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1. Introdução ....................................................................................................... 1
4. Classificação ................................................................................................... 8
7. Conclusão...................................................................................................... 14
8. Bibliografia ................................................................................................... 15
1. Introdução
A palavra ergonomia é cada vez mais conhecida e mais usada, porém, criada na necessidade
de expressar o estudo científico do homem e da sua relação com o seu trabalho.
Historicamente, o termo ergonomia foi utilizado pela primeira vez, em 1857, pelo polaco
Wojcjech Jastrzebowski e quase cem anos mais tarde, a ergonomia desenvolveu-se como
uma área de conhecimento humano, quando, durante a II Guerra Mundial, pela primeira vez,
houve uma conjugação sistemática de esforços entre a tecnologia e as ciências humanas e
biológicas, ou seja, fisiólogos, psicólogos, antropólogos, médicos e engenheiros trabalharam
juntos para resolver os problemas macroergonômicos causados pela operação de
equipamentos militares complexos. No âmbito desse esforço interdisciplinar, os resultados
tiveram repercussões positivas que, posteriormente foram aproveitados pela indústria, no
período pós-guerra e foram aperfeiçoados ao longo dos anos (TAVARES, 2012).
Portanto, é desta que o presente trabalho procura abordar o conceito de ergonomia, dentro de
uma estrutura sequencialmente ordenada, na qual trazemos um conjunto de diversas
definições a respeito do termo; a evolução histórica do conceito; classificação do conceito; as
áreas de actuação do conceito; aspectos e factores ergonômicos físico-ambientais e humanos;
e por último, apresentar-se-á a conclusão e a bibliografia consultada que possibilitaram a
consecução dos desígnios arrolados no trabalho.
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2. Evolução histórica
No período clássico, pode-se citar os estudos que foram desenvolvidos no séc. XVI e XVII,
por pesquisadores, físicos e fisiologistas que interessaram-se pelo homem em actividade para
compreender seu desempenho, como o caso dos registros de estudo de Leonardo da Vinci que
estuda as dimensões e os movimentos dos segmentos corporais, tido como o começo da
antropometria e da biomecânica. Mais tarde, Lavoisier descobre os primeiros elementos da
fisiologia respiratória e da calorimetria. Faz ainda as primeiras tentativas de avaliação do
custo do trabalho muscular. Coulomb introduz a noção de duração do esforço, criticando as
experiências e observações que não duram mais que alguns minutos. Estuda os ritmos de
trabalho em inúmeras tarefas e procura determinar uma carga óptima que considere as
diferentes condições de execução do trabalho.
Estes estudos tiveram continuidade no séc. XVII e XVIII, com os engenheiros, médicos,
psicólogos e organizadores de trabalho que o fizeram numa perspectiva do aperfeiçoamento
do rendimento do homem no trabalho. Aqui pode-se citar os trabalhos sobre ergonomia
desenvolvidos por Vauban e Bélidor, que tentam medir a carga do trabalho físico diário nos
próprios locais de trabalho. Sugerem que uma carga demasiado elevada acarreta esgotamento
e doenças, preconizando uma melhor organização das tarefas para elevar o rendimento. Um
pouco mais tarde, engenheiros como Vaucanson e Jacquard montariam os primeiros
dispositivos automáticos para suprimir alguns postos particularmente penosos: os tecelões nas
tecelagens, por exemplo. Depois, viriam os organizadores do trabalho, como Taylor e seus
precursores, que analisariam o trabalho, tendo em vista definir as melhores condições de
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rendimento. O modelo de desempenho do homem sobre o qual eles se baseariam é análogo ao
do funcionamento de uma máquina (DE CASTRO, 2007).
Neste contexto, finais do séc. XVII e princípios do séc. XVIII, Ramazzini interessa-se pelas
consequências do trabalho, descrevendo as primeiras doenças profissionais em uma série de
monografias relacionadas ao trabalho com a finalidade de identificar as causas de seus
problemas nas diversas actividades sectoriais. De seguida Tissot, interessa-se pelos
problemas de climatização dos locais e também pela organização da medicina, propondo a
criação de serviços particulares nos hospitais para curar as moléstias dos artesãos. Mais tarde
Patissier, no início do século XVIII, desenvolve os temas de Ramazzini e Tissot, já então
preconizando a reunião de dados estatísticos sobre a mortalidade e a morbidade por moléstias
e acidentes na população operária. Villermé, à mesma época, realiza estudos estatísticos,
efetuando uma importante pesquisa sobre as condições de trabalho em inúmeras fábricas de
todas as regiões da França, os quais culminam num relatório publicado em 1840 sobre o
estado físico e moral dos operários. Tal relatório é considerado o ponto de partida para as
primeiras medidas legais de limitação da duração do trabalho e da idade, de engajamento para
as crianças (DE CASTRO, 2007).
Nos princípios e finais do séc. XIX, os fisiologistas já haviam desenvolvido uma série de
métodos, técnicas e equipamentos que permitiam, finalmente, mensurar efectivamente o
desempenho físico do ser humano: o esfigmógrafo, o cardiógrafo, o pneumógrafo. Neste
século, Chauveau define as primeiras leis do dispêndio energético no trabalho muscular.
Marey desenvolve técnicas de medida (cápsulas manométricas que constituem os primeiros
cardiógrafos e pneumógrafos) e as técnicas de registro (fusil fotográfico). Estuda os
movimentos, bem como o andar. Finalmente, no início deste século, Jules Amar fornece as
bases da Ergonomia do trabalho físico, estudando os diferentes tipos de contração muscular
(dinâmica e estática). Interessa-se pelos problemas da fadiga, pelos efeitos do meio ambiente
(temperatura, ruído, claridade). Multiplica os sistemas de registro (lima e plaina
registradoras). Durante a Primeira Guerra Mundial, ocupar-se-á igualmente da reeducação
dos feridos e da concepção de próteses. Seu livro “O motor humano”, publicado em 1914, é a
primeira obra de Ergonomia, pois descreve os métodos de avaliação e as técnicas
experimentais, fornecendo as bases fisiológicas do trabalho muscular e relacionando-as com
as atividades profissionais (DE CASTRO, 2007).
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Durante o período da Primeira Guerra Mundial, ocorrida no período de 1914 a 1918, foi
fundada a Comissão de Saúde dos Trabalhadores na Indústria de Munições, formada
basicamente por fisiologistas e psicólogos. Anos depois, essa comissão foi reformulada e se
transformou no Instituto de Pesquisa sobre Saúde no Trabalho, ampliando assim seu campo
de trabalho e realizando pesquisas mais abrangentes e com mais variáveis sobre posturas no
trabalho, carga manual, seleção, treinamento, preocupações com os aspectos físico-
ambientais: iluminação, ventilação e outras (COUTO Apud BERNARDO et al, 2012).
Contudo, nesta fase inicial da ergonomia, o foco estava em desenvolver projetos e pesquisas
voltados para os aspectos microergonômicos definidos como: Antropometria que é o
processo ou técnica de mensuração do corpo humano ou de suas várias partes; análise e
definição de controle, de painéis, do arranjo de espaço físico e dos ambientes de trabalho;
questões fisiológicas de esforço físico, higiene nos postos de trabalho e interface com a
máquina, equipamentos, ferramentas, mobiliário e instalações. Sempre houve preocupação
com a adaptação do homem ao meio ambiente, quer natural ou construído, abordando os
aspectos físico-ambientais, como ruído, ventilação, iluminação, vibração, aerodispersóides
(poeira), temperatura, mobiliário e as questões posturais (WACHOWICZ, 2013).
Já nos finais do séc. XIX e princípios do séc. XX, com o avanço da II Guerra Mundial (1939-
1945), foram utilizados conhecimentos científicos e tecnológicos macroergonômicos
disponíveis para construir instrumentos bélicos relativamente complexos como submarinos,
tanques, radares e aviões. Estes exigiam habilidade do operador, em condições ambientais
bastante desfavoráveis e tensas, o campo de batalha. Os erros e acidentes eram frequentes e
muitos tinham consequências fatais. Todo este contexto fez com que se redobrassem os
investimentos em pesquisas com o objectivo de adaptar esses instrumentos bélicos às
características e capacidades do operador/militar, melhorando o desempenho e reduzindo a
fadiga e por efeito, os acidentes (WACHOWICZ, 2013).
Desta feita, a ergonomia surge de modo mais sistematizado por volta de 1940, metade do séc.
XX, com vista a suprir às necessidades da segunda guerra mundial, basicamente ligadas à
construção de aviões e armas mais adaptadas às características dos seres humanos e, portanto,
mais facilmente manejáveis por uma quantidade maior de pessoas, que devido a falta de
compatibilidade entre o projeto das máquinas e dispositivos e os aspectos mecânico-
fisiológicos do ser humano havia se agravado com o aperfeiçoamento técnico dos motores
(WACHOWICZ, 2013; VIDAL, 2001).
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Portanto, após a segunda Guerra Mundial, surge na Inglaterra o Ergonomics Research
Society, uma sociedade de pesquisadores preocupados em estudar o ambiente de trabalho,
contribuindo para a difusão da ergonomia em nível mundial, ao colocar em prática todo o
conhecimento adquirido durante as duas guerras para melhorar as condições de vida das
pessoas, principalmente, dos trabalhadores (BERNARDO et al, 2012). Em 1957, surge nos
EUA a Human Factors Society e em 1961 foi criada a Associação Internacional de
Ergonomia (IEA) que, actualmente, representa as associações de ergonomia de 40 diferentes
países, com um total de 19 mil sócios. Em 1970, realizou-se em Estrasbrurgo, Áustria, O
primeiro I Congresso Internacional de Ergonomia. Neste âmbito, a ergonomia na era
contemporânea, esta voltada para a área de softwares, envolvendo-se em pesquisas sobre
questões do conhecimento relacionadas a aspectos específicos da interface com o usuário. A
ergonomia passa a se preocupar com o grau de repetitividade, monotonia, desempenho,
turnos de trabalho, segurança, higiene, layout e biorritmo. Nesse contexto, o caráter
participativo do funcionário/cliente/usuário serve como base para as avaliações ergonômicas.
Com a crescente globalização da economia e dos processos produtivos desencadeou um forte
sentimento de competitividade, o trabalho vem enfrentando situações inusitadas para a
ergonomia: novas exigências de desempenho e produtividade com incisivas concepções e
práticas as questões de saúde de sistemas orgânicos como músculo-esqueletico e
cardiovascular, bem como, do estresse pela redução de cargas físicas de trabalho.
Assim sendo, distingue-se três fases históricas dos estudos e pesquisas relacionados a
ergonomia no trabalho de acordo com Rio et Peres Apud Wachowicz (2013), as seguintes:
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3. Definição do conceito
Assim, descreve o texto pioneiro Karwowsky Apud Vidal (2001): o termo ergonomia é
originário, ou seja, derivado do latim grego ergon (trabalho) e nomos (leis naturais), que
significa estabelecer as leis fundamentais da natureza anímica, a natureza físico-motora, a
natureza estético-sensorial, a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral. Esta
ciência do trabalho, portanto, significava a ciência do esforço, jogo, pensamento e devoção
(VIDAL, 2001). Desse modo, a ergonomia é definida como a ciência da configuração de
trabalho adaptada ao homem.
De acordo com a definição de Dul et Weerdmeester Apud Wichowicz (2013), pode-se dizer
que a ergonomia é uma ciência aplicada ao projecto de máquinas, equipamentos, sistemas e
tarefas, com o objetivo de melhorar a segurança, saúde, conforto e eficiência no trabalho.
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Muitos autores buscaram conceituar a ergonomia como uma ciência associando-a a diversos
enfoques. Alguns conceitos podem ser citados:
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3. Estudar cuidadosamente a configuração dos postos de trabalho, com o intuito de
assegurar ao trabalhador uma postura correta;
4. Adaptar o ambiente físico às necessidades físicas do homem.
Portanto, no âmbito das definições acima apresentadas sobre ergonomia, segundo Mondelo et
al (1999), retêm-se três pontos fundamentais: 1. Que seu principal sujeito é o homem em
interação com o meio tanto natural como artificial; 2. Seu estatuto de ciência normativa; 3.
sua vertente de protecção de saúde (física, psíquica e social) das pessoas no meio ambiente.
4. Classificação
De acordo com Vidal (2001) et De Castro (2007), existem três tipos de classificações de
ergonomia:
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importante na intervenção é chegar à tomada de providências úteis, práticas e
aplicáveis ao caso.
3. Ergonomia quanto à finalidade: esta subdivide-se em quatro vertentes a ergonomia de
enquadramento, ergonomia de correção, ergonomia de remanejamento, ergonomia da
modernização. A primeira visa atendimento a uma normatividade, um padrão a ser
atendido, seja ele estabelecido internamente à empresa, por exemplo, num programa
de qualidade, reestruturação, ou melhoria de processos seja ele deliberado pelo nível
estratégico, imposto por alguma disposição legal ou pressão de algum acordo com os
trabalhadores e ou suas entidades representativas. São demandas muito frequentes.
Algumas vezes e dependendo de como o enquadramento foi projetado e conduzido
em termos de análise, desenvolvimento e implementação, este trabalho abre caminho
para uma demanda de correção. A segunda visa corrigir erros de projecção ou de
decisão de investimento, procura melhorar as condições de trabalho existentes e é
frequentemente parcial (modificação de um dos elementos do posto, claridade,
dimensões) e de eficácia limitada, além de ser onerosa do ponto de vista econômico,
pois o controle de ruído de uma máquina já fabricada, por exemplo, é mais difícil de
fazer, menos eficaz e mais custoso do que quando a máquina ainda se encontra em
fase de projeto. A terceira visa aproveitar do ambiente de mudanças para corrigir
defeitos antigos e possibilitar inovações e criatividades num contexto onde varias
restrições existem e são manifestas. E a quarta modernização visa preconizar uma
concepção do conteúdo do trabalho, de modo a permitir o aumento da capacidade
profissional do trabalhador, com a idade.
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5. Áreas de actuação
Segundo Moraes et Mont’Alvão Apud Wachowicz (2013), trazem de forma muito didática e
abrangente os enfoques de atuação da ergonomia. São eles:
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9. Físico-ambientais: toxidade, vapores e aerodispersóides (poeira); agentes biológicos
(microorganismos: bactérias, fungos e vírus), que respeitem padrões de assepsia,
higiene e saúde.
10. Securitários: controle de riscos e acidentes, pela manutenção de máquinas e
equipamentos, pela utilização de dispositivos de proteção coletiva e, em último caso,
pelo uso de equipamentos de proteção individual adequados, pela supervisão
constante da instalação dos dutos, alarmes e da planta industrial geral.
11. Operacionais: programação da tarefa, interações formais e informais, ritmo,
repetitividade, autonomia, pausas, supervisão, precisão e tolerância das actividades da
tarefa, controles de qualidade, dimensionamento de equipes.
12. Organizacionais: parcelamento, isolamento, participação, gestão, avaliação, jornada,
horário, turnos e escala de trabalho, seleção e treinamento para o trabalho.
13. Instrucionais: programas de treinamento, procedimentos de execução da tarefa;
reciclagens e avaliações;
14. Urbanos: planejamento e projeto do espaço da cidade, sinalização urbana e transporte,
terminais rodoviários, ferroviários e metroviários; áreas de circulação e integração;
áreas de repouso e de lazer;
15. Psicossociais: conflitos entre indivíduos e grupos sociais; dificuldades de
comunicações e interações interpessoais; falta de opções de descontração e lazer.
Todavia, a ergonomia não se restringe apenas aos móveis, computadores e posturas mais
adequadas. O objectivo maior desta ciência está em melhorar as condições específicas dos
postos de trabalho em termos de segurança, higiene e conforto para o indivíduo. É preciso
adaptar o trabalho ao trabalhador.
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6. Aspectos e factores ergonômicos físico-ambientais e humanos
Os aspectos e factores ergonômicos físico-ambientais são factores que, quando bem atendidos
ou regulados, proporcionam conforto, segurança e qualidade de vida ao trabalhador. A
ergonomia abrange todos os factores que afectam diretamente as actividades produtivas dos
indivíduos em seus ambientes de trabalho comprometendo de forma positiva ou negativa os
resultados esperados. Para Chiavenato Apud Wachowicz (2013): A higiene do trabalho está
relacionada com as condições ambientais de trabalho que asseguram a saúde física e mental
com as condições de bem-estar das pessoas. O local de trabalho constitui a área de acção da
higiene do trabalho, envolvendo aspectos ligados à exposição do organismo humano a
agentes externos como o ruído, a temperatura, a umidade, a luminosidade e equipamentos de
trabalho. Assim, um ambiente saudável de trabalho deve envolver condições ambientais
físicas que actuem positivamente sobre todos os órgãos dos sentidos humanos, como visão,
audição, tacto, olfato e paladar. Do ponto de vista da saúde mental, o ambiente de trabalho
deve envolver condições psicológicas e sociológicas saudáveis e que atuem positivamente
sobre o comportamento das pessoas, evitando impactos emocionais como o estresse.
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haver com o ambiente de trabalho e a humanização da mesma, isto é, a presença de melhores
condições ambientais como a permissão do exercício de suas habilidades com sentimento e
auto-realização no ambiente de produtividade quando favoráveis contribuem para o bom
desenvolvimento do trabalho e bom desempenho do trabalhador (CORREIA, 2009).
E por último, factores ergonômicos humanos que são características humanas que, também,
interferem no desempenho de actividades produtivas no trabalho como o ritmo circadiano e
as diferenças individuais, o ritmo circadiano corresponde as oscilações das funções
fisiológicas do organismo num ciclo de aproximadamente 24 horas. Aspectos ligados às
diferenças indivíduais podem classificar os indivíduos como matutinos e vespertinos, a partir
dos estudos sobre ritmo circadiano é observado que os indivíduos matutinos apresentam
melhor disposição e eficiência na parte da manhã, enquanto que os vespertinos apresentam
essa mesma disposição na parte da tarde; Fadiga é o efeito de um trabalho continuado, que
provoca uma redução reversível da capacidade do organismo e uma degradação qualitativa
desse trabalho; Estresse é a reação do organismo a uma situação ameaçadora proveniente de
causas externas; e Motivação é o processo pelo qual se mantém ativado e em funcionamento
um sentimento de determinação, impulso, objetivo e necessidade (CORREIA, 2009).
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7. Conclusão
No âmbito das definições apresentadas no trabalho sobre ergonomia retêm-se três pontos
fundamentais: 1. Que seu principal sujeito é o homem em interação com o meio tanto natural
como artificial; 2. Seu estatuto de ciência normativa; 3. sua vertente de protecção de saúde
(física, psíquica e social) das pessoas no meio ambiente. Então, a ergonomia não se restringe
apenas aos móveis, computadores e posturas mais adequadas. O objectivo maior desta ciência
está em melhorar as condições específicas dos postos de trabalho em termos de segurança,
higiene e conforto para o indivíduo. É preciso adaptar o trabalho ao trabalhador.
Os aspectos físico-ambientais dentro da ergonomia são factores que, quando bem atendidos
ou regulados, proporcionam conforto, segurança e qualidade de vida ao trabalhador. A
ergonomia abrange todos os factores que afectam diretamente as actividades produtivas dos
indivíduos em seus ambientes de trabalho comprometendo de forma positiva ou negativa os
resultados esperados. Do ponto de vista da saúde mental, o ambiente de trabalho deve
envolver condições psicológicas e sociológicas saudáveis e que atuem positivamente sobre o
comportamento das pessoas, evitando impactos emocionais como o estresse. O local de
trabalho constitui a área actuação dos agentes externos como o ruído, a temperatura, a
umidade, a luminosidade e equipamentos de trabalho. Outros factores humanos presentes na
ergonomia afectam as actividades produtivas, tais como: ritmo circadiano e diferenças
individuais a carga e a actividade mental; ambiente de trabalho e humanização; Fadiga;
Estresse; Motivação.
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8. Bibliografia
1. BERNARDO, Denise Carneiro dos Reis et al. O estudo da ergonomia e seus
benefícios no ambiente de trabalho: uma pesquisa bibliográfica. UFLA, 2012.
2. CORREIA, Simone Márcia Santos et al. A Ergonomia Cognitiva, Operacional e
Organizacional: e suas interferências na produtividade e satisfação dos
colaboradores. In: XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO – A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável:
Integrando Tecnologia e Gestão. Brasil: Salvador, BA, out. 2009.
3. DE CASTRO, Eduardo Breviglieri Pereira. Ergonomia em uma Abordagem Prática e
Contemporânea. Universidade Federal de Juiz de Fora/Departamento de Engenharia
de Produção, 2007.
4. MONDELO, Pedro R. et al. Ergonomía Fundamentos 1. 3ª ed. UPC/ETSEIB.
Mutual-Universal, 1999.
5. TAVARES, Carla Sofia Dias. Ergonomia no Trabalho de Escritório. Dissertação para
obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Mecânica (2º ciclo de estudos). Covilhã:
UBI, out. 2012.
6. VIDAL, Mario Cesar. Introdução à Ergonomia. Fundação Coppetec Grupo de
Ergonomia e Novas Tecnologias. Rio de Janeiro, 2001.
7. WACHOWICZ, Marta Cristina. Ergonomia. Instituto Federal do Paraná - Educação à
Distância. Curitiba – PR, 2013.
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