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Texto - Aula dia 04/12 – Texto Mankiw

Ele (mankiw), começa dizendo que nos anos 70 havia um consenso entre os
economistas, esse consenso era o contexto do modelo Hicks- Hansen, que é o modelo
IS-LM. A dominação de capital humano era de fato um modelo Hicks- Hansen, de
forma que pós-keynesianos corriam por fora fazendo criticas ao modelo, e os marxistas
corriam tb por fora fazendo críticas até mais serias a essa visão, já que a critica feita por
Marx era uma critica feita ao sistema, e neoclássicos e keynesianos que trabalhavam
dentro dessa síntese, ora mais keynesianamente, oras mais neoclassicamente, mas era
esse o pensamento dominante. E, de repente, esse contexto foi quebrado, e então,
mankiw se pergunta no artigo pq que o contexto foi quebrado.
Primeiro foi quebrado pq dentro do contexto, além do modelo de hicks-hansen,
tb faziam parte desse contexto ou dessa dominação o modelo do Friedmann da curva de
Plhillps, mas havia uma diferença de agenda de pesquisas. O pessoal que trabalhava
com o modelo hicks-hansen ficava preocupados em mostrar como que o equilíbrio seria
alcançado pela política econômica, ora política fiscal, ora política monetária, e, por
outro lado, havia Friedmann que tentava, a partir da obra de keynes, reconstruir a TQM,
ou reabilitar a TQM.
Esse consenso desapareceu porque na curva de Phillips se tinha uma relação
inversa entra a taxa de inflação e desemprego.

Tx de inflação LP

Desemprego
CP

Essa relação inversa fazia com que eles vissem a política monetária como
tendo um papel na economia. Porque como se faz uma política monetária no sentido de
injetar credito, injetar dinheiro, a TQM diz que há aumento da inflação, mas só no LP,
no CP pode-se fazer política monetária pq ele pode reduzir o desemprego a custa de
uma inflação um pouco maior.
Só que na visão de 70, há um fenômeno que nega isso: estagflação. Pq esta
estagflação? Pq estagflação é: desemprego aumentando com inflação aumentando.
Então, essa foi uma das primeiras causas para a quebra de consenso, e então, vêm as
teorias pra teorizar sobre isso. Aparece então Lucas dizendo que o que esta faltando é
que: a teoria macroeconômica foi construída sem que houvesse microfundamentos, ou
seja, eu não sei o que que faz com que essa inflação aumente ou o desemprego aumente
do pto de vista microeconômico, ou seja, quais são as ações individuais dos
empresários, consumidores, dos agentes econômicos de uma maneira geral que somadas
levam a um fenômeno macroeconômico como a inflação, ou um fenômeno
macroeconômico como o desemprego.
Então, há uma quebra do consenso do pto de vista prático (equilíbrio com a
estagflação) e há uma quebra do consenso do pto de vista teórico: a macroeconomia ta
errada, e ela ta errada pq estão faltando microfundamentos.
Essa quebra de consenso vai construir um novo trabalho de pesquisa apontando
em direções diferentes das direções que vinham sendo feitas até então. Quais são as
direções de pesquisa? As direções de pesquisa é busca de microfundamentos, os quais
vão ser estruturados a partir de expectativas ditas racionais que eles confrontavam com
outro tipo de expectativas que eram as de Friedman (adaptativas). Pq que eles
confrontam a expectativa racional com as adaptativas. Pq eles dizem que qdo Friedman
raciocina com a curva de Phillips vertical somente no LP, ele esta supondo que as
pessoas erram e Lucas diz que as pessoas não tem que errar, pq se ela são racionais, eles
conhecem o resultado do modelo econômico que é relevante, eles vão saber que no
futuro o modelo econômico aponta pra mais inflação, e eles vão então antecipar esse
futuro (hoje). Então, desse raciocínio pode-se tirar uma definição de expectativa
racional: expectativa racional é uma racionalidade dita econômica de antecipação
do resultado do modelo relevante.
Isso se encontra na obra de Muth que é do inicio do anos 60 (1961). Esse
trabalho de probabilização que Muth faz é utilizado para definir comportamentos a
partir da antecipação do resultado do modelo relevante. Então, se eu estou falando de
inflação, qual é o modelo relevante? É o modelo da TQM, que diz que se o gov injeta
dinheiro, tanto no CP, quanto no LP, ocorre um aumento proporcional no nível de
preços. Então, se os agentes econômicos conhecem isso a priori, eles não vai ficar
iludidos que isso seja diferente como imagina Friedman, nem aprendendo. Então, na
hora que o gov começa a gastar, eles vão antecipar essa inflação e isso torna a curva de
Phillps errada. Eu só vou ter a curva de Phillips vertical - essa foi a primeira quebra
de consenso.

Quando se quebra esse consenso, vai surgir uma outra escola  Novos
Clássicos, que vão estar preocupados em buscar os micro fundamentos. Com
expectativas racionais e vão mostrar, buscando esses microfundamentos em
expectativas racionais, que o mercado se deixado solto, vai se auto-regular 
MERCADO REGULADOR. Toda linha de pesquisa deles é uma linha de pesquisa que
busca articular essas coisas pra construir o que eles vêem como novidade no novo
classicismo, a nova integralização da teoria econômica. É nos anos 80 que vão surgir a
escola Novo Clássica, e depois que eles começam a trabalhar nessa agenda de pesquisa,
para discutir com, eles dentro do próprio “mainstream” (não sei se é assim), ou dentro
da própria corrente dominante, vao surgir os Novos Keynesianos  vão dar razão aos
novos clássicos nessas duas coisas, então: tb buscam microfundamentos da
macroeconomia. Tb vão concordar com a idéia de expectativas racionais, mas vão dizer
que O MERCADO NÃO É REGULADOR A CP, porque há falhas de mercado a CP (a
LP eles são iguais).

Qdo se compara neoclássicos com keynesianos, tem-se que nos dois casos há
indivíduos maximizadores, todo mundo maximiza utilidade, etc. Tem algumas
diferenças:
 Comportamento dos indivíduos
Pós-keynesianos: heterogêneo. O capitalista tem uma decisão que é
diferente da decisão qualitativamente da decisão do trabalhador. Então não se pode
somar decisões com facilidade. Eles funcionam diferentemente
Neoclássicos: homegeneidade.
Nesses dois grupos,nós vamos ver que há um comportamento
completamente homogêneo. Vcs aprenderam em macroeconomia sobre o agente
representativo, se esta se representando, é pq são todos iguais  homogeneidade
máxima.
Vantagens: permite agregação  permite buscar os microfundamentos da
macroeconomia
Isso é uma coisa diferetne da de Keynes, pq pra Keynes as falácias de
composição impediam essa somatória de agentes / comportamentos micro pra
formar um fundamento macroeconômico. Essas falácias de composição existiam
justamente pela heterogeneidade do comportamento dos agentes econômicos.
Então, a busca pelos microfundamentos já é uma coisa mais forte nos
neoclássicos do que nos keynesianos.
Mais do que isso, pra Keynes os indivíduos raciocinavam de acordo com
variáveis nominais, pq as incertezas não permitiam que eles fizessem cálculos das
variáveis reais.
Portanto, para os novos clássicos, qto para os novos keynesianos, as
variáveis reais vão ser importantes pros neoclássicos (trabalhavam com variáveis
reais) tb. Agora, o que mais interessa nessa comparação, é alem da questão
monetária (que será tratada depois) é a questão da Lei de Say.

A Ley de Say diz que quaisquer que sejam as instabilidades, elas são
resolvidas e o sistema tende para o equilíbrio, e equilíbrio geral, inclusive no
mercado de trabalho, daí o pleno emprego. Então, se houver instabilidade, essas
instabilidades dentro da ortodoxia são instabilidades transitórias e elas não são
provocadas pelo sistema de mercado, ao contrario, o mercado tende a ser regulador,
pelo menos no LP.
Nesse sentido, esses dois grupos (novos clássicos e novos keynesianos)
aceitam a Lei de Say, porque essas falhas de mercado só existem a CP.

E as falhas de mercado? O desemprego é um tipo de resultado de


desequilíbrio entre vários mercados só existe a CP, como é que novos clássicos e
novos keynesianos interpretavam aquela situação do mundo qdo eles apareceram,
aquela situação de instabilidade, de desemprego, que é uma situação de
desequilíbrio? Eles viram a crise como inflação, como desemprego, como quebra de
crescimento (a estagnação), então isso era a instabilidade de fato empírica. Eles vão
precisar então explicar essa instabilidade, e as agendas de pesquisa que o Mankiw
relata são exatamente formas de explicação dessa situação de instabilidade.
Quando se compara neoclássicos com keynesianos sobre o aspecto da Lei
de Say:

 Neoclássicos: eles vêem os ciclos, mas os ciclos são mudanças


transitórias e/ou Pareto Eficientes (mudanças pra conseguir um melhor no
sentido que ganha alguém, sem ninguém perder  são mudanças para melhor).
São, talvez, mudanças que atrapalhem o mercado a funcionar transitoriamente.
Ou são mudanças exógenas (a culpa não é do mercado, a culpa é de um fator
exógeno
que criou o problema).
 Keynesianos: (vieram do Keynes em seu momento final,
momento depois da Teoria Geral – Pós-Keynesianos) diziam que os ciclos
refletem problemas do mercado para alocar recursos. Qual o grande problema do
mercado para alocar recursos? O que provoca isso? Pra Marx é a lógica do
capitalismo, pra Keynes é a incerteza. É a incerteza que provoca a instabilidade.
Os agentes não erram pq eles são irracionais, eles erram pq há uma incerteza
radical não probabilizavel.
Comparação de tudo isso com as agendas de pesquisa
Tanto para novos clássico, quanto para novos keynesianos (sobretudo para
novos clássicos) as mudanças são transitórias:

 Agendas de pesquisa dos Novos clássicos


Mudanças são transitórias ou Pareto Eficientes ou exógenas.
Agendas de pesquisas
1) vão trabalhar com a noção de informação imperfeita dada ao mercado
Informação imperfeita não é keynesiano e não vem da incerteza.
Informação imperfeita é uma coisa muito menos seria do que a incerteza. Incerteza é
uma coisa que permanece sempre não probabilizável. Exemplo de informação
imperfeita e como a informação imperfeita pode criar essa distorção: a idéia básica é
que em função de uma informação imperfeita os agentes econômicos se confundem.
Os agentes econômicos trabalham no mercado movidos pelos sinais de preços
relativos (são esses preços relativos que conduzem o mercado). Segundo essa teoria,
há uma confusão entre o preço relativo do seu produto e o nível geral de preços
( quando o nível geral de preços cresce: inflação). Quando o preço relativo cresce é
sinal que o produtor tem que produzir mais. Então, qdo o preço do meu produto (ex:
sapatos) cresce, eu penso que eu tenho que produzir mais sapatos, ai aumenta-se a
produção de sapatos, emprega-se mais pessoas, e de repente, qdo eu vou começar a
produzir sapatos de novo pq meu estoque acabou, eu me toco que aquilo não era um
sinal correto pq os custos subiram e eu não consigo mais, com o dinheiro que eu
obtive, produzir na quantidade de sapatos e nos preços que eu produzia antes. Eu
percebo que eu errei, que aquilo não era um sinal do meu mercado, mas sim um
sinal inflacionário. Nessa situação, eu retraio de novo, ocorreu então uma flutuação,
aumentou a produção – reduziu a produção, aumentou o emprego – reduziu o
emprego.
O que que provocou isso? Quem foi o culpado por essa informação
imperfeita? Não foi o mercado. Foi a autoridade monetária ( TQM), ela foi a
culpada pela inflação, ela que aumentou o nível geral de preços que provocou a
inflação e aumentou o nível geral de preços. Ela deu uma informação errada pro
mercado, e o mercado “se lascou”.
Essas mudanças então, foram mudanças exógenas: é o Estado que é o
culpado e não o mercado.

Essa foi uma agenda de pesquisa que foi um pouco desativada em função
das criticas.
OBS: em que sentido as conseqüências das informações imperfeitas são
menos importantes do que a incerteza? R: no sentido de que se vc disser para o
Estado: se comporte, ou colocar um Banco Central independente pra ele não poder
jogar o dinheiro vc corrige, e na incerteza vc não corrige.

Essa idéia de agenda de pesquisa foi descartada, e ela foi descartada pq as


pessoas acharam que esse erro: só pq subiu inflação e se confundiu com preço
relativo é uma informação muito tola no sentido de que pq um cara racional não
pega as estatísticas em torno na inflação e não faz os cálculos direito. É uma
explicação pouco condizente com a idéia de racionalidade dos agentes, em particular
dos agentes que mudam mais substancialmente o mercado. E quaisquer que sejam as
desinformações ou os problema relativos a essa questão dos preços, elas não
poderiam ser tão drásticas pra explicar o desemprego e a estagnação que se estava
vivendo no mundo todo nos anos 80.

Em função dessas criticas e do fato de vc ter uma instabilidade que


empiricamente é muito mais seria do que esse tipo de confusão e em função dos
estudos que tentaram associar empiricamente esse argumento pra explicar a
estagnação não ter dado muito certo, essa foi uma agenda de pesquisa que foi sendo
um pouco deixada de lado. E ai surgiu a pesquisa que hoje define o pensamento dos
novos clássicos:

2) Ciclos de negócios reais: primeiro as variáveis reais aqui vão se


importantes e vc vai abandonar a área monetária. Então, se Keynes fez o trajeto
oposto mostrando a importância da moeda, aqui se esta tirando a importância da
moeda. Os ciclos de negócios serão atribuídos às mudanças reais consideradas
legitimas. Pq consideradas legitimas? Pq as mudanças reais são provocadas pelos
agentes, pelas ofertas e pelas procuras, pelas preferências e pelas tecnologias.
O que pra eles é legítimos no mercado? É tudo que esta por debaixo das
ofertas e das procuras, pq são através deles que o mercado funciona.
- No mercado de fundos de empréstimos por exemplo, os fatores reais são :
preferências intertemporais e produtividade (tecnologia);
- no mercado de trabalho: preferências (lazer e ócio) e produtividade ou
tecnologia;
- no mercado de bens: preferências (na utilidade que esta por tras da
demanda) e tecnologia que esta por tras das ofertas.
Isso tudo é fator real, e esses são vistos como legítimos indicadores, pq eles
levam a formação de preços relativos de equilíbrio. Qual é então o fator que muda
(em particular) essa situação e que provoca esse ciclo de negócios é a tecnologia.
Quando esta muda ela provoca um crescimento, e este crescimento vem acoplado
com mudanças setoriais, as pessoas têm que se adaptar, se houve uma tecnologia
moderna, algumas empresas já de adaptaram, outras não. Isso causa uma certa
instabilidade na economia. É uma instabilidade pra cima, é uma instabilidade Pareto
Eficiente: vai pra um lugar melhor.
Essa teoria ela é analisada acoplada com as mudanças setoriais. Se nessa
tecnologia houve beneficio de alguns setores em desfavor de outros, a mão de obra
vai ser desempregada nos setores que ficaram defasados e vai ter que entrar nos
setores que ficarem na ponta, e leva um tempo ate que ela se acomode. Enquanto
não se acomodou essa demanda/ esse pessoal que se desempregou e ainda não
arranjou emprego, há instabilidade, há desemprego, mas isso tudo é Pareto
Eficiente, pq isso será resolvido depois.

Quais são as criticas ao ciclo de negócios?


Se vc inventa uma tecnologia nova vc cresce. E qdo vc tem uma recessão?
Vc tem que supor que a tecnologia involuiu? (É uma hipótese não aceitável). Não
pode ser concebível a idéia de uma tecnologia regressiva. Então a grande critica que
se faz é explicar uma crise com esse tipo argumento. Por outro lado, os estudos
empíricos tb não mostravam isso.

3) Mudanças setoriais
E qual é a critica dessas mudanças setoriais? Essas mudanças setoriais, elas
assumem tb que há um desemprego voluntário.
A teoria econômica neoclássica assume desemprego voluntário.

1
Salario Of crescente, pq aumento de
Of. salário, aumenta preferência
pelo trab (recompensa pelo
2 ócio perdido)

Dem.

Horas de Trabalho
Em 1, se tem uma situação de desemprego. Como se resolve? (ou seja, ir para
2). De 1 para 2, algumas pessoas que queriam trabalhar deixaram de querer, pq o salário
não recompensa mais a desutilidade do trabalho: desemprego voluntário.
Como explicar um desemprego tão grande como naquela época com idéia de
desemprego voluntário? Não podia. Essa foi uma critica boa.

Desemprego friccional: leva um certo tempo pra se resolver, mas acaba se


resolvendo (tb um desemprego neoclássico). Desemprego neoclássico é voluntário ou
transitório (friccional).

Então, percebe-se que esse desemprego de mudanças setoriais é um exemplo


de desemprego friccional porque a idéia é que em função seja de mudanças
tecnológicas, seja de mudanças de preferências dos consumidores, há uma mudança nas
ofertas e nas procuras ou dos mercados, alguns setores, ficam foram de moda ou são
desativados e essa desativação desemprega. E os outros setores que estão crescendo ou
estão sendo criados não conseguem rapidamente absorver essa mão de obra que ficou
desempregada. Às vezes, elas precisam se qualificar pq não se qualificaram ainda, às
vezes não se encontraram pq estão em regiões diferenciadas, então há atritos, há
dificuldades pra que essa mão de obra se encaixe. Esse é um tipo de desemprego, é um
tipo de desemprego friccional, é uma instabilidade do tipo transitória e que tende a se
resolver ao longo tempo.

Esses são os três exemplos de agendas de pesquisa dos novos clássicos, todas
dentro da linha de pesquisa nos neoclássicos.

Criticas

Se todo desemprego que estava sendo vivido lá na estagflação ou nas crises do


capitalismo fosse friccional, era de se esperar que ao mesmo tempo que a gente tivesse
um monte de gente desempregada, que a gente tivesse tb um monte de postos não
ocupados, pra poderem ser ocupados com um pouco mais de tempo, e todas as
pesquisas empíricas que foram feitas, mostraram que havia desemprego, mas não havia
postos de trabalho abrindo nem desocupados em lugar nenhum. Então os trabalhos
empíricos mostravam que essa agenda não funcionava.
Por outro lado, se fosse só um problema de transito e de tempo para o pessoal
se encaixar, era de se esperar que houvesse mais movimentação no mercado de trabalho,
gente saindo de um lado e partindo pro outro. E não verdade, nas crises, todo mundo
fica quieto no seu emprego e não muda de trabalho com facilidade, e a mobilidade era
menor ainda em tempos de crise do que nos outros períodos. Essas foram as criticas a
essa percepção de mudanças setoriais.

Essa é a visão Novo Clássica, a qual aceita a Lei de Say , aceita que as
instabilidades são só ou provocadas por fatores exógenos (como é o caso do governo),
ou então são instabilidades Pareto Eficientes como é o caso dessas idéias de ciclos reais,
ou são modificações meramente transitórias que provocam instabilidade tanto no
emprego, quanto no crescimento da renda da economia, e tudo se resolve em
relativamente pouco tempo desde que você tire esses fatores exógenos e deixe os preços
serem o mais flexíveis possível.

 Agendas de pesquisa dos Novos Keynesianos


Novos Keynesianos vão surgir para dizer pra dizer que essas foram as criticas a essas
agendas de pesquisas, estamos insatisfeitos em função dessas colocações que foram
feitas do ponto de vista critico e vamos explicar porque a crise da inflação, mas dentro
da idéia de preservar microfundamentos e buscá-los, expectativas racionais e falha de
mercado.

Os novos clássicos preservaram os microfundamentos:


1)Um comportamento individual confuso que somado provocou a
instabilidade. (fundamento: confusão do agente econômico individual
entre os preços relativos e os preços gerais).

2) Um comportamento de definição tecnológica da empresa, o


progresso tecnológico de cada empresário.

3) A escolha que uma fabrica faz de fechar, em função de ficar


defasada, que provoca essas saídas, e a decisão do agente de contratar
nas fabricas novas que vai resolver o problema do desemprego.

Com relação a agenda de pesquisa dos Novos Keynesianos:

1) Teoria do Desequilíbrio
Mankiw começa dando crédito pra um grupo de pesquisas que não podem ser
chamados estricto sensu de novos keynesianos (eles vêm muito antes dos novos
keynesianos). Trabalhavam com modelos de equilíbrio geral, mas mostrando que um
equilíbrio geral não se concretizava porque era difícil mudar os preços, os preços tinham
uma certa liquidez (dificuldade de mudança), então as vezes os ajustes se faziam via
quantidades. E pra vc mudar quantidades, o ajuste é demorado, vc tem q produzir, sobra,
então vc tem reduzir a produção..... demora pra se ajustar.

Teóricos que tentavam trabalhar com a possibilidade de desequilíbrio, usavam


pra isso a idéia de Keynes de que os preços tinham dificuldades pra se ajustar (eram
rígidos). Então os ajustes tinham que vir por meio das quantidades, e ajuste por meio
das quantidades é sempre mais demorado do que via ajuste de preços. Então, um
desequilíbrio num mercado, acaba sendo transmitido para os demais mercados.
De houvesse um desequilíbrio, por exemplo, no mercado de bens, isso iria se
refletir no mercado de trabalho, então, iria demorar pra se corrigir no mercado de bens,
e demorar a corrigir no mercado de trabalho. Eventualmente podia pegar em outro setor
também e isso que explicava o desequilíbrio nas economias.
Porque que essa teoria não foi continuada strictu sensu pelos novos
keynesianos de maneira que eles fossem obrigados a identificar outra linha de pesquisa?
Porque apesar deles tratarem essa teoria dentro do modelo de equilíbrio geral, eles
precisavam resolver a mesma questão que criou problema pra Walras dentro do
equilíbrio geral: como se formam os preços e pq esses preços são rígidos? Não bastava
dizer que os preços eram rígidos, tinham que dizer qual era o micro fundamento desse
preço ser rígido; qual era a razão pela qual um individuo não mexe no preço ou no
salário de maneira que esses preços se tornem rígidos. Então, houve uma insatisfação
com a ausência desse tipo de questão, e eles continuaram as pesquisas novo
keynesianos.

Surge então uma linha de pesquisa que é:


2) Salários nominais viscosos ou rígidos
Essa teoria é o mesmo argumento neoclássico de salários rígidos na IS-LM. A
idéia é que as dificuldades de mexes nos salários não equilibram o mercado de trabalho
e como não equilibra o mercado de trabalho, transmite instabilidade para os outros
mercados. Então, é uma idéia que é vista como keynesiana pq lá na IS-LM, um dos
casos keynesianos é o de salários rígidos, salários institucionais que não mudam.
Pra keynes, esse não é o grande problema. Ele dizia que já na crise de 29,
exatamente pq os salários não podiam cair que a crise não se aprofundou. Então na
verdade, era mais benéfico do que maléfico.
Por que essa teoria foi abandonada? Há um lado teórico e um lado de
equilíbrio.
Pelo lado teórico: quando se trabalha com uma demanda do mercado de
trabalho.

Salarios

emprego

Essa demanda decrescente, essa relação de produtividade declinante esta


estabelecida por salário real. Eu não posso fazer essa relação com salário nominal.
Existe então alguns problema em se trabalhar teoricamente com essa agenda, mas o que
foi mais importante é que todas as pesquisas empíricas que foram feitas tentando
articular rigidez de salário nominal com instabilidade não deram bons resultados. E eles
viram que essa era uma teoria que não era muito bem explicada em pesquisas empíricas
e abandonaram essa visão.
Outra coisa muito seria também, que o problema de instabilidade
principalmente no mercado de trabalho ou desemprego é salário nominal viscoso – que
não se ajusta. Pq que agentes/trabalhadores racionais aceitam ganhar salários nominais
rígidos? pq eles não fixam contratos de trabalho em termos de salários reais?  outra
critica feita que comprometia a idéia de expectativas racionais.

3) Concorrência monopolistica e preços rígidos


Concorrência (numero muito grande de produtores, que faz com que nenhum
possa trabalhar sozinho, nem fazer um acordo) monopolística (há diferenças pequenas,
mas existem diferenças entre os produtos, de forma que se pode pedir preços
diferenciados).
Então segundo eles, a situação de concorrência monopolística é a situação que
predomina nas economias, e essas características fazem com que ocorra um certo poder
de preços da parte dos agentes econômicos, e esse poder de preços é utilizado, e é isso
que torna os preços rigidos. Mas qual é o microfundamento, qual é a racionalidade do
empresário individual em não mexer o seu preço de maneira a permitir que o mercado
se ajuste rápido?

Novos clássicos: a idéia é que aqui, o que faz com que o mercado se ajuste é
que com os preços se ajustem rápido.

Novos Keynesianos: são falhas de mercado e preços rígidos ( são esses preços
rígidos que levam ao desequilíbrio ou à instabilidade nos mercados). Esses preços
rigidos são rígidos pq? Tem-se que explicar qual a racionalidade de um comportamento
individual que provoca isso, e ai eles vão explicar isso a partir de 2 coisas:

 Custos de menu: é um custo para adminsitrar preços e racionalmente leva um


empresário em concorrência monopolística a resistir a mudar o preço sempre.
Ele só muda de vez em quando, só quando a defasagem já esta muito grande .
Então o preço é rígido. Por exemplo, o que faz eu não aumentar o preço de um
produto meu, mesmo que o mercado tenha esse produto. Eu posso criar um
descontentamento no meu consumidor, fazendo com que ele me abandome. A
fidelidade dele ao meu produto pode ser perdida, neste caso eu muito mais
perderia do que ganharia com esse aumentinho de preços. outro exemplo: mas
mudar preços eu tenho um custo enorme, pq eu tenho um custo de remarcação
(tem q pagar um funcionário pra fazer isso), eu tenho um custo de informação
(eu perco as propagandas pq elas precisam ser alteradas). Logo, isso não
compensa mexes no preço muito rápido. Fazendo a alteração nos preços somente
quando estes estão com uma defasagem muito grande. Se os preços não mexem
rápido, o mercado não ajusta rápido, e como não ajusta rápido, tem-se
instabilidade no CP, embora no LP ele se ajuste. Essa teoria pode ser acoplada a
uma teoria de salários rígidos, por varias razões (ela deu 2 razões): salário
eficiência e comportamento insider x comportamento outsider
 Salário eficiência: o que pode fazer com que o empresário resista
a baixar o salário. Supondo desemprego, o comportamento
racional seria baixar salário. Pq os empresário podem não baixar?
Pq eles podem perder os principais, os melhores empregados
primeiro do que os outros, pq eles possuem maiores expectativas
de arranjar empregos em outros lugares. Se ele perder os
melhores trabalhadores e ficar com os piores trabalhadores, ele
perde no agregado. Então, ele faz questão de não abaixar o salário
de todo mundo, e como ele não abaixa o salário de todo mundo
os preços são um pouco rígidos, levando tempo pra ajustar o
mercado.
 comportamento insider x comportamento outsider: trabalhadores
insider, são trabalhadores que estão dentro da empresa e que são
extremamente organizados sindicalmente, geralmente são bem
qualificados. São organizados o suficiente pra já terem
conseguido que os sindicatos lhes dêem algumas garantias se eles
forem desempregados: indenização, etc. Então, os empresários
vão ter um custo com isso, não demitindo esses trabalhadores
insider por causa dos custos, e isso faz com que haja rigidez nos
preços, pois não se pode demiti-los para contratar mais
trabalhadores que seja mais baratos, nem posso tirar essas
garantias deles pq eles não deixam na organização sindical. São
fatores exógenos, mas que tornam racional o comportamento dos
empresários. São razoes para a rigidez de preços que impedem o
mercado de se ajustar rapidamente.

Deve-se observar que esse 2 grupos (novos clássicos e novos keynesianos)


estão muito mais próximos dos neoclássicos do que dos Keynesianos, porque no
máximo eu tenho um problema transitório de rigidez nos preços para explicar que há
uma demora para que a estabilidade seja garantida e para que o equilíbrio de mercado
seja garantido, quando que para Keynes pós Teoria Geral e para os pós keynesianos,
a instabilidade é permanente, porque ela decorre de uma situação que pode ser
administrada, mas não pode ser eliminada: INCERTEZA. Essa incerteza tem a ver com
2 coisas: futuro desconhecido e descentralização das decisões. O sistema capitalista é
por definição descentralizado.

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