dB Prec (1 000 m ) = −40 dBm


dBm dBm

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Resolução 3c) Slide 23. Página 76 do livro TR.


2
 Vant ( d ) 
2  
V (d )  2  Vant 2
Prec ( d ) = = =
Rant Rant 4.Rant

Desenvolvendo, colocando em ordem a variável Vant ( d ) , fica que Vant ( d ) = Prec ( d ) .4.Rant

Preciso de passar para valores lineares:

Prec (1 m ) dBm = 20 dBm ⇔ Prec (1 m ) = 0,1 W

Prec (100 m ) dBm = −20 dBm ⇔ Prec (100 m ) = 0, 000 01 W

Prec (1 000 m ) dBm = −40 dBm ⇔ Prec (1 000 m ) = 0, 000 000 1 W

E o valor da impedância da antena é sempre a mesma, por isso Vant ( d ) = Prec ( d ) .200

Assim

Vant (1 m ) →RMS = Prec (1 m ) .200 = 0,1 W .200 Vant (1 m ) → RMS = 4, 47 V RMS

Vant (100 m ) →RMS = Prec (100 m ) .200 = 0, 000 01 W .200 = 0,044 7 V

Vant (100 m ) → RMS = 44, 7 mV RMS

Vant (1 000 m ) → RMS = Prec (1 000 m ) .200 = 0, 000 000 1 W .200 = 0, 004 47

Vant (1 000 m ) → RMS = 4, 47 mV RMS

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Exercício 04 – As antenas utilizadas nos primeiros sistemas de comunicação via rádio eram
normalmente do tipo parabólicas, com um diâmetro de 20 metros, para a recepção de sinal na banda
dos 4 GHz, e tinham uma eficiência de, aproximadamente, 60%. Determine o ganho dessas antenas.

Resolução 4) Trata-se também de uma propagação em linha de vista.

4π 4π 4π   ∅ 2  4π  π .∅ 
2
 2

G = Aeficaz . 2 = η . Afísica  . 2 = η . π . ( raio ) . 2 = η . π .    . 2 = η .  
  λ 2   λ
λ λ  
 λ 
A física
  
Aeficaz

m
c 3.108 s
E sabendo que λ = = = 0, 075 m , em que c é a velocidade da propagação da onda, o
f c 4.109 s −1
ganho da antena parabólica é definido por:

2
  1 
G = ( 0, 6 ) .  π . ( 20 ) .   G = 421,1.103
  0, 075 m  

G dB = 10.log10 [G ] G dB = 56, 24 dB

Exercício 05 – Nos feixes Hertzianos os requisitos de propagação em linha de vista restringem a


distância que separa o emissor do receptor a um máximo de 40 km. Se a potência do emissor na
banda de 4 GHz for de 100 mW, e a antena (para transmissão e recepção) tiver a área efectiva de
0,5 m2 ,

a) Qual o nível de sinal recebido em dBm ?


b) Assumindo que no receptor os terminais da antena estão adaptados à uma impedância de 50
ohm, qual a tensão induzida nesses terminais pelo terminal?

Problema 2.2, página 37 do livro MM.

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Resolução 5a) Trata-se também de uma propagação em linha de vista.


α
EIRPtrans
  
2
 λ  1
  
Prec ( d ) = Ptrans ( d ) Gtrans Grec   = Ptrans ( d ) Gtrans Grec
 4π d  LP ( d )

m
c 3.108 s
E sabendo que λ = = = 0, 075 m , e como com a área efectiva das antenas são iguais,
f c 4.109 s −1

4π 4π
G = Aeficaz . 2
= 0,5 m 2  . 2
= 1117, 01
λ [ 0, 075 m ]
G dB = 10.log10 [G ] = 30, 48 dB

2
 4π d   4π ( 40.10 m ) 
2 3
1
LP ( 40 km ) = =  =  = 44, 918.1012
α  λ   0, 075 m 
 

LP ( 40 km ) dB = 136,524 dB

 
Como Ptrans ( d ) dBm  
= 10.log10 0,1 W .[1000] = 20 dBm e como G dB = Gtrans = Grec , fica tudo:
   dB dB

 [1] 

[1] - é o factor de conversão de dB para dBm .

Prec ( d ) dB = Ptrans ( d ) dB + 2. G dB  − LP ( d ) dB = 20 dBm + 2.[30, 48 dB ] − [136, 524 dB ]

Prec ( 40 km ) dB = −55, 564 dBm

Prec ( 40 km ) =
Ptrans ( d ) Gtrans Grec
=
[ 0,1 W ][1117, 01] Prec ( 40 km ) = 2, 778.10−9 W
12
LP ( d ) 44, 918.10

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Resolução 5b) Slide 23. Página 76 do livro TR. Cuidado, pois é potência da impedância: 50 W .
2
 Vant ( d ) 
2  
V (d )  2  V 2
Prec ( d ) = = = ant
Rant Rant 4.Rant

Desenvolvendo, colocando em ordem a variável Vant ( d ) , fica que Vant ( d ) = Prec ( d ) .[ 4.Rant ]

Vant ( 40 km ) → RMS = Prec ( 40 km ) .[50 W ] = 2, 778.10−9 W .50 W

Vant ( 40 km ) → RMS = 372, 69 µV RMS

Exercício 06 – Considere a ligação entre um satélite geoestacionário e a sua estação terrestre. A


separação entre ambos é de 40 000 km. As características de transmissão e recepção são idênticas às
do problema anterior.

a) Qual o nível de potência recebida em dBm?


b) Quais as implicações que este nível de potência tem no projecto do receptor?

O terminal receptor na terra tem uma antena com um ganho típico de 10 ou menos dB. Qual o
impacto desse no débito de dados suportado nesta ligação rádio?

Resolução 6) Aqui é com recurso a um satélite geoestacionário.


α
EIRPtrans
  
2
 λ  1
   
Prec ( d ) = Ptrans ( d ) Gtrans Grec   = Ptrans ( d ) Gtrans Grec
 4π d  LP ( d )

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m
c 3.108 s
E sabendo que λ = = = 0, 075 m , e como com a área efectiva das antenas são iguais,
f c 4.109 s −1

4π 4π
G = Aeficaz . 2
= 0,5 m 2  . 2
= 1117, 01
λ [ 0, 075 m]
G dB = 10.log10 [G ] = 30, 48 dB

2
 4π d   4π ( 40.10 m ) 
2 3
1
LP ( 40 km ) = =   =   = 44, 918.1012
α  λ  0, 075 m 
 

LP ( 40 km ) dB = 136,524 dB

 
Como Ptrans ( d ) dBm  
= 10.log10 0,1 W .[1000] = 20 dBm e como G dB = Gtrans = Grec , fica tudo:
   dB dB

 [1] 

[1] - é o factor de conversão de dB para dBm .

Confirmar a resolução

Prec ( d ) dB = Ptrans ( d ) dB + 2. G dB  − LP ( d ) dB

Prec ( 40 km ) dB = 20 dBm + 2.[ 30, 48 dB ] − [136,524 dB ]

Prec ( 40 km ) dB = −155 dBm

Resolução 6b) Para uma antena com Grec > 10 dB , fica que Prec ( 40 km ) dB = −136 dBm . Para receber
este nível de potência, o receptor terá que ser muito sensível, pois este nível de recepção tem os
mesmos valores do nível de ruído.

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Exercício 07 – Desenhar o gráfico e comparar as perdas de propagação em dB para o modelo de


propagação em espaço livre e para o modelo da reflexão em terra plana à frequência de 800 MHz
com à distância ao emissor, assumindo uma gama de distâncias entre 1 e 40 km. Assuma que as
antenas são isotrópicas e têm ambas uma altura de 10 metros.

A partir do resultado obtido conclua se o modelo de Terra plana é válido para distâncias inferiores a
1 km essa aproximação é válida. Para que gama de distâncias é válida a aproximação?

Resolução 7) Modelo Shadowing

Figura 1 - Esquema do exercício 7.

O lognormal é uma distribuição em dB .

Roll out – planeamento teórico.

Exercício 08 – Uma regra de projecto normalmente seguida nos feixes Hertzianos é manter 55% do
volume do primeiro elipsóide de Fresnel livre de obstáculos. Para uma ligação à distância de 1 km e
a frequência de 2,5 GHz, qual será o raio da primeira região de Fresnel? Qual a distância que é
necessária desobstruir nessas condições?

Problema 4.17, página 110 do livro TR.

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Resolução 8) http://www.novanetwork.com.br/suporte/calculos/fresnel.php

Com este exercício vai-se abordar a elipsóide de Fresnel.

Definição Zona Fresnel (a atenuação máxima é atingida quando dTx = d Rx ):

A zona de Fresnel é um elipsóide de comprimento que se estende entre as duas antenas. A primeira
zona de Fresnel é tal que a diferença entre o caminho directo (AB na figura abaixo) e um caminho
indirecto que toca um único ponto na fronteira da zona de Fresnel (ACB) é a metade do
comprimento de onda.

Figura 2 - Zona Fresnel.

O raio do n-ésimo circulo da zona de Fresnel é indicado por rn (índice do elipsóide) e pode ser
expresso em termos de n , λ , dTx e d Rx por

dTx .d Rx
rn = n.λ.
dTx + d Rx

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1.λ.dTx .d Rx
O primeiro elipsóide de Fresnel é definida para n = 1 , sendo r1 = . Como para haver
dTx + d Rx
atenuação máxima é necessário que d1 = d 2 , sendo o 1º caso d1 + d 2 = 1 km e

m
c 3.108 s = 0,12 m
λ= =
f c 2,5.109 s −1

1.[ 0,12 m] .[ 500 m ].[500 m]


Fica que r1 = = 5, 48 m .
[500 m] + [500 m]

Este valor do raio do primeiro elipsóide significa que se o obstáculo não atingir este ponto, o sinal
não sofrerá difracção (devido a uma obstrução).

Agora é solicitado que para o primeiro elipsóide não haja 55% do volume de obstrução:

r1 55% = 0,55. ( r1 ) = 0,55.5, 48 m = 3,01 m

Figura 3 - Perfil do plano do exercício 8.

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Legenda:

hpc = Altitude do Ponto Crítico;

ha = Altitude da antena Tx em Relação ao nível do mar;

hb = Altitude da Antena Rx em Relação ao nível do mar;

h = Raio do Elipsóide de Fresnel no Ponto Crítico: 3,01 m;

d1 = Distância de Estação A ao Ponto Crítico: 500 m;

d2 = Distância do Ponto crítico à Estação B: 500 m;

d = Comprimento do Enlace: 1 Km;

atA = Altitude da Torre A em Relação ao nível do mar;

atB = Altitude da Torre B em Relação ao nível do mar;

Quando se diz 55% de obstrução do primeiro elipsóide, significa que os outros 45% do primeiro
elipsóide podem ficar obstruídos que não há problemas. O valor calculado de 5, 48 m é o raio do
elipsóide a uma distância de 500 m da antena. Os 3,01 m é a altura que deve de ficar disponível de
modo a não haver difracção.

Exercício 09 – Calcular a potência recebida no terminal móvel da figura a partir da difracção no


obstáculo em ponta de faca assinalado.

Figura 4 - Esquema do exercício 9.

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Compare o valor obtido com o valor teórico das propagações em espaço livre (caso a obstrução não
existisse). Qual o valor das perdas de propagação devido à difracção neste caso?

Assuma os parâmetros:

Ptrans = 10 W , Gtrans dB
= 10 dB , Grec dB = 3 dB , Lcabo = 1 dB e f c = 900 MHz

Problema 4.19, página 110 do livro TR.

Resolução 9) Ver exercício 1 desta folha. Qualquer obstáculo, tanto montanha como prédio, é sempre
representado por “knife edge”.

m
c 300.106 s 1
λ= = = m
f c 900.106 s −1 3

É necessário calcular o coeficiente de difracção de Fresnel, θ d , para se poder calcular o valor da


difracção.

2 dTx + d Rx
vF = θ d .
λ dTx .d Rx

Cuidado o modo da calculadora, não utilizar o modo normal quando se trabalha com radianos.

 C .O.  −1  400 − 60 
β = tg −1   = tg   = 0,11285 rad
 C . A.   3 000 

 C .O.  −1  400 − 5 
γ = tg −1   = tg   = 0,19499 rad
 C . A.   2 000 

θ d = β + γ = ( 0,11285 rad ) + ( 0,19499 rad ) = 0,30784 rad

Em que θ d é o ângulo da altura do obstáculo.

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Assim, o coeficiente por difracção é:

2 dTx .d Rx 2 ( 3 000 m ) . ( 2 000 m )


vF = θ d . = 0,30784 rad . vF = 26,12
1
λ dTx + d Rx m ( 3 000 m ) + ( 2 000 m )
3

2 dTx + d Rx
Cuidado, pois se tivéssemos a altura em vez do ângulo a definição é vF = h .
λ dTx .d Rx

 [1]   [1] 
 0, 225   0, 225 
A perdas por difracção são Gdifracção = 20.log10   = 20.log10   = −41, 296 dB
dB
 v F   [ 26,1 2 ] 
   

[1] - É um valor obtido por aproximação. Ou usa-se a função do Matlab® para obter um valor mais
real.

Nota 9.1 - se estivéssemos a utilizar um feixe hertziano, não conseguiríamos comunicar. Mas com a
utilização da tecnologia do GSM, que funciona por difracção, torna essa comunicação possível.

Nota 9.2 – o ganho negativo é uma atenuação.

Prec ( d ) dBm = Prec ( d ) Free Espace + Gdifracção


dBm dB

É necessário fazer o cálculo para Prec ( d ) Free Espace (no espaço livre), utilizando a fórmula de
dBm

FRIIS:

 α 

EIRPtrans
2
 λ  1
   
Prec ( d ) Free Espace = Ptrans ( d ) Gtrans Grec   .
 4π d  Lcabo

Nota 9.3 - LP ( d ) é um parâmetro que é necessário considerar, pois é a atenuação do cabo que é
utilizado para fazer a ligação da antena ao receptor RX, e no enunciado este valor vale 1 dB (de
atenuação). E é preciso ter cuidado, pois o valor é dado na escala em dB, e a fornula que vou
utilizar é para valores lineares.
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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 19/111

Lcabo dB 1 dB
Lcabo dB
= 10. log10 [ Lcabo ] = 1 dB ⇔ Lcabo = 10 10
= 10 10
= 1, 259

E os ganhos também vem em dB, e é preciso passar para valores lineares:


Gtrans dB 10 dB
→ Gtrans = 10 10
= 10 10
= 10

Grec dB 3 dB
→ Grec = 10 10
= 10 10 = 1, 995

Ptrans ( d ) Gtrans Grec λ 2


Assim Prec ( d ) Free Espace = 2
L. ( 4π d )

Prec ( 5 km ) Free Espace =


[10 W ][10][1,995]  1 
m =
199,5
[1, 259]. ( 4π .5 000 )  3
2
 44, 733.109

Cuidado com λ pois está ao quadrado!

Prec ( 5 km ) Free Espace em

Linear dB dBm
4, 46.10−9 W −83, 51 dB −53,51 dBm

Assim fica que Prec ( d ) dBm = Prec ( d ) Free Espace + Gdifracção


dBm dB

Prec ( 5 km ) dBm = Prec ( 5 km ) Free Espace + Gdifracção = [ −53, 51 dBm ] + [ −41, 296 dB ]
dBm dB

Prec ( 5 km ) = −94,803 dBm

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 20/111

Exercício 10 – Uma empresa pretende estabelecer a comunicação por feixes Hertzianos entre os
escritórios situados em dois edifícios inseridos na malha urbana de uma cidade à frequência de 4
GHz. Os edifícios têm as alturas respectivas de 100 metros e 50 metros e estão separados por 3 km.
Em linha recta (linha de vista) a meio caminho entre os dois edifícios está uma torre de 70 metros de
altura. Será possível a transmissão em linha de vista entre os dois escritórios?

Justifique a resposta e descreva a solução que proporia para se obter transmissão em linha de vista.

Problema 2.4, página 47 do livro MM.

Resolução 10) Tem-se linha de vista (em espaço livre).

O que se pretende neste exercício é saber se a altura de “X” é suficiente para estabelecer a ligação.

Primeiro deve-se ver se o primeiro elipsóide está interrompido, sabendo que

m
c 3.108 s
λ= = = 0, 075 m
f c 4.109 s −1

Subtrai-se a altura do edifício mais baixo.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 21/111

rn =
n.λ.dTx .d Rx
⇔ r1 =
[1].[0, 075 m].[1 500 m].[1 500 m] = 7,5 m
dTx + d Rx [1 500 m] + [1 500 m]

Este valor calculado é o valor de distância livre que deve de existir entre o feixe e o obstáculo. O
valor de “ X ” deve de ser 20 m + 7, 5 m , sendo r1 = 7,5 m o raio do primeiro elipsóide, ou seja
X = 27,5 m .

Ora para saber esse valor, vou utilizar a função trigonométrica da tangente:

 50   X  50 X
tg (θ ) =   , e o ângulo é igual a tg (θ ) =   , logo 3 000 = 1 500 , em que
 3 000   1 500 

1 500 m
X= .50 m = 25 m
3 000 m

Como o valor deveria ser X = 27,5 m , e obtive X = 25 m , posso concluir que o primeiro elipsóide
esta obstruído. Não é por isso possível estabelecer a ligação. Possíveis soluções para resolver o
problema:

- Aumentar a altura das antenas;

- Aumentar a frequência, de modo a diminuir o valor do comprimento de ondas, λ . Essa


redução do comprimento de onda implica que o raio do primeiro elipsóide se reduza. Com
uma frequência de operação mais elevada faz com que a elipsóide concentre a energia, e é
essa a razão pela qual as operadoras de telemóvel trabalham com frequências mais elevadas.
Mas trabalhar com frequências mais elevadas implica que haja mais atenuações, até as
gotículas de águas da chuva interferem, uma vez que o comprimento de onda chega a ser
mais pequena que as gotículas de água.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 22/111

Exercício 11 – Suponha agora que o edifício a meio do percurso tem a altura de 80 metros e o
edifício mais baixo tem a altura de 30 metros. A separação entre os dois edifícios é de 2 km. Qual
seria o aumento nas perdas de propagação relativamente ao espaço livre? Como seriam afectadas as
perdas por difracção se a frequência utilizada na transmissão diminuísse de 4 GHz para 400 MHz?

Problema 2.5, página 48 do livro MM.

Resolução 11) Quando existe difracção, recorre-se sempre ao modelo de knife edge.

Subtrai-se a altura do edifício mais baixo.

O que se pretende neste exercício é saber se a altura de “X” é suficiente para estabelecer a ligação.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 23/111

Primeiro deve-se ver se o primeiro elipsóide está interrompido, sabendo que a frequência de
operação baixo para os 400MHz :

m
c 3.108 s
λ= = = 0, 75 m
f c 4.108 s −1

rn =
n.λ.dTx .d Rx
⇔ r1 =
[1].[ 0, 75 m].[1 000 m].[1 000 m] = 19, 37 m
dTx + d Rx [1 000 m] + [1 000 m]

Este valor calculado é o valor de distância livre que deve de existir entre o feixe e o obstáculo. O
valor de “ X ” deve de ser 20 m + 19,37 m , sendo r1 = 19,37 m o raio do primeiro elipsóide, ou seja
X = 39,37 m .

Ora para saber esse valor, vou utilizar a função trigonométrica da tangente:

 70   X  70 X
tg (θ ) =   , e o ângulo é igual a tg (θ ) =   , logo 2 000 = 1 000 , em que
 2 000   1 000 

1 000 m
X= .70 m = 35 m
2 000 m

Como o valor deveria ser X = 39,37 m , e obtive X = 35 m , posso concluir que o primeiro elipsóide
esta obstruído. Não é por isso possível estabelecer a ligação.

Exercício 12 – Foram realizados ensaios para a caracterização das perdas de propagação numa dada
cidade. Essas medições indicam que o valor médio das perdas de propagação à frequência de 420
MHz pode ser modelizado pelo expoente n = 2,8 e por um valor de referência L0 de 25 dB:

LP ( d ) = 25 dB + 10.log10 ( d 2,8 )

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 24/111

Considerando que o terminal tem uma sensibilidade de -95 dBm, qual deverá ser a potência do
transmissor para se garantir a cobertura numa célula circular de raio 10 km?

Suponha que as medições foram demasiado optimistas e que na verdade o expoente n = 3,1 é o mais
apropriado. Qual deveria ser o aumento correspondente na potência do transmissor para garantir a
cobertura?

Problema 2.6, página 53 do livro MM.

R esolução 12a) Até agora, todos os exercícios são determinísticos (não foi preciso utilizar o modelo
Shadowing).

LP ( d ) = L0 + 10.log10 ( d n ) = 25 dB + 10.log10 ( d 2,8 )

Em que L0 , ou LP ( d 0 ) , é a distância referente a um campo distante, e é um parâmetro essencial.

n = 2,8 é o expoente de propagação. A sensibilidade mínima na recepção (potência mínima) é de


−95 dBm .

Prec ( d ) ≥ Prec ( d ) m í n

A potência Prec ( d ) m í n condiciona a potência da transmissão, Ptrans ( d ) m í n .

Se fixar a Ptrans ( d ) m í n , e mantendo a sensibilidade para garantir a qualidade, é necessário reduzir a


distância. Nos cálculos vai-se considerar que as antenas são isotrópicas, uma vez que não nos são
dados parâmetros (ganhos) das antenas. Assim

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 25/111

Ptrans ( d ) dBm = Prec ( d ) dBm + LP ( d ) dB

Como sei que

LP (10 km ) dB = L0 dB + 10.log10 ( d n ) = 25 dB + 10.log10 ( d 2,8 ) = 25 dB + 28.log10 (10 000 )

LP (10 km ) dB = 137 dB

Assim, Ptrans ( d ) dBm = Prec ( d ) dBm + LP ( d ) dB = −95 dBm + 137 dB Ptrans ( d ) dBm = 42 dBm

Resolução 12b) Agora com mais atenuação, é preciso aumentar a potência de transmissão:

Com n = 3,1 fica que LP (10 km ) dB = 25 dB + 10.log10 ( d 3,1 ) = 25 dB + 31.log10 (10000 )

LP (10 km ) dB = 149 dB

Assim, Ptrans ( d ) dBm = Prec ( d ) dBm + LP ( d ) dB = −95 dBm + 149 dB

Ptrans ( d ) dBm = 54 dBm

Exercício 13 – Considere um transmissor de 10 W a comunicar com um receptor móvel com a


sensibilidade de -100 dBm. Assuma que a altura da antena receptora é de 2 metros e que as antenas
de transmissão e recepção têm ganhos de 1 dB.

Qual deverá ser a altura das antenas da estação base de modo que seja garantida a cobertura do
serviço num raio de 10 km?

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 26/111

Sendo o terminal receptor móvel, e tendo que se restringir o valor máximo da potência emitida (pelo
regulador) a 10 watts ou menos, quais as opções que, realisticamente podem ser consideradas para o
aumento da área de serviço?

Problema 2.27, página 118 do livro MM.

Resolução 13)

Exercício 14 – De acordo com a regulação, um operador de serviço móvel não pode radiar mais do
que 30 W de potência. A partir do modelo de terra plana, (i) determine qual deverá ser a altura da
antena para um raio de cobertura do serviço de 1 km? (ii) E de 10 km ?

Considere que a sensibilidade do receptor é −100 dBm .

Problema 2.29, página 119 do livro MM.

Resolução 14) Utilizando o modelo de aproximação de Terra Plana embora a intensidade do campo
eléctrico seja proporcional à frequência, a tensão em vazio aos terminais de um dipolo de meia onda
receptor é independente desta. O modelo Terra Plana implica a aceitação dos pressupostos que
permitam realizar as aproximações.
EIRPtrans
2
 hTx .hRx 
   
Prec ( d ) Terra Plana = Ptrans ( d ) Gtrans Grec  2  [W ]
  d 
Modelo de aproximação "Terra Plana"

Nota 14.1: a distância é quadrática, pois está ao quadrado no denominador, assim como o está no
coeficiente.

A sensibilidade é o valor que a potência de recepção deverá ter como garantido, caso contrário
haverá problemas na recepção do sinal, e os 30 W de potência de transmissão é um valor que é usual
por parte das operadoras de telemóvel.

O cálculo é sempre feito para a pior das situações.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 27/111

2 Prec ( d ) Terra Plana d Prec ( d ) Terra Plana


( hTx .hRx ) = d 2. ⇔ hTx = .
Ptrans ( d ) Gtrans Grec hRx Ptrans ( d ) Gtrans Grec

Ptrans ( d ) = 30 W , Prec ( d ) Terra Plana = 10−13 W , e vou considerar que hRx = 1 m .

Como não me é dado valor para os ganhos das antenas, então parte-se do princípio que ambas
tenham ganho unitário, que em dB é zero.

1 000 m (10 W )
−13
d Prec ( d ) Terra Plana
hTx = . ⇔ hTx = .
hRx Ptrans ( d ) 1m ( 30 W )

Ou também pode ser definido por

EIRPtrans

Prec ( d ) dBW = −120 + Ptrans ( d ) dBW + Gtrans dBi + Grec dBi + ( 2.10) .log hTx m  + ( 2.10) .log hRx m  − ( 2.2.10) .log d km 
  
Modelo de aproximação "Terra Plana" em dB

( 2.10) é porque está ao quadrado.

( 2.2.10 ) é porque está a quarta.

Prec ( d ) dBW +120 − Ptrans ( d ) dBW − 20.log10 hRx m  + 40.log10 d km 


log10 hTx m  =
20

−100 dBm+120 − 44,771 dBm − 0 +120


log10 hTx m  =
20

log10 hTx m  = 4,76145

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 28/111

Exercício 15 – Considere o cenário de propagação da figura.

A antena da estação base está à uma altura de 100 m e a potência de transmissão é 10 W. A


frequência de transmissão é 400 MHz. Assuma o modelo ideal das perdas por difracção e que as
perdas de propagação sobre a planície dão-se em espaço livre. Determinar a potência do sinal no
receptor.

Problema 2.31, página 119 do livro MM.

Resolução 15) Os 400 metros já permitem desprezar a altura da antena. Se fosse o modelo de terra
plana, utilizar-se-ia a definição

EIRPtrans
2
 hTx .hRx 
   
Prec ( d ) = Ptrans ( d ) Gtrans Grec  2  [W ]
 
 d  
Modelo de aproximação "Terra Plana"

Mas como não é, a definição correcta é:


EIRPtrans

Prec ( d ) dBm = Ptrans ( d ) dBm + Gtrans dBi + Grec dBi
+ Gdifracção
dB
+ LP ( d ) dB [W ]

Como não me é dado valor para os ganhos das antenas, então parte-se do princípio que ambas
tenham ganho unitário, que em dB é zero. Vai ser necessário calcular as perdas por difracção,
Gdifracção , sendo necessário o coeficiente de difracção, vF .

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 29/111

2 dTx + d Rx
O coeficiente por difracção é vF = h . , em que h é a altura do obstáculo.
λ dTx .d Rx

Assim, vF = 400.
2
.
[10 km] + [1 km] = 21, 66 .
[ 0, 75 m] [10 km].[1 km]
 [1]   [1] 
 0, 225   0, 225 
As perdas por difracção são Gdifracção = 20.log10   = 20.log10   = −39, 671 dB
 vF   [ 21, 66] 
dB

   

[1] - É um valor obtido por aproximação (slide 51 do capitulo “Propagação do sinal


electromagnético”. Ou usa-se a função do Matlab® para obter um valor mais real.

Agora as perdas de percurso (Path Loss). Assim até ao obstáculo, considera-se uma planície, pois
não há nada a interferir. Logo considera-se um espaço livre, e a fórmula que se utiliza é
n
1
 4π d 
LP ( d ) = = 
α  λ 

Em que n é o expoente em que é necessário recorrer a tabela:

2
 4π (1 000 ) 
É em espaço livre, n = 2 . Assim LP (1 000 ) =  = −104, 5 dB .
 [ 0, 75 m ] 
 

Assim Prec ( d ) dBm = Ptrans ( d ) dBm + Gtrans dBi


+ Grec dBi + Gdifracção + LP ( d ) dB
dB

Prec ( d ) dBm = 40 dBm − 39, 671 dB − 104, 5 dB Prec ( d ) dBm = −107,171 dBm

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 30/111

Exercícios propostos - Teórico-prática 02

Propagação em Larga Escala

Exercício 01 – No interior de um edifício de escritórios é instalado um emissor que funciona à


frequência de 2,4 GHz, irradia a potência de 20 dBm e está ligado à uma estação de trabalho. Esta
estação está à distância de 27 metros do nó de acesso à rede.

Figura 5 - Planta do escritório.

O sinal deverá atravessar um gabinete com o percurso de 4 metros, e em seguida atravessar uma
parede de gesso para um open space. Nos primeiros 4 metros a propagação pode ser considerada em
espaço livre e com um expoente de perdas de 3,1 para o que resta do percurso até o nó receptor. Nos
últimos 3 metros a propagação também é em espaço livre. As paredes de gesso atenuam o sinal em 5
dB e o assoalho em 10 dB. O nó de acesso tem uma sensibilidade de -75 dBm.

Verifique se a ligação pode ser estabelecida para este cenário de propagação.

Problema 2.7, página 55 do livro MM.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 31/111

Resolução 1a) O modelo que se vai escolher para o calculo é aquele que já exclui a possibilidade do
primeiro elipsóide não estar obstruído.

O objectivo é conseguido quando a potência de recepção é suficientemente sensível para o receptor.


Apesar de no enunciado estar mencionado “espaço livre”, também é dito que o expoente n é 3,1.
Assim as perdas de percurso (Path Loss) calculado pela definição seguinte:

n m
1  4π d  3.108 s = 0,125 m
LP ( d ) = =  e λ=
α  λ  2, 4.109 s −1

1a) Primeiro na sala do transmissor. Temos duas atenuações, a do espaço e a da parede de estuque:

Figura 6 - Planta da sala do transmissor.

Perdas no “open space” 1 (onde está o transmissor) e com n = 2 , fica que

2
 4π ( 4 ) 
LP1 ( 4 ) =  = 1 617 703, 6
 [ 0,125 m ] 
 

LP1 ( 4 ) dB = 10.log10  LP1 ( 4 )  = −52, 09 dB

n = 2 é devido a ser num espaço confinado. Este expoente permite não valorizar as reflexões nas
paredes.

1b) Tem-se a atenuação na parede 1 de estuque −5 dB

2a) Na sala do transmissor. Temos duas atenuações, a do espaço e a da parede de estuque:

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 32/111

Figura 7 - Open space.

Agora a definição já tem em conta a referência da distância anterior. Com n = 3,1, fica que

3,1 3,1
 d + d 01   20 + 4 
LP 2 ( 20 ) =   =  = 258, 4
 d 01   4 

LP 2 ( 20 ) dB = 10.log10  LP 2 ( 20 )  = −24,12 dB

2b) Tem-se a atenuação na parede 2 de estuque −5 dB

3) Perdas no “open space” 2 (onde está o receptor) e com n = 2 , fica que

3,1 2
 d + d 02   3 + 24 
LP 3 ( 3) =   =  = 1, 27
 d 02   24 

LP 3 ( 3 ) dB = 10.log10  LP1 ( 3)  = −1, 02 dB

Depois existe os 10 dB de atenuação, que é devido ao facto de quando se torna necessário


atravessar o piso dos andares. Mas para este exercício, este parâmetro não é relevante, pois o piso é
o mesmo.

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Assim a potência no nó receptor, Prec ( d ) , e em dB, Prec ( d ) dB , é

Prec ( d ) dBm = Ptrans ( d ) dBm + Gtrans dB


+ Grec dB
− LP ( d ) dB

Como nada é dito sobre o ganho das antenas, considera-se ganho unitário, que em dB é zero:

Gtrans dB
= Grec dB = 0

Assim, Prec ( d ) dBm = [ 20 dBm] − LP1 ( d ) dB − 5 − LP 2 ( d ) dB − 5 − LP 3 ( d ) dB


1ª parede 2ª parede

Prec ( d ) dBm = [ 20 dBm] + [ −52, 09 dB ] + [ −5 dB ] + [ −24,12 dB ] + [ −5 dB ] − [ −1, 02 dB ]


   
1ª parede 2ª parede

Prec ( d ) dBm = −67, 23 dBm

Tabela resumo do link budget:

Descrição Potência em dB
Potência do emissor 20 dBm
Perda em espaço livre na sala do emissor 52, 09 dB
Atenuação na parede do transmissor 5 dB
Perda em open space 24,12 dB
Atenuação na parede do receptor 5 dB
Perda em espaço livre na sala do receptor 1, 02 dB

Total (potência no nó de acesso) 67, 23 dBm

Este valor permite afirmar que o receptor tem sensibilidade suficiente, que é de 75 dBm, é possível
por isso possível estabelecer a ligação.

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Pressupôs-se que nesta propagação em espaço livre não existe obstáculos, estando por isso
desobstruído o primeiro elipsóide de Fresnel. Se na linha de vista entre ambas as extremidades da
ligação se verificar que o primeiro elipsóide de Fresnel está desobstruído então podemos considerar
a propagação em espaço livre.

Exercício 02 – Considere novamente o Exercício 7 da Ficha 1, sendo que agora são incluídas as
perdas devido ao efeito sombra e que são modeladas pelo desvanecimento log-normal com um
desvio padrão σ dB
= 6 dB . Nestas condições, qual a margem de segurança para o desvanecimento

devido ao efeito sombra, para um requisito de cobertura de 90%?

Figura 8 - Distribuição lognormal.

Resolução 2) Para a mesma abertura da antena, quanto maior o desvio padrão, maior é a margem de
segurança. Quanto maior o desvio, maior a margem de segurança.

Observando a Figura 8 é possível verificar que para o requisito, ou seja, para atenuar o efeito de
sombra, é necessário uma margem de segurança de aproximadamente 7, 7 dB .

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Exercício 03 – Foram realizadas medições da propagação do sinal de modo a se estimar o expoente


de atenuação das perdas de propagação. Os resultados obtidos são organizados da seguinte forma:

Valor de referência para as perdas de propagação: PL0 ( d 0 )

Valores obtidos a partir das medições: PL1 ( d 01 ) , …, PLn ( d n ) nas distâncias: d 01 , …, d n .

Recorrendo à expressão das perdas de propagação com exponente de atenuação n , determinar a


expressão que nos permite obter o valor óptimo do expoente n , de modo a se minimizar o erro
médio quadrático (ou seja, consiste em calcular o valor mais baixo) entre os valores teóricos e os
valores que resultam das medições.

Problema 4.21, página 110 do livro TR.

Resolução 3) A definição teórica dos métodos dos mínimos quadrados é:

d 
PL ( d ) dB = PL0 dB
+ 10.n.log10  
 d 0  dB

Sendo PL ( d 0 ) = PL0 , e no calculo do path loss não se considera a margem de desvanecimento.

O estimar obriga ao cálculo do erro. E é o descobrir o erro que consiste este exercício, que é
conseguido calculando o modelo teórico e comparando com as diversas medições em campo. O erro
médio quadrático usa a definição:

d 
PLi ( di ) dB = PL0 dB + 10.n.log10  i  + X σ i dB

valor real
 d0  dB 
erros

modelo teórico

d 
Xσi dB
= PLi ( di ) dB − PL0 dB − 10.n.log10  i 
 d 0  dB

Nota 3.1 - o erro médio quadrático permite obter estimativas, em que N é a quantidade de medições
efectuadas.

2
1 N
1 N   di  
MMSE :
N
∑ Xσ i
2
=
N
∑ 
i =1 
PLi ( d )
i dB − PL0 dB − 10.n.log10 
d
 
i =1
  0  dB 

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Nota 3.2 - o xi 2 é quadrático, pois só me interessa o valor absoluto, desprezando assim o sinal.

2
1 N   di  
f (n) =
N
∑ 
i =1 
PLi ( d )
i dB − PL0 dB − 10.n. log10 
d
 
  0  dB 

Nota 3.3 - pretende-se estimar o valor de n (expoente de atenuação devido a propagação é a minha
incógnita), e f ( n ) é a função que me vai possibilitar atingir esse objectivo.

Recorrendo ao método da minimização do erro médio ao quadrado (para obter o valor mais baixo):

d  f ( n )  1 N    di     di   
= ∑  2.  PLi ( d i ) − PL0
i =1 
− 10 .n.log10     − 10 .log10    = 0
 d 0  dB  
dB
dn N dB
 d 0  dB  
 

Nota 3.4 – faz-se derivar a função f ( n ) em ordem a dn para poder realizar o método de

minimizar. Ou seja permite que se obtenha o melhor valor da função f ( n ) .

2 N    d   2 N   di     di   
− ∑   PL ( d )
i i − PL0  10.log10  i    +
dB  ∑  10.n.log 10    10. log10     = 0
N  d 0  dB   N  d 0  dB    d 0  dB  
dB
i =1
  i =1
 

2 N   di    2 N
d 
2

∑ 
i =1 

 PLi ( d i ) − PL0

dB 
 10 .log10     = n. ∑ 10 .10.n.log10  i 
N  d0  dB   N  d0 
dB
  i =1
dB

N   di 
2  N    d  
n.∑ 10.log10    = ∑   PLi ( d i ) − PL0  log10  i   
i =1   d0   i =1   dB dB 
  d 0  dB  
 dB  

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N   di   
∑ 
i =1 
 P L (
 i i dBd ) − PL 
0 dB   log10 
d
  

   dB  
n= 
0

N  
2
 di 
∑ 
i =1 
1 0 .lo g10   
  d 0  dB 

Exercício 04 – Supondo que as medições locais em campo da intensidade média do canal é feita no
interior de um edifício, e que o pós processamento revelasse que os dados medidos se ajustam a um
modelo de lei de potência média dependente da distância tendo uma distribuição lognormal em torno
da média. Supondo que a lei da potência média é Prec ( d d ) α d −3,5 (ou seja, o seu processamento

revelou um expoente de atenuação n = 3,5 ). Verificou-se que um sinal de 1mW era recebido à

distância de referência d0 = 1 m do transmissor, e a uma distância de 10 m , 10% das medições

revelaram sinais com uma intensidade superior à −25 dBm . Determine o desvio padrão da
distribuição lognormal que caracteriza o desvanecimento devido ao efeito sombra no interior do
edifício à distância de 10 metros.

Problema 4.22, página 111 do livro TR.

Resolução 4) Com um expoente de atenuação n = 3,5 , então

d   10 
Prec ( di ) = Prec ( d0 ) dBm − 10.n.log10  i  ⇒ Prec ( d10 ) = Prec (1) dBm − 35.log10  
dBm
 d0  dBm 1

Como Prec (1) dBm = 0 dBm , fica que Prec ( d10 ) = 0 − 35. (1) = −35 dBm .
dBm

 ES 
O resultado no formato da função Q (ou erfc  , distribuição lognormal) é prevendo que a
 N 
 0 
probabilidade de receber o sinal com um determinado valor, γ , e sendo γ = −25 dBm :
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γ − Prec ( d10 ) 

Probabilidade  Prec ( d10 ) ≥γ =Q
 dBm dBm  = Q  −25 dBm − [ −35 dBm ]  = Q 10 dBm 
       σ 
dBm σ  σ 
 

10 dBm 
E pelo enunciado sei que Q  = 10 %
 σ 

10 dBm
Com recurso ao gráfico, sei que = 1, 29 , logo σ = 5,9566 e em dB é σ dB
= 7, 75 dB .
σ

Exercício 05 – Foram realizadas quatro medições às distâncias de 100 m, 200 m, 1 km e 2 km de um


transmissor. Os valores obtidos foram, respectivamente, os seguintes: 0 dBm , −25 dBm , −35 dBm ,
and −38 dBm . A lei de perdas por propagação é a seguinte:

d 
PL ( d ) dB = PL ( d ) + X σ dB = PL0 + 10.n.log10   + X σ dB
dB 
erros
dB
 d 0  dB 
erros

PL( d )
dB

Sendo a distância de referência d 0 = 100 m .

a) Determinar a estimativa do expoente n das perdas de propagação, recorrendo ao método dos


mínimos quadrados (MMSE - minimum mean square error).

b) Calcular o desvio padrão do desvanecimento relativamente ao valor médio definido pelas perdas
de propagação.

c) Estimar o valor da potência recebida à distância d = 2 km a partir deste modelo.

d) Fazer uma previsão da probabilidade do sinal recebido à distância de 2 km seja superior a


−35 dBm . Apresente o seu resultado no formato da função Q.

Exemplo 4.9, página 93 e Problema 4.29, página 112 do livro TR.

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Resolução 5a) Ver exemplo 4.9 e exercício 4.29, página 93 e 112, do livro do Theodore S.
Rappaport. O exercício é igual ao 3, só que aqui é para um caso prático. Foram feitas 4 medições em
campo e registados na tabela seguinte:

d Prec ( d ) dBm

d 01 100 0

d 02 200 −25

d 03 1000 −35

d 04 2000 −38

Sendo PL ( d ) o valor médio (de uma distribuição) de perdas de percurso, e


dB

d 
PL ( d ) dB = PL ( d ) + X σ dB = PL0 + 10.n.log10   + X σ dB
dB 
erros
dB
 d0  dB

erros

d 
E que PL ( d ) = PL0 + 10.n.log10   , e PL0 é o parâmetro de referencia.
dB dB
 d0 

Nota 3.a1 - numa distribuição tem-se pelo menos 2 parâmetros:

- A média, PL ( d ) , e o resultado dessa média é nula.


dB

- O desvio padrão, que é notado σ .

Prec ( d ) = Ptrans ( d ) dBm + Gtrans dB


+ Grec dB
− PL ( d )
dBm dB

Como nada me é dito sobre os ganhos das antenas, vou considerar como sendo um ganho de 0 dB , e

sendo PL0 = PL ( d 0 ) (duas formas de notar a mesma variável):


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  d 
Prec ( d i ) = Ptrans ( di ) dBm −  PL0 + 10.n.log10  i  
dBm

dB
 d0  

d 
Prec ( di ) = Prec ( d0 ) dBm − 10.n.log10  i 
dBm
 d0 

E com d0 = 100 m , tem-se Prec ( d 01 ) = Prec ( d 0 ) dBm = Prec (100 m ) dBm = 0 dB .


dBm

Nota 3.a2 - este valor vai ser o meu valor de base para calcular o resto.

Pela estimativa do método dos mínimos quadrados (MMSE - minimum mean square error):

N 2
J ( n ) = ∑  Prec ( d 01 ) dBm − Prec ( d i ) 
i =1 
dBm 

2
 λ 
Prec ( di ) = Ptrans ( d i ) dBm + Gtrans dB
+ Grec dB
−  − PL ( di ) dB
dBm
 4π d i 

E com PL ( di ) = PL0 + 10.n.log10 ( di ) fica que:

d 
Prec ( di ) = Ptrans ( d i ) dBm − PL0 dB − 10.n.log10  i 
dBm   d0 
Prec ( d0 )
dBm

d 
Prec ( di ) = Prec ( d0 ) dBm − 10.n.log10  i 
dBm
 d0 

Em que Prec ( di ) = Prec ( d01 ) , Prec ( d 01 ) é um valor medido em campo e é 1º termo do somatório. E

como se tem 4 dados para 4 comprimentos diferentes, fica que N = 4 . Assim,

4 2
J ( n ) = ∑  Prec ( d 01 ) dBm − Prec ( d i )  = [ Termo 1] + [ Termo 2] + [ Termo 3] + [ Termo 4]
i =1 
dBm 

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2
Sendo [ Termo 1] =  Prec ( d01 ) dBm − Prec ( d01 )  = [ 0 − 0] = 0 , e sendo agora a minha distância de
2

 dBm 

referencia para os outros temos d0 = 100 m .

2
2    d  
[ Termo 2] =  Prec ( d01 ) dBm − Prec ( d02 ) dBm  =  Prec ( d01 ) dBm −  Prec ( d0 ) dBm − 10.n.log10  02   
   d0   

2
  200  
[ Termo 2] = −25 −  0 − 10.n.log10    
2 2
=  −25 + 10.n.log10 ( 2 )  = [ −25 + 3, 01.n]
   100    dBm dBm
dBm

[Termo 2] = 625 − 150,5.n + 9, 06.n2 dBm


2
2    d  
[Termo 3] =  Prec ( d01 ) dBm − Prec ( d03 ) dBm  =  Prec ( d01 ) dBm −  Prec ( d0 ) dBm − 10.n.log10  03   
   d0   

2
  1000   
[ Termo 3] =  −35 −  0 − 10.n.log10 
2 2
  =  −35 + 10.n.log10 (10 )  = [ −35 + 10.n ]
   100    dBm dBm
dBm

[ Termo 3] = 1225 − 700.n + 100.n2 dBm


2
2    d  
[ Termo 4 =  P d − P d 
]  rec ( 01 ) dBm rec ( 04 ) dBm  =  Prec ( d01 ) dBm −  Prec ( d0 ) dBm − 10.n.log10  04   
   d0   

2
  2000   
[ Termo 4] =  −38 −  0 − 10.n.log10 
2 2
  =  −38 + 10.n.log10 ( 20 )  = [ −38 + 13, 01.n ]
   100    dBm dBm
dBm

2
[ Termo 4] = [ −38 + 13, 01.n ] = 1444 − 988, 78.n + 169, 27.n 2
dBm dBm

Agora tudo junto:

J ( n ) = [ 0] +  625 − 150,5.n + 9, 06.n 2  + 1225 − 700.n + 100.n 2  + 1444 − 988, 78.n + 169, 27.n 2 

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J ( n ) = [ 625 + 1225 + 1444] + ( −150,5 − 700 − 988, 78 ) .n  + ( 9, 06 + 100 + 169, 27 ) .n 2 

J ( n ) = 3294 − 1838, 25.n + 278, 33.n 2

dJ ( n )
= 278, 33.n 2 − 1838, 25.n + 3294
dn

Resolvi com a ajuda do site http://www.wolframalpha.com/:

dJ ( n )
= 2. ( 278,33 ) .n − 1838, 25 = 556, 66.n − 1838, 25
dn

1838, 25
Portanto n = n = 3, 302
556, 66

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2
J ( n) 278,33. ( 3,302 ) − 1838, 25. ( 3,302 ) + 3294
Resolução 5b) σ = =
4 3,302 4

3034, 69 − 6069,9 + 3294


σ= = 64, 7 σ = 8, 04 dB
4

d 
Resolução 5c) Prec ( di ) = Prec ( d0 ) dBm − PL ( di ) dB = Prec ( d 0 ) dBm − 10.n.log10  i 
dBm
 d0 

 2000 
Prec ( d 2000 ) = 0 dBm − 10. ( 3,302 ) .log   = 0 dBm − 42, 96 dBm
dBm  100 

Prec ( d 2000 ) = −42, 96 dBm


dBm

Nota 5.c1 – este valor, −42,96 dBm , foi o valor médio calculado, e o medido em campo é −35 dBm ,
havendo por isso um erro de 4,94 dBm .

Resolução 5d) Pretende-se a probabilidade do sinal a 2 km que seja superior a −35 dBm (limiar a
que o meu sinal deverá estar a essa distância), γ = −35 dBm , assim nota-se:

Prec  Prec ( d 2000 ) ≥ −35 dBm 


 dBm 

γ − P (d ) 
rec 2000
A distribuição lognormal é Q  dBm 
 σ 
 

 −35 dBm − [ −42, 96 dBm]   7,96 dBm 


Q  ⇔ Q  ⇔ Q [ 0,99]
 8, 04 dB   8, 04 dB 

E utilizando a tabela, obtém-se Q [ 0,99] ≈ 0,1587 ≈ 16%

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Exercício 06 – A figura de ruído de um telefone celular é 16 dB . Qual o valor da sua temperatura


equivalente de ruído? Assuma que para uma detecção eficaz do sinal FM com a largura de banda de
30 kHz recebido neste receptor é necessário garantir uma relação sinal ruído de 13 dB . Qual a
sensibilidade deste receptor em dBm ?

Problema 2.15, página 89 do livro MM.

Resolução 6) A partir deste exercício faz-se introdução ao capítulo da figura de ruído (F). A figura de
ruído mede a amplificação da temperatura de ruído gerado pelo equipamento.

 S 
  = 13 dBW
 N 0  dBW

TEfectiva = T0 ( FEquipamento − 1) , com T0 = 290 º K (temperatura absoluta)

É necessário converter os 16 dB para escala linear, usando a seguinte definição:

Y
10. log10 ( X ) = Y ⇔ X = 1010

16 dB
Assim fica F = 10 10
= 39,81 . Substituindo fica TEfectiva = ( 290 º K )( 39, 81 − 1) = 11 255 º K .

A densidade espectral de potência do ruído é definido por N o = k .TEfectiva .B

W
Em que k é a constante de Boltzman, sendo o seu valor k = 1, 37.10−23 e B é a largura de
s
banda.

E para a temperatura T0 = 290 º K , tem-se que N 0 = −174 dBm / Hz (é um valor medido).

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 S 
A sensibilidade do receptor, S , é definido por S dBW Mínimo
=  + No dBW
 N 0  dBW Mínimo

 S 
S dBW Mínimo
=  + 10.log ( k .TEfectiva .B )
 N 0  dBW Mínimo
dBW

Calculando o 2º termo, 10.log ( k .TEfectiva .B ) = 10.log ( k .TEfectiva ) + 10.log ( B )

 W 
10.log ( k .TEfectiva .B ) = 10.log  1, 37.10 −23  .[11 255 º K ]  + 10.log ( 30 kHz )
 s 

10.log ( k .TEfectiva .B ) = −188,12 dB + 44, 77 dBHz = −143, 35 dB

 S 
Assim fica que S dBW
=  + 10.log ( k .TEfectiva .B ) = 13 dB + ( −143,35 dB )
 N 0  dBW Mínimo

S dBW
= −130,35 dBW

Exercício 07 – O valor mínimo da relação C/I depende do esquema de modulação e codificação


utilizado na transmissão, bem como da qualidade de serviço exigida. Suponha que um sinal digital de
banda estreita requer um C/I de 12 dB. Qual o valor máximo do factor de reutilização? Se a adição
de um código corrector de erro reduzir o C/I de 12 dB para 9 dB, sem aumento da largura de banda
do sinal, qual será o melhoramento resultante no factor de reutilização?

Assuma um exponente de atenuação de 2,6.

Problema 2.18, página 95 do livro MM.

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Resolução 7a) A designação para a potencia do sinal analógico é S e em digital é C .

Nota 7.1 – SNR é a relação entre a potência do sinal com o produto do ruído com a interferência.

Nota 7.2 – Consultar a página 94 do livro MM.

Quando se utiliza células hexagonais, é possível reutilizar a portadora se for respeitada a seguinte
definição:

D
= 3.N
R

Em que R é o raio da célula, D a distância para a reutilização e N a quantidade de antenas.

D 1
2
E em ordem ao raio da célula é = 3.N = ( 3.N ) 2 ⇔ R = D ( 3.N )
R

R−n C 
Sendo o expoente de atenuação n , sei que −n
≥ 
6.D  I  Minimo

C 
E em ordem ao raio da célula é R − n ≥   . 6.D − n 
I
  Minimo

2
2
1 C  1 C  n
Assim fica que N 2 ≥   .  . 6.D − n  ⇔ N ≥ 6.   
 3  I  Minimo 3   I  Minimo 

C 
Sendo   dado em dB e ser necessário linearizar, fica que
 I  Minimo

2
 C 
   2,6 2
 I Minimo
1  1  
12 dB 2, 6
1 2
1
N = 6.10 10  = 6.10 10  = [95, 09] 2,6 = [33, 24]
3  3  3 3
 

Assim o factor de reutilização é N = 11, 08 . E como não pode ser um número fraccionário,
arredonda-se para cima, e é N = 12 .

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 47/111

C 
Resolução 7b) Sendo   dado em dB e ser necessário linearizar,
 I  Minimo

2
 C
   2,6 2
 I Minimo
1  1  
9 dB 2,6
1 2
1
Fica que N = 6.10 10  =  6.10 10  = [ 47, 66] 2 ,6 = [19,54]
3  3  3 3
 

Assim o factor de reutilização com a introdução de um código corrector é N = 6, 51

E como não pode ser um número fraccionário, arredonda-se para cima, e é N = 7

Exercício 08 – O sistema IEEE 802.11a com throughput de 54 Mbps utiliza a modulação 64-QAM.

O BER imposto como qualidade de serviço é 10−6 , para o qual a RSR (relação sinal ruido) é
30 dBW . Para este throughput, qual o valor da sensibilidade do receptor, considerando um factor de
perdas de implementação de 3 dB e um factor de ruído no receptor de 10 dB ?

Assuma um exponente de atenuação de 2,6.

Problema 2.24, página 108 do livro MM.

Resolução 8) Teoria na página 103 do livro MM.

Para uma modulação de 64 QAM é necessário 6 bits por símbolo.

 S 
S dBm Mínimo
=  + N 0 dBm
 N 0  dBW Mínimo

S
Num sinal analógico,   , utiliza-se um impulso de formatação para a transmissão do sinal.
 N 0 Mínimo

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 48/111

ES
Sei que = ES RS , então
TS

E R  E 
S dBm Mínimo
= S S  + N 0 dBm =  S  + RS dBW
+ N0 dBm
 N 0  dBW Mínimo
 N 0  dBW Mínimo

E 
Sabendo que RS = rb (o débito), fica que S dBm Mínimo
= S  + rb dBW
+ N 0 dBm
 N 0  dBW Mínimo

TS

E como a potência do ruído é definido por N 0 = F . k .T0 , em que F é a figura de ruído, k é a

W
constante de Boltzman, sendo o seu valor k = 1, 37.10−23 e T0 é a temperatura absoluta.
s

Como me é dito no enunciado que F = 10 dB , e em valores lineares é 10 W (igual!).

  W  
N0 dBm
= ( F .k .T0 ) dBm = 10.log10   [10 W ] . 1, 37.10 −23  .[ 290 º K ]  .1000 
  s   dBm

N0 dBm
= 10.log10 ( 39, 73.10−18 ) ⇔ N0 dBm
= −164 dBm / Hz
dBm

Ou seja, a densidade espectral do ruído é −164 dBm / Hz

Assim S dBm Mínimo


= 30 dBW + 10.log10 ( rb ) dBW + N0 dBm

S dBm Mínimo
= 30 dBW + 10.log10 ( 54.106 ) − 164 dBm / Hz = 30 dBW + 77, 4 dBHz − 164 dBm / Hz
dBW

S dBm Mínimo
= −56,6 dBm

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 49/111

Exercício 09 – Um terminal móvel tem uma pequena antena omnidireccional incorporada. O


primeiro andar de amplificação tem um ganho de 20 dB e uma temperatura de ruído de 1200 K. O
segundo andar de amplificação tem também um ganho de 20 dB e uma temperatura de ruído de 3500
K. Qual o valor combinado da figura de ruído da antena e do primeiro andar de amplificação?

Se o processamento em banda base requer uma relação sinal ruído de 9 dB na banda de 5 kHz, qual a
sensibilidade do receptor?

Problema 2.48, página 121 do livro MM.

Resolução 9)

Exercício 10 – Calcule o link budget para a ligação ascendente de um terminal móvel para a sua
estação base. A potência do terminal é 600 mW. Qual a gama de serviço para o modelo de
propagação com as características apresentadas na tabela a seguir, assumindo uma disponibilização
do serviço em 95%? A estação base tem uma figura de ruído de 3 dB e a relação SNR é 8 dB para
um throughput de 9,6 kbps.

n PL0 dB σ dB

2 40 8
3 20 8
3,5 10 10
4 6 12

De que forma esses valores são modificados se a disponibilidade exigida for 90%? Que outros
factores podem ser considerados na estação base para ajudar a manter o link budget a maiores
distâncias?

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 50/111

Resolução 10) Trata-se de uma ligação ascendente (do terminal para a BTS). E para garantir uma
qualidade aceitável, é necessário uma cobertura de 95%. Sei que a figura de ruído é de 3 dB . E numa
ligação directa, só existe problemas com o ruído.

 S 
S = 
dBm Mínimo
+ N0 dBm
= S dB − N 0 dBm + N0 dBm
  N 0  dB Mínimo Mínimo
Mínimo
Prec ( d )
dBm

A densidade espectral de potência do ruído é definido por N o dBm


= ( F .k .T0 ) dBmHz + B dB / Hz

W
Em que F é a figura de ruído, k é a constante de Boltzman, sendo o seu valor k = 1, 37.10−23 , T0
s
é a temperatura absoluta, e B é a largura de banda.

Como nada me é dito acerca de k .T0 , vou generalizar. Para uma temperatura T0 = 290 º K , tem-se

que k.T0 = −174 dBm / Hz (é um valor medido).

N 0 dBm = F dB + k .T0 dB
+ B dBHz ⇒ N0 dBm
= 3 dB + k .T0 dB
+ 10.log10 ( 9, 6.103 )
dBHz

N 0 dBm = 3 dB +  −174 dBm / Hz  + 39,8 dBHz

N 0 dBm = −131, 2 dBm

 S 
A sensibilidade do receptor, S , é definido por S dBm Mínimo
=  + N0 dBm
 N 0  dB Mínimo

Substituindo os valores fica S dBm Mínimo


= 8 dB + [ −131, 2 dBm]

S dBm Mínimo
= −123, 2 dBm

Assim para calcular o link budget, tenho que ter em atenção de que a minha sensibilidade do

receptor, S dBm
, é Prec ( d ) .
dB m

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 51/111

Assim a potência no nó receptor, é Prec ( d ) = Ptrans ( d ) dBm + Gtrans dB


+ Grec dB
− PL ( d )
dBm dB

Sendo PL0 = PL ( d 0 ) (duas formas de notar a mesma variável):

PL0 = Ptrans ( d i ) dBm + Gtrans dB + Grec dB − Prec ( di )


dB    dBm
=0

Como nada é dito sobre o ganho das antenas, considera-se ganho unitário, que em dB é zero:

Gtrans dB
= Grec dB = 0

PL0 = Ptrans ( d i ) dBm + Gtrans dB + Grec dB − Prec ( di )


dB    dBm
=0

Assim para um modelo determinístico é PL0 = Ptrans ( d i ) dBm − Prec ( d i ) , e este exercício é
dB dBm

aleatório, devido a tabela do expoente de desvanecimento.

Mas é pelo modelo estatístico (método de distribuição lognormal), Shadowing, logo é necessário usar
a tabela, e dimensionar o projecto de forma a ter uma margem de segurança (os gráficos estão
normalizados pela potência, pois só assim se consegue comparar/obter dados úteis):

Margem de Shadowing

PL0 = Ptrans ( di ) dBm − Prec ( di ) + M Large_Scale
dB dBm
dB

PL0 = −28 dBm − 123, 2 dBm + M Large_Scale dB


dB

d 
As perdas por propagação são (as diferentes de path loss), PL ( d ) = PL0 + 10.n.log10  i 
dB dB
 d0 

 d  PL ( d ) dB − M Large_Scale dB
Assim substituindo fica log10  i  =
 d0  10.n

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 52/111

A margem de Shadowing é obtido pelo gráfico:

Como é de 95%, procuro o ponto 1-0,95=0,05 (a escala é logarítmica!):

Figura 9 - Distribuição lognormal.

Como σ dB
= 8 dB , vou traçar uma recta onde coincida estes dois pontos:

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 53/111

E leio o valor na abcissa, que é

M Large_Scale
= Margem de Shadowing = 13, 2 dB

Como σ dB
= 10 dB , vou traçar uma recta onde

coincida estes dois pontos:

E leio o valor na abcissa, que é M Large_Scale


= Margem de Shadowing = 16, 5 dB .

E para o σ dB
= 12 dB , a M Large_Scale
= Margem de Shadowing = 19, 8 dB .

Pretende-se o alcance da cobertura, e para isso vou utilizar o Excel®:

n PL0 dB σ M Alcance
dB Large_Scale

(km)
(95%)
2 40 8 13,2 109,6
3 20 8 13,2 10,6
3,5 10 10 16,5 4,4
4 6 12 19,8 1,6

Para os 90%, a linha azul desloca-se para cima, e os parâmetros são

n PL0 dB σ M Alcance
dB Large_Scale

(km)
(90%)
2 40 8 11,1 153,1
3 20 8 11,1 13,3
3,5 10 10 12,9 5,6
4 6 12 15,5 2,1

Ou seja, é nos dado a observar que se diminuirmos os critérios de qualidade, consegue-se obter
maiores distâncias (as margens são mais baixas).
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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 54/111

Exercício 11 – Considere um sistema de comunicações sem fios e pessoais a operar na banda: 1850
MHz a 1880 MHz (uplink) e 1930 MHz a 1960 MHz (downlink), com canais de 30 MHz . O serviço
suporta 8 assinantes por cada canal de 200 kHz através do método de acesso FDMA/TDMA. O
factor de reutilização planeado é de 4 células.

a) Para o espectro disponível e para a largura de banda do canal FDMA, quantos canais estão
disponíveis por cada canal FDMA?

b) Se cada estação base pode suportar um máximo de 64 canais rádio, quantos assinantes podem ser
servidos na área de cobertura de uma estação completamente carregada em termos de tráfego?

c) Se a licença é atribuída para cobrir uma cidade com uma área circular de 2 500 km 2 e a estação
base utiliza um transmissor de 20 W com antenas omnidireccionais de 10 dB de ganho, determinar o
número de células necessárias para a garantia do serviço na ligação descendente em toda a cidade. Os
móveis utilizam antenas com ganhos de 3 dB. Considere um factor de reutilização de 4 e um
expoente de atenuação das perdas de propagação n = 4 mais um desvio padrão de 8 dB para o
desvanecimento em cada célula da cidade. Pretende-se um nível de sinal mínimo de −90 dBm para
90% da área de cobertura em cada célula. Considere uma distância de referência de d0 = 1 km .

Problema 4.33, página 113 do livro TR.

Resolução 11a) É um sistema GSM 900 devido a largura de banda que utiliza: 200 kHz . E o método
de acesso é FDMA/TDMA em que se tem para

Uplink – 1850/1880

Downlink – 1930/1960

(sendo por isso, de largura de banda de BT = 30 MHz ).

BT 30 MHz
Sendo N a quantidade de canais de voz/rádio, fica que N = = = 150 canais FDMA
BGSM 200 kHz
(acesso ao canal multiplexado com recurso a divisão na frequência) possíveis de utilizar.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 55/111

E cada canal está dividido em 8 time slot (assinantes por canal):

(na realidade, em Portugal, o GSM 900 tem 124 canais, e o GSM 1800 é igual, só existe uma
transladação da frequência de 900 para os 1800 MHz).

Resolução 11b) 64 canais por BTS. Em Portugal, cada painel de (agrupamento) de antenas das
operadoras só tem 40 canais. E fisicamente, nas torres das operadoras, as antenas para o sistema de
900 MHz, ficam na parte de baixo, e são as maiores. As do sistema de 1800 MHz ficam da parte de
cima e são mais pequenas.

Loaded operation = 8.64 = 512

Resolução 11c) Dados: a potência de transmissão é de 20 W, e o ganho nas antenas omnidireccionais


de transmissão é de 10 dB.

A área de cobertura (circular) é de 2 500 km 2 . O ganho da antena dos telemóveis é de 3 dB, e com
um factor de reutilização de R = 4 . Este parâmetro indica-me o numero de células no cluster.

O expoente de desvanecimento é de n = 4 e o efeito sombra (desvanecimento Shadowing) é

σ dB
= 8 dB . E a potencia mínima de transmissão é de  Ptrans ( d ) dBm  = −90 dBm , com uma
min

distancia de referencia, d 0 , de 1 km .

σ 8 dB
No gráfico, traça-se uma linha na horizontal no valor, = = 2 , dois:
n 4

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 56/111

E “…para 90% da área de cobertura em cada célula…”. Do lado esquerdo, marca-se um ponto na
linha traçada com o valor de 0,9:

Assim Pγ [ d ] = Probabilidade  Prec ( d ) ≥ γ  = Pγ  Prec ( d ) ≥ γ  , sendo U ( γ ) = 90% , passa a


 dBm   dBm 
Pγ [ d ] = 0, 67 , em que d é o meu raio, e Pγ a probabilidade.
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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 57/111

Como a minha área é de 2 500 km 2 , e sabendo de que A = π R 2 , fica que o raio é 892,06 m.

 γ − P ( 892, 06 ) 
rec
A função Q é Q  dBm 
= P ( 892, 06 ) = 0, 67 , em que γ é o parâmetro linear do
 σ  γ
 
sistema.

 γ − P ( 892, 06 ) 
rec
 dBm 
é uma distribuição gaussiana, logo pode-se calcular o seu simétrico:
 σ 
 

 P ( 892, 06 ) −γ 
rec
Logo pode-se fazer Q  dBm  = 1 − 0, 67 = 0, 33
 σ 
 

Assim a função inversa de Q [ X ] = 0,33 , então X = 0, 69 .

Prec ( 892, 06 ) −γ
Assim dBm
= 0, 69 ⇔
σ

⇔ Prec ( 892, 06 ) = 0, 69.σ + γ ⇔ Prec ( 892, 06 ) = 0, 69.[σ ] + [ 67% ] ⇔


dBm dBm

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 58/111

⇔ Prec ( 892, 06 ) = 0, 69.[σ ] +  Ptrans ( d ) dBm  ⇔ Prec ( 892, 06 ) = 0, 69.[8 dB ] − 90 dBm ⇔


dBm min dBm

Prec ( 892, 06 ) = −84, 48 dBm


dBm

Este valor é o valor médio na recepção dos terminais a uma distancia de 892, 06 m .

Nota 11.1 – o desvio médio é o path loss e o desvio padrão é o Shadowing.

Sendo PL0 = PL ( d 0 ) (duas formas de notar a mesma variável):

PL ( d ) = Ptrans ( d ) dBm − Prec ( d )


dBm dBm

PL ( d ) = 10.log10 [ 20 W .1000] − [ −84, 48 dBm ]


d Bm 
Ptrans ( d i )
dBm

PL ( d ) = +127, 49 dBm
dBm

E a minha sensibilidade do receptor, S dBm


, é Prec ( d ) . E agora vai-se assumir que d = 1000 m .
dB m

Os ganhos das antenas são Gtrans dB


= 10 dB , Gtrans = 10 , Grec dB
= 0 , Grec = 1 , e L dB = 0 , L = 1 .

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 59/111

Mas é pelo modelo estatístico, logo não determinístico, utilizando por isso o método de distribuição
lognormal devida a tabela do enunciado (Shadowing). Esta informação é dada no enunciado ao
fornecer a tabela com dados de medições em campo. Vou por isso dimensionar um projecto de forma
a ter uma margem de segurança (os gráficos estão normalizados pela potência, pois só assim se
consegue comparar/obter dados úteis):

Shado
 wing

PL0 = Ptrans ( d ) dBm − Prec ( d ) + M Large_Scale
dB dBm
dB

m
c 3.108 s = 0,153 m
E um comprimento de onda igual a λ = = 6 −1
f c 1960.10 s

  [10.1] 0,1532 m 
 λ  
2

Fica que PL0 = −10.log10  Gtrans Grec    = − 10.log  


 10
 2
dB
  4π d    ( [
4π 1000 ]) 

PL0 = 88,3 dB
dB

Sendo o expoente de atenuação das perdas de propagação n = 4 , as perdas por propagação são

d 
PL ( d ) = PL0 + 10.n.log10  
dB dB
 d0 

 PL ( d ) − PL 
 0 dB 
dB  [ +127,49 dBm ]−[ −88, 3 dB ] 
 10 . n   
  10.( 4 )
Raio = 10 
.d 0 = 10
  
.d 0 = 9,88 km

Assim os parâmetros mais importantes são PL ( d ) = +127, 49 dBm ∧ PL0 = 88, 3dB
dB dB

Exercício 12 – Problema 4.34, página 113 do livro TR.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 60/111

Exercícios propostos - Teórico-prática 03

Propagação em Larga Escala

Exercício 01 – Ao se deslocar no espaço com a velocidade de 25 m/s chegam à antena de um


terminal móvel receptor (RX) duas componentes de propagação multipercurso:

V
E1 ( t ) = 0,1. cos  2π .2.109.t − 2π .ν máx . cos ( Ψ1 ) t + 0 
m

V
E2 ( t ) = 0, 2. cos  2π .2.109.t − 2π .ν máx . cos ( Ψ 2 ) t + 0 
m

Assuma que o RX se move em direcção oposta à direcção de propagação da primeira componente


multipercurso, e exactamente na direcção de propagação da segunda componente. Nestas condições:

a) Calcule a potência por unidade de área aos terminais da antena do receptor nos instantes
de tempo t = 0,1 e t = 0, 2 segundos.

b) Calcule a potência por unidade de área ao longo deste intervalo.

1 E2
Nota: a potência por unidade de área é igual ao módulo do vector médio de Poyting, S avg = . ,,
n Z
em que n é a quantidade de elementos, sendo a média calculada ao longo de um período do campo
eléctrico. “ E ” é a amplitude do campo eléctrico resultante da soma vectorial das duas componentes e
Z o = 377 Ω é a impedância característica do ar.

Exercício 1 do tópico 30.5, página 754 do livro Andreas Molisch.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 61/111

Resolução 1a) Dependência temporal do desvanecimento (slide 55 do modulo 3).

Dado importante é a deslocação do terminal, 25 m/s, e recebe nas suas antenas, duas componentes de
propagação, em que o coeficiente 2.109 é o valor da portadora (2 GHz) e ν máx é o desvio de Doppler,

que também se representa por fd máx (para não se confundir com o símbolo de velocidade). Sei

também que Ψ1 = π rad e que Ψ 2 = 0 rad .

m
3.108 s = 0,15 m v 25 m / s
λ= ∧ fd máx = = = 166, 66 ( 6 ) Hz
2, 0.109 s −1 λ 0,15 m

 fc

V
 
E1 ( t ) = 0,1. cos 2π .  2.10 Hz  .t − 2π . fd máx .cos ( Ψ1 ) t + 0 
  9

  m
 

V
E2 ( t ) = 0, 2. cos  2π .  2.109 Hz  .t − 2π . fd máx . cos ( Ψ 2 ) t + 0 
m

V
E1 ( t ) = 0,1. cos  2π .  2.109 Hz  .t − 2π . 166, 66 ( 6 ) Hz  . cos ( Ψ1 ) t + 0 
m

V
E2 ( t ) = 0, 2. cos  2π .  2.109 Hz  .t − 2π . 166, 66 ( 6 ) Hz  . cos ( Ψ 2 ) t + 0 
m

Cálculo da potência por unidade de área. 1º há que calcular a potência instantânea:

2
Pi ( t ) = ∑ Ei
2

i =1

Em que o limite superior do somatório, 2 , é a quantidade de módulos.

( j .−2π .166,66( 6) Hz .cos( Ψ1 )t  )


( )



Assim, e no formato vectorial E : E1 ( t ) = 0,1. e  


( j .−2π .166,66( 6) Hz .cos( Ψ 2 )t  )
E 2 ( t ) = 0, 2. e  
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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 62/111



E 1 ( 0 ) = 0,1. e( ) = 0,1
j .0
No instante zero, t = 0 s :



E 2 ( 0 ) = 0, 2. e( ) = 0, 2
j .0

2 2 2
Assim, Pi ( t ) = ∑ Ei
2



⇒ P ( 0 ) = E1 ( 0 ) + E 2 ( 0 )
i =1   
Normalização para a potência
média da transmissão do sinal

P ( 0 ) = 0,12 + 0, 2 2 = 0, 05 W


( j .−2π .166,66( 6) Hz .cos(π rad )( 0,1) )
No instante zero, t = 0,1 s : E1 ( 0,1) = 0,1. e  

E1 ( 0,1) = 0,1. e( [
j . +104,56])


= 0,1. e( j .4,17 ) = −0, 052 − j.0, 086


( j .−2π .166,66( 6) Hz .cos( 0 rad )( 0,1) )
E 2 ( 0,1) = 0, 2. e  

E 2 ( 0,1) = 0, 2. e( [
j . −104,56])


= 0, 2. e( − j .4,17 ) = −0,103 + j.0,171

2 2 2
Assim, Pi ( t ) = ∑ Ei
2



⇒ P ( 0,1) = E1 ( 0 ) + E 2 ( 0 )
i =1

2 2
P ( 0,1) = ( −0, 052 − j.0, 086 ) + ( −0,103 + j.0,171)

2
Assim, Pi ( t ) = ∑ Ei
2



⇒ P ( 0,1) = E1 ( 0 ) + E 2 ( 0 )
i =1

P ( 0,1) = ( −0, 052 − j.0, 086 ) + ( −0,103 + j.0,171) P ( 0,1) = 0, 03 W

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 63/111

Confirmar o que segue (para t=0,2s) !!!!


( j.−2π .166,66( 6) Hz .cos(π rad )( 0,2) )
No instante zero, t = 0, 2 s : E1 ( 0, 2 ) = 0,1. e  

E1 ( 0, 2 ) = 0,1. e( [
j . −209,12])


= 0,1. e( j .?) = −0, 0?− j.0, 0?


( j.−2π .166,66( 6) Hz .cos( 0 rad )( 0,2) )
E 2 ( 0, 2 ) = 0, 2. e  

E 2 ( 0, 2 ) = 0, 2. e( [
j . −209,12])


= 0, 2. e( j .?) = −0, 0?− j.0, 0 ?

2
Assim, Pi ( t ) = ∑ Ei
2



⇒ P ( 0, 2 ) = E 1 ( 0, 2 ) + E 2 ( 0, 2 )
i =1

P ( 0, 2 ) = ( −0, 052 − j.0, 086 ) + ( −0,103 + j.0,171)

P ( 0, 2 ) = 0, 028 W

P (t ) P (t ) P (t )
Assim, a potência por unidade de área é uma DEP: S ( t ) = = = , em que Z o é a
Zo 120π Ω 377 Ω
impedância característica do meio.

No instante zero, t = 0 s : S (0) =


P ( 0)
=
[ 0, 05 W ] S ( 0 ) = 132.63.10−6
Web
Zo 377 Ω m2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 64/111

No instante zero, t = 0,1 s : S ( 0,1) =


P ( 0,1)
=
[0, 03 W ] S ( 0,1) = 785.40.10−6
Web
Zo 377 Ω m2

No instante zero, t = 0, 2 s : S ( 0, 2 ) =
P ( 0, 2 )
=
[0, 028 W ] S ( 0, 2 ) = 733.04.10 −6
Web
Zo 377 Ω m2

1 E2
O valor médio é S avg = . , em que n é a quantidade de elementos,
n Zo

1 P ( 0 ) + P ( 0,1) + P ( 0, 2 ) 1 [ 0, 05 W ] + [ 0, 03 W ] + [ 0, 028 W ]
S avg = . = .
3 Zo 3 377 Ω

Web
S avg = 95, 49.10−6 = 95, 49 µ
m2

Exercício 02 – Um sistema de comunicações móveis é projectado para satisfazer a seguinte


especificação: o valor instantâneo da amplitude r do sinal no receptor não pode ser inferior a 10%
de um limiar rmin pré-especificado na fronteira da célula (distância máxima para a estação base) em

90% do tempo. O sinal é afectado pela propagação em pequena escala (desvanecimento Rayleigh) e
pela propagação em larga escala (desvanecimento log-normal, com σ F dB
= 6 dB ).

Determinar a margem de segurança necessária para que o sistema cumpra as especificações


impostas.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 65/111

Figura 10 - Afectação do sinal na propagação.

Exercício 3 do tópico 30.5, página 755 do livro Andreas Molisch.

Resolução 2) 90% do tempo tem que respeitar o valor de 10%, no limiar da célula.

No gráfico é possível visualizar as perdas por propagação, Path loss, as perdas de pequenas escala,
distribuição lognormal - Shadowing, e as perdas de grande escala, distribuição de desvanecimento
Rayleigh - Multipercurso.

Assim para o cálculo do link budget e necessário primeiro calcular a margem de desvanecimento
(pequena escala), sendo este um processo aleatório, e centrado no valor médio do path loss. Pode se
2.σ F 2
aproximar com a definição M = .
Small _ Scale
rmin 2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 66/111

Em que 2.σ F 2 é a potência média do sinal (a potência como varia no tempo, logo torna-se

necessário o recurso a média), e permite normalizar o valor da potência de modo a poder comparar
com outros valores.

 1 
− 
 M 
A probabilidade de falha, POut [ d ] = Pγ [ d ] , é Pγ [ d ] = 1 − e  Small _ Scale 
. Assim, a distribuição do

desvanecimento Rayleigh segue a seguinte definição:

 rmin 2 
 − 2

 2.σ F
Pγ [ d ] = 1 − e 

 1 
− 
 M 
Como pretendo 90%, POut [ d ] = Pγ [ d ] = 10% = 0,1 , fica que 1 − 0,1 = e  Small _ Scale 

1 1
⇔ ln ( 0,9 ) = − ⇔ M Small _ Scale
=−
M Small _ Scale
ln ( 0,9 )

M Small _ Scale
= 9, 49

M Small _ Scale dB
= 9, 77 dB

Este valor, 9, 77 dB , significa que é o valor que é preciso compensar devido a efeito do
desvanecimento Rayleigh.

Segundo - a margem de desvanecimento em larga escala (distribuição de Shadowing), devido ao


efeito sombra, e segue uma distribuição lognormal:

POut [ d ] = Pγ [ d ] = Probabilidade {r < rmin } = Probabilidade Lmean { dB


+ L dB > Lmáx dB }
Em que Pγ [ d ] é a situação de falhas, r é o valor a que não deve de chegar, e rmin é o valor mínimo

aceitável para o limiar. E Lmean dB


é o valor médio das perdas máximas na fronteira da célula, e L dB é

o valor aleatório da componente de atenuação da distribuição de Shadowing .


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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 67/111

E o que se pretende neste momento é o valor de L dB . Pγ [ d ] = Probabilidade L dB > Lmáx { dB


− Lmean
dB
} . Por
ser uma distribuição lognormal, permitindo por isso a utilização da função Q , distribuição normal, o
seu valor varia entre zero e um. É uma característica da probabilidade de distribuição gaussiana.

 L Lmáx dB − Lmean 
 
Assim, POut [ d ] = Pγ [ d ] = Probabilidade  dB > dB

σ F dB σ F dB 

Sendo Lmáx dB
− Lmean a minha margem de segurança, M Large_Scale dB
, e σF dB
o meu desvio padrão.
dB

∞ ∞

Assim, ∫ Pdf ( x ) d ( x ) = ∫ Pdf ( x ) d ( x )


M Lmáx dB − Lmean
Large_Scale dB dB
σF σF dB
dB

Sendo Pdf ( x ) a probabilidade de densidade espectral.

∞ ∞  Lmáx − Lmean ∞ 
∫ Pdf ( x ) d ( x ) = ∫ Pdf ( x ) d ( x ) = ∫ Q  σ F  d ( x ) = 0,1 .
dB dB
Logo

M Large_Scale
dB
Lmáx dB − Lmean
dB  dB

σF σF dB
dB

Shadowing

M Large_Scale

M Large_Scale dB
=σF dB
.Q −1 ( 0,1) ⇔ dB
= 0,16 ⇔
σF dB

M Large_Scale dB
= [ 6 dB ] .[1,16] = 6,96 dB

Em que Q −1 é a função inversa da função Q .

Assim a margem de segurança é M Small _ Scale dB


+M Large_Scale dB
= 9, 77 dB + 6,96 dB = 16, 73 dB .

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 68/111

Este valor agora obtido, na prática é um valor elevado (e ainda não se está a considerar as
interferências), e é preciso ter cuidado ao implementar o projecto. Uma possível solução seria a
utilização da diversidade espacial. O aumento da potência de transmissão por si só poderia não
resolver o problema, pois também se aumentaria a interferência.

Nota 2.1 - POut [ d ] = Pγ [ d ] = Probabilidade {r < rmin } para que r ~ ln ( 0, σ F ) , e em que ~ significa que r

segue uma distribuição gaussiana, e ln ( ) é a função que desenha a lognormal gaussiana.

Exercício 03 – Um sistema de comunicações via rádio é normalmente desenhado de modo que o


receptor deva ser capaz de suportar uma certa quantidade de dispersão por efeito Doppler no sinal à
saída do canal, sem que o seu desempenho seja afectado de forma significativa.

Considere que a mobilidade do canal é devida apenas ao terminal móvel, e que a dispersão do desvio
de frequência por efeito Doppler é o dobro do valor máximo do desvio de frequência por efeito
Doppler. Considere ainda que o sistema é projectado para funcionar nas bandas de 900 MHz e 1800
MHz.

a) Se o objectivo é fazer com que o sistema seja capaz de manter a ligação quando o terminal se está
a mover a 200 km/h, qual o valor máximo admissível para o espalhamento Doppler?

b) Se o objectivo é garantir que o sistema se mantenha em funcionamento para velocidades do


terminal de 200 km/h, quando estiver a operar na banda 900 MHz, qual será a velocidade máxima
admissível do terminal se a comunicação estiver a ser estabelecida nos 1800 MHz?

(Considere a mesma limitação relativa à dispersão por efeito Doppler)

Exercício 4 do tópico 30.5, página 755 do livro Andreas Molisch.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 69/111

Resolução 3a) Mobilidade do canal. O efeito Doppler surge devido a presença de obstáculos, e é
caracterizado por um desvio padrão.

Vou considerar que σ ν = σ fd , para a dispersão por efeito Doppler (que ocorre com o movimento do

terminal), pois o índice ν é parecido com o símbolo da velocidade, e sabendo que o efeito Doppler
está associado a velocidade, e para não confundir vou utilizar fd .

v
Assim, e segundo o enunciado: σ fd = 2. fd máx = 2. . cos ( Ψ ) .
λ 

fd máx

Vai-se considerar o pior caso possível, na mesma direcção e em sentido oposto.

O desvio máximo do efeito Doppler é calcular o valor que permite manter a ligação, mesmo com o
terminal a deslocar-se a uma velocidade de 200 km/h.

m
200.103 m m 3.108 s = 0, 33 m . Logo
Utilizando as unidades SI, v = = 55, 6 ,e λ= 6 −1
3600 s s 900.10 s

v 55, 6 m / s
fd máx fc =900 MHz
= = = 166,8 Hz
λ 0, 33 m

E para a portadora de 1 800 MHz, fica que:

m
3.108 s = 0,17 m v 55, 6 m / s
λ= ⇒ fd máx = = = 333, 6 Hz
1800.106 s −1 fc =1800 MHz
λ 0,17 m

P: Qual será o valor máximo admissível para o espalhamento do efeito Doppler?

R: O valor máximo para a dispersão é:

σ fd = 2. fd máx = 2.[ 333, 6 Hz ] = 667, 2 Hz


fc =1800 MHz

O intervalo de coerência, quando relacionado com o efeito Doppler (é o ritmo em que o canal varia
1
ao longo do tempo) é o valor inverso da dispersão, sendo por isso: = 1,5.10−3 .
667, 2 Hz

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 70/111

Resolução 3b) σ fd = 2. fd máx = 2.[166,8 Hz ] = 333, 6 Hz


fc =900 MHz

σ fd m 333, 6 Hz
vmáx = λ. fd máx = λ.
fc =900 MHz
=
3.108 s .[ ]
fc =1800 MHz 6 −1
2 1800.10 s 2

vmáx fc =1800 MHz


= 27,8 m / s = 100 km / h

Este valor indica o valor máximo a que o terminal se pode deslocar, quando se utiliza a banda dos
900 MHz. Mesmo que a portadora 1800 MHz me permita valores mais alto, tenho que baixar para a
portadora dos 900 MHz, devido a possibilidade de mudança de BTS, e esta me atribua uma
frequência de 900.

Exercício 04 – Considere que numa ligação sem fios, as perdas de propagação resultam do valor
médio determinístico e igual a 127 dB, somado às perdas por desvanecimento em larga escala
(Shadowing) do tipo log-normal, com desvio padrão σ F dB
= 7 dB .

a) Qual o valor máximo da probabilidade de falha na ligação (outage probability - POut ) devido ao

desvanecimento em larga escala, à essa distância se o sistema é desenhado para assegura uma valor
máximo de perdas de propagação igual a 135 dB?

b) Quais das seguintes alternativas pode ser usada de modo a se reduzir o valor da probabilidade de
falha do nosso sistema. Explique porque as outras alternativas não podem ser utilizadas.

(i) Aumento da potência de transmissão.

(ii) Diminuição do valor determinístico das perdas de propagação.

(iii) Mudança das antenas.

(iv) Diminuição do desvio padrão do desvanecimento curto.

(v) Desenho de um receptor com melhor desempenho.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 71/111

Exercício 5 do tópico 30.5, página 755 do livro Andreas Molisch.

Resolução 4)

Exercício 05 – Num ambiente de propagação com desvanecimento Rayleigh, a sensibilidade do


receptor é igual ao valor mínimo da amplitude do sinal à saída do canal ( rmin ) . Desse modo, a

probabilidade de falha é

POut [ d ] = Pγ [ d ] = Probabilidade {r < rmin } = cdf ( rmin )

a) Considerando que a amplitude do sinal ao quadrado, r 2 , é directamente proporcional ao valor


instantâneo da potência recebida, através da relação C = K .r 2 ( K é uma constante positiva),
obtenha a expressão da probabilidade de falha POut [ d ] , em função da sensibilidade do receptor

Cmin e da potência média recebida C .

b) A margem de desvanecimento (nível de proteção contra o desvanecimento) é C . Ou em dB:


Cmin

M Large_Scale dB
=C − Cminimo dB
dB

Determinar a expressão da margem de desvanecimento necessária em dB, como função da


probabilidade de falha POut [ d ] .

Exercício 6 do tópico 30.5, página 755 do livro Andreas Molisch.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 72/111

C
Resolução 5) C =
dB I dB

Exercício 06 – Pretende-se projectar um sistema de comunicações sem fios com uma distância
máxima d máx = 5 km entre a estação base e o terminal móvel. A antena da estação base está à uma

altura de 20 metros e a altura da antena na estação móvel está à uma altura de 1,5 metros. A
frequência da portadora é 450 MHz e o ambiente de propagação é tipo plano e em terreno aberto.

Para este cenário em particular as perdas de propagação são derivadas a partir do modelo de
propagação em terra plana, adicionado das perdas de propagação segundo o modelo de Egli, dados
pela expressão:

 [ f c MHz ]2 
∆LP ( d ) dB = 10.log10  
 1600 
 

Este modelo apenas é válido se a distância é menor que o horizonte rádio:

d h ≈ 4100  hBTS , m + hMS , m 


m

O valor obtido para as perdas de propagação é a mediana.

A ligação em banda estreita está sujeita ao desvanecimento em larga escala tipo log-normal, com
desvio padrão σ F dB
= 5 dB e ao desvanecimento em pequena escala de Rayleigh. Além disso, a

sensibilidade do terminal móvel é Cminimo dBm


= −122 dBm (à saída da antena).

Quer a estação base quer o móvel estão equipados com dipolos de meio comprimento de onda e
ganho 2,15 dB.

a) Faça um esboço do link budget para a ligação da estação base ao terminal móvel. Comece pela

potência à entrada da antena do emissor na estação base  Ptrans ( d máx ) dB  e siga o dimensionamento
TX

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 73/111

em direcção à mediana da potência recebida à saída do terminal móvel. Entre C Mediana dB


e CMin dB

situa-se a margem de desvanecimento M dB


.

b) Considera-se que o sistema está operacional (tem cobertura) quando a potência instantânea
recebida não se situa abaixo de CMin dB
durante mais que 5% do tempo. Calcula a margem de

desvanecimento necessária como consequência do desvanecimento em pequena escala.

c) Se o objectivo para o sistema é garantir uma cobertura na fronteira da célula em 95% (sistema
operacional em 95% das localizações à distância máxima d máx ) da estação base, calcular A margem

de desvanecimento necessária como consequência do desvanecimento em larga escala para a


satisfação deste requisito.

d) Calcular a potência necessária no transmissor  Ptrans ( d máx ) dB  através da adição das margens de
TX

desvanecimento obtidas nas alíneas (b) e (c) (resulta na margem de desvanecimento total M dB
e que

deve ser inserida na equação de link budget.

Exercício 10 do tópico 30.5, página 757 do livro Andreas Molisch.

Resolução 6a) Com Gtrans dB


= 2,15 dB e Grec dB
= 2,15 dB .

Figura 11 - Esquema do exercício 6.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 74/111

Utilizando o modelo de Terra-plano:

EIRPtrans
2
 hTx .hRx 
   
Prec ( d ) = Ptrans ( d ) Gtrans Grec  2  [W ]
Terra Plana
  d 
Modelo de aproximação "Terra Plana"

2
Ptrans ( d )  d2 
LP ( d ) Terra Plana = = 
Prec ( d ) Terra Plana  hTx .hRx 

Em que LP ( d ) Terra Plana são as perdas de propagação na planície.

 [5000 m]2 
LP ( d ) Terra Plana = 2.10.log10   = 118, 42 dB
dB  [ 20 m ] .[1,5 m ] 
 

 [ 450]2 
E pelo modelo de Egli, ∆LP ( d ) dB = 10.log10   = 21, 02 dB
 1600 
 

Cuidado, pois f c MHz está em MHz.

Assim as perdas totais são LP ( d ) dB = LP ( d ) Terra Plana + ∆LP ( d ) dB


dB

LP ( d ) dB = (118, 42 dB ) + ( 21, 02 dB ) = 139, 44 dB

Assim esquematicamente tem-se isto:

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 75/111

Figura 12 - Esquema da distribuição dos ganhos e perdas.

M é a minha margem de desvanecimento.

Resolução 6b) O valor mediano é diferente de média. Considera apenas 50% dos melhores
resultados.

M Mediana dB
= M Media dB
− 1,5
 8 dB
 
Valor Teorico

Para calcular M Media dB


, sei que POut [ d ] = 0, 005 , fica:

  1    1 
M Media = −10.log10  ln   = −10.log10 ln  = 12, 9 dB
 
  

  1 − POut [ d ]     1 − [ 0, 005]  
dB

Este valor é a margem de desvanecimento médio.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 76/111

Assim a mediana é M Mediana dB


= M Media dB
− 1,58
  = [12, 9 dB ] − 1
dB , 5
 8 dB
 = 11,3 dB .
Valor Teorico Valor Teorico

Não esquecer que estes valores são aleatórios. Estamos acima dos 95% requeridos.

Resolução 6c) Pelo enunciado sei que σ F dB


= 5 dB , então fica que:

 Mar
gem de Shadowing
 
 M 
 Large_Scale

POut [ d ] = Pγ [ d ] == Q.  dB 
⇔ M =σF .Q −1 ( 0, 005 )
 σ F dB  Large_Scale dB dB

 
 
 

M Large_Scale dB
= 5 dB.[1,39] = 6,95 dB

Resolução 6d) M dB
= M Mediana dB
+M Large_Scale dB
= 11, 3 dB + 6, 95 dB = 18, 25 dB

Assim a potência total do emissor é, utilizando a definição linear da fórmula de FRIIS:

EIRPtrans
  
Ptrans ( d ) .Gtrans .Grec
Prec ( d ) =
α

O coeficiente α deve-se a facto do sinal sofrer perdas de propagação de espaço livre e o efeito de
difracção, e está associado a um processo aleatório (Shadowing) na presença de obstáculos entre o
transmissor e o emissor.

Utilizando os valores em dB, fica que


EIRPtrans
 
Prec ( d ) = Ptrans ( d ) dBm + Gtrans dB + Grec dB
− LP ( d ) dB − M dB
.
dBm

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 77/111

Ptrans ( d ) dBm = Prec ( d ) − Gtrans dB


− Grec dB
+ LP ( d ) dB + M dB
dBm
 
Cminimo dBm

Ptrans ( d ) dBm = [ −122 dBm ] − [ 2,15 dB ] − [ 2,15 dB ] + [139, 44 dB ] + [18, 25 dB ]



Cminimo dBm

Ptrans ( d ) dBm = 31, 35 dBm

Exercício 07 – Considere-se um sistema limitado quando à interferência, onde existem dois


transmissores:

TX − A e TX − B . Ambos os transmissores têm as antenas à altura de 30 metros, estão à distância de


40 km um do outro, transmitem com a mesma potência, tem antenas omnidireccionais de meio
comprimento de onda iguais e utilizam a mesma portadora de 900 MHz.

TX − A transmite para um receptor RX − A localizado à distância d na direcção do transmissor


TX − B . O transmissor TX − B está a interferir com a recepção em RX − A , que exige um valor
médio do sinal (depois da filtragem da contribuição multipercurso) da relação (C/I) entre o sinal

pretendido e os sinal interferidores C ( I) minimo dB


= 7 dB .

Os sinais que chegam ao RX − A (desejados e interferidores) estão ambos sujeitos a um


desvanecimento log-normal em larga escala de 9 dB . O exponente das perdas de propagação no
ambiente considerado é n = 3,6 (o sinal tem um decaimento segundo a lei d −n ).

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 78/111

Figura 13 - Esquema do exercício 7.

C
a) Determinar a margem de desvanecimento necessária para que seja igual ou superior a
I

C 
  com uma probabilidade 99%.
 I minimo dB

b) Recorrendo à margem de desvanecimento obtida na alínea (a), determinar a distância máxima


d máx entre o transmissor TX − A e o receptor RX − A .

c) Será possível apenas através da análise das equações dar uma resposta breve ao que aconteceria
quando a distância máxima d máx entre TX − A e TX − B fosse alterada para 20 km de distância um
do outro?

Exercício 11 do tópico 30.5, página 757 do livro Andreas Molisch.

Resolução 7a) Canal desvanecimento Rayleigh. Como no enunciado é dito “limitado contra
interferência”, significa que se pode desprezar o ruído provocado pela interferência. Como o
comprimento de onda é a mesma, logo λ1 = λ2 , então existe interferência entre si. Tenho que por isso

saber o valor da distância máxima, d máx , para não se perder a ligação.

C C
Vai ser introduzido dois novos conceitos, e . Em que I diz respeito ao co-canal, e A ao canal
I A
adjacente, que surge devido a imperfeição da concepção, em fabrica, dos filtros.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 79/111

C 
E tenho que garantir que   < 7 dB , sabendo que σ F dB
= 9 dB e n = 3, 6 . Temos duas
 I minimo dB

estações:

2 2 2 2
(σ )
F dB Total = σ F ,Total dB
= (σ ) + (σ ) = [9 dB] + [9 dB]
F dB TX

F dB RX

[1]

[1] - Só se pode fazer isto quando as variáveis são independentes entre si. É a raiz quadrada do
desvio padrão.

σ F ,Total dB
= 12, 7 dB

A lognormal para TX − A é independente do desvanecimento da lognormal para TX − B . Logo as


variâncias somam-se, sabendo-se que no enunciado é dito que POut [ d ] = 0, 01 :

 Marge
 m de Shadowing
 
 M 
 Large_Scale

POut [ d ] = Pγ [ d ] = Q.  dB 
= 0, 01 ⇔ M = σ F ,Total .Q −1 ( 0, 01) ⇔
 σ F ,Total  Large_Scale dB dB
 dB 
 
 

⇔ M Large_Scale dB
= [12, 7 dB ] .[ 2, 33] ⇔ M Large_Scale dB
= 29, 66 dB

Resolução 7b) PL ( d ) dB = PL0 dB


+ n.log10 ( n ) dB , PL ( d ) dB = PL0 (1 km ) dB + n.log10 ( n ) dB

Sendo PL ( d 0 ) = PL0 , e no calculo do path loss não se considera a margem de desvanecimento.

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C A dB =  Ptrans ( d máx ) dBm  + Gtrans 


dB TX − A
+ Gtrans dB
 − PL ( d máx )
TX − A TX − B dB

E o valor do interferidor é

IA dB
=  Ptrans ( d − d máx ) dBm  + Gtrans dB TX − B + Gtrans 
dB TX − A
− PL ( d − d máx )
TX − B dB

Esta definição deve-se ao facto de ambas as portadoras que chegam ao terminal móvel serem iguais.

C
Assim C = = C A dB − I A dB = − PL ( d máx ) + PL ( d − d máx )
dB I dB
dB dB

  d    ( d − d máx )  
C = −  PL0 + 10.n.log10  máx   +  PL0 + 10.n.log10  
dB dB
  d 0    dB
 d0  
    
PL( d máx ) PL( d − d máx )
dB dB

d   ( d − d máx ) 
C = − PL0 − 10.n.log10  máx  + PL0 + 10.n.log10  
dB dB
 d0  dB
 d0 

 d   ( d − d máx )     ( d − d máx ) d 0 
C = 10.n.  − log10  máx  + log10    = 10.n.  log10  . 
dB
  d0   d0     d0 d máx  

  d − d máx    d 
C = 10.3, 6.  log10    = 36.  log10  − 1 
dB
  d máx    d máx 

C C 
Como sei que C = =  +M Large_Scale dB
, fica que
dB I dB  I minimo dB

C  C
  +M Large_Scale dB   +M Large_Scale dB
 I  minimo  I  minimo
d dB
d dB

⇔ − 1 = 10 36
⇔ = 10 36
+1 ⇔
d máx d máx

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 81/111

  C  + M Large_Scale 
  I minimo dB dB
 d
⇔ d = d máx 10 36
+ 1 ⇔ d máx = ⇔
C 
   
 I  minimo
+M Large_Scale dB

  dB

10 36
+1

40.103 40.103
⇔ d máx = [7 dB ]+[ 29,66 dB ]
= ⇔
11, 4312
10 36
+1

d máx = 3 499, 2 m

Figura 14 - Esquema do exercício 7, com os respectivos valores que caracterizam o sistema.

Exercício 08 – Considere que o perfil de potências segundo a figura, com uma propagação
multipercurso (PDP – Power Delay Profile) num canal sem fios caracteriza-se por dois clusters, cada
um deles com um decaimento exponencial numa escala linear:

 a1e− b1τ , 0 ≤ τ ≤ 20 µ s
 b τ −55.10−6 

P (τ ) =  a2 e 2  
, 55µ s ≤ τ ≤ 65µ s
 0, o.v.


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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 82/111

Figura 15 - Esquema do exercício 8.

Em primeiro lugar determine os valores dos coeficientes a1 e a2 e a seguir calcule o valor médio da

potência, a dispersão do atraso de propagação multipercurso (valor médio quadrático do delay


spread), de acordo com as equações:



Pm = ∫ Ph (τ ) ∂τ e Tm =

−∞
Ph (τ ) .τ ∂τ
−∞ Pm

A largura de banda de coerência pode ser aproximada da seguinte forma:

1
( ∆f ) C ≈
2πσ τ

sendo σ τ a dispersão do atraso de propagação multipercurso (valor médio quadrático do delay


spread). Como classificaria o canal (selectivo ou plano na frequência), para um sistema de
transmissão com uma largura de banda de 100 kHz?

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 83/111

Resolução 8) Exercício 3 do tópico 30.6, página 757 do livro Andreas Molisch.

Este exercício vai centrar-se no atraso de propagação devido ao multipercurso (PDP – Power Delay
Profile), P (τ ) . Temos duas função, uma no período compreendido por 0 ≤ τ ≤ 20 µ s e

55µ s ≤ τ ≤ 65µ s .

Figura 16 - Identificação dos parâmetros de interesse que caracterizam a função.

Quando τ = 0 (delay) a potência recebida é de Prec ( d ) = −100 dBm (valor arredondado).


dBm τ = 0

E em valores lineares é Prec ( d ) = 10−13 W .


τ =0

Para os 20 µ s , fica Prec ( d ) = −140 dBm , e que em valore lineares é Prec ( d ) = 10−17 W
dBm τ = 20 µ s τ = 20 µ s

Para os 55µ s , fica Prec ( d ) = −120 dBm , e que em valore lineares é Prec ( d ) = 10 −15 W
dBm τ =55 µ s τ = 55 µ s

Para os 65µ s , fica Prec ( d ) = −140 dBm , e que em valore lineares é Prec ( d ) = 10 −17 W
dBm τ = 65 µ s τ = 65 µ s

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 84/111

Os valores são obtidos olhando para o gráfico, e arredondados.

Agora para calcular os coeficientes é assim

− b1 ( 0 )
P ( 0 ) = a1e ⇔ 10−13 W = a1e0 ⇔ a1 = 10−13 W

P ( 20 µ s ) = a1e − b1 ( 20 µ s ) ⇔ 10−17 W = 10 −13 W  e − b1 ( 20 µ s ) ⇔

10−17 W
e − b1 ( 20 µ s ) = ⇔ − b1 ( 20.10−6 ) = ln (100 −6 ) ⇔ b1 = 460 517
10 −13 W

b τ − 55.10 −6  ( )
b2  55.10−6 − 55.10−6 
P ( 55µ s ) = a2 e 2  
⇔ 10−15 W = a2 e



⇔ a2 = 10 − 1 5 W
=1

b τ −55.10−6  ( )
b  65.10−6 −55.10−6 
P ( 65µ s ) = a2 e 2  10 −15 W = 10 −15 W  e 
 2 
⇔ ⇔

10−17 W
e − b2 (10 µ s ) = ⇔ − b2 (10.10−6 ) = ln (10−2 ) ⇔ b2 = 460 517
10 −15 W

Assim, resumindo é

a1 = 10 −13 W a2 = 10 −15 W b1 = 460 517 b2 = 460 517

Pode-se observar que só os coeficiente “a” é que são diferentes, pois há mais potência nas primeiras
réplicas (e origina excesso de delay).

Como, para se utilizar a correlação, faz se uma aproximação utilizando a seguinte definição:


Pm = ∫ Ph (τ ) ∂τ
−∞

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 85/111

sendo Ph (τ ) o perfil do atraso de multipercurso.

Para normalizar os resultados do atraso de propagação devido ao multipercurso (PDP – Power Delay
Ph (τ )
Profile) é P (τ ) = . P (τ ) é a potência do sinal a que é preciso multiplicar para se conseguir
Pm
obter a contribuição do sinal.

A média do atraso de propagação é Tm = ∫ P (τ ) .τ ∂τ =


∞ ∫−∞
Ph (τ ) .τ ∂τ
.
−∞ Pm

Como σ τ a dispersão do atraso de propagação multipercurso (valor médio quadrático do delay

spread), desvio padrão, é

∞ 2
στ = ∫ −∞
Ph (τ ) .[τ − Tm ] ∂τ

O recurso a integração em vez de somatórios, é devido ao facto de estarmos presentes de valores


contínuos (e não discretos). E o recurso a [τ − Tm ] é para centrar no velor médio.

∞ 20.10−6 65.10−6 b τ −55.10−6 


Assim Pm = ∫ Ph (τ ) ∂τ ⇔ Pm = ∫ a1e − b1τ ∂τ + ∫ a2 e 2  
∂τ
−∞ 0 55.10−6

1
A primitiva de uma exponencial é ∫ e − ax ∂x = − e − ax , logo Pm = 2, 2.10 −19 W .
a

Agora só falta calcular o atraso médio de propagação em multipercurso (esta parte do calculo é o
mais difícil):

Tm = ∫

P (τ ) .τ ∂τ =
∫ −∞
Ph (τ ) .τ ∂τ
−∞ Pm

−6
20.10−6
65.10
 b2 τ −55.10−6   .τ ∂τ
∫  a1e −b1τ  .τ ∂τ ∫55.10−6  a2 e
Tm = 0
+  
Pm Pm

Tm = 2,9µ s

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 86/111

Assim σ τ =

−∞
Ph (τ ) .τ 2 ∂τ
− Tm 2
Pm

 20.10−6  a eb2 τ −55.10−6   .τ 2 ∂τ 


−6
65.10

∫  a
 1 e − b1τ

 .τ 2
∂τ ∫55.10−6  2   2
στ =  0 +  − Tm
 Pm Pm 
 

σ τ = 6,5µ s

A largura de banda de coerência pode ser aproximada da seguinte forma:

1
( ∆f ) C ≈
2πσ τ

1
( ∆f )C ≈
2π [ 6,5µ s ]

( ∆f )C ≈ 25kHz

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 87/111

Exercício 09 – O intervalo de tempo de coerência faz uma estimativa do tempo durante o qual o
canal pode ser considerado como sendo constante e pode ser aproximado pelo inverso da dispersão
por efeito Doppler. Atendendo ao resultado ilustrado na figura a seguir, obtenha uma estimativa do
intervalo de coerência do canal com essas características.

Figura 17 - Esquema do exercício 9.

Exercício 5 do tópico 30.6, página 758 do livro Andreas Molisch.

Resolução 9) Ver capitulo 6 (página 101), do livro Andreas Molisch.

O intervalo de coerência é notado da seguinte forma: ( ∆t )C , e

1 1
( ∆t )Coerencia = =
2πσν 2πσ fd

Vou considerar que σ ν = σ fd , para a dispersão por efeito Doppler (que ocorre com o movimento do

terminal), pois o índice ν é parecido com o símbolo da velocidade, e sabendo que o efeito Doppler
está associado a velocidade, e para não confundir vou utilizar fd .

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 88/111

Tapped Delay Line Models

O modelo mais utilizado de banda larga é um N-tap modelo de desvanecimento de Rayleigh. Trata-
se de uma forma aproximada de uma estrutura genérica, e é basicamente a estrutura de linha tapped
de atraso, com o agregado restrição que as amplitudes de todas as taps estão sujeitos ao
desvanecimento de Rayleigh. Adicionando um componente LOS não representa qualquer
dificuldade, a resposta ao impulso depois é só se torna

N
h ( t ,τ ) = a0δ (τ − τ 0 ) + ∑ ci ( t ) δ (τ − τ i )
i =1

onde o componente a0 LOS não varia com o tempo, enquanto o ci ( t ) são de média zero Gauss

complexo processos aleatórios, cuja função de autocorrelação é determinada pela sua associada
aos espectros de Doppler (espectros Jakes). Na maioria dos casos, τ 0 = τ1 , para a distribuição de

amplitude do primeiro toque é Rician.

σ fd = 0, 7. fd máx (pelo espectro de Jakes , é 70% da frequência máxima do desvio devido ao efeito de
Doppler).

fC − fd máx = −10 Hz

fC + fd máx = 10 H

1 1 1 1
( ∆t )Coerencia = = = =
2πσ ν 2πσ fd 2π [ 0, 7. fd máx ] 2π  0, 7. (10 Hz ) 

( ∆t )Coerencia ≈ 25ms

Ver página 141 do livro TR.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 89/111

Exercício 10 – Nos sistemas sem fios é necessário segmentar em blocos de símbolos adjacentes a
stream de símbolos que são transmitidos pelo canal. Esses blocos de símbolos formam as tramas. Em
cada trama são normalmente inseridos alguns símbolos que são do conhecimento prévio do receptor.
Estes símbolos especiais são os símbolos piloto. Desta forma, o receptor pode estimar o estado actual
do canal e realizar a detecção coerente. Em cada trama o receptor é informado do ganho do canal
para o primeiro símbolo da trama e o receptor assume que este estado se mantém para o resto da
trama. A partir da definição do intervalo de tempo de coerência no exercício 9, e assumindo o
espectro Doppler segundo Jakes, faça uma estimativa da velocidade máxima do receptor para a qual
o canal pode ser considerado com estacionário durante o intervalo de transmissão das tramas.
Assuma que este intervalo é de 4,6 ms.

Exercício 6 do tópico 30.6, página 758 do livro Andreas Molisch.

Resolução 10) Neste exercício, o canal vária no tempo. Cada bloco, trama, tem que ter uma
componente ajustável ao canal.

1 1 1
( ∆t )Coerencia = = =
2πσν 2πσ fd 2π [ 0, 7. fd máx ]

v
Sendo fd máx = . f C , e em que v é a velocidade do terminal que se pretende calcular (e não a
c
velocidade de propagação/transmissão!).

Com fC = 900 MHz e a velocidade da luz c = 3.108 m / s , fica que

1 1 1 1
( ∆t )Coerencia = = = =
2πσ ν 2πσ fd 2π [ 0, 7. fd máx ]  v 
2π  0, 7.  . f C  
 c 

E em que o intervalo de tempo de coerência, ( ∆t )C , tem que ser igual ou superior ao tempo da

trama:

( ∆t )Coerencia ≥ 4, 6.10−3 s

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 90/111

Logo v f C =900 MHz


= 7, 4 m / s .

Exercício 11 – Em sistemas de acesso múltiplo baseados no CDMA o sinal de informação original é


espalhado ao longo da largura de banda do canal, através da sua multiplicação no tempo por uma
sequência de impulsos rectangulares ideias e estreitos no tempo, a que se dá o nome de chips.

Se a duração de cada chip é 0,26 μs, e o atraso máximo de propagação multipercurso no canal 1,3 μs,
em quantos intervalos é possível discretizar a gama de atrasos das componentes de propagação
multipercurso nesse canal (delay bins)?

Se o atraso máximo de propagação multipercurso no canal é 100 ns o sistema CDMA pode ser
considerado de banda larga ou estreita?

Exercício 7 do tópico 30.6, página 758 do livro Andreas Molisch.

Resolução 11a) CDMA - Code Division Multiple Access, ou Acesso Múltiplo por Divisão de
Código, é um método de acesso a canais em sistemas de comunicação. É utilizado tanto para a
telefonia celular quanto para o rastreamento via satélite (GPS).

1 Tb
Tb = = TPN = N .TC ( hip ) ⇔ TC ( hip ) =
rb N

1,3 µ s
Sendo TC ( hip ) = 0, 26 µ s , e Tmáximo = 1,3 µ s fica que cada delay bins = =5.
0, 26 µ s

100 η s
Resolução 11b) delay bins = = 3,846.10−3 , e com 3,846.10−3 < 1 , o atraso de propagação
0, 26 µ s
não tem significado.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 91/111

Exercício 12 – Determinar as componentes espectrais máximas e mínima do sinal recebido num


terminal GSM estacionário com frequência central em 1950,0 MHz, nos seguintes cenários de
propagação: terminal a viajar a (a) 1 km/h; (b) 5 km/h; (c) 100 km/h; e (d) 1000 km/h.

Problema 5.1, página 160 do livro TR.

Ver exemplo 5.1, página 119 do livro TR.

m
c 3.108 s = 0,154 m . Logo para
Resolução 12) λ = = 9
f c 1,95.10 Hz

103 m m fc =1 950 MHz v 0, 278 m / s


v= = 0, 278 ⇒ fd v =1 km / hr = = = 1, 8 Hz
3600 s s λ 0,154 m

5.103 m m fc =1 950 MHz v 1,389 m / s


v= = 1,389 ⇒ fd v =5 km / hr = = = 9, 02 Hz
3600 s s λ 0,154 m

105 m m fc =1 950 MHz v 27, 78 m / s


v= = 27, 78 ⇒ fd v =100 km / hr = = = 180, 38 Hz
3600 s s λ 0,154 m

106 m m fc =1 950 MHz v 277, 78 m / s


v= = 277, 78 Hz ⇒ fd v =1 000 km / hr = = = 1 803, 8 Hz
3600 s s λ 0,154 m

Assim, os limites espectrais são para

v = 1 km / hr ⇒ 1949,9999982 MHz e 1950,0000018 MHz

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 92/111

v = 5 km / hr ⇒ 1949,999991 MHz e 1950,000009 MHz

v = 100 km / hr ⇒ 1949,99982 MHz e 1950,00018 MHz

v = 1 000 km / hr ⇒ 1949,998196 MHz e 1950,001804 MHz

Exercício 13 – Descreva todas as circunstâncias físicas que relacionam um emissor estacionário e


um terminal móvel, de modo que o desvio de frequência por efeito Doppler no receptor seja igual a:

a) 0 b) fd max c) − fd max d ) fd max/2

Problema 5.2, página 160 do livro TR.

Ver tópico 5.1.2, página 119 do livro TR.

Resolução 13a) A 0 Hz (sem efeito Doppler) condição ocorre quando:

- No receptor, o canal é estático e o transmissor não está em movimento;

- Quando o receptor está a deslocar-se ao longo de uma linha que é exactamente


perpendicular a uma linha traçada entre o transmissor e o receptor. Note-se que a direcção
perpendicular implica que haja duas direcções diferentes, o que pode ser explorado pelo receptor
para obter 0 Hz Doppler.

Resolução 13b) O efeito do desvio Doppler é máxima e positivo ocorre quando o receptor estiver em
movimento numa linha recta na direcção da origem de sinal (ou seja, em que o ângulo entre a linha
traçada a partir do receptor para o transmissor e a linha de receptor é zero).

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 93/111

Resolução 13c) O efeito do desvio Doppler é máxima e negativa ocorre quando o receptor estiver
em movimento numa linha recta, e afasta-se da fonte de sinal (quando o ângulo entre a linha traçada
a partir do transmissor para o receptor e a linha de curso receptor é π).

Resolução 13d) O efeito Doppler Hall positivo máximo ocorre durante duas condições físicas
diferentes, em que o co-seno do ângulo entre o transmissor e o receptor é = 0,5 (em que o ângulo
formado entre a linha de receptores de viagens e a linha desenhada a partir do receptor para o
transmissor é 60 ou -60 graus). Isso mostra que a frequência Doppler não é exclusivo para uma
determinada direcção de propagação, excepto para os casos mínimos e máximos de deslocamento
Doppler. Ver tópico 5.1.2 do livro de TR.

Exercício 14 – Considere a seguinte aproximação para a largura de banda de coerência:

1
( ∆f ) C ≈
5σ τ

Mostre que o comportamento de um canal sem fios móvel pode ser considerado não selectiva na
frequência quando a seguinte condição é verificada:

TS ≥ 10.σ τ

Nota: BCoerencia é a largura de banda de coerência do sinal RF e TS é a duração de cada símbolo (igual
ao inverso da largura de banda do sinal em banda base).

Problema 5.5, página 160 do livro TR.

Resolução 14) é um exercício de selectividade de canal. Está correlacionado com a banda de


frequência. A largura de banda de coerência (aproximada) é:

1
( ∆f ) C ≈
5σ τ

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 94/111

1
sendo σ τ a dispersão do atraso (delay spread) de propagação multipercurso. Como TS = , sendo
W
W a largura de banda base. E como a largura de banda em RF é 2x W , fica que

1 1 2
( ∆f )C ≥ 2.W ⇒ ≥ 2.W ⇔ ≥
5σ τ 5σ τ TS

TS ≥ 10σ τ

Exercício 15 – Um esquema de modulação garante um desempenho dentro dos padrões de qualidade


στ
exigidos para o BER, sempre que se verifica a condição: ≤ 0,1 . Determine o menor valor
TS

admissível para a duração TS do impulso de formatação do sinal (o mesmo é dizer o maior débito de
transmissão de símbolos), que pode ser enviado através do canal sem fios, com os dois perfis de
atraso ilustrados nas Figura 18a e b, sem ser necessário recorrer a um equalizador.

Figura 18 - Resposta de dois canais.


Problema 5.6, página 160 do livro TR.

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Resolução 15) O primeiro Dirac chega aos 0 dB, pois está normalizado. A função do equalizador
Viterbi é para compensar as escalas que originam interferências (ISI), pois tal ocorre quando o canal
é não selectivo nas frequências, sendo necessário a equalização dos impulsos dos seno cardinal.

Para se ter elevados ritmos de transmissão e estabilidade, permitindo minimizar, ou até eliminar, a
amplificação do ruído, recorre-se a utilização de equalizadores Viterbi, pois não é linear de quarta
ordem, para eliminar o formato de modulação.

∑a τ
k
k
2
k ∑ P (τ )τ
k
h k k
τ= =
∑a k
k
2
∑ P (τ ) k
h k

O valor médio de atraso do multipercurso, de valores discretos (para valores discreto utiliza-se
somatório, se fosse continuo, utilizar-se-ia a integração.

 010dB   010dB   −1010dB   −2010dB 


∑k  Ph (τ k )τ k  10 x 0 +
 
 
10 x 50 η s +
 
 
10 x 75 η s  + 10
 
x 100 η s 

τ= =
∑k Ph (τ k ) 0 dB 0 dB −10 dB
10 10 + 10 10 + 10 10 + 10 10
−20 dB

τ=
[1 x 0] + [1 x 50 η s ] + [ 0,1 x 75 η s ] + [0, 01 x 100 η s ] = 50, 0 η s + 7,5 η s + 1,0 η s
1 + 1 + 0,1 + 0, 01 2,11

τ = 27, 725 η s

2
∑  P (τ )τ
k
h k k
2

E para o valor quadrático médio é τ =
∑ P (τ )k
h k

[1 x 0] + 1 x ( 50 η s )  + 0,1 x ( 75 η s )2  + 0, 01 x (100 η s )2 


2
2
τ =     
1 + 1 + 0,1 + 0, 01

τ 2 = 1498,82 η s 2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 96/111

Sendo σ τ a dispersão do atraso de propagação multipercurso (valor médio quadrático do delay


spread), o seu valor é calculado pela raiz quadrada da soma de dois termos que é preciso saber
distinguir:

1º termo é o valor quadrático médio;

2º termo é o valor médio de atraso do multipercurso ao quadrado.

2
στ = τ 2 − τ () = [1498,82] − ( 27, 725 )
2

σ τ = 27, 02 η s

Período menor símbolo


στ  
Uma vez que ≤ 0,1 ⇔ TS mínima ≥ 10.σ τ ⇔ TS mínima
≥ 10.[ 27, 02 η s ]
TS

TS mínima
≥ 270, 2 η s

1
Sendo a taxa máxima de transmissão de dados, RS , igual à RS máxima
= = 3, 7 MHz .
TS mínima

Exercício 16 – Uma mensagem binária em banda base tem o débito de transmissão rb = 100 kbps .
Ela é modulada por uma portadora RF com modulação BPSK.

a) Determine a gama de valores exigidos ao valor médio quadrático, do desvio padrão do atraso de
propagação multipercurso do canal, para que este tenha um comportamento não selectivo na
frequência em presença deste sinal.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 97/111

b) Se a frequência da portadora é 5,8 GHz, qual o intervalo de coerência do canal nas condições de
propagação impostas por um veículo a se deslocar à velocidade de 13 m/s?

c) Atendendo a sua resposta à alínea (b), diga se o canal tem um desvanecimento lento ou rápido.

d) Atendendo a sua resposta à alínea (b), quantos bits de informação podem ser enviados enquanto o
canal permanece “estático”.

Problema 5.7, página 160 do livro TR.

Resolução 16a) A fonte de informação tem uma taxa de débito de rb = 100 kbps .

Sendo σ τ a dispersão do atraso de propagação multipercurso (valor médio quadrático do delay


spread), pois o canal é não selectivo na frequência, ou seja, é plano na frequência. A duração do
tempo de símbolo, TS , deve respeitar a condição TS mínima ≥ 10.σ τ . Como

Período menor símbolo

n 1
TS = = 3
= 10−5
rb 100.10

Nota - n = 1 , pois a modulação utiliza a técnica BPSK, e TS = 10 −5 significa que cada símbolo tem

uma duração de 10 µ s .

Período menor símbolo


 
Assim, com TS mínima ≥ 10.σ τ ⇔ 0 ≤ σ τ ≤ 1 µ s . É necessário salvaguardar que σ τ não poder

ser um valor negativo. Neste intervalo é possível garantir a que o canal é plano nas frequência, que é
oposto a não ser selectivo na frequência.

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Resolução 16b) O espalhamento de atraso e a largura de banda de coerência são parâmetros que
descrevem a natureza dispersiva no tempo do canal num local. Porém, eles não oferecem informação
sobre a natureza variável com o tempo do canal, causada pelo movimento relativo entre a estação
móvel e a estação base. O espalhamento Doppler e o tempo de coerência são parâmetros que
descrevem a natureza variável no tempo do canal numa região em pequena escala. O espalhamento
Doppler, BDoppler , é uma medida do alargamento espectral causado pela taxa de tempo da mudança

espectral causado pela taxa de tempo da mudança de canal de rádio móvel e é definida como a faixa
de frequência sobre a qual o espectro Doppler recebido é essencialmente diferente de zero. A
quantidade de alargamento espectral depende de fd máx , que é uma função da velocidade relativa da

estação móvel, e o ângulo θ entra a direcção do movimento da estação móvel e a direcção da


chegada das ondas dispersas. O tempo de coerência TCoerencia é o domínio de tempo dual do
espalhamento Doppler e é usado para caracterizar a natureza variante com o tempo da dispersividade
de frequência do canal no domínio de tempo. O espalhamento Doppler e o tempo de coerência são
inversamente proporcionais entre si, ou seja,

1
( ∆t )Coerencia = TCoerencia ≈
fd máx

Em que fd máx é o espalhamento Doppler (frequência máxima).

Se o tempo de coerência for definido como o tempo pelo qual a função de correlação de tempo está
acima de 0,5 (50%), então o tempo de coerência é aproximadamente:

9
( ∆t )Coerencia = TCoerencia ≈
16π fd máx

Ver exemplo 5.6, página 133, do livro de TR.

Com uma f c = 5,8 GHz , e como se pretende a coerência do canal, ( ∆t )C , sabendo que esse valor

depende do efeito do desvio de Doppler, fica que, tendo em conta que a velocidade do terminal
móvel é de v = 13 m s , para:

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v v 13 m s
fd máx = . f C = = fd máx = 251,3 Hz
c λ 0, 0517

1 1
( ∆t )Coerencia 50% = = = 3,98.10−3 s ( ∆t )Coerencia 50% = 3,98 ms
fd máx 251,3 Hz

9
( ∆t )Coerencia 90% ≈ = 126, 7.10 −6 s ( ∆t )Coerencia 90% = 126, 7 µ s
10π . fd máx

Resolução 16c) Com fd máx = 251,3 Hz , e tendo TS mínima


≤ 10 µ s <<< ( ∆t )Coerencia , então pode-se

concluir que tem um desvanecimento lento.

Resolução 16d) Com um bit rate de rb = 100 kbps , e com um canal estático (que não varia) ao longo
do intervalo de coerência, fica que os bit transmitidos são

Bit TX = rb .Trama = rb . ( ∆t )Coerencia = 100 kbps.3,98 ms


50%

Bit TX = 398 bits

Exercício 17 – Para os perfis de propagação multipercurso da Figura 5 (PDP), determine a largura de


banda de coerência para 90% e 50% das larguras de banda de coerência.

Utilizar a figura e os dados calculados do exercício 15.

Problema 5.8, página 161 do livro TR.

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Resolução 17) A largura de banda de coerência de correlação, BCoerencia , é:

1 1
BCoerencia 90% = = BCoerencia = 740 kHz
50.σ τ 50.  27, 02.10−9  90%

  
Exercicio 15

Exercício 18 – De forma aproximada qual será o valor máximo do valor médio quadrático (RMS) do
desvio padrão do atraso de propagação multipercurso para que um sinal modulado em BPSK de
forma binária tenha um débito binário de 25 kbps sem ser necessário um equalizador?

E relativamente a um esquema de modulação 8-PSK com débito binário de 75 kbps?

Problema 5.9, página 161 do livro TR.

Resolução 18a) Sendo σ τ a dispersão do atraso de propagação multipercurso (valor médio

quadrático do delay spread), e a taxa de débito de rb = 25.103 , na modulação BPSK, e de rb = 75.103


na modulação 8-PSK, e sem ser necessário equalizador (o canal não pode ser selectivo na frequência,
pois tem IES (interferência entre si), fica que:

σ τ ≤ 0,1.Tb ∨ σ τ ≤ 0,1.TS

n
Nota – para o 8-PSK, TS = ∧ n = 3.
rS

1
Assim σ τ ≤ 0,1.Tb ⇔ στ ≤ 0,1. ⇔ στ ≤ 4 µs , e
BPSK BPSK
25.103 BPSK

3
στ ≤ 0,1.TS ⇔ στ ≤ 0,1. ⇔ στ ≤ 4 µs
8− PSK 8 − PSK
75.103 8 − PSK

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 101/111

Exercício 19 – O desvanecimento do sinal num canal sem fios móvel é do tipo Rayleigh e a taxa de
2
atravessamento de níveis é dada por: N R ( r ) = 2π . fd máx ρ e − ρ . Determinar o valor de ρ para o qual

N R atinge o seu máximo.

Problema 5.10, página 161 do livro TR.

Resolução 19) Consultando o slide 61, do capitulo 3, sobre o tópico “Ritmo de Cruzamento de
Nível” (LCR - Level Crossing Rate). O Ritmo de Cruzamento de Nível mostra quantas vezes, em
média e na unidade de tempo, o nível do sinal cruza um determinado limiar estabelecido, em um dos
sentidos (nível de sinal crescente ou decrescente). Esse parâmetro, em conjunto com a Duração
Média de Desvanecimentos, que é o tempo médio que o nível do sinal fica abaixo do limiar de
interesse estabelecido, é útil para que se defina várias características do sistema, como taxa de
transmissão de bits e tipo de codificação, que afectarão o desempenho do mesmo.

A taxa de cruzamento e a duração média do desvanecimento são medidas importantes no projecto de


sistemas de comunicações móveis, e estas informações são úteis para se ter uma noção da frequência
com que os erros em rajadas ocorrem e também para saber a quantidade média de símbolos que serão
afectados pelo desvanecimento. O dimensionamento de códigos corretores de erros e de
entrelaçadores normalmente são feitos com o conhecimento dessas informações.

Taxa de Cruzamento: É a taxa na qual o nível do sinal recebido (desvanecimento Rayleigh),


normalizado com o valor RMS do sinal, cruza um determinado limiar. O número de cruzamentos
(atravessamento) de níveis por segundo é dado por:

2
N R ( r ) = 2π . fd máx ρ e − ρ

r
Onde ρ = é o limiar R normalizado com o valor RMS do sinal e fd máx é a frequência de

1
desvio de Doppler máxima. A taxa máxima de cruzamento/atravessamento ocorre para ρ = , ou
2
seja, 3 dB abaixo do valor RMS.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 102/111

Duração média do desvanecimento: É definida como o período médio de tempo no qual o sinal fica
abaixo de um determinado limiar r . Para o canal Rayleigh, podemos expressá-la por:

∑  P (τ )τ
h k k 
1 1 1
τ= k
= POut [ d ] = Pγ [ d ] = Probabilidade {r ≤ R}
∑ P (τ )
k
h k NR NR NR

Onde Probabilidade {r ≤ R} é a probabilidade do sinal recebido r ser menor que o limiar R e dada por:

R
2
Probabilidade {r ≤ R} = ∫ p ( r ) ∂r = 1 − e − ρ
0

Onde p ( r ) é a pdf da distribuição de Rayleigh.

Desta forma, podemos expressar a duração média do desvanecimento por:

2
eρ −1
τ=
2π . fd máx ρ

Figura 19 - O ponto vermelho assinala o objectivo que se pretende alcançar, ρ .

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 103/111

Constante
2
∂N R ( r ) ∂N R ( r )

∂ρ e− ρ
Assim
∂ρ
(
= 2π . fd máx . ) ∂ρ
, e tem que ser igual a zero,
∂ρ
=0.

 ∂e − ρ 
2
∂N R ( r ) ∂ρ
∂ρ
= ( 2π . fd máx ) . . e− ρ  +
∂ρ 
2

 ( 2π . fd máx ) .ρ . 
 ∂ρ



∂N R ( r )
∂ρ
= ( )
2π . fd máx .1. e− ρ  +

2

( )
2π . fd máx .ρ .  −2 ρ e − ρ 
 
2

∂N R ( r )
∂ρ
= ( 2π . fd máx ) ( e −ρ2  + ρ .  −2 ρ e − ρ 
  
2

)
∂N R ( r )
∂ρ
= ( )( 2
2π . fd máx e − ρ − 2 ρ 2e − ρ
2

)
∂N R ( r )
∂ρ
= ( )( 2
2π . fd máx e − ρ 1 − 2 ρ 2  )

2
Para igualar a zero, sei que e− ρ nunca será zero (só no infinito!), logo só 1 − 2 ρ 2 = 0 . Assim

1
2ρ 2 = 1 ⇔ ρ=
2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 104/111

Exercício 20 – A função de distribuição acumulada da envolvente do sinal com desvanecimento


Rayleigh é

r2

2σ 2
Probabilidade {r ≤ R} = 1 − e

Determinar a percentagem do tempo durante o qual o sinal está 10 dB ou mais abaixo do valor médio
quadrático dessa distribuição.

Problema 5.11, página 161 do livro TR.

2
Resolução 20) 1 − e − ρ é a probabilidade da distribuição de Rayleigh, e sei que ρ = −10 dB (cuidado,
pois o valor é negativo).

−10 dB
Este valor linear, de ρ , é, e como é uma amplitude o divisor é 20 , ρ = 10 20
= 0, 316 .

2
 r 
−  2 2
Logo Probabilidade {r ≤ R} = 1 − e  2σ 
= 1 − e − ρ = 1 − e −( 0,316 ) = 0, 095

E como a probabilidade é a percentagem do tempo, e aqui, de estar abaixo do limiar, fica então que:

Probabilidade {r ≤ R} = 9,5%

Abaixo do limiar é uma má situação.

Exercício 21 – Pretende-se medir as características do desvanecimento de uma portadora não


modulada numa área urbana. São consideradas as seguintes aproximações:

(1) A antena do receptor é um monopólo vertical simples.

(2) O desvanecimento em larga escala é ignorado.

(3) O móvel tem linha de vista para a estação base.

(4) A função densidade de probabilidade do sinal à saída do canal segue a distribuição de Rayleigh.
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a) Determine o quociente entre o nível do sinal recebido e o valor médio quadrático do nível do sinal
que maximiza a taxa de atravessamento de níveis. Apresente o resultado em dB.

b) Considere que a velocidade máxima do móvel é 50 km/h e que a frequência da portadora é 900
MHz. Determine o número máximo de vezes que a envolvente do sinal desvanece abaixo do limiar
encontrado na alínea (a) para um teste de 1 minuto

c) Em média, quanto tempo levará cada atenuação calculado na alínea b)?

Problema 5.12, página 161 do livro TR.

Constante
2
∂N R ( r ) ∂N R ( r )

∂ρ e− ρ
Resolução 21a) Assim
∂ρ
(
= 2π . fd máx .
∂ρ
) , e tem que ser igual a zero,
∂ρ
=0.

Ver cálculos do exercício 19.

∂N R ( r )
∂ρ
= ( )( 2
2π . fd máx e − ρ 1 − 2 ρ 2  )

2
Para igualar a zero, sei que e− ρ nunca será zero (só no infinito!), logo só 1 − 2 ρ 2 = 0 . Assim

1
2ρ 2 = 1 ⇔ ρ= = −3 dB
2

m
c 3.108 3
s = 0,333 m , e v = 50.10 m = 13,89 m / s . Logo
Resolução 21b) λ = =
f c 900.106 Hz 3600 s

fc = 900 MHz v 13,89 m / s


⇒ fd máx v =50 km / hr
= = = 41, 67 Hz
λ 0,333 m

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1
Como se obteve na alínea a) que ρ = , fica que
2

2
 1 
−ρ2  1  − 
N R ( r ) = 2π . fd máx ρ e = 2π .[ 41, 67 Hz ]   e  2

 2

1

N R ( r ) = π .[ 41, 67 Hz ] e 2
= 44, 798 atravessamentos/s

O número máximo de vezes que o envelope de sinal vai desaparecer abaixo do nível calculado na
alínea a) durante um 1 minuto é

Teste = N R ( r ) .t = 44, 798.[ 60] = 2688

Resolução 21c) Pode-se expressar que a duração média do desvanecimento é:

1
2
eρ − 1 e2 −1
τ= = = 8,8 ms
2π . fd máx ρ 1
2π .[ 41, 67 Hz ]
2

Exercício 22 – Um veículo desloca-se à velocidade constante de 10 m/s ao mesmo tempo que recebe
o sinal enviado por uma estação base de comunicações sem fios, cuja portadora tem a frequência de
900 MHz. A duração média do desvanecimento do sinal a 10 dB abaixo do seu valor médio
quadrático é 1 ms. Qual a distância máxima que o veículo consegue deslocar-se durante 10 s?
Quantos desvanecimentos são produzidos pelo sinal para um limiar com o valor médio quadrático de
10 s? Assuma que o valor médio do sinal (média local) permanece constante durante o deslocamento
do veículo.

Problema 5.13, página 161 do livro TR.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 107/111

2
Resolução 22) Pode 1 − e − ρ é a probabilidade da distribuição de Rayleigh, e sei que ρ = −10 dB
(cuidado, pois o valor é negativo).

−10 dB
Este valor linear, de ρ , é, e como é uma amplitude o divisor é 20 , ρ = 10 20
= 0, 316 .

2
eρ −1
Pode-se expressar que a duração média do desvanecimento é τ = , logo
2π . fd máx ρ

2 2
e( ) − 1
0,316
eρ −1
fd máx = ⇔ fd máx =
2π .τ ρ fc = 900 MHz
2π . (10 −3 ) ( 0, 316 )

fd máx fc =900 MHz


= 132,8 Hz

m
v c 3.108 s = [132,8 Hz ] . 1
fd máx = ⇒ v = fd máx .λ = fd máx . = [132,8 Hz ] . 6
λ fc 900.10 Hz 3

v = 44,3 m / s

A distância percorrida é obtida pela definição d = v.t = 44,3 m / s.[10] = 443 m .

2 2

Para ρ = 1 , fica que N R ( r ) = 2π . fd máx ρ e− ρ = 2π .[132,8 Hz ][1] e [ ]


−1

N R ( r ) = 122, 459 atravessamentos/s

E num período de 10 segundos, o sinal desaparece, pois ultrapassa o nível do limiar r.m.s.,

O número máximo de vezes que o envelope de sinal vai desaparecer abaixo do nível calculado na
alínea a) durante um 1 minuto é

1
Teste = N R ( r ) .t = .122, 4.[10] = 408
3

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 108/111

Exercício 23 – Um automóvel move-se com velocidade v ( t ) , conforme ilustrado na Figura 20. A

portadora de 900 MHz do sinal recebido experimenta um desvanecimento Rayleigh. Qual a taxa
média de atravessamento de níveis e a duração de um desvanecimento ao longo de um intervalo de
100 s? Assuma ρ = 0,1 e ignore os efeitos do desvanecimento em larga escala.

Figura 20 - Gráfico da velocidade da estação móvel.

Problema 5.14, página 161 do livro TR.

Resolução 23) Está no livro.

Exercício 24 – O receptor de um terminal móvel opera à frequência de 860 MHz e move-se à


velocidade de 100 km/h.

a) Faça o esboço do espectro Doppler assumindo a transmissão de uma portadora de onda contínua
não modulada e indique a frequência máxima e mínima do espectro.

b) Calcule a taxa de atravessamento de nível e a duração média de um desvanecimento para


ρ = −20 dB .

Problema 5.15, página 161 do livro TR.

Resolução 24) Está no livro.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 02-07-2016 109/111

Exercício 25 – Considere os seguintes sistemas de comunicação sem fios:

Sistema Débito de transmissão RF Modulação

USDC 48,6 kbps /4 DQPSK

GSM 270,833 kbps GMSK

DECT 1152 kbps GMSK

Determine o valor máximo do valor eficaz do desvio padrão do atraso multipercurso para que

não seja necessário utilizar equalizadores no receptor.

Figura

Problema 5.16, página 161 do livro TR.

Resolução 25) Está no livro.

Exercício 26 – A média local do PDP num ambiente de propagação em particular é dada por.

Figura

a. Faça um esboço do PDP do canal em dBm.

b. Qual o valor da média local do sinal em dBm?

c. Qual o valor médio quadratico do atraso de propagação multipercurso do canal?

d. Se aplicarmos a moduçlação 256 QAM com débito binário de 2Mbps ao canal o resultado será um
canal com desvanecimento selectivo na frequência ou plano? Justifique.
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e. Qual a largura de banda do canal necessária para que o ganho seja constante?

Problema 5.27, página 162 do livro TR.

Resolução 26) Está no livro.

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