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Análise e Gestão
Integrada de Riscos
Programa de Capacitação para Líderes de Projeto de Capital
Líderes Funcionais
Valer - educação Vale
Análise e Gestão
Integrada de Riscos
CONTEUDISTAs:
Conceitos Básicos 5
1. Conceitos Básicos 6
1.1. Conceito de Riscos 6
1.2. Conceito de AGIR 8
1.3. Plano de Gestão de Riscos 10
1.4. Análise Crítica de Riscos 11
1.5. Papéis e Responsabilidades 13
Resultados 49
3. Resultados 50
Valer - educação Vale
Introdução
G
erir riscos significa identificar a probabilidade de ocorrência de um determinado evento e,
caso esse venha a ocorrer, o seu impacto no projeto.
Partindo desse pressuposto, a gestão de riscos permite uma análise metódica de riscos que possam
acontecer, possibilitando que decisões sejam tomadas sem prejudicar o andamento e a conclusão do
projeto. Além disso, é um processo eficaz em investimentos de capital para reduzir falhas de projeto,
evitar fatalidades e retrabalho.
A gestão de riscos é uma atividade constante e deve estar alinhada com a estratégia da organização.
A metodologia que a Vale utiliza é a Análise e Gestão Integrada de Riscos – AGIR. O objetivo desta
apostila é explicar como ocorre a aplicação dessa metodologia na Vale, além de mostrar os resultados
possíveis de serem alcançados.
| Líderes Funcionais |
|4|
1
Conceitos Básicos
Valer - educação Vale
1. Conceitos Básicos
1.1. Conceito de Riscos
Pode-se conceituar risco como uma medida indicativa de incertezas sobre o que foi definido para o
projeto, como prazo e orçamento.
A identificação de riscos em um projeto não deve ser vista como um indicativo de que algo ruim vá
acontecer, pois riscos podem possibilitar variações otimistas sobre as estimativas do projeto. Já os
riscos pessimistas podem ser transformados em algo gerenciável (alguma ação pode ser tomada para
mudar sua forma e seu efeito) por meio de uma metodologia de gestão de riscos.
Origem de riscos
>> G
rau de singularidade – envolve tecnologia, processo, fornecedor, projetista. Por exemplo: a
tecnologia citada no projeto é diferente da tecnologia que o mercado disponibiliza.
>> Rigor das metas – prazo, CapEx, OpEx, segurança, qualidade, produtividade, requisitos
| Líderes Funcionais |
>> G
rau de definição – objetivos, conceito, escopo, arranjos, quantitativos, especificações base
e métodos de estimativa, planejamento da execução, funções e responsabilidades. Quanto
mais definido o projeto estiver, menor será o risco.
>> Riscos externos – riscos que envolvem, por exemplo, fatores políticos, fatores ambientais,
ONG e fatores socioeconomicos.
Tipos de riscos
São uma oportunidade quando a equipe do projeto identifica que o risco em questão terá um efeito
positivo e, por isso, ele passa a fazer parte da estratégia do projeto. Nesse caso, o líder de projeto
assume o risco em troca do resultado. Portanto, são essenciais a identificação e a análise dos riscos,
pois podem se transformar em boas oportunidades para o projeto.
Por outro lado, os riscos são uma ameaça quando têm um efeito negativo sobre o projeto. Eles podem
ser um desvio (acarretam aumento do custo e do prazo ou redução do retorno financeiro) ou uma
possível falha fatal (a ocorrência dela resultará no término prematuro do projeto).
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i Importante
Resumindo
+ Saiba mais
Para facilitar a identificação e a rastreabilidade dos riscos nas etapas de análise de riscos, criou-se uma
codificação de riscos. O código é composto por quatro campos, conforme estrutura abaixo:
| Conceitos Básicos |
MAM -> Meio Ambiente
001
COM -> Comunidades
1 -> FEL 01 002
A -> Ameaça
2 -> FEL 02 RCH -> Recursos Humanos 003
O -> Oportunidade
3 -> FEL 03 FUN -> Gestão Fundiária
F -> Falha Fatal
4 -> Construção SEG -> Segurança
PLN -> Planejamento
SUP -> Suprimentos
ANE -> Análise Econômica
EDI -> Eng. de Edificações Exemplo:
MIN -> Eng. de Mina
A-1-MAM-001
USI -> Eng. de Usina
POR -> Eng. de Porto
FER -> Eng. de Ferrovia
UTE -> Eng. de Usina
Termoelétrica
DET -> Eng. Detalhada
CTR -> Construção, Planejamento
da Obra e Avanços
Físico e Financeiro
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Valer - educação Vale
A Vale utiliza em seus projetos de engenharia a metodologia AGIR, que está alinhada com as políticas
e instruções do Departamento de Estratégia e Gestão de Risco.
A metodologia AGIR segue os princípios báscos estabelecidos na norma de gestão de riscos ISO 31.000.
| Líderes Funcionais |
Estabelecendo o contexto
Avaliação de Riscos
Comunicação e Consultas Monitoramento e Revisão
Identificação de Riscos
(metodologia e riscos)
i
(principais stakeholders)
Importante Análise de Riscos
Avaliação de Riscos
Tratamento de Riscos
Resumindo
Macroprocesso proposto pela norma ISO 31.000.
+ Saiba mais
O termo “integrada” da AGIR significa que a análise dos riscos é feita de forma
multidisciplinar, pois envolve: engenharia, meio ambiente, saúde e segurança,
planejamento, suprimentos, comunidades, recursos humanos, gestão fundiária,
estratégia e viabilidade econômica.
|8|
A AGIR é aplicada desde a fase de desenvolvimento do projeto, pois assim é possível antecipar erros e
gerenciá-los para auxiliar o sucesso do projeto.
| Conceitos Básicos |
Riscos do Riscos das
Riscos do projeto (inclusive HazOp)
negócio alternativas PR-E-233 e PR-E-235
PR-E-231 PR-E-232
Etapas da AGIR
As análises possuem um período de duração estimado, em dias úteis, conforme a tabela abaixo:
FEL 3 - Fase
FEL 2 FEL 3 HazOp
Atividade FEL 1 02 e
(por trade-off) Fase 01
Construção
Identificação de riscos 1 1 4 (média) 3 a 10 4
Consolidação da identificação 3 2 5 5 5
Estimativa de 3 pontos X X X X 2
Análise quantitativa X X X X 8
Plano de gestão 1 1 5 X 2
Emissão de relatório 3 2 2 10 8 (média)
Verificação da análise 1 1 1 2 1
TOTAL 9 7 17 20 a 27 30
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Valer - educação Vale
O primeiro passo para o tratamento de riscos é a elaboração do plano de gestão de riscos. Ao final de
cada etapa de análise, esse planejamento deverá ser revisado e, se necessário, reelaborado.
i Importante
O plano de gestão de riscos é o produto fundamental da análise de riscos, pois tem como
objetivo principal mitigar os riscos do projeto, possibilitando que as metas estabelecidas
sejam alcançadas, e suas ações devem ser integradas ao cronograma do projeto.
Resumindo
+
O responsável pela elaboração do plano é o líder do projeto, que deverá ter uma visão crítica para
ponderar as ações propostas pelo grupo de trabalho, analisando eficácia e viabilidade de execução.
Esse planoSaiba mais
é elaborado a partir dos riscos priorizados na análise, além de contar possíveis falhas fatais
e pontos de atenção, pois, mesmo não estando diretamente ligados às metas do projeto, podem gerar
i
algum tipoImportante
de impacto. Não se trata apenas de citar os riscos do projeto, é necessário definir as estra-
tégias de resposta, indicando os respectivos responsáveis e prazos para implementação. Essas estraté-
gias devem ser desdobradas em uma ou mais ações para mitigação/eliminação dos riscos.
| Líderes Funcionais |
+ Saiba mais
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1.4. Análise Crítica de Riscos
A Análise Crítica de Riscos – ACR é uma avaliação do conteúdo e da metodologia utilizada nas análises
de riscos, elaborada por analistas independentes, próprios e contratados, para cada projeto nas fases
de desenvolvimento e construção (FEL 2, FEL 3 e Construção). O objetivo desta análise é garantir a
qualidade do estudo conforme os procedimentos, uniformização na aplicação e identificação de me-
lhorias para os processos existentes. O procedimento dessa análise consta no documento PR-E-236.
O DIPC é responsável por realizar essa avaliação da AGIR, que segue o seguinte fluxo:
| Conceitos Básicos |
o projeto e operabilidade
Riscos
Encaminhar a verifica-
ção para o projeto e a
equipe de avaliação FIM
dos gates e subgates
Só é possível realizar a ACR se a equipe do DIPC receber as informações do projeto no prazo adequa-
do e as avaliar previamente. Essas informações são requisitos mínimos encontrados em documentos
gerados na aplicação da AGIR, nas fases de FEL 2, FEL 3 e Construção.
O escopo da ACR verifica metodologia, abordagem dos registros e representatividade dos profissio-
nais que realizaram a análise por meio da comprovação de algumas evidências objetivas:
>> se a descrição dos riscos e suas consequências foram registradas de forma clara,
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Valer - educação Vale
Gestão de riscos:
>> se os riscos vinculados a itens de investimento e atividades que apresentam maior impacto
no CapEx e no cronograma, identificados a partir da análise de sensibilidade efetuada, são
tratados no plano de gestão de riscos do projeto;
| Líderes Funcionais |
>> se as ações de resposta aos riscos do plano de gestão encontram-se definidas e registradas
de forma clara;
>> se as datas-limite para conclusão das ações de resposta aos riscos encontram-se definidas;
>> se as ações a serem consideradas para medição de eficácia e eficiência do plano de gestão
de riscos do projeto encontram-se definidas e são adequadas a esse propósito.
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Análise de segurança e operabilidade - HazOp (Hazard and Operability Analysis)
>> se os responsáveis pela execução e pelo controle das ações propostas encontram-se
identificados e as datas-limite para conclusão dessas ações encontram-se definidas;
Em relação às funções:
Líder de projeto
É o responsável pela gestão dos riscos do projeto. As características esperadas de quem ocupa esse
cargo, principalmente antecipação e visão sistêmica, são fundamentais para a atividade. Espera-se
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também do líder de projeto outras qualificações, como senioridade, grau de comprometimento com
o projeto e poder de decisão. Ele precisa gerir não só a elaboração do plano de gestão de riscos,
como também o monitoramento da sua execução.
Líder funcional
É o responsável por auxiliar o líder do projeto na elaboração de estratégias e ações para gestão dos
riscos, além de responder pela disponibilização de recursos para realizar as análises e cumprir as
ações propostas no plano de gestão de riscos. Tem como principal função reportar ao líder de proje-
to desvios que venham a ocorrer durante o monitoramento de riscos.
Analista de riscos
É o técnico responsável pela condução dos processos de análise de riscos. Esse profissional deve ter
atributos como visão crítica, independência e capacidade de comunicação.
Controlador de riscos
É o responsável pela interação com todas as coordenações do projeto e demais áreas da uni-
dade de negócios e corporativas. A comunicação, o monitoramento e o controle de execução
do plano de gestão de riscos estão sob sua responsabilidade. A função exige atributos, como
capacidade de interlocução e autoridade, para fazer cumprir ações estabelecidas.
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Valer - educação Vale
Executa a análise de riscos e o monitoramento dos planos de gestão dos projetos pelos quais é res-
ponsável. O controlador de riscos da equipe deve arquivar e disponibilizar as evidências das ações do
plano de gestão e permitir livre acesso às informações necessárias nos processos de verificação.
É a gerência responsável pela definição, implantação e melhoria contínua da metodologia AGIR. Presta
assessoria técnica aos projetos em desenvolvimento e construção, qualifica os analistas, controladores
de riscos e prestadores de serviços da área de riscos e verifica todas as análises de riscos e o processo
de monitoramento dos projetos de capital de grande porte.
| Líderes Funcionais |
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| Conceitos Básicos |
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Anotações
2
Gestão de Riscos em
Implantação de Projetos
Valer - educação Vale
N
esta etapa, a principal atividade é o mapeamento de riscos ao negócio do projeto, sendo
a identificação de possíveis falhas fatais o objeto principal da análise. Falha fatal é uma
ameaça que, caso aconteça, ocasionará o término prematuro do projeto. Portanto, o
projeto não deve prosseguir sem que as possíveis falhas fatais sejam eliminadas.
Gate
Planejamento da
análise de riscos
| Líderes Funcionais |
Início de FEL 1
Riscos do Negócio,
ao final de FEL 1,
anterior à
conclusão do
Plano de Negócios
É o momento da realização de uma sessão de identificação riscos, na qual todos os envolvidos deve-
rão identificar os riscos em relação aos seguintes assuntos:
Caso uma falha fatal seja identificada durante a sessão, devem-se elaborar ações para eliminá-la.
Há também um exercício de Análise Econômica de Mercado, cujo objetivo é identificar incertezas re-
lacionadas a variações econômicas relevantes, como, por exemplo, variações de preço da c ommodity,
volume de demanda e oferta, tendências na posição competitiva dos concorrentes (custos operacio-
nais, fusões, aquisições etc.), tendência futura de evolução de custos de um insumo-chave (carvão,
diesel, pet coke) etc.
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Nesse exercício, são definidos os cenários econômicos e de mercado possíveis em um determinado
período ou no ciclo de vida do projeto.
Dentre as premissas do Caso Base, foram identificadas cinco variáveis-chave do projeto, ou seja, aque-
las mais sujeitas a alterações de valor:
>> CapEx
A partir dessas variáveis, tendo como base a identificação de ameaças e oportunidades e seus possí-
veis impactos, definiram-se os seguintes cenários:
Cenário Pessimista
Cenário Otimista
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Valer - educação Vale
Pode-se dizer, de forma resumida, que os seguintes pontos são abordados nessa análise:
Nessas sessões, o líder do projeto é o responsável pela convocação do grupo de trabalho e o analista
de riscos, pela condução da sessão.
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i Importante
A atividade de identificação de riscos é a principal etapa de todo o processo de análise
de riscos, pois gera embasamento para a execução de um trabalho de qualidade. O
sucesso depende da dedicação e do esforço da equipe envolvida, além da alocação
exclusiva.
Resumindo
+
É necessário executar a simulação do modelo VPL para os cenários econômicos definidos no momen-
to de identificação de riscos, tarefa de responsabilidade da área de avaliação econômica. A avaliação
Saiba
desses cenários mais
pode ser representada graficamente:
40.000
VPL @ 12%aa
30.000
20.000
Caso base
10.000
Cenário 3
0
Cenário 2
(10.000)
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Valer - educação Vale
Os resultados são enviados para o analista de risco, que irá inserir os dados no relatório de análise de
riscos do negócio. Esse relatório deverá conter tópicos essenciais, como mostra a figura.
>> possibilidade para a equipe desenvolver, de forma antecipada, planos alternativos; revisão
de premissa e/ou estratégia diante de possíveis falhas fatais;
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2.2. Gestão de Riscos em FEL 2 – Riscos das Alternativas
Esta análise permite identificar os riscos de cada alternativa em estudo pela equipe do projeto, de
modo a garantir a segurança do processo e a sustentabilidade do negócio.
FEL 2
Local 1
Local 2 Gate
Planejamento Local 2
da análise de
riscos Riscos das
Alternativa selecionada
Início de FEL 2 Alternativas
Rota 01
Plano de
Rota 02 Rota 03
gestão de
Rota 03 riscos
Riscos das
Alternativas
Riscos das
Alternativas
Momento de aplicação: após a escolha, é necessário elaborar o plano de gestão dos riscos da alternativa selecionada.
Uma das dificuldades encontradas nesta etapa é a falta de informação técnica para a tomada de
decisão, pois, apesar de haver muita liberdade para decidir as alternativas, a definição conceitual é
insuficiente para suportar a decisão. Por isso, é imprescindível o detalhamento conceitual do processo
para que todas as informações necessárias estejam disponíveis.
Esse detalhamento acontece por meio de uma abordagem para a avaliação da confiabilidade e da se-
gurança do processo, com base nos elementos objetivos disponíveis no escopo do projeto conceitual.
Tal abordagem deve ser capaz de:
>> lidar com várias alternativas técnicas envolvidas nos trade-off conceituais;
>> avaliar o volume de informação disponível na fase conceitual de forma imparcial e sem
perda de qualidade.
Trata-se de uma análise estruturada para agilizar a tomada de decisão, mapear de maneira não ten-
denciosa os pontos fortes e fracos das alternativas, revê-las de forma multidisciplinar e integrada com
a equipe do projeto e introduzir a sustentabilidade de agregação de valor.
Os fatores de riscos críticos inerentes à formação do conceito e à seleção da alternativa são mapeados
por meio dos parâmetros de quatro índices-macros de riscos:
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Valer - educação Vale
Riscos
Locacionais
Índice de
Segurança
Inerente à Riscos na
Química Índice de Execução
Segurança
Índice de
Inerente (ISI)
Segurança
Inerente ao
Processo
Parâmetros de riscos
Proximidade a comunidades
Interferência com grupos sociais específicos
Desenvolvimento socioeconômico
Interferência com patrimônio histórico e cultural
Fatores políticos
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Riscos na execução – fatores relacionados a construção, contratação, estimativa e planejamento:
Quantitativo de montagem
Quantitativo de terraplenagem
Segurança na construção
Estimativa de cappex
Fatores relacionados a estimativa e planejamento
Meta de partida (produção comercial)
Complexidade do cronograma
Índice de segurança inerente à química (Chemical Inherent Safety Index – CISI) – fatores relacionados
a reações químicas e substâncias utilizadas no processo:
Riscos relacionados às reações químicas Maior energia liberada nas reações secundárias
Inflamabilidade
Explosividade
Riscos relacionados às substâncias
Toxicidade
Corrosividade
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Valer - educação Vale
Índice de segurança inerente ao processo (Process Inherent Safety Index – PISI) – fatores relaciona-
dos a volume de materiais, temperatura, pressão, equipamentos, confiabilidade e operabilidada-
de do processo:
Pressão
Equipamentos de processo
Tecnologia
Status da engenharia
+ Saiba mais
O Índice Inerente à Segurança (ISI) foi desenvolvido entre 1996 e 1999 pelo Technical
Research Centre of Finland (VTT) e tem sido aplicado em vários projetos de engenharia
e otimização de plantas de processo. Estudos de 2004 compararam a seleção de rotas
de processo pelos índices Dow Fire & Explosion, Prototype Index of Inherent Safety
(PIIS), i-Safe, ISI e compararam com a avaliação de especialistas. O ISI obteve o melhor
resultado, com diferenças na ordem de 3,5% a 9,9%.
| 26 |
Os índices-macros de riscos são utilizados de acordo com o tipo de projeto.
>> Ferrovia - utiliza os índices locacionais e deve empregar a avaliação do PISI se o projeto
envolve alternativas locacionais para abastecimento ou opções tecnológicas.
O processo de análise de riscos acontece por meio de uma sessão de identificação de riscos.
Essa sessão ocorre sempre que um trade-off relevante é realizado no projeto conceitual, a fim de ava-
liar os riscos envolvidos nas alternativas estudadas.
O responsável pela condução da reunião tem como guia os quatro índices-macros de riscos. O objeti-
vo dessa sessão é identificar a alternativa que mais agrega valor com menor nível de riscos.
Nessa etapa, a formação do grupo de trabalho dependerá do escopo a ser analisado. Os participantes
da sessão de identificação de riscos estão listados a seguir.
Equipe de projeto
Especialistas
Contratadas
Participantes da
sessão de riscos Representantes da equipe de construção
Representantes corporativos
Após a coleta dos dados, a sessão presencial será conduzida, com duração média de um dia para
um conjunto de quatro alternativas relativas a um trade off. Os riscos são identificados por meio de
uma planilha estruturada para pontuar o grau de risco conforme métrica preestabelecida. É pela
pontuação que a fraqueza (valor maior) ou a fortaleza (valor menor) do risco será identificada.
O produto da sessão de riscos é a construção da Árvore de Decisão. Nela, irão constar os valores
econômicos e o valor do somatório dos índices de riscos, por alternativa analisada, conforme
exemplo abaixo:
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Valer - educação Vale
LCC 45,7 R$ k
Refrigeração natural CAPEX 4,0 R$ k
OPEX 7,5 R$ k / ano
502 PISI 11
Decisão
Central - Tecnologia 2
tradicional
134 Tecnologia tradicional LCC 44,8 R$ k
CAPEX 19,2 R$ k
Central - Tecnologia tradicional 134 OPEX 4,6 R$ k / ano
1 PISI 11
134
Cogeração LCC 37,4 R$ k
CAPEX 28,0 R$ k
2.509 OPEX 1,7 R$ k / ano
PISI 67
Exemplo de uma árvore de decisão para tecnologia de processo utilizando o índice PISI
i Importante
Resumindo
Para o relatório de análise de riscos das alternativas, os seguintes tópicos são necessários:
+ Relatório
Saibade Análise e Gestão Integrada de Riscos das Alternativas
mais
1. Sumário executivo
2. Descrição e metas do projeto
3. Escopo da análise de riscos
3.1. Caracterização das alternativas sob análise
3.2. Escopo de engenharia das alternativas sob análise
3.3. CapEx e OpEx das alternativas sob análise
3.4. Limitações e restrições do estudo
4. Metodologia aplicada
5. Plano de trabalho
5.1. Cronograma de atividades
5.2. Grupo de trabalho
6. Resultados da análise de riscos das alternativas
6.1. Árvore de decisão comparativa dos resultados por alternativa
6.2. Potenciais falhas fatais
6.3. Principais ameaças e oportunidades identificadas
7. Conclusões e recomendações do trabalho
8. Alternativa selecionada
9. Anexos
9.1. Registro de riscos
9.2. Plano de gestão de riscos
| 28 |
Resultados esperados da análise de riscos das alternativas:
>> os índices PISI e CISI analisam questões relacionadas a saúde e segurança, antecipando
possíveis problemas;
Nesta etapa ocorre a verificação da forma como os riscos vão afetar as metas propostas do projeto,
se será de forma positiva ou negativa. Utiliza-se uma análise quantitativa, que permite determinar as
variações nas metas resultantes das diversas variações individuais. Assim, probabilidade de sucesso do
>> Etapa 1 – são realizadas sessões de identificação de riscos. É aplicada em torno de 50% do
desenvolvimento de FEL 3. O objetivo da etapa 1 em FEL 3 é antecipar a identificação de
riscos, dando suporte ao detalhamento do planejamento e ao CapEx do projeto. A seguir,
tem-se um exemplo dessa dinâmica.
Premissa 01: o planejamento está definindo um prazo de 180 dias para a análise da docu-
mentação por parte do órgão licenciador.
Risco identificado na etapa 01: o órgão licenciador está altamente demandado, devido ao
volume de pedidos de licenças a partir de projetos da Vale e de outras empresas da região.
>> Etapa 2 – são realizadas as atividades de revisão dos riscos identificados na etapa 1,
complementação da identificação de riscos nas disciplinas de engenharia e planejamento,
realização do HazOp (análise de segurança e operabilidade de instalações industriais) e
realização da análise quantitativa de riscos (vinculação de riscos, estimativa de três pontos e
simulação de Monte Carlo).
Já na etapa de construção, não existe a divisão entre a identificação e a análise de riscos, todas são
realizadas em uma única etapa, de acordo com a seguinte sequência: análise da documentação do
projeto, identificação de riscos nas disciplinas e análise quantitativa de riscos.
| 29 |
Valer - educação Vale
FEL 3 CONSTRUÇÃO
Gate
Planejamento da Antes do pico de
contratações ou
análise de riscos 10 meses após
Início de FEL 3 análise anterior
Antes do pico de
obras civis ou 10
meses após
Etapa 01 análise anterior
50% de FEL 3
Antes do pico de
montagem ou 10
meses após
análise anterior
Etapa 02
90% de FEL 3 Antes do pico do
comissionamento
ou 10 meses após
HazOp análise anterior
A análise de riscos deve ser executada em abordagens sucessivas, em momentos distintos, devido à dinâmica e
à duração do projeto durante a etapa de construção, com o objetivo de verificar alterações da probabilidade de
alcance das metas propostas.
| Líderes Funcionais |
Fase de FEL 3
Planejamento Etapa 01
Apresentação da metodologia Análise da documentação do projeto
Definição do escopo, cronograma e grupo Identificação de riscos nas disciplinas
Definição da documentação
Etapa 02
Análise da documentação do projeto
Revisão dos riscos da etapa 01
Identificação de riscos (eng e plan) HazOp
Análise quantitativa dos riscos
Plano de gestão de riscos
Construção
Planejamento Análise
Apresentação da metodologia Análise da documentação do projeto
Definição do escopo, cronograma e grupo Identificação de riscos nas disciplinas
Definição da documentação Análise quantitativa dos riscos
Plano de gestão de riscos
As sessões de identificação de riscos acontecem com o envolvimento de diversas disciplinas afins, nas
quais devem estar presentes:
| 30 |
Participam da sessão de identificação de riscos:
Coordenador de engenharia
Representantes de orçamentação
Representantes da comunicação
Representantes de suprimentos
O especialista responsável por participar da análise quantitativa de riscos do projeto varia de acordo
com a disciplina, conforme a tabela abaixo:
| 31 |
Valer - educação Vale
Antes da sessão, é necessário fazer um planejamento do trabalho para coletar os dados necessários.
>> Definição do escopo do estudo – o líder do projeto, junto com o analista de risco, deve
definir quais áreas, itens e metas serão objeto de estudo da análise. Itens fora do escopo
deverão ser mencionados no relatório da análise.
| 32 |
Identificação
de riscos
Análise dos
Sessões de t&OHFOIBSJB
i
documentos Entrevistas t4FHVSBOÎB
trabalho
doImportante
projeto t1MBOFKBNFOUP
t4VQSJNFOUPT
t.FJPBNCJFOUF
t$PNVOJEBEFT
t3FDVSTPT)VNBOPT
t(FTUÍP'VOEJÈSJB
Resumindo
Após a coleta dos dados necessários, devem ser organizadas as sessões presenciais para a identificação de riscos
em cada disciplina.
+ Saiba mais
>> Identificação preliminar dos riscos – o analista de riscos pode realizar, antes da sessão
de identificação de riscos, caso necessário, identificações preliminares utilizando técnicas,
como, por exemplo, entrevista com especialistas, estudos comparativos de projetos e
questionários direcionados.
| 33 |
Valer - educação Vale
Direitos de passagem/servidão
Situação legal de solo e subsolo Situação legal das propriedades e dos superficiários
(processos correntes)
| Líderes Funcionais |
Este processo é necessário para a vinculação dos riscos identificados nas sessões com os itens do
CapEx e as atividades do cronograma, que acontecem a partir do entendimento da estruturação do
cronograma e do CapEx.
Riscos Identificados
Vinculação
Atividade de vinculação
A Estimativa de três pontos é a avaliação de três parâmetros: estimativa otimista, estimativa provável
(geralmente o planejado) e estimativa pessimista. O objetivo é descrever as distribuições que serão
aplicadas às durações de atividades e aos valores dos itens do CapEx.
| 34 |
Riscos Identificados
Estimativa de
Vinculação 03 pontos:
Otimista
Provável (planejado)
Pessimista
Essa avaliação acontece por meio de uma reunião presencial, na qual a equipe do projeto avalia os ris-
cos que foram identificados e fazem estimativas para os cenários pessimistas ou otimistas. O raciocínio
do cálculo deve ser indicado para que se tenha o histórico dos valores propostos e seus fundamentos.
Estimativa
Cód. risco Item CapEx
Pessimista Racional Otimista Racional
A simulação de Monte Carlo é uma técnica na qual, utilizando todo o conhecimento disponível sobre
um parâmetro de entrada, é estabelecida uma distribuição de valores em uma faixa em que, no plane-
jamento determinístico, havia apenas a definição de um único valor, os inputs.
Toda essa informação é analisada em milhares de simulações que representam cenários "what-if",
obtendo, então, distribuições para os resultados, que são as variáveis de controle (o preço total de um
pacote, um prazo etc.), os outputs.
O método é aplicado tanto para cronograma quanto para CapEx e VPL, simula os vários cenários pos-
síveis entre as estimativas, sem premissas fechadas quanto às distribuições, e permite identificar quais
atividades e itens de CapEx têm maior impacto sobre as metas propostas no cronograma, no próprio
CapEx e, consequentemente, no VPL.
Após a estimativa de três pontos, o analista de riscos insere as distribuições estatísticas nas linhas de
cronograma e CapEx nas quais foram vinculados os riscos – entradas da simulação (inputs). Em se-
guida, são selecionadas as linhas de totalização do CapEx e atividades do cronograma que terão seus
resultados coletados durante as rodadas de simulação – saídas da simulação (outputs). Na análise do VPL,
informam-se como entradas distribuições de CapEx e prazo, resultantes (saídas) das análises anteriores.
Os valores mensurados são os limites mínimo (otimista) e máximo (pessimista) da faixa e a distribuição
dos valores na mesma - geralmente, uma distribuição Beta-PERT representa bem as saídas obtidas.
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Valer - educação Vale
>> valores das metas para o nível de confiança estatística estabelecido pelos tomadores
de decisão da unidade de negócios. É importante destacar que a confiança estatística
recomendada nos projetos da Vale é de 80% (P80). Isso significa que o tomador de decisão
pode considerar que os valores apresentados como resultado da simulação tem até 80% de
chance de ocorrer;
100% 30 Sep/08
95% 06 Jul/08
260 90% 14 Jun/08
85% 25 May/08
80% 11 May/08
75% 29 Abr/08
Cumulative Frequency
208
70% 19 Abr/08
65% 13 Abr/08
60% 07 Abr/08
50% 27 Mar/08
45% 21 Mar/08
40% 14 Mar/08
104 35% 06 Mar/08
30% 29 Feb/08
35% 22 Feb/08
30% 13 Feb/08
52
15% 03 Feb/08
10% 23 Jan/08
5% 08 Jan/08
0
11/Nov/07 14/Jan/08 18/Mar/08 21/May/08 24/Jul/08 26/Sep/08
Distribution (start of interval)
>> priorização matemática dos riscos ao CapEx e ao cronograma, por meio da análise de
sensibilidade;
Com a análise de sensibilidade é possível identificar quais são as atividades do cronograma e os itens
do CapEx em que a variação é determinante na variação das metas. Os riscos vinculados a essas ativi-
dades e aos componentes de custos serão priorizados na elaboração do plano de gestão de riscos.
| 36 |
Correlations for Tendência US$ (Sem Contigência)
Destinação da madeira
Meio ambiente
Terraplenagem e desmatamento
Condicionantes ambientais
Gerenciamento da implantação
Gerenciamento da implantação
Construção da barragem
Correlation Coefficients
O Hazard and Operability Analysis – HazOp é uma técnica estruturada de análise qualitativa, criada
para identificar problemas operacionais em plantas de processo, que, apesar de não significarem
riscos imediatos, podem comprometer a capacidade, a produtividade e/ou a segurança da planta. Essa
análise consiste em uma revisão sistemática dos documentos junto às equipes de projeto e de ope-
ração por meio de sessões nas quais os grupos de trabalhos especializados analisam hipóteses sobre
o projeto da instalação em busca de riscos, por meio de uma estrutura preestabelecida. O método é
indicado em projetos de novas instalações industriais e ampliações de instalações já existentes.
| 37 |
i Importante
+ Saiba mais
A técnica HazOp foi desenvolvida na década de 60 pela indústria
química ICI (Imperial Chemical Industries) após alguns acidentes. Só assim ocorreu uma
mudança na forma de trabalhar das indústrias. O primeiro procedimento normalizado
pela AIChE (American Institute for Chemical Engineers) surgiu em 1985, por meio do
modelo “Guidelines for hazard evaluation” para a aplicação do HazOp.
A técnica de HazOp na Vale foi desenvolvida a partir de uma combinação das fortalezas das técnicas
HazOp e FMEA (Failure Mode and Effect Analysis – Análise de Modo e Efeito da Falha), focando nas se-
guintes técnicas: análise sistemática nó a nó do projeto; análise vertical do local, vizinhança e sistema;
desvios considerados problemas de operabilidade e riscos à segurança; análise avaliando eficácia de
detecção e controle do processo, considerando-se automação, instrumentação e procedimentos do
projeto; classificação do risco de cada par “causa e efeito” em cada desvio identificado e classificação
dos riscos após implementação das modificações.
HazOp FMEA
Análise sistemática dos Análise sistemática dos
desvios possíveis do projeto modos de falha
| Líderes Funcionais |
Aplicado a equipamentos e
Aplicada em processos contínuos sistemas
Operações de Lavra,
Arranjos mecânicos e/ou movimentações em pátios ou
HazOp - Extensão para processos
projeto geométrico, piers, terminais de carga /
em lotes (batch) com operações
fluxogramas e procedimentos descarga, abastecimentos,
manuais
operacionais oficinas, ferrovias e estradas.
Todos anteriores, sub-
HazOp - Extensão para
Diagramas elétricos unifilares estações e linhas de
instalações elétricas
distribuição.
| 38 |
O produto final do HazOp é a identificação de riscos relacionados a operabilidade, segurança e propo-
sição de ações para mitigar/eliminar esses riscos como mudanças nos projetos de engenharia, revisão
de especificações, treinamentos presenciais, revisão de procedimentos operacionais, entre outras
iniciativas.
O HazOp ocorre da seguinte forma: a partir do nó de estudo (parte do projeto que está sendo analisa-
da), é analisado o que se espera daquele processo e que possíveis desvios podem ocorrer. Para cada
desvio, devem-se analisar suas causas, consequências e formas de controle.
/ØEFFTUVEP *OUFOÎÍPEF
PQFSBÎÍP
$BVTBT
%FTWJPT
t4FN'MVYP $POTFRVÐODJBT
t.BJT6NJEBEF JNQBDUPT
t.BJT$BSHB
$POUSPMFT
EFUFDÎÍP
Nó de estudo
A recomendação é que o HazOp seja aplicado próximo à conclusão do projeto básico com P&ID’s,
PFD’s, diagramas elétricos unifilares, arranjos e especificações técnicas dos principais equipamentos
em estágio avançado de definição, ainda na fase de FEL 3, anteriormente à conclusão do planejamen-
to para construção e definição da estimativa de investimento. É mais eficaz nesse momento do proje-
to, porque o sistema está suficientemente definido para permitir respostas significativas às questões
emergentes da aplicação dessa metodologia, porém ainda permitindo, de uma maneira fácil e com
baixo custo, a realização de alterações. Sua aplicação, anterior à definição das metas do projeto, permite
que as ações indicadas sejam consideradas na elaboração do cronograma e do CapEx do projeto.
Já no projeto detalhado, a aplicação do HazOp ocorre a partir da conclusão dos documentos detalha-
dos de projeto de cada sistema ou parte do processo, anterior à sua implantação. O foco dessa análise
é identificar alguns desvios que não foram identificados no HazOp do projeto básico ou no qual o
desenvolvimento do mesmo não permitia essa análise.
| 39 |
Valer - educação Vale
FEL 3 CONSTRUÇÃO
Ao final de todos os processos, é necessário elaborar o relatório de análise de riscos, no qual os seguin-
tes tópicos são necessários:
| 40 |
Relatório de Análise e Gestão Integrada de Riscos do Projeto
1. Sumário executivo
2. Descrição e metas do projeto
3. Escopo da análise de riscos
3.1. Limitações e restrições do estudo
4. Metodologia aplicada
5. Plano de trabalho
5.1. Cronograma de atividades
5.2. Grupo de trabalho
6. Resultados da análise de riscos do projeto
6.1. Potenciais falhas fatais
6.2. Análise de Segurança e Operabilidade de Instalações Industriais (quando executada em
conjunto com a análise de riscos do projeto
6.3. Resultados da análise quantitativa – CapEx
6.4. Resultados da análise quantitativa – Cronograma
6.5. Principais ameaças e oportunidades identificadas
7. Conclusões e recomendações do trabalho
8. Anexos
t4PMJDJUBSFWJTÜFTOPT
QMBOPTEFHFTUÍP t1MBOFKBBTBOÈMJTFTFPNPOJUPSBNFOUP
t*EFOUJöDBPTSJTDPT
QSPDFTTPTNBJTSFDPSSFOUFT t%FöOFQSPDFEJNFOUPTFQBESÜFT
FDSÓUJDPT
A P
t.POJUPSBNFOUPEBFöDJÐODJBF
FöDÈDJBEPTQMBOPTEFHFTUÍP
EFSJTDPT
C D
t7FSJöDBÎÍPEPQSPDFTTPEF
NPOJUPSBNFOUPEPQMBOPEF
HFTUÍPEFSJTDPT t&YFDVÎÍPEBTBOÈMJTFTEFSJTDPT
t7FSJöDBÎÍPEBRVBMJEBEFFEB
BEFSÐODJBBPTQSPDFEJNFOUPT t&YFDVÎÍPEPTQMBOPTEF
FNEFTFOWPMWJNFOUPFDPOTUSVÎÍP HFTUÍPEFSJTDPTQFMPQSPKFUP
| 41 |
Valer - educação Vale
Monitoramento
Momentos do monitoramento
É elaborado um plano de gestão de riscos ao final de cada análise qualitativa ou quantitativa. Defi-
nem-se quais ações serão computadas para medir o indicador de eficiência e quais serão computadas
para medir o indicador de eficácia.
As ações devem ser definidas para a medição da eficiência, a fim de permitir que novas ações sejam
inseridas no plano de gestão de riscos e/ou distinguir as ações que são de controle das ações que são
apenas de desdobramentos de uma ação complexa. Já a medição da eficácia permite o monitoramen-
to de quais ações têm como resultado o fechamento de uma estratégia e/ou de um grupo de ações
que determina a eliminação ou a migração de um risco.
PROGRAMA
ANÁLISE E GESTÃO INTEGRADA DE RISCOS PROJETO
Nr. DO PROJETO
N° VALE PÁGINA
TÍTULO 1
ÁREA GERAL Nº (SIGLA DA CONTRATADA) REV.
PLANO DE GESTÃO DE RISCOS
0
Analista de riscos:
Controlador de riscos:
Data da identificação de riscos:
Data da última revisão:
1.
Uma1. sequência de atividades que Indicador Tipo de evidência
Nome do precisam ser realizadas para utilizada para
Descreva em linhas gerais qual é a 2. considerado para a
responsável pela implementar
1. a estratégia. Ex: Rever cumprimento das
estratégia para gerenciamento do ação correspondente
estratégia 2.
o arranjo da área X, Elaborar a RT, ações
risco 1.
Emitir2. a RFQ para coleta de preços,
1.
aprovar a verba, cadastrar no Nome do executor de
2.
cada uma das ações na
PLANO DE ACOMPANHAMENTO E CONTROLE DA EXECUÇÃO DA GESTÃO DE RISCOS coluna anterior
Empresa / Ação de Forma de Destinatário
Responsável Periodicidade Ações previstas para controle
Gerência monitoramento comunicação da comunicação
1.
2.
3.
Data final para
4.
conclusão da ação
5.
(uma data para
cada ação)
PLANO DE REAVALIAÇÃO DE RISCOS
Período previsto para
Número do Responsável pela coordenação e
Período previsto para reavaliação específica do risco reavaliação geral dos
risco convocação das reavaliações
riscos do projeto
| 42 |
2 – Monitoramentos de riscos
Para que o indicador de eficácia apresente aderência mais precisa, é necessário o levantamento da
tendência de prazo e CapEx, identificando as atividades em que os prazos previstos divergem do que
consta no cronograma e os itens de CapEx nos quais os valores são diferentes dos realizados.
Quando uma ameaça for eliminada ou mitigada e/ou uma oportunidade for capturada, o plano deve
ser atualizado com essa informação, inserindo-se na folha de rosto o código do risco e o seu status.
REVISÕES
>> Eficiência – mede o cumprimento das ações planejadas dentro dos prazos estabelecidos
no plano de gestão de riscos. É um indicador utilizado para monitorar planos de gestão
oriundos de análise qualitativa e/ou quantitativa e pode ser aplicado a partir de FEL 2.
A eficiência mensal mede o número de ações concluídas no mês em relação ao número de ações pla-
nejadas para o mesmo período. Calcula-se da seguinte forma:
i Importante
Ações antecipadas dos meses posteriores não são consideradas no cálculo do mês corrente.
Resumindo
+ Saiba mais
| 43 |
Valer - educação Vale
A eficiência acumulada mede o número de ações concluídas até o mês corrente em relação às ações
planejadas acumuladas até o mês da medição. Calcula-se da seguinte forma:
EFICIÊNCIA
Melhor
100 100
100
90 80 80
80
70
60 50
50
%
40
30
20
10
0
do
a
ul
m
cu
A
Gráfico de Eficiência
| Líderes Funcionais |
EFICÁCIA
1.50
1.40
1.30
1.20
1.10 Melhor
Eficácia
1.00
0.90 0.94 0.94 0.94 0.94 0.94 Pior
0.92 0.92
0.80
0.70
0.60
0.50
Gráfico de Eficácia
| 44 |
i Importante
Só é possível calcular este indicador ao final da fase de FEL 3 e ao longo da fase de
construção, pois é necessário uma análise de riscos quantitativa.
Resumindo
Para que o cálculo do indicador tenha uma aderência mais precisa, é necessário simular bimestralmen-
te o CapEx e o prazo. Nos modelos estatísticos das simulações de CapEx e de prazo, respectivamente,
faz-se necessário:
+ Saibaoumais
>> retirar reduzir os impactos das ameaças eliminadas ou mitigadas e incluir as
oportunidades capturadas;
| 45 |
Valer - educação Vale
10o mês de
monitoramento
| Líderes Funcionais |
Meta P80
(Prazo e CapEx)
| 46 |
| Gestão de Riscos em Implantação de Projetos |
| 47 |
Anotações
3
Resultados
Valer - educação Vale
3. Resultados
A
aplicação da metodologia AGIR nos projetos de engenharia da Vale é um conjunto de
processos a serem seguidos, que geram os seguintes resultados como produtos finais:
>> decisões, como definição de CapEx, prazo, alternativas de escopo com o equilíbrio entre
retorno e riscos, passam a ter um suporte objetivo;
>> o plano de gestão de riscos identifica as ameaças e as oportunidades por meio de critério
matemático, não tendo, portanto, um viés subjetivo;
>> o projeto ganha valor com os processos de identificação das oportunidades potenciais e
com a melhoria dos controles existentes;
>> por meio dos workshops multidisciplinares que ocorrem ao longo da aplicação da AGIR,
| Líderes Funcionais |
Por fim, cria-se a oportunidade de contribuir para a construção de um processo integrado de gestão
do conhecimento em projetos de engenharia, no qual o conhecimento é organizado, disseminado e
intensificado em prol do crescimento global da Vale.
| 50 |
Anotações
| Resultados |
| 51 |
Valer - educação Vale