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REPORTAGEM ESPECIAL
27/03/2017 07h04

Envelhecimento: Holanda, o melhor país do mundo


para os idosos - Bloco 4
O Brasil enfrenta desa os com o aumento acelerado da proporção de idosos na população.
O país tem procurado em outros países, como a Holanda, soluções para enfrentar esse
problema. Os holandeses apostaram na prevenção, na abordagem regional e na inovação.

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Envelhecimento: Brasil - um país de idosos? - Bloco 1 Baixar


Envelhecimento: re exos da pobreza, educação e atendimento médico na vida do idoso - Bloco 2 Baixar
Envelhecimento: o papel do idoso ativo na sociedade e no mercado de trabalho - Bloco 3 Baixar
Envelhecimento: perspectivas para os idosos brasileiros - Bloco 5 Baixar

O Brasil vai dobrar a população idosa de 10 para 20% da sua população nos próximos 19 anos. Esse dado deve-se ao aumento da
expectativa de vida e à diminuição do número de nascimentos.

Na prática, isso signi ca que vamos viver, em média, 30 anos a mais que nossos avós. E que também existirão menos jovens na base
da nossa sociedade. E qual o grande problema disso? Especialistas alertam que o Brasil vai envelhecer antes de enriquecer, e isso
aumenta os desa os. O País precisa procurar soluções e algumas podem vir de bem longe.

Por seis anos consecutivos, a Holanda foi apontada por ter o melhor sistema de saúde entre 35 países da Europa. Seus idosos
também vivem melhor do que os de outros países.

Para o diretor Executivo do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação do Consulado Geral do Reino dos Países Baixos em São
Paulo, Nico Schiettekatte, a grande preocupação do seu país é garantir o envelhecimento de forma saudável e ativa.

Ele aponta que a Holanda busca superar as di culdades investindo na prevenção, cuidado aos idosos e inovação. Nico destaca as
principais mudanças no sistema de saúde holandês para acolher os idosos:

Nico Schiettekatte: "Os três pontos chave do sistema são: o paciente no núcleo e não o cuidado ou o tratamento. Isso signi ca o
autogerenciamento e empoderar os idosos para decidir sobre o seu próprio caminho com dignidade. Segundo, uma abordagem
integrada por indivíduo. O idoso tem uma rede familiar em torno dele? É pobre ou é rico? Vive numa cidade pequena? Numa grande
cidade? Assim, você socializa a saúde. E terceiro: uma abordagem regional. Porque, em geral, o governo regional tem como entrar
em contato mais facilmente com o idoso para poder ouvi-lo, e saber o que ele quer e como personalizar a saúde dele."

Segundo Nico Schiettekatte, o idoso tem que estar no centro das decisões. O documento "Dignidade e orgulho, o cuidado carinhoso
para nossos idosos", adotado pelo governo holandês, dá algumas pistas sobre o que é necessário.

Nico Schiettekatte: "Este documento político colocou dois objetivos. Primeiro, estimular o melhoramento da qualidade do
cuidado. E segundo, trocar exemplos e boas práticas. O foco é colocar o idoso no centro, estimular a cooperação entre vários
parceiros e diminuir a carga de trabalho dos cuidadores. Um dos itens importantes é estimular a discussão sobre assuntos éticos,
com respeito à vida digna, conectando com os valores e as ambições do idoso mesmo."

Uma experiência que está dando certo na Holanda e que, segundo o cônsul Nico Schiettekatte, pode mostrar bons resultados no
Brasil é tratar os idosos no seu próprio bairro, atendendo as particularidades de cada um.

Nico Schiettekatte: "Como é que você cuida dos idosos no bairro deles, com tudo o que eles precisam? Tomando em conta o
orçamento que tem. O idoso é rico? O idoso tem menos recursos? O idoso tem certas de ciências ou não, faz exercícios, precisa de
outros tipos de apoio, tem família, tem amigos... En m, são muitas coisas que têm que tomar em conta, no bairro mesmo, e nós
temos a convicção que isso é realmente muito importante no cuidado com os idosos."

A proposta segue na mesma linha da “Cidade Amiga do Idoso”. A experiência foi destacada, durante seminário na Câmara, pelo
médico Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade.

A iniciativa foi criada durante o período em que Kalache dirigiu o Departamento de Envelhecimento e Saúde da Organização Mundial
de Saúde (OMS) e tem como objetivo colocar o idoso como protagonista, ouvindo suas di culdades e reivindicações.

No entanto, Alexandre Kalache alerta os cuidados que devem ser tomados para garantir o sucesso do projeto.

Alexandre Kalache: "E é isso que poderia e deveria ser feito em muito mais cidades, mas que seja bem feito. Que não seja feito na
base de um interesse político imediato, de uma eleição, qualquer que seja ela. E isso é importante dizer, porque eu estou vendo mais
no Brasil do que em qualquer outro país do mundo, que criei esse movimento da cidade do idoso, coisas que não deveriam estar
sendo faladas ou ditas como amigas dos idosos porque não tem esse protagonismo, não se foi ouvir a voz do idoso."

Garantir uma vida digna para os idosos é uma preocupação mundial. O envelhecimento ativo e saudável já é um dos principais
desa os do século 21. E são necessárias medidas práticas e objetivas para garantir a estabilidade de toda a sociedade.

Quais as propostas que já existem para tentar melhorar a qualidade de vida dos idosos? Saiba amanhã.

Reportagem - Mônica Thaty


Edição - Mauro Ceccherini
Trabalhos Técnicos - Milton Santos

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