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Módulo 1

Volume 1
• Economia e Mercado
• Organização de
Empresas
ELABORAÇÃO

O trabalho foi desenvolvido pela equipe didático-pedagógica do Instituto Universal Brasileiro,


especializada em elaboração de material para Educação de Jovens e Adultos a distância.

EDITADO POR: ADMINISTRAÇÃO:


Instituto Universal Brasileiro Luiz Fernando Diniz Naso
Educação de Jovens e Adultos Ltda. José Carlos Diniz Naso
Av. São João, nº 253 - Centro – SP Ignês Diniz Naso

FICHA TÉCNICA
Waldomiro Recchi • Curso completo Senac - Profissionalizante: Programa
Coordenador de Desenvolvimento de Educadores.
• Professora de cursos livres no Senac: Redação Em-
Modesto Pantaléa presarial e Gramática na Língua Portuguesa, Atendi-
Gerente Geral mento ao cliente, Comunicação aplicada ao Comércio,
Recepção e Telefonista, Secretária como gerente, Líder e
Carlos Eduardo P. Naso Liderança, Etiqueta e Marketing Pessoal.
Direção de Arte • Professora de cursos técnicos de Redação Empresa-
rial e Gramática, nas áreas de Administração, Secreta-
Rafaela Naso riado, Turismo e Transações Imobiliárias.
Assistente Editorial
João de Deus Dias Neto
Claudia de A. Maranhão Prescott Naso • Mestrado em Ciências da Comunicação - ECA-USP,
Roseli Anastácio Silva Pós-graduado em Propaganda pela ESPM, Adminis-
Marcia Moreira de Carvalho trador de Empresas.
Revisão • Professor universitário das disciplinas de Pesquisa de
Marketing, Modelos de Gestão e Marketing Logístico
Marcos Prado de Carvalho nos cursos de Marketing de Varejo e Logística das Fa-
Produção culdades Anchieta - S. B. do Campo - SP.
• Docente de Empreendorismo, Gestão da Transformação
Alexandre Morsilla Organizacional, Gestão de Produtos e Mercados e Ges-
Mariana Vecchi tão da Qualidade Total do Curso de Administração da Fa-
Yasmin Carolina Cavallini culdade Octógono - Grupo Pentágono - Sto. André -SP.
Imagens • Professor de Administração e Economia SENAC.
• Ex-coordenador Pedagógico Colégio Brasília - S.B.
Roberto Carlos Alves Campo.
Fotos •Consultor de Empresas e elaborador de material pe-
dagógico para cursos de Administração e Treina-
Irene Rodrigues de Oliveira Teixeira Ribeiro mento.
Diretora Geral
Waldir Vascunhana
Autores: • Advogado - Faculdade de Direito de Guarulhos, 1990
• Corretor de Imóveis pelo Sindicato de Corretores de
Sonia Cristina Guimarães Fonseca Imóveis do Rio de Janeiro, 1993.
• Graduada em Letras - Habilitação: Bacharel em Tradu- • Técnico de Corretor de Seguros - FUNENSEG, 2001.
ção - Língua Portuguesa - Língua Inglesa e Licenciatura • Pós -Graduação em Negócios Imobiliários, FAAP, 2002.
Plena pela Universidade Anhembi-Morumbi. • Especialista em Documentação Imobiliária.
• Técnico em secretariado: Registro DRT nº. 6671 • Professor de Direito Imobiliário.

IMPRESSÃO: IUBRA Gráfica e Editora Ltda.


Rodovia Estadual Boituva - Iperó, km 1,1 - Campos de Boituva
Boituva - SP CEP: 18550-000

Todos os direitos são reservados. Não é permitida a reprodução total ou parcial deste curso, sem consentimento dos editores.
Índice
• Apresentação dos Cursos Técnicos ........................................................................................ 05

Introdução
• Cursos Técnicos a Distância ........................................................................................................ 07
• Material Didático ........................................................................................................................... 08
• Critérios de avaliação da aprendizagem ...................................................................................... 08
• Como estudar ............................................................................................................................... 09
• Perfil técnico de cada curso ......................................................................................................... 10

Economia
Aula 1 – Economia
• Definições de economia ............................................................................................................... 15
• A escassez dos recursos .............................................................................................................. 15
• Histórico da Economia .................................................................................................................. 18
• Objetivos e problemas econômicos fundamentais ....................................................................... 22
• Renda, produto e desenvolvimento .............................................................................................. 24
• Microeconomia e macroeconomia ................................................................................................ 25
• Veja se Aprendeu 1 ....................................................................................................................... 26
Aula 2 - A Empresa e a Produção
• A empresa ..................................................................................................................................... 27
• Custos da produção ...................................................................................................................... 28
• As empresas e os lucros .............................................................................................................. 29
• Produtos e benefícios ................................................................................................................... 30
• A tecnologia ................................................................................................................................... 31
• Trabalhador, empregador e consumidor ....................................................................................... 33
• Salário ........................................................................................................................................... 34
• Veja se Aprendeu 2 ...................................................................................................................... 36
Aula 3 – Desemprego
• Conceito de desemprego............................................................................................................... 37
• Tipos de desemprego.................................................................................................................... 40
• Taxas de desemprego ................................................................................................................... 42
• Demanda e oferta.......................................................................................................................... 42
• Veja se Aprendeu 3 ...................................................................................................................... 47
• Respostas do Veja se Aprendeu 1, 2 e 3 ..................................................................................... 48

Mercado
Aula 1 – Caracterização de Mercado
• Conceito ........................................................................................................................................ 53
• Elasticidade ................................................................................................................................... 54
• Equilíbrio do mercado ................................................................................................................... 56
• Veja se Aprendeu 1 ...................................................................................................................... 58
Aula 2 - Estruturas de mercado
• Estruturas de mercado ................................................................................................................. 59
• Concorrência ................................................................................................................................ 59
• Monopólio ..................................................................................................................................... 60
• Oligopólio ...................................................................................................................................... 61
• Globalização ................................................................................................................................. 62
• Veja se Aprendeu 2 ...................................................................................................................... 65
• Respostas do Veja se Aprendeu 1 e 2 ......................................................................................... 66
• Aprenda Fazendo - Economia e Mercado ................................................................................... 67
• Aprenda Fazendo - Economia e Mercado - Resposta ................................................................. 68
Organização de Empresas

Aula 1 - As organizações e as empresas


• Conceito ....................................................................................................................................... 71
• Organizações Não-Lucrativas e Lucrativas ................................................................................. 71
• Empresas ..................................................................................................................................... 72
• Objetivos Empresariais ................................................................................................................ 72
• Pessoa Jurídica - Constituição e Legalização de Empresas ...................................................... 73
• Sociedades Empresariais ............................................................................................................ 73
• Contrato Social ............................................................................................................................ 74
• Classes de Empresas ................................................................................................................. 81
• Registro Legal de Empresas ....................................................................................................... 84
• Veja se Aprendeu 1 ..................................................................................................................... 85

Aula 2 - Administração e modelos de gestão – principais teorias


• Conceito de Administração .......................................................................................................... 87
• Fatores Determinantes do Êxito da Gestão Administrativa ......................................................... 88
• Escolas de Administração ........................................................................................................... 89
• Escola de Relações Humanas .................................................................................................... 94
• Teoria Comportamental ou Behaviorista (Teoria Motivacional) ................................................... 96
• Teoria dos Fatores Higiênicos e Fatores Motivacionais de Herzberg ......................................... 97
• Teoria X e Teoria Y de Douglas McGregor .................................................................................. 98
• Teoria do Enfoque Sistêmico ....................................................................................................... 98
• Teoria do Enfoque da Qualidade ................................................................................................. 99
• Modelo Japonês de Administração ..............................................................................................100
• Escola Estruturalista ....................................................................................................................101
• Escola do Desenvolvimento Organizacional ...............................................................................101
• Teoria da Contingência ................................................................................................................102
• Veja se Aprendeu 2 .....................................................................................................................103

Aula 3 - Organização e departamentalização de empresas


• Atividades Gerenciais ..................................................................................................................105
• Níveis Hierárquicos .................................................................................................................... 105
• Departamentalização ...................................................................................................................107
• Modelos de Departamentalização .............................................................................................. 108
• Veja se Aprendeu 3 .................................................................................................................... 111
• Aprenda Fazendo - Organização de Empresas ......................................................................... 112

Aula 4 - Funções administrativas


• Processo de Planejamento ..........................................................................................................113
• Fundamentos do Processo de Planejamento ..............................................................................114
• Importância do Planejamento ......................................................................................................114
• Objetivos do Planejamento ..........................................................................................................115
• Objetivos Gerais de uma Organização ........................................................................................115
• Planejamento Estratégico ............................................................................................................116
• Veja se Aprendeu 4 ..................................................................................................................... 117
• Respostas do Veja se Aprendeu 1, 2, 3 e 4 ................................................................................118
• Aprenda Fazendo - Organização de Empresas - Resposta.........................................................125

Bibliografia ............................................................................................................. 127

Obs: Esta apostila segue o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado
no dia 29 de setembro de 2008, que passa a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2009.
APRESENTAÇÃO DO CURSO

Olá, eu sou o Professor IUB, e vou acom-


panhar você durante todo o curso, com professo-
res e especialistas, para atendê-lo em caso de
dúvidas ou dificuldade de entendimento, seja
por carta, fax ou pessoalmente.

Você está iniciando seu Curso Técnico no Instituto Universal Brasileiro,


também conhecido pela sigla IUB.
Na Introdução, você terá a orientação passo a passo para os
procedimentos iniciais de estudo.
O Módulo I é básico para a Qualificação Profissional Inicial em
Organização Empresarial e está dividido em dois volumes.
Neste Volume I serão abordados três temas iniciais: Economia,
Mercado e Organização de Empresas
Seja bem-vindo! Bons estudos! E sucesso em sua nova etapa
profissional!

Introdução 5 Instituto Universal Brasileiro


Para entender melhor o texto

Compreender o que você está estudando é fundamental! Só assim você vai aprender os
novos conteúdos, fazer novas experiências e aplicar seus conhecimentos para desenvolver

• ILUSTRAÇÕES: Caracterizando os temas estudados.


sua capacidade profissional. Os textos serão acompanhados por diferentes recursos como:

• QUADROS: Ressaltando palavras-chaves.


• GRÁFICOS: Para a visualização de dados estatísticos.
• CHAMADAS DO PROFESSOR IUB: Com trechos importantes.
• ÍCONES DE APOIO: Para destacar informações mais significativas.

São experiências, exemplos do dia-a-dia, usados como


pontos de partida para fazer uma ponte entre a teoria e a prática.

Questionamentos, perguntas, simulação de dúvidas


que possam estimular a reflexão sobre conteúdos importantes.

Dicas de livros e indicação de sites com informações relevantes.


Material disponível para pesquisa na Biblioteca Central do IUB.

No final de cada aula, você fará exercícios, aplicando e resumindo


os conteúdos estudados.

Logo no início da aula serão apresentadas definições e


informações que facilitem a leitura e compreensão do texto.

Simulação de situações práticas para treinamento na


execução de tarefas e realização de testes.

Introdução 6 Instituto Universal Brasileiro


INTRODUÇÃO
CURSOS TÉCNICOS A DISTÂNCIA Módulos

A formação Profissional Técnica de Este primeiro módulo é comum aos


Nível Médio é uma alternativa, não só para o quatro cursos. Portanto, é dispensado no
jovem que sente a necessidade da qualifi- caso do aluno vir a se matricular em um
cação, como para o adulto que precisa se segundo curso. As competências deste
reciclar para ingressar no mercado de traba- módulo são as seguintes.
lho, tão carente de mão-de-obra especializa-
da e qualificada. MÓDULO 1 HORAS
Foi para atender a essa demanda, que o
IUB resolveu ministrar Cursos Técnicos de
Nível Médio na modalidade de Educação a Organização Empresarial


Distância, para os que não têm condição Volume 1
de frequentar cursos regulares, em horários

Economia
convencionais.

Mercado
120
Organização de Empresas

• Ética e Relações Humanas no Trabalho


Volume 2

• Informática

Ao término deste módulo será emitido certifi-


cado de Qualificação Profissional Inicial em
Organização Empresarial

Os demais Módulos (2 e 3 no caso de


Secretariado e Secretaria Escolar; 2, 3 e 4, no
caso de TTI e Comércio) contemplam com-
Primeiros cursos lançados petências voltadas para a área profissional
específica, e vão permitir ao aluno desenvolver
• Técnico em Transações Imobiliárias (TTI) uma aprendizagem autônoma, com a finalidade
• Técnico em Secretariado de formar profissionais com capacidade para
• Técnico em Secretaria Escolar conquistar seu espaço na construção ou recon-
• Técnico em Comércio strução de sua vida produtiva.

Estes cursos foram organizados em Importante: ao término de cada Módulo,


módulos, com componentes curriculares que o aluno poderá receber o Certificado de
visam desenvolver habilidades e competên- Qualificação Profissional Técnica de Nível
cias específicas e gerais da área profissional Médio, que o habilita a desempenhar ocupação
de Comércio, Serviços e Gestão. parcial das competências do módulo concluído.
Introdução 7 Instituto Universal Brasileiro
MATERIAL DIDÁTICO Pessoalmente - Caso a dúvida seja
específica, referente a um determinado
O meio utilizado para desenvolvimento assunto, será marcada uma consulta com
dos cursos é basicamente constituído de o Orientador de aprendizagem, individual-
material impresso, especialmente produzido mente. Caso suas dúvidas sejam seme-
para oferecer aos alunos as condições para lhantes às de outros alunos, será marcada
sua aprendizagem. uma aula coletiva em dia e horário pré-deter-
Os módulos reúnem as competências, minados, para revisão dos assuntos e troca
organizadas e distribuídas em dois volumes, de ideias com outros sobre a matéria em
com aulas, tarefas e autoavaliações, que per- questão.
mitam ao aluno avaliar seu grau de aproveita-
mento. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA
O material inclui toda orientação neces- APRENDIZAGEM
sária ao desenvolvimento das competências
profissionais de cada área. A avaliação é considerada um proces-
so contínuo de acompanhamento do desem-
penho do aluno em todas as situações de
aprendizagem: trabalhos ou projetos apre-
sentados, anotações e reflexões sobre seu
percurso, participação em atividades pre-
senciais, realização de testes e exercícios.

A verificação da aprendizagem também


ocorrerá mediante a realização de Prova
Parcial e Exame Presencial por Módulo.

E no caso de dúvidas? Prova Parcial


Será realizada ao término das ativi-
No decorrer de seu curso, depois de ter dades com o objetivo de verificar os conheci-
estudado a matéria, caso apareçam dificul- mentos adquiridos. Essas provas poderão ser
dades de entendimento, você poderá sanar entregues pessoalmente no IUB, ou enviadas
suas dúvidas em nosso Centro de Ensino. por correio convencional, para correção e
Isso pode ser feito de três formas: por carta comentários do Orientador de aprendizagem.
(via Correio ou fax), Internet ou pessoal- Nota mínima: 5,0
mente, com o Orientador de aprendizagem. O resultado da Prova Parcial é
pré-requisito para a realização do Exame
Por carta (correio - fax) - As cartas Presencial no final de cada Módulo. Caso a
mandadas via Correio ou fax serão respon- nota obtida seja inferior a 5,0, será concedida
didas e encaminhadas ao aluno também por a Recuperação, com as devidas orientações.
carta, via Correio ou fax.
Exame Presencial por Módulo
Internet - Use o nosso e-mail, ou visite O Exame Presencial no final de cada
nosso site. Módulo deverá ocorrer depois da aprovação
nas Provas Parciais e deverá ser requerido
faleconosco@institutouniversal.com.br pelo aluno, conforme calendário fixado pelo
http://www.institutouniversal.com.br IUB. Nota mínima: 5,0
Introdução 8 Instituto Universal Brasileiro
Serão considerados aprovados para • Local: deve ser claro e sossegado;
cursar o Módulo subsequente, os alunos rádio ligado e vozes de pessoas conver-
que obtiverem nota 5,0 no Exame Final. sando podem tirar a concentração.

• Horário: programe-se, considerando


Caso não obtenha a nota mínima, o aluno
fará Recuperação, obrigatória e presencial,
depois das orientações necessárias. o estudo um compromisso inadiável, e não
menos importante; determine e cumpra um
Estágio horário para estudar; o ideal seriam duas
O aluno deve realizar integralmente horas no mínimo e quatro no máximo, diaria-
as horas destinadas aos estágios e a mente; aproveite os finais de semana.

• Material: mantenha todo material de


certificação no curso dependerá da com-
provação de sua realização, mediante
relatório assinado pelo responsável no estudo, guardado em um mesmo lugar, para
campo de estágio. sempre tê-los à mão toda vez que precisar.
Estude o módulo por competências na
Aproveitamento de Conhecimentos e sequência. Só passe para a competência
de Experiências Anteriores seguinte, após ter tido um aproveitamento
mínimo de 50% nas autoavaliações e exer-
Poderá haver aproveitamento de conheci- cícios da competência anterior.

• Anotações: um caderno é impor-


mentos adquiridos no Ensino Médio, Técnico
ou Profissionalizante, bem como de experiên-
cias anteriores no trabalho ou outros meios tante para registrar os resumos dos principais
informais, mediante avaliação do aluno. pontos de cada aula, as pesquisas e as
observações importantes, bem como os
COMO ESTUDAR exercícios sugeridos.
Assim procedendo, ao concluir os estu-
Vamos dar umas dicas, mas o importante dos de todo módulo, o aluno terá um resumo
é que você mesmo crie seu Método de de tudo que foi estudado, o que lhe facilitará
Estudo: defina um local para estudar, organize fazer uma revisão por ocasião da prestação
o seu material, respeite os horários que você do exame final presencial do módulo.
mesmo estabelecer, faça anotações e prepare- Caso o aluno prefira estudar fazendo o
se para as provas. uso do computador, as anotações podem
compor um arquivo criado, utilizando um
editor de texto.

Sugestão de um Método de Estudo

Ao iniciar seus estudos faça uma


primeira leitura para tomar conhecimento da
matéria (do conteúdo). Em seguida, uma
segunda leitura, com mais calma, anotando
trechos importantes, e informações chaves
de cada lição. Passo a passo a aula vai sendo
assimilada, surgindo o entusiasmo pelo estudo.
Após compreender o conteúdo da
lição, o aluno deve executar os exercícios de
autoavaliação.

Introdução 9 Instituto Universal Brasileiro


Mantenha-se atualizado Competências Básicas

É importante pesquisar na Internet, • Analisar a estrutura das organizações,


ler jornais e revistas especializadas, para identificando as áreas que a compõe, suas
ampliar e contextualizar seus conhecimentos. funções, finalidades e inter-relações, reco-
Todos sabemos que, no que diz respeito à nhecendo os contextos empresariais com
legislação e percentuais para cálculo de base na análise das teorias da administração.

• Analisar o mercado imobiliário, iden-


tributos e obrigações, estes podem ser
alterados de forma provisória ou mesmo
definitiva. O ícone Saiba mais traz tificando expectativas de demanda para a
sugestões de sites e títulos diversos para prospecção de novos negócios, o perfil
acelerar suas pesquisas. do cliente para identificação do produto
requerido e a orientação do processo de
PERFIL TÉCNICO DE CADA CURSO negociação a ser realizado.

• Diferenciar e utilizar os meios de


comunicação mais comuns no segmento
imobiliário, aplicando técnicas específicas
nas relações comerciais de venda, com
atenção à expressão verbal e não-verbal.

• Reconhecer, ler e interpretar plantas


arquitetônicas de edificações e os elementos
utilizados na sua composição, analisando-as
quanto à dimensão, circulação, funcionali-
dade e acessibilidade.

• Captar imóveis e diagnosticar sua


situação em casos de avaliação/vistoria,
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES tendo como base suas condições, localiza-
IMOBILIÁRIAS (TTI) ção, função imobiliária, bem como análise de
mercado e suas tendências.

• Realizar transações imobiliárias de


Para atender às exigências
requeridas pelo mercado imobiliário,
compra, venda aluguel e permuta, valendo-
acompanhando sua evolução e trans-
se dos princípios de negociação e de
formações, e tendo em vista a legislação transparência nos negócios e pautando-se
que regulamenta a profissão, ao concluir pelas exigências legais.

• Manter-se atualizado acerca dos


este curso o Técnico em Transações
Imobiliárias deve atuar na captação de
imóveis, nas transações imobiliárias e na sistemas de financiamento no ramo imobi-
gestão de negócios, de acordo com as liário, identificando formas de incentivos e
normas legais vigentes e os princípios entidades de crédito que financiam a
aquisição de imóveis.
da ética. Deve atuar com atitude
empreendedora, integrando equipes de Obs. Deve, também, ter constituído com-
empresas de grande ou médio porte, ou petências profissionais da área de TTI,
definidas pelo Conselho Nacional de
gerindo seu próprio negócio. Educação

Introdução 10 Instituto Universal Brasileiro


Obs. Deve, também, ter constituído as
competências profissionais gerais da
área profissional de Gestão Empresarial,
conforme diretrizes definidas pelo Conselho
Nacional de Educação.

TÉCNICO EM SECRETARIADO
O técnico em Secretariado terá
condições de participar dos processos
administrativos e de gestão, mantendo
contato, assessorando e apoiando as
atividades dos diferentes setores e pes-
soas, gerenciando processos secreta-
riais, contribuindo para a definição e
TÉCNICO EM SECRETARIA
implantação das estratégias da organi-
ESCOLAR
zação.
O Secretário Escolar de instituições
Competências Específicas de ensino públicas ou privadas é o
• Realizar suas atribuições com conhe-
responsável pelo planejamento, coorde-
cimento tecnológico, habilidade para coordenar nação, execução e verificação do anda-
equipes, responsabilidade social e ética, mento dos serviços da Secretaria, deven-
visando atingir a qualidade requerida no do atuar em consonância com a
exercício da profissão. Proposta Pedagógica da instituição,
• Planejar, organizar, executar e contro-
aplicando métodos e técnicas que con-
lar as atividades pertinentes à sua área de tribuem para a consecução dos objetivos
atuação, participando do assessoramento a estratégicos educacionais.
setores e pessoas, coordenando equipes,
executando e multiplicando deliberações.

• Gerenciar informações e projetos, pro-


Competências Específicas

movendo e incorporando práticas inovadoras, • Aplicar as normas e as diretrizes


atendendo a organização com seu modelo de legais, mantendo-se atualizado quanto à
gestão, seus objetivos e políticas, bem como legislação educacional.

• Planejar, coordenar, executar e verificar


suas relações com o ambiente externo.

• Planejar, organizar, executar e avaliar o andamento dos serviços da Secretaria


eventos, com o domínio dos processos e Escolar, aplicando métodos e técnicas de traba-
procedimentos envolvidos. lho que visem a um contínuo aperfeiçoamento.
• Interpretar as tendências do mercado • Expedir os documentos em ordem
de trabalho para atuar em organizações ou geral e as informações necessárias aos
empreender trabalho autônomo, compreen- alunos, aos docentes e à equipe técnico-admi-
dendo a necessidade de estar atualizado, nistrativa, organizando arquivo que assegure a
para tornar-se participante do moderno verificação da identidade dos alunos, bem
gerenciamento empresarial. como sua regularidade e autenticidade.

Introdução 11 Instituto Universal Brasileiro


• Coletar, organizar e analisar dados refe- Competências Básicas
rentes à Secretaria Escolar e emitir relatórios
quantitativos e qualitativos e outros documentos • Conceber planos para a realização de
que contribuam para a gestão dos processos
educacionais, inclusive em formatos legais. negócio, utilizando alternativas de compras

• Coordenar equipes, mantendo lide-


voltadas para os processos de negociação
com os fornecedores, identificando neces-
rança e criando condições que permitam sidades concretas e levando em conta mar-
otimizar a participação das pessoas no gens definidas de vendas.
processo de trabalho, para elevar o nível de
• Adotar critérios mercadológicos na
qualidade das atividades da Secretaria
Escolar.

• Estabelecer relações profissionais ade-


escolha de local para a instalação de pontos
de venda ou de promoção de produtos e
quadas com os diferentes setores da instituição, serviços, identificando os aspectos de
mantendo postura condizente com sua função
para o cumprimento de suas atribuições, orien- atração e fidelização dos clientes na
tando suas ações pelos princípios da ética e decisão de compra de produtos e serviços.

• Utilizar as várias formas de propaganda,


da responsabilidade social.
Obs. Deve, também, ter constituído as
competências da área de Serviço de Apoio promoção e publicidade, elaborando briefing
Escolar e de Gestão, conforme diretrizes de produtos e marcas para o desenvolvimento
definidas pelo Conselho Nacional de Educação. de campanhas e promoções mercadológicas
que visem ao aumento das vendas.

• Utilizar técnicas de venda orientadas


para os processos de negociação e de atendi-
mento ao cliente, identificando necessidades
concretas, levando em conta margens de
negociação.

• Selecionar estratégias e processos de


atendimentos e orientações de pós-venda
que levem em consideração as característi-
cas do produto ou serviço comercializado,
TÉCNICO EM COMÉRCIO utilizando estratégias e instrumentos de
acompanhamento e controle de informações
Para atender às exigências requeri- referentes a satisfação dos clientes.

• Analisar e diagnosticar as funções da


das pelo mercado de trabalho, acompa-
nhando sua evolução e transformações, o
aluno concluinte deste curso deve ter logística na atividade comercial, visando ao
constituído competências específicas que suprimento, armazenagem, distribuição e
lhe permita atuar na gestão e operação transporte de produtos, elaborando plano de
comercial de empresas. Deve apresentar qualidade.
atitude empreendedora em empresas de
comércio ou em setores de comercia- Obs. Deve, também, ter constituído com-
lização de organizações de outros petências profissionais gerais das áreas
ramos de atividade, sejam de pequeno, profissionais de Gestão e de Comércio,
médio e grande porte, integrando equi- definidas pelo Conselho Nacional de
pes ou gerindo seu próprio negócio. Educação.

Introdução 12 Instituto Universal Brasileiro


ECONOMIA

O objetivo das aulas de Economia é dar os fundamentos desta ciência,


com reflexões sobre suas bases teóricas e aplicações, partindo das expe-
riências do cotidiano para entender melhor as relações comercias e empresariais.

• A aula 1 será introdutória, apresentando as definições de Economia


e seus objetivos, destacando também os problemas econômicos funda-
mentais e desenvolvendo os conceitos de microeconomia e macroeconomia.

• Na aula 2, os pontos centrais de estudo serão a Empresa e a Produção:


custos, lucros, produtos e benefícios, bem como a informatização das
empresas e suas relações com o emprego e a produtividade.

• A aula 3 apresenta o tema do Desemprego, suas causas e as diferen-


tes situações que levam à falta de emprego. Serão abordadas ainda as rela-
ções entre demanda e oferta na formação dos preços.

www.portaldaeconomia.com.br
Entrevistas, artigos, reportagens com foco na Economia.
Entre os temas especiais destaca-se: Histórico da Inflação no Brasil.
Economia - Aula 1 13 Instituto Universal Brasileiro
Consumo: Compra e venda de produtos; o que se gasta.
Demanda: Qualquer bem ou serviço procurado no mercado.
Desenvolvimento: Crescimento, adiantamento, progresso.
Economia: Ciência que estuda a produção, distribuição e consumo de bens
materiais necessários ao bem-estar; aproveitamento racional e consciente de
recursos materiais; controle ou moderação nas despesas.
Escassez: Falta, carência, privação.
Equidade: Senso de justiça, imparcialidade, respeito à igualdade de direitos,
correção, lisura na maneira de proceder, julgar, opinar.
Macroeconomia: Ramo da economia que estuda os fenômenos econômicos
em escala global, analisando fatores que determinam a formação da renda e os
caminhos das políticas econômicas.
Microeconomia: Estudo do comportamento de agentes econômicos na
esfera individual, investigando a dinâmica da concorrência e dos direitos do
consumidor no mercado financeiro.
Sazonal: Relativo a estação do ano. Em economia existe a análise
dos chamados produtos sazonais, pois sua produção e comercialização
concentram-se em determinadas épocas do ano. Pode também aplicar-se a
emprego e desemprego, de acordo com as variações na procura de trabalho em
determinadas circunstâncias: época de férias, carnaval, período de plantio e
colheita.
Variável: O que pode variar, apresentar um novo aspecto, alternar, mudar.

Conceitos Importantes !

Liberalismo: Doutrina política e econômica a favor da livre iniciativa e contra


a intervenção do Estado na economia. Segundo esta doutrina, a vida econômica
seria regida por uma ordem natural, formada a partir das livres decisões individuais,
controlada pelo mecanismo de preços.

Neoliberalismo: Doutrina político-econômica que representa uma tentativa


de adaptar os princípios do liberalismo econômico às condições do capitalismo
moderno. Defendem a disciplina na economia de mercado para garantir sua
sobrevivência, pois, ao contrário dos antigos liberais, não acreditam na autodisci-
plina do sistema. Atualmente, o termo vem sendo aplicado à defesa da livre
atuação do mercado com o término da intervenção do Estado, e a privatização das
empresas, abertura da economia e sua integração no mercado mundial.

Economia - Aula 1 14 Instituto Universal Brasileiro


Nestes dois casos, a economia
refere-se às relações comerciais, e pode
AULA 1 ser entendida como a busca de controle
ECONOMIA ou de moderação nas despesas.

Esta ciência é praticada em quase todas Objetos de estudo da Economia


as relações desenvolvidas nas sociedades,
mesmo que de forma não consciente. Mas o objeto de estudos da economia,
Economia é uma palavra que faz parte não se restringe tão somente às relações
do vocabulário e das ações das pessoas estabelecidas entre consumidores e fabri-
em seu dia-a-dia. Como ponto de partida cantes.
para nosso estudo, vamos analisar algumas A economia é uma ciência que também
situações do cotidiano em que se aplicam estuda estas relações, porém, seus estudos
alguns princípios da Economia. vão muito além e são muito mais complexos
do que podemos imaginar.
Vamos analisar as definições dadas por
vários autores de economia, com a tentativa
de demonstrar alguns objetivos e problemas
econômicos fundamentais. Vamos ainda co-
Na vida em família nhecer o desenvolvimento desta ciência por
A mãe alerta os outros membros da família meio de um breve histórico.
que é preciso tomar banhos mais curtos, para que Será abordado ainda o estudo de con-
no final do mês haja uma economia de água e de ceitos importantes como os de macroecono-
energia elétrica. O controle é feito por meio das con- mia e microeconomia e suas implicações no
tas de água e luz. A colaboração de todos resulta sistema econômico e financeiro.
numa economia considerável para a vida em família.
ANÁLISE DO PROBLEMA
DA ESCASSEZ DE RECURSOS

Para iniciarmos o estudo da economia,


torna-se necessário, compreendermos um
dos principais problemas sociais que ela
tenta colocar em harmonia e que muitos crí-
ticos afirmam que foi a causa do surgimento
Nas compras do Supermercado desta ciência: o problema da escassez dos
Ao entrarmos em um supermercado, recursos.
podemos verificar muitas pessoas avaliando
preços, quantidade, qualidade, promoções,
descontos etc. As variáveis de preços podem
ser bastante grandes, o que faz com que
as pessoas comprem em supermercados
diferentes. Todos estes fatores referem-se, Você já parou para pensar na relação
justamente, à economia, pois, uma boa que existe entre os recursos naturais e sua
análise dos produtos ali expostos para a exploração? E que a escassez de recursos
venda, pode ocasionar em uma economia no é um dos maiores problemas da sociedade
valor total das compras. moderna?

Economia - Aula 1 15 Instituto Universal Brasileiro


Como sabemos, um dos principais pro- cupada com a preservação da natureza e com
blemas universais, que a sociedade moderna os recursos naturais de nosso planeta,
enfrenta, é o da escassez dos recursos, que exigindo móveis que sejam fabricados com
são justamente os componentes ou os pró- madeiras provenientes de árvores quase
prios objetos que tanto desejamos. extintas?

Fatores da Escassez de Recursos

Vamos partir da questão ecológica para


melhor compreendermos este problema, que
é um dos pontos principais da economia. Olhe-
mos ao nosso redor e analisemos os objetos
que nos cercam: estante, cadeira, mesa,
cama, violão, livro, lápis, caderno, porta,
janela, prateleira, guarda-roupas etc.

Um exemplo desta má utilização dos


recursos naturais de nosso país, se deu
justamente na época de seu descobrimento,
quando os europeus retiraram quase todas
as árvores de pau-brasil (árvores que aqui
existiam em abundância e que deu origem ao
nome de nosso país), hoje raras nas flores-
tas brasileiras.
Até o momento, só demonstramos os
fatores da escassez dos recursos naturais
Todos estes objetos, como sabemos, relacionados ao meio ambiente, porém estes
geralmente têm como matéria-prima a problemas não podem ser limitados somente
madeira. Porém, ao analisarmos a forma ao meio ambiente.
como esta madeira é extraída da natureza,
deveríamos ficar muito preocupados. Segundo o filósofo Arthur Schopenhauer,
Muitas empresas responsáveis por esta a essência da natureza humana é a
extração, não têm a menor preocupação com aspiração constante, sem objetivo ou
o plantio de novas árvores, fazendo com que a repouso, ou seja, Schopenhauer afirma
escassez dos recursos naturais se torne um
que viver consiste em sempre querer
problema cada vez mais preocupante.
Muitas regiões que, em tempos não mais e aquilo que não temos, para quando
muito distantes, eram densamente povoadas as tivermos, sentirmos a necessidade de
por inúmeras espécies de animais silvestres, outras coisas, e assim sucessivamente.
graças à preservação de seu ambiente natu-
ral, nos dias de hoje, demonstram o descaso Como podemos perceber, o problema de
do ser humano para com a natureza, sendo escassez dos recursos torna-se um problema
uma área devastada pela ganância e incom- universal, ou seja, está presente em todos os
preensão das pessoas que só conseguem países, sejam eles desenvolvidos ou subde-
enxergar o dinheiro. senvolvidos: Como suprir as necessidades
Como pode uma pessoa se dizer preo- básicas do ser humano?
Economia - Aula 1 16 Instituto Universal Brasileiro
Observe as diferenças nestes dois casos

Nos países pobres, a população precisa


suprir suas necessidades básicas, tais como:
alimentação, vestuário, educação, saúde etc.
Como distribuir os recursos que são
limitados por um número determinado,
para uma vontade que é ilimitada, que não
tem fim e não para de querer sempre mais?

• Vitais ou primárias: são aquelas que


Necessidades Humanas (ilimitadas)

referem-se justamente a conservação da


própria vida. Ex.: água, comida, vestimentas

• Secundárias: são as que se referem


básicas para se proteger do frio etc.

ao aumento do bem-estar do indivíduo,


dando-lhe mais conforto e segurança em sua
vida. Ex.: viagens, roupas de marca, almoço
ou jantar em bons restaurantes etc.

Bens de Consumo (recursos limitados)


Livres: por serem encontrados em abun-
dância na natureza e pelo fato de não pode-
rem ser apropriados pelos homens, estes
Já nos países ricos, onde em geral, a
recursos não são controlados pela economia.
situação financeira da população é melhor,
Ex.: ar.
estas necessidades básicas, na maioria dos
De Consumo: atendem à satisfação
casos, já foram supridas. Dificilmente as
direta de necessidades. Podem ser subdivi-
pessoas destes países sofrem por não terem
• Duradouros: que se destinam a um
didos em:
condições para eliminarem suas necessidades
básicas.
uso por um espaço de tempo prolongado. Ex.:
Mesmo assim, as pessoas destes
• Não-duradouros: acabam em um
televisão, carro etc.
países mais ricos não deixam de sentir a
necessidade de sempre melhorarem seu
• Intermediários: são os bens de con-
intervalo de tempo menor. Ex.: biscoito etc.
padrão de vida. Estas necessidades são su-
pridas através de uma alimentação mais
sumo que certamente irão sofrer modificações,
variada, aparelhos eletrônicos sofisticados,
até se transformar em recursos para serem
automóveis, viagens etc.
consumidos. Ex.: farinha de trigo, que irá se
Portanto, como fora dito anteriormente,
• Finais: são recursos prontos para
transformar em um bolo.
independentemente da sociedade, meio
social, idade ou situação financeira em que se
serem consumidos e satisfazerem as necessi-
encontre qualquer indivíduo, sua vontade será
dades dos indivíduos. Ex.: bolo.
insaciável, restando à economia colocar em
harmonia o seguinte dilema: Economia, neste sentido, pode ser
compreendida como a ciência que trata dos
VONTADE HUMANA RECURSOS fenômenos relativos à produção, distribuição
ILIMITADA x LIMITADOS e consumo dos bens.

Economia - Aula 1 17 Instituto Universal Brasileiro


DEFINIÇÕES DE ECONOMIA

Estudando o sentido etimológico da


palavra economia, podemos constatar que ele
deriva de duas palavras gregas: oikos – que
significa casa, e nomos – que quer dizer
norma ou lei.
Teríamos, então, partindo do estudo
etimológico, a palavra oikonomia que em
seu sentido literal seria a “administração da
casa”, ou em um sentido mais abrangente:
“administração da coisa pública”.

Em sua definição, a economia busca


relacionar os recursos e a vontade humana.
Porém, como podemos verificar em nosso dia-
a-dia, sua atuação vai muito além, buscando,
justamente, tornar amistosa esta relação.

Outros pontos importantes

Também podemos afirmar que faz parte


Vejamos uma definição de economia do objeto de estudos da economia questões
dada pelos economistas Marco Antônio San- referentes à inflação, desemprego, salário,
doval de Vasconcellos e Roberto Luiz Troster produtividade, como fazer com que o agricultor
em seu livro Economia básica: ganhe mais, vendendo seus produtos ao
consumidor, que deve comprá-los a um bom
preço, entre outras questões.
Economia pode ser definida como a Desta forma, não devemos tomar estas
ciência social que estuda a maneira pela definições, até aqui expostas, como sendo
qual os homens decidem empregar recursos as únicas, ou mesmo, as que contemplem
escassos, a fim de produzir diferentes bens com maior exatidão o que vem a ser a
e serviços e atender às necessidades de economia.
consumo.
Só podemos ter uma visão mais ampla e
uma definição um pouco mais concreta do que
Como foi dito anteriormente, a economia vem a ser a economia, após termos com-
é justamente a mediadora entre os recursos preendido todas as análises feitas.
escassos e a vontade humana ilimitada, ou
seja, tenta colocar em harmonia estas duas HISTÓRICO DA ECONOMIA
variáveis.

A partir destas questões básicas e intro- A economia foi uma prática exercida
dutórias, podemos afirmar que a economia pelas pessoas, desde os tempos mais remo-
é uma ciência social, pois atua justamente tos, ou seja, já se fazia presente no princípio
nas relações estabelecidas na própria das civilizações, mesmo que de forma não
sociedade. sistematizada.
Economia - Aula 1 18 Instituto Universal Brasileiro
Quase que de forma unânime, os críti-
cos da história da economia afirmam que o
início da teoria econômica se deu no ano de
1776 com a publicação do livro: An Inquiry
As trocas realizadas pelas pessoas, ti- into the nature and causes of the wealth
nham como fundamento questões econômicas of nations, bastante conhecido como:
básicas. Como exemplo, poderíamos utilizar o A riqueza das nações de Adam Smith.
caso de um artesão que fabricava sapatos e
trocava-os por objetos de seu interesse. Em Grandes pensadores e suas teorias
uma destas trocas com um pescador, aceitou
um grande peixe por uma sandália. Adam Smith
Segundo a avaliação de ambos que es-
tavam envolvidos na negociação, a troca era Nasceu na Escócia no ano de 1723,
justa e vantajosa, tanto para o artesão, que onde viveu por quase toda a sua vida. Ele é
dispunha da técnica de fazer calçados, quanto considerado como o precursor da teoria eco-
para o pescador que era especialista na arte nômica, da forma sistematizada como temos
de retirar do rio grandes peixes. nos dias de hoje.
Seu livro é importante desde a época em
que foi publicado, pois é o primeiro a tratar
questões econômicas, tais como: aspectos
monetários, distribuição do rendimento da
terra e preços de produtos.
Na obra A riqueza das nações que é a
base e o fundamento do pensamento econô-
mico, o autor elabora um modelo abstrato
completo e relativamente coerente sobre a
natureza, o funcionamento e a estrutura do
sistema capitalista.
Neste livro são desenvolvidos modelos e
conceitos que muito influenciarão o pensa-
Estas transações entre pessoas destas mento econômico dos próximos séculos.
sociedades poderiam ser tomadas como o Um dos conceitos importantes é justa-
início da preocupação econômica, em que mente o da mão invisível, em que todas as
cada um dispunha daquilo que melhor sabia pessoas ou agentes de uma sociedade, em
fazer, para utilizar como objeto de troca e busca de lucrar o máximo, acabam promo-
adquirir outras coisas de que necessitasse. vendo o bem estar de toda a sociedade, ou
Desde as primeiras civilizações, as pes- seja, seria como se uma mão invisível orien-
soas sofriam com a escassez dos recursos. tasse as decisões econômicas.
Tribos nômades se instalavam em uma deter-
minada região até o momento em que ali
conseguiam alimento. Quando as terras se
tornavam estéreis, partiam em busca de
lugares mais férteis.
Muitos séculos se passaram para que a
economia deixasse de ser apenas uma prá-
tica inconsciente e tornar-se uma ciência
sistematizada do modo como temos nos dias
de hoje.
Economia - Aula 1 19 Instituto Universal Brasileiro
Vejamos uma citação retirada do próprio Thomas Robert Malthus
livro A riqueza das nações de Adam Smith:
Ao buscar a satisfação do seu interesse Em seu livro Principles of political
particular, o indivíduo atende frequentemente economy, publicado no ano de 1820, afirma
ao interesse da sociedade de modo muito que é o consumidor com sua vontade efetiva
mais eficaz que se pretendesse realmente de comprar quem faz com que a produção
defendê-lo. aumente.
Uma das formas de percebermos este Malthus tinha uma visão bastante pessi-
conceito na prática, poderia ser quando mista do desenvolvimento da humanidade em
avaliamos a concorrência entre determinados nosso planeta, afirmando que este era um
segmentos. problema econômico difícil de ser resolvido.

O ponto essencial da teoria de


Malthus: há uma falta de concordância
entre a reprodução da espécie humana e
Nos postos de combustíveis as condições de criar meios para que
estas pessoas, que não param de nascer,
possam sobreviver dignamente.

Segundo Malthus, a população mundial


cresce da seguinte forma:
16

8
4
2
1

Quando um determinado posto de com-


bustível resolve abaixar seus preços, a fim de
aumentar suas vendas e eliminar a concorrên- Ao passo que as formas de subsistência
cia, ele atende ao interesse da sociedade que, dos seres humanos em nosso planeta, cresce
a partir de um interesse particular, poderá na seguinte proporção:
pagar menos pelo combustível, forçando a
concorrência a abaixar o preço, se houver 5
4
interesse em se manter no mercado. 3
2
1
Este pensamento é a base do libera-
lismo econômico, uma vez que o interesse
individual contribui para a satisfação do inte-
resse geral, portanto, devemos deixar plena Portanto, para Malthus, um grande pro-
liberdade de ação aos interesses privados. blema a ser resolvido seria o de se colocar em
Smith ainda afirmava que a origem da ri- harmonia a taxa de crescimento populacional
queza se dá justamente no trabalho das pes- com seus meios de subsistência. Segundo o
soas, e não como afirmavam correntes autor, se estas variáveis não forem colocadas
anteriores ao seu pensamento que diziam que em harmonia, nosso planeta caminhará para
a origem da riqueza está no ouro ou na terra. uma grande catástrofe.
Economia - Aula 1 20 Instituto Universal Brasileiro
David Ricardo Foi em sua grande obra O capital que
Marx desenvolveu grande parte de seus
Outro teórico que muito influenciou o conceitos que muito serão discutidos em
pensamento econômico de sua época, sendo economia.
ainda muito consultado nos dias atuais. Ele se Seu pensamento pode ser dividido em:
colocou a fazer uma análise do rendimento da filosófico que se refere às questões sobre o
terra. materialismo histórico e a luta de classes, e
Desta análise, Ricardo concluiu que a econômico, referente à exploração e a evo-
distribuição destes rendimentos é determinada lução, porém alguns aspectos não permitem
pela produtividade das terras mais pobres, ou que se faça esta distinção.
marginais. Foi a partir deste estudo que surgiu
o termo marginalismo dentro da análise Neste tópico, iremos abordar mais as
econômica. questões econômicas, visto que é nosso
objeto de estudos. Segundo Marx, as questões
John Stuart Mill econômicas se dividem em:

Considerado um historiador do pensa- Exploração Evolução


mento econômico, pois sua obra condensa o
pensamento de seus antecessores, que fazem
parte da escola clássica. Porém, podemos Causa: Consequência:
afirmar que sua contribuição não se resume estática e aplicativa dinâmica e descritiva
em apenas sintetizar a história do pensamento
econômico.
O avanço dado por Mill ao pensamento A exploração para Marx é apresentada
econômico, se deu justamente ao incorporar sob dois aspectos que são complementares:
novos elementos ao pensamento da escola .Econômico: adotando a teoria do valor,
clássica da economia. desenvolvida pelos clássicos, Marx afirma que
Muitos outros autores tiveram grande o valor de uma mercadoria deveria ser
importância no desenvolvimento da economia determinado pelo tempo de trabalho para sua
até chegarmos nos moldes que temos hoje em produção.
dia, dentre eles, podemos destacar o pensa- .Social: o valor de uma mercadoria deve
mento do filósofo alemão Karl H. Marx, o qual pertencer a quem fornece o trabalho, ou seja,
estudaremos a seguir. ao operário.
Partindo do pressuposto que o valor de
Karl Marx e o Capital uma mercadoria deve ser maior ou menor, le-
vando em consideração o número de horas ne-
cessárias para sua produção, então teremos:

Produto
1 Produto
2

3 horas para 9 horas para


sua produção sua produção
Valor $ 100 Valor $ 300

Economia - Aula 1 21 Instituto Universal Brasileiro


Segundo Marx, o trabalho é a única O salário do trabalhador é estipulado de
fonte de valor, porém, os trabalhadores rece- acordo com um mínimo para sua sobrevivên-
bem apenas uma parcela dos frutos de seus cia, ao passo que aquele que dispõe dos
esforços. meios de produção, tentará prolongar ao
Ele distinguia o trabalho simples do traba- máximo a duração de sua jornada de trabalho,
lho qualificado, sendo que uma hora de trabalho com vista a aumentar a mais-valia.
qualificado poderia valer por duas, três, quatro
Economia, neste caso, pode ser defi-
ou mesmo cinco horas do trabalho simples.
nida como a ciência social que estuda a
maneira pela qual os homens decidem em-
pregar recursos escassos, a fim de produ-
zir diferentes bens e serviços e atender às
necessidades de consumo.
Reflita sobre a exploração
Um de seus principais conceitos foi o da OBJETIVOS E PROBLEMAS
exploração. Marx dizia que sendo o valor ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS
das mercadorias criado pelo trabalho, o
justo seria o lucro ir para a mão de quem Um dos objetivos da economia seria o
forneceu o trabalho, que seria justamente o de, a partir do esforço individual de cada pes-
trabalhador. soa, criar boas políticas que tenham como
Como o trabalhador não recebe o valor funções: diminuir de forma considerável os
integral de seu trabalho, não lhe é possível ad- problemas e aumentar os benefícios, ou seja,
quirir nem ao menos os produtos que produz, através do trabalho do indivíduo, a economia
tornando-se, desta forma, uma vítima do capi- deve buscar formas que façam com que ele
talismo. Isto acontece porque no regime ganhe mais, com um mínimo possível de
capitalista as trocas são desiguais e injustas. perdas ou prejuízos.
A exploração dos trabalhadores é de-
monstrada justamente nestas relações, em
que os acordos entre os empregadores e
empregados não são feitos com igualdade,
desta forma, os trabalhadores tornam-se
escravos do sistema capitalista. Na feira
Porém, segundo Marx, esta exploração
não é culpa somente daqueles que detêm os
meios de produção, mas é inerente ao regime
capitalista, ou seja, só irá cessar com o desa-
parecimento do próprio capitalismo.

Reflita sobre a mais-valia

Ao ir a feira comprar frutas e legumes,


tanto a pessoa que está comprando, como a
que está vendendo, estão praticando questões
relacionadas à economia: as variações de
preços, o que está em alta, o que está em
falta, a qualidade da mercadoria etc.
Economia - Aula 1 22 Instituto Universal Brasileiro
Segundo o autor José Paschoal
Rossetti em seu livro Introdução à eco-
nomia, hoje a economia se ocupa tam- Este é um outro problema
bém do desenvolvimento, da inflação de que a economia busca resolver:
preços, do desemprego, do nível de melhorar a distribuição de renda entre os
renda social, das recessões e da plena países e as pessoas, priorizando, desta
utilização dos escassos recursos do forma, a qualidade de vida daqueles que mais
sistema econômico. necessitam.

Vejamos alguns dos objetivos da


economia e vários problemas levantados por
Rossetti:

• Distribuição de renda – ao observar-


mos o mundo em que vivemos, podemos per-
ceber que ele pode ser dividido em dois
grandes grupos, de um lado os países ricos,

• Emprego – este é um outro grande pro-


onde as pessoas, de um modo geral, usufruem
de boas condições de vida; do outro lado,
países pobres que assistem a espetáculos blema a ser resolvido pela economia. Como
cruéis como a falta de alimento e as péssimas criar vagas capazes de fazer com que todas
condições de vida. as pessoas que estejam desempregadas
consigam uma forma honesta de sobreviver? A
reflexão sobre esta pergunta veremos em
lições posteriores.

Análise da situação econômica


do nosso país

Não precisaríamos nem ao menos anali-


sar a questão mundial para perceber estas
questões. O Brasil ocupa um dos primeiros

• Preços – a estabilização dos preços


lugares na lista da má distribuição de renda no
mundo.
Em nosso país, podemos verificar famí- dos produtos é um outro objetivo perseguido
lias vivendo nas mesmas condições de pes- pela economia. O problema consiste em qual
soas que vivem em países ricos como: França, a melhor forma de fazer com que os produtos
Inglaterra, EUA etc., tendo um ótimo padrão de adquiridos por uma dona de casa neste mês,
vida. mantenham-se no mesmo valor para os
Porém, se considerarmos o outro lado próximos meses. Diante de tantas oscilações,
da moeda, a situação é bem diferente. em um mundo globalizado, onde, uma crise na
Milhões de brasileiros vivem em condições China, pode afetar diretamente o preço dos
abaixo do nível de pobreza, igualando-se produtos nos mercados de todo o mundo, este
a muitos países africanos que são muito torna-se um problema bastante complexo de
pobres. ser resolvido.
Economia - Aula 1 23 Instituto Universal Brasileiro
• Crescimento econômico – este é o
objetivo tanto de países ricos como de países
pobres, pois aqueles que são ricos anseiam
tornar-se mais ricos, ao passo que os países
pobres sonham com o crescimento econô-
mico para melhorar as condições de vida de
sua população.
O crescimento econômico é demons-
trado pela solução dos problemas anterior-
mente descritos.
Concluímos este tópico afirmando que o 1ª soma: valor 2ª soma: o valor dos
principal objetivo da economia é a satisfação individual dos fixadores já estaria
das necessidades humanas de forma justa e fixadores embutido na unidade
igualitária monetária do carro

RENDA, PRODUTO E
Problema: dupla contagem
DESENVOLVIMENTO

A economia de um país depende basica- Existem alguns produtos que são utiliza-
mente, do desenvolvimento de seu produto, dos como matéria-prima na produção de ou-
obtido através de uma maior renda, estes são tros, caso sejam contados no momento em
fatores primordiais para o início e sustentação que saem da empresa que os fabricou. Seriam
econômica de uma nação. contados duas vezes, pois servirão de insumo
O bem-estar de uma nação pode ser para outros produtos.
observado a partir de variáveis como: pobreza,
moradia, desemprego, desigualdade, condi- Vejamos um exemplo desta dupla contagem.
ções de saúde, educação etc. Uma empresa automobilística adquire de
outras empresas diversos componentes que
Por produto podemos compreender a constituirão o carro que deve ser considerado
somatória de todas as coisas que foram como o produto final. Dentre estes componen-
produzidas no país durante um determinado tes, está toda a linha de fixadores: porcas,
período de tempo, geralmente um ano. parafusos, arruelas etc. Se a contagem do
produto fosse feita desde a empresa que forne-
ceu os fixadores, teríamos uma dupla contagem.
Porém, alguns problemas surgem na
tentativa de fazer a somatória do que foi
produzido no país. O primeiro problema é
como poderemos somar coisas tão distintas,
exemplo: geladeira + automóvel + telhas?
Os economistas para realizarem esta
somatória, expressam os valores de cada
objeto distinto, em unidade monetária, que
é o que viabiliza esta soma.
Para evitar este tipo de problema, os eco-
Um outro problema no cálculo do
nomistas contabilizam, no cálculo do produto
produto nacional bruto (PNB), nome dado
nacional bruto, somente o produto final, que
ao valor da somatória do produto, é o da
é justamente aquele que será adquirido pelo
dupla contagem.
consumidor. No caso do exemplo anterior, só
Economia - Aula 1 24 Instituto Universal Brasileiro
será contabilizado o valor monetário do auto- Vamos então, ver o que vem a ser
móvel. Todas as peças que o compõem, que e quais são os objetos de estudos da
foram adquiridas pela empresa que o monta, microeconomia e da macroeconomia dentro
não entrarão no cálculo. de um sistema econômico e financeiro de um
país.
Vejamos suas definições básicas:
Microeconomia

Parte da economia que estuda o funciona-


mento de agentes econômicos individuais.

Macroeconomia
Parte da economia que estuda o
É a partir da avaliação do produto de um funcionamento do sistema econômico
país que podemos verificar se houve cresci- como um todo.
mento ou não de sua economia, ou seja, o
desenvolvimento de um país está diretamente A partir destas definições, podemos
relacionado com sua produtividade. Então desenvolver o seguinte esquema para
teremos o seguinte esquema: compreendermos a função da micro e da
macroeconomia:
Produto Desenvolvimento
Renda
Nacional Econômico e Macroeconomia: ocupa-se do
maior
Bruto-alto Social comportamento global do
sistema econômico.
Importante: O desenvolvimento
econômico de uma nação é verificado
através do crescimento contínuo da renda
ao longo do tempo, estimulado pelo sistema
crescimento do produto. econômico

MICROECONOMIA E Microeconomia: ocupa-se


MACROECONOMIA da análise do comportamento das
unidades econômicas.
Estas são duas áreas de estudos distin-
tas, cuja finalidade pode ser considerada a Podemos afirmar que a microeconomia
mesma: a compreensão da situação econô- ou teoria dos preços, como também é bas-
mica de um país. Porém, cada uma delas tante conhecida, tem vários campos de
parte de seus próprios objetos de estudos estudos dentro de um sistema econômico.
para alcançar sua finalidade. Vejamos alguns:
• Consumidores
• Proprietários de recursos
• Empresas
MICRO

• Salários
• Preços de produtos
economia
MACRO • Fatores relacionados à produção
• Mercados
Economia - Aula 1 25 Instituto Universal Brasileiro
A macroeconomia estuda o sistema eco- Nesta matéria, desenvolveremos aspec-
nômico como um todo, reduzindo esta análise tos relacionados a micro e a macroeconomia.
a um número limitado de variáveis, ou seja, na Como exemplo, poderíamos citar o item ante-
macroeconomia a economia é estudada não rior renda, produto e desenvolvimento que
a partir de suas partes, mas de seu todo, de são aspectos estudados pela macroeconomia
forma global. Vejamos algumas das principais (produtos nacionais).
áreas de estudos da macroeconomia: Daremos continuidade ao estudo da
economia, tratando de um outro assunto muito
- Taxa de câmbio importante para compreendermos melhor as
- Balanço de pagamentos relações estabelecidas entre as unidades
Macroeconomia - Renda de um sistema econômico: A empresa e a
- Produtos nacionais produção, itens referentes ao campo de
- Emprego/desemprego estudos da microeconomia.
- Taxas de juros.

Aula 1

1 – Segundo Arthur Schopenhauer, qual a constante aspiração humana?

R:_____________________________________________________________________

2 – Bens de consumo podem ser divididos em: livres, de consumo, intermediários e finais.
São características dos bens intermediários:

a) ( ) o fato de não poderem ser apropriados pelas pessoas.


b) ( ) atenderem à satisfação direta de necessidades.
c) ( ) são bens que irão sofrer modificações até se tornarem recursos para serem consumidos.
d) ( ) são produtos prontos para serem consumidos.

3 – Independentemente da sociedade, meio social, idade, situação financeira, a vontade


do indivíduo é insaciável, restando a economia colocar em harmonia ___________
versus __________________

4 – Qual o principal pressuposto da economia?

R: ____________________________________________________________________

5 – Associe os seguintes conceitos:

( 1 ) Macroeconomia ( ) estuda os agentes econômicos individuais.

( 2 ) Microeconomia ( ) estuda o funcionamento econômico global

Economia - Aula 1 26 Instituto Universal Brasileiro


• Terra (área)
• Trabalho (mão-de-obra)
• Capital (físico)
• Produtos (matérias-primas)
AULA 2
A EMPRESA E A PRODUÇÃO
Uma empresa utiliza os fatores de pro-
dução de modo que estes resultem no
produto final. Para efetuar a produção, muitas
Empresa
vezes, necessita de bens e serviços produzi-
A empresa é considerada, na economia
dos por outra empresa.
mundial, um dos fatores imprescindíveis no
desenvolvimento de um país. Partindo do
pressuposto que o produto nacional é
medido a partir dos produtos finais produzidos,
já podemos perceber sua importância.
Muitos outros fatores relacionados à
A produção do pão nosso de cada dia
economia ainda dependem das empresas,
Vamos focar o ingrediente principal.
tais como: a questão do desemprego, pre-
Você compra o pão na padaria. Para fabricar
ços, mercado, concorrência, entre outros.
o pão, a padaria precisa adquirir a farinha de
Empresa é uma organização que trigo de uma outra empresa. A empresa que
produz algo, pode-se dizer que este é o produz a farinha de trigo, compra o grão
seu principal objetivo. Por meios técnicos, in natura do agricultor.
produz bens, serviços e produtos, estes Neste caso, o pão seria o produto final. A
elementos são resultado de todo um farinha de trigo seria um bem interme-
processo de produção. diário. O grão in natura, a matéria-prima.

Produção Muitas vezes, uma empresa para


Os bens e serviços são considerados uti- produzir algo, depende de fatores de produção
lidades econômicas que satisfazem as nossas de uma outra empresa, ocorrendo uma
necessidades. Desse modo, a produção pode interdependência entre as empresas.

• Produção de bens econômicos -


ser classificada como: Os bens adquiridos por uma empresa,
para serem transformados em produtos,

• Produção de serviços - serviços de • Bens finais - produzidos pela


alimentos, remédios, máquinas etc. podem ser divididos em:

transporte, diversões públicas, serviço médico empresa até seu término e vendidos direta-
etc. mente ao consumidor, como produtos finais.
Veja o exemplo do pão.
No campo da economia, o conceito de
produção não é diferente, produzir significa Pão = produto final
criar bens ou serviços, oferecendo-os à
venda ou à troca. • Bens intermediários: são produtos
que entrarão na montagem dos produtos
Fatores de Produção fabricados pela empresa que os adquiriu. Ex.:
Para se produzir algo são necessários os uma empresa automobilística que compra, de
fatores de produção. Estes fatores são bens uma outra empresa, pneus para a montagem
e serviços transformáveis em produtos. de seus automóveis.
O processo de produção envolve basicamente,
quatro fatores, que são: Pneus = bens intemediários

Economia - Aula 2 27 Instituto Universal Brasileiro


• Matéria-prima: é justamente o material Muitos são os fatores que formam os
ainda não trabalhado por outra empresa que custos de uma empresa, estes custos
será utilizado na fabricação dos produtos de variam de empresa para empresa. Porém,
quem o adquiriu. Exemplo: minérios compra- o cálculo dos custos na visão econômica é
dos por um empresa que fabrica pisos e diferente dos cálculos realizados na
revestimentos cerâmicos. contabilidade da empresa.
Enquanto no cálculo dos custos da
Minérios = matéria-prima contabilidade é levado em consideração
somente custos explícitos, ou seja, os gas-
A empresa, antes de iniciar sua produção tos expressos formalmente e com clareza,
deve ter em mente as seguintes questões: tais como: matéria-prima, salário, impostos
O quê? etc., no cálculo dos custos, na visão eco-
PRODUZIR Para quem? nômica, levam-se em consideração os
Como? custos explícitos somados aos custos
implícitos.
As respostas para estas perguntas Por custos implícitos, podemos com-
constituem o objeto de estudo da economia preender aqueles que estão incluídos,
aplicada às empresas. mas não de modo claro, ou seja, ficam
subentendidos. Estes custos são estipu-
Eficiência na produção lados a partir do que poderia ser ganho
Para que uma empresa possa escolher o quando os recursos da empresa são bem
processo de produção, deve-se avaliar a sua utilizados. Ex.: a capacidade máxima de
eficiência, tanto do ponto de vista tecnológico produção de uma máquina ou ferramenta.
como econômico. A eficiência tecnológica Desta forma, para que uma empresa
permite produzir uma mesma quantidade demonstre estabilidade financeira e eco-
de produto, utilizando menos fatores de nômica, o resultado de seus custos eco-
produção. A eficiência econômica permite nômicos deve ser maior que o de seus
produzir uma mesma quantidade de produto, custos contábeis.
com menos custos envolvidos na produção au- Os custos de uma empresa podem
mentando desta forma, o lucro para a empresa. ser divididos basicamente em:
Eficiência tecnológica - permite
produzir uma mesma quanti- Custos Custos
dade de produto, utilizando econômicos contábeis
menos fatores de produção.
LUCRO
Eficiência econômica - per- • Custos fixos (CF): são aqueles
mite produzir uma mesma
associados aos fatores de produção que não
quantidade de produto, com
menos custos na produção. variam em um curto espaço de tempo, ou seja,
são fatores fixos que não sofrem alterações
com o aumento da produção. Exemplo: alu-
CUSTOS DA PRODUÇÃO guéis, impostos, seguros etc.

Custos da produção é justamente o • Custos variáveis (CV): estes variam


valor gasto pela empresa para produzir uma de acordo com a variação da produção, pois a
determinada quantidade de produtos; seria a ela estão intimamente ligados. São eles: ma-
somatória de todos os gastos com a produção. téria-prima, maquinário, energia elétrica, mão-
de-obra etc.
Economia - Aula 2 28 Instituto Universal Brasileiro
• Custo total (CT): dá-se justamente Custos Médios
pela somatória dos custos fixos mais os custos Além dos custos fixos, custos variáveis e
variáveis, resultando nos custos totais de sua do custo total, poderíamos ainda calcular os
produção. custos médio (CMe), que são equivalentes a
cada unidade produzida, ou seja, por meio dos
custos médios, pode a empresa saber
quanto foi o custo de cada unidade produzida.
Os custos médios são calculados a partir
da divisão do custo total (CT), calculado anterior-
mente, pelo número total de peças produzidas
pela empresa em um determinado período (Q).

CMe = CT
Q

Vejamos um exemplo utilizando ainda o


caso citado:

Um exemplo prático do cálculo dos CMe = CT = 4 000,00 CMe = 10,00


custos de uma empresa Q 400
Uma empresa de borracha apresentou o Portanto, teríamos $ 10,00 de custo em
seguinte balancete mensal para realização dos cada unidade produzida.
cálculos de custo:
Descrição dos gastos Fixos Variáveis Valor $
Água X 200,00
Aluguel X 800,00
Energia elétrica X 300,00 Observe a diferença entre os custos

• Curto prazo: tem como caracterís-


Imposto X 500,00
Mão-de-obra X 400,00

• Longo prazo: é constituído apenas


tica os custos fixos e os custos variáveis;
Maquinário X 800,00
Matéria-prima X 600,00 pelo custo variável, pois, a longo prazo, uma
Seguro X 400,00 empresa não possui custos fixos.
Número total de unidades produzidas (Q): 400 peças
A EMPRESA E OS LUCROS
Então teríamos:
• Custos fixos (CF) = aluguel + imposto Como sabemos, a busca principal de
+ seguro = 800,00 + 500,00 + 400,00 = $ 1 700,00 grande parte das empresas é justamente o
lucro, quanto maior e mais lucrativa for

• Custos variáveis (CV) = água + ener-


uma empresa, mais conceituada será no
panorama econômico mundial.
gia elétrica + mão-de-obra + maquinário + ma-
téria-prima = 200,00 + 300,00 + 400,00 +
800,00 + 600,00 = $ 2 300,00 O lucro pode ser compreendido
como ganhos, vantagens ou benefícios
• Custo total (CT) = CF + CV = 1 700,00
que se obtêm com a venda de bens ou com
uma atividade.
+ 2 300,00 = $ 4 000,00
Economia - Aula 2 29 Instituto Universal Brasileiro
Sabendo que o objetivo principal das $ Custo empregado em sua produção
empresas é o lucro, podemos afirmar que

}
farão o possível e o impossível para aumentar
cada vez mais seus lucros, da mesma forma
que os consumidores de seus produtos
buscarão aumentar sua satisfação ao adquiri- $ LUCRO
rem tais produtos.

}
EMPRESA CONSUMIDOR
maximização dos lucros maximização da satisfação
$ Valor total do produto

A solução para este dilema entre PRODUÇÃO E BENEFÍCIOS


empresa e consumidor só se dá com a
dinamização dos meios de produção. A O benefício de uma empresa está
empresa deve produzir mais itens que tenham ligado diretamente à sua produção. É justa-
como características principais: bom preço, mente a vantagem ou proveito para ser ad-
qualidade, assistência etc, diminuindo de quirida através da venda de seus produtos e
forma considerável os refugos. obtenção dos lucros.
A partir desta iniciativa da empresa, cer-
tamente os dois agentes envolvidos neste pro-
cesso serão beneficiados: o consumidor que Produção Lucros Benefícios
irá adquirir um produto que o deixará plena-
mente satisfeito e a empresa que obterá maio-
res vendas e, assim, maiores lucros. Como foi dito anteriormente, a produção
de uma empresa, deve ser compreendida
como uma atividade que busca satisfazer os
desejos de outras pessoas que adquirem seus
produtos.
A empresa só obterá maiores lucros e,
desta forma, mais benefícios, através de uma
boa combinação de seus recursos produtivos
que podem ser basicamente classificadas

• Terra ou recursos naturais - a terra,


em três:

os minerais e outros recursos naturais são im-


portantes meios utilizados na obtenção de
vários produtos, servem, geralmente, como
Receitas são os valores obtidos com matéria-prima na obtenção de inúmeros pro-
a venda dos produtos que foram fabricados. dutos manufaturados. No caso específico da
Lucro seria justamente o valor total terra, ela entra como um elemento primordial

• Trabalho - é um dos recursos mais


cobrado pelo produto, subtraindo deste valor para o bom desenvolvimento da agricultura.
os custos envolvidos em sua produção.
empregados na indústria moderna, pois é a
partir da somatória de vários esforços (divisão
Podemos observar que o custo empre- do trabalho), e da otimização destes esforços,
gado na produção está incluído no valor total que será dado o ritmo de uma produção bem
do produto como mostra a representação que como a garantia da qualidade do material
destaca esses dois fatores. produzido.
Economia - Aula 2 30 Instituto Universal Brasileiro
• Capital - refere-se às questões de
investimento em maquinário, ferramenta,
bons equipamentos de medição, planta da
empresa, especialização de mão-de-obra,
bem como o pagamento de salários justos
às pessoas envolvidas com a produção. Análise gráfica da eficiência econômica de
No início desta lição, colocamos uma uma empresa num determinado período
questão muito importante a ser respondida
pelos empresários, antes mesmo de iniciarem + lucro
sua produção:

O quê?
PRODUZIR Para quem?
Como?

Importante: Uma boa combinação de


recursos produtivos, que são terra e recur- janeiro fevereiro março abril maio junho
sos naturais, trabalho e capital, é a melhor
Custos empregados na produção
forma de produzir, com os meios de que a
empresa já dispõe.
Total de produtos produzidos

Esta é uma questão fundamental para o


bom desenvolvimento da produção, obtenção Como podemos verificar, ao longo de
de mais lucros e benefícios para a empresa, seis meses esta empresa conseguiu diminuir,
funcionários e, principalmente, para os de forma considerável, seus custos envolvidos
consumidores. na produção, mantendo a mesma quantidade
Portanto, é somente a partir do desen- de produtos produzidos.
volvimento destas políticas produtivas, asso- Esta diminuição nos custos da produção
ciadas à somatória de todos os agentes se dá, em grande parte, através de uma boa
envolvidos no processo de produção de bens combinação dos recursos produtivos.
de consumo, que a empresa poderá obter Uma outra forma da empresa obter
seus lucros, ou amargar o prejuízo. maiores benefícios é o investimento em
tecnologia para o bom desenvolvimento de
? seu processo produtivo.

LUCRO PREJUÍZO A TECNOLOGIA

A tecnologia voltada para a produção


pode ser compreendida como o conjunto de
EMPRESA conhecimentos científicos que se aplicam a
um determinado ramo de atividade.

Uma forma da empresa manter seus Podemos afirmar que existem inúmeras
benefícios é a eficiência econômica que é a formas de se produzir o mesmo produto em
obtenção da mesma quantidade de produtos uma empresa. Estas formas variam quanto ao
produzidos, diminuindo, de forma considerável, emprego de técnicas ou equipamentos que
os custos em sua produção. viabilizem o processo produtivo.
Economia - Aula 2 31 Instituto Universal Brasileiro
A partir do desenvolvimento tecnológico O estudo para esta substituição come-
dos meios de produção, a empresa poderá ça pelo trabalho de projetistas que analisam
obter uma maior quantidade de produtos o trabalho realizado, projetando um equipa-
aplicando de forma inteligente os fatores mento que seja capaz de realizar esta
empregados na produção: recursos naturais e mesma tarefa, se possível, de forma mais
mão-de-obra, resolvendo problemas funda- eficiente e mais rápida que a mão-de-obra
mentais de economia. ali empregada.
A tecnologia é uma das melhores armas O segundo passo, depois de projetado
contra a concorrência. É a partir dela, que a e feito o equipamento, é colocar em prática
empresa poderá abater no preço final do e verificar sua funcionabilidade para depois
produto a economia feita em sua produção, começar a produzir.
pelo fato de produzir mais com menos custos, O resultado final desta substituição,
repassando este valor aos consumidores. será o aumento dos lucros para a empresa
Dentro de um sistema produtivo, a pois este equipamento substituirá o trabalho
tecnologia atua basicamente nos seguintes de dez funcionários que ali trabalhavam.
aspectos: Após a empresa recuperar o custo

{
- Pesquisas investido neste equipamento, seus lucros
- Projetos serão bem maiores, obtendo benefícios para
- Equipamentos a empresa e seus consumidores.
TECNOLOGIA - Análise de materiais
- Instrumentos de medição Tecnologia X Desemprego
- Análises laboratoriais Na empresa automobilística podemos
- Técnicas verificar com mais clareza estas mudanças
tecnológicas nos meios produtivos, muitos
setores dispensam quase que totalmente a
mão-de-obra, dando lugar a robôs que
comandam toda a produção.
O lucro gerado a partir desta mudança,
Um exemplo prático do desenvolvi- se dá pelo fato do robô não necessitar
mento tecnológico de um sistema produtivo: de férias, assistência médica, alimentação,
Uma empresa automobilística tem inte- salário etc.
resse em diminuir os custos produtivos do
setor de solda de portas de automóveis ali A eliminação de campos de tra-
produzidos, substituindo parte da mão-de-obra balho demonstram que as pessoas
empregada no trabalho por máquinas ou robôs devem se especializar cada vez mais
que sejam capazes de efetuar esta mesma para não amargar na fila do desem-
função. prego, pois a nova realidade mundial
requer pessoas altamente qualificadas
para comandar e fazer manutenção nestes
equipamentos.

Fases para a implantação de tecnologia


Como podemos verificar no exemplo
citado anteriormente, o desenvolvimento
tecnológico de um setor produtivo obedece
três fases distintas para sua aplicação:

Economia - Aula 2 32 Instituto Universal Brasileiro


Obedecendo a estas três fases, a Empregador
empresa poderá empregar os meios tecnoló-
É aquele que, pelo fato de possuir
gicos capazes de otimizar sua produção, au-
os meios de produção, contrata, através
mentando seus lucros e os benefícios para a
do pagamento de salários, trabalhadores
empresa.
para desenvolver tarefas, com vistas ao
desenvolvimento de produtos ou serviços
Projetar para serem vendidos a outras pessoas.

Colocar em prática

Produzir

TRABALHADOR, EMPREGADOR
E CONSUMIDOR

Todo e qualquer sistema econômico Consumidor


se sustenta sobre estes três pilares que são É justamente aquele que adquire
a base da economia mundial: trabalhador, os produtos ou serviços fabricados pelos
empregador e consumidor. trabalhadores, que foram contratados
Vamos definir e estabelecer as possíveis pelos empregadores, ou seja, seria aquele
distinções entre estes três modos de atuação que consome, um indivíduo ou instituição
social, existentes em todas as sociedades que compra bens para seu consumo.
capitalistas.
Trabalhador
A palavra trabalhador, deriva do
verbo trabalhar, desta forma, seria jus-
tamente aquele que executa o trabalho.
Geralmente, este trabalhador, por não
possuir meios de produção, vende sua
força de trabalho para aqueles que pos-
suem tais meios de produção.

Como podemos verificar, existe uma


interdependência entre estas três funções
dentro de um sistema econômico. Todas elas
são de igual importância e dependem umas
das outras para o bom desenvolvimento dos
negócios.
O elo de ligação entre essas três funções
se dá justamente por meio do produto, pois é
a partir dele que serão garantidos o paga-
mento do trabalhador, o lucro para o empre-
gador e a satisfação do consumidor.
Economia - Aula 2 33 Instituto Universal Brasileiro
Neste exemplo, o lucro do empregador
Trabalhador Empregador poderia ser um pouco menor, aumentando,
desta forma, os ganhos para os trabalhado-
res e para os consumidores, que poderiam
comprar seus produtos por um preço mais
acessível.
Produto Consumidor Um dos pricipais problemas econômicos
do capitalismo é justamente este: a questão
dos ricos se tornarem cada vez mais ricos e os
pobres (aqueles que não dispõem dos meios
de produção), cada vez mais pobres e impos-
sibilitados de mudarem esta situação.

Durabilidade dos produtos


O conflito principal neste sistema, Uma outra questão muito interessante na
segundo Karl Marx, está na questão da sociedade moderna, é o fato de como os pro-
exploração. Especificamente no sistema dutos produzidos e vendidos têm uma durabi-
capitalista em que o lucro maior fica para lidade menor do que os mesmos produtos
aqueles que dispõem dos meios de pro- produzidos antigamente.
dução, ou seja, os empregadores. Podemos verificar esta questão anali-
sando os automóveis. Antigamente, a lataria
O conflito é gerado pelo fato do de um carro era muito mais resistente do que
trabalhador exigir para si um sálario melhor, a dos que são fabricados hoje. Peças que
melhores condições de trabalho, assistência eram feitas em ferro, foram substituídas pelo
médica, alimentação etc. plástico.
O consumidor, por sua vez, busca Estas mudanças foram feitas, em muitos
sempre produtos com preços baixos e mais casos, pensando nas vendas. Não é interes-
benefícios, tais como qualidade, durabili- sante para uma empresa capitalista, fabricar
dade, assistência técnica etc. um produto que dure “para sempre”. O ideal é
Em contrapartida, o empregador busca que o produto tenha uma certa durabilidade,
sempre maximizar seus lucros, diminuindo os mas que tenha desgastes, para que o consu-
custos na produção. midor venha a adquirir peças de reposição, ou
mesmo, um outro produto.
É desta forma que a empresa mantém
seus benefícios, criando políticas que priorizem
o lucro, garantindo a estabilidade financeira
para o bom desenvolvimento de seus negócios.
Lucro X Salário
Um empregador tem um lucro mensal SALÁRIO
com a venda de seus produtos de $ 30. 000,00. Salário é a forma de pagamento
Este mesmo empregador, emprega funcioná- devida pelo empregador ao empregado.
rios pagando um salário mensal de apenas
$ 600,00. O salário pode ser compreendido como
Como podemos verificar, neste caso um objeto de troca entre o empregador, que
típico do sistema capitalista, não há uma possui os meios de produção, e os trabalha-
divisão equitativa dos lucros. A divisão equi- dores, pessoas contratadas para desenvolve-
tativa manifesta senso de justiça e respeito rem algum tipo de atividade visando lucros
à igualdade de direitos. para a empresa.
Economia - Aula 2 34 Instituto Universal Brasileiro
Toda e qualquer empresa só contratará Uma outra forma de salário, muito
um trabalhador ou o manterá em seu quadro comum para profissionais da área de vendas,
de funcionários, até o momento em que o valor é a comissão. Este tipo de ordenado está
produzido por ele, seja, maior que o custo de diretamente relacionado à venda de produtos:
sua contratação. a pessoa que realizou as vendas recebe uma
porcentagem do valor do produto vendido.
Quantia paga Geralmente, as empresas que usam
ao trabalhador esta forma de pagamento combinam com o
trabalhador um salário fixo, somado a comis-
}
são sobre as vendas executadas.
Esta é considerada uma atitude
motivadora que faz com que os trabalhadores
desenvolvam formas de aumentar suas
vendas a fim de aumentarem seu salário final.
}
Valor total produzido pelo trabalhador Sindicatos
Os sindicatos têm uma função primordial
Chamamos de assalariados todas as na conquista de melhores salários. A relação
pessoas que dependem do salário recebido entre trabalhadores e empregadores, em
em troca de esforço na produção de bens. uma sociedade capitalista, parte de interesses
Estes bens e os lucros obtidos em opostos
suas vendas são de propriedade daqueles A guerra é declarada a partir do mo-
que possuem os meios de produção: os mento em que se fala em diminuir os lucros
empregadores, responsáveis pelo pagamento daqueles que possuem os meios de produ-
dos salários. ção. Os sindicatos teriam o papel de
A crítica de Marx consiste em que o advogados dos trabalhadores, lutando por
valor de uma mercadoria deveria pertencer melhores salários e condições dignas de
a quem fornece o trabalho, ou seja, ao trabalho.
operário. A partir da intervenção dos sindicatos foi
O salário, geralmente, é o resultado de criado um teto mínimo para o pagamento dos
um acordo entre os empregadores e empre- trabalhadores: o salário mínimo.
gados. Pode ser pago diariamente, semanal-
mente, a cada quinze dias, mensalmente, Retrospectiva histórica
podendo estar atrelado à produção ou não. Com a Revolução Industrial, no século
XIX, teve início a remuneração do trabalhador.
Formas de salário Antes disso, cada pessoa produzia seus
Se for ligado à produção, o trabalhador próprios utensílios, para uso próprio ou para
buscará sempre aumentar a quantidade de trocas. A única mão-de-obra existente era a
unidades produzidas para aumentar seu sa- escrava. Trabalhava-se para um senhor, que
lário, que está ligado diretamente à sua pro- era tido como seu dono e, em troca de seu
dutividade. trabalho, recebia-se o mínimo para satisfazer
suas primeiras necessidades: alimentação,
A cada 1.000 moradia, vestimentas etc.
$ 1.000,00
peças produzidas Os escravos não podiam exigir nada,
seu trabalho era realizado em péssimas con-
Os salários geralmente são pagos em dições, muitas vezes trabalhavam até 18 horas
dinheiro, que é justamente uma quantidade por dia e recebiam restos de comida e velhas
combinada entre o empregador e o empregado. vestimentas.
Economia - Aula 2 35 Instituto Universal Brasileiro
A partir do século XIX, esta forma de Mesmo as necessidades primárias, em
exploração foi sendo substituída pelo trabalho muitos casos, não são atendidas. É quase
assalariado, que é a forma de recompensa impossível imaginar como uma família (pai,
econômica mais comum nas sociedades mãe e dois filhos) consegue “sobreviver” tendo
capitalistas. que pagar: aluguel, alimentação, água, luz,
Porém, muitos autores questionam se material escolar, remédios etc, recebendo
realmente os trabalhadores dos dias atuais apenas um salário mínimo.
conseguiram se ver livres da exploração A luta por um salário digno continua
imposta aos escravos. sendo a meta de todos os trabalhadores, para
Existem muitos países em que a a construção de uma sociedade mais justa.
mão-de-obra é quase escrava. Com vista à di- A compreensão das relações estabeleci-
minuição dos custos nas vendas de seus pro- das entre as empresas e os trabalhadores nos
dutos, muitos empregadores diminuem o meios de produção, visando os consumidores,
salário de seus funcionários a um extremo que analisando os conflitos e problemas existen-
se assemelham ao tempo da escravatura. tes, foi o objetivo desta aula.

Aula 2

1) Empresa é uma organização que produz algo. Os produtos os quais ela produz podem
ser divididos em:
a) ( ) bens finais e bens intermediários. c) ( ) bens intermediários.
b) ( ) bens privados e bens finais. d) ( ) bens privados e sociais.

2) Sob o ponto de vista econômico, podemos dizer que é uma


________________ que produz bens e serviços.

3) A eficiência tecnológica diferencia-se da eficiência econômica por permitir a:


a) ( ) produção de uma mesma quantidade de produto com menos custos envolvidos.
b) ( ) produção de diferentes tipos de produtos com mais custos envolvidos.
c) ( ) produção de uma mesma quantidade de produto com menos fatores de produção.
d) ( ) produção de uma mesma quantidade de produto, utilizando mais fatores de produção.

4) Explique os diferentes tipos de custos.

a) Custo Fixo (CF) ______________________________________________________


b) Custo Variável (CV) _____________________________________________________
c) Custo Total (CT) ________________________________________________________

5) Qual a melhor definição de lucro?

R: _____________________________________________________________________

6) Comente os aspectos positivos e negativos da Tecnologia na Produção.

R: _____________________________________________________________________
Economia - Aula 2 36 Instituto Universal Brasileiro
dinheiro para sua sobrevivência, e assim
por diante. Este tipo de trabalho também é
AULA 3 bastante conhecido como trabalho informal.
DESEMPREGO

O desemprego é um dos grandes


terrores de muitos países do mundo, é um
dos elementos mais significativos da pobreza
mundial.
Seus efeitos recaem sobre o desempre-
gado, que sofrem diretamente com exclusões Muitos destes comerciantes já tiveram
sociais e, na maioria das vezes, a falta um emprego em alguma indústria, e, também,
de elementos básicos para sua sobrevivência foram demitidos, restando apenas o trabalho
como, por exemplo: alimentação, moradia, informal como meio de sobrevivência.
assistência médica adequada etc. O trabalho informal cresce cada vez mais
no país, como uma forma de contornar e, ao
mesmo tempo, tentar solucionar o problema
do desemprego e da sobrevivência.

Motivos para demissão


As empresas estão sempre realizando
uma reestruturação em seu quadro de funcio-
nários, e podem ser muitos os motivos para

• Avanço da idade, pessoas acima de


demissão do funcionário:

• Falta de especialização, a chamada


40 anos.

• Implantação de softwares e investi-


Apesar do grande progresso econômico reciclagem profissional.
observado no final do século XX, o desem-
prego vem se agravando cada vez mais. mentos em tecnologia, a troca do homem

• Redução de pagamentos, a contra-


São muitas as formas de tentar amenizar a pela máquina.
falta de emprego no mundo.
tação de um novo empregado, recebendo um
salário menor do que o pago ao funcionário

• Competição globalizada, tanto das em-


anterior.

presas como da mão-de-obra especializada.


O trabalho informal
Quando estamos passando pelo centro Isso ocorre porque o mercado de traba-
da cidade de São Paulo, é comum observar- lho está em plena reorganização, são muitas
mos inúmeras barracas, pessoas oferecendo as transformações que ocorreram e continuam
mercadorias diversas, outros vendendo hot-dog, ocorrendo em seu cenário.
churrasco, livros, brinquedos etc. Podemos atribuir a tais transformações,
Em cada esquina nos deparamos com a mesma importância do advento da Revo-
comerciantes, conhecidos como “camelôs”. lução Industrial. Muitos especialistas conside-
Estes, por sua vez, estão apenas garantindo o ram que estamos vivendo uma “3ª Revolução”.
Economia - Aula 3 37 Instituto Universal Brasileiro
Se observarmos o percurso histórico do No caso da indústria automobilística,
desenvolvimento mundial nos fins do século muitas coisas se alteraram com as inovações
XX e início do século XXI, veremos que em tecnológicas. Nas linhas de montagem destas
todos os aspectos: tecnológico, social, polí- indústrias, que eram anteriormente constituí-
tico etc, ocorreram transformações significati- das por funcionários, hoje o quadro é outro. No
vas para a vida do homem em sociedade. lugar do homem se encontram robôs, ou seja,
Muitas trouxeram benefícios, outras, aspec- grande parte de suas linhas de produção são
tos negativos. robotizadas.
Portanto, devemos encarar essas
transformações de uma maneira positiva e
aceitar que somos mutáveis, o mundo é mutá-
vel, ou seja, encontra-se sempre em processo
de mudança e, as condições impostas pelo
sistema, deve nos levar a uma reflexão sobre
a relação do homem com seu trabalho no
contexto histórico atual.

A Era da Informação.
Em primeiro lugar, é importante esclare-
cer a controvérsia sobre o avanço tecnológico:
por um lado pode causar o desemprego, por
outro, suas inovações podem representar a
melhoria do bem-estar social, e gerar novos
trabalhos à sociedade.

Do ponto de vista econômico, o avanço Esta troca não só reduz os custos para a
das tecnologias tem proporcionado reduções indústria, como melhora o desempenho dos
de custos e preços de serviços e bens, como lucros; estas vantagens, particularmente,
o custo das telecomunicações e transportes favorecem a indústria. E para onde vão os
aéreos. funcionários que faziam parte da mão-de-obra
Por exemplo, o acesso à uma linha te- empregada na linha de montagem?
lefônica nos dias de hoje, é bem mais comum Estes foram demitidos de seu trabalho,
do que na década de 80; os índices de viagens atividade que representava 10% da força de
aéreas também aumentaram com relação ao trabalho industrial. Outros ramos de atividade
passado. também estão vivenciando esta realidade, a
A medicina também muito se beneficiou indústria siderúrgica, vestuário, borracha etc.;
com as inovações tecnológicas, caminhando a servem como exemplos destas mudanças
passos mais largos em busca de descobertas econômicas notadas nos meios produtivos.
que, com certeza, trarão grandes benefícios A automação deixou à margem muitas
ao ser humano nas próximas décadas. pessoas que pensavam que seus empregos
Portanto, não temos dúvida que as ino- estavam garantidos. Hoje é comum ver
vações tecnológicas podem criar empregos e pessoas, que fazem parte da classe média,
trazem progressos à humanidade. desempregadas.
Economia - Aula 3 38 Instituto Universal Brasileiro
Isto mostra que todos os trabalhadores, supervisor, ou até mesmo o dono da
sem exceção, neste aspecto do desen- empresa pode chegar até você e seus
volvimento tecnológico, foram prejudicados: colegas e dizer: “Vocês serão demitidos pois
operários, executivos, gerentes etc. este setor será completamente automati-
zado!”

A dúvida fica no ar, como sobreviremos


diante desta realidade que cada vez mais
declina e, como enfrentaremos a nova
ordem econômica mundial?

CONCEITO DE DESEMPREGO

Economicamente, desemprego significa:


“situação em que uma parcela da força de
trabalho não consegue obter ocupação”.

O desemprego não significa, apenas,


estar sem trabalho, significa estar excluído de
todo o sistema social. Sem trabalho, não se
compra, não se come, não participamos de ati-
vidades de lazer etc.
Mas também pode significar uma
ameaça aos capitalistas, já que seu objetivo
principal é vender seus produtos. Como uma
empresa poderá vender, se boa parte da
população se encontra sem emprego e,
desta forma, sem dinheiro?
Estão incluídos nesta população
economicamente ativa todos os que pos- O conceito de desemprego, está
suem boas condições para o trabalho, relacionado diretamente com os fatores de
incluindo idosos e alguns portadores de defi- produção, ou seja, com a eliminação de
ciência, exercendo determinadas funções. postos de trabalho. O fator trabalho, ou
Mesmo que ainda tenhamos uma parcela força de trabalho, corresponde a toda
muito pequena deste tipo de mão-de-obra População Econômicamente Ativa (PEA),
atuando. Este fato se dá, pelo preconceito ou ainda, pessoas que irão constituir o
que as empresas têm com essas pessoas mercado de trabalho.
especiais.
A realidade em que vivemos traz inse- Podemos concluir que o desemprego é
gurança com relação aos nossos empre- sem dúvida um dos maiores problemas para a
gos. Não há como garantir estabilidade no macroeconomia. Os governos devem reser-
trabalho. var uma boa parte do dinheiro para amenizar
A qualquer momento, o gerente, o este problema social.
Economia - Aula 3 39 Instituto Universal Brasileiro
TIPOS DE DESEMPREGO

O desemprego é dividido em alguns


tipos, de acordo com as situações distintas
que se encontram em seu contexto, assim
temos: friccional, estrutural, involuntário, Crise na Empresa
sazonal e cíclico. Quantas pessoas que conhecemos ou
ouvimos falar, que perderam seus respectivos
FRICCIONAL empregos porque a empresa em que atuavam
passou por uma crise e teve que dispensar
Alguns fatores caracterizam este tipo de muitos de seus funcionários.

• A procura por um emprego melhor.


desemprego, chamado friccional, vejamos:
Falta de atualização
• As empresas que atravessam crises Existem casos em que essas pessoas
muitas vezes não voltam mais a trabalhar por
• Pessoas que são despedidas por
financeiras.
ultrapassarem a idade exigida pelo mercado
de trabalho. Também, há pessoas que por
• Mudança para regiões onde o índice de
motivos específicos.
desenvolverem por muito tempo a mesma
atividade, não se preocuparam com a espe-
• Falta de formação profissional.
emprego é maior.
cialização ou atualização profissional, fato
Estes fatores são determinantes deste que influenciará no tempo de procura por um
tipo de desemprego. Muitas pessoas não outro emprego.
estão felizes em seus trabalhos, umas por pro-
blemas pessoais, outras por não estarem tra- Todos os pontos destacados acima
balhando em sua área de atuação, outras fazem parte das fricções do sistema econô-
ainda, por almejarem um salário maior etc. mico. Estas fricções se dão pela falha
na disponibilização de informações a respeito
Uma questão de tempo das oportunidades de trabalho no mercado.
Os motivos do desemprego, muitas
Podemos considerar o fator tempo, ou
vezes, determinam o tempo para encontrar
seja, o tempo necessário para que uma
um novo emprego.
pessoa possa encontrar um novo emprego,
a chamada mobilidade imperfeita da
mão-de-obra.
E por fim, a incapacidade econômica
de posicionar com mais rapidez estas pes-
soas desempregadas.
Portanto, o nível de desemprego friccional
está principalmente relacionado ao tempo
que os desempregados levam para encon-
trar novos empregos.

ESTRUTURAL

O desemprego estrutural está relacio-


nado com certas mudanças em vários setores
da economia em que há escassez de
emprego.
Economia - Aula 3 40 Instituto Universal Brasileiro
A indústria automobilística é um dos Na páscoa aumenta, por representar
exemplos que podemos citar, muitos funcioná- uma convenção. Nesta época todas as pes-
rios que compunham o quadro destas empre- soas compram chocolates, seja para presen-
sas foram demitidos. O motivo: a automatização tear, ou para consumo próprio.
de seus processos de produção, para diminui- No verão não é recomendável comer
ção dos custos com a produção. muito chocolate, já no inverno as pessoas
Devido à introdução de métodos mais consomem um pouco mais.
eficientes, reduziu-se o volume de mão-de-
obra, aumentando a demanda de trabalho em
um outro setor econômico.
O desemprego estrutural é caracterizado
por dois grupos distintos, mas que se encon-
tram desempregados por um mesmo motivo:
a automação e renovação tecnológica.
De um lado as pessoas que perderam
seus empregos por falta de capacitação pro-
fissional, do outro, os que perderam devido a
sua especialização estar ultrapassada e não
acompanhar o desenvolvimento atual.
Tanto o desemprego friccional como o
estrutural podem ser, também, considerados
como desemprego involuntário.

Desemprego estrutural

Diz respeito a pessoas que perderam o emprego por:

Falta de capacitação profissional Especialização ultrapassada

INVOLUNTÁRIO Por estes motivos, a produção de choco-


lates aumenta e diminui. Quando cresce
Este tipo de desemprego ocorre quando gera empregos, quando diminui pode-se
os desempregados procuram empregar-se dizer que houve um certo desemprego
por um salário vigente, mas não encontram involuntário.
ocupação. Quando a demanda agregada se
encontra em um nível baixo, há desemprego
involuntário. SAZONAL

Desemprego: questão intimamente


relacionada à produtividade em determi-
nadas épocas do ano..

O desemprego sazonal ocorre sistema-


A produção de chocolates durante o ano ticamente em determinadas épocas do ano,
A venda de chocolates aumenta e diminui, de sua causa se dá pelas variações na procura
acordo com a procura pelo produto. pelo trabalho.
Economia - Aula 3 41 Instituto Universal Brasileiro
Ela serve para identificar a porcentagem
de pessoas que possuem mais de 16 anos de
idade e que estejam sem trabalho até a atual
data em que a pesquisa é realizada.
Na área de Turismo Para calcular a taxa de desemprego
Para compreendermos melhor esta utiliza-se a seguinte expressão:
questão, basta observar o ramo de turismo, os
empregos nesta área crescem no verão ou D
nas épocas de férias. Td = x 100
No carnaval PEA
As escolas de samba do carnaval con-
tratam muitos artesãos para confeccionarem Onde temos:
fantasias e carros alegóricos. Passado o D = desemprego
carnaval estas pessoas voltam a procurar PEA = força de trabalho
trabalho. Td = taxa de desemprego
No setor agrícola
No setor agrícola, também ocorre este O cálculo da taxa de desemprego é a in-
tipo de desemprego, devido ao período de formação percentual da quantidade de pessoas
plantio e colheita. que se encontram sem trabalho remunerado.

Estes exemplos acima, mostram-nos que DEMANDA E OFERTA


estes setores econômicos sofrem variações sa-
zonais em função de determinadas épocas do DEMANDA
ano. Sazonal, portanto, representa o aumento e
a redução de empregos de determinados seto- Demanda é o mesmo que procura,
res em determinadas épocas do ano. refere-se à quantidade de um determinado
bem ou serviço que os consumidores desejam
CÍCLICO apropriar-se em determinado período de
tempo.
É comum que durante as recessões o ín- Considerando que o comportamento do
dice de desemprego se eleve. O desemprego consumidor é variável, a demanda de um pro-
cíclico se encontra ligado às alterações de duto depende do desejo de consumo de cada
ritmo de atividade econômica, durante as flu- indivíduo.
tuações da economia. Desse modo, ela está relacionada com a
Dizemos que o desemprego é cíclico escolha dos consumidores, levando em consi-
quando em período de recessão econômica deração alguns fatores, tais como:
ele cresce e no período de recuperação e • O preço do bem ou serviço
expansão ele diminui. • Salário do consumidor
Este fenômeno social ocorre pelo fato de • Preferência e gosto do consumidor
ser impossível gerar empregos em todas as O consumidor adquire em maior quanti-
áreas produtivas durante certas fases da eco- dade produtos que estiverem com preços bai-
nomia. xos, ou seja, quando a dona de casa vai ao
supermercado, certamente ela comprará em
TAXAS DE DESEMPREGO maior quantidade aquele determinado produto
que esteja mais barato e, em menos quanti-
A taxa de desemprego é calculada pela dade, aquele que estiver mais caro.
relação entre o número de desempregados e o Estes aspectos são analisados em
total da força de trabalho (PEA). relação à qualidade do produto.
Economia - Aula 3 42 Instituto Universal Brasileiro
preferencialmente adquiridos por um outro
grupo social, e assim por diante.
- Pessoas da periferia não costumam
frequentar concertos, teatro, não jogam tênis
ou golfe, não compram determinados produtos
no shopping etc. Ao contrário, pessoas de
renda alta, não compram churrasco de carri-
nhos ambulantes, e não vão ao hospital pú-
blico quando estão doentes.

Teoria do Equilíbrio
A situação de demanda no mercado é
observada através da teoria do equilíbrio do
consumidor.
Assim, a quantidade de demanda de um Quando ocorre uma variação em um
determinado bem é influenciada pelo seu destes fatores, tais como: aumento de preços
preço; quanto maior o preço, menor será a pro- e redução de renda, podemos dizer que tam-
cura. bém ocorre um desequilíbrio, uma diminuição
de seu poder de consumo.
Renda X Demanda de preços A relação entre preço e quantidade
A renda dos consumidores também resultará na escala de demanda individual,
exerce uma influência muito forte em relação a ou seja, esta escala mostrará a quantidade
demanda de produtos. máxima de produtos que poderão ser adquiri-
Um indivíduo que recebe um salário mí- dos pelos consumidores, de acordo com o seu
nimo por mês, não comprará queijos importa- preço.
dos para sua esposa preparar um almoço Por exemplo, se o quilo do tomate esti-
familiar, pois sua renda não permite. ver custando R$ 5,00, a chance de um consu-
Sabemos que o Brasil possui uma das midor adquirir mais que um quilo é muito
piores distribuições de renda no mundo. pequena, portanto se o quilo do tomate estiver
Enquanto uns comem apenas feijão, outros R$ 0,90, a quantidade adquirida será muito
estão degustando comidas exóticas e pratos maior.
muito caros em restaurantes.
Quando a renda de um indivíduo é baixa,
a tendência dele adquirir bens inferiores é
maior. Podemos considerar bens inferiores
todos os produtos chamados de segunda
linha: móveis usados, roupas usadas, carne de
segunda e alimentos básicos.
Com relação à preferência e ao gosto
dos consumidores, a demanda de bens e
serviços determina a quantidade de aqui-
sição. A preferência e o gosto do consumidor
estão associados à idade, ao sexo, à religião,
à cultura etc.
Exemplos:
- Pessoas evangélicas não farão parte
do grupo de consumidores de bebidas alcoóli-
cas e cigarros, no entanto, estes produtos são
Economia - Aula 3 43 Instituto Universal Brasileiro
•Efeito de substituição: quando um produto
possui um substituto ou similar no mercado e
este aumenta de preço, evidentemente ele
será substituído por outro. Isso faz com que se
Um exemplo de escala de demanda diminua a demanda do produto, por exemplo,
Escala de demanda de pães se aumenta o preço da pera e diminui o da
maçã, certamente a pera será substituída pela
Preço ($ valor unidade) Quantidade (por dia) maçã, e assim, por diante.
0,50 2
0,30 3
0,20 5
0,10 10

A relação entre o preço e a quantidade


adquirida, determina a escala de demanda
individual. De outra forma, a escala de
demanda individual pode ser representada
através de um gráfico que denomina-se,
curva de demanda individual.
Traçado um gráfico de dois eixos, colo-
caremos no eixo Y(vertical) os vários preços e
no eixo X (horizontal), colocaremos as quanti-
dades demandadas. Vejamos:
Preço (Y)
Aumento de demanda
0,50 Quando ocorre um aumento na renda do
consumidor ou melhoria de suas preferências,
0,30 Curva de demanda
ele passa a adquirir maior número de produtos
do que anteriormente.
0,20
Quantidade demandada
0,10 Quando ocorre alterações nos preços
dos produtos, podemos dizer que houve uma
Quantidade (X) alteração em determinado ponto da curva de
2 3 5 10 demanda. Este ponto indica a relação entre
preço e quantidade, quando há alterações de
A curva de demanda possui uma
oferta.
inclinação negativa devido a dois efeitos:
• Efeito de renda OFERTA
• Efeito de substituição O conceito de oferta refere-se à quanti-
dade de um bem que o produtor deseja
•Efeito de renda: quando há aumento no vender no mercado.
preço dos produtos e a renda do consumidor Quanto mais alto for o preço, maior será a
não sofre nenhuma alteração, a demanda quantidade ofertada. As quantidades que serão
pelos produtos diminui. Em direção contrária, ofertadas dependerão de alguns fatores, como:
quando o preço diminui, aumenta o poder de • O preço do bem;
compra. A renda supera o preço do produto, • Os preços de outros bens;
proporcionando a aquisição de outros, ou • O preço dos fatores de produção;
maior quantidade de um mesmo produto. • A tecnologia.

Economia - Aula 3 44 Instituto Universal Brasileiro


dução é reduzido aumenta-se a sua produção
Importante: O preço do bem está relacionado e sua oferta no mercado.
com a quantidade, pois, quanto maior for o A tecnologia utilizada na produção afeta
preço, maior será sua produção, assim, a o nível de oferta. Quando a tecnologia propor-
quantidade ofertada será maior. Ao contrário, ciona redução de custos dos fatores de produ-
quanto menor for o preço do bem, menor será ção, permitindo que se obtenha uma maior
sua produção e sua quantidade ofertada. quantidade, ela estimula a produtividade e
aumenta a oferta do produto.
Influências na oferta de produtos
A oferta do tomate foi reduzida devido ao Escala de oferta
aumento no preço do pimentão, a oferta deste A oferta possui uma escala e uma curva,
produto foi afetada pela variação de preço do que expressam as quantidades que os produ-
outro produto substituto. tores estão dispostos a produzir e vender para
A oferta de alguns produtos agrícolas, os consumidores a diferentes preços, mantendo
depende, muitas vezes, das condições cli- constantes os fatores que influenciam a oferta.
máticas e estações do ano. É comum irmos à A escala de oferta individual representa a
feira e observarmos que quando é época de quantidade a ser vendida em seus preços varia-
morango, geralmente, o encontramos em dos, por exemplo, para um produtor oferecer 100
oferta, mas quando não é época, seu preço se sapatos por mês, seu preço será de R$ 20,00,
eleva, sua quantidade diminui e a qualidade cai. para oferecer 300 seu preço será R$ 50,00 e para
oferecer 500 seu preço será R$ 80,00.
Portanto, a quantidade de produto a ser
ofertado aumenta quando seu preço se eleva,
devido ao aumento nos custos de produção.
Vejamos a tabela a seguir:
Escala de oferta de sapatos
Preço (R$ unidade) Quantidade (por dia)
80,00 100
50,00 60
30,00 40
10,00 15
A curva de oferta, como a curva de
demanda, serve para mostrar graficamente a
relação entre a quantidade de produto para
oferta e o preço equivalente.
Os preços elevados também levam em Onde o eixo Y (vertical) representa o
consideração os preços dos fatores de produ- preço e o eixo X (horizontal) representa a
ção, estes influenciam na oferta e na quanti- quantidade. Vejamos:
dade a ser disposta no mercado. Preço (eixo Y)
Quando há um aumento nos custos pro-
dutivos, no caso os fatores de produção, 80,00
também aumentam os custos para o produtor Curva de oferta
que, certamente, terá seus lucros reduzidos, 50,00
assim diminui a oferta do produto que teve
30,00
seu custo elevado.
Podemos ainda, utilizar este exemplo co- 10,00
Quantidade (eixo X)
locando-o ao contrário, quando o custo de pro- 15 40 60 100
Economia - Aula 3 45 Instituto Universal Brasileiro
Notem que o preço é um grande influente
em nossa decisão de compra. Vamos supor
que fosse um objeto muito caro, fora de nosso
alcance, certamente não o compraríamos.
Quando ocorre uma variação de oferta, Preço X Valor
podemos dizer que houve um deslocamento Podemos definir preço como a taxa de valor
da curva de oferta. Muitos de nós já ouvimos de um bem; é a avaliação, em moeda, do valor de
falar sobre a Lei da oferta e da procura, o um bem ou serviço.
que significa esta relação? Vejamos: O valor, por sua vez, é a grandeza
Lei da oferta e da procura econômica que representa a relação existente
entre os bens produzidos e as necessidades dos
e O preço d quando a consumidores. Ele determina qual bem que será
b oferta e supera a adquirido e a sua quantidade, bem como a quanti-
o procura s dade necessária de dinheiro para dar em troca do
O preço s quando a c produto. É o valor de troca que dá origem ao preço.
procura supera a oferta e O mercado estabelece os preços que passam
a representar uma espécie de compromisso, tanto
A lei da oferta e procura tem como base por parte dos consumidores, como dos ofertantes.
a quantidade e o preço de um bem. Assim, o Para os consumidores, os preços assumem
preço sobe quando a procura supera a uma posição de espelho que reflete para cada bem
oferta, e ao contrário, quando o preço diminui o desejo de compra de cada consumidor. Já para
é porque a oferta superou a procura. os ofertantes, refletem na quantidade de produtos
Quando a procura é igual à oferta, dize- que se deseja oferecer aos consumidores.
mos que há um equilíbrio de mercado, O sistema de preços está relacionado direta-
porque, tanto a procura quanto a oferta estão mente com a lei da oferta e da procura. As teorias
em uma mesma proporção. clássicas afirmavam que o valor do produto é
determinado pela lei da oferta e da procura, onde os
Equilíbrio de mercado
preços flutuam para determinar o equilíbrio.

Oferta Classificação dos preços


Procura
Chamamos de preço corrente aquele
que se baseia na oferta e na procura, tanto pode
PREÇO se elevar, como diminuir, de acordo com a lei.

Numa compra
Muitas vezes nós estamos num shop-
ping, numa feira, num supermercado, e nos
deparamos com algum objeto o qual nos
desperta o desejo de possuí-lo.
Então, nos dirigimos até um vendedor e
perguntamos: qual o preço deste objeto? Quando há no mercado um produto que
O vendedor nos responde o preço, que é não possui um concorrente, o preço deste pro-
apropriado às nossas condições e compramos duto pode ser classificado como preço de mo-
o objeto. nopólio.
Economia - Aula 3 46 Instituto Universal Brasileiro
Formação e variação de preços • O custo produtivo
Os produtores são exclusivos no mer- • A quantidade ofertada
cado, assim o preço a ser determinado é • A quantidade demandada
imposto aos compradores, que por não O custo da produção depende da pro-
possuírem uma outra opção de compra, cura por parte dos consumidores. Se aumenta
sujeitam-se a exclusividade tanto do produto a produção pela procura, aumenta-se o custo
como de preço. para produzir em maior quantidade.
O governo também interfere na formação Assim chamamos de preço de produção,
de preços dos bens e serviços. Pode taxar ou aquele que considera o pagamento do
tabelar um produto com o intuito de manter o trabalho exercido e o custo dos fatores de
equilíbrio econômico. produção utilizados.
A formação e variação de preços possui Concluimos que os preços são fixados de
três fatores que são fundamentais para tal acordo com alguns fatores como: produção,
concepção, são eles: livre concorrência, demanda, oferta etc.

Aula 3

1) Cite alguns dos motivos para demissão.

R: _____________________________________________________________________

2) Economicamente, desemprego significa:


(a) ( ) falta de trabalho produtivo nos setores industriais.
(b) ( ) situação em que uma parcela da força de trabalho não consegue obter ocupação.
(c) ( ) elemento da falta de emprego para constituir a força de trabalho.
(d) ( ) elementos que irão constituir o mercado de trabalho.

3) Explique o que seria: “mobilidade imperfeita da mão-de-obra”

R: _____________________________________________________________________

4) Podem ser considerados como desempregos involuntários:


a) ( ) desemprego friccional e estrutural.
b) ( ) desemprego sazonal e cíclico.
c) ( ) desemprego cíclico e estrutural.
d) ( ) desemprego cíclico e friccional.

5) A quantidade demandada de produtos pelos consumidores é influenciada por quais


motivos:
a) ( ) por serem bens inferiores e por estarem em promoção.
b) ( ) preços baixos e qualidade.
c) ( ) baixo custo, preferência e gosto
d) ( ) baixo custo

Economia - Aula 3 47 Instituto Universal Brasileiro


6) A curva de demanda possui uma inclinação negativa por causa de dois efeitos. Assinale
a alternativa que contém estes efeitos:
a) ( ) efeito estufa e efeito de baixa oferta
b) ( ) efeito de renda e efeito de substituição.
c) ( ) efeito de curva de demanda e efeito de renda.
d) ( ) efeito de demanda e preço.

7) A lei da oferta e da procura baseia-se:


a) ( ) na quantidade e no preço de um bem.
b) ( ) na qualidade e na procura pelo bem.
c) ( ) somente na procura pelo bem.
d) ( ) somente na qualidade.

8) Na lei da oferta e da procura o ___________ sobe quando a procura supera a oferta


e ___________ quando a oferta supera a procura.

Respostas

AULA 1

1 – Segundo Arthur Schopenhauer, qual a constante aspiração humana?

R: Viver consiste em querer sempre mais e aquilo que não temos, para quando as
tivermos, sentirmos a necessidade de outras coisas, e assim sucessivamente.

2 – Bens de consumo podem ser subdivididos em: duradouros, não duradouros, interme-
diários e finais. São características dos bens intermediários:
a) ( ) o fato de não poderem ser apropriados pelas pessoas.
b) ( ) atenderem à satisfação direta de necessidades.
c) (X) são bens que irão sofrer modificações até se tornarem recursos para serem consumidos.
d) ( ) são produtos prontos para serem consumidos.

3 – Independentemente da sociedade, meio social, idade, situação financeira, a vontade do


indivíduo é insaciável, restando à economia colocar em harmonia VONTADE HUMANA
versus RECURSOS LIMITADOS.

4 – Qual o principal pressuposto da economia?


R: A economia tem como pressuposto principal a administração dos recursos que
envolvem organizações públicas e privadas.
Economia - Aula 3 48 Instituto Universal Brasileiro
5 – Associe os seguintes conceitos:

( 1 ) Macroeconomia ( 2 ) estuda os agentes econômicos individuais.

( 2 ) Microeconomia ( 1 ) estuda o funcionamento econômico global.

AULA 2

1) Empresa é uma organização que produz algo. Os produtos os quais ela produz podem
ser divididos em:
a) (x) bens finais e bens intermediários.
b) ( ) bens privados e bens finais.
c) ( ) bens intermediários.
d) ( ) bens privados e sociais.

2) Sob o ponto de vista econômico podemos dizer que EMPRESA é uma ORGANIZAÇÃO
que produz bens e serviços.

3) A eficiência tecnológica diferencia-se da eficiência econômica por permitir:


a) ( ) a produção de uma mesma quantidade de produto com menos custos envolvidos.
b) ( ) a produção de diferentes tipos de produto com mais custos envolvidos.
c) (x) a produção de uma mesma quantidade de produto com menos fatores de produção.
d) ( ) a produção de uma mesma quantidade de produto, utilizando mais fatores de produção.

4) Explique os diferentes tipos de custos.

a) Custo Fixo (CF) é aquele associado aos fatores de produção, sem variações.

b) Custo Variável (CV) varia de acordo com a variação da produção.

c) Custo Total (CT) somatória dos custos fixos mais os custos variáveis.

5) Qual a melhor definição de lucro?

R: Vantagens ou benefícios que se obtêm com a venda de bens ou serviços.

6) Comente os aspectos positivos e negativos da Tecnologia na Produção.

R: Positivos: aumenta a produtividade e diminui os custos da empresa.


Negativos: pode acarretar desemprego e impacto inicial de investimentos.

Economia - Aula 3 49 Instituto Universal Brasileiro


AULA 3

1) Cite alguns dos motivos para demissão.

R: Avanço da idade, falta de especialização, tecnologia, competição globalizada.

2) Economicamente, desemprego significa:


a) ( ) falta de trabalho produtivo nos setores industriais.
b) (x) situação em que uma parcela da força de trabalho não consegue obter ocupação.
c) ( ) elemento da falta de emprego para constituir a força de trabalho.
d) ( ) elementos que irão constituir o mercado de trabalho.

3) Explique o que seria: “mobilidade imperfeita da mão-de-obra”

R: O tempo necessário que uma pessoa precisa para encontrar um novo emprego.

4) Podem ser considerados como desempregos involuntários:


a) (x) desemprego friccional e estrutural.
b) ( ) desemprego sazonal e cíclico.
c) ( ) desemprego cíclico e estrutural.
d) ( ) desemprego cíclico e friccional

5) A quantidade demandada de produtos pelos consumidores é influenciada por quais moti-


vos:
a) ( ) por serem bens inferiores e por estarem em promoção.
b) ( ) preços baixos e qualidade.
c) (x) baixo custo, preferência e gosto
d) ( ) baixo custo

6) A curva de demanda possui uma inclinação negativa por causa de dois efeitos. Assinale
a alternativa que contém estes efeitos:
a) ( ) efeito estufa e efeito de baixa oferta
b) (x) efeito de renda e efeito de substituição.
c) ( ) efeito de curva de demanda e efeito de renda.
d) ( ) efeito de demanda e preço.

7) A lei da oferta e da procura baseia-se:


a) (x ) na quantidade e no preço de um bem.
b) ( ) na qualidade e na procura pelo bem.
c) ( ) somente na procura pelo bem.
d) ( ) somente na qualidade.

8) Na lei da oferta e da procura o PREÇO sobe quando a procura supera a oferta e DESCE
quando a oferta supera a procura.
Economia - Aula 3 50 Instituto Universal Brasileiro
MERCADO

Com a globalização do comércio e das finanças, fazer a análise das


relações de mercado e compreender sua complexidade, são pontos de
partida para a tomada de decisões do profissional que pretende atuar em
empresas públicas e privadas. Este é o objetivo das aulas sobre Mercado.

• A aula 1 traz os conceitos relativos a Mercado, partindo da aplicação


prática da teoria econômica no dia-a-dia. Apresenta ainda conteúdos como:
as variações de preços e o equilíbrio de Mercado.

• A aula 2 destaca as Estruturas de Mercado, aprofundando as


inter-relações entre consumidores e produtores na negociação de produtos.
São abordados temas como: concorrência, monopólio, globalização etc.

Para entender melhor a Economia na Era da Globalização, leia


um dos livros citados em nossa bibliografia, Traduzindo o Economês
de Paulo Sandroni.

Mercado - Aula 1 51 Instituto Universal Brasileiro


Competição: entrar em concorrência, prática que ocorre entre pessoas, equi-
pes, empresas.
Concorrência: disputa mercantil entre produtores ou comerciantes,
competição simultânea entre empresas.
Credibilidade: característica do que é confiável.
Estabilidade: estado de equilíbrio, garantia de permanência no emprego,
mediante concurso público.
Monopólio: privilégio para explorar com exclusividade uma atividade, posse
exclusiva.
Oligopólio: situação de mercado em que um pequeno grupo de empresas
controla a oferta.
Precursor: no contexto da economia, pode ser entendido como aquele que
precede, antecipa ou anuncia uma inovação ou mudança.
Sistematização: organização em sistemas, definindo a ordenação ou o
agrupamento de atividades e recursos, visando ao alcance de objetivos e resul-
tados estabelecidos.

Conceitos Importantes:

Equilíbrio de Mercado: é um princípio básico da Economia, sua função é


regular os preços. Se a procura por um produto é maior que sua oferta, a tendên-
cia natural é que seu valor suba. Caso contrário, se a oferta de um produto é maior
que sua procura, a tendência natural é que seu valor abaixe. Na prática, os cha-
mados “agentes econômicos” - o governo, indústrias, cooperativas, o comércio -
interferem na lei da oferta e procura, com a intenção de elevar ou diminuir o valor
de determinados produtos. Entretanto, em um mercado competitivo, a oferta e a
procura de um produto tendem a se equilibrar, resultando no chamado “preço de
equilíbrio”.

Globalização: chama-se globalização o crescimento da interdependência de


todos os povos e países da superfície terrestre. Alguns falam em aldeia global,
pelo fato do planeta parecer menor. Hoje uma notícia pode ser transmitida ao vivo
para o mundo todo. As empresas não ficam mais restritas a um único país, tanto
como vendedora ou produtora. Mais recentemente, a expressão globalização tem
sido utilizada também com sentido ideológico, indicando o processo de integração
econômica orquestrada pelo neoliberalismo - caracterizado pelo predomínio dos
interesses financeiros, em relação aos sociais.

Mercado - Aula 1 52 Instituto Universal Brasileiro


No mundo atual, toda produção é
direcionada a um mercado específico. Por
AULA 1 exemplo: a produção de arroz, soja, cerveja,
MERCADO automóveis etc. Esta produção será destinada
à compra e venda. O mercado faz com que
ocorra uma circulação destes produtos no
contexto econômico.

Tipos de Mercado
Mercado livre. O que podemos com-
preender por um mercado livre? A palavra livre
A partir da nossa vivência no nos faz entender que o mercado possui uma
cotidiano, o que significa Mercado? certa liberdade para coordenar a economia
de mercado sem intervenção alguma.
O conceito de mercado tem um sentido Entretanto, não podemos conceber a
amplo. No dia-a-dia, mercado é um local onde idéia de um mercado totalmente livre, porque
as pessoas se reúnem para comprar e para sua transformação depende de alguns critérios.
vender suas mercadorias. Esta é a definição Se o mercado fosse realmente livre, seria
mais simples que temos a respeito do que permitida a comercialização de armas e dro-
possa ser mercado: um local que serve de gas. No entanto, todos nós sabemos que é
base para efetuar transações comerciais, ilegal a prática comercial dos itens citados.
compra e venda de bens e serviços. Por este e por outros motivos é que o
governo participa diretamente na economia de
E sob o prisma da Economia, ciên- mercado, através da cobrança de impostos e
cia que estuda os fatores econômicos, o fiscalização dos produtos comercializados.
que seria Mercado? Mercado imperfeito. Vários fatores
O mercado pode ser considerado o lugar interferem no livre curso do mercado, caracte-
da livre concorrência entre vendedores e rizando-o como imperfeito. Seria perfeito se
consumidores, em que se realizam a procura fosse baseado totalmente na livre concorrên-
e a oferta de produtos. Pode ser considerado cia, ou seja, a liberdade de produção e venda
ainda o agente formador de preços, por ser a por parte dos proprietários.
partir do mercado que os preços de inúmeros
produtos são fixados.
Os demandantes e os ofertantes deci-
dem o preço de um bem, esta decisão
conjunta cede espaço para que se realize uma
economia de mercado, baseada na troca Mercado livre X Mercado imperfeito
de bens por dinheiro, conforme o preço esta- Vamos supor que você é um produtor
belecido. que participa da economia de mercado e
possui total liberdade para produzir e vender
Contexto histórico seus bens, onde e como quiser. Estaria
O mercado evoluiu no contexto histórico atuando num mercado livre. A ausência de
e econômico através dos tempos, o marco de qualquer controle poderia acarretar negli-
sua evolução se deu com a industrialização. gências e fraudes. Por este motivo, diferentes
Foi a partir deste momento que as relações co- fatores e organismos podem intervir e contro-
merciais se expandiram, tornando o mercado lar a economia de mercado. Essas interferên-
mais complexo no que se refere a sua estru- cias tornam o mercado imperfeito.
tura.
Mercado - Aula 1 53 Instituto Universal Brasileiro
VARIAÇÕES DE PREÇOS Alguns fatores que podem influenciar o
grau de elasticidade-preço da demanda.
ELASTICIDADE
No caso do exemplo citado anterior-
Quando ocorre uma variação de preço mente, por ser o creme dental um produto es-
de um bem, a sua quantidade demandada sencial a saúde bucal das pessoas, menor
também sofrerá uma variação. será nossa reação com relação a mudança
de seu preço. Por ser um produto essencial,
e por ser mais sensível em relação ao preço,
torna a demanda inelástica.
Outro fator que podemos citar é a
Variação de preço de um produto usual disponibilidade de produtos similares ou
Se você está acostumado a comprar 10 substitutos no mercado. Se aumenta o preço
unidades de sabonetes por mês, a um preço de um produto que possui um outro similar,
unitário de R$ 1,50, e observa que no mês sua demanda será menor, devido a substitui-
atual de compra seu preço unitário subiu ção do produto em busca de um preço menor.
para R$ 2,85; certamente você trocará o Temos ainda, a demanda de elasticidade
produto por um mais barato, ou diminuirá a unitária. Quando ocorre aumento ou queda no
quantidade a ser comprada. preço isso não afeta a receita total, porque o
Com este exemplo, podemos definir o percentual da variação de preço é igual a
conceito de elasticidade-preço da demanda, variação na quantidade. Por exemplo, se um
que é a sensibilidade da procura de um produtor de tomates aumentar o preço no
produto diante das variações de seu preço. mercado, a quantidade procurada será a
No estudo de elasticidade, a demanda mesma em relação a este preço, por ser um
pode ser dividida em: elástica e inelástica. produto essencial.
Para sintetizar estes conceitos que foram

explicitados, observem o esquema que segue:
Elástica - quando a variação da de-
manda de um produto é proporcionalmente
maior que a variação de seu preço. Por ELASTICIDADE
PREÇO DA DEMANDA
exemplo, se há uma queda nos preços dos
telefones celulares, maior será a quantidade
de procura pelos consumidores que dese-
Demanda Demanda Elasticidade
jam obter o produto. inelástica elástica unitária

• Inelástica - quando a variação de


A quantidade A variação da
preço não altera a quantidade demandada. A quantidade
demandada quantidade
Por exemplo, vamos supor que você com- demandada,
varia com demandada é
não varia com
pre creme dental a um preço de R$ 1,20, de alteração de igual a
a alteração de
repente ocorre alteração no preço, ele preço. variação de
preço.
preço.
aumenta o valor e passa a custar R$ 1,30.
Observe que o aumento é quase impercep-
tível, e não é por isso que você vai deixar de
Além do conceito de elasticidade-preço
comprar creme dental, mesmo porque, ele
da demanda, ainda temos:
• Elasticidade-renda da demanda
é um produto essencial para o bem-estar.
• Elasticidade-preço cruzada da demanda
Desse modo, a demanda do creme dental
• Elasticidade-preço da oferta
foi inelástica à variação do preço.

Mercado - Aula 1 54 Instituto Universal Brasileiro


Elasticidade-renda da demanda mede Observe a síntese desse conceito no
a variação da quantidade de procura devido a esquema abaixo:
uma variação na renda do consumidor.
ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA

Bem normal Bem inferior Elástica Inelástica

A quantidade demandada A variação da quantidade


aumenta de acordo com o é maior que a variação
aumento da renda percentual da renda

A quantidade demandada A variação da quantidade


diminui à medida que a renda é menor que a variação
aumenta percentual da renda

Por exemplo, uma pessoa sempre dese- Elasticidade-preço cruzada da demanda


jou comprar um carro, mas sua renda não per- mede a variação da quantidade demandada
mitia realizar tal compra. Quando ela recebeu de um bem quando há mudança no preço de
um aumento em seu salário, a pessoa obser- um outro bem.
vou que agora poderia comprar o carro que Portanto, elasticidade-preço cruzada da
tanto almejava. demanda, fornece os dados percentuais em
Toda vez que ocorre um aumento na relação à variação procurada de um produto X,
renda do consumidor, provavelmente haverá quando ocorre mudança no preço de um produto
um aumento na demanda de alguns pro- Y, levando em consideração os tipos de bens.
dutos.
Os consumidores comprarão mais pro- Classificação dos bens
dutos que até o momento não consumiam, ou • Bens substitutos - se houver um au-
consumiam em menor quantidade. mento no preço de um produto X, aumentará a
quantidade demandada de um produto Y. Por
Diferenças entre bem normal e bem inferior exemplo, um aumento no preço do presunto,
fará com que o consumidor compre mais apre-
Se ocorre aumento na renda e, conse- suntado, substituindo um pelo outro. Portanto, o
quentemente, ocorre aumento na demanda de presunto e o apresuntado são bens substitutos.
um produto, este pode ser considerado um • Bens complementares - quando há
bem normal. um aumento no preço de um bem X diminui a
Ao contrário, se ocorre aumento na renda quantidade demandada de um bem Y.
e a quantidade de demanda diminui, significa Simplificando, se aumenta o preço do xampu
que este bem é inferior. diminuirá a quantidade procurada do condicio-
nador, por serem bens complementares, a
A demanda é considerada elástica em
utilização de um requer a do outro.
• Bens independentes - um aumento no
relação à renda quando a variação de quan-
tidade demandada é maior que a variação da
bem Y não alterará a quantidade demandada
renda. Inelástica, quando a variação da
de um bem X. Ao contrário dos bens comple-
quantidade demandada é menor que a vari-
mentares, o aumento não altera a procura. Por
ação da renda, ou ainda, perfeitamente
exemplo, se houver um aumento no sabão em
inelástica quando a quantidade demandada
pó, a quantidade demandada de televisores não
não varia de acordo com a variação da renda.
será alterada, por serem bens independentes.
Mercado - Aula 1 55 Instituto Universal Brasileiro
ELASTICIDADE-PREÇO CRUZADA DA DEMANDA

Bens substitutos Bens complementares Bens independentes

Quando aumenta o Quando aumenta o preço


Quando aumenta o preço
preço do bem X, maior de um bem X, a quantidade
do bem X, menor será a demandada do bem Y não
será a quantidade de-
quantidade do bem Y. será alterada
mandada do bem Y.

Elasticidade-preço da oferta: não é


muito diferente da elasticidade-preço da
demanda. Podemos apontar como única
diferença a relação direta entre preço e oferta.
Sabemos que quanto maior for o preço maior Desequilíbrio X Equilíbrio de mercado
será a quantidade ofertada pelo produtor. Consideremos que o preço de um pro-
De acordo com a elasticidade, podemos duto é de R$ 2,00 e a quantidade demandada
dizer que a oferta é: Elástica, Inelástica, deste produto é de 15.000 unidades; entre-
Elástica unitária. tanto, essa procura não será atendida porque
Quando a variação percentual da quanti- a quantidade ofertada é de apenas 5.000
dade ofertada for maior que a variação do unidades. Observem que a quantidade de
preço, dizemos que a oferta é elástica. demanda supera a quantidade de oferta. Isso
Se a variação percentual da quantidade resulta em um desequilíbrio de mercado.
ofertada for menor que a variação do preço, di-
PREÇO QUANTIDADE QUANTIDADE
zemos que a oferta é inelástica. DEMANDADA OFERTADA
A elasticidade unitária, mostra que a va-
riação percentual da quantidade ofertada é 2,00 15.000 5.000
igual à variação do preço. Agora, vamos considerar que o preço
de um produto é de R$ 4,00, a quantidade
EQUILÍBRIO DE MERCADO demandada deste produto é de 12.000 uni-
dades e a quantidade ofertada também é
O equilíbrio de mercado só é possível 12.000 unidades. Isso demonstra que as
quando a proporção da quantidade de de- quantidades de oferta e de procura são pro-
manda é a mesma de oferta, devido ao preço. porcionalmente iguais, resultando em um
Em outras palavras, o equilíbrio só ocorrerá equilíbrio de mercado.
quando os interesses dos consumidores coinci- PREÇO QUANTIDADE QUANTIDADE
direm com os dos produtores, através de uma DEMANDADA OFERTADA
avaliação na escala de preços dos produtos.
4,00 12.000 12.000

☺ ☺
Equilíbrio de mercado
O equilíbrio não é possível quando a
Interesse dos Consumidores Interesse dos Produtores
oferta supera a demanda e vice-versa,
somente quando as duas curvas, de
= oferta e de procura, se encontram no
mesmo ponto correspondente ao preço,
é que acontece o equilíbrio.

Mercado - Aula 1 56 Instituto Universal Brasileiro


Desse modo, vamos representar a pers- e demandada pelos produtores e pelos
pectiva de oferta e demanda identificando o consumidores.;
ponto de equilíbrio, através do gráfico abaixo: Aumento na oferta - um aumento na
oferta causará uma diminuição no preço de
Oferta equilíbrio e um aumento na quantidade de
8,00
equilíbrio.
Equilíbrio Diminuição na demanda - uma dimi-
6,00
nuição na demanda causará uma diminuição
no preço e na quantidade de equilíbrio.
4,00
Diminuição na oferta - uma diminuição
na oferta causará um aumento no preço e uma
2,00
Demanda diminuição na quantidade de equilíbrio.
9.000 12.000 15.000 18.000

Podemos sintetizar o conceito de


equilíbrio de mercado desta maneira:
Quando a oferta é maior que a procura
temos um desequilíbrio, pois há um
excesso de oferta;

Quando a procura é maior que a oferta


temos um desequilíbrio, pois há um
excesso de procura; Essas duas forças (oferta e procura) se
ajustam, equilibrando-se, e o preço, neste
Quando a procura é proporcionalmente mercado de livre competição, é a expressão
igual à oferta temos um equilíbrio, pois do ajustamento.
não há nem excesso e nem escassez.
Se todos conhecem os preços que vigo-
Competição ram em certo momento, num mercado, o
Quando as quantidades ofertadas ex- preço de uma mesma mercadoria tende a ser
cedem às quantidades procuradas, ocorre o mesmo, porque quem oferece essa
uma competição entre os concorrentes, mercadoria a preço mais baixo atrai mais fre-
podendo acontecer uma baixa nos preços gueses e, por causa do estoque de que
dos produtos. dispõe, será levado a subir o preço. A influên-
Os preços, por sua vez, devem ser ajus- cia dos compradores determinará a elevação.
tados para que haja o equilíbrio, somente atra- Esses fatos são intuitivos. Basta exa-
vés do ajustamento é que será possível suprir minar como funcionam a oferta e a procura em
adequadamente o mercado. qualquer mercado livre, para que se perceba
Quando a oferta e a procura se deslo- tal mecanismo.
cam, os preços de equilíbrio tomam novas po- Se há muitos vendedores, de quem
sições, isso leva o mercado a uma busca de depende o preço? Evidentemente de nenhum
ajustamento. deles em particular, mas da ação de todos.
Mais um, ou menos um vendedor, não afetaria
Fatores que influenciam a mudança de o preço. Se João abriu falência ou Pedro sur-
equilíbrio do mercado giu como novo vendedor, no plano geral nada
Aumento na demanda - um aumento na se alterou. Podemos, portanto, considerar o
demanda causará um aumento de preço e um preço como a bússola do mercado, indepen-
aumento na quantidade de equilíbrio. Quanti- dente da oferta e da procura. De que forma?
dade de equilíbrio é a quantidade ofertada Vejamos: quando o preço sobe, atrai mais
Mercado - Aula 1 57 Instituto Universal Brasileiro
vendedores ou incentiva os vendedores anti- mercadoria pode ser estocada, porque está
gos a aumentarem os estoques, a fim de terem sujeita a se deteriorar.
maiores lucros. Se o preço baixa, tende, ao
contrário, a afugentar os vendedores ou Leis da Oferta e da Procura
incurtir-lhes medidas de moderação. Se o
preço de venda é igual ao preço de custo, 1 - A elevação do preço tende a deprimir
desapareceu o lucro: a procura e estimular a oferta, e vice-versa; a
queda do preço tende a exaltar a procura e a
Preço de venda - Preço de custo = ZERO reduzir a oferta.

Nesse caso, não interessa produzir 2 - O preço tende a subir quando a pro-
para vender, nem interessa vender. Se os cura excede a oferta, e vice-versa; tende a
estoques podem ser retidos, se é possível baixar, quando a oferta excede a procura.
armazená-los, para aguardar melhores dias
e melhores preços, o vendedor poderá 3 - O preço tende a um nível de equilíbrio
esperar a alta do preço. Mas nem toda quando a procura se iguala à oferta.

Aula 1

1) Sob o ponto de vista da economia, qual a definição de Mercado?

R: _______________________________________________________________

2) Preço corrente é aquele que se baseia:

a) ( ) no mercado
b) ( ) no consumidor
c) ( ) na oferta e na demanda
d) ( ) N.D.A

3) Podemos dizer que a demanda é elástica quando a quantidade demandada:

a) ( ) não varia com alteração de preço


b) ( ) é igual a variação de preço
c) ( ) varia com alteração de preço
d) ( ) N.D.A.

4) Quando a variação percentual da quantidade for maior que a variação do preço, dizemos
que a oferta é:

a) ( ) Inelástica
b) ( ) Elástica
c) ( ) Inelástica unitária
d) ( ) Elástica unitária
Mercado - Aula 1 58 Instituto Universal Brasileiro
AULA 2
ESTRUTURAS DO MERCADO

Para entender as estruturas do mercado


é necessário ampliar nossa visão e com-
preender o mercado, como uma unidade
complexa e abstrata que vai além do conceito
habitual descrito.
Podemos definir mercado como o meio
pelo qual se estabelecem as relações entre os CONCORRÊNCIA
produtores e os consumidores: as empresas
atuam na venda de seus produtos e os Uma das características essenciais do
consumidores adquirem bens e serviço. mercado, que influencia diretamente as indús-
trias, é estabelecer os valores dos produtos,
pois é a partir da concorrência que a empresa
MERCADO
poderá perceber se seu produto está com um
preço coerente ou não.
A concorrência é um fator primordial
Compra Bens e serviços Venda no mercado que faz com que as empresas
alterem políticas econômicas e realizem
Mas é preciso ampliar os contornos da mudanças em seus setores produtivos.
definição de mercado para melhor com-
Concorrência pode ser compreendida
preender suas estruturas. As estruturas do como uma competição; em especial, aquela
mercado podem ser entendidas como o que ocorre entre produtores ou vendedores
campo onde acontecem as inter-relações de um mesmo produto.
entre consumidores e produtores na nego-
ciação dos produtos. A vitória nesta competição simboliza a
O conhecimento das estruturas do obtenção de maiores lucros, através de um
mercado tornam-se fundamentais, pois é a maior número nas vendas e na obtenção da
partir deste conhecimento que a empresa po- credibilidade por parte dos consumidores e,
derá determinar muitos fatores relacionados consecutivamente, uma maior estabilidade
à produção, como: que tipo de bens devem econômica da empresa no mercado.
ser produzidos, qual o preço, a quantidade
etc.

O estudo das estruturas dos merca-


dos inicia-se, principalmente, pela análise
apurada das seguintes questões:
• Tipos de consumidores
• Número de empresas do mesmo
ramo que atuam no mercado
• Facilidade de acesso às tecnologias
voltadas para a produção

Mercado - Aula 2 59 Instituto Universal Brasileiro


A partir da concorrência é que serão
determinados os preços dos produtos levados
à venda.

Empresa 1 Empresa 2 Empresa 3 Empresa 4


Um exemplo prático de concorrência.
PRODUTOS No caso do preço do combustível para os
automóveis, podemos perceber que os postos
CONSUMIDORES de abastecimento estipulam seus preços
estando sempre alertas à concorrência. Caso
o preço de seus produtos ultrapassem a média
Aspectos fundamentais da concorrência utilizada no mercado em que atuam, certa-
mente haverá poucos clientes interessados em
Concorrência perfeita - é determinada abastecer nestes postos, provocando, desta
por um grande número de compradores forma, prejuízos.
associada, diretamente, a um grande número
Em muitos casos, a concorrência
de vendedores.
pode produzir benefícios para os con-
Os produtos comercializados neste tipo
sumidores, pois os preços dos produtos
de concorrência são homogêneos, ou seja, da
são estipulados a partir das relações
mesma natureza ou estão solidamente ligados
entre vendedores e compradores.
entre si, o que faz com que os consumidores
se sintam, de certa forma, indiferentes à
empresa de que irão adquirir seus produtos. MONOPÓLIO
Neste tipo de concorrência, não é o com-
prador ou vendedor que estipulam o preço dos Monopólio é a situação de mercado em
produtos. Este é determinado a partir da que a oferta de uma mercadoria ou serviço é
própria variação do mercado, ou da concor- controlada por uma só empresa ou vendedor.
rência entre as empresas.
Uma outra característica da concorrência O monopólio e a concorrência perfeita
perfeita é a transparência do mercado, que aparecem como dois extremos. O monopólio
é caracterizada pelo conhecimento, por parte é caracterizado pela existência de um único
das empresas que participam, sobre as ofertante, que possui a autonomia de deter-
condições de funcionamento do mercado. minar seu preço.
Na concorrência perfeita também é
aceita a entrada e saída de empresas sem que
as estruturas deste tipo de organização sejam
abaladas.
A maximização dos lucros, associada
diretamente a fatores de custo mínimo, por
parte das empresas, são características
fundamentais da concorrência perfeita.

Concorrência imperfeita - são estrutu-


ras de mercado que têm como principais
características o fato de compradores e ven-
dedores individuais poderem estabelecer Ao contrário da concorrência que tem
livremente o preço dos produtos que serão que tomar um preço dado e adequar-se ao
comercializados. mercado.
Mercado - Aula 2 60 Instituto Universal Brasileiro
confere ao inventor o direito exclusivo de
fabricação de um determinado produto em um
período de tempo, portanto, esta é uma
situação de monopólio.
Existe, ainda, um conceito de monopólio
No sistema monopolista, há uma chamado natural. O monopólio natural surge
ausência de competição, uma única quando uma empresa diminui o preço agre-
empresa monopoliza o mercado, ou seja, gado ao produto na medida em que sua
há um único vendedor de um determi- produção aumenta. Na verdade, esta situação
nado produto. é muito satisfatória para o consumidor, por
pagar um preço menor por um produto
O produto vendido por uma empresa exclusivo, de qualidade e que satisfaz a suas
de monopólio é exclusivo, ou diferente dos necessidades de consumo.
demais, por isso quando ocorrem mudanças, Importante: Quando uma empresa se mono-
por exemplo, no preço de outras empresas, poliza, os preços de seus produtos serão maio-
nada afeta à empresa de monopólio. res do que no mercado de concorrência perfeita,
A obtenção de maiores lucros é o princi- assim, os consumidores ficam sujeitos a pagar
pal objetivo destas empresas, por isso buscam um preço alto e reduzir a demanda.
um nível de produção que lhes proporcionem
este objetivo. OLIGOPÓLIO

Características que determinam a Oligopólio é a situação de mercado


estrutura da empresa de Monopólio em que a oferta é controlada por um
pequeno número de grandes empresas.
• Única - a indústria monopolista tem
uma grande influência no mercado, por ser O oligopólio se assemelha ao monopólio
única no ramo de atividade e, também, por por apresentar um controle sobre a oferta
determinar o preço a ser estipulado em seus tanto de matérias-primas como de patentes.
produtos. Ela domina inteiramente a oferta, Ele pode ser considerado puro ou dife-
mantendo, desta forma, o mercado em suas renciado. Puro quando os concorrentes de
mãos. uma empresa oligopolista oferecem o mesmo
• Insubstituível - os produtos fabricados produto, porém, substitutos perfeitos entre si.
por empresa monopolista não possuem substi- É considerado diferenciado quando os pro-
tutos no mercado, assim, não há outra alter- dutos não são substitutos perfeitos entre si.
nativa para o consumidor se não consumir Exemplos de oligopólio puro e diferenciado:
apenas os produtos destas empresas. Os con-
sumidores não têm suas necessidades atendi- Oligopólio
das por outras empresas, somente por uma, a
de monopólio.
• Poderosa - no sentido de exercer poder
Puro Diferenciado
em duas variáveis importantes no mercado: o
preço e a quantidade a ser ofertada. Este
poder tem como objetivo manter a situação de Indústria de alumínio Indústria de cigarros
monopólio, estabelecendo preços que deses-
timulem a intervenção de outras concorrentes
e maximizar os lucros. As empresas oligopolistas são interde-
Um fator que também caracteriza o mo- pendentes entre si, pelo fato de serem em
nopólio é a concessão de uma patente. Ela número pequeno.
Mercado - Aula 2 61 Instituto Universal Brasileiro
Esta interdependência faz com que, OLIGOPSÔNIO
quando uma empresa reduz seu preço e Oligopsônio é estrutura de mercado em
utiliza uma boa publicidade, a curva de que há um número reduzido de compradores.
demanda de outras empresas seja reduzida Neste caso, o valor do produto é, em muitos
e muitas vezes estas reagem contra. casos, estabelecido pelo próprio consumidor,
Os concorrentes atuantes na estrutura que ainda pode exigir regalias da empresa
oligopolista são rivais entre si, em muitos fornecedora para adquirir seus produtos.
casos esta rivalidade transparece nas Este fato se dá pelo motivo das empre-
campanhas publicitárias. sas fornecedoras não terem interesse em
A entrada de outras empresas nesta perder os poucos, mas importantes, clientes
estrutura é muito difícil, as dificuldades de que possuem.
entrada se dão pelos seguintes fatores:
Comprador 1 Comprador 2
Escala de produção
Exigências de capital
Domínio de tecnologia
O fator mais importante relacionado com
as relações oligopolistas são os preços. O
preço estabelecido por uma indústria deverá Fornecedor1 Fornecedor2 Fornecedor3 Fornecedor4
ser adotado por outras, aceitando, assim,
a liderança de preço de uma outra indústria.
A estrutura de custo destas indústrias GLOBALIZAÇÃO
geralmente são baixas, diferenciando-se das
demais, por isto é que elas conseguem se Atualmente, estamos não só observando
impor como líderes. como vivenciando a velocidade constante com
A formação de cartel é uma maneira das que a tecnologia se transforma e acaba trans-
indústrias se reunirem para determinar preços formando a vida das pessoas.
e elaborar acordos comerciais como forma Com esse avanço tecnológico, tornaram-
de ampliar os lucros. se mais rápidas as comunicações; com o
desenvolvimento dos satélites, telefonia celular
Estruturas de mercado com foco no e a Internet. As informações chegam até nós
comprador em tempo real. A Internet nos proporciona
adentrar em vários assuntos do mundo inteiro,
MONOPSÔNIO e também manter relações entre pessoas que
Monopsônio é a estrutura de mercado se encontram nas partes mais distantes do
em que há um único comprador, neste caso, o globo terrestre.
valor do produto é, em muitos casos, estabe- Devido a estas grandes mudanças,
lecido pelo próprio consumidor, que ainda sociedades do mundo inteiro tentam participar
pode exigir regalias da empresa fornecedora deste mercado global, que despreza as
para adquirir seus produtos. distâncias geográficas, denominado: globali-
zação.
Único comprador A sensação que nos causa é de que o
mundo é cada vez menor. Na globalização, é
possível conhecer a supremacia cultural e
produtos específicos de vários países.
O planeta Terra é composto por vários
Fornecedor 1 Fornecedor 2 Fornecedor 3 mundos, com formas de organização de
sociedades bem diferenciadas.
Mercado - Aula 2 62 Instituto Universal Brasileiro
Para um sistema empresarial do
século XX o fator mais importante é a com-
petitividade, já que atuam juntamente com vá-
rios outros sistemas empresariais dentro da
economia globalizada. Portanto, as empresas
competem entre si para maior abertura em
seus mercados atuantes e em outros mer-
cados para os quais exportam.

Blocos econômicos
Foi através da globalização que surgiram
os blocos econômicos, que têm como função
principal diminuir as barreiras que impedem
a livre circulação de mercadorias, alfândega,
fronteiras, moedas etc., de determinadas
regiões próximas. Estes fatores dificultam a
livre transação comercial entre países que não
fazem parte dos mesmos blocos, porém,
facilitam o comércio para os países do mesmo
bloco.
Qual o papel da globalização no desen- Os países que participam da zona livre
volvimento industrial e comercial? de comércio, além de buscarem a retenção de
impostos, por muitas vezes se fortalecem
Após o surgimento e desenvolvimento diante da globalização.
das indústrias, o mundo que vivenciava um na-
turalismo habitual passou a vivenciar um ar- Principais blocos econômicos
tificialismo provocado pelas indústrias e pelo NAFTA - Acordo Norte-americano de
avanço tecnológico. A distribuição de produtos Livre Comércio
industrializados passou a ser mais prática e MERCOSUL - Mercado Comum do Sul
eficiente que os produtos cuja origem era o UE - União Européia
campo, ou seja, o suco de laranja natural ASEAN - Associação das Nações do Su-
perdeu muitos consumidores para o “suco de deste Asiático
caixinha”. APEC - Cooperação Econômica Ásia-
O capitalismo comercial se expande Pacífico.
dando lugar ao capitalismo industrial, sendo a
globalização a fase mais recente do sistema As multinacionais
capitalista, um período técnico-científico e São as responsáveis pela propagação da
informacional. Nestes períodos, prevalecem a economia globalizada no mundo. O fluxo de
facilidade na comunicação e o grande desen- mercadorias e implantação de filiais em outros
volvimento tecnológico, voltado para a produ- países tornam-se bem visíveis aos olhos do mundo.
ção e gerenciamento.
Na globalização, todos os países envol-
vidos neste sistema procuram expandir sua
economia-social e atrair investimentos produ-
tivos tendo, como consequência imediata, um Um exemplo de multinacional
crescimento nas exportações mundiais. Neste propagadora de economia globalizada
sistema, é bem visível o grande fluxo de A NIKE, empresa americana que por não
mercadorias entre os países. ser uma fábrica e sim uma marca, baseia-se
Mercado - Aula 2 63 Instituto Universal Brasileiro
em estratégias de marketing através de seu parado para qualquer crise é aquele que tem
desing. Mantém contratos com grandes despor- uma boa formação e busca sempre se
tistas e pode refazer seus contratos em vários atualizar dentro deste sistema cada vez mais
países que possuam boas condições para a competitivo. Como podemos verificar, nos dias
empresa. atuais, existem inúmeras vagas de emprego,
porém sem mão-de-obra especializada para o
Consequências da globalização preenchimento destas vagas.

A globalização teve também um grande


impacto no mercado de trabalho, principal-
mente em países menos industrializados. O
surgimento de empregos, das multinacionais
que saem de países ricos para os países Na nova realidade mundial para que
pobres, buscando trabalhadores com baixos uma empresa se mantenha no mercado,
salários, poucos benefícios, leis e impostos o que é mais importante: a quantidade ou
inferiores aos cobrados em seus países de a qualidade de seus produtos e serviços?
origem é um bom exemplo..
A questão ambiental na globalização
Outra consequência é a troca da mão- Quando falamos em crescimento produ-
de-obra humana pela mão-de-obra mecânica. tivo mundial e fácil acesso aos mercados de
O ramo automobilístico evidencia esta ques- todos os países, é importante pensarmos a
tão, não é mais o operário que executa muitos respeito da utilização de nossos recursos
dos trabalhos delicados na linha de montagem naturais.
e sim, robôs. Os custos ambientais cresceram para as
indústrias, de forma que foi necessária a
No meio empresarial nasce a idéia da implantação de normas que visassem tanto à
implantação da requalificação profissional proteção ambiental como a melhor forma de
através de treinamentos, dirigidos à traba- utilização dos recursos naturais.
lhadores que necessitam de seu emprego o Em países industrializados, a emissão de
qual passa por constantes transformações, resíduos e poluentes, tanto no solo como no
seguindo o desenvolvimento tecnológico. ar, vem aumentando a cada dia. O desmata-
O desemprego tende a concentrar-se na mento e a degradação da camada de ozônio
massa com menos instrução escolar, ou seja, tornaram-se problemas alarmantes, que
a globalização requer pessoas altamente trazem males irreversíveis à humanidade.
informadas e informatizadas.
Programas de prevenção à poluição
Globalização X Crises
As crises, dentro deste mercado único Substituição de materiais prejudiciais por
global, tornam-se inevitáveis. Se por algum materiais não nocivos
motivo a economia de um determinado país Reutilização ou destinação adequada
vai mal, os outros países também sofrerão as para materiais poluentes
consequências. Redução dos estágios do processo de
Estas crises aumentam o desemprego e produção
a incerteza dos países afetados. Para conter Reciclagem
tais crises é necessário ter um mercado forte e Utilização correta de energia
competitivo para repor possíveis oscilações Investimento na educação ambiental
naturais da economia mundial. Utilização de novas tecnologias, para a
E sem dúvida, um indivíduo melhor pre- preservação do ecossistema.
Mercado - Aula 2 64 Instituto Universal Brasileiro
CONCLUSÃO empregado X empregador, a produtividade
ligada diretamente à qualidade foram os estopins
Diante do cenário europeu do século para o surgimento dos conceitos administrativos,
XVIII, as grandes invenções foram introduzi- para sistematizar e melhor desenvolver os meios
das na sociedade com intuito de satisfazer produtivos. Conceitos que até os dias de hoje
às necessidades humanas e expandir as mostram-se necessários e eficazes.
maravilhas das descobertas. Em meio a tantas mudanças, o trabalho
Desde as grandes navegações, é notá- passou a ser peça principal para a economia
vel esta característica do ser humano de das grandes metrópoles e no desenvolvimento
transpor todo tipo de barreiras geográficas. social urbano; com o aumento na produção e
A informação, que antes era ineficiente e uma melhora no ambiente de trabalho e nas
demorada, hoje percorre centenas de quilô- relações entre coordenador e subordinado.
metros em instantes. Todos estes fatores visam a um aumento
O comércio alcança os contornos de um na produção para satisfazer o mercado, que
mercado global comum; é possível comprar e por sua vez, não para de crescer. Daí a impor-
vender produtos de outros países pela tância de analisar as relações de mercado e
Internet, em tempo real. suas implicações no contexto sócio-econônimo,
A criação de novos empregos, acompa- para poder atuar com competência no meio
nhando o aumento populacional, a relação empresarial.

Aula 2

1) Quais as questões mais importantes para o estudo das estruturas de mercado?

R: _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

2) Qual a definição de concorrência?

R: _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

3) Associe as colunas de acordo com os conceitos:

( 1 ) Monopólio ( ) quando há um único comprador


( 2 ) Oligopólio ( ) quando a oferta é controlada por uma só empresa
( 3 ) Monopsônio ( ) quando há um número reduzido de compradores
( 4 ) Oligopsônio ( ) quando a oferta é controlada por um pequeno nº de empresas

4) Quais as consequências da globalização?

R: ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

Mercado - Aula 2 65 Instituto Universal Brasileiro


Respostas
AULA 1
1) Sob o ponto de vista da economia, qual a definição de Mercado?

R: Mercado pode ser o lugar da livre concorrência para compra e venda de produtos

2) Preço corrente é aquele que se baseia:

a) ( ) no mercado c) ( x) na oferta e na demanda


b) ( ) no consumidor d) ( ) N. D. A

3) Podemos dizer que a demanda é elástica quando a quantidade demandada:


a) ( ) não variar com alteração de preço
b) ( ) é igual a variação de preço
c) (x ) varia com alteração de preço
d) ( ) N. D. A

4) Quando a variação percentual da quantidade for maior que a variação do preço, dizemos
que a oferta é:
a) ( ) Inelástica c) ( ) Inelástica unitária
b) ( x ) Elástica d) ( ) Elástica unitária

AULA 2

1) Quais as questões mais importantes para o estudo das estruturas de mercado?

R: Tipos de consumidores, nº de empresas que atuam no mercado, acesso às tecnologias

2) Qual a definição de concorrência?

R: Competição entre produtores ou vendedores de um mesmo produto

3) Associe as colunas de acordo com os conceitos:

( 1 ) Monopólio ( 3 ) quando há um único comprador


( 2 ) Oligopólio ( 1 ) quando a oferta é controlada por uma só empresa
( 3 ) Monopsônio ( 4 ) quando há um número reduzido de compradores
( 4 ) Oligopsônio ( 2 ) quando a oferta é controlada por um pequeno nº de empresas

4) Quais as consequências da globalização?

R: Impacto no mercado de trabalho, mecanização da mão-de-obra, requalificação profissional


Mercado - Aula 2 66 Instituto Universal Brasileiro
ECONOMIA E MERCADO

Para exercitar na prática os conhecimentos adquiridos com os estudos de economia


e mercado, resolva a questão abaixo.

A empresa RP - Recuperadora de Pneus - tem os seguintes custos:

Água R$ 400,00
Energia elétrica R$ 1 500,00
Aluguel R$ 2 500,00
Mão-de-obra R$ 4 500,00
INSS R$ 990,00
Seguro R$ 220,00
Impostos R$ 750,00
Matéria-prima R$ 1 800,00
Equipamentos R$ 2 150,00

Monte a tabela de acordo com os itens de custo. (consulte o modelo da pág. 29).

Descrição dos gastos Fixos Variáveis Valor $

Número de pneus recuperados (Q): 600 peças

Determine os custos fixos, variáveis e total. Calcule também os custos médios


desta empresa.

a) Custos Fixos (CF) ___________________________________________________

b) Custos Variáveis (CV) ________________________________________________

c) Custo Total (CT) ____________________________________________________

d) Custos Médios (CMe) ________________________________________________

Mercado - Aula 2 67 Instituto Universal Brasileiro


ECONOMIA E MERCADO
Respostas

Para exercitar os conhecimentos das aulas de Economia e Mercado.


Cálculo dos custos da Empresa RP - Recuperadora de Pneus

Tabela de custos

Descrição dos gastos Fixos Variáveis Valor $


Água X 400,00
Energia elétrica X 1 500,00
Aluguel X 2 500,00
Mão-de-obra X 4 500,00
INSS X 990,00
Seguro X 220,00
Impostos X 750,00
Matéria-prima X 1 800,00
Equipamentos X 2 150,00
Número de pneus recuperados (Q): 600 peças

Cálculos

a) Custos Fixos (CF)


aluguel + imposto + seguro =
2 500,00 + 750,00 + 220,00 = R$ 3 470,00

b) Custos Variáveis (CV)


água + energia elétrica + mão-de-obra + INSS + Matéria-prima + equipamentos =
400,00 + 1 500,00 + 4 500,00 + 990,00 + 1 800,00 + 2 150,00 = R$ 11 340,00

c) Custo Total (CT)


CF + CV =
3 470,00 + 11 340,00 = R$ 14 810,00
d) Custos Médios (CMe)

CMe = CT = 14 810,00 CMe = 24,68


Q 600

Portanto, teríamos R$ 24,68 de custo médio em cada unidade produzida

Mercado - Aula 2 68 Instituto Universal Brasileiro


ORGANIZAÇÃO DE EMPRESAS

O principal objetivo desta disciplina é relacionar as atividades organizacionais


com os princípios teóricos que as fundamentam. É preciso ampliar o conjunto de
conhecimentos, habilidades e atitudes para desempenhar, com eficácia, determi-
nadas funções no mundo corporativo. Empresas querem resultados positivos,
gestores querem pessoas capazes de atuar com sucesso.

. A aula 1 trata do conceito de Organização de Empresas, abordando suas formas


e seus objetivos. Apresenta, ainda, a definição de pessoa jurídica com um roteiro para a
elaboração de um contrato social.

.A aula 2 apresenta o conceito de Administração, aprofundando as Principais


Teorias de Administração que fundamentam os Modelos de Gestão, destacando a Era da
Qualidade Total.

.
Na aula 3 são descritas as Atividades Gerenciais, especificando as dimensões de
departamentalização, exemplificando diferentes estruturas de funcionamento empresarial.

. A aula 4 define as Funções Administrativas e suas implicações no planejamento


operacional.

Acesse o site www.netlegis.com.br e leia as notícias publicadas pela


Revista Contábil e Empresarial sobre o tema em estudo.
Organização de Empresas - Aula 1 69 Instituto Universal Brasileiro
Balanço anual deficitário: é o relatório contábil que apresenta déficit, termo contabilístico,
que significa saldo negativo resultante de, em um orçamento, ter mais gastos ou despesas do
que ganhos ou receitas. Tal orçamento é chamado de deficitário. Corresponde ao prejuízo em
balanços de empresas não econômicas ou "sem fins lucrativos".
Behaviorista: derivado de Behaviorismo (Behaviorism em inglês) ou behavior (EUA):
comportamento, conduta. Diz-se de pensamento científico referente à Análise do
Comportamento ou Psicologia Objetiva: conjunto das teorias psicológicas que postulam o
comportamento como único, ou, ao menos, mais desejável, objeto de estudo da Psicologia.
Comandita: termo do direito empresarial brasileiro, a sociedade em comandita simples é
a caracterizada pela existência de dois tipos de sócios: os sócios comanditários e os coman-
ditados. Os sócios comanditários têm responsabilidade limitada em relação às obrigações con-
traídas pela sociedade, respondendo apenas pela integralização das cotas subscritas.
Contribuem apenas com o capital subscrito, não contribuindo de nenhuma outra forma para o
funcionamento da empresa, ficando alheio, inclusive, da administração da mesma. Já os
sócios comanditados contribuem com capital, trabalho e são responsáveis pela administração
da empresa. Sua responsabilidade perante terceiros é ilimitada, devendo saldar as obrigações
contraídas pela sociedade.
Estrutura matricial: a departamentalização matricial é um tipo misto de departamenta-
lização, no qual equipes compostas por pessoas de diversas especialidades são reunidas com
o objetivo de realizar tarefas com características temporárias. Ela evoluiu a partir da departa-
mentalização funcional tradicional, aliada à dinamicidade das estruturas de projeto ou produto.
Feedback: retroalimentação, ou também realimentação, é o nome dado ao procedimen-
to através do qual parte do sinal de saída de um sistema (pode ser uma tarefa concluída,
instrução atendida, informação transmitida etc.) é transferida para a entrada deste mesmo
sistema com o objetivo de diminuir, amplificar ou controlar a saída do sistema.
Macroambiente: ambiente existente fora do território físico da organização, formado pela
concorrência, setor público, clientes, fornecedores, sistema financeiro, setor externo, tecnolo-
gia, legislação geral, ecologia, sindicados etc.
Microambiente: ambientação física ou virtual em que as operações da organização são
mais facilmente controladas desde que não haja interferências macroambientais. Ex.: recursos
humanos, produção, finanças, comercial/marketing, sistemas de informação etc.
Produção enxuta: Sistema Toyota de Produção, também chamado de Produção Lean
Manufacturing. Surgiu no Japão, na fábrica de automóveis Toyota, logo após a Segunda
Guerra Mundial. Naquela época, a indústria japonesa tinha uma produtividade muito baixa e
uma enorme falta de recursos, o que naturalmente a impedia adotar o modelo da produção em
massa.
Produção em massa: desenvolvido por Frederick Taylor e Henry Ford em 1923.
Sebrae: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, surgiu em 1972
como resultado de iniciativas pioneiras de diversas entidades que estimularam o empreende-
dorismo no país.

Organização de Empresas - Aula 1 70 Instituto Universal Brasileiro


Todo setor, departamento e demais célu-
las da empresa são importantes, cada qual
AULA 1 com grau de importância e responsabilidade
ORGANIZAÇÃO DE EMPRESAS relativa, concluindo-se que existe uma interde-
pendência relevante entre eles. As responsa-
bilidades dos atores dos processos (colabora-
dores) não se limitam apenas às decisões
CONCEITO estratégicas (executivos da empresa).

Imaginemos um empreendimento como As relações de responsabilidade e


sendo qualquer tipo de instituição que opere
autoridade se ampliam por toda a estrutura
na condução e produção de bens materiais
empresarial, criando o que chamamos de
ou serviços. Podemos dizer que estes
empreendimentos formam organizações, pois hierarquia.
lá existem tarefas interdependentes que,
juntas, trarão algum tipo de produção.
Qualquer tipo de estrutura que objetive ORGANIZAÇÕES NÃO-LUCRATIVAS
lucro ou não (empresas ou entidades) pos- E LUCRATIVAS
suem "órgãos" distintos que, harmonizados,
compõem as organizações. Portanto:
Organização é um grupo de indiví-
duos, reunidos por um conjunto de rela-
cionamentos de autoridade e de respon-
Qual o objetivo das organizações?
sabilidade, os quais têm uma meta
comum. Buscar resultados que atendam a
Os órgãos podem ser traduzidos pelos carências diversas: lazer, alimentação,
setores, departamentos, gerências e direto- transporte, entretenimento, conhecimento,
rias, ou ainda pelas áreas específicas de pro- tecnologia e assim por diante.
dução, finanças, mercadológica, recursos
humanos, informática etc. Percebemos que, Nas economias saudáveis, empreendi-
com suas atribuições específicas, funcioná- mentos multiplicam-se, desaparecem, reapa-
rios e demais recursos operam para que a recem modificados e demonstram o poder da
instituição funcione no sentido de atingir seus dinâmica dos mercados.
objetivos. Quando um empreendimento atende
uma necessidade da comunidade sem, no
entanto, visar à obtenção de lucros, temos as
entidades. São organizações regidas por
estatutos sociais que não visam lucros e sua
rentabilidade é destinada à ampliação de
suas atividades. São associações de classe,
associações religiosas, clubes, sindicatos,
cooperativas etc.
Se o empreendimento explora qualquer
tipo de atividade com a finalidade de obter
lucro, trata-se de uma empresa, que estuda-
remos a seguir.
Organização de Empresas - Aula 1 71 Instituto Universal Brasileiro
EMPRESAS mais estratégicos. Vejamos:
1. Lucro: só é possível obter o retorno dos
Empresa é a unidade produtora através investimentos efetuados na empresa pela acumula-
da qual são reunidos e combinados os fatores ção de lucros, trazendo dividendos para os sócios e
de produção, tendo em vista o desenvolvi- demais investidores. É normal um empreendimento
mento de um determinado ramo de atividade eventualmente operar com prejuízo (balanço anual
econômica. Trata-se de um organismo econô- deficitário), mas, persistindo este problema por mais
mico e nele as estratégias para a criação de anos, torna-se inviável a continuidade dos negócios.
um bem ou serviço visam à obtenção de 2. Crescimento: o fortalecimento e ampliação
lucros, crescimento e continuidade. Outra de uma organização são metas a serem atingidas.
forma de conceituar empresa seria: Negócio, Com o crescimento empresarial, atende-se aos
ou organização de negócios, por pessoa objetivos dos investidores, sócios, e também da
ou grupo de pessoas associadas, para sociedade, pela contribuição no desenvolvimento
exploração de uma atividade comercial, econômico, geração de empregos etc.
industrial ou de prestação de serviços. 3. Perpetuação: todo empreendedor deve
criar condições para sua permanência no mercado
atravessando gerações. Nos últimos anos, ampliam-
se as fusões e aquisições de empresa para empresa.
Mas a perpetuação de um negócio não significa
necessariamente que estas estratégias devam ser
desconsideradas, pois em muitos casos a continuida-
de de operações depende exatamente de novas
formatações da organização.

Objetivos Empresariais Para atingir estas prerrogativas básicas, o


monitoramento constante do que acontece den-
Há consenso de que existem três ativida- tro da empresa (microambiente) e também fora
des empresariais clássicas: comércio, indústria da empresa (macroambiente) é fundamental.
e serviços. Falarmos apenas do objetivo lucra- Os variados tipos de relacionamentos humanos
tivo destas atividades é insuficiente. existentes nas atividades empresariais vão dar
A evolução das organizações passa por forma às decisões tomadas pelos administradores.
muitas situações, todas elas envolvidas num Portanto, deve-se ter extremo cuidado com o
cenário no qual se persegue objetivos, alguns gerenciamento destes relacionamentos, pois
mais estratégicos e outros mais secundários. são as pessoas que agem e trazem os resulta-
Os objetivos básicos de qualquer empreendi- dos que devem ser positivos.
mento são aqueles essenciais para a conti-
nuidade das operações das empresas os
quais devem permanecer continuamente no
ciclo de vida empresarial.
No decorrer do tempo e nas operações
de qualquer empreendimento, podem surgir Qual a melhor estratégia para viabilizar lucro?
eventos como competição mais acirrada, Como traçar estratégias que contemplem a
necessidade de inovação imediata, busca de saúde e a competitividade da empresa?
tecnologia etc. Alguns destes fatos podem
interferir em objetivos secundários já traça- Um conjunto de medidas voltadas para
dos, os quais podem sofrer modificações em gestão da qualidade e garantia do produto,
conformidade com a realidade da empresa. relacionamento com os consumidores, res-
Mas objetivos básicos são mais estruturais, ponsabilidade social e ecológica, gestão
Organização de Empresas - Aula 1 72 Instituto Universal Brasileiro
tributária e gestão de pessoas são alguns dos
principais itens a serem considerados.

Constituição e Legalização de
Empresas

Pessoa Jurídica

Conforme o Sebrae (Serviço Brasileiro


de Apoio às Micro e Pequenas Empresas),
pessoa jurídica é a entidade abstrata com
existência e responsabilidade jurídicas
como, por exemplo, uma associação,
empresa, companhia, legalmente autori- Desta forma, uma pessoa pode se
zadas. constituir como empresário sem sócios,
Podem ser de direito público (União, porém o seu patrimônio particular se
Unidades Federativas, Autarquias etc.), ou confundirá com o da empresa, ou seja, as
de direito privado (empresas, sociedades dívidas do seu negócio podem ser cobradas
simples, associações etc.). Vale dizer ainda da pessoa física. Vale lembrar que o admi-
que as empresas individuais, para os efeitos nistrador responde pelos excessos que prati-
do imposto de renda, são equiparadas às car no exercício de sua função.
pessoas jurídicas. Isto não acontece na sociedade limi-
tada na qual a responsabilidade de cada
Chama-se Pessoa Jurídica porque a
sócio é restrita ao valor de suas quotas. Ao
empresa possui direitos e deveres próprios,
contar com sócios, a empresa pode ter
distintos daqueles referentes às pessoas acesso a mais recursos, além de poder
físicas que a compõem. Já a Pessoa Física dividir as responsabilidades de administra-
é a pessoa natural, isto é, todo indivíduo ção. Quanto à contabilidade da empresa,
(homem ou mulher), desde o nascimento até essa deverá ser feita por profissional habi-
a morte. A personalidade civil da pessoa litado - o contabilista.
começa no nascimento, com a vida.
Sociedades Empresariais
Para exercer atividades econômicas, a
pessoa física pode atuar como autônomo ou São empresas constituídas por, pelo
sócio de empresa ou sociedade simples. menos, dois sócios. Uma empresa pode
Ainda, segundo o Sebrae, a atividade pertencer ao quadro social de outra. Isto
econômica organizada produtiva no Brasil significa que, dentre os sócios de uma pessoa
pode ser exercida individualmente ou de jurídica, poderá constar outra.
forma coletiva, objetivando a partilha dos No Brasil, as sociedades comerciais
resultados obtidos pela empresa. podem apresentar várias formas de constitui-
Se a opção for a de Empresário ção. Capacidade financeira, acordo entre os
Individual, o administrador é o representante sócios, interesses estratégicos, tipo de negó-
legal da empresa. cio e outros fatores influenciam estas formas
de constituição.
Pelo Novo Código Civil, o administrador é Dentre vários tipos de formatações das
o atual sócio-gerente. É ele que tem os poderes sociedades empresariais, destacamos:
para gerenciar e administrar a empresa conforme Sociedade Limitada - É o tipo de socie-
as atribuições conferidas em contrato social.
dade mais comum adotado pelas pequenas
Organização de Empresas - Aula 1 73 Instituto Universal Brasileiro
empresas. Conta com responsabilidade limi- Sociedade em Comandita por Ações -
tada dos sócios - restrita ao valor de suas tem o capital dividido em ações regidas pelas
quotas - e é de constituição mais simples. normas relativas às sociedades anônimas.
Quotas, neste caso, correspondem ao valor A pessoa jurídica não se confunde
em dinheiro, bens ou direitos que cada sócio com as pessoas físicas dos proprietários. A
aplica no empreendimento, compondo o empresa tem direitos, obrigações, e a tudo
capital social. que for praticado em seu nome, é ela quem
responde perante a lei. Entretanto, o juiz
pode decidir que os efeitos de certos atos
sejam estendidos aos bens particulares
dos sócios.

Contrato Social

Trata-se de um documento que, por ser


um contrato, estabelece juridicamente res-
ponsabilidades e direitos entre duas ou mais
pessoas que se unem para constituição de
um empreendimento.
Para redação de um contrato social, um
mínimo de cláusulas deverá estar presente:
Sociedade em Nome Coletivo - deve 1. Tipo de sociedade.
ser constituída somente por pessoas físicas 2. Qualificação completa dos sócios.
sendo que todos os sócios respondem solidá- 3. Endereço completo da empresa.
ria e ilimitadamente pelas obrigações sociais. 4. Nome empresarial (firma ou denomi-
Sociedade em Comandita Simples - nação social).
possui dois tipos de sócios comanditados: 5. Objeto social (indicação da atividade
pessoas físicas, responsáveis solidárias e ili- da empresa).
mitadamente pelas obrigações sociais, e os 6. Capital social (quantia, representada
comanditários, obrigados somente pelo valor em bens ou dinheiro, necessária para que a
de sua quota. empresa possa iniciar suas atividades).
Sociedade Anônima - tem o capital 7. Quota de cada sócio no capital social.
dividido em ações ao invés de quotas. A res- 8. Responsabilidade limitada dos sócios.
ponsabilidade dos sócios ou acionistas será 9. Forma de convocação das reuniões ou
limitada ao preço de emissão das ações assembleias.
subscritas ou adquiridas. A sociedade anô- 10. Nomeação do administrador e seus
nima pode, a qualquer momento, negociar poderes (no próprio contrato social ou em
ações no mercado de capitais, obtendo documento separado).
recursos de investidores. 11. Participação de cada sócio nos lucros
Segundo a Bovespa (Bolsa de Valores e nas perdas.
do Estado de São Paulo), a ação negociada 12. Situação de exclusão ou falecimento
na bolsa é uma pequena parte de uma de sócio.
empresa. Apenas com uma ou mais ações, 13. Regulamentar a cessão de cotas sociais.
o investidor se torna sócio dela. 14. Foro de eleição (indicação do juízo
Tecnicamente, podemos definir ações como em que deverá ser resolvida qualquer contro-
títulos nominativos negociáveis que repre- vérsia referente ao contrato social).
sentam, para quem as possui, uma fração 15. Prazo de duração da empresa.
do capital social de uma empresa.
Organização de Empresas - Aula 1 74 Instituto Universal Brasileiro
Veja abaixo um roteiro para elabora- Não devem constar as expressões ME
ção de um Contrato Social proposto pelo (Microempresa) ou EPP (Empresa de
Sebrae, o qual contempla a nova legislação, Pequeno Porte), tendo em vista que a condi-
especialmente para sociedade limitada. ção de micro e pequena empresa ou empre-
sa de pequeno porte é somente uma questão
CONTRATO SOCIAL DE ACORDO COM de faturamento e não um tipo societário. A uti-
O NOVO CÓDIGO CIVIL lização das expressões ME ou EPP ocorrerá
após o enquadramento nos termos do
Pelo presente Instrumento Particular Estatuto da Micro e Pequena Empresa - Lei
de Contrato Social, os abaixo assinados... no 9.841/99.
- Qualificação dos sócios (pessoa física): Quando a empresa exercer diversas ati-
nome completo, nacionalidade, naturalidade, vidades, deverá eleger a principal ou prepon-
estado civil (se casado, incluir o regime de derante para constar da denominação social.
bens), data de nascimento, profissão, número
do CPF, número da identidade (RG, reservis- Exemplos: Flor de Liz Bar e
ta ou CTPS), indicando também o órgão Lanchonete Ltda. ou Machado de Assis e
expedidor e a unidade federada onde foi emi- Rui Barbosa Lanchonete Ltda.
tido, domicílio e residência (endereço, número,
bairro, município, estado e CEP).
- Qualificação dos sócios (pessoa jurídica): Endereço: endereço comercial da sede
nome empresarial, endereço completo da e de filiais declaradas: rua, avenida, alameda,
sede, e, se sediada no Brasil, NIRE (Número travessa, nome, número completo, bair-
de Inscrição de Registro de Empresa), ou ro/distrito, município, estado (unidade federa-
número atribuído no cartório de registro civil da) e CEP.
das pessoas jurídicas, e o número do
Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas Prazo: tempo de duração da sociedade
(CNPJ), qualificação completa dos represen- que pode ser determinado (ex.: sociedade
tantes legais da empresa no momento da cons- pelo prazo de 3 anos) ou indeterminado (ex.:
tituição de nova pessoa jurídica. sociedade por prazo indeterminado).
... têm entre si, justa e contratada,
Filiais e outras dependências: a socie-
a constituição de uma Sociedade de
dade poderá, a qualquer tempo, abrir filiais e
Responsabilidade Limitada, na forma da
outros estabelecimentos no país por ato de
lei, mediante as condições e cláusulas
seus administradores ou por deliberação dos
seguintes:
sócios.
CLÁUSULA PRIMEIRA
DA DENOMINAÇÃO SOCIAL, CLÁUSULA SEGUNDA
SEDE, DURAÇÃO, FILIAIS E OUTRAS DO OBJETO SOCIAL
DEPENDÊNCIAS
Diz respeito à atividade principal da
Firma ou denominação social é igual ao empresa. Deverá conter a declaração
nome empresarial que deve estar relacionado precisa e detalhada das atividades a
com a atividade econômica da empresa inte- serem desenvolvidas, mencionando gênero
grado pela palavra limitada ou sua abreviatura e espécie.
(artigo 1.158 e seus parágrafos). A omissão - Gênero: indústria, comércio ou serviços.
da palavra LIMITADA determina a respon- - Espécie: calçados, roupas infantis,
sabilidade solidária e ilimitada dos sócios limpeza.
administradores ou não. Exemplos: indústria de calçados,
Organização de Empresas - Aula 1 75 Instituto Universal Brasileiro
comércio de roupas infantis, prestação de reais) cada uma, no montante de R$ 5.000,00
serviços de limpeza. (cinco mil reais);
O sócio RUI BARBOSA subscreve e
CLÁUSULA TERCEIRA integraliza, neste ato, 500 (quinhentas) quo-
DO CAPITAL SOCIAL tas no valor nominal de R$ 10,00 (dez reais)
cada uma, no montante de R$ 5.000,00
Representa o valor/importância do capi- (cinco mil reais).
tal em moeda corrente nacional de uma
empresa, subscrito (compromisso de contri- CLÁUSULA QUARTA
buição com certa quantia para a empresa) e DAS RESPONSABILIDADES DOS SÓCIOS
integralizado (que está completo, inteiro)
pelos sócios devendo constar em cláusula Deverá conter declaração de que a res-
contratual e ser registrado legalmente. ponsabilidade dos sócios é restrita ao valor
É obrigatório nas empresas com finali- de suas quotas e que serão solidariamente
dade lucrativa, servindo também como responsáveis pela integralização do capital
elemento regulador das responsabilidades social.
dos sócios, de acordo com o tipo societário. De acordo com os termos do art. 1.052
Esta cláusula deverá conter a indicação da Lei 10.406/2002, a responsabilidade dos
numérica e, por extenso, o total do capital social, sócios é restrita ao valor de suas quotas, e
o valor nominal de cada quota que pode ter valor todos respondem, solidariamente, pela inte-
desigual ao total de quota(s) de cada sócio, a gralização do capital social.
declaração sobre a forma e o prazo de integra-
lização do capital e, se houver sócio menor, o CLÁUSULA QUINTA
capital deverá estar totalmente integralizado. DA ADMINISTRAÇÃO E USO DA FIRMA
Integralização com bens móveis e imó-
veis: descrição e identificação do bem móvel ou Os sócios poderão designar o admi-
imóvel. No caso de integralização com bem imó- nistrador da sociedade em contrato social ou
vel, deverá constar a descrição detalhada, tal em ato separado, indicando suas atribuições
como sua área, dados relativos a sua titulação, e poderes, dentre eles o de usar do nome
número de matrícula no Registro de Imóveis e empresarial e o prazo de gestão, se determi-
autorização do cônjuge no instrumento contratual nado.
com a referência pertinente, salvo se o regime de No caso de nomeação de administrador
bens for o de separação absoluta. em ato separado, deve-se emitir documento
próprio para o ato. O contrato pode estabe-
lecer a designação de administrador NÃO
sócio. Entretanto, dependerá de aprovação
da unanimidade dos sócios, se o capital não
estiver integralizado no mínimo de dois
A formação de um capital terços, se totalmente integralizado (art. 1.061
O capital social é de R$ 10.000,00 (dez da Lei 10.406/02).
mil reais), dividido em 1.000 (mil) quotas no
valor unitário de R$ 10,00 (dez reais), total- Nomeação de:
mente subscritos e integralizados pelos Sócio menor - somente se eman-
sócios em moeda corrente, conforme abaixo cipado.
descritos: Estrangeiro - deverá apresentar a
O sócio MACHADO DE ASSIS subs- carteira de identidade com o visto
creve e integraliza, neste ato, 500 (quinhentas) permanente.
quotas no valor nominal de R$ 10,00 (dez
Organização de Empresas - Aula 1 76 Instituto Universal Brasileiro
A administração dos negócios da sociedade CLÁUSULA OITAVA
poderá ser exercida em conjunto ou isolada- DA CESSÃO DE QUOTAS
mente (definir antecipadamente) pelos sócios-
-administradores, conforme indicados na forma do Cessão de quotas: a outros sócios
contrato social que representarão a sociedade (estabelecer o direito de aquisição a todos
ativa e passiva, judicial e extrajudicialmente. igualmente). Prever o direito de os demais
Os sócios não poderão, em qualquer cir- sócios deliberarem por dissolução, caso não
cunstância, praticar atos de liberalidade em convenha manter a sociedade sem aquele
nome da sociedade, tais como a prestação de que desejar se retirar. Quanto a terceiros,
garantias de favor e outros estranhos aos obje- somente se todos concordarem com o novo
tivos e negócios sociais. pretendente (art. 1.057).

CLÁUSULA SEXTA As quotas da sociedade são indivisíveis e


DO PRÓ-LABORE não poderão ser cedidas ou transferidas sem o
expresso consentimento da sociedade, caben-
O pró-labore dos sócios-administradores do, em igualdade de preços e condições, o
será por eles fixado de comum acordo obede- direito de preferência ao sócio que queira
cidos os limites legais da legislação do adquiri-las. O sócio que pretenda ceder ou
Imposto de Renda. transferir todas, ou parte de suas quotas, deve-
rá manifestar sua intenção por escrito ao sócio
CLÁUSULA SÉTIMA remanescente, assistindo a este o prazo de 30
DO ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO SOCIAL (trinta) dias para que possa exercer seu direito
de preferência.
Indicar a data do término de cada exer- Caso um dos sócios deseje retirar-se da
cício para a elaboração do inventário, do sociedade, deverá notificar o outro por escrito,
balanço patrimonial e do balanço do resultado com antecedência mínima de 30 dias, e seus
econômico (art. 1.065, CC/2002) e a referên- haveres lhe serão reembolsados na proporção
cia ao julgamento das contas no primeiro qua- de sua participação no capital social no prazo
drimestre seguinte ao término do exercício de 10 meses.
social pelos sócios (art.1.078, CC/2002) e à
colocação destes documentos à disposição CLÁUSULA NONA
dos sócios não administradores até trinta dias DO FALECIMENTO
antes da reunião ou da assembleia de sócios
(art. 1.078, § 1º da Lei 10.406/02). Regra Geral (art.1.028): sobrevivência
Exemplo: No dia 31 de dezembro de da sociedade, liquidação da quota.
cada ano, será realizado o levantamento do Exceções:
balanço patrimonial e apurados os resultados - Disposição contratual diversa.
do exercício. Após as deduções previstas em lei - Opção pela dissolução.
e a formação das reservas que forem conside- - Acordo entre sócios e os herdeiros
radas necessárias, os lucros e prejuízos serão para substituição do sócio falecido.
distribuídos e suportados pelos sócios propor-
cionalmente às quotas do capital social que Se permanecer apenas um sócio, este
detiverem. As reuniões (sociedades com dez ou terá o prazo de 180 dias para recompor a plu-
menos pessoas) ou assembleias (sociedades ralidade social com o que, não recomposta,
com mais de dez integrantes) de sócios serão dissolve-se a sociedade conforme o disposto
realizadas pelo menos uma vez por ano, no pri-
no art. 1.033, inciso IV.
meiro quadrimestre, conforme determina o
Herdeiros tornam-se titulares da quota:
art. 1078, § 1º da Lei 10.406/02.
têm direito à divisão dos lucros, de acordo
Organização de Empresas - Aula 1 77 Instituto Universal Brasileiro
com o prazo e as regras estabelecidas em CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA
contrato. DAS DELIBERAÇÕES DOS SÓCIOS
NAS REUNIÕES OU ASSEMBLEIA
Forma de liquidação (art. 1.031):
pagamento em dinheiro; prazo de 90 dias a Reuniões de sócios: sociedade com
partir da liquidação. dez sócios ou menos.
Assembleia de sócios: sociedade com
Contrato Social: deverá prever prazo mais de dez sócios.
maior para pagamento e a possibilidade de Forma de registro: livro de atas de
efetuá-lo em dinheiro ou bens. Finalidade: reuniões.
preservar a situação econômica da empresa Periodicidade: determinar a periodici-
já no contrato social. dade com que ocorrerão as reuniões de-
vendo haver, no mínimo, uma por ano (art.
Exemplo: No caso de falecimento de 1.078 § 1º).
quaisquer dos sócios, será realizado, em 30
(trinta) dias da ocorrência, um balanço especial. Forma de convocação: determinar se
Convindo ao(s) sócio(s) remanescente(s) e, a convocação para as reuniões dos sócios
concordando o(s) herdeiro(s), será lavrado será por meio de carta (com aviso de recebi-
termo de alteração contratual com a inclusão mento (AR) ou protocolo), por e-mail (quando
deste(s). Caso não venha(m) o(s) herdeiro (s) a for possível a comprovação de envio e
integrar a sociedade, este(s) receberá(ão) seus recebimento), ou por edital.
haveres em moeda corrente, apurados até a Prever a FLEXIBILIZAÇÃO da convo-
data do impedimento ou falecimento, em 10 cação de reunião de sócios: quanto à dis-
(dez) prestações mensais e sucessivas, corrigi- pensa das formalidades de convocação, caso
das monetariamente pelo IGP, IGP-M, IPC todos os sócios declarem, por escrito, esta-
etc.,ou outro índice que o venha a substituir, rem cientes do local, data, hora e ordem do
vencendo-se a primeira parcela após 90 dia, para a instalação da reunião (art. 1.072 -
(noventa) dias da data do balanço especial. parágrafos 2º. e 3º.).
Cautela: no caso de não estar prevista
a forma de convocação para reuniões de
CLÁUSULA DÉCIMA sócios no contrato social, será aplicada, sub-
DA PARTICIPAÇÃO DOS SÓCIOS NOS sidiariamente, a regra sobre assembleia geral
LUCROS E PERDAS (artigo 1.079).
Procedimentos: o anúncio de convo-
Indicação da participação proporcional cação da assembleia de sócios será
dos sócios nos lucros se outro ajuste não for publicado por três vezes, ao menos,
estipulado (art. 997, Vll, CC/2002). devendo mediar entre a data da primeira
inserção e a da realização da assembleia,
CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA o prazo mínimo de oito dias para primeira
DA INEXISTÊNCIA DE IMPEDIMENTO convocação e cinco dias para as poste-
PARA OS ADMINISTRADORES riores, de acordo com o artigo 1.152,
parágrafo 3º.
Matérias (art. 1.071): deverão ser pre-
Declaram, sob as penas da lei, que não vistas outras matérias relevantes à sociedade
estão incursos em quaisquer crimes previstos e não previstas em lei (a distribuição dos
em lei, ou restrições legais que possam lucros, compra de bens imóveis).
impedi-los de exercer atividade em sociedade Deliberações - quórum: serão aplicadas
empresária. as regras previstas no artigo 1.076.
Organização de Empresas - Aula 1 78 Instituto Universal Brasileiro
. 50% + 1 (no mínimo) dos presentes em dente. Essa medida previne a descapitali-
reunião ou assembleia: zação da empresa com a saída de sócio em
a) aprovação das contas da administração. momento inoportuno.
b) nomeação e destituição dos liquidantes e o
julgamento das suas contas. CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA
c) demais casos, quando a lei ou o contrato DA EXCLUSÃO DE SÓCIO
não estabelecer quórum mais elevado.
Exclusão de sócio: estabelecer regras
. 50% + 1 do total do capital social: claras e precisas que caracterizem justa
a) designação dos administradores quando causa (artigo 1.019) quando um ou mais
feita em ato separado. sócios puserem em risco a continuidade da
b) destituição dos administradores nomeados empresa em virtude de atos de inegável gra-
em ato separado. vidade (art. 1.085).
c) modo de remuneração dos administradores.
d) pedido de concordata. Contrato social: deverá conter os prin-
cipais fatos geradores ou considerados pelos
. 75% do capital social (no mínimo) sócios como "justa causa" a fim de fundamen-
a) qualquer alteração do contrato social. tar a exclusão de sócio. A exclusão somente
b) destituição dos administradores nomeados poderá ser determinada em reunião ou
em contrato (salvo disposição contratual diversa). assembleia, especialmente convocada para
c) incorporação, fusão e dissolução da socie- esse fim, devendo estar ciente o acusado em
dade ou cessação do estado de liquidação. tempo hábil para permitir seu compareci-
mento e o exercício do direito de defesa.

Justa causa: quando um sócio efetuar


retiradas excessivas para pagamentos de
dívidas pessoais, sem anuência dos demais
sócios, ou quando um sócio ausentar-se da
sociedade por mais de 60 dias sem justificativa.

Por maioria dos sócios, independente-


mente do número de quotas do capital social de
que dispuserem, poderá ser decidida a exclu-
são de sócio dissidente, assegurando-se a este
CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA o direito de exercer oportunamente o poder de
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS - LIMITANDO recesso e possibilitando, nessa hipótese, o
O DIREITO DE RECESSO
registro da alteração contratual no órgão com-
petente, independentemente da assinatura do
Direito de recesso: direito do sócio de
retirar-se da sociedade. sócio excluído
Hipóteses: previstas no art. 1.077,
quando ocorrer Modificação do contrato CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA
social, Fusão da sociedade, Incorporação DA SEPARAÇÃO E DIVÓRCIO DOS
de outra ou dela por outra. SÓCIOS

Contrato social: deverá prever os moti- Cônjuge não é titular das quotas, mas terá
vos para o exercício do direito de recesso e a direito a receber parcela dos dividendos relativos
forma de liquidação da quota do sócio dissi- (art. 1.027). Os herdeiros do cônjuge de sócio,
Organização de Empresas - Aula 1 79 Instituto Universal Brasileiro
ou do que se separou judicialmente, não podem tariamente pelo IGP, IGP-M, IPC, ou outro
exigir, desde logo, a parte que lhes couber na índice que o venha substituir, vencendo-se a
quota social, mas concorrem à divisão periódica primeira parcela após 90 (noventa) dias da
dos lucros até que se liquide a sociedade. data do balanço especial, com a finalidade de
proteger a sociedade e os demais sócios.
Contrato social: inserir cláusula que
determine o prazo em que o cônjuge ou her- CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA
deiro do cônjuge de sócio receberá seus DA APLICAÇÃO SUPLETIVA DA
haveres. SOCIEDADE POR AÇÕES

Os haveres dos herdeiros do cônjuge de O artigo 1.053 prevê que "A sociedade
sócio, ou cônjuge que se separou judicialmen- limitada rege-se, nas omissões deste capí-
te, ou se divorciou, serão apurados na forma do tulo, pelas normas da sociedade simples.”
artigo 1.031 e pagos em 10 (dez) prestações Parágrafo único. O contrato social poderá
mensais e sucessivas, corrigidas monetaria- prever a regência supletiva da sociedade limi-
mente pelo IGP, IGP-M, IPC ou outro índice que tada pelas normas da sociedade anônima.
o venha substituir, vencendo-se a primeira par- Há muita controvérsia sobre a aplicação
cela após 90 (noventa) dias da data do balanço supletiva das normas das sociedades por
especial. ações. Assim, de acordo com o artigo acima
mencionado, no contrato social poderá conter
CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA a previsão para aplicação alternativa das nor-
DAS RELAÇÕES COM TERCEIROS mas da sociedade simples ou sociedade por
ações.
De acordo com o artigo 1.026 da Lei
10.406/02, o credor particular de sócio pode, Os casos omissos no presente instru-
na insuficiência de outros bens do devedor, mento serão regidos pelas disposições das leis
fazer recair a execução do que lhe couber vigentes, em especial as da Sociedade
sobre os lucros da sociedade ou na parte que Simples ou Lei das Sociedades Anônimas
lhe tocar em liquidação, podendo, ainda, aplicáveis à Sociedade Empresária de
requerer a liquidação da quota do devedor, Responsabilidade Limitada, sem prejuízo das
com valor apurado e pago na forma do artigo disposições supervenientes.
1.031 do mesmo diploma legal. Assim, temos:

.Possibilidade de a execução recair CLÁUSULA DÉCIMA OITAVA


sobre dividendos e haveres do devedor. DA DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE
. Possibilidade de requerer a liquidação
dos haveres do devedor. Segundo o artigo 1.086, a sociedade se
. Haveres serão apurados na forma do dissolve, de pleno direito, por qualquer das
artigo 1.031. causas previstas no artigo 1.044 combinado
. Benefício de ordem: a quota só é pe- com o 1.033.
nhorável na insuficiência de outros bens.
A dissolução da sociedade ocorrerá nas
Contrato social: deverá prever a posi- hipóteses previstas no artigo 1.033 da Lei
10.406/02 e/ou por consenso entre a maioria
ção da sociedade se o credor de sócio reque-
dos sócios, quando estes designarão um
rer a liquidação da quota do devedor, a forma
liquidatário com poder bastante para proceder
de pagamento (bens/dinheiro), o prazo de
em conformidade com a legislação vigente à
pagamento, por exemplo, em 10 (dez) presta- época.
ções mensais e sucessivas, corrigidas mone-
Organização de Empresas - Aula 1 80 Instituto Universal Brasileiro
CLÁUSULA DÉCIMA NONA Testemunha
DA FORMA DE LIQUIDAÇÃO Rg:

Forma de liquidação (art. 1.031): paga- Assinatura de advogado (Só quando


mento em dinheiro; prazo de 90 dias a partir não for ME)
da liquidação. ______________________________
OAB/SP N.º
Contrato social: deverá prever um Fonte.: http://www.sebraesp.com.br, aces-
prazo maior para pagamento e a possibilida- sado em outubro de 2007.
de de ser efetuado em dinheiro ou bens, com Veja modelo de contrato na página 82.
a finalidade de preservar a situação econômi-
ca da empresa já no contrato social. Os have- Classes de Empresas
res serão apurados na forma do artigo 1.031.
O universo de empreendimentos que
Os haveres serão pagos em 10 (dez) existem no Brasil é vasto. Todos os dias,
prestações mensais e sucessivas, corrigi- novas empresas são inauguradas, outras
das monetariamente pela IGP, IGP-M, IPC tantas são fechadas, fundidas, incorporadas,
etc, ou outro índice que o venha substituir, justificando a dinâmica das atividades corpo-
vencendo-se a primeira parcela após 90 rativas do mundo moderno. Para que se com-
(noventa) dias da data do balanço especial. preenda melhor os componentes produtivos
da cadeia econômica, faz-se necessário
CLÁUSULA VIGÉSIMA separar e classificar as empresas.
DO FORO Dentre várias possibilidades de classifi-
cação, as mais clássicas são quanto à ativi-
Fica eleito o Foro Central da Comarca de dade econômica, quanto à tributação e
São Paulo para os procedimentos judiciais também quanto aos componentes do quadro
referentes a este Instrumento de Contrato societário (propriedade).
Social, com expressa renúncia a qualquer
outro, por mais especial ou privilegiado que A- Atividade Econômica
seja ou venha a ser. E, por estarem assim, jus- É a classificação ligada aos setores da
tos e contratados, os sócios obrigam-se a cum- economia. Nesta ordem, temos:
prir o presente contrato na presença de duas
testemunhas, assinando-o em três vias de 1. Empresas do Setor Primário
igual teor para os regulares efeitos de direito. Desenvolvem atividades ligadas à natu-
reza (extração, cultivo ou criação) e são sub-
São Paulo, data , ano. divididas em:
a- Extrativas: extração e/ou coleta de recur-
______________________________ sos naturais. Podem ser minerais, vegetais,
Sócio-administrador animais (mineradoras, extração vegetal),
borracha ou extração animal (pesca).
b- Agropecuárias: cultivam e colhem quais-
______________________________ quer produtos agrícolas ou criam, reprodu-
Testemunha zem e exploram atividades ligadas a animais
Rg: (criação de bovinos, caprinos, suínos, galiná-
______________________________ ceos etc).
Sócio-quotista
2. Empresas do Setor Secundário
______________________________ Destinam-se ao processamento e trans-
Organização de Empresas - Aula 1 81 Instituto Universal Brasileiro
Organização de Empresas - Aula 1 82 Instituto Universal Brasileiro
formação de matérias-primas em produtos nologia, instalações e, apesar da automação
finais. Compõem o parque industrial, também dos últimos anos, ainda possuem quantidade
chamado de indústria de transformação. considerável de funcionários. São empresas
que têm suas operações envoltas em uma
3. Empresas do Setor Terciário complexa teia de tributos, além do peso dos
São empresas que prestam serviços em mesmos em seus investimentos.
geral, ou então, fazem comércio. Portanto,
temos: 2- Microempresas (ME) e Empresas
a- Empresas Comerciais: Compram e de Pequeno Porte
vendem mercadorias, comercializam bens, Há muito tempo que se procura, no
distribuem riquezas da economia. São os Brasil, alternativas para que haja condições
hipermercados, farmácias, concessionárias para a proliferação de mais empresas com
de automóveis, lojas diversas, papelarias, flo- menor carga tributária.
riculturas etc. Em 14 de dezembro de 2006, o Governo
b- Empresas de Serviços: Todos os Federal aprovou a lei complementar nº 123,
tipos de prestação de serviços (odontoló- que instituiu o Estatuto Nacional da
gicos, consultoria, seguros, financeiros, hos- Microempresa e da Empresa de Pequeno
pitalares, comunicações, educacionais, pro- Porte que altera dispositivos das Leis nos
fissionais liberais etc). 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991,
da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
B- Tributação aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de
Dependendo da incidência de impostos maio de 1943, da Lei no 10.189, de 14 de
e taxas, as empresas têm uma classificação fevereiro de 2001, da Lei Complementar no
especial que vai depender de muitos fatores. 63, de 11 de janeiro de 1990 e revoga as Leis
Existem diferenças entre estados e municí- nos 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e
pios quanto à legislação sobre impostos, 9.841, de 5 de outubro de 1999.
taxas e demais valores recolhidos aos cofres Conforme o disposto no artigo 3º da Lei
públicos. A regulamentação destas obriga- Geral, consideram-se microempresas ou empre-
ções tributárias deve ser alvo constante de sas de pequeno porte a sociedade empresária, a
monitoração por parte dos contadores. sociedade simples, e o empresário individual
devidamente registrado na Junta Comercial do
Estado ou no Cartório de Registro das Pessoas
Jurídicas, conforme o caso, desde que:
I - Microempresas: obtenha, em cada
ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a
R$ 240.000,00.
II - Empresas de pequeno porte: obtenha,
em cada ano-calendário, receita bruta superior
a R$ 240.000,00 e igual ou inferior a
R$ 2.400.000,00.

No início de atividade, no próprio ano-ca-


De acordo com o volume de faturamen- lendário, o limite previsto será proporcional ao
to e/ou volume de capital aplicado, podem ser número de meses em que a microempresa ou
divididas em dois grandes grupos: a empresa de pequeno porte houver exercido
atividade, inclusive as frações de meses.
1- Multinacionais de Grande e Médio Porte A possibilidade do pagamento de tri-
Fazem pesados investimentos em tec- butos unificados, estabelecido pelo Sistema
Organização de Empresas - Aula 1 83 Instituto Universal Brasileiro
Integrado de Pagamento de Impostos e compõem o quadro societário. Geralmente,
Contribuições, o SIMPLES, e eventuais isen- realiza serviços de utilidade pública, explora-
ções de tributos favoreceram muito a amplia- ção de energia e segurança nacional, e o
ção de novos negócios e regularização de Estado é o sócio majoritário, tendo assim o
empreendimentos não legalmente constituídos. controle administrativo.
Apesar do faturamento ser princípio
fundamental para o enquadramento nestas Registro Legal de Empresas
modalidades de empresa, a natureza de ativi-
dade, forma de constituição, regularidade Como já vimos, um negócio pode se
fiscal, legislação local e condição dos sócios enquadrar como atividade de comércio,
são fatores também levados em conside- indústria ou serviços. Dentro deste vasto uni-
ração. De qualquer forma, a diminuição da verso, cada organização terá suas particula-
burocracia é muito útil, pois a contabilidade ridades, que estão sujeitas às legislações
é simplificada, causando maior facilidade de específicas.
operação e administração.
Como há uma dinâmica muito grande COMÉRCIO
nestes dispositivos legais de tributação, os
ajustes nas regulamentações governamen-
NEGÓCIO INDÚSTRIA
tais podem acontecer periodicamente.

C - Propriedade SERVIÇO
A posse das quotas sociais pode estar
com o setor público ou privado. Vejamos: Quanto à decisão da formalização,
ou seja, legalização da empresa, muitos
1. Empresas Privadas registros devem ser feitos. Para algumas
Seu quadro social (sócios) é composto empresas, podem aparecer: a necessidade
por pessoas comuns, tendo como objetivo pri- de licença do Corpo de Bombeiros, alvará de
mordial a obtenção do lucro. São organiza- funcionamento da Prefeitura Municipal, vis-
ções que formam o setor privado, administra- toria da Vigilância Sanitária, Cetesb etc. O
dos por particulares sobre os quais recaem melhor assessor para elucidação de dúvidas
todos os direitos e obrigações. e providências necessárias é um contador.

2. Empresas Públicas
Uma empresa totalmente pública pode Veja os principais órgãos de registro:
pertencer a uma Prefeitura, a uma unidade . Registro da empresa na Junta Comercial.
político-administrativa (Estado ou Distrito . Inscrição na Receita Federal para obtenção
Federal) ou à União, ou seja, neste caso, do CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica.
sempre o proprietário será o Estado. Suas ati- . Se for contribuinte do ICMS (empresas
vidades são ligadas sempre ao interesse mercantis e prestadoras de serviços de teleco-
social, à segurança ou áreas estratégicas de municação e transporte), registrar a empresa
infra-estrutura. As verbas que permitem sua na Secretaria da Fazenda do Estado.
administração e funcionamento são geradas . Inscrição da empresa na Prefeitura Municipal
pelas receitas do governo como impostos, para obtenção do Cadastro de Contribuinte
taxas, multas etc. Mobiliário no município de São Paulo.
. Registro na Previdência Social para inscri-
3. Empresas de Economia Mista ção da empresa no INSS.
Simultaneamente o Estado - setor . Registro no Sindicato da Categoria
público - e particulares do setor privado
Organização de Empresas - Aula 1 84 Instituto Universal Brasileiro
Junta Comercial tação de registros. Cada estado tem sua
Junta Comercial. Em São Paulo, é denomina-
A Junta Comercial registra o Contrato da pela sigla JUCESP. O registro na Junta
Social, que é uma espécie de certidão de Comercial viabiliza os outros.
nascimento da empresa. Neste registro, a
A Secretaria da Receita Federal expede o
empresa adquire direitos e pode ter seus
livros legalizados, emitir notas fiscais, obter CNPJ - Cadastro Nacional das Pessoas
empréstimos etc., após a devida complemen- Jurídicas do Ministério da Fazenda.

Aula 1

1 - Conceitue organização.
R:____________________________________________________________________
______________________________________________________________________

2 - Complete:

Os órgãos podem ser traduzidos pelos __________________ , ________________ ,


____________ e ____________ , ou ainda pelas áreas específicas de ____________
_________________, ______________________ , __________________ etc.

3 - Explique como surge a hierarquia nas organizações.


R:____________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

4 - Associe:
a- empresas ( ) atendem uma necessidade da comunidade sem visar lucros.
b- perpetuação ( ) exploram qualquer tipo de atividade com a finalidade de obter lucros.
c- crescimento ( ) traz dividendos para os sócios e demais investidores.
d- lucro ( ) fortalecimento e ampliação são metas a serem atingidas.
e- entidades ( ) permanência no mercado atravessando gerações.

5 - Conceitue, tecnicamente, o que é empresa.

R:____________________________________________________________________
______________________________________________________________________

6 - Complete as lacunas:

a- Considera-se _________________ quem exerce profissionalmente atividade econô-


mica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços.
b- Há consenso de que existem três atividades empresariais clássicas:________________,
__________________ e ________________.
Organização de Empresas - Aula 1 85 Instituto Universal Brasileiro
7- Vários eventos ou interferências podem atrapalhar os objetivos das empresas.
Mencione, pelo menos, dois problemas.

R: ____________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

8 - Preencha as lacunas:

Para atingir objetivos empresariais, o monitoramento constante do que acontece


dentro da empresa (_______________________) e também fora da empresa
(_______________________) é fundamental.

9 - Explique o que é Pessoa Jurídica.

R:____________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

10 - Conceitue Contrato Social.

R:_____________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

11 - Preencha as lacunas identificando a dinâmica da abertura e fechamento de


organizações:

Todos os dias, novas empresas são _______________, outras tantas são


_______________, _______________ e _______________, justificando a dinâmica das
atividades corporativas do mundo moderno.

12 - Quais são as possibilidades de classificação de empresas apresentadas em


nossos estudos?

R: ____________________________________________________________________

13 - Quanto à atividade econômica, quais os setores em que se enquadram as empresas?

R: ____________________________________________________________________

14 - Que tipo de atividade desenvolve uma empresa do setor primário?

R: ____________________________________________________________________

Organização de Empresas - Aula 1 86 Instituto Universal Brasileiro


cobradas por suas responsabilidades, não
apenas econômicas e sociais, mas também
AULA 2
ambientais e éticas, poderíamos dizer que:
ADMINISTRAÇÃO E MODELOS
DE GESTÃO - PRINCIPAIS TEORIAS Administrar é dirigir uma organização uti-
lizando técnicas de gestão para que alcance
seus objetivos de forma eficiente e com respon-
sabilidade social e ambiental.
Introdução
Para que haja o exercício da administra- Muitos autores enfatizam que a essência do
ção, pessoas com poder decisório ou não trabalho do administrador é obter resultados por
atuam envoltos com produtos, serviços, clien- meio das pessoas que ele coordena. São muitos
tes, dinheiro, tecnologia e aspectos econômi- os teóricos e diversas as conceituações.
cos. Conhecer algumas formatações da admi-
nistração e analisar teorias criadas por pen-
sadores que utilizavam princípios de gestão
em empresas auxilia a melhor compreensão
desta dinâmica.

Conceito de Administração

A Administração sempre existiu. Desde


a Antiguidade, as posses ou propriedades O gerenciamento de negócios acontece
precisavam ser "gerenciadas", quer pelos em ambientes onde as pessoas assumem
seus titulares, quer por terceiros. responsabilidades e também se enquadram
No século XVIII, com a Revolução em situações de autoridade, ou seja, são sub-
Industrial, o cenário mudou estruturalmente com metidos ou exercem poder. Já definimos que
o desenvolvimento de várias atividades que estas relações de responsabilidade e autori-
necessitavam de um número maior de pessoas dade definem a hierarquia das organizações,
para gestão das fábricas, incluindo a inevitável que poderá existir em vários níveis.
busca por racionalização do trabalho, melhoria
nos processos produtivos, financeiros, elimina- Pirâmide Hierárquica
ção de desperdícios etc.
Expressão de origem latina ad (direção, A estratificação dos níveis de poder
tendência para) e minister (subordinação ou forma uma pirâmide hierárquica. A forma pira-
obediência), a administração é a ferramenta midal é adequada, pois, na base, fica a maio-
principal para condução de todos os ria dos colaboradores e, quanto mais alto o
empreendimentos. Sob um ângulo mais nível, menor o espaço e quantidade de gesto-
moderno em que todas as empresas são res e esferas de tomada de decisão.

Organização de Empresas - Aula 2 87 Instituto Universal Brasileiro


Na pirâmide representada, existem qua- 1 - Multiplicar seu patrimônio é objetivo
tro níveis de decisão. As organizações preci- de qualquer empresa.
sam que seus colaboradores possuam habili- 2 - Reduzir e eliminar despesas desne-
dades e competências diversas. O modelo cessárias contribui para a melhoria da gestão.
piramidal é dinâmico, pode ser composto com 3 - O investimento inicial - capital da
algumas variações sempre atendendo às sin- empresa - há de ser reavido pelos sócios.
gularidades de cada empresa e seu relaciona- 4 - Investir no crescimento interno, ou
mento com o mercado. desenvolver estratégias que conduzam a ele
Quando analisamos as habilidades é fundamental em cenários agressivos.
das pessoas nas tarefas do dia-a-dia das 5 - Necessidade de criar e controlar dois
empresas, podemos separá-las em três orçamentos: o operacional e o de oportunida-
categorias: des. Gerar recursos disponíveis a serem obti-
dos é obrigatório.
1- Técnica: capacidade de usar co- 6 - Monitorar produtos ou serviços que
nhecimentos específicos e de executar deixam de ser efetivamente rentáveis é fun-
processos técnicos. Exemplos: profissio- ção da administração.
nais de eletrônica, ferramenteiros, guias de 7 - Flexibilidade nos episódios em que o
turismo, contabilistas etc. planejamento não foi eficiente e comandar a
agilidade na superação dos problemas, além
2 - Humana: capacidade de lidar, de saber aproveitar oportunidades inespe-
relacionar-se com colaboradores, colegas radas, são extremamente desejáveis.
de trabalho e públicos diversos. Para se
atingir resultados, é necessária a condução Fatores Determinantes do Êxito da
de pessoas. Esta é uma habilidade indis- Gestão Administrativa
pensável aos gestores.

3 - Conceitual: habilidade para enten- As habilidades e competências dos ges-


der a organização como um todo e seus res- tores sofrem influências diversas. O ambiente
pectivos relacionamentos internos e exter- organizacional é preenchido por uma série de
nos. Saber estruturar e organizar os recur- situações que podem ser positivas e negati-
sos disponíveis e planejar estrategica- vas.
mente, na consciência das forças e fraque- . Se não houver visão de negócios,
zas da empresa, são habilidades que depen- gera-se confusão.
dem da capacidade intelectual do gestor. . Se não se perceber competência,
aparecerá a resistência dos funcionários.
Motivos para Administrar . Se não existir incentivo, elimina-se a
motivação.
Tudo deve ser gerenciado: recursos . Se faltarem recursos, haverá frustração.
humanos, processos produtivos, financeiros, . Se as operações acontecem sem um
processamento de dados, gestão de compras plano de ação, o fracasso é certo.
e marketing etc. Dentre infindáveis razões Portanto, visão de negócios, competên-
para a aplicação de uma administração eficaz cia dos administradores, clima organizacional
e efetiva, poderíamos destacar: incentivador, recursos suficientes e um bom
ADMINISTRAR

RECURSOS INFORMÁTICA COMPRAS


PRODUÇÃO FINANÇAS MARKETING
HUMANNOS

Organização de Empresas - Aula 2 88 Instituto Universal Brasileiro


plano de ação, quando harmonizados, Com ótima experiência em linhas de
permitem a obtenção de resultados positivos produção, foi um dos primeiros a ressaltar a
e, nestas condições, a organização operará necessidade de racionalizar o trabalho indus-
com melhores perspectivas. trial para aumentar a eficiência nas fábricas.
Taylor, o "Pai da Administração Científica",
Escolas de Administração focava sempre a eficiência e eficácia opera-
cional na gestão de negócios industriais.
Na Revolução Industrial, fábricas Severo nos controles, com uma visão
estruturadas por processos mecânicos mecanicista, Taylor melhorou sensivelmente o
aumentaram, consideravelmente, o volume desempenho das empresas nas quais aplicou
de ope-rações desde o processo de aquisi- suas metodologias.
ção de matérias-primas, até os processos
produtivos e de expedição de mercadorias Em contrapartida, também acentuou os
vendidas. conflitos com os sindicatos pela ocorrência de
Uma nova maneira de "cuidar" do negó- demissões e insatisfações gerados pelo novo
cio se fazia necessário. A força de trabalho, cenário de relações entre empresa e emprega-
passou a ganhar maior relevância em função dos. Seu livro Os Princípios da Administração
dos altos índices de desemprego e das pres- Científica, de 1911, confirma a necessidade de
sões dos trabalhadores, da igreja, do gover- executar o trabalho administrativo em bases
no, enfim, da sociedade como um todo. científicas e objetivas. De seus estudos, uma
Muitos pensadores, donos de indústrias produção extensa de diretrizes para a boa
e intelectuais da época debateram propostas gestão de empresas foram evidenciadas.
para solução de alguns problemas peculiares De uma forma sintética, cinco são seus
das empresas daquele período de desenvol- fundamentos:
vimento econômico. Mas, apenas no séc. 1. Princípios científicos em substitui-
XIX, e início do século XX, houve aprofunda- ção ao empirismo - prática administrativa
mento e sistematização dos estudos relativos científica, baseada em princípios e não no
à Administração. Conheçamos os principais processo de tentativa sob risco. Isto significa
estudiosos sobre teoria da Administração: que todas as tarefas precisam de um estudo
preliminar para que seja determinada uma
Administração Científica de Taylor metodologia própria, visando sempre ao seu
máximo desenvolvimento.

Frederick Winslow Taylor (1856-


1915), nasceu nos Estados Unidos, foi técnico
em mecânica e operário, diplomou-se enge-
nheiro chegando a ocupar altos postos admi-
nistrativos em empresas norte-americanas.
Empirismo: crença de que o conhecimento
provém unicamente da experiência, limitando-se ao
que pode ser captado do mundo externo (pelos senti-
dos) ou do mundo subjetivo (pela introspecção) sendo
descartadas as verdades reveladas pelo racionalismo.

2. Divisão do trabalho - regras básicas


para a divisão de tarefas, em diferentes eta-
pas das diversas atividades. Adota a supervi-
são funcional a qual acompanha todas as
fases de um trabalho para verificar se as
Organização de Empresas - Aula 2 89 Instituto Universal Brasileiro
operações são desenvolvidas conforme ins- têm poucas chances de conseguir um outro
truções programadas. emprego porque só sabem executar uma tarefa.
3. Divisão de autoridade e respon- . O que importa é a eficiência adminis-
sabilidade - tarefas de planejamento e dire- trativa.
ção devem ser separadas daquelas referen- . Considera apenas a fadiga muscular e
tes à execução do trabalho. fisiológica, desprezando os fatores psicológicos.
4. Treinamento e seleção do trabalhador - . Vê as empresas como um sistema
torna relevante a qualificação do trabalhador fechado, não considerando o ambiente, sua
mediante a seleção e aperfeiçoamento técnico. ligação com fornecedores, concorrentes etc.
Instruções sistemáticas e adequadas aos Apesar das críticas, seguramente
trabalhadores permitem desenvolvimento de podemos afirmar que a formação dos
pessoal e melhores resultados, ou seja, maior parques industriais, da maioria dos países
produção com melhor qualidade. ocidentais, fundamentou-se na aplicação dos
5. Coordenação entre as atividades - princípios de Taylor.
a atuação dos trabalhadores deve ser articu-
lada com a dos supervisores e administradores. Teoria Clássica da Administração
Baseados nestes fundamentos, muitos
Jules Henri Fayol (1841-1925), nasci-
outros princípios e, consequentemente, práti-
do em Istambul, na Turquia, sua nacionali-
cas operacionais passaram a ser utilizados:
dade era francesa. Engenheiro de minas,
a) Estudo de tempo e padrões de produção.
fundador da Teoria Clássica da Administração,
b) Supervisão funcional.
criou o Centro de Estudos Administrativos,
c) Padronização de ferramentas e instru-
no qual reunia pessoas interessadas na
mentos.
administração de negócios comerciais,
d) Planejamento das tarefas e cargos.
industriais e governamentais, contribuindo
e) Princípio da exceção: concentração
para a difusão das doutrinas administrativas.
apenas nos desvios dos processos.
f) Fichas de instrução de serviços.
g) Associação de tarefa a prêmios de
produção pela sua execução eficiente.
h) Classificação dos produtos e de mate-
rial utilizado na manufatura.
i) Delineamento da rotina de trabalho.

A Administração científica instituiu tam-


bém o Sistema de Mérito, que consistia em:
. Demissão dos incapazes.
. Maior salário para quem produzisse mais. Se Taylor centrou-se no aspecto opera-
. Promoção para os que apresentassem cional das indústrias, fixando-se na linha de
melhor desempenho. produção, o francês foi mais amplo em sua
abordagem. Construiu uma teoria mais global
Críticas à Escola de Taylor da ação administrativa a partir de uma visão
. Trabalhooperário com instruções mi- geral da empresa, ou seja, ênfase na estrutu-
nuciosas tende a transformar o colaborador ra e no funcionamento dos setores para
em mero autômato, um "homem robotizado", melhor arranjo dos diferentes órgãos da
desconsiderando o elemento humano. empresa e das relações existentes entre eles.
. Procura sempre o desempenho máxi- Sua preocupação era analisar a empresa de
mo, não o bom. cima para baixo, ao contrário das idéias
. Os operários, ao deixarem a empresa, adotadas por Taylor e Ford. Mas, inegavelmente,
Organização de Empresas - Aula 2 90 Instituto Universal Brasileiro
como Taylor, buscava eficiência nas organiza- 1. divisão de trabalho - dividir o trabalho
ções por meio da utilização de método científico. em operações mais simples pela especializa-
Ao assumir, aos 47 anos, a direção ção. Considerar o tempo e o espaço utilizado.
geral da mineradora de carvão francesa 2. autoridade e responsabilidade - poder
Commentry-Fourchambault-Decazeville, res- de dar ordens e de se fazer obedecer. Quanto à
tabeleceu a saúde econômico-financeira da responsabilidade, além de realizar a tarefa, cen-
empresa. Sua teoria apresenta também prin- tra-se na obrigação de prestar contas.
cípios, sistemas de regras e normas adminis- 3. disciplina - mediante regras de subor-
trativas. Por esse motivo, alguns também dinação aos superiores.
chamam sua teoria de Normativista. 4. unidade de comando - para cada
ação só se deve receber ordens de um único
Ao editar em 1916, o livro Administração chefe/gerente. Desta forma, um certo número
Industrial e Geral, demonstrou que as organizações de subordinados recebe e acata ordens de
operam envolvidas em um conjunto de seis funções um único superior.
básicas: 5. unidade de direção - um só objeti-
1.Técnica - Atividade produtiva da empresa é vo/programa de ação (concentração dos
a função básica operacional. esforços). Um certo número de atividades
2. Comercial - Tarefas de entrada de insumos supervisionado por um único superior.
- compra de mercadorias - para processamento e 6. subordinação do interesse individual
operação da empresa e tarefas de saída de produtos ao coletivo - prevalência dos interesses gerais
ou serviços - venda dos bens e serviços. Saber com- da organização aos interesses individuais.
prar e vender é tão importante quanto fabricar bem. 7. remuneração - salários justos do
3. Financeira - Captação e gestão de recur- ponto de vista da empresa e do trabalhador.
sos financeiros, administração do fluxo de caixa, 8. centralização - concentração da
créditos, aplicações, pagamentos e recebimentos maior soma de direção possível nas mãos de
em geral. um único controle. Centralizar é aumentar a
4. Contábil - Classificar e registrar ocorrên- importância da carga de trabalho do chefe e
cias econômicas ou financeiras da empresa. Apurar descentralizar é distribuir, de forma mais
bens, direitos e obrigações, lucros ou prejuízos. homogênea, as atribuições e tarefas.
5. Segurança - Controles, através de normas, 9. cadeias hierárquicas - cadeia de
materiais e demais dispositivos legais visando à pro- comando (cadeia escalar) associada à comu-
teção humana (salubridade do ambiente de traba- nicação horizontal (embrião do mecanismo de
lho, condições de iluminação, temperatura e cuida- coordenação), definindo uma rigorosa estru-
dos contra acidentes) e a proteção material (segu- tura de autoridade e responsabilidade.
rança de equipamentos, instalações e construções). 10. ordem - cada coisa/pessoa no seu
6. Administrativa - Organizar, planejar, tomar lugar estabelecido previamente (racionaliza-
decisões e controlar as tarefas e operações diversas ção do trabalho), ou seja, perfeita ordenação
da empresa. Refere-se ao trabalho de gerência, humana e material.
direção e controle das atividades para que a empre- 11. equidade - garantindo a conciliação
sa possa atingir seus objetivos. É esta função, para mais justa entre os interesses empresariais e
muitos, a mais importante, pois dela depende a trabalhistas.
obtenção de resultados positivos na execução de 12. estabilidade do pessoal - diminuir a
todas as outras funções. rotatividade de mão-de-obra que julga mais
eficiência na sua permanência trazendo
Estas seis funções formam os pilares segurança no emprego. As organizações
para a aplicação de quatorze princípios admi- devem reter seus funcionários, evitando o pre-
nistrativos, os quais devem se adequar à rea- juízo/ custos decorrente de novos processos
lidade de cada empresa: de seleção, treinamento e adaptação.
Organização de Empresas - Aula 2 91 Instituto Universal Brasileiro
13. iniciativa - estímulo à solução dos
problemas que se apresentam, abrangendo o
dinamismo desde o principal executivo até os
mais baixos níveis de autoridade.
14. cooperação - estimulando o espíri-
to de equipe e a conjugação dos esforços
para a meta final e destinos interligados.

Isso dá forma à pirâmide hierárquica, e nos


leva à compreensão de que as habilidades
técnicas passam a ser, cada vez mais, adminis-
Para se ter uma idéia da abrangência trativas. Taylor e Fayol se complementam nas
de seus estudos, Fayol também considera- investigações sobre administração de negócios.
va um conjunto de seis qualidades pes-
Críticas à Escola de Fayol:
soais para melhor performance dos funcio- .A organização é um simples mecanismo.
nários: .Racionalismo extremado.
1. Físicas: saúde, destreza e vigor. .Empresas vistas como sistemas fechados.
2. Intelectuais: aptidão para compreen- .Pouco trabalho experimental.
der e aprender (discernimento, força e agili- .O homem é visto como mais um ele-
dade intelectual). mento da máquina.
3. Morais: energia, firmeza, coragem de .Fayol vê o homem influenciado por dinheiro.
aceitar responsabilidades, iniciativa, decisão,
Henry Ford e a Administração
tato e dignidade.
4. Cultura Geral: conhecimentos variados. Henry Ford (1863-1947), norte-americano,
5. Conhecimentos especiais: relativos utilizou os princípios de padronização e simplifi-
à função. cação de Taylor e desenvolveu outras técnicas
6. Experiência: conhecimento prático. avançadas para a época. Iniciou sua carreira
como mecânico e, após trabalhar para várias
oficinas, conseguiu construir um automóvel,
Para Fayol, "A capacidade técnica do-
montando-o peça por peça.
mina a base da escala hierárquica enquan-
to a capacidade administrativa domina o
topo e, à medida que alguém se eleva na
escala hierárquica, a importância relativa
da capacidade administrativa aumenta
enquanto a da capacidade técnica diminui".

Organização de Empresas - Aula 2 92 Instituto Universal Brasileiro


Com o passar do tempo, tornou suas em gestos elementares, racionalizar a produ-
fábricas verdadeiros modelos de verticaliza- ção, aumentando o rendimento, segundo Ford,
ção. Inovador, extremamente ousado para a era plenamente possível, tornando seu
época, defendia a ideia de que uma empresa empreendimento produtivo dentro de princí-
deveria, na medida do possível, contemplar pios éticos e politicamente corretos.
todos os estágios do processo produtivo, che- Aperfeiçoou, sensivelmente, processos
gando, inclusive, a dominar as fontes de de linha de montagem. A produção em série,
matéria-prima que, no seu caso específico melhorada por Ford, considerava o ritmo de
eram a borracha, o ferro e o carvão. trabalho em cadeia e poupava tempo e custos.
Assim possuía desde a fábrica de vidro,
plantação de seringueiras, até a siderúrgica.
Seu modelo de produção em massa - o
Fordismo - revolucionou a indústria automobi-
lística na primeira metade do século XX.
Segundo historiadores, sua obsessão era tor-
nar o automóvel tão barato que todos pode-
riam comprá-lo.

Montava seus veículos em esteiras rolantes


que se movimentavam enquanto o operário
ficava praticamente parado, realizando uma
pequena etapa da produção, dispensando-se
uma maior qualificação dos trabalhadores.

Ford relatou, em seus livros Minha


Filosofia de Indústria, e Minha Vida e Minha
Obra, suas idéias sobre Administração, ocupan-
do-se do sistema de produção empresarial
com ênfase na eficiência produtiva e a conse-
quente diminuição do custo unitário dos pro-
A montagem de um carro no início do dutos, ao contrário de Fayol, que centra sua
século XX análise no aspecto administrativo da empresa.
Em 1908, ano de lançamento do mode-
lo T da Ford, a montagem de um automóvel
demorava doze horas e vinte minutos. Na Três princípios são os pilares de sua
década de 20, bastava uma hora e vinte orientação para a produção:
minutos. O modelo vendeu 15 milhões de uni-
dades. O método de produção fordista exigia 1. Princípio de Intensificação
vultuosos investimentos e grandes instala-
ções, mas permitiu que Ford produzisse mais Diminuir o tempo de produção com o
de 2 milhões de carros por ano durante a emprego imediato dos equipamentos e da
década de 1920. matéria-prima e rápida colocação do produto
Para conseguir isso, Henry Ford agiu, no mercado. Objetivo: rápido retorno do capi-
planejou, trabalhou e acabou por fazer uma tal investido, buscando-se eliminar a capaci-
decomposição da montagem do Ford T che- dade ociosa, tanto de trabalhadores quanto
gando a 7.882 operações. Decompor o trabalho de equipamentos.
Organização de Empresas - Aula 2 93 Instituto Universal Brasileiro
2. Princípio de Economicidade

Reduzir volume do estoque da matéria-


prima em transformação ao mínimo. Objetivo:
velocidade de produção, criar condições para
que o trator ou automóvel fossem pagos à Taylor, Fayol e Ford, com algumas
sua empresa antes de vencido o prazo de diferenças de enfoque, são os pioneiros
pagamento da matéria-prima adquirida bem das teorias da Administração. Portanto,
como do pagamento de salários. É explicado apesar dos eventuais conflitos e falhas em
este princípio pela célebre frase presente em suas propostas, são os principais estu-
um de seus livros: O minério sai da mina no diosos, nos quais se fundamentam os estudos
sábado e é entregue sob a forma de um da gestão de organizações.
carro, ao consumidor, na terça-feira, à tarde.
Escola de Relações Humanas
3. Princípio de Produtividade Surgiram algumas frentes de oposição a
Taylor como uma tentativa de humanizar o
Especializar o homem e a linha de mon- trabalho dando forma a novas teorias, as
tagem. Objetivo: aumentar a capacidade pro- quais destacavam a importância do aspecto
dutiva do trabalho. O resultado é mais produ- humano acima dos aspectos mais mecanicis-
ção ao empresário e a possibilidade do operá- tas do processo (máquinas, equipamentos e
rio ganhar mais. métodos de trabalho).

Análise Crítica à Escola de Ford


Georges Elton Mayo (1880-1949),
A rigidez deste modelo de gestão indus- sociólogo australiano, formou-se em medi-
trial, com o passar do tempo, perdeu sua cina na Universidade de Adelaide. Foi um
força. A frase de Ford, que dizia que poderiam dos principais expoentes do método da
ser produzidos automóveis de qualquer cor, sociologia industrial norte-americana.
desde que fossem pretos, tinha um motivo: a
tinta preta secava melhor, e os carros
poderiam ser montados rapidamente. Mas
esquecia-se de observar a tendência de, cada
vez mais, ser necessário ouvir o consumidor,
observar seus gostos e preferências.
Na América, seu principal concorrente, a
General Motors, flexibiliza sua produção e
seu modelo de gestão. Lança diversos mode-
los de veículos, várias cores e adota um
sistema de gestão profissionalizado. Com
isto, a GM ultrapassa a Ford como a maior
montadora do mundo. Nos anos 70, após os Em 1927, o Conselho Nacional de
choques do petróleo e a entrada de competi- Pesquisas dos Estados Unidos iniciou uma
dores japoneses no mercado automobilístico, experiência na fábrica da Western Eletric
o Fordismo e a produção em massa entram Company, situada em Chicago, bairro de
em crise e começam, gradativamente, a Hawthorne, cuja finalidade era a de determi-
serem substituídos pela produção enxuta, nar a relação entre a intensidade da ilumi-
modelo de produção baseado no Sistema nação e a eficiência dos operários medida
Toyota de Produção. através da produção.
Organização de Empresas - Aula 2 94 Instituto Universal Brasileiro
Foi contratada uma equipe de Harvard, . Em vez de intervalos de manhã e de
liderada por Elton Mayo e Fritz Roethlisberger tarde, apenas um no meio do dia: queda da
para conduzir os experimentos em um grande produção.
departamento onde moças montavam relês Nota-se que o ambiente de trabalho,
de telefone. A tese era que, aumentando tanto como o bem-estar dos trabalhadores
a luminosidade, a produtividade também ajuda a elevar a produção de uma empresa e
aumentaria. Depois, diminuía-se a iluminação não apenas o sistema exato de como agir,
e comparavam-se os resultados. produzir etc.
Essa experiência teve fases distintas, com
observações, separação de grupos e entrevistas. As conclusões obtidas criaram uma nova
teoria de administração: as relações humanas.
1ª Fase: Esta afirmava que o desempenho dos traba-
A experiência obteve bons resultados, lhadores não dependia apenas de um correto
pois, quanto mais lâmpadas eram acrescenta- método de trabalho para a execução das tare-
das ao ambiente de trabalho, mais relês eram fas, mas também - e principalmente - da
montados. Os especialistas estavam prontos motivação deles para realizar tais atividades.
para concluir o relatório quando resolveram
fazer a contra-prova, reduzindo a intensidade Ficou clara a relevância do fator social e
de luz para observar a queda na produtividade. expectativas individuais para o sucesso da
Os resultados foram surpreendentes, pois empresa. Percebeu-se que o nível de produção
a produção continuou aumentando, mesmo depende da integração social dos indivíduos.
quando eram retiradas lâmpadas do ambiente. Os trabalhadores possuem um comportamento
A conclusão (que ficou conhecida como expe- social; suas reações não são isoladas, seu
riência de Hawthorne) é que a produtividade comportamento dependerá do grupo.
sobe quando há a percepção dos trabalhadores No procedimento gerencial autoritário,
e a direção da empresa dá atenção a eles. Com as pessoas são conduzidas a produzirem de
isso, Mayo e Roethlisberger mudaram o objeto de forma mecânica, sem terem oportunidade
suas pesquisas. para pensar; já no de liderança, as pessoas
são conduzidas a produzirem de forma envol-
2ª Fase: vente, participativa e criativa.
Foram testadas, então, várias mudanças,
cada qual com um resultado: Mary Parker Follett (1868-1933),
. Pequenos intervalos de manhã e de autora norte-americana, tratou de diversos
tarde: aumento da produtividade. temas relativos à administração. "Profetisa
. Sábado livre: continuou aumentando do gerenciamento", suas idéias, muito re-
a produção. volucionárias para sua época, até os dias
. Refeições durante os intervalos: atuais, em alguns casos, desafiam gestores de
aumentou mais ainda. negócios.
. Deixando amigas trabalharem juntas:
aumentou a satisfação no trabalho.
. Horário de saída que era 17:30 para
18:00: aumento da produção.
. Líderes simbólicos (alguma operária):
aumento da vontade do trabalho e produção.
. Horário de saída para 18:30: queda da
produção.
. Horário de saída para 19:00: maior
queda da produção.
Organização de Empresas - Aula 2 95 Instituto Universal Brasileiro
Follett propôs que o ser humano somen- afeto, aprovação, prestígio e autorrealização.
te se desenvolve quando carregado de res- Vários outros cientistas sociais, como
ponsabilidade. Ela deu mais importância às Kurt Lewin (estudos sobre dinâmica de grupos
relações individuais dos trabalhadores e ana- e tipos de liderança) e Chester Barnard (fun-
lisou seus padrões de comportamento. ções do executivo) também se destacaram na
Para Mayo, se uma empresa realmente análise do papel do homem enquanto colabo-
quer aumentar o desempenho de seus traba- raram nos processos produtivos.
lhadores, deve praticar: A Escola Humanística enfatizava a auto-
. interesse pelo empregado e não nomia do empregado com maior delegação
somente por máquinas e produtividade. Se os de autoridade e maior preocupação quanto
empregados fossem consultados sobre possí- ao conteúdo e à natureza do cargo e, por-
veis modificações nos processos de trabalho, tanto, maior liberdade e atenção à organiza-
poderiam se sentir importantes no contexto do ção informal.
negócio e, assim, produziriam mais.
. novo estilo de supervisão, não de
forma impositiva, mas com maior participação
dos trabalhadores.
. fortalecimento das relações com o
grupo de trabalho, em vez de tratar o
indivíduo isoladamente.

A Escola das Relações Humanas dentro


de uma dinâmica normal da evolução social,
sofreu influências de novas maneiras de ver a
relação entre trabalho e capital. Desta forma,
mais alguns pensadores e pesquisadores
ampliaram as concepções sobre modelos de
gestão de empresas. Vejamos algumas des-
tas derivações:

As conclusões das experiências de Teoria Comportamental ou


Hawthorne destacaram a necessidade de a Behaviorista (Teoria Motivacional)
administração estudar e compreender as rela-
ções entre as pessoas, enfatizando o trabalho
em equipe, o autogoverno e a cooperação entre Surgiu no final da década de 1940, do
todos. Isso determinou a continuação dos estu- século passado, nos EUA, mantendo as pes-
dos de administração nas décadas seguintes, soas - colaboradores - como foco principal.
chegando até os dias de hoje. Fundamentada em experimentos sobre crité-
rios de aprendizagem, reações, estímulos e
De forma sintética, temos as seguintes respostas, fez uma análise mais concreta dos
informações sobre as pessoas em ambiente padrões comportamentais do indivíduo.
de trabalho: Alegava que esse comportamento reflete no
. O comportamento humano é complexo. das organizações. Destas análises, surgiu a
. O homem é condicionado pelo ambiente. Teoria Motivacional de Abraham H. Maslow,
. O homem tem necessidade de segurança, baseada nas necessidades humanas.
Organização de Empresas - Aula 2 96 Instituto Universal Brasileiro
Conclui-se que as necessidades FATORES MOTIVACIONAIS FATORES HIGIÊNICOS
podem ser classificadas em uma espécie (Satisfatórios) (Insatisfatórios)
de pirâmide em que cada estágio se sobre-
põe ao anterior, sendo alcançado somente Conteúdo do Cargo Contexto do Cargo
(como o indivíduo se sente a (como o indivíduo se sente a
quando o indivíduo consegue subir o
respeito do seu cargo) respeito de sua empresa)
degrau anterior. Estuda o comportamento
1. O trabalho em si 1. Condições de trabalho
do indivíduo com relação às necessidades 2. Realização Pessoal 2. Administração da empresa
pessoais do ser humano para satisfazer 3. Reconhecimento 3. Salário
seus anseios. 4. Progresso profissional 4. Relações com o chefe
5. Responsabilidade 5. Benefícios e serviços sociais
Hierarquia das Necessidades Fonte: Sikula, Andrew F. Personnel administration and
human resources management. New York: John Wiley
Maslow identifica necessidades
& Sons, 1976, p.88.
humanas organizadas em uma hierarquia:
AUTO - REALIZAÇÃO
-Autodesenvolvimento
ESTIMA
- Autossatisfação
Necessidades do
SOCIAIS ego:
- Orgulho,
SEGURANÇA Relacionamento - Autorrespeito
- Aceitação - Autoestima
Proteção contra: - Afeição - Progresso
- Amizade
FISIOLÓGICAS - perigo - Confiança
- doença - Compreensão - Status
- Alimento - incerteza - Consideração - Reconhecimento
- Repouso - desemprego
- Abrigo - roubo
- Sexo

necessidades humanas primárias e secundárias

Em Administração, a teoria indica que o


agente administrativo deve conscientizar-se
desta lógica para obter melhores resultados
de sua equipe. Quanto à empresa, cabe ao
administrador entender que sua ação precisa
trilhar rumo aos objetivos empresariais.

Teoria dos Fatores Higiênicos e Fatores


Motivacionais de Herzberg

A palavra chave continua sendo "motiva-


ção". Analisa-se o papel do estímulo do
homem, pois é o elemento fundamental das
organizações, extremamente relevante na Para que o conteúdo do cargo (fatores
condução dos negócios. Frederick Herzberg motivacionais) seja sempre estimulante, pro-
(psicólogo, consultor e professor) desenvolveu põe-se o enriquecimento do cargo. Isso traz
teoria dos dois fatores que procura explicar o efeitos desejáveis como aumento da motiva-
comportamento de trabalho dos indivíduos. ção, aumento da produtividade, redução das
Para ele, existem dois fatores motiva- faltas ao trabalho e redução da rotatividade
cionais: de pessoal.
Organização de Empresas - Aula 2 97 Instituto Universal Brasileiro
Teoria X e Teoria Y de Douglas recompensa econômica (o salário).
McGregor A Teoria Y diz que administrar é um pro-
cesso de criar oportunidades, liberar poten-
Douglas M. McGregor em sua Teoria X ciais rumo ao autodesenvolvimento das pes-
e Y de estilos administrativos de direção, diz soas. No longo período de predomínio da
que o processo de gestão de pessoas depen- Teoria X, as pessoas se acostumaram a ser
de das suposições que os administradores dirigidas, controladas e manipuladas pelas
têm a respeito do comportamento humano empresas até encontrarem fora do trabalho
dentro da empresa. as satisfações para as suas necessidades
pessoais de autorrealização.
McGregor distingue duas concepções
opostas de estilos de direção baseadas em
concepções antagônicas acerca da natureza
humana, a saber: a Teoria X (ou tradicional) e a
Teoria Y (ou moderna).
Teoria X: analisa concepções e premis-
sas incorretas e distorcidas a respeito da natu-
reza humana. Nela o administrador desenvolve
um estilo de direção que se restringe à aplica-
ção e ao controle da energia humana unica-
mente em direção aos objetivos empresariais.
Teoria Y: propõe um estilo de direção par-
ticipativo e democrático baseado nos valores
humanos e sociais, por meio do qual adminis-
trar é um processo de criar oportunidades, Teoria do Enfoque Sistêmico
libertar potenciais, remover obstáculos, enco-
rajar o crescimento individual e proporcionar Já vimos que a visão mais clássica da
orientação quanto a objetivos. Administração (Taylor, Fayol e Ford) tem
como elementos principais fatores técnicos.
Confrontação das Teorias X e Y Na escola comportamental (Elton Mayo,
Maslow, Herzberg, McGregor e outros) os
A Teoria X se fundamenta em pressupo- fatores humanos predominam. A integração
sições errôneas acerca do comportamento desses dois enfoques é um dos interesses do
humano e apregoa um estilo de direção em enfoque sistêmico.
que a fiscalização e o controle externo rígido A essência do enfoque sistêmico é a
(representado por uma variedade de meios interação entre diversos elementos que se
que garantem o cumprimento do horário de influenciam para realizar objetivos. Este enfo-
trabalho, a exata execução das tarefas por que formou-se com base no seguinte conceito:
meio dos métodos ou rotinas e procedimen-
tos de operação, avaliação do resultado do Sistema é o conjunto de partes inte-
trabalho, regras, regulamentos e decorrentes grantes e interdependentes que formam um
medidas disciplinares pela não-obediência todo unitário com determinado objetivo e
etc.) constituem mecanismos para neutrali- exerce determinada função.
zar a desconfiança da empresa quanto às
pessoas que nela trabalham. O moderno enfoque de sistemas procura
Classifica os colaboradores como indo- desenvolver:
lentes, preguiçosos, não assumem respon- . Uma técnica para lidar com a grande e
sabilidades e trabalham sob a perspectiva de complexa empresa.
Organização de Empresas - Aula 2 98 Instituto Universal Brasileiro
. Um enfoque sintético do todo o qual d. Saída do Sistema - resultado do
não permite a análise em separado das par- processo de transformação. Devem ser
tes, em virtude das intrincadas inter-relações coerentes com os objetivos do sistema e,
das partes entre si e com o todo, as quais tendo em vista o processo de controle e ava-
não podem ser tratadas fora do contexto. liação, as saídas devem ser quantificáveis
. Estudo das relações entre os elemen- de acordo com parâmetros previamente fixa-
tos componentes em preferência ao estudo dos.
dos elementos em si, destacando-se o pro- e. Controle e Avaliação do Sistema -
cesso e as probabilidades de transição espe- verifica se as saídas estão coerentes com os
cificadas em função dos seus arranjos estru- objetivos estabelecidos. O controle e avalia-
turais e da sua dinâmica. ção são realizados em uma medida de
desempenho do sistema padrão.
f. Realimentação ou Feedback - rein-
SISTEMA trodução de uma saída sob a forma de
informação. Instrumentos de controle são
resultados das divergências verificadas entre
Objetivo as respostas de um sistema e os parâmetros
previamente estabelecidos.

Entrada do Sistema
Teoria do Enfoque da Qualidade

Transformação Com a expansão do setor industrial, no


início do séc. XX, com o desenvolvimento da
produção em massa, um melhor controle da
Saída do Sistema qualidade se tornou necessário. Esta visão
evoluiu para a administração da qualidade total.
A evolução do controle da qualidade
Controle e Avaliação para a moderna administração tem três perío-
dos distintos:
Realimentação ou . Era da Inspeção: Criou-se a função
Feedback de inspetor da qualidade que, até os dias de
hoje, permanece em muitas empresas. Mas
Componentes Básicos de um Sistema acabar gradativamente com a dependência
da inspeção em massa para garantir a quali-
a. Objetivo - razão de existência do dade é fundamental.
sistema, ou seja, a finalidade para a qual o A inspeção e o controle não produzem
sistema foi criado (o que se pretende; o resul- qualidade, apenas verificam sua existência
tado que se espera alcançar). ou não.
b. Entrada do Sistema - forças que for- A qualidade não deriva da inspeção e
necem ao sistema o material, a informação e sim da melhoria do processo produtivo.
a energia para a operação ou processo, o
qual gerará determinadas saídas do sistema . Era do Controle Estatístico: Técnicas
que devem estar em sintonia com os objeti- de amostragem e procedimentos fundamen-
vos estabelecidos. tados na ciência Estatística são a base deste
c. Processo de Transformação - função período em que a separação dos produtos
que possibilita a transformação de um insumo bons dos ruins era realizada de forma que se
(entrada) em um produto, serviço ou resul- apontassem indicadores numéricos de quan-
tado (saída). tidade, incidência etc.
Organização de Empresas - Aula 2 99 Instituto Universal Brasileiro
A principal justificativa para o novo con-
trole é a necessidade de padronização,
visto que estamos falando de produção em
massa, ou seja, grande quantidade.
Toyota

Na década de 1950 do século passado,


com a estagnação provocada pela guerra, a
Toyota, uma empresa de pequeno porte, na
época, tinha um programa de produção de
1000 carros por mês. Se fabricasse mais, não
conseguiria vender.
Nos anos 80, a Toyota fabricava 1000 car-
ros em poucos minutos e era a terceira maior
fabricante mundial, atrás da GM e da Ford.
Toyoda e Ohno
Eiji Toyoda, da família proprietária da
Toyota, e Taiichi Ohno, o chefe da engenharia da
empresa, são os principais responsáveis pelo
conjunto de técnicas de manufatura que se tornou
. Era da Qualidade Total: A qualidade
não mais se refere ao produto ou serviço, conhecido como Sistema Toyota de Produção.
nem é responsabilidade apenas do departa- Nos anos 50, ambos concluíram que o
mento da qualidade. É problema de todos os Sistema Ford não poderia funcionar na Toyota,
funcionários e abrange todos os aspectos que era sensivelmente menor e precisava de
operacionais. Torna-se uma questão sistêmica. soluções mais eficientes e menos dispendiosas.
Se o sistema de qualidade funcionar, Ao longo de um período de cerca de 20
garante-se a qualidade dos produtos e servi- anos, Toyoda e Ohno colocaram em prática os
ços. Evolui-se para o que chamamos Era da princípios que formam a base do Sistema
Qualidade Total em que, dentre vários espe- Toyota de Produção e que são:
cialistas, destacamos Deming, Feigenbaum . eliminação de desperdícios
e Ishikawa. . produção de veículos com qualidade
. produção enxuta
Modelo Japonês de Administração

MODELO JAPONÊS

Ênfase na Combate ao Simplificação Qualidade


Eficiência Desperdício Modelo FORD Total

As técnicas desenvolvidas na Toyota foram


O modelo japonês de administração rapidamente adotadas em outras empresas do
confunde-se com a centralização da idéia da Japão. Nesse processo de disseminação, outros
qualidade total. Juntando-se as tradições cul- ingredientes foram agregados, originando um
turais japonesas, a administração científica e conjunto de soluções que se tornou conhecido
os princípios da qualidade, teremos uma sín- como as artes industriais japonesas ou o modelo
tese do modelo japonês. japonês de administração.
Organização de Empresas - Aula 2 100 Instituto Universal Brasileiro
organização: racional e natural.
Esta Escola passa a utilizar uma abor-
dagem múltipla por meios de análise
intraorganizacional e interorganizacional.
Acredita que os conflitos são os elementos
geradores das mudanças e do desenvolvi-
mento organizacional. Os autores estrutura-
listas procuram correlacionar as organi-
zações com seu ambiente externo à so-
ciedade, estabelecendo novo conceito de
organização.
Posteriormente, a idéia central da produ- Alguns fatores econômicos e sociais
ção enxuta - a eliminação de desperdícios - influíram nas organizações, tais como o
ganhou maior envergadura e alcançou toda a aumento da população, o crescimento das
administração da empresa. Isto, no Ocidente, cidades, a produção em série etc. O cresci-
virou uma espécie de prática comum. mento trouxe a complexidade e as empresas
Nos anos 90, a expressão organização depararam-se com grandes desafios relacio-
(ou empresa) enxuta passou a fazer parte do nados ao melhor aproveitamento de matéria-
vocabulário corrente nas análises de modelos prima, custos menores, novos mercados, tec-
de gestão. nologia etc.
O modelo estruturalista contempla a
Escola Estruturalista análise da estrutura formal e da informal.
Crítica ao Modelo Estruturalista
Como o próprio nome diz, analisava a A tipologia desenvolvida das organiza-
"estrutura como um todo". Desta forma, se ções, em razão de sua limitada aplicabilidade
preocupava com a interdependência entre as prática, é muito discutível em certos casos.
partes que formam o todo.
O estruturalismo surgiu como vertente Escola do Desenvolvimento
ideal por entender que as organizações são Organizacional
sistemas abertos e que a burocracia limita o
universo de ação. Seus "pensadores" concen- Cientistas sociais nos Estados Unidos
travam-se na estrutura interna e em sua inte- enfatizavam o desenvolvimento organizacio-
ração com outras organizações. O autor que nal planejado. Mais uma vez, confirmou-se
mais se destacou na Escola Estruturalista foi o que a organização define a estrutura e os
cientista social Amital Etzioni. procedimentos de trabalho. As origens do
Dentro da visão organizacional da Escola
Desenvolvimento Organizacional podem ser
Estruturalista, define-se o conceito de homem-
atribuídas à difícil aplicabilidade das teorias
-organizacional, que desempenha papéis em
administrativas ao aprofundamento dos estu-
diferentes organizações.
dos sobre a motivação humana e a sua inter-
ferência na dinâmica das organizações, à
Na verdade, a Escola Estruturalista pro- conscientização sobre as mudanças e à
cura unir teorias anteriores (Escola Clássica, fusão de duas tendências no estudo da
Escola das Relações Humanas) em sua aná- organização: estudo da estrutura e estudo do
lise. Não apresenta novos conceitos a respei- comportamento humano.
to da organização formal e informal, mas Essa escola pode ser caracterizada
busca o equilíbrio entre elas e sua interação como um desdobramento da Teoria
como ambiente. Segundo os estruturalistas, Comportamental, pois estabelece mudanças
há dois modos de ver e conceber uma e flexibilidade organizacional.
Organização de Empresas - Aula 2 101 Instituto Universal Brasileiro
pesquisadores a concluírem que o tipo da
O Desenvolvimento Organizacional
estrutura organizacional é determinado
tem como pressupostos básicos:
pelos fatores ambientais. A estrutura e o
- constante e rápida mutação do ambiente.
comportamento organizacional integram
- necessidade de contínua adaptação.
as variáveis dependentes, enquanto o
- interação entre organização e am-
ambiente e a tecnologia compõem as va-
biente, indivíduo e organização, objetivos
riáveis independentes. A administração
individuais e organizacionais.
contingencial se vê atrelada a três níveis
- mudança organizacional planejada.
organizacionais: institucional, intermediário
e operacional.
Baseando-se nas ciências do compor-
tamento, o Desenvolvimento Organizacional Estrutura
procura aplicar a dinâmica de grupo aos pro- Variáveis
cedimentos de planejamento. Envolve várias Dependentes
mudanças e a organização precisa estar dis- Comportamento
ponível para diagnosticar, planejar e imple- Organizacional
mentá-las.
Para tanto, os gestores realizam con-
tinuamente a captação de informações via
coleta de dados, diagnóstico organizacional e Ambiente
ação de intervenção. Variáveis
independentes
Críticas à Escola do Desenvolvimento
Organizacional Tecnologia

Alguns cientistas da Administração têm A principal característica da Teoria da


a convicção de que o Desenvolvimento Contingência é não haver uma melhor
Organizacional é apenas um rótulo utilizado maneira de administrar. A empresa não
para a embalagem de descobertas e prin- pode ser estática e nem pode existir uma
cípios da Teoria das Relações Humanas e da solução única para todas as empresas. A
Teoria Comportamental, com algumas refor- empresa deve centrar esforços em produtos
mulações. e serviços que ofereçam giro de capital rápi-
do, além de buscar constantemente novos
Teoria da Contingência nichos de mercado.
Muitas das abordagens aqui analisadas,
A palavra contingência está associa- com ênfases diferenciadas podem ser enu-
da àquilo que pode ou não acontecer, que meradas quando estudamos os principais
é "imprevisível" e pode acontecer sem que pensadores da Administração.
tenha sido planejado. A estrutura da De maneira geral, podemos dizer que
empresa irá depender das características o principal divisor de enfoque é uma visão
do meio externo e da interação empresa- mais mecanicista nos primeiros estudos,
ambiente. passando por uma abordagem mais volta-
Essa teoria é chamada de contingencial, da para a valorização do elemento huma-
pois procura explicar as empresas em dife- no e, finalmente, caminha-se para aborda-
rentes contextos. A tecnologia é uma variante gens mais contingenciais, todas voltadas
condicionante a que se atribui grau de eficiên- para a complexa competitividade que
cia tanto maior quanto mais avançada ela for. existe em todos os setores da economia
Nesta escola, estudos levaram os mundial.
Organização de Empresas - Aula 2 102 Instituto Universal Brasileiro
Aula 2

1 - Conceitue Administração.

R:____________________________________________________________________
______________________________________________________________________

2 - Complete as lacunas:

O gerenciamento de negócios acontece em ambientes em que as pessoas assumem


_________________________ e também se enquadram em situações de _____________,
ou seja, são submetidos ou exercem poder.

3 - Ao analisarmos habilidades das pessoas nas tarefas do dia-a-dia, podemos


separá-las em quais categorias?

R: ____________________________________________________________________

4 - Dentre os vários fatores apresentados, que justificam a administração de negócios,


mencione, ao menos, duas motivações.

R: ____________________________________________________________________

5 - Assinale a alternativa que apresenta fatores determinantes do êxito da gestão


administrativa:
( ) a - visão, insistência a qualquer preço, incentivo, recursos e plano de ação
( ) b - revisão, competência, motivação, recursos e plano de ação
( ) c - visão, competência, incentivo, recursos e plano de ação
( ) d - visão, competência, incentivo, discursos e plano de ação

6 - Preencha as lacunas:

Taylor, o "Pai da Administração Científica", focava sempre a ________________


e ________________ operacional na gestão de negócios industriais.

7 - Taylor também acentuou os conflitos com os sindicatos pela ocorrência de demissões


e insatisfações geradas pelo novo cenário de relações entre empresa e empregados.

( ) certo ( ) errado

8 - De acordo com nossos estudos, o que Taylor quis dizer com "princípios científicos
em substituição ao empirismo"?

R:____________________________________________________________________
______________________________________________________________________

Organização de Empresas - Aula 2 103 Instituto Universal Brasileiro


9 - Taylor menciona que devem existir regras básicas para a divisão de tarefas em
diferentes etapas das diversas atividades. Ele se refere a:

( ) a - divisão de equipes do mesmo setor


( ) b - divisão do trabalho
( ) c - treinamento puro
( ) d - coordenação

10 - Na divisão de autoridade e responsabilidade, como ficam as tarefas?

R: ____________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

11 - Fayol se destacou por enfatizar:

( ) a - análise apenas de tempos e métodos


( ) b - análise de salários e produção apenas
( ) c - estudo dos índices de produtividade
( ) d - teoria global da ação administrativa, estrutura e funcionamento dos setores.

12 - Quais são as funções básicas da gestão de negócios, segundo Fayol?

R: ____________________________________________________________________

13 - "A subordinação do interesse individual ao coletivo". Este é um dos quatorze


princípios de Fayol. Explique-o.

R: ____________________________________________________________________
______________________________________________________________________

14 - Complete a frase:

Fayol divulgou a lógica de que o Administrador trabalha com ______________________,


______________________, ______________________, ______________________,
e _____________________.

15 - Explique a afirmação de Fayol: "A capacidade técnica domina a base da


escala hierárquica enquanto a capacidade administrativa domina o topo e, à medida que
alguém se eleva na escala hierárquica, a importância relativa da capacidade administrativa
aumenta enquanto a da capacidade técnica diminui":

R: ____________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

Organização de Empresas - Aula 2 104 Instituto Universal Brasileiro


Níveis Hierárquicos
AULA 3 Se separarmos, apenas, os colaborado-
ORGANIZAÇÃO E res que possuem poder delegado oficialmente;
DEPARTAMENTALIZAÇÃO que têm subordinados e cujas decisões tive-
DE EMPRESAS ram um peso sobre o andamento dos negó-
cios, em maior ou menor grau, podemos
Atividades dos Gerentes dividi-los, hierarquicamente, em três níveis:

a - Executivos: Diretores, superinten-


dentes e presidentes são palavras que indi-
cam ocupantes dos cargos mais importantes
da hierarquia, a alta administração. Em
organizações mais complexas, é comum a
existência de grupos que estão acima destes
executivos. São Conselhos de Administração
ou órgãos colegiados, geralmente formados
por acionistas majoritários ou membros do
Atividades Gerenciais quadro social da empresa ou sócios.
Decisões mais estratégicas como definição
1. Tomar decisões e resolver proble- de objetivos e metas a médio e longo prazo
mas: um fornecedor não fez uma entrega são tarefas da alta administração.
importante; um cliente estratégico está com
problemas de caixa e não pôde pagar uma b - Gerentes Intermediários: coorde-
fatura de valor elevado. nar grupos de trabalho nos departamentos,
2. Processar informações: ler, inter- divisões ou áreas correlatas é tarefa deste
pretar e tomar posterior posicionamento grupo. Cabe aos gerentes intermediários
sobre relatórios internos, captar e interpretar transformar as decisões da alta cúpula em
informações publicadas sobre a empresa, objetivos mais específicos. Definir e mobilizar
concorrência, clientes e o mercado de recursos para que esses objetivos sejam
atuação, escrever relatórios diversos etc. atingidos por setor.
3. Representar a empresa: discursos
em eventos, relações públicas com clientes, c - Supervisores: podem ser vistos
atividades mercadológicas, feiras, seminá- com nomes diversos: líderes de produção,
rios, contatos com autoridades para defesa de encarregados ou mesmo supervisores. São
interesses organizacionais, assinar correspondên- colaboradores que têm a responsabilidade
cia, emissão de documentos escritos ou ele- da condução das tarefas operacionais da
trônicos etc. empresa, sejam elas pertinentes a grupos
4. Administrar pessoas: selecionar operacionais administrativos ou da produção.
funcionários, autorizações e/ou aprovações
de treinamentos, gestão de conflitos e toma- Grupos autogeridos: uma espécie de
da de decisões sobre demissões, admissões "célula de produção" autônoma que dispensa
entre outros. um supervisor, por exemplo, pode dar origem
5. Cuidar da própria carreira: estudar, a um grupo "autogerido". Concentram-se as
adquirir novas habilidades e informações, tarefas de administração em um gerente e os
estabelecer e manter relações com pessoas funcionários executam as tarefas operacio-
importantes da empresa, manter-se atualiza- nais com certa autonomia, reportando-se
do com as inovações etc. diretamente ao gerente sem a necessidade
Organização de Empresas - Aula 3 105 Instituto Universal Brasileiro
de mais um nível hierárquico, neste caso, o Organograma
supervisor. Neste modelo as equipes autoge-
ridas têm responsabilidade e autoridade para É a representação gráfica dos níveis
tomar e implementar a maioria das decisões hierárquicos e departamentais de um
que caberiam a chefes e/ou supervisores do empreendimento. Tem a forma de um gráfico,
modelo apresentado anteriormente. uma espécie de "fotografia" de cada parte da
empresa. Demonstra a hierarquia e as inter-
Departamentalização -relações existentes entre essas partes e até
o limite das atribuições de cada um.
Os organogramas são dinâmicos, ou
Como já falamos em nossos estudos: seja, a cada modificação na estrutura depar-
"Organização é um grupo de indivíduos com tamental da empresa, ela deve ser refeita. A
uma meta comum, reunido por um conjunto amplitude de ação dos gerentes pode ser
de relacionamentos de autoridade e de baixa, média ou alta, dependendo da estrutu-
ra da empresa. Veja:
responsabilidade."
1. Estrutura Baixa
A estrutura organizacional é bastante Muitos colaboradores são subordina-
dinâmica, sendo que suas mudanças são os dos a um ou poucos superiores, caracteri-
meios mais eficazes de melhorar o desempe- zando uma amplitude de ação gerencial muito
nho do sistema. Quando se planeja uma alta. No exemplo abaixo, temos um nível hie-
estrutura organizacional deve-se levar em rárquico com um executivo:
conta os seguintes objetivos:
EXECUTIVO
. identificar as tarefas físicas e mentais
a serem desempenhadas. 140 FUNCIONÁRIOS
. organizar funções e responsabilidades
através do agrupamento de tarefas em funções
que possam ser bem desempenhadas e atribuir 2. Estrutura Média
sua responsabilidade a pessoas ou grupos. Quantidade média de colaboradores
. proporcionar informações e recursos subordinados a quantidades proporcionais de
aos empregados de todos os níveis para que superiores. No exemplo abaixo, de amplitude
trabalhem de maneira tão eficaz quanto pos- gerencial média, temos 2 níveis hierárquicos
sível, incluindo retorno avaliativo sobre seus e 5 executivos:
desempenhos. As medidas de desempenho
devem ser compatíveis com os objetivos e EXECUTIVO
metas empresariais.
. motivação para o melhor desempenho
possível. EXECUTIVO EXECUTIVO EXECUTIVO EXECUTIVO

Departamentalizar 35 35 35 35
Funcionários Funcionários Funcionários Funcionários

É a operação de dividir a organização


por departamentos e setores de acordo com a 3. Estrutura Alta
divisão do trabalho e direção num mesmo Vários níveis sobrepostos (cadeia esca-
nível de autoridade. Deve-se destinar os lar), ou seja, aumenta-se a eficiência da super-
recursos de acordo com as reais necessi- visão diminuindo-se a amplitude (menos subordi-
dades de cada tarefa. nados). Na atualidade, há um questionamento
Organização de Empresas - Aula 3 106 Instituto Universal Brasileiro
quanto aos custos que este tipo de estrutura No modelo funcional, cada departamento
traz para a organização. No caso abaixo, corresponde a uma função principal. Dando
de amplitude gerencial baixa, apresentamos sequência a este princípio, todos os setores e
3 níveis com 13 executivos. seções acompanham o critério funcional em suas

EXECUTIVO

EXECUTIVO EXECUTIVO EXECUTIVO EXECUTIVO

EXECUTIVO EXECUTIVO EXECUTIVO EXECUTIVO EXECUTIVO EXECUTIVO EXECUTIVO EXECUTIVO

20 20 20 10 20 20 20 10
funcion. funcion. funcion. funcion. funcion. funcion. funcion. funcion.

Modelos de Departamentalização operações cuja autoridade é mais ampla no sen-


tido horizontal. Ela permite, através da divisão da
a- Organização Funcional administração, direção e demais comandos por
Modo mais simples de departamenta- funções que o poder de determinado superior
lização. Baseia-se no critério funcional que interfira em qualquer outro departamento ou setor.
pode estar presente tanto em organizações
de grande como de pequeno porte. Neste
modelo, a estrutura evolui para outras formas
mais complexas como veremos adiante.
. Funções organizacionais: são con-
juntos de tarefas interdependentes, todas Decisão de um executivo
contribuindo para a realização da missão, Um diretor de recursos humanos de
propósito ou tarefa total de uma organização. comum acordo com outros executivos, decide
Podemos afirmar que algumas funções são modificar alguma estrutura dos benefícios ofere-
mais essenciais: produção, vendas e finan- cidos aos funcionários. Esta decisão atingirá todo
ças; outras servem de apoio, as quais forne- o âmbito empresarial cujo comando e direção
cem sustentação administrativa às funções são limitados à competência da função pertinen-
essenciais. te à pessoa investida de autoridade.

PRESIDENTE

DIRETOR DIRETOR DIRETOR DIRETOR DIRETOR


INDUSTRIAL MARKETING FINANÇAS LOGÍSTICA LOGÍSTICA

GERENTE GERENTE GERENTE GERENTE GERENTE GERENTE GERENTE GERENTE


GERENTE GERENTE
ENGENHARIA VENDAS E CONTABIL. ADM. COMPRAS E ARMAZÉNS PESSOAL BENEFÍCIOS
MANUTENÇÃO PROMOÇÃO
E ASS. E ADM. FINANC. E ADM. E E E
E UTILIDADES E PESQUISA
PRODUÇÃO TÉCNICA TRIBUTÁRIA ANÁLISE MATERIAIS DISTRIBUIÇÃO SEGURANÇA SERV.GERAIS

X FUNCS. X FUNCS. X FUNCS. X FUNCS. X FUNCS. X FUNCS. X FUNCS. X FUNCS. X FUNCS. X FUNCS.

Organização de Empresas - Aula 3 107 Instituto Universal Brasileiro


Aplicações do Modelo Funcional Aplicações do Modelo por Produto
. Organização que se inicia (acaba de . Empresas industriais (linhas de pro-
ser fundada). dução); comerciais (lojas de departamento);
. Empresas de pequeno porte. serviços (especialistas pelo fornecimento).
. Manufatura simples (um único pro- . É indicado quando a estratégia dá
duto) ou prestadora de um único serviço. ênfase a cronogramas, custos e outras
considerações empresariais.
Grandes empresas podem também
adotar o modelo funcional para os seguintes c - Organização por Território ou
casos: Geográfica
. Pequena diversificação tecnológica ou
de produtos.
. Venda e distribuição dos produtos
pelos mesmos tipos de canais.
. Execução de operações numa mesma
área geográfica. Nível nacional e internacional
. Ambiente externo estável (consumo, Imagine uma empresa que opere seus
fornecimento e concorrência relativamente negócios para estar em todo território nacio-
constantes). nal e em vários continentes. A estrutura con-
templa unidades responsáveis por uma área
b- Organização por Produto geográfica (ou território) com sua própria
Uma linha de produção diversificada, estrutura funcional. Se existem indicadores
ou ainda, uma prestadora de serviços diferen- de que o sucesso depende particularmente
ciada, geralmente precisa administrar, indivi- de um ajuste às condições locais, esta é a
dualmente, cada um de seus produtos ou ser- melhor formatação.
viços. Neste caso, terá uma estrutura em que Autonomia própria a cada território é nor-
cada unidade tem responsabilidade sobre um mal na organização geográfica quando os
produto, projeto ou programa com sua própria clientes estão dispersos ou alguma necessida-
estrutura funcional. de, como a obtenção de insumos, justificam a
A cooperação entre os especialistas é divisão territorial. Na maioria das multinacio-
muito boa, o que facilita a necessidade cons- nais, cada país representa uma divisão (veja o
tante de inovação de produtos. quadro na próxima página).

BRINQUEDOS CATAVENTO
PRESIDENTE

DIR. BR. DIR. BR. DIR. JOGOS DIR.JOGOS DIR. BR.


MADEIRA PLÁSTICO ELETRÔN. PEDAGÓGICOS ECOLÓGICO

GERENTE GERENTE GERENTE GERENTE GERENTE GERENTE GERENTE GERENTE GERENTE GERENTE
PRODUÇÃO PRODUÇÃO PRODUÇÃO PRODUÇÃO PRODUÇÃO
ADMINISTR./ ADMINISTR./ ADMINISTR./ ADMINISTR./ ADMINISTR./
COMERC. E COMERC. E COMERC. E COMERC. E COMERC. E
FINANCEIRO MARKETING FINANCEIRO MARKETING FINANCEIRO MARKETING FINANCEIRO MARKETING FINANCEIRO MARKETING

X FUNCS. X FUNCS. X FUNCS. X FUNCS. X FUNCS. X FUNCS. X FUNCS. X FUNCS. X FUNCS. X FUNCS.

Organização de Empresas - Aula 3 108 Instituto Universal Brasileiro


BRINQUEDOS CATAVENTO
PRESIDENTE

SERVIÇOS DIR. NEG. DIR. NEG. DIR. NEG. DIR. NEG.


CENTRAIS EUROPA AM. LATINA AM. NORTE ÁSIA

P&D MARKETING MARKETING MARKETING MARKETING

FINANÇAS PRODUÇÃO PRODUÇÃO PRODUÇÃO PRODUÇÃO

MARKETING FINANÇAS FINANÇAS FINANÇAS FINANÇAS

REC. REC. REC. REC.


JURÍDICO
HUMANOS HUMANOS HUMANOS HUMANOS

Aplicações do Modelo por Território d- Organização por Cliente

Organização das áreas de vendas é a Apropriada para atendimento de clientes


prestação de serviços, principalmente diferenciados, os quais possuem necessida-
quando a empresa concentra suas ativida- des distintas, ou ainda, no atendimento de
des produtivas e administrativas num lugar clientes iguais, mas com necessidades dife-
único (matriz), mas tem operações comer- renciadas. O objetivo aqui é assegurar a satis-
ciais e de serviços em áreas dispersas. fação dos clientes através da departamen-
talização de unidades divididas de modo a
Unidades de Negócios - Conceito atender clientes com faturamento significativo.
Exemplos típicos
Uma Unidade de Negócios é a deno-
minação utilizada, nos dias atuais, para o . Agências de propaganda.
departamento ou divisão de uma empresa . Bancos (varejo, financiamentos: indús-
responsável pela área geográfica ou produ- trias, crédito rural, crédito ao consumidor etc.).
to, cujo gerente/executivo subordina-se dire- . Lojas de departamentos (combinam,
tamente ao administrador principal. Estas simultaneamente, produto e cliente).
"unidades" atuam como fortes elementos . Fábricas de alimentos, veículos, ves-
descentralizadores para que as empresas tuários que atendem tanto consumidores
possam atuar em diversos territórios, aten- finais quanto intermediários (atacadistas, con-
der mercados diferenciados e trabalhar com cessionárias etc). Veja na página seguinte um
linhas de produtos ou serviços diversificados. quadro exemplificando este tópico.
Geralmente a organização estruturada
em unidades de negócios tem um grupo de Aplicações do Modelo por Cliente
serviços centralizados chamados corporati- Qualquer nível hierárquico pode adotar
vos (ou áreas corporativas). este modelo sempre que houver diferenças
Organização de Empresas - Aula 3 109 Instituto Universal Brasileiro
marcantes entre a clientela da empresa determinado horário. Ex. hospitais, seguran-
para fazer um atendimento especializado ça pública, empresas que operam sem inter-
(volume de compras, intensidade/frequên- rupção etc.
cia do atendimento exigido pelo cliente, - Disciplinas: escolas/faculdades, labo-
características especiais dos produtos etc). ratórios, institutos de pesquisa.

PRESIDENTE

DIRETOR DIRETOR DIRETOR


DIRETOR
ATENDIMENTO ATENDIMENTO ATENDIMENTO
ADMINISTRATIVO
PESSOA FÍSICA PESSOA JURÍDICA GOVERNO

GERENTE GERENTE GERENTE GERENTE GERENTE GERENTE GERENTE


GERENTE
FINANÇAS/
PRODUÇÃO/ COMERCIAL/ COMERCIAL/ COMERCIAL/ COMERCIAL/ COMERCIAL/ COMERCIAL/
CONTAB./
ENGENHARIA MARKETING MARKETING MARKETING MARKETING MARKETING MARKETING
R. HUMANOS

X FUNCS. X FUNCS. X FUNCS. X FUNCS. X FUNCS. X FUNCS. X FUNCS. X FUNCS

e- Estruturas Compostas - Quantidade: pessoas agrupadas em


As organizações usam e combinam, função do volume de trabalho. Ex.: empre-
com liberdade, todos os tipos de estruturas sas com grandes volumes de produção
apresentadas, tentando ajustar as diferentes onde o total é dividido em linhas de produ-
partes da organização a condições diferen- ção, cada uma responsável por uma parte
tes. Embora a estrutura da General Motors da produção.
seja por produto, os departamentos dentro de - Fases: derivação de departamentali-
cada divisão estão divididos com base na sua zação por produto em que cada fase do pro-
função. Do mesmo modo, uma companhia de cesso produtivo poderá ser aplicada a um
aviação pode estar dividida geograficamente setor (prensas, montagem, pintura e acaba-
em três regiões principais. Em cada uma, no mento).
entanto, haveria vários departamentos funcio- - Projetos: atividades temporárias ou
nais como operações de voo, serviços de finitas que não tenham padrão de regulari-
terra, serviços de reservas etc. dade (eventos, projetos, montagens e colo-
cação em operação de grandes equipa-
Importante: Ao enfatizar os critérios mentos feitos sob encomenda etc). Uma
de departamentalização podemos obede- organização por projeto é um departamento
temporário que aloja o gerente e a equipe
cer a necessidades especiais como perío-
de um projeto dentro da organização fun-
do, disciplina, quantidade, fase e projetos. cional. Terminado o projeto, a empresa
perde sua razão, sendo desmobilizada.
- Período: grupos diferentes de pes- Existem três tipos principais de organiza-
soas que trabalham em determinados horá- ção por projetos: os funcionais, os puros
rios (ou turnos) em que o chefe do turno é (autônomos/especiais) e as estruturas
responsável pelas tarefas realizadas em matriciais.
Organização de Empresas - Aula 3 110 Instituto Universal Brasileiro
Aula 3

1 - Dentre as várias atividades gerenciais, mencione uma das estudadas:

R: ____________________________________________________________________

2 - Conceitue Departamentalização.

R: ____________________________________________________________________
______________________________________________________________________

3 - Para que serve um Organograma?

R: ____________________________________________________________________
______________________________________________________________________

4 - No que se refere às funções organizacionais, produção, vendas e finanças seriam:

a-( ) funções de apoio


b-( ) funções essenciais
c-( ) funções de sustentação
d-( ) funções secundárias
e-( ) funções primárias

5 - Associe os tipos de organização à sua definição.

( a ) organização funcional ( ) administração individual dos produtos

( b ) organização por produto ( ) unidades divididas para atendimento


exclusivo
( c ) organização por território ou geográfica ( ) combinam todos os tipos de estrutura
organizacional
( d ) organização por cliente ( ) modo mais simples de departamenta-
lização
( e ) estruturas compostas ( ) caracterizada por áreas geográficas

6 - Assinale com V (Verdadeiro) ou F (Falso):

( ) Funções organizacionais são conjuntos de tarefas interdependentes, todas


contribuindo para a realização da missão, propósito ou tarefa total de uma organização.
( ) Na organização funcional, a autoridade é mais ampla no sentido vertical.
( ) Uma linha de produção diversificada, ou ainda, uma prestadora de serviços dife-
renciados, nunca precisa administrar individualmente cada um de seus produtos ou serviços.
( ) A Organização por Cliente é apropriada para atendimento a clientes diferenciados,
os quais possuem necessidades distintas, ou ainda, no atendimento de clientes iguais, mas
com necessidades diferenciadas.

Organização de Empresas - Aula 3 111 Instituto Universal Brasileiro


ORGANIZAÇÃO DE EMPRESAS

Complete o organograma, para a figura Metalúrgica K, que possui um Presidente,


3 Diretores, e os seguintes gerentes:

1 - Produção
2 - Manutenção
3 - Compras e Administração de Materiais
4 - Vendas
5 - Promoções e Pesquisas
6 - Assistência Técnica
7 - Contabilidade
8 - Financeiro
9 - Pessoal

PRESIDENTE

DIRETOR DIRETOR DIRETOR


INDUSTRIAL MARKETING FINANÇAS

Organização de Empresas - Aula 3 112 Instituto Universal Brasileiro


AULA 4
FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS
A concorrência
Minha corporação trabalha no desenvol-
vimento de um produto novo e, de repente
A Administração, para ser exercida, meu principal concorrente também procura
exige uma combinação de ações para obten- desenvolver o mesmo produto. Estratégias
ção dos objetivos, sendo desempenhadas iguais sempre geram incerteza.
certas funções neste processo. O futuro não é sempre incerto ou desco-
nhecido. Se existe um mínimo controle sobre
Leon C. Megginson, autor de Administração eventos, pode-se antever com razoável preci-
Conceitos e Aplicações (Ed. Harbra, 1ª edição) são o que acontecerá nele. Atos e decisões
menciona: não importando o tipo de indústria, o passadas, se forem tomados com planeja-
nível ou a função organizacional envolvidos, mento e devido cuidado, são elementos que
pelo menos cinco funções precisam ser desem- mostrarão seus efeitos com certa antecedência.
penhadas por quem quer que seja o admi-
nistrador: planejamento, organização, preenchi- Definição
mento de vagas, direção e controle das ativi-
dades organizacionais. O processo de planejamento é a ferra-
O processo de administrar consiste em menta que as pessoas e organizações usam
tomar decisões que envolvem quatro funções para administrar suas relações com o futuro.
básicas: É uma aplicação específica do processo deci-
1. Planejar: trabalhar com programas, sório. As decisões que procuram, de alguma
projetos e planos para desenvolvimento das forma, influenciar o futuro, ou que serão colo-
operações da organização. cadas em prática no futuro, são de planeja-
2. Organizar: estruturar a organização, mento.
criando recursos humanos, técnicos, mate- Com base nesse conceito básico, o pro-
riais, financeiros etc. cesso de planejamento pode ser definido de
3. Dirigir: tomar decisões, comandar, várias maneiras:
supervisionar, atribuir responsabilidades;
4. Controlar: exercer a monitoração das . Planejar é definir objetivos ou resultados
a serem alcançados.
tarefas de conformidade com as ordens dadas.
. É definir meios para possibilitar a realiza-
ção de resultados.
Processo de Planejamento . É interferir na realidade para passar de
uma situação conhecida à outra situação dese-
Para qualquer administração, o futuro se jada, dentro de um intervalo definido de tempo.
torna incerto quando as informações são . É tomar, no presente, decisões que
insuficientes sobre os diversos comportamen- afetem o futuro para reduzir sua incerteza.
tos que precisam ser monitorados; concorrên-
cia, consumidores, fornecedores, fontes de O processo de tomar decisões de plane-
financiamentos e demais segmentos que jamento tem presença marcante nas ativida-
atuam sobre o ambiente empresarial. des dos administradores das organizações. A
Quando a concorrência atua para obten- criação de qualquer organização começa
ção dos mesmos objetivos de determinada com decisões interdependentes de planeja-
empresa, a incerteza fica maior ainda. mento interno e externo.
Organização de Empresas - Aula 4 113 Instituto Universal Brasileiro
Decisões de planejamento externo são . o que se deve fazer.
os objetivos da organização, pois estão rela- . quando fazer.
cionadas à atuação da empresa no mercado. . quem deve fazer.
Decisões de planejamento interno são . de que maneira (como).
os meios (ou recursos) que a empresa utili-
zará para atingir os objetivos. Fundamentos do Processo de
Planejamento

Fator Restritivo - quanto mais forem


reconhecidos os fatores restritivos ou critérios
para se atingir uma meta, maior clareza e
Circunstâncias determinantes da escolha exatidão haverá para optar por uma alternativa
dos objetivos podem mudar inesperadamente. mais favorável.
Como devemos nos comportar? A flexibilidade Compromisso - prazo para concreti-
entra nesta situação como condição indispen- zação dos compromissos/tarefas (elaboração
sável para alteração dos objetivos ou dos meios de cronograma).
anteriormente decididos pela empresa. Flexibilidade - adaptação a situações
imprevistas.
Desta forma, o sucesso de um bom
planejamento dependerá, dentre muitas Importância do Planejamento
coisas, da adaptação às condições peculiares
do ambiente organizacional. Na organização proativa, o processo de
Ao elaborar planos e colocá-los em planejamento permite elevar o grau de con-
prática, há a necessidade de comprometi- trole sobre o futuro tanto interno quanto externo.
mento de toda a organização com a utiliza- A antecipação das mudanças traz, em muitos
ção de "toda a energia" disponível para que casos, garantia da sobrevivência e eficácia.
a eficácia de suas medidas seja concreta. Dependendo da abrangência ou do impacto
Quanto mais complexo o ambiente maior a que têm sobre a organização, temos três
necessidade de planejamento para tomar níveis de planejamento:
decisões de forma racional (escolher a 1 - Planejamento Estratégico
forma mais adequada de atingir os objeti- 2 - Planejamento Tático/Funcional
vos). É a função da administração que deter- 3 - Planejamento Operacional
mina, antecipadamente, quais os objetivos
almejados. 1- Planejamento Estratégico
Partindo da fixação dos objetivos, deter-
minam-se as prioridades: Realizado pela alta administração, com
maior alcance, envolve objetivos organizacio-
. Interferência no curso dos eventos
1 Predeterminação de eventos . Insatisfação com situação presente
. Decisões que constroem o futuro

. Decisões passadas projetam-se nos eventos do futuro


2 Eventos futuros conhecidos . Situação presente evolui de forma previsível
. Regularidade ou sazonalidade conduzem a fatos previsíveis

. Encadeamento de meios e fins


3 Coordenação
. Lógica entre eventos interdependentes

Organização de Empresas - Aula 4 114 Instituto Universal Brasileiro


nais, políticas e estruturais para o planeja- Essas forças têm origens internas e externas.
mento operacional. Define objetivos para toda Vejamos:
a organização. FORÇAS INTERNAS
Estabelecem produtos e serviços que . Recursos:
vão ser ofertados ao mercado e, por conse- - disponibilidade
- escassez
quência, a clientela que se pretende atender.
. Administradores
Em estruturas complexas, podemos visualizar - motivações diversas
o departamento de desenvolvimento de . Problemas e Oportunidades
novos produtos, pesquisa e desenvolvimento, - ordem interna OBJETIVOS
envolvidos com o planejamento estratégico. FORÇAS EXTERNAS
. Concorrência
2- Planejamento Tático / Funcional . Fornecedores
. Governo
. Clientes
Planos administrativos, departamentais . Problemas e Oportunidades
- ordem externa
ou táticos são elaborados para possibilitar a
realização dos planos estratégicos. Ameaças e oportunidades fazem parte
Abrangem áreas de atividades especializa- da rotina das organizações. Tanto forças de
das (marketing, operações, recursos huma- dentro da empresa e, principalmente, situa-
nos, finanças etc). Os gerentes dessas áreas ções externas, fazem com que a administra-
são responsáveis pelos planos táticos, que ção atue, às vezes, de forma proativa, em
também podem ser auxiliados por unidades outros casos de forma "reativa", em face de
especializadas. ameaças ou situações de oportunidade de
crescimento da empresa.
3- Planejamento Operacional Diante de um novo cenário que poderá estar
com uma condição isolada, ou ainda ter origem na
Os planos operacionais especificam ativi- combinação de situações diversas, objetivos são
dades e recursos que são necessários para a estabelecidos como escolha de investimentos,
realização de qualquer espécie de objetivos. elaboração e produção de novos produtos/serviços
e uma infinidade de ações e projetos específicos.
Objetivos do Planejamento

Qualquer tipo de planejamento tem, em


sua essência, a definição de um objetivo e as
respectivas formas de como obtê-lo.
Objetivos são os resultados finais para os Uma empresa que até determinado
quais uma organização se desloca mobilizando momento estava "tranquila" em seu segmento
todos os recursos necessários e disponíveis: de repente se vê ameaçada com a entrada de
humanos, tecnológicos, financeiros e materiais, um concorrente "fortíssimo", que veio do exte-
dentre outros. rior. Ele é um perigoso competidor. De posse
de recursos disponíveis para investimentos, a
Todas as atividades mais operacionais empresa tem como objetivo investir no desen-
que acontecem em um empreendimento são volvimento de novos produtos e forte comuni-
orientadas para objetivos secundários, terciá- cação mercadológica para enfrentar a ameaça.
rios e outros. São eles derivados de um
objetivo principal cuja parte mais relevante Objetivos Gerais de uma Organização
de um plano é exatamente seu propósito.
Compreender as forças que produzem objeti- A precisão na definição de um objetivo,
vos é fundamental para quem administra. seu alcance no tempo e outros critérios são
Organização de Empresas - Aula 4 115 Instituto Universal Brasileiro
importantes para que se identifique se são mais . Refrescar o mundo - em corpo, mente
estratégicos ou apenas intenções genéricas. e espírito.
Se existir um baixo grau de definição do . Inspirar momentos de otimismo - atra-
objetivo, este acaba sendo uma espécie de vés de nossas marcas e ações.
"declaração de propósitos” ou “missão" da . Criar valor e fazer a diferença - onde
empresa. Estes objetivos trazem o ponto de estivermos, em tudo o que fizermos.
partida para a definição dos específicos ou
operacionais. Planejamento Estratégico
Vejamos detalhes sobre o que significa
missão de uma empresa: Estratégia é a seleção dos meios, de
qualquer natureza, empregados para realizar
Missão objetivos. Ela está associada, principalmente,
à necessidade de atingir objetivos em situa-
A missão deverá ser declarada a todo ções complexas, geralmente, quando existem
público interno para que haja sinergia dentro ameaças da concorrência ou de outro fator
da organização. Depois a exteriorização não incontrolável externo à empresa.
deve ser apenas na proposta, mas, princi- Busca-se, assim, vencer a concorrência,
palmente, nos atos. Ela articula o que a ou como Aristóteles afirmava: a estratégia
empresa é e o que procura alcançar. A decla- deve trazer a vitória...
ração de missão de uma empresa fornece a
anunciação das metas gerais para temas Dentre várias conceituações, a palavra
principais da sua estratégia assim como re- estratégia figura como a arte de aplicar com
presenta a declaração mais ampla dela. eficácia os recursos de que se dispõe, ou de
Por ser considerada uma declaração explorar as condições favoráveis de que
de identidade e de direção de longo prazo porventura se desfrute visando ao alcance
da empresa, é importante que a missão de determinados objetivos.
proporcione orientação, não restringindo a
oportunidade e a flexibilidade. Conceito

Planejamento estratégico é o processo


de elaborar uma estratégia (plano) com base
na análise do ambiente e nos sistemas inter-
nos da organização. Uma administração
Qual é a característica principal da estratégica planeja, implanta e controla a exe-
declaração de missão? Incluir a declaração cução da estratégia. Duas forças principais
do negócio em que a empresa está inserida, criam situações de:
nos interesses de quem opera (acionistas, 1. Oportunidades e Desafios: rela-
empregados, clientes etc.) e os critérios pelos cionados à concorrência, consumidores,
quais seu desempenho deve ser julgado. tecnologia, fornecedores e outros elementos;
E a principal finalidade? É a comuni- 2. Problemas e Oportunidades: relacio-
cação. Na medida em que uma das principais nados aos sistemas internos das empresas:
finalidades da estratégia é a criação de con- capacitação e competências dos colabora-
senso dentro da organização, quanto à orien- dores, tecnologia empregada, equipamentos
tação geral que ela vai obedecer e ao que e processos, disponibilidade de capital e
está procurando alcançar, a declaração de outros componentes.
missão pode ser vista como uma base para o O planejamento estratégico implica na
entendimento comum. Veja a missão da definição de objetivos que sempre se direcio-
Coca-Cola Brasil: nam ao ambiente, considerando-se desafios e
Organização de Empresas - Aula 4 116 Instituto Universal Brasileiro
oportunidades internas e externas. O longo que possuem a cultura da administração parti-
prazo é o tempo ao qual está atrelado ao pla- cipativa, podem, guardadas as respectivas
nejamento estratégico, pois as decisões sobre proporções, envolver alguns colaboradores em
produtos e serviços, que serão ofertados a alguma parte do planejamento.
mercados e clientes, podem interferir na ope-
As principais etapas de um planejamento
racionalização da empresa em prazos prolon-
gados, geralmente acima de cinco anos. estratégico são:
Da mesma forma, dada a importância 1. Análise da Situação Estratégica.
deste tipo de planejamento, a responsabilida- 2. Análise Ambiental - externa (análise
de pela sua elaboração é dos principais execu- das ameaças e oportunidades do ambiente).
tivos da organização, os quais podem, se hou- 3. Análise Ambiental - interna (análise dos
ver necessidade, contar com a assessoria de pontos fortes e fracos dos sistemas internos da
especialistas. Equipes e departamentos de organização).
novos negócios podem ser montados para 4. Definição do plano estratégico com-
auxílio aos executivos e, mesmo organizações preendendo os objetivos e a estratégia.

Aula 4

1 - Quais são as principais funções básicas do processo administrativo?

R: ____________________________________________________________________

2 - De conformidade com nossos estudos, defina planejamento.

R: ____________________________________________________________________
______________________________________________________________________

3 - Complete:

O planejamento constitui a ________________ etapa do processo administrativo. É a


função da administração que determina _________________ quais os objetivos almejados.

4 - Assinale a alternativa que apresenta os fundamentos do Processo de Planejamento:

( ) a - fator punitivo, compromisso e flexibilidade.


( ) b - fator restritivo, compromisso e inflexibilidade.
( ) c - fator restritivo, compromisso e flexibilidade.
( ) d - fator reativo, compromisso e flexibilidade.

5 - Quais são os níveis clássicos de Planejamento?

R: ___________________________________________________________________

Organização de Empresas - Aula 4 117 Instituto Universal Brasileiro


6 - A declaração de missão de uma empresa fornece a anunciação das metas gerais,
para temas principais da sua estratégia, assim como representa a declaração mais ampla dela.
A afirmação está:

( ) certa ( ) errada

7 - O que é Estratégia?

R: ____________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

Respostas

AULA 1

1 - Conceitue organização.

R: Organização é um grupo de indivíduos reunidos por um conjunto de relaciona-


mentos de autoridade e de responsabilidade os quais têm uma meta comum.

2 - Complete:

R: Setores, departamentos, gerências e diretorias, produção, finanças,


mercadológica, recursos humanos, informática.

3 - Explique como surge a hierarquia nas organizações

R: Ela é criada pelo conjunto de relações de responsabilidade e autoridade que se


ampliam por toda a estrutura empresarial.

4 - Associe:
a- empresas ( e ) atendem uma necessidade da comunidade sem visar lucros
b- perpetuação ( a ) exploram qualquer tipo de atividade para obter lucro
c- crescimento ( d ) traz dividendos para os sócios e demais investidores.
d- lucro ( c ) fortalecimento e ampliação são metas a serem atingidas
e- entidades ( b ) permanência no mercado atravessando gerações

5 - Conceitue, tecnicamente, o que é empresa?


Respostas possíveis:

1- Empresa é a unidade produtora através da qual são reunidos e combinados os


Organização de Empresas 118 Instituto Universal Brasileiro
fatores de produção, tendo em vista o desenvolvimento de um determinado ramo de
atividade econômica.

2 - Negócio ou organização de negócios por pessoa ou grupo de pessoas associa-


das para exploração de uma atividade comercial, industrial ou de prestação de serviços.

6 - Complete as lacunas:

a - Considera-se EMPRESÁRIO quem exerce profissionalmente atividade econômica


organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços.
b - Há consenso de que existem três atividades empresariais clássicas: COMÉRCIO,
INDÚSTRIA e SERVIÇOS .

7- Vários eventos ou interferências podem atrapalhar os objetivos das empresas.


Mencione, pelo menos, dois problemas.

R: Competição mais acirrada, necessidade de inovação imediata, busca de tecno-


logia, mudança no quadro de sócios etc.

8 - Preencha as lacunas:

Para atingir objetivos empresariais, o monitoramento constante do que acontece


dentro da empresa (MICROAMBIENTE) e também fora da empresa (MACROAMBIENTE) é
fundamental.

9 - Explique o que é Pessoa Jurídica.

R: Pessoa Jurídica é a entidade abstrata com existência e responsabilidade jurídicas


como, por exemplo, uma associação, empresa, companhia, legalmente autorizadas.

10 - Conceitue Contrato Social.

R: Documento que estabelece, juridicamente, responsabilidades e direitos entre


duas ou mais pessoas que se unem para constituição de um empreendimento.

11 - Preencha as lacunas identificando a dinâmica da abertura e fechamento de


organizações:

"Todos os dias, novas empresas são INAUGURADAS, outras tantas são FECHADAS,
FUNDIDAS, e INCORPORADAS justificando a dinâmica das atividades corporativas do mundo
moderno.

12 - Quais são as possibilidades de classificação de empresas apresentadas em


nossos estudos?

R: Atividade econômica, tributação e propriedade.

Organização de Empresas 119 Instituto Universal Brasileiro


13 - Quanto à atividade econômica, quais os setores em que se enquadram as empresas?

R: Primário, secundário e terciário.

14 - Que tipo de atividade desenvolve uma empresa do setor primário?

R: Atividades ligadas à natureza: extração, cultivo ou criação.

AULA 2

1 - Conceitue Administração.

Respostas possíveis:

1 - Administrar é dirigir uma organização utilizando técnicas de gestão para que


alcance seus objetivos de forma eficiente, eficaz e com responsabilidade social e ambiental.
2 - Administração é a atividade humana que direciona recursos de um empre-
endimento, coordenando-os, decidindo, avaliando e controlando para que se obtenha
seus objetivos propostos.

2 - Complete as lacunas:

O gerenciamento de negócios acontece em ambientes em que as pessoas assumem


RESPONSABILIDADES e também se enquadram em situações de AUTORIDADE, ou seja,
são submetidos, ou exercem poder.

3 - Ao analisarmos habilidades das pessoas nas tarefas do dia-a-dia, podemos separá-las


em quais categorias?

R: Técnica, Humana e Conceitual.

4 - Dentre os vários fatores apresentados, que justificam a administração de negócios,


mencione, ao menos, duas motivações.

Possibilidades de resposta são:

Multiplicar patrimônio.
Reduzir e eliminar despesas desnecessárias.
O capital da empresa deve ser reavido pelos sócios.
Investir no crescimento interno.
Necessidade de criar e controlar orçamentos.
Monitorar produtos ou serviços.
Flexibilidade nos episódios em que o planejamento não foi eficiente e comandar a
agilidade na superação dos problemas.
Aproveitar oportunidades inesperadas.

Organização de Empresas 120 Instituto Universal Brasileiro


5 - Assinale a alternativa que apresenta fatores determinantes do êxito da gestão admi-
nistrativa:

( ) a- visão, insistência a qualquer preço, incentivo, recursos e plano de ação


( ) b- revisão, competência, motivação, recursos e plano de ação
( x ) c- visão, competência, incentivo, recursos e plano de ação
( ) d- visão, competência, incentivo, discursos e plano de ação

6 - Preencha as lacunas:

Taylor, o "Pai da Administração Científica", focava sempre a EFICIÊNCIA e


EFICÁCIA operacional na gestão de negócios industriais.

7 - Taylor também acentuou os conflitos com os sindicatos pela ocorrência de demissões


e insatisfações gerados pelo novo cenário de relações entre empresa e empregados.

( x ) certo ( ) errado

8 - De acordo com nossos estudos, o que Taylor quis dizer com "princípios científicos
em substituição ao empirismo"?

Respostas possíveis:

1 - Prática administrativa científica, baseada em princípios e não no processo de


tentativa sob risco.
2 - Todas as tarefas precisam de um estudo preliminar para que seja determinada
uma metodologia própria visando sempre ao seu máximo desenvolvimento.

9 - Taylor menciona que devem existir regras básicas para a divisão de tarefas em dife-
rentes etapas das diversas atividades. Ele refere-se a:

( ) a - divisão de equipes do mesmo setor


( x ) b - divisão do trabalho
( ) c- treinamento puro
( ) d - coordenação

10 - Na divisão de autoridade e responsabilidade, como ficam as tarefas?

R: As tarefas de planejamento e direção devem ser separadas daquelas referentes


à execução do trabalho.

11 - Fayol se destacou por enfatizar:

( ) a - análise apenas de tempos e métodos


( ) b - análise de salários e produção apenas
( ) c - estudo dos índices de produtividade
(x ) d - teoria global da ação administrativa, estrutura e funcionamento dos setores.
Organização de Empresas 121 Instituto Universal Brasileiro
12 - Quais são as funções básicas da gestão de negócios, segundo Fayol?

R: Técnica, comercial, financeira, contábil, segurança e administrativa.

13 - "A subordinação do interesse individual ao coletivo". Este é um dos quatorze


princípios de Fayol. Explique-o.

R: Relevância dos interesses gerais da organização aos interesses individuais.

14 - Complete a frase:

Fayol divulgou a lógica de que o Administrador trabalha com PLANEJAMENTO,


ORGANIZAÇÃO, CONTROLES, COORDENAÇÃO e COMANDO.

15 - Explique a afirmação de Fayol: "A capacidade técnica domina a base da escala


hierárquica enquanto a capacidade administrativa domina o topo e, à medida que alguém se
eleva na escala hierárquica, a importância relativa da capacidade administrativa aumenta
enquanto a da capacidade técnica diminui":

Respostas possíveis:

Destaca a relação da capacidade técnica com a capacidade administrativa das


pessoas, ou seja, quanto mais o colaborador sobe na hierarquia, menos trabalho opera-
cional desenvolverá e mais trabalhos intelectuais serão de sua responsabilidade.
Dependendo do nível de poder, as habilidades técnicas passam a ser cada vez mais
administrativas.

AULA 3

1 - Dentre as várias atividades gerenciais, mencione uma das estudadas:

Respostas possíveis:

1 - Tomar decisões e resolver problemas


2 - Processar informações
3 - Representar a empresa
4 - Administrar pessoas
5 - Cuidar da própria carreira

2 - Conceitue Departamentalização.

R: Operação de dividir a organização por departamentos e setores de acordo com


a divisão do trabalho e direção num mesmo nível de autoridade.

Organização de Empresas 122 Instituto Universal Brasileiro


3 - Para que serve um Organograma?

R: Para representar graficamente os níveis hierárquicos e departamentais de


um empreendimento.

4 - No que se refere às funções organizacionais, produção, vendas e finanças seriam:

a - ( ) funções de apoio
b - ( x ) funções essenciais
c - ( ) funções de sustentação
d - ( ) funções secundárias
e - ( ) funções primárias

5 - Associe os tipos de organização à sua definição.

( a ) organização funcional ( b ) administração individual dos produtos

( b ) organização por produto ( d ) unidades divididas para atendimento

( c ) organização por território ou geográfica ( e ) combinam todos os tipos de estrutura

( d ) organização por cliente ( a ) modo mais simples de departamento

( e ) estruturas compostas ( c ) caracterizada por áreas geográficas

6 - Assinale com V (Verdadeiro) ou F (Falso):

( V ) Funções organizacionais são conjuntos de tarefas interdependentes, todas


contribuindo para a realização da missão, propósito ou tarefa total de uma organização.

( F ) Na organização funcional, a autoridade é mais ampla no sentido vertical.

( F ) Uma linha de produção diversificada, ou ainda, uma prestadora de serviços dife-


renciados nunca precisa administrar individualmente cada um de seus produtos ou serviços.

( V ) A Organização por Cliente é apropriada para atendimento de clientes diferenciados,


os quais possuem necessidades distintas, ou ainda, no atendimento de clientes iguais, mas
com necessidades diferenciadas.

Organização de Empresas 123 Instituto Universal Brasileiro


AULA 4
1 - Quais são as principais funções básicas do processo administrativo?

R: Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar.

2 - De conformidade com nossos estudos, defina planejamento.

Respostas possíveis:

1 - Definir objetivos ou resultados a serem alcançados.


2 - Definir meios para possibilitar a realização de resultados.
3 - Interferir na realidade para passar de uma situação conhecida à outra situação
desejada dentro de um intervalo definido de tempo.
4 - Tomar, no presente, decisões que afetem o futuro para reduzir sua incerteza.

3 - Complete:

O planejamento constitui a PRIMEIRA etapa do processo administrativo. É a


função da administração que determina, ANTECIPADAMENTE, quais os objetivos
almejados.

4 - Assinale a alternativa que apresenta os fundamentos do Processo de Planejamento:

( ) a - fator punitivo, compromisso e flexibilidade.


( ) b - fator restritivo, compromisso e inflexibilidade.
( x ) c - fator restritivo, compromisso e flexibilidade.
( ) d - fator reativo, compromisso e flexibilidade.

5 - Quais são os níveis clássicos de Planejamento?

R: Estratégico, Tático / Funcional e Operacional.

6 - A declaração de missão de uma empresa fornece a anunciação das metas gerais para
temas principais da sua estratégia, assim como representa a declaração mais ampla dela. A
afirmação está:
( x ) certa ( ) errada

7 - O que é Estratégia?

R: Seleção dos meios, de qualquer natureza, empregados para realizar objetivos. O


conceito de estratégia está associado, principalmente, à necessidade de atingir
objetivos em situações complexas geralmente quando existem ameaças da concorrên-
cia ou de outro fator incontrolável externo à empresa.

Organização de Empresas 124 Instituto Universal Brasileiro


ORGANIZAÇÃO DE EMPRESAS
Resposta

Complete o organograma, para a figura Metalúrgica K, que possui um Presidente,


3 Diretores, e os seguintes gerentes:

1 - Produção
2 - Manutenção
3 - Compras e Administração de Materiais
4 - Vendas
5 - Promoções e Pesquisas
6 - Assistência Técnica
7 - Contabilidade
8 - Financeiro
9 - Pessoal

PRESIDENTE

DIRETOR DIRETOR DIRETOR


INDUSTRIAL MARKETING FINANÇAS

GERENTE GERENTE
GERENTE GERENTE
GERENTE GERENTE COMPRAS E VENDAS E GERENTE GERENTE
PROMOÇAO FINANCEIRO
PRODUÇÃO MANUTENÇÃO ADM. ASSISTÊNCIA CONTÁBIL PESSOAL
E PESQUISA E ANÁLISE
MATERIAIS TÉCNICA

OBS: Compras e Administração Materiais podem eventualmente ficar a cargo da


Diretoria de Finanças.
Organização de Empresas 125 Instituto Universal Brasileiro
Bibliografia

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www.jucesp.sp.gov.br
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www.netlegis.com.br

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