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AUTOR: Flusser, Vilém
ORGANIZAÇÃO: Novaes, Rodrigo Maltez e Petronio,
Rodrigo
Editora: É Realizações
Gênero: Filosofia
Subgênero: Filosofia
Formato: 14 x 21 cm
Número de Páginas: 144
Acabamento: Brochura
ISBN: 978-85-8033-334-3
Ano: 2018
Pertence à coleção: Biblioteca Vilém Flusser
Tags: filosofia da mídia, filosofia da arte, filosofia da
comunicação e estética
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SINOPSE
Livro mais conhecido de Vilém Flusser no Brasil, Filosofia da Caixa
Preta investiga o significado histórico e cultural de compormos
uma sociedade que crê mais do que tudo nas imagens. Um
conjunto de considerações agudas sobre os atos de fotografar e de
disseminar fotografias.
SAIU NA MÍDIA
Imagens Filosóficas
Revista da Folha de S. Paulo | 21 de
outubro de 2018
DISPONÍVEL EM PDF
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SOBRE O LIVRO
A marca distintiva do pensamento moderno tem sido a procura por uma racionalidade inabalável,
que comporte – para, se possível, superar – a afirmação do ceticismo. Já o traço que distingue a
época contemporânea – quer a consideremos parte da modernidade, quer não – é a ênfase na
comunicação mais do que nas asserções, nas relações mais do que nas individualidades, nos
meios mais do que nos propósitos. Que haja um solo comum, virtual ou efetivo, a essas duas
atitudes é algo muitas vezes intuído, mas dificilmente demonstrável. Surgidos em diferentes
períodos da produção de Vilém Flusser, os livros que estão sendo lançados em simultâneo
permitem ver continuidades e tensões entre o mundo da dúvida e o mundo da tecnologia.
Permitem, antes ainda, perceber a coerência entre os escritos de Flusser sobre temas
epistemológicos e suas reflexões sobre a ontologia sugerida pela era digital. De um lado, Da
Dúvida, livro muito bem recebido pela intelectualidade brasileira quando de sua primeira
publicação; de outro lado, Filosofia da Caixa Preta – Ensaios para uma filosofia da fotografia,
livro adotado em inúmeros cursos de fotografia país afora e possivelmente, até hoje, a obra de
Vilém Flusser mais conhecida no Brasil. Esta reedição inclui ensaios críticos enriquecedores, de
intelectuais como o ex-ministro Celso Lafer, o filósofo Julio Cabrera, a pesquisadora de filosofia
da mídia Soraya Guimarães Hoepfner, a professora da USP Maria Lília Leão, o professor da PUC-
SP Norval Baitello Junior e a professora da UEMG Rachel Costa.
Filosofia da Caixa Preta – um dos primeiros livros de filosofia da fotografia no mundo, que
resume conferências ministradas pelo autor na Alemanha e na França – mostra que também o
fotógrafo, em seu ofício, duvida: sua procura por cenas fotografáveis é hesitante, até que, como
um caçador, ele dispara o flash, apertando um gatilho. Não é casualmente que seu objeto é
chamado cena, e que a adjetivação deste especifica-se como fotografável. O mundo da
fotografia é um mundo de conceitos, razão por que o livro se inicia com um extenso glossário. A
tese de Flusser é que, enquanto a escrita linear surgiu (em cerca de 2000 a.C.) para significar
imagens, que imaginavam o mundo, as imagens técnicas – isto é, produzidas por máquinas –
imaginam textos que sugerem imagens que imaginam o mundo. Dão a ver conceitos, em lugar do
próprio mundo, e eles se tornam nada menos que os meios pelos quais transitamos (eles são
media, quer dizer: mídia). A câmera capta cenas, jamais processos, e impõe a quem a manuseia a
seleção do que é passível de ser fotografado. A foto, disseminada entre as massas, não tem valor
em si mesma, e sim na informação que é transmitida por ela. Nosso contato com o real – e até
mesmo com os textos – é mediado por imagens, que assim o “enfeitiçam”. Ao contrário da
linearidade que permitiu a fundação da história, as imagens agora exigem uma observação
circular, um passar de olhos cíclico, o eterno retorno típico dos mitos. A própria máquina
fotográfica surge como um objeto misterioso, do qual conhecemos os outputs e inputs sem
nunca visualizarmos o que se passa no interior. Como protótipo dos demais aparelhos e
programas, essa caixa pretaé símbolo da sociedade informática, do imperialismo pós-industrial,
da nascente pós-história. A uma filosofia da fotografia caberá o estimulante desafio de adentrá-
la.
CURIOSIDADES
• Filosofia da Caixa Preta permanece sendo utilizado em cursos de fotografia ao redor do país,
consistindo para muitos na porta de entrada no pensamento flusseriano.
• Os autores dos ensaios críticos que acompanham esta reedição são intelectuais destacados,
que aqui reconhecem o valor da obra de Flusser: a professora da USP Maria Lília Leão, o
professor da PUC-SP Norval Baitello Junior e a professora da UEMG Rachel Costa.
• Nossa edição faz jus ao pioneirismo das ideias de Flusser ao apresentá-las com um projeto
gráfico moderno, sofisticado e arejado.
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