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62-MISTÉRIO DA KUNDALINI

Desde que o ser humano tornou-se consciente de seus atos, ele passou a ter uma maior
percepção das coisas que o cercavam. Então, começou a buscar os meios para alcançar a
sua própria evolução. Uns a adquiriram através da religião, outros por intermédio de
alternativas diferentes, sempre visando o conhecimento e poder. O objetivo, na maioria
das vezes, era a união de sua personalidade com a consciência divina. Aqueles que
resolveram buscar tal união no seu interior, e não somente no exterior, descobriu a
Kundalini, uma espécie de energia intensa capaz de elevar o homem a estados
transcendentais em termos sensitivos e psíquicos. Esse nome fora batizado na antiga
Índia – então centro de conhecimento espiritual. Porém, como o homem podia perceber
que adquirira essa condição de pureza? A partir de uma inteligência mais edificante e
produtiva, da criatividade construtiva e, sobretudo, de dons psíquicos, era o sinal de que
a Kundalini emergira do interior da pessoa. Pensamentos tornariam palpáveis. Assim, a
Kundalini estaria latente em todos os indivíduos. Alguns conseguiriam despertá-la de
acordo com o conhecimento alcançado. Outros, contudo, não atingiriam esse privilégio
por causa de suas ações falhas ou erros ocorridos nas várias fases de suas tantas vidas ao
longo de sua existência. Em outras palavras, colheria o que plantou. Dessa forma,
surgiram ao longo da história, os sábios, profetas, santos, magos, videntes e outras
personalidades que influíram no seu curso. Em síntese, segundo a sabedoria oriental,
somente a partir de sua maneira de agir interna e externamente era que o ser humano
encontraria o caminho do progresso, ou seja, perceberia a Kundalini emergindo do seu
interior. Porém, surgira o maior dos empecilhos: a vaidade. Nem sempre cientes de que
era a humildade que refreava o ímpeto causado pelo poder adquirido, os chamados
iluminados à vezes agiam de forma inadequada pois ficavam inebriados pelo poder.
Achavam estar acima de todos e de tudo, fora do alcance das leis dos homens comuns.
A missão de aprender para ensinar e vice-versa passara para o segundo plano e a matéria
sobrepujou aquele dotado de uma pseudo-sapiência. Eis um dos motivos da balbúrdia
desenfreada por que passa o planeta Terra. Pessoas poderosas, cônscias de seu poder
mental, de sua Kundalini em ebulição, às vezes agem de forma contrária às leis
universais e só fazem piorar a situação de quem não depende de si ou de quem é mais
frágil. A evolução tecnológica comprova a evolução humana, mas não a aprova de uma
maneira integral porque nem sempre essa alta tecnologia resulta em algo positivo para a
humanidade. Foi assim que apareceram e sempre aparecerão os chamados gênios do
mal. Por ser a Kundalini uma energia inata, ou seja, presente em todos os seres
humanos, ela também pode ser mal direcionada. Se voltada para o lado não construtivo,
certamente todos sairão prejudicados. Portanto, o que sempre vai contar será a intenção
ou o autodomínio, que deve ser usado para conter o entusiasmo gerado pelo poder
ilimitado daquele que despertou sua Kundalini. Voltaire estava certo quando disse que o
poder corrompe. Não se duvida que a situação da Terra é o resultado da vaidade
descontrolada de certos líderes mundiais e de cientistas mal-intencionados ou
corrompidos. Tudo isso pode ser comprovado através dos declínios de tantas
civilizações que antigamente dominavam o mundo. A história não mente: todo império
nunca satisfeito com seu poder, passa a subjugar os povos mais fracos a fim de se tornar
mais forte e poderoso. O resultado é sempre o mesmo se a correção não vir a tempo:
sucumbe ante à sua prepotência mais dia, menos dia. Por conseguinte, o equilíbrio seria
a palavra-chave para quem despertou a Kundalini, experiência mística que deveria
suscitar num esmagador golpe no ego, diluindo as muralhas da vaidade, principal
geradora da presunção. Com o sentimento de humildade sempre presente, estarão
abertas as portas da percepção de que a energia da Kundalini advém para ajudar e não
para prejudicar. Energia deve ser utilizada para construir, não o contrário. Esta é a lei.

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