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INTRODUÇÃO

MOBILIDADE ACESSÍVEL EM VIAS PÚBLICAS


A sociedade vem, aos poucos, se conscientizando sobre a importância da participação
de todas as pessoas em busca de soluções para os problemas comuns que afetam as
cidades. Acessos à educação, transporte, trabalho, moradia, lazer são direitos de todos.
É responsabilidade do poder público, da iniciativa privada e de cada um de nós zelar
pela igualdade de oportunidades.

Nesse contexto, pensar o conjunto dos cidadãos, considerando as pessoas com


deficiência, é de vital importância a busca por políticas públicas que almejem um
aspecto includente no âmbito de transportes e trânsito, pensando na cidade como
um todo.

Circular pelas ruas, freqüentar praças ou ter acesso aos lugares são direitos inerentes aos
seres humanos. Inverter a lógica sócio-econômica e cultural do direito pleno destinado ao
automóvel, por ocupar fisicamente um espaço maior –o que não dá ao seu “proprietário”
melhor ou maior status de “cidadão”, é creditar ao pedestre a possibilidade de interagir
com os elementos que lhes são destinados pelo Poder Público.

A plena acessibilidade aos espaços de uma cidade pressupõe um desenho urbano que
atenda as necessidades de todas as pessoas, não apenas para pessoas com algum tipo
de restrição de mobilidade, mas para todos os tipos de deficiências que impeçam, limitem
ou dificultem a locomoção e o acesso aos equipamentos. Pode-se acrescentar aos
conceitos de acessibilidade um aspecto cada vez mais utilizado no mundo todo e que se
refere a um Desenho Universal que atenda a todos os cidadãos.

Ainda que em muitos países já existam estudos acerca do desenho de espaços urbanos
universais, pode-se apontar à ausência da acessibilidade, como entendida hoje na
concepção das cidades brasileiras. Observa-se a importância de conciliar os espaços
urbanos universais com a possibilidade de uso de todo o ambiente por todo o tipo de
pessoas.

Em Guarulhos, ao pensarmos a mobilidade acessível em vias públicas, começamos pela


readequação na área central estendendo-a por toda a cidade no momento seguinte.

Convêm destacar que chegar a uma linguagem comum pode ser bastante difícil em uma
cidade com diferenças marcantes como é a nossa. O planejamento de espaços urbanos
universais deverá, antes de tudo, procurar adaptar-se aos diferentes aspectos geográficos,
culturais, sociais e econômicos, carência de espaços urbanos que cedem lugar a outras
questões, o que parece dificultar a implementação de políticas de acessibilidade mais
eficazes.

Mudanças sociais e ambientais são basicamente políticas e esse é o desafio colocado


nessa administração, na qual o pedestre e o usuário do transporte coletivo se insiram
como agentes a serem priorizados enquanto estratégia na construção de uma cidade
mais justa e universalmente acessível.

3
O ANDAR A PÉ
Todos somos, em alguma hora do dia, pedestres. Ao sair de casa e andar até o ponto de
ônibus somos pedestres, do estacionamento até o escritório, somos pedestres e estamos
expostos a inúmeros riscos, pois nossas calçadas não oferecem condições de segurança,
conforto e mobilidade e acabam por inibir o que deveria ser o meio de transporte mais
comum: o caminhar.
Tendo como objetivo propor melhorias na locomoção e incentivar as pessoas a andar a
pé, este manual visa estabelecer diretrizes e padrões para qualificar os passeios públicos.
Além de, em algum momento, significar a possibilidade de enfrentar nossos próprios
preconceitos como técnicos, projetistas, operadores etc.
Verifica-se em Guarulhos, a partir da situação encontrada, a necessidade de formular
um novo plano de mobilidade acessível em vias públicas, compatibilizando o mobiliário
urbano e a sinalização, entre outros, buscando o reconhecimento do pedestre como
cidadão capaz de, no compartilhamento do espaço público, estar em igualdade de
condições com o automóvel.
Para pensar em um desenho universal para a cidade que contemple todos os cidadãos,
com ou sem restrições de mobilidade, é necessário escolher objetivos claros que orientem
esse trabalho.
Por fim, para desenvolver o plano de circulação, pode-se relacionar seus principais
objetivos:

! Maximização/otimização do uso do espaço público, cujo sistema viário é, em geral,


escasso (ou insuficiente) e de alto valor no meio urbano;
! Adequar as capacidades de fluxo;
! Garantir o máximo de segurança ao pedestre;
! Harmonizar a convivência do uso do solo;
! Maximizar a mobilidade das pessoas, eliminando ao máximo as interferências à sua
circulação.
! Minimizar o impacto ao meio ambiente, no aspecto físico, antrópico e urbanístico.

4 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


ÍNDICE
ÍNDICE
CAPÍTULO I
DESENHO UNIVERSAL 1
CAPÍTULO II
PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS 2
CAPÍTULO III
VIAS PÚBLICAS 3
CAPÍTULO IV
CALÇADAS 4
CAPÍTULO V
GUIAS REBAIXADAS PARA PEDESTRES 5
CAPÍTULO VI
GUIAS REBAIXADAS PARA VEÍCULOS 6
CAPÍTULO VII
COMUNICAÇÃO E SINALIZAÇÃO 7
CAPÍTULO VIII
LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E MOBILIÁRIOS 8
URBANOS

CAPÍTULO IX
RAMPAS, DEGRAUS E ESCADAS FIXAS 9
CAPÍTULO X
TRANSPOSIÇÕES E CICLOVIAS 10
CAPÍTULO XI
VAGAS DE ESTACIONAMENTO 11
GLOSSÁRIO
12
BIBLIOGRAFIA
13
5
6 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas
CAPÍTULO I

DESENHO UNIVERSAL

7
DESENHO UNIVERSAL
O aumento da expectativa de vida resultou em um crescimento da população de idosos. A
garantia de acesso aos bens produzidos pela sociedade humana a esses cidadãos deve
ser pensada constantemente pelo gestor público.

Além disso, uma enorme gama de situações compõem o conjunto de pessoas com restrições
de mobilidade. Nesse grupo situam-se desde pessoas com problemas de locomoção
temporária até obesos, idosos, gestantes e outros.

Não podemos mais negligenciar o direito dessas pessoas a uma vida digna e igualitária.
Temos que proporcionar ambientes democráticos, acessíveis e comuns a todos.

CONCEITO
Primeiramente, o conceito arquitetônico aplicado à inclusão social era baseado na
"eliminação de barreiras físicas". Acabando por se tornar uma arquitetura excludente,
pois eram criados recursos, caminhos e equipamentos segregados para as pessoas
com deficiência. Essas alternativas eram mais caras, esteticamente condenáveis em
muitos casos e não beneficiavam toda a população.

Com o passar do tempo, o conceito do Desenho Universal se expandiu, deixou


de ser unicamente para usuários de cadeira de rodas e passou a contemplar
toda a diversidade humana: idosos, gestantes, pessoas com perdas temporárias,
pessoas com perdas per manentes, pessoas por tando carrinhos de mão,
crianças, entre outros. Sendo assim, o conceito passou a ser o de cr iar
ferramentas para reduzir barreiras físicas e minimizar as dificuldades na
utilização dos equipamentos, oferecendo condições de igualdade às pessoas
com ou sem deficiência.

PRINCÍPIOS
Para atingir o conceito do Desenho Universal, os equipamentos e ambientes devem atender
aos seguintes aspectos:

1. Igualdade na utilização
Oferecer condições iguais de utilização, evitando a segregação de usuários, independente
de suas habilidades, e ser comercialmente acessíveis a todas as pessoas.

2. Flexibilidade na utilização
Acomodar uma grande gama de preferências e habilidades individuais,
proporcionando mecanismos de escolhas no modo de utilização, exatidão, precisão
e ritmo de cada indivíduo.

3. Simples e intuitivo
A utilização deve ser de fácil compreensão, compatível com as experiências dos usuários,
seu conhecimento e suas habilidades.

8 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTUL
CAPÍTULO
4. Percepção da informação
Comunicar a informação de maneira efetiva aos usuários, independentemente das
condições do ambiente ou da habilidade sensorial de cada um. Utilizar diferentes tipos
de sinalização (sonora, visual ou tátil), considerando contraste e nitidez entre a informação
e seu entorno.

O I
5. Tolerâncias ao erro:
Minimizar riscos e advertir as conseqüências no caso de acidentes.

6. Mínimo esforço físico


Oferecer condições de utilização de forma eficiente e confortável, exigindo o mínimo
esforço físico dos usuários.

7. Dimensionamento e espaço para aproximação dos usuários:


Possibilitar aproximação, alcance, manipulação e utilização independentemente do
tamanho do usuário, postura ou mobilidade.

Baseado nas informações obtidas em : The Center of Universal Design, sítio www.design.ncsu.edu

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10 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas
CAPÍTULO II

PARÂMETROS
ANTROPOMÉTRICOS,
ÁREAS E ALCANCES

11
PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS
As ilustrações abaixo exemplificam os espaços necessários para o deslocamento de
diferentes tipos de pessoas com deficiência.

Pessoas em Pé

0,75 0,90 0,90 0,85 0,75 0,95 1,20


1,20
a) Uma b) Duas c) Andador Vista frontal Vista lateral
bengala bengala com rodas d) Andador rígido Vista frontal Vista lateral
e) Muletas

0,60
0,60

0,60
0,90 0,90 0,60 0,80 0,90
1,20
f) Muletas tipo g) Apoio de i) Cão guia j) Sem órtese
canadense Vista frontal Vista lateral
tripé
h) Bendagala de rastreamento

Figura 1 - Dimensões referenciais para deslocamento de pessoas em pé

Pessoas em Cadeira de Rodas

Os usuários de cadeira de rodas necessitam de um espaço diferente para seu


deslocamento. Deve-se adotar um quadrado de 1,20m x 0,80m para determinar espaços
necessários para a circulação de um usuário de cadeira de rodas.

12 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTUL
CAPÍTULO
ÁREAS NECESSÁRIAS PARA MANOBRA DE CADEIRAS DE RODAS

Sem deslocamento
! Para rotação de 90º = 1,20m x 1,20m;

O II
! Para rotação de 180º = 1,50m x 1,20m;
! Para rotação de 360º = diâmetro de 1,50m.

Com deslocamento

ÁREA DE APROXIMAÇÃO
As áreas de aproximação são fundamentais para possibilitar o acesso aos equipamentos
urbanos como telefones públicos, postos de atendimento, balcões, entre outros.

Para isto deve-se:


! Considerar o módulo referencial para definição da área livre frente ao objeto;
! Garantir aproximação frontal e quando não for possível a lateral;
! Possibilitar avanço ao objeto entre 0,25m e 0,55m.

13
ALCANCE MANUAL
Os alcances manuais podem ser frontais e laterais. Os dimensionamentos de cada alcance
estão apresentados nas figuras abaixo.

Frontal

Lateral

ALTURA PARA COMANDOS E CONTROLES


Os dispositivos de acionamento manual, como botoeiras e demais comandos, devem
estar localizados entre 0,80m e 1,20m do piso.

14 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTULO III

VIAS PÚBLICAS

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VIAS PÚBLICAS
As vias públicas são parte fundamental na constituição da cidade. São elas que conduzem,
distribuem e abastecem a cidade. A vias possibilitam locais de estar, passagem,
convivência, conhecimento, oportunidade e visibilidade às pessoas. No entanto, não
raro, as vias públicas e áreas urbanas encontram-se negligenciadas e abandonadas.
Hoje são sinônimo de violência, medo e estética pouco atraente. Para melhorar esta
situação, temos de oferecer condições de trafegabilidade, mobilidade, acessibilidade,
visibilidade e igualdade, criando espaços confortáveis e seguros que atendam ao conceito
de desenho universal em todos os seus aspectos.

Fazem parte, basicamente, das vias públicas:


! Calçadas e passeios;
! Pista ou leito carroçável;
! Acostamentos;
! Canteiros, ilhas e refúgios;
! Vagas de estacionamento.

As vias públicas devem:


! Oferecer condições de conforto e segurança;
! Trafegabilidade, tanto de pedestres como de veículos;
! Possuir boas condições de iluminação e limpeza;
! Oferecer condições de acessos e mobilidade igualitariamente;
! Possuir boa sinalização destinada tanto aos pedestres como aos veículos;
! Incentivar percursos a pé, uso de bicicletas, patins e skates, prevendo espaços
para os mesmos;
! Ser atraente através da criação de áreas de convivência social;
! Possuir áreas verdes, qualificando as áreas urbanas e promovendo a qualidade
de vida.

16 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTULO IV

CALÇADAS

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CALÇADAS

A calçada é a parte da via destinada à circulação de pedestres, instalação de mobiliários


ou equipamentos urbanos, áreas de estar, vegetação, entre outros. Encontra-se segregada
do leito carroçável e deve oferecer condições plenas de acessibilidade.

Para garantir acessibilidade e segurança nas calçadas, deve-se considerar os


seguintes aspectos:

! Pisos e texturas;
! Área de circulação livre - passeio;
! Área de implantação de equipamentos e mobiliários urbanos;
! Guias rebaixadas para pedestres;
! Guias rebaixadas para veículos;
! Sinalização e comunicação.

PISOS
! Os pisos das calçadas e passeios devem ser regulares, firmes, estáveis e
antiderrapantes sob qualquer condição climática;
! A colocação do piso deve procurar respeitar o tipo já existente em frente às
edificações vizinhas, mantendo a unicidade do passeio público;
! A inclinação transversal mínima admitida é de 1% e a máxima admitida após o
piso implantado é de 3%.

TEXTURAS
A utilização de diferentes tipos de texturas e cores pode oferecer ao pedestre maior
conforto e segurança, além de promover diferenciação entre os espaços e ambientes.
Os percursos podem ser demarcados com pisos diferentes para cada situação, criando
identidade e qualificando os espaços públicos.

Ver Capítulo VII – Comunicação e Sinalização

DECLIVIDADES TRANSVERSAIS
! As declividades transversais devem ser de no mínimo 1% e no máximo 3%
de inclinação;

18 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTUL
CAPÍTULO
! Quando não for possível, devido a grandes diferenças entre o leito carroçável e o
piso das edificações, deve ser preservada a área de circulação livre mínima de
1,20m, sendo admissível 0,90m para casos extremos.

O IV
Área de
circulação
livre
Plano inclinado Área de Plano
inclinado Plano inclinado Plano inclinado Plano
circulação livre intermediário inclinado

DECLIVIDADES LONGITUDINAIS
! Possíveis ajustes entre a declividade da via e o lote devem ser resolvidos sempre
dentro dos lotes;
! Eventuais desníveis ou degraus nas calçadas já existentes devem ser ajustados
através de rampa com inclinação recomendada entre 5% e 7% e máxima admissível

de 12,50% (ver Capítulo IX), tendo largura recomendada de 1,20m e mínima aceita
de 0,90m para casos extremos.

GRELHAS E JUNTAS DE DILATAÇÃO


As grelhas e juntas de dilatação, quando instaladas nas vias públicas, devem possuir
vãos inferiores a 1,5cm, ser implantadas transversalmente ao sentido do caminhamento
e estar preferencialmente fora da área de circulação.

15 mm

Fonte: NBR 9050/2004 da ABNT

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PEQUENOS DESNÍVEIS
Devem ser evitados desníveis nas vias púbicas, no entanto quando não for possível, são
admitidos desníveis de até 0,5cm.

Para desníveis entre 0,5cm e 1,5cm deve ser executada rampa na proporção de 1:2 (50%).

Desníveis superiores a 1,5m devem ser vencidos através de rampa conforme apresentado
no Capítulo IX.
Até 0,5cm de 0,5 até 1,5cm

ÁREA DE CIRCULAÇÃO LIVRE (PASSEIO)


! A área livre não deve conter nenhum elemento que dificulte ou impeça o deslocamento
dos pedestres - em especial os usuários de cadeiras de rodas -, como por exemplo:
vegetação, mobiliário urbano, postes, tampas, orlas de árvores e jardineiras,
rebaixamentos para acesso de veículos, ou qualquer outro tipo de interferência;
! A área livre deve propiciar um trajeto contínuo e regular, sem desníveis acentuados,
oferecendo conforto e segurança aos pedestres;
! Para áreas de circulação livre (passeio) recomenda-se largura de 1,50, admitindo-
se no mínimo 1,20 e 0,90 para casos extremos.

Largura para
deslocamento em
linha reta

! No caso de comprovada a impossibilidade de remoção do obstáculo, admite-se


1,20m para obstáculos com extensão menor que 2,00m e, para obstáculos com
até 0,60m de extensão, admite-se largura livre mínima de 0,90m.
! A altura livre mínima para obstáculos aéreos nas calçadas deve ser de 2,10m.
0,90

Transposição de obstáculos
isolados

0,90

Fonte: NBR 9050/2004 da ABNT

20 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTUL
CAPÍTULO
O IV
1,50m

Área de Área para colocação de objetos


Área para implantação de circulação livre
mobiliário, vegetação, etc. não fixos/temporários

Calçada

Área de circulação livre ( passeio)

Área para implantação de Área de


mobiliário, vegetação, etc. circulação livre

Calçada

Talude
Drenagem Drenagem
Mureta opcional Área de circulação livre
Área de circulação livre Talude
Drenagem Drenagem
Leito carroçável Leito carroçável

mín. 1,50

Vegetação
Área de circulação livre Vegetação
Drenagem Área de circulação livre
Estacionamento Muro de arrimo
público recuado na via c/ guarda corpo
Leito carroçável Drenagem
Leito carroçável

mín. 1,50

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Vegetação
Área de circulação livre
Drenagem Talude e vegetação
Talude Passarela
Gradil rígido Desnível
Leito carroçável Muro de arrimo

Exemplos de posicionamento da área de circulação livre

LOCALIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS URBANOS NAS


CALÇADAS
Os equipamentos urbanos como telefones públicos, caixas de correio, bancas de jornal,
floreiras, entre outros, devem estar implantados fora da área de circulação livre e
devidamente organizados, preferencialmente em uma área junto ao leito carroçável.

Exemplos de composição das calçadas

Sugere-se a criação de nichos de concentração de equipamentos, como em “locais de


estar” para os pedestres, que proporcionem conforto e segurança e sirvam de ponto de
atração para os comerciantes locais.

Exemplos de composição das calçadas

22 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTUL
Nas esquinas, os equipamentos destinados exclusivamente a orientação dos pedestres

CAPÍTULO
e veículos devem estar posicionados na área remanescente entre a localização das
guias rebaixadas para pedestres, desde que não haja obstrução da visibilidade.

O IV
CÁLCULO DO FLUXO DE PEDESTRES
( dimensionamento da área de circulação livre - passeio )

O cálculo do fluxo de pedestres auxilia no dimensionamento das áreas livres de circulação,


bem como permite identificar os locais onde não podem ser implantados mobiliários ou
equipamentos urbanos.

A área livre de circulação deve ser suficiente para absorver um fluxo de tráfego de 25
pedestres por minuto, em ambos os sentidos, a cada metro de largura.

Para o cálculo da área de circulação livre em função do fluxo de pedestres, deve-se


utilizar a fórmula:

Onde:
L = Largura de circulação livre
F = Fluxo de pedestres estimado ou medido nos horários de pico (pedestres por minuto por metro)
Ei = Somatória dos valores adicionais relativos aos fatores de impedância
Os valores adicionais relativos a fatores de impedância ( i ) são:
! 0,45m junto a vitrines ou comércio no alinhamento
! 0,25m junto a mobiliário urbano;
! 0,25m junto à entrada de edificações no alinhamento
Obs: Fator de impedância é o ponto que leva à parada ou redução de velocidade dos
pedestres, causando “congestionamento” nas calçadas.

Fonte: NBR 9050/2004 da ABNT

23
TRAVESSIAS DE PEDESTRES

As faixas de travessia de pedestres devem:

" Ter largura mínima admitida de 4,00m ou largura compatível com fluxo de pedestres,
calculado através da seguinte fórmula:

F >4
L= _
25 =
! Onde:
! L = Largura da faixa em metros
! F = Fluxo de pedestres medido nos horários de pico (pedestres por minuto por metro)
! Estar localizada no ponto de caminhamento dos pedestres;
! Estar localizada em pontos que proporcionem boa visibilidade, segurança e
conforto aos pedestres;
! Possuir guia rebaixada para pedestres;
! Não possuir guia rebaixada para veículos junto à faixa de travessia;
! Ser sinalizadas conforme o Código de Trânsito Brasileiro – Lei n.º 9.503 de 23 de
setembro de 1977, anexo II item 2.2.2 – Marcas transversais, alínea c.

Fonte: NBR 9050/2004 da ABNT

ATENÇÃO: É de responsabilidade do técnico projetista prever os pontos de travessia


que sejam mais convenientes aos pedestres, sempre garantindo segurança e conforto.

Calçada

Travessia de Pista
pedestres
Canteiro central

Travessia de
pedestres

24 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTUL
CAPÍTULO
TRAVESSIAS ELEVADAS
A travessia elevada é um recurso que permite que os pedestres transitem com
tranqüilidade e segurança, evitando conflitos diretos com veículos.

Pode ser utilizada nas seguintes situações:

O IV
! Em vias com largura inferior a 6,00m;
! Em travessias com fluxo de pedestres superior a 500 pedestres/hora;
! Em travessias com fluxo de veículos inferior a 100 veículos/hora;
! Em áreas de acesso a veículos onde a prioridade do fluxo é dos pedestres.

Características
! Pode ser implantada junto as esquinas ou meio de quadra;
! Não pode ser revestida com asfalto, devendo-se usar outro tipo de piso, de
preferência o mesmo utilizado na calçada adjacente;
! Deve ter declividade transversal mínima de 1% e máxima de 3%;
! Deve compreender todo o leito carroçável;
! Deve possuir largura de circulação mínima de 2,50m;
! As rampas para possibilitar a circulação dos veículos devem ser de no mínimo 1:2
de inclinação, sinalizadas com tinta branca de sinalização viária;
! Não deve ser implantada em locais onde o fluxo ou a velocidade dos
veículos for intensa.

0,25 a
0,50
0,50

0,50
0,25 a
0,50

a) Vista frontal b) Perspectiv


Perspectiv
erspectivaa

25
PONTOS DE VISIBILIDADE

As vagas de estacionamento junto às travessias de pedestres podem bloquear a área de


visibilidade entre pedestres e veículos. Sugere-se, portanto que seja preservada uma
área de 15,00m até o alinhamento da faixa de travessia de pedestres, de forma a garantir
a boa visibilidade entre pedestres e veículos.

RAIOS DE CURVATURA
Cada esquina deve ter raio de curvatura adequado à circulação dos veículos e pedestres. Os raios
de curvaturas devem:

! Ser adequados a circulação dos veículos, considerando seu porte e sua capacidade
de giro;
! Possibilitar boa visibilidade, conforto e segurança para veículos e pedestres;
! Evitar conflitos entre pedestres e veículos.
As áreas de estacionamento, quando corretamente posicionadas, permitem a utilização
de raios de curvaturas menores.

Quanto maior o raio de curvatura, mais o pedestre caminha na via, passando maior tempo
em área de risco. No entanto, se o raio for muito pequeno, pode acabar sendo invadido
por veículos de grande porte, danificando as guias e compromentendo a travessia dos
pedestres.

26 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTUL
CAPÍTULO
Vantagens e Desvantagens de reduzir raios de curvaturas:
VANTAGENS DESVANTAGENS

Reduz a distância da travessia de pedestres Pode não ser adequado se veículos de


grande porte viram com muita freqüência

O IV
Se o raio for muito pequeno, veículos
Reduz a velocidade dos veículos através grandes podem ter que invadir parte da
dos cruzamentos faixa adjacente para poderem fazer a
conversão ou invadirem parte da calçada
prejudicando a segurança dos pedestres.

Aumenta a atenção dos pedestres


Diminui a capacidade de veículos junto às
Melhora o tempo semafórico porque diminui intersecções.
o tempo de travessia dos pedestres.

REDUÇÃO DE TRAVESSIAS – EXTENSÃO DAS ESQUINAS


As reduções de travessias são recursos que auxiliam os pedestres a atravessar com
segurança e conforto e diminuem o tempo semafórico necessário à travessia.
Proporcionam melhor visibilidade entre veículos e pedestres e delimitam as áreas de
estacionamento nas vias públicas.

ILHAS, CANTEIROS E REFÚGIOS.


Ilhas, canteiros e refúgios são recursos de auxílio na travessia de pedestres, pois são
locais de aguardo que proporcionam maior segurança aos transeuntes. Podem ser
utilizados tanto perto de esquinas como no meio de quadras.

Recomenda-se que a largura dos canteiros e refúgios não seja inferior a 1,80m, podendo
ser de 1,50 quando o fluxo de pedestres for pequeno e não houver espaço na via para a
implantação do canteiro ou refúgio.

Ilhas, canteiros e refúgios devem ser providos de guias rebaixadas para pedestres,
conforme apresentado no Capítulo V.

27
TEMPOS SEMAFÓRICOS
Os tempos dos semáforos devem favorecer tanto aos pedestres como aos veículos. Tempos
semafóricos muito curtos podem obrigar pedestres a correr, comprometendo a segurança,
e tempos semafóricos muito longos para os veículos podem acarretar em pedestres
atravessando antes do fechamento do semáforo. O dimensionamento do tempo deve ser
benéfico tanto para os veículos como para os pedestres e deve ser definido pelo projetista
conforme as condições de cada local.

MEDIDAS DE REDUÇÃO DE VELOCIDADE VEÍCULAR


(“traffic calming”)

Em todos os casos, as medidas de redução de velocidade veicular devem ser implantadas


em locais específicos, acompanhadas de um estudo de tráfego para garantir o bom
funcionamento do trânsito.

As medidas de redução de velocidade podem ser utilizadas:

! Onde o fluxo de pedestres e os conflitos entre pedestres e veículos são grandes;


! Para canalizar ou concentrar o fluxo de pedestres em pontos onde há diferentes
desejos de travessia;
! Junto às escolas, hospitais, parques e outros equipamentos, ou em rotas de acesso
junto aos mesmos;
! Onde existe grande concentração de pedestres devido à proximidade com os pólos
de atração.

28 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTUL
CAPÍTULO
EXEMPLOS DE MEDIDAS DE REDUÇÃO
DE TRÁFEGO VEICULAR:

O IV
CALÇADAS VERDES

Atualmente, com os níveis de poluição aumentando, principalmente nos grandes centros


urbanos, a arborização de ruas, praças e parques tornou-se essencial para a qualidade
de vida do homem e do seu ambiente.

O plantio de vegetação nas calçadas ou passeios é um recurso que segrega os pedestres


dos veículos, podendo oferecer melhores condições de segurança e percursos mais
agradáveis ao trânsito dos pedestres.

A presença da vegetação na cidade contribui para melhorar a qualidade de vida de seus


habitantes, produzindo sombras e amenizando a poluição sonora.

29
Para a implantação de áreas verdes nos calçadas deve ser identificada nas vias públicas,
primeiramente, a situação existente, como largura da via, fluxo de pedestres,
equipamentos, fiações subterrâneas e aéreas, placas de sinalização, mobiliários, entre
outros. Também devem ser avaliadas as qualidades paisagísticas, as áreas de
sombreamento e a permeabilidade do solo.

PLANTIO DE ÁRVORES
O plantio de árvores deverá atender as seguintes especificações:

! Nas calçadas com larguras inferiores a 1,50m não se recomenda o plantio de


árvores;
! Possibilitar área de circulação livre mínima de 1,50m, sendo admissível 1,20m;
! Não deve interferir na circulação dos veículos pelas vias, nas fachadas das
edificações, nem na área de circulação dos pedestres;
! A área mínima da orla deve ser igual a um quadrado de 0,50m x 0,50m ou um
círculo de 0,50m de diâmetro, com 0,60m de profundidade;
! A escolha e a disposição da arborização não deve prejudicar a insolação e
iluminação da via;
! A localização e o porte das árvores não devem obstruir a visão dos usuários em
relação às placas de identificação e sinalizações de orientação do trânsito.

AJARDINAMENTO
O ajardinamento deverá atender as seguintes especificações:
! Possibilitar área de circulação livre mínima de 1,50m, sendo admissível 1,20m;
! Ser, de preferência, disposta longitudinalmente ao alinhamento dos lotes;
! Não interferir na circulação e acesso de pedestres e veículos;
! Não utilizar espécies venenosas ou que tenham espinhos.

30 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTUL
CAPÍTULO
O IV
ATENÇÃO: Plantios, remoções ou alterações nas áreas verdes devem ser feitos com
acompanhamento e autorização direta dos responsáveis da Secretaria de Meio Ambiente
de Guarulhos.

OBRAS NAS CALÇADAS


As obras existentes sobre a calçada ou passeio público devem ser sinalizadas e isoladas,
garantindo a área de circulação livre de 1,50m, sendo admissível 1,20m, para circulação
dos pedestres. Caso não seja possível garantir a passagem pelo próprio passeio, deverá
ser prevista uma rota devidamente sinalizada, protegida e munida de acesso no leito
carroçável.

31
32 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas
CAPÍTULO V

GUIA REBAIXADA PARA


PEDESTRES

33
GUIA REBAIXADA PARA PEDESTRES
As guias rebaixadas para pedestres possibilitam que usuários de cadeira de rodas,
pessoas com carrinhos de bebê e demais pedestres atravessem a via com
segurança e conforto.

As guias rebaixadas para pedestres deverão ser implantadas conforme os critérios


abaixo definidos:

CARACTERÍSTICAS
As guias rebaixadas para pedestres devem:
! Ser executadas em concreto desempenado de alta resistência, exceto quando
especificado outro tipo de material. No caso de projetos especiais, o piso
deve ser de superfície regular, firme, estável e antiderrapante, sob qualquer
condição climática.
! Ser implantadas preferencialmente junto às travessias de pedestres;
! Conter piso tátil de alerta, de acordo com as especificações técnicas apresentadas
no Capítulo VII;
! Ser executado de forma a garantir o escoamento de águas pluviais;
! Possuir inclinação constante máxima de 8,33% (1:12). Para determinação do
comprimento da rampa (C), deve ser utilizada a seguinte fórmula:

Onde:
C = comprimento da rampa (metros)
I = inclinação da rampa (%)
H = altura da guia a ser vencida, considerando também a altura real da calçada no
ponto de concordância com a rampa (metros).
! A localização deve respeitar o fluxo de pedestres;
! Não deve existir desnível entre o término do rebaixamento da calçada e o leito
carroçável;
! Possuir largura igual a da faixa de travessia de pedestres. No caso de
inviabilidade técnica, possuir larguras mínimas de: 1,20m para rampa de acesso
principal (tipo I e II) e 1,50m para plataformas (tipo III).

TIPOLOGIAS
A escolha do tipo de guia rebaixada é determinada em função da relação entre
a largura livre da calçada (LL) e altura a ser vencida, obedecendo ao seguinte
critério de prevalência:

34 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTUL
CAPÍTULO
a) Tipo I
Deve ser preservada uma largura livre de calçada (LL), medida entre a rampa principal e
o alinhamento do imóvel, de, no mínimo, 0,80m, garantindo a inclinação da rampa principal
de até 8,33% (1:12).

O V
b) Tipo II
Deve ser utilizado quando a largura livre da calçada (LL) resultar menor que 0,80m, nos
casos onde não são possíveis as execuções do Tipo I.

c) Tipo III
Deve ser utilizado quando não há largura livre de calçada suficiente para execução dos
Tipos I e II.

Nos casos onde a calçada apresentar largura igual ou inferior a 1,50m, deve ser implantado
o Tipo III.

CARACTERÍSTICAS DAS TIPOLOGIAS


Conforme as configurações geométricas das guias deve-se usar uma das tipologias
abaixo descritas:

a) Tipo I
A guia rebaixada do Tipo I deve possuir:

1. Largura livre mínima de 0,80m;


2. Rampa principal com declividade máxima de 8,33% (1:12);
3. Abas laterais com:
! Largura mínima de 0,50m junto ao meio fio, recomendando-se uma inclinação
de 10%;
! Possuir preferencialmente larguras iguais;
! Não apresentar cantos vivos com o nível da calçada.

Lotes
mín. Largura da faixa mín.
0,50 ou mín. de 1,20 0,50
Calçada
Rampa principal

Aba lateral
Piso tátil de alerta

Sarjeta

Faixa de travessia

35
LL(min. 0,80) LL(min. 0,80)

b) Tipo II
A guia rebaixada do Tipo II deve possuir:
1. Largura livre mínima de 0,80m;
2. Rampa principal com declividade máxima de 8,33% (1:12);
3. Abas laterais com:
! Largura mínima de 0,50m junto ao meio fio, recomendando-se uma inclinação
de 10%;
! Possuir preferencialmente larguras iguais;
! Não apresentar cantos vivos com o nível da calçada.
4. Plataforma intermediária com:
! Comprimento igual a largura da calçada;
! Plana;
5. Rampas intermediárias de acomodação devem possuir:
! Largura igual a da calçada;
! Inclinação constante e não superior a 10% (1:10), sendo recomendado que a
inclinação seja o mais suave possível.

Lotes
mín. mín. Largura da faixa mín. mín. Plataforma
0,50 0,50 ou mín. de 1,20 0,50 0,50 intermediária
Rampa
Comprimento

intermediária
S S
Rampa principal
Aba lateral
S Piso tátil de alerta

Sarjeta

Faixa de travessia

LL(mín. 0,80)

Perspectiva

36 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTUL
CAPÍTULO
c) Tipo III
A guia rebaixada do Tipo III deve possuir:

1. Largura livre mínima de 0,80m;


2. Plataforma principal deve:

O V
! Não apresentar desnível com o término da sarjeta;
! Ter largura mínima de 1,50m
! Ter comprimento igual a largura da calçada;
! Ter inclinação transversal mínima de 1% e de máxima de 3% para escoamento
de águas pluviais.
3. Rampas laterais devem ter:
! Largura igual à da calçada;
! Inclinação constante e não superior a 10% (1:10).

Comprimento Largura da faixa Comprimento


C ou mín. de 1,50 C
Lotes
Plataforma
principal
S S Rampa principal
Calçada
Piso tátil de alerta
0,50 0,50 Sarjeta

Faixa de travessia

LOCAÇÃO
As guias rebaixadas para pedestres devem ser locadas:

! De maneira a garantir a segurança dos pedestres;


! Posicionadas em pontos de boa visibilidade, tanto do ponto de vista do pedestre
como do veículo;
! Posicionada de forma que as áreas de acessos principais estejam junto ao local
de travessia dos pedestres e sempre alinhados entre si;
! Em ambos os lados da travessia de pedestres de forma a possibilitar a continuidade
do trajeto das pessoas com deficiência;
! Em esquinas de forma a não interferir no raio de giro dos veículos;

37
POSICIONAMENTO NA VIA

Esquinas

a) Tipo I e II
Locar rampa principal e as abas laterais alinhadas com a faixa de travessia de pedestres
no ponto de menor conflito com os veículos.

b) Tipo III
Locar a plataforma principal com o alinhamento da faixa de travessia de pedestres no
ponto de menor conflito com os veículos.

Meio de quadra
! Nas vias de sentido único de circulação, o acesso principal deve ser locado sempre
na extremidade oposta à aproximação dos veículos;
! Nas vias com sentido duplo de circulação, a escolha do melhor posicionamento
deve ser avaliada pelo projetista, optando por locar a guia rebaixada para pedestres
na extremidade que oferecer menos risco de travessia aos usuários.

38 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTUL
CAPÍTULO
a) Tipo I e II
Lotes

Calçada

Pista

O V
Lotes

Calçada

Pista

b) Tipo III
Lotes

Calçada

Pista

Lotes

Calçada

Pista

Canteiro divisor de pistas


! Deve-se manter uma distância mínima de 1,20m entre as rampas principais.

Lotes

Calçada

Leito carroçável

Canteiro Central
Mín.
1,20

Leito carroçável

Calçada

Lotes

39
! Para distâncias menores, em que não ocorre o deslocamento longitudinal de
pedestres, deve ser feito o rebaixamento total, sendo observada uma largura
mínima de 1,20m;
! Quando ocorrer o deslocamento longitudinal de pedestres, o canteiro central
deverá ter, no mínimo, uma área livre entre os rebaixamentos de 1,20m;
! No caso de canteiros com desnível entre pistas maior que 8,33% (1:12), devem
ser estudadas outras alternativas de transposição para os pedestres.

Lotes

Calçada

Leito carroçável

Canteiro

Leito carroçável

Calçada

Lotes

Ilhas
! Deve-se manter uma distância mínima de 1,20m entre as rampas principais;
! Para larguras livres mínimas inferiores a 1,20m, deve-se executar o rebaixamento total.

INTERFERÊNCIAS JUNTO ÀS GUIAS REBAIXADAS


Quando no local da implantação da guia rebaixada para pedestres existirem interferências,
deve-se adotar a seguinte seqüência de alternativas:

1º Alternativa: remover interferências;


2º Alternativa: Deslocar a faixa de travessia de pedestres;
3º Alternativa, na impossibilidade de remover as interferências:

40 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTUL
CAPÍTULO
a) Locar uma das abas fora da faixa de travessia de pedestres

Guia rebaixada

Interferência

O V
Faixa de travessia

b) Relocar os rebaixamentos, garantindo o alinhamento;

Lotes
Poço de visita
Calçada

Leito carroçável

Calçada

Lotes

c) Desalinhar os rebaixamentos de calçadas na travessia;


d) Locar a aba, adequando-a entre as interferências, desde que não impeça a livre
circulação dos pedestres ou pessoas com deficiência e desde que resguardada a
área livre mínima de 0,80m;

Caixas dutos semafóricos

Coluna semafórica

Poste de iluminação

Coluna prefeitura

e) Remover uma das abas, sem criar desníveis acentuados;


f ) Não executar a guia rebaixada na travessia.

SINALIZAÇÃO TÁTIL DE ALERTA NAS GUIAS


REBAIXADAS PARA PEDESTRES

Piso tátil de alerta


Todas as guias rebaixadas para pedestres, quando implantadas para as travessias, devem
conter piso tátil de alerta conforme as especificações técnicas e os critérios de implantação
apresentadas no Capítulo VII.

41
CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS DE GUIAS
REBAIXADAS PARA PEDESTRES
Os rebaixamentos de calçada devem ser executados em concreto, adotando-se os
seguintes procedimentos:

1. O lastro sob o concreto deve ser de brita, apresentando espessura mínima de


0,05m;
2. A resistência final mínima do concreto deve ser de 25 MPa;
3. Quando não for utilizado concreto usinado, sugere-se a relação água/cimento na
proporção de 0,60 (em peso);
4. A espessura da camada de concreto do rebaixamento deve ser de pelo menos
5cm, recomendando-se 0,07m;
5. A superfície final do concreto deve ser feita com desempenadeira de madeira, sem
queima do mesmo;
6. Proteger contra a desidratação, logo após a execução, toda a superfície da rampa,
utilizando areia umedecida, recoberta com saco de estopa molhado, ou outro meio
de cura do concreto;
7. Proteger o local da obra sem impedir a passagem dos pedestres, garantindo a
plena segurança dos transeuntes e trabalhadores;
8. Quando o piso junto à guia rebaixada for revestido de material diferente do concreto,
colocar um delimitador no perímetro deste elemento.

42 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTULO VI

GUIAS REBAIXADAS PARA


ACESSO DE VEÍCULOS

43
GUIAS REBAIXADAS PARA ACESSO DE VEÍCULOS
As guias rebaixadas destinadas à transposição do veículo da via ao logradouro devem:

! Ter largura de 0,70m;


! Possuir comprimento mínimo de 2,00m e máximo de 2/3 da extensão frontal da
edificação. Para os demais casos, deve-se consultar o órgão público responsável;
! Os acessos para veículos devem estar pelo menos 4,00m distantes do ponto de
convergência (PC).

0,70
0,55 0,15

Ladrilho hidraulico
palito 30x30 preto

Guia

Planta

44 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTUL
CAPÍTULO
O VI
Estacionamento
Calçada
Calçada

Leito carroçável
A A'

45
46 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas
CAPÍTULO VII

COMUNICAÇÃO E
SINALIZAÇÃO

47
COMUNICAÇÃO E SINALIZAÇÃO
As formas de comunicação podem ser:

! Visual: através de textos ou figuras.


! Tátil: através de caracteres em relevo, Braille ou figuras em relevo.
! Sonora: através de recursos auditivos.

SÍMBOLO INTERNACIONAL DE ACESSO – S.I.A

LOCALIZAÇÃO
O Símbolo Internacional de Acesso – S.I.A deve ser colocado sempre junto a edificações,
mobiliários, espaços, rotas, vagas de estacionamento e equipamentos urbanos acessíveis
às pessoas com deficiência, em local de fácil visualização.

CARACTERÍSTICAS
O S.I.A deve consistir em um pictograma branco sobre fundo azul, idêntico ao
representado na figura abaixo:

S.I.A. - proporções S.I.A. - cores

SÍMBOLO INTERNACIONAL DE PESSOAS COM


DEFICIÊNCIA VISUAL – S.I.D.V

CARACTERÍSTICAS
O Símbolo Internacional de Pessoas com Deficiência Visual deve consistir em um
pictograma branco sobre fundo azul, idêntico ao representado na figura abaixo:

S.I.D.V. - proporções S.I.D.V. - cores

48 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTUL
CAPÍTULO
SÍMBOLO INTERNACIONAL DE PESSOAS COM SURDEZ - S.I.S

CARACTERÍSTICAS

O VII
O Símbolo Internacional de Pessoas com Surdez deve consistir em um pictograma branco
sobre fundo azul, idêntico ao representado na figura abaixo:

S.I.S. - proporções S.I.S. - cores

SINALIZAÇÃO TÁTIL
A sinalização tátil é uma ferramenta de auxílio à locomoção das pessoas com deficiência
visual, podendo ser de alerta ou direcional.

DE ALERTA

O piso tátil de alerta serve para informar a pessoa com deficiência visual ou visão
subnormal de pontos de perigo, obstáculos ou desníveis nos percursos.

Características
A textura da sinalização tátil de alerta caracteriza-se em um conjunto de relevos tronco-
cônicos, conforme as especificações abaixo:

! O diâmetro de base do tronco-cônico deve estar entre 22mm e 30mm;


! A distância horizontal entre os centros do tronco-cônico deve ter entre
42mm e 53mm;
! A distância diagonal entre os centros do tronco-cônico deve ter entre
60mm e 75mm;
! A altura do relevo do tronco-cônico deve ser entre 3mm e 5mm;
! A distância do eixo da primeira linha do relevo até a borda do piso deve ser
equivalente à metade (1\2) da distância horizontal entre os centros;
! O diâmetro do topo do tronco-cônico deve ter entre 1\2 e 2\3 da base do
tronco-cônico;
! Ser em cor amarela vibrante, não desbotável;
! Rígidos, firmes, estáveis, antiderrapantes sob qualquer condição climática, duráveis
e resistentes.

49
Dimensões em milímetros

60
a
75
21 a 27 11 a 20
42 a 53 22 a 30

ATENÇÃO: O piso tátil de alerta é um recurso utilizado também para pessoas com visão
subnormal, portando deve sempre estar junto a pisos com cores que propiciem contraste,
facilitando a visualização.

Locais de implantação
O piso referencial tátil deve ser utilizado em:

1. Obstáculos suspensos entre 0,60m e 2,10m de altura do piso que possuam


volume maior na parte superior do que na base (como orelhões e caixas de correio),
devem ser sinalizados com piso tátil de alerta. A superfície a ser sinalizada deve
exceder em 0,60m a projeção do obstáculo.
0,25
0,26 a 0,60
0,50 0,60

0,60
0,25 aa 0,50
0,26
0,60
h>0,60

0,60
0,50
0,26aa 0,60
0,25

0,60 0,60 0,60 0,26 a 0,60


0,50
0,25
Vista lateral Planta

2. Guias rebaixadas para pedestres devem ser sinalizadas com piso tátil de alerta
com largura de 0,40m e distante a 0,50m do término da rampa ou plataforma.

Lotes Rampa principal Piso tátil de alerta


Lotes

Rampa Rampa
Rampa principal intermediária intermediária

Piso tátil de alerta


0,40

Calçada Calçada
0,40
0,50

Guia
0,50

Sarjeta Guia
Sarjeta
Aba lateral
Aba lateral

50 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTUL
CAPÍTULO
O VII
3. Canteiros divisores de pista devem ser sinalizadas com piso tátil de alerta com
largura de 0,40m e distante a 0,50m do meio fio, conforme a largura do canteiro:
! Inferior ou igual a 1,40m: implantar a faixa de piso tátil com largura de 0,40m
junto ao meio fio.

Sarjeta
Sarjeta
Guia
Guia
0,50
Lc/2 0,40
Lp<1,40 Piso tátil 0,20 Piso tátil
de alerta 0,20 Lp<1,40 de alerta
Lc/2
0,40
0,50

Sarjeta
Sarjeta

! Superior a 1,40m: implantar piso com largura de 0,40m e distante 0,50m do


meio fio.
4. Em rampas e escadas fixas, o piso tátil de alerta deve ser implantado antes do
inicio e após o término das escadas ou rampas, com largura entre 0,30m e 0,40m,
afastada no mínimo a 0,25m e no máximo a 0,32m do ponto onde ocorre a mudança
do plano.

Piso tátil
Corrimão
0,22
0,92
0,70

Piso tátil
30
0,

51
5. Plataformas de embarque e desembarque devem ser sinalizadas com faixa de
piso tátil de alerta com largura entre 0,25 e 0,60m, por toda a extensão da plataforma
e afastada 0,50m da borda.

6. Desníveis como palcos, vãos, degraus isolados, entre outros, devem ser sinalizados
com faixa de piso tátil de alerta com largura entre 0,25 e 0,60m, afastada no máximo
à 0,32m do ponto onde ocorre a mudança do plano e instalada ao longo de toda a
extensão do desnível.

DIRECIONAL
O piso tátil direcional tem como objetivo direcionar a pessoa com deficiência visual ou baixa visão
em seu trajeto.

Características
O piso tátil direcional caracteriza-se por um conjunto de relevos em forma de trapézios,
dispostos paralelamente e posicionados no sentido do caminhamento, devendo atender
as características abaixo descritas:

! Ter faixa com largura entre 20cm e 60cm;


! A distância entre os eixos dos trapézios deve ser entre 70mm e 85mm ;
! A distância entre as bases dos trapézios deve ser entre 45mm e 55mm;
! Os trapézios devem atender às seguintes especificações:
a) Ser arredondados;
b) Ter base com largura entre 30mm e 40mm;
c) Ter topo com largura entre 20mm e 30mm;
d) Ter altura do trapézio entre 4mm e 5mm;
! Ser de cor azul ou amarela vibrantes, não desbotáveis;

52 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTUL
CAPÍTULO
! Rígidos, firmes, estáveis, antiderrapantes sob qualquer condição climática,
duráveis e resistentes.
35 a 42

O VII
Dimensões em
milímetros

20 a 30 45 a 55

30 a 40 70 a 85

Locais de implantação
A sinalização tátil direcional deve ser utilizada em áreas de circulação amplas,
principalmente quando não há outras referências na orientação do percurso às pessoas
com deficiência visual, como fachadas de lotes ou guias indicando o caminho a ser
percorrido.

COMPOSIÇÃO DOS PISOS TÁTEIS DE ALERTA E


DIRECIONAL
A composição dos pisos táteis de alerta e direcional permite informar às pessoas com
deficiência visual ou baixa visão trajetos completos, com diferentes caminhos, orientando
sobre desníveis, pontos de parada e mudanças de direção.

ATENÇÃO: A utilização excessiva de sinalização tátil pode, ao invés de contribuir para a


mobilidade, prejudicar a qualidade das áreas públicas, portanto, só deve ser utilizada
quando necessária.

53
Exemplo de rota com mudança de direção

X X

a) 165º<X<150º b) 165º<X<180º

Detalhe dos pontos de mudança de direção

Sinalização tátil no ponto de ônibus

ROTAS ACESSÍVEIS
Para rotas em parques ou qualquer outro local de circulação de pedestres, de passagem
ou lazer, pode-se utilizar uma sinalização indicativa do grau de dificuldade de cada
percurso, auxiliando os pedestres e as pessoas com deficiência a escolher o caminho
que for mais conveniente.

Os percursos ou trajetos podem ser classificados em: fáceis, moderados ou difíceis, de


acordo com cada grau de dificuldade. Quanto à acessibilidade dos trajetos ou percursos,
estes podem ser classificados em: acessíveis, acessibilidade assistida e não acessíveis.

54 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTUL
CAPÍTULO
CAPÍTULO VIII

LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS

O VIII
E MOBILIÁRIOS URBANOS

55
CRITÉRIOS DE LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E
MOBILIÁRIOS URBANOS NAS CALÇADAS
Os equipamentos e mobiliários urbanos devem ser implantados sempre na área da
calçada destinada à locação de mobiliário. A implantação de mobiliários, equipamentos
urbanos, placas de logradouros e placas de sinalização deve ser realizada somente
quando for estritamente necessária, evitando que a calçada fique sobrecarregada com
postes, visando a diminuição da poluição visual e os conflitos com os pedestres.

Nota: A implantação dos equipamentos de orientação de trânsito devem ser minimizadas


evitando a colocação de vários postes/interferências nas calçadas.

ÁREA DE VISIBILIDADE
Os equipamentos e mobiliários urbanos podem prejudicar a intervisibilidade entre veículos
e pedestres, comprometendo a segurança no trânsito. Para evitar esses conflitos, deve-
se prever uma área mínima de visibilidade, onde não podem ser instalados equipamentos,
conforme abaixo descrito.

CRITÉRIOS DE LOCAÇÃO

! Os elementos de grande porte devem ficar a pelo menos 15,00m de distância do


alinhamento das faixas de travessia de pedestres;
! Os elementos de pequeno porte devem se locados no mínimo a 3,00m de distância
do alinhamento das faixas de travessia de pedestres;

! As colunas de sustentação dos semáforos e da sinalização vertical devem ser


locadas de maneira a não interferir nas guias rebaixadas para pedestres;
! A locação de qualquer tipo de equipamento ou mobiliário urbano não pode interferir
na área de circulação livre de pelo menos 1,50m de largura, sendo admissível 1,20m;
! Os equipamentos e mobiliários urbanos devem ser locados preferencialmente
alinhados junto à guia, dispostos em uma faixa contínua.

56 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTUL
CAPÍTULO
SINALIZAÇÃO
Todos os equipamentos e mobiliários urbanos acessíveis às pessoas com deficiência
devem estar sinalizados, atendendo ao apresentado no Capítulo VII.

O VIII
BANCAS DE JORNAL
As bancas de jornal só devem ser instaladas nas calçadas e áreas públicas com
autorização prévia da Prefeitura. Quando locadas nas calçadas, devem permitir passagem
livre de 1,50m, sendo admitida 1,20m.

PONTOS DE PARADA DE ÔNIBUS


Os pontos de ônibus devem sempre ser locados de maneira que garantam o conforto, a
autonomia e a segurança dos pedestres.

CRITÉRIOS DE LOCAÇÃO
! Nas vias locais, locar pontos com 300m de distância entre si;
! Nas vias arteriais e corredores, locar pontos com 400m de distância entre si;
! Locar pontos com pelo menos 5,00m de distância do ponto de
concordância da esquina;
! Preferencialmente em locais iluminados;
! Preferencialmente fora de curvas acentuadas;
! Em locais que não sejam aclives/declives acentuados;
! Em locais onde a declividade transversal não é superior a 3%;
! Respeitar entrada e saída de veículos;
! Recuo mínimo de 50 metros de caixas de semáforos;
! Possuir testada mínima de 11 metros;
! Observar distância de segurança de linhas de transmissão de energia;
! Observar áreas “non aedificandi”;
! Observar áreas sujeitas a enchentes.
! Observar canalização de águas pluviais;
! Sempre colocar faixas de travessia de pedestres próximas aos pontos de embarque
e desembarque de passageiros, garantindo a segurança aos pedestres;
! Locar pontos em áreas com boa visibilidade, preferencialmente perto dos pólos
de atração;
! Nunca locar pontos de ônibus muito próximo às esquinas, dificultando a visibilidade
dos motoristas e pedestres;
! Recuo mínimo de 0,90m para locação de abrigos, considerando a projeção da
cobertura, e 1,50m para locação de postes indicativos de parada.

57
PLATAFORMAS ELEVADAS DE EMBARQUE E
DESEMBARQUE PARA TRANSPORTE COLETIVO
Sempre que houver pontos de ônibus locados em passeios com no mínimo 4,00m
d e l a r g u ra , d eve s e r i m p l a n t a d a p l a t a fo r m a elevada p a ra e m b a r q u e e
desembarque de transporte coletivo.

CRITÉRIOS DE LOCAÇÃO
Deve-se adotar os mesmos critérios de locação dos pontos de paradas e, nos casos em
que a largura do passeio for inferior a 4,00m, deve-se avaliar as condições para locação
do ponto, analisando a concentração de pedestres que transitam no local.

Características
As plataformas elevadas de embarque e desembarque para transporte coletivo devem:

! Possuir rampa de acesso com declividades preferencialmente entre 5% e 7%;


! Possuir piso tátil conforme apresentado no Capítulo VII;
! Possuir altura igual a 0,28m.

58 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTUL
CAPÍTULO
SEMÁFOROS SONOROS
Os semáforos sonoros devem atender às seguintes condições:

! Possuir som com intensidade e freqüência entre 500 e 3.000Hz;

O VIII
! Os comandos ou botoeira devem estar localizados entre 0,80m e 1,20m de altura
do piso;
! Possuir som com freqüência variável alternadamente entre graves e agudos, se o
ambiente tiver muitos obstáculos deve ter intermitência de 1 a 3 vezes por segundo;
! O som deve possuir intensidade de no mínimo 15 dBA superior ao ruído médio do
local ou 5 dBA acima do ruído máximo do local, recomendando-se utilizar 60 dBA.

BICICLETÁRIOS
Devem ser previstas áreas de estacionamento de bicicletas sempre próximo à pólos de
atração como: escolas, hospitais, áreas de lazer, supermercados, entre outros.

59
60 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas
CAPÍTULO IX

RAMPAS, DEGRAUS E
ESCADAS FIXAS

61
RAMPAS, DEGRAUS E ESCADAS FIXAS

Nas áreas públicas ou de uso público, as rampas e escadas fixas devem atender aos
seguintes critérios:

RAMPAS
As rampas devem atender a tabela abaixo, onde devem ser também previstos patamares
a cada 50m de percursos de rampa:

Inclinação i Desnível máximo de cada Número máximo de


(%) segmento h (m) segmento
5,00 (1:20) 1,50 -
5,00 (1:20)<i<6,25 (1:16) 1,00 -
6,25 (1:16)<i<8,33 (1:12) 0,80 15

Em reformas, admite-se inclinação superior a 8,33% e máxima de 12,5%, conforme


tabela abaixo:

Inclinação i Desnível máximo de cada Número máximo de


(%) segmento h (m) segmento
8,33 (1:12)<i<10,00 (1:10) 0,20 4
10,00 (1:10)<i<12,5 (1:8) 0,075 1

! Para o cálculo da inclinação, utilizar a seguinte fórmula:


Onde:
I = inclinação da rampa (%)

H = altura a ser vencida (m)


C = comprimento da rampa (m)
! Possuir piso tátil de alerta de acordo com os critérios apresentados no Capítulo VII;
! Largura de 1,50m, sendo admissível no mínimo 1,20m;
! Guia de balizamento com altura mínima de 0,05m, por toda a extensão da rampa;
! Patamar com 1,50m de comprimento, sendo admissível mínimo de 1,20m, antes
do início e ao final de cada segmento de rampa;
! Inclinação transversal máxima de 3% para escoamento de águas pluviais;
! Em rampas curvas o raio mínimo interno permitido é de 3,00m com inclinação
máxima admissível de 8,33%, medidos no perímetro interno à curva.
ATENÇÃO: Para maior conforto e autonomia das pessoas com deficiência, recomenda-
se o uso de rampas entre 5% e 7% de inclinação.

62 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTUL
CAPÍTULO
1,20 1,20 1,20

O ix
C C
mín. mín. mín.

Vista Superior

Vista lateral

ar pat
am am
pat ar
C
0 1,52
1,250 . mí 0
n
Inclinação Guia de mí n.
0,05 mín.

tr transversal
ansv
transv ersal de <2%
ansversal 2% balizamento
mínimo
C

C
R=3,00

L
1,20 mín.
1,50 recomendado L

DEGRAUS E ESCADAS FIXAS


Os degraus isolados devem possuir espelhos com alturas entre 0,15m e 0,18m;

Os degraus e escadas fixas devem:

! Possuir piso tátil de aler ta de acordo com os cr itérios apresentados


no Capítulo VII
! Largura de 1,50m, sendo admissível no mínimo 1,20m;
! Inclinação transversal mínima de 1% e máxima de 3% para escoamento de águas
pluviais;
! Ter as dimensões dos pisos e espelhos constantes em toda a escada;
! Estar distante pelo menos 0,30m da área de circulação do primeiro e último degrau;
! Possuir um patamar, com 1,20m no sentido longitudinal, a cada 3,20m e sempre
que houver mudança de direção;
! Possuir piso com dimensionamento entre 0,28m e 0,32m;
! Possuir espelho com dimensionamento entre 0,16m e 0,18m;

63
Para verificar se o dimensionamento da escada encontra-se adequado a circulação, deve-
se utilizar a seguinte fórmula:

0,63m < p + 2e < 0,65m


onde:
p = piso
e = espelho
>1,5 Dimensões em >1,5
Bocel centímetros
Quina
p

e 0,32
e p
0,28
e = altura do degr
altura au = espelho
degrau

32,74
p = largur
largur
guraa do degrau = piso
degrau

26,57

º
º
b) Espelho inclinado

0,16
0,18
a) Bocel
Altura e largura do degrau Escadas - Ábaco

CORRIMÃO
Os corrimãos devem:

! Estar instalados dos dois lados das rampas e escadas fixas, em material rígido e
firmemente colocado;
! Ser preferencialmente de seção circular podendo ser de outro formato desde que
garantida a boa empunhadura;
! A seção do tubo deve ser entre 0,030m e 0,045m de diâmetro;
! Possuir uma distância de no mínimo 0,04m da parede;
! Possuir prolongamento de 0,30m antes do início e após o término de cada rampa
ou escada fixa, garantindo a não interferência na área de circulação livre;
! Ter acabamento recurvado;
! Possuir altura de 0,92m do piso em escadas e para rampas deve possuir duas
alturas: 0,70m e 0,92 do piso;
ATENÇÃO: Escadas fixas não devem ser a única opção de acesso a diferentes níveis. De-
vem sempre ser previstos acessos em rampa, ou outros meios que possibilitem às pes-
soas com deficiência, em especial os usuários de cadeira de rodas, a vencer os desníveis.

64 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTULO X

TRANSPOSIÇÕES E
CICLOVIAS

65
TRANSPOSIÇÕES
São considerados recursos de transposição: passarelas e túneis.

As passarelas de pedestres devem possuir meios de acesso através de rampas, rampas


e escadas, rampas e elevadores ou escadas e elevadores para sua transposição.

As rampas e escadas devem atender às especificações do Capítulo IX.

A largura da passarela ou túnel deve ser determinada em função do volume de pedestres


estimado para os horários de maior movimento, conforme apresentado no Capítulo IV,
sendo recomendado 1,50m e admitida 1,20 de largura para a área de circulação livre.

120,00

1,00

5%
5,00

60,00
1,00
5%

5,00

1,00

5,00

12,00

1,00
4,00 5%
3,00

78,00

2,00

1,00

5% 3,00

2,00 30,00

7,80

1,00
4,00 3,00

66 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTUL
CAPÍTULO
CICLOVIAS
As ciclovias contribuem para a promoção da qualidade de vida, pois permitem a circulação
de um meio de transporte saudável e não poluente, podendo ser utilizadas também nos
momentos de lazer.

O x
Nos projetos viários, a ciclovia deve ser considerada como uma das alternativas de
transporte, devendo ser integrada aos demais sistemas, prevendo, inclusive, áreas de
estacionamento de bicicletas (bicicletários).

Devem ser analisados pelo técnico projetista os conflitos entre veículos e ciclistas, bem
como a continuidade das rotas e declividades acentuadas.

67
68 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas
CAPÍTULO XI

VAGAS DE ESTACIONAMENTO
DESTINADO AO USO DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

69
VAGAS DE ESTACIONAMENTO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Deve-se prever nas vias públicas e nas áreas de estacionamento público vagas para
veículos que conduzam ou sejam conduzidos por pessoas com deficiência, atendendo
aos critérios abaixo descritos:

QUANTIDADE
Deve-se prever ao menos 10% do total das vagas disponíveis nas vias públicas às pessoas
com deficiência, estrategicamente distribuídas, conforme os critérios de localização.

LOCALIZAÇÃO
! Estar localizada próxima aos pólos de atração (como ruas comerciais, parques, hospitais,
escolas, etc), garantindo acesso livre de obstáculos até a entrada principal da edificação;
! Vinculadas a rotas acessíveis.

DIMENSIONAMENTO
! A área destinada ao estacionamento do veículo deverá possuir, no mínimo, 2,30m
de largura por 5,50m de comprimento;
! Deve possuir faixa de circulação com, no mínimo, 1,20m de largura, exceto se a
vaga estiver junto à faixa de travessia de pedestres.

ACESSOS À CALÇADA
! Estar localizada junto à faixa de travessia de pedestres que já contenha a guia
rebaixada para pedestres; ou,
! Possuir junto à vaga acesso à calçada através de guia rebaixada;
ATENÇÃO: As guias rebaixadas junto às vagas de estacionamento não devem possuir
piso tátil de alerta.

SINALIZAÇÃO HORIZONTAL
A demarcação das vagas deve ser realizada conforme as figuras abaixo:

a) Paralela a calçada b) Em 90º c) Em 45º

0,15 0,15
0,
0,

0,20 0,20
2,
10
10

0,

10

50

0,20
30

0,

0,20
0,
30

30
0,

2,50
5,00 0,50 1,20
Sentido de
circulação
1,70
1,2

0,50
0

2,50

70 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


CAPÍTUL
CAPÍTULO
Atentando para os seguintes aspectos:

! Ser executada em linha contínua, com 0,20m de largura, na cor branca para delimitar
a área de estacionamento do veículo;
! Possuir Símbolo Internacional de Acesso com dimensionamento de 1,70m x 1,70m
pintado nas cores azul e branco e posicionado conforme a figuras abaixo;

O xI
! A área de circulação junto às vagas deve ser pintada na cor amarela, com 0,10m
de largura e distantes 0,30m entre si.

SINALIZAÇÃO VERTICAL
Todas as vagas devem estar sinalizadas verticalmente de maneira a possibilitar a
visibilidade à distância, devendo utilizar para:

Ambientes internos: Ambientes externos:

Outras alternativas de implantação:

Passeio
Guia
Sarjeta
Passeio

Guia
Sarjeta

Sentido de Vista Superior


circulação
Sentido de 1,20 Vista Superior
circulação
0,50 0,50

Vagas de estacionamento junto a passeio rebaixado

71
72 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas
CAPÍTULO x
CAPÍTULO

73
GLOSSÁRIO
Acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização

A com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário e


equipamento urbano. (*2)
Área de aproximação: Espaços necessários para que usuários de
cadeiras de rodas possam se deslocar, aproximar e manobrar junto a
mobiliário ou equipamento.
Área de transferência: Espaço necessário para transferência de
usuários de cadeiras de rodas aos equipamentos.
Acostamento: parte da via diferenciada da pista de rolamento
destinada a parada ou estacionamento de veículos, em caso de
emergência, e a circulação de pedestres e bicicletas, quando não houver
local apropriado para esse fim. (*1)
Automóvel: veículo automotor destinado ao transporte de passageiros
para até oito pessoas, exclusive o condutor. (*1)

Barreira arquitetônica ambiental: Impedimento da acessibilidade, natural

B ou resultante de implantações arquitetônicas ou urbanísticas. (*2)


Bicicleta: veículo de propulsão humana dotado de duas rodas, não
sendo, similar a motocicleta, motoneta ou ciclomotor. (*1)
Bicicletário: local, na via ou fora dela, destinado ao estacionamento
de bicicletas. (*1)

Calçada: parte da via, normalmente segregada e em nível diferente,


C não destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de
pedestre, e quando possível à implantação de mobiliário urbano,
sinalização, vegetação e outros fins. (*1)
Canteiro Central: obstáculo físico construído como separador de duas
pistas de rolamento, eventualmente substituído por marcas viárias
(canteiro fictício). (*1)
Ciclovia: pista própria destinada à circulação de ciclos, separada
fisicamente do tráfego comum. (*1)
Cruzamento: intersecção de duas vias em nível. (*1)

Deficiência: qualquer limitação ou dificuldade de mobilidade e de utilização

D das edificações, espaços, mobiliários ou equipamento urbanos.


Desenho Universal: Aquele que visa atender à maior gama de
variações possíveis das características antropométricas e sensoriais
da população. (*2)

Equipamento urbano: Todos os bens públicos e privados, de utilidade

E pública, destinados à prestação de serviços necessários ao


funcionamento da cidade, implantados mediante autorização do poder
público, em espaços públicos e privados. (*3)
Estacionamento: imobilização de veículos por tempo superior ao
necessário para o embarque ou desembarque de passageiros. (*1)

74 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


Faixas de Trânsito: qualquer uma das áreas longitudinais em que a

F pista pode ser subdividida, sinalizada ou não por marcas viárias

GL
GLOS
longitudinais, que tenham uma largura suficiente para permitir a
circulação de veículos automotores. (*1)

OS
OSSÁRIO
Faixa livre: Área do passeio ou calçada de uso exclusivo de pedestres

SÁRIO
e livre de qualquer barreira arquitetônica.
Fatores de impedância: situações que interferem no fluxo de
pedestres, como: entradas de edificações, lojas, postes, acessos a
estacionamentos, aglomerações urbanas, entre outros.
Foco de pedestres: indicação luminosa de permissão ou impedimento
de locomoção na faixa apropriada. (*1)

Guia de balizamento: Elemento instalado nas laterais das rampas

G definindo limites para evitar que usuários de muletas ou cadeiras de


rodas saiam dos limites das rampas e orientar deficientes visuais ou
com visão subnormal em seus trajetos.
Guia rebaixada para pedestres: rampa construída ou implantada na
calçada com o objetivo de promover ou auxiliar os pedestres na
transposição do desnível entre a calçada e o leito carroçável.
Guia rebaixada para pedestres: rampa construída ou implantada na
calçada com o objetivo de possibilitar a transposição dos veículos
através do desnível entre a calçada e o leito carroçável.

Ilha: obstáculo físico, colocado na pista de rolamento, destinado a

I ordenação de fluxos de trânsito em uma interseção. (*1)


Interseção: todo cruzamento em nível, entroncamento ou bifurcação,
incluindo as áreas formadas por tais cruzamentos, entroncamentos ou
bifurcações. (*1)
Interferências: elementos que obstruem ou interferem em rotas,
criando barreiras de impedimento à circulação.

Linha guia: Qualquer elemento natural ou edificado que possa ser


L utilizado como guia de balizamento para pessoas com deficiência visual
que utilizem bengala de rastreamento.
Logradouro Público: espaço livre destinado pele municipalidade à
circulação, parada ou estacionamento de veículos, ou à circulação de
pedestres, tais como calçadas, parques, áreas de lazer, calçadões. (*1)
Lote lindeiro: aquele situado ao longo das vias urbanas ou rurais e
que com elas se limita. (*1)

Marcas de canalização: Também chamadas de “Zebrado ou Sargento”.

M Orientam os fluxos de tráfego em uma via, direcionando a circulação


de veículos pela marcação de áreas de pavimento não utilizáveis(*1)
Mobiliário urbano: todos os objetos, elementos e pequenas
construções integrantes da paisagem urbana, de natureza utilitária ou
não, implantados mediante autorização do pode público em espaços
públicos e privados (*5).

75
Passeio: parte da calçada ou da pista de rolamento, neste último caso,
Passarela: obra de arte destinada à transposição de vias, em desnível

P aéreo, e ao uso de pedestres. (*1)


Passeio: parte da calçada ou da pista de rolamento, neste último caso,
separada por pintura ou elemento físico separador, livre de
interferências, destinada à circulação exclusiva de pedestres e,
excepcionalemte, de ciclistas. (*1)
Pista: parte da via normalmente utilizada para a circulação de veículos,
identificada por elementos separadores ou por diferença de nível em
relação às calçadas, ilhas ou aos canteiros centrais. (*1)
Piso Tátil: Piso com textura diferenciada, utilizado como ferramenta
de auxilio e orientação no deslocamento das pessoas com deficiência
visual ou visão subnormal.
Placas: elementos colocados na posição vertical, fixados ao lado ou
suspensos sobre a pista transmitindo mensagens de caráter
permanente e, eventualmente, variáveis, mediante símbolos ou

R legendas pré-reconhecidas e legalmente instituídas como sinais de


trânsito. (*1)

Refúgio: parte da via, devidamente sinalizada e protegida, destinada


ao uso de pedestres durante a travessia da mesma. (*1)

S Rota acessível: Trajeto contínuo e livre de barreiras, possibilitando


deslocamentos de forma segura e confortável.

Sinalização: conjunto de sinais de trânsito e dispositivos de segurança


colocados na via pública com o objetivo de garantir sua utilização

T adequada, possibilitando maior fluidez no trânsito e maior segurança


dos veículos e pedestres que nela circulam. (*1)

Travessia elevada: Elevação do nível do leito carroçável composto de


área plana elevada, e rampa de transposição para veículos destinada
a promover a continuidade no percurso dos pedestres e segurança.
Trânsito: movimentação e imobilização de veículos, pessoas e animais
em vias terrestres. (*1)

(*1) Código de Trânsito Brasileiro -CTB


(*2) NBR 9050
(*3) NBR 9284
(*4) NBR 9238
(*5) NBR 9283

76 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas


BIBLIOGRAFIA

77
! Lei 9503/97 - Código de Trânsito Brasileiro.

! NBR 9050/04 – “Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e


equipamentos urbanos” da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

! “Pedestrians Facilities Guidebook – Incorporating Pedestrians Into Washington´s


Transportation System”, Washington State Department of Transportation Puget Sound
Regional Council Association of Washington Cities County Road Administration Board,
1997.

! http://www.udeducation.org/ - NC State University, The Center for Universal Design,


an initiative of the College of Design, 1997.

! “National Bicycle and Walking Study - FHWA Case Study No. 9 – Linking Bicycle/
Pedestrian Facilities with Transit Enhancing Bicycle and Pedestrian Access to
Transit”, Federal Highway Administration, Washington, 1992.

Prefeito do Município de Guarulhos


Elói Pietá

Vice-prefeita
Profª Eneide Maria Moreira de Lima

Secretária de Transportes e Trânsito


Eng. Patrícia Pereira Veras

Secretário Adjunto
Eng. Álvaro Antônio Carvalho Garruzi

Diretora do Departamento de Transportes - STT1


Eng. Cristina Maria Afonso

Diretor do Departamento de Trânsito - STT2


Eng. Marco Antônio de Toledo

Diretor do Departamento de Planejamento e Projetos - STT3


Arq. Urb. Geraldo José Calmon de Moura

Elaboração e supervisão
Arq. Urb. Gláucia Varandas

Projeto gráfico
Secretaria de Comunicação

Colaboração técnica
Débora Person, Fernanda Espel, Luís Antônio Aviles e Rodnei Otávio Minelli

78 Manual de Especificações Técnicas Para Vias Públicas

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