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03180-0200/15-2
Processo
MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS
DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PARECER MPC 14869/2017


Processo nº 003180-0200/15-2 Página da
peça

Relator: Gabinete Estilac Xavier 1

Matéria: Contas de Gestão - EXERCÍCIO DE 2015

0777278
Órgão: PM DE VIAMÃO

Peça
Gestores: Valdir Bonatto (Prefeito)
André Nunes Pacheco (Vice-Prefeito)

CONTAS DE GESTÃO. MULTA. FIXAÇÃO DE DÉBITO.


ADICIONAL DE INSALUBRIDADE (1.1.1).

DOCUMENTO
PÚBLICO
SOBREPREÇO EM CONTRATOS DE LIMPEZA E
MERENDA ESCOLAR (2.1.2 E 2.2.1). SERVIÇO DE
VIGILÂNCIA DE PRÉDIOS PÚBLICOS POR
VIDEOMONITORAMENTO – DESCUMPRIMENTO DE
CLÁUSULA CONTRATUAL (3.1.1). TAXA DE
ADMINISTRAÇÃO (4.3.1). RECOMENDAÇÃO AO ATUAL
GESTOR
ACESSO
70E5B

As infrações às regras, aos princípios constitucionais e à


legislação ensejam a fixação de débito e a aplicação de
penalidade pecuniária.

Para exame e parecer o Processo de Contas de Gestão dos


Administradores acima nominados.

O Sr. Valdir Bonatto (Prefeito), devidamente representado por


advogados (peça 672613), prestou esclarecimentos, acompanhados de
documentação.

Já o Sr. André Nunes Pacheco (Vice-Prefeito) não foi intimado para


prestar esclarecimentos, em razão da inexistência de irregularidades de sua
responsabilidade no período em que esteve à frente do Executivo Municipal.

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I – RESULTADO DAS VERIFICAÇÕES PROCEDIDAS

1. Preliminarmente, destaca este Ministério Público de Contas que, Página da


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no exame, não se pronunciará sobre a regularidade ou não das contas de
gestão, tendo em vista que, por ocasião do julgamento conjunto dos Recursos

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Extraordinários (REs) 848826 e 729744, foi decidido pelo Plenário do STF ser

Peça
exclusivamente da Câmara Municipal a competência para julgar as contas de
governo e as contas de gestão dos prefeitos, cabendo ao Tribunal de Contas
auxiliar o Poder Legislativo municipal, emitindo parecer prévio e opinativo, não
apto a produzir consequências como a inelegibilidade prevista no artigo 1º, inc.

DOCUMENTO
I, alínea “g”, da Lei Complementar Federal nº 64/1990.

PÚBLICO
Dessa forma, considerando a decisão proferida pelo Pretório
Excelso e que não existe previsão regimental para a emissão de parecer no
que tange às contas de gestão do Chefe do Poder Executivo, examina-se o
presente processo exclusivamente quanto à questão das falhas apuradas na
ACESSO
gestão do responsável pelas inconformidades de natureza contábil, financeira, 70E5B

orçamentária, operacional e patrimonial, a teor do art. 139 do RITCE/RS e do


art. 71, incisos IV, VIII, IX e X, da CRFB/88.

2. Em cumprimento ao disposto no art. 4º, parágrafo único, da


Instrução Normativa nº 005/2012, a SICM registra a existência da Inspeção
Especial nº 007011-0200/17-0, relativa a gestões de 2012 a 2016, em
andamento, que trata da execução do contrato de prestação de serviços de
saúde firmado com o Instituto dos Lagos-Rio, de responsabilidade dos Srs.
Alex Sander Alves Boscaini (exercício de 2012) e Valdir Bonatto (exercícios de
2013/2016).

3. As irregularidades a seguir, constantes do relatório de auditoria,


desvelam a transgressão a dispositivos constitucionais e a normas de

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administração financeira e orçamentária, ensejando a imposição de multa e,


nos casos expressamente consignados, de débito, ao Responsável.
Página da
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DA AUDITORIA 3

1.1.1 – Pagamento de adicional de insalubridade sem previsão

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em laudo pericial e/ou portaria de concessão. Sugestão de débito de R$

Peça
55.233,03 (p. 3/5 da peça 326555).

Segundo levantamento efetuado pelo Serviço de Instrução, a


irregular concessão de adicionais de periculosidade e insalubridade, sem laudo
técnico, foi apontada nos processos relativos aos exercícios de 2010, 2011,

DOCUMENTO
2012, 2013 e 2014, não se tratando, portanto, de matéria nova para a

PÚBLICO
Administração.

A alegação do Gestor de que está providenciando a regularização


das formalidades apontadas, não se mostra suficiente para a elisão do
apontamento, sobretudo porque, embora conste nos autos as portarias de
ACESSO
concessão para alguns servidores, permanece ausente laudo técnico definindo 70E5B

a insalubridade da atividade, elaborado por Médico ou Engenheiro de


Segurança do Trabalho.

Todavia, concorda-se com a conclusão da SICM de que, nos quatro


casos listados pela Auditoria, em que há laudo técnico definindo a
insalubridade da atividade, ainda que inexistente a portaria de concessão, não
há dano ao Erário.

Frente ao exposto, em concordância com a SICM, opina-se pela


manutenção do aponte e pela redução do débito para R$ 41.903,86.

2.1 – Dispensa de Licitação n. 301/2015, para prestação de


serviços de limpeza em escolas municipais e dependências da Secretaria
Municipal de Educação, envolvendo despesa de mais de R$ 2,5 milhões
(p. 5 da peça 326555). Irregularidades como segue:

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2.1.1 – Ausência de justificativa para dispensar a licitação. A


alegada urgência para a contratação emergencial decorreu da inércia da
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Administração em realizar a devida licitação. O contrato emergencial foi
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prorrogado também sem justificativa para dispensar a licitação. Infração
ao artigo 2º e artigo 26, § único, I, da Lei das Licitações, e ao princípio da

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Peça
legalidade (p. 5/7 da peça 326555).

2.1.2 – Inexistência de justificativa para o preço contratado de


R$ 427.139,88 por mês. Identificados na proposta contratada itens
sobrevalorizados, ou indevidos, e itens subvalorizados. Os seguintes
subitens descrevem as divergências: 2.1.2.1 – salário normativo; 2.1.2.2 –

DOCUMENTO
PÚBLICO
jornada de trabalho; 2.1.2.3 – vale transporte; 2.1.2.4 – despesas com
locomoção; 2.1.2.5 – custos indiretos; e, 2.1.2.6 – lucro. O subitem 2.1.2.7
resume e demonstra o sobrepreço de 24,6389%. Sugestão de débito de R$
503.893,81 (p. 7/15 da peça 326555).

2.2.1 – Sobrepreço na contratação de serviços de limpeza das ACESSO


70E5B

escolas e dependências da Secretaria Municipal da Educação e de


serviços de preparação da merenda escolar, Pregão Eletrônico n. 59/2015,
Contrato n. 113/2015 – preparação da merenda escolar; R$ 210.000,00/mês
–, e Contrato n. 114/2015 – serviços de limpeza; R$ 397.200,00/mês.
Identificados na proposta contratada itens sobrevalorizados ou indevidos.
Os seguintes subitens descrevem as divergências: 2.2.1.1 – jornada de
trabalho; 2.2.1.2 – vale transporte; 2.2.1.3 – auxílio alimentação; e, 2.2.1.4
– provisão para férias. O subitem 2.2.1.5 resume e demonstra os
sobrepreços de 12,0058% e 18,1808%, nos serviços de limpeza e de
preparação da merenda escolar, respectivamente. Infração ao artigo 4º, XI,
da Lei Federal nº 12.520/2002. Sugestão de débito de R$ 306.925,00 (p.
16/28 da peça 326555).

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Com relação aos sobrepreços demonstrados nos item 2.1.2 e 2.2.1,


o Gestor alega que foi firmado acordo com a empresa contratada, para o
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ressarcimento do Erário ad cautela até decisão final do TCE/RS, caso seja
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glosado algum valor, ainda que a empresa não tenha concordado com todos os
apontamentos.

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Peça
Embora no Termo de Audiência Administrativa, juntado na p. 2 da
peça 672659, o representante da empresa se comprometa em devolver valores
relativos ao apontado quanto ao vale alimentação e vale transporte e autorize
retenções sobre faturas para os demais itens, não há comprovação da efetiva
recomposição do erário.

DOCUMENTO
PÚBLICO
Assim, opina-se, em anuência à Área Técnica, pela manutenção da
glosa de valores nos termos propostos em relatório (itens 2.1.2 e 2.2.1), nada
impedindo que o Gestor comprove o ressarcimento em sede de cumprimento
de decisão.

3.1.1 – Serviços de manutenção e monitoramento através de ACESSO


70E5B

circuito fechado de TV, decorrente de adesão ao Registro de Preços n.


483/2013, do Município de Uberlândia/MG. Dos 111 locais monitorados, 98
locais não estavam cobertos por seguro, apesar de contratado e pago
pelo Município. Sugestão de débito de R$ 189.138,28 (p. 28/34 da peça
326555).

O Gestor alega que todos os pontos estavam cobertos por seguro e


junta documentação.

Segundo constata a Supervisão, a documentação apresentada não


evidencia a contratação de seguro para os 98 locais referidos pela Auditoria,
pois inexistentes as apólices correspondentes. A Companhia de Seguro
confirma a impossibilidade de emitir as apólices vencidas (p. 1 da peça
672700). Não há controle formal sobre as apólices que possam sustentar a lista
de apólices e processos de indenização apresentados pela Companhia de

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Seguro (peça 672700). Sequer os ofícios comunicando o ressarcimento de


perdas em decorrência de sinistros em alguns locais evidenciam a contratação
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de seguro, pois coube à contratada o ressarcimento, sem evidência de relação
6
com companhia de seguro (p. 6/8 da peça 672702 e p. 1/7 da peça 672703).
Tampouco os comunicados de sinistros com o logotipo da Porto Seguros

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Peça
mostram envolvimento com a prestadora de serviços contratada pelo Auditado
(p. 8/9 da peça 672703).

Em concordância com a Área Técnica, o Parquet opina pela


manutenção do aponte e pela fixação de débito, nos termos propostos.

DOCUMENTO
4.1.1 – Terceirização irregular. Convênio com a Associação dos

PÚBLICO
Usuários e Familiares do Centro Integrado de Atenção à Saúde Mental De
Viamão – ACAMVI para a contratação de profissionais. Matéria relatada
nos Processos de Contas referentes aos exercícios de 2011 e 2014
(Processos 000957-0200/11-7 e 003164-0200/14-1) (p. 34/36 da peça
326555). ACESSO
70E5B

4.2.1 – Terceirização irregular dos agentes comunitários de


saúde e agentes de combate a endemias. Contrato com o Instituto dos
Lagos-Rio. Infração ao artigo 2º da Lei Federal nº 11.350/2006.
Irregularidade relatada nos Processos referentes aos exercícios de 2011,
2012, 2013 e 2014 (Processos n. 00957-0200/11-7, 008047-0200/12-8,
000949-0200/13-7 e 003164-0200/14-1) (p. 36/37 da peça 326555).

4.3 – Contrato firmado com a FHMGV - Fundação Hospital


Municipal Getúlio Vargas para a prestação de serviços de saúde no
Serviço de Pronto Atendimento de Viamão, valor contratado de R$
729.211,00 por mês (p. 37/38 da peça 326555). Irregularidades como
segue:

4.3.1 – Cobrança indevida de taxa de administração. Acordo


com natureza de convênio, e não de um contrato de gestão. Matéria

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relatada no Processo de Gestão de 2014 (Processo n. 003164-0200/14-1).


Sugestão de débito de R$ 300.000,00 (p. 38/43 da peça 326555).
Página da
peça

4.3.2 – Acúmulo de R$ 2.835.028,17 na diferença entre despesas 7

realizadas, cujo montante foi repassado pelo Município, e despesas

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efetivamente pagas pela Fundação. Auditoria realizada na Fundação

Peça
indica possível utilização dos recursos vinculados ao contrato com o
Município de Viamão em outras finalidades. Não há registro dos valores
transferidos pela Fundação para outras contas bancárias. O valor de R$
136.080,90 foi utilizado para o pagamento de pessoal de Tramandaí.
Ineficiente fiscalização da aplicação dos recursos (p. 44/46 da peça

DOCUMENTO
PÚBLICO
326555).

Relativamente ao item 4.3 e subitens, o Gestor defende o custeio


de equipe para a gestão administrativa centralizada. Diz que a Fundação
demonstrou que não há irregularidade no provisionamento, usado
posteriormente para o pagamento do 13º salário dos colaboradores, em ACESSO
70E5B

31/12/2016. Reforça que se trata de contrato de gestão, e não convênio.

Como refere a instrução técnica, ‘continua inexistente detalhada


prestação de contas do alegado custeio da administração centralizada (taxa de
administração). Também não há justificativa para o acúmulo de valores
repassados sem a efetivação da correspondente despesa, sendo desconhecida
a aplicação de recursos públicos na ordem de R$ 2.835.028,17 no exercício
examinado. O Justificante não explica o pagamento de despesas do Município
de Tramandaí, no montante de R$ 136.080,90, com os recursos repassados
pelo Executivo Municipal de Viamão. Também não há referência para a falta de
controle na transferência de recursos de única conta bancária para diversas
outras contas.’

A SICM transcreve a análise técnica efetuada no Processo de


Contas de Gestão de 2013 (item 5.2.1):

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Com efeito, inobstante a conotação jurídica que se dê ao


pacto firmado entre a Auditada e Fundação Hospital, certo é
que este se rege pelas normas de direito público, de forma Página da
que a prestação de contas dos vultosos valores percebidos peça

pela segunda é medida inderrogável, haja vista a disposição 8


contida no parágrafo único do artigo 70 da Constituição
Federal.

0777278
E como bem lançado pela auditoria, a despeito de ser

Peça
denominado de “contrato de gestão”, no ajuste firmado não
se visualiza uma contraposição de interesses
caracterizadora dos contratos em geral. Há, isto sim, uma
cooperação entre as partes para o alcance de objetivos em
comum, o que realmente lhe denota feições de verdadeiro
convênio.
(fl. 2167 do Processo nº 000949-0200/13-7).

DOCUMENTO
PÚBLICO
Pelo exposto, em anuência a Área Técnica, opina-se pela
permanência dos apontes e pela fixação de débito (4.3.1), eis que ‘não foi
comprovada a aplicação da verba (denominada rateio da administração
centralizada) no objeto da avença firmado entre o Auditado e a Fundação’,
ACESSO

‘ainda mais que o plano de trabalho e as prestações de contas apresentadas 70E5B

informaram rubricas específicas para as despesas com administração’.

5.1.1 – Irregular segregação das atribuições do fundo de


previdência entre o Legislativo e o Executivo, em descumprimento da Lei
Municipal n. 3.748/2009, no que diz respeito à execução das atividades
administrativas do fundo de previdência, especialmente em relação aos
incisos V e XII de seu artigo 26, bem como o artigo 25 da Lei Municipal
n. 3.823/2010 (p. 46/50 da peça 326555).

5.1.2 – Desrespeito ao artigo 32 da Lei Municipal n. 3.823/2010,


uma vez que não foi constituída a Junta de Recursos do RPPS.
Desrespeitados os artigos 56 e 57 da referida lei municipal, pois não foi
formada a Comissão Especial de Controle Interno. Não há portarias
designando os servidores responsáveis pelas mais diversas atividades a

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serem desempenhadas no âmbito do Fundo de Previdência Social do


Município de Viamão, em afronta diretamente o disposto no artigo 29 da
Página da
peça
Lei Municipal n. 3.823/2010. A estrutura de governança do RPPS de
9
Viamão é inconsistente e não oferece os requisitos necessários à boa
gestão dos vultosos recursos sob sua administração (p. 50/51 da peça

0777278
Peça
326555).

5.2.1 – Não realização da avaliação atuarial, em violação do


artigo 15 da Lei Municipal n. 3.748/2009, artigo 1º, I, da Lei Federal
nº 9.717/1998 e artigo 8º da Portaria n. 402/2008, do Ministério da
Previdência Social (p. 52 da peça 326555).

DOCUMENTO
PÚBLICO
O Gestor noticia a edição da Lei Municipal nº 4.582/2017, que criou
a entidade autárquica de previdência dos servidores municipais – IPREV e
anexa cálculo atuarial (p. 17 da peça 672579).

Contudo, sendo a lei de 2017 e a avaliação atuarial referente ao


exercício de 2016, permanecem os apontamento para o exercício sob exame. ACESSO
70E5B

6.1 – Em nenhum momento ao longo do exercício de 2015 a


Unidade Central de Controle Interno contou com o quadro completo de
servidores. Impropriedade na legislação local ao delimitar o sistema de
controle interno exclusivamente na Unidade Central. Irregularidade
relatada no Processo de Contas de Gestão referente ao exercício de 2013
(Processo de Contas n. 000949-0200/13-7) (p. 52/54 da peça 326555).

II – CONCLUSÃO

Diante do exposto, o Ministério Público de Contas opina nos


seguintes termos:

1º) Multa ao Administrador Valdir Bonatto (Prefeito), com


fundamento nos artigos 67 da Lei Estadual nº 11.424/ 2000 e 135 do RITCE.

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2º) Fixação de débito correspondente aos itens 1.1.1, 2.1.2, 2.2.1,


3.1.1 e 4.3.1 do Relatório de Auditoria, de responsabilidade do Sr. Valdir
Página da
peça
Bonatto.
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3º) Verificação, em futura auditoria, das medidas implementadas

0777278
pelo Responsável para o cumprimento da decisão exarada nestes autos.

Peça
É o Parecer.

MPC, em 04 de dezembro de 2017.

DOCUMENTO
PÚBLICO
ÂNGELO G. BORGHETTI,
Adjunto de Procurador.
Assinado digitalmente.
ACESSO
91
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