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REFORMA DA

PREVIDÊNCIA
SOB A VISÃO DA AMB

Com as alterações aprovadas


na Comissão da Reforma da
Previdência e a proposta de
Emenda Aglutinativa

Atualizada em janeiro de 2018


REFORMA DA
PREVIDÊNCIA
SOB A VISÃO DA AMB

Com as alterações aprovadas


na Comissão da Reforma da
Previdência e a proposta de
Emenda Aglutinativa

Atualizada em janeiro de 2018

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REFORMA DA
PREVIDÊNCIA
SOB A VISÃO DA AMB

SUMÁRIO
PRESIDENTE: COMISSÃO DE ESTUDOS DA REFORMA
Jayme Martins de Oliveira Neto – APAMAGIS/SP DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

VICE-PRESIDENTES:
Francisco Borges Ferreira Neto – AMERON/RO
VICE-PRESIDENTE DE PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO, PREVIDÊNCIA E
APRESENTAÇÃO 5
Heyder Tavares da Silva Ferreira – AMEPA/PA
Jerson Moacir Gubert – AJURIS/RS ASSUNTOS JURÍDICOS:
José Arimatéa Neves Costa – AMAM/MT Nelson Missias de Morais – MG
Julianne Freire Marques – ASMETO/TO 1. NOTA SOBRE A
COORDENADOR:
Maria Isabel da Silva – AMAGIS/DF
Maurício Pizarro Drummond – AMATRA 1/RJ Jorge Franklin Alves Felipe – MG
REFORMA DA PREVIDÊNCIA 7
Nelson Missias de Morais – AMAGIS/MG
Paulo César Alves das Neves – ASMEGO/GO MEMBROS:
Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira – AMAB/BA Marcos Antonio da Cunha Araujo – PR 2. A PEC 287-A
Renata Gil de Alcantara Videira – AMAERJ/RJ Paulo Eduardo Huergo Farah – SC
Rosimere das Graças do Couto – MG E A PENSÃO PREVIDENCIÁRIA 10
COORDENADORES:
Justiça Estadual: Frederico Mendes Júnior –
AMAPAR/PR
Justiça do Trabalho: Diego Petacci – AMATRA 2/SP SECRETARIA DE PLANEJAMENTO 3. REFORMAS CONSTITUCIONAIS
Justiça Federal: Renata Lotufo – AJUFE/SP ESTRATÉGICO E PREVIDÊNCIA
Justiça Militar: Paulo Adib Casseb – AMAJME/SP EMENDAS Nos 20, 41 e 47 13
Aposentados: Alemer Ferraz Moulin – AMAGES/ES Secretária: Rosimere das Graças
do Couto – MG
CONSELHO FISCAL:
Helvécio de Brito Maia Neto – ASMETO/TO
Secretária-adjunta: Maria Isabel 4. A PEC 287-A 15
Pereira da Costa – RS
José Anselmo de Oliveira – AMASE/SE
Maria de Fátima dos Santos Gomes Muniz
MEMBROS:
de Oliveira – APAMAGIS/SP
Angelo Galvão Zamorano – RJ
5. A PENSÃO PREVIDENCIÁRIA
SECRETÁRIO-GERAL:
Átila Naves Amaral – ASMEGO/GO
Inês Moreira da Costa – RO NA PEC 287-A 17
Jederson Suzin – PR
SECRETÁRIO-GERAL ADJUNTO: João Batista Rebouças – RN
Levine Raja Gabaglia Artiaga – ASMEGO/GO João Luís Fischer Dias – DF
TESOUREIRO: Luciano Carrasco Falavinha Souza – PR
6. DA NOVA PROPOSTA DO GOVERNO
Nicola Frascati Júnior – AMAPAR/PR Marcos Antonio da Cunha Araújo – PR À REFORMA DA PREVIDÊNCIA 22
Paulo Eduardo Huergo Farah – SC
TESOUREIRO-ADJUNTO:
Rafael Sandi – AMC/SC Ricardo Henrique Ferreira Jentzsch – PR
REFORMA DA
PREVIDÊNCIA
SOB A VISÃO DA AMB

APRESENTAÇÃO

A proposta de Reforma da Previdência que está em discussão no


Congresso Nacional traz sérios prejuízos ao serviço público. Temos traba-
lhado incansavelmente com os parlamentares de todas as bancadas, agora
com o novo texto apresentado por meio de Emenda Aglutinativa global,
para que seja realizado um debate verdadeiro e justo com a sociedade.
Com o objetivo de informar os magistrados brasileiros sobre os impactos
da reforma previdenciária na vida de cada um, a Associação dos Magis-
trados Brasileiros (AMB) elaborou uma nova versão da cartilha “Reforma
da Previdência – Sob a visão da AMB”, acrescentando a Emenda Cons-
titucional 287-A, aprovada na Comissão Especial, bem como a Emenda
Aglutinativa que será apresentada ao plenário da Câmara dos Deputados.
Para a AMB, são necessárias alterações em, pelo menos, qua-
tro pontos principais da nova proposta, como a idade mínima de
aposentadoria e a regra de transição, aposentadoria por invali-
dez, pensão por morte e acúmulo de aposentadoria e pensão.
A AMB lutará incansavelmente para evitar eventuais retrocessos. Con-
tamos com a participação de todos os magistrados, no sentido de que
entrem em contato com os deputados dos seus estados a fim de que nos
auxiliem nessa empreitada.

Jayme de Oliveira
Presidente da AMB

Nelson Missias de Morais


Vice-presidente de Planejamento Estratégico,
Previdência e Assuntos Jurídicos da AMB

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REFORMA DA
PREVIDÊNCIA
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1. NOTA SOBRE A
REFORMA DA PREVIDÊNCIA

A Associação dos Magistrados Brasileiros reitera sua manifestação contrária


à proposta de Emenda Constitucional nº 287-A, denominada REFORMA DA
PREVIDÊNCIA, da forma como apresentada à votação, por ausência dos
necessários esclarecimentos com a sociedade e, especialmente, por atingir
direitos sagrados dos servidores públicos. E acredita que, na sua votação, aspectos
relevantes serão alterados na proposta apresentada, com vistas a manter uma
previdência saudável, mas igualmente justa e harmonizada com os preceitos
constitucionais e com a saúde das instituições do Estado.

Não se nega que a ação do Estado deve ser dinâmica e demanda mudanças e
reformas. Não se nega, igualmente, que o aumento da sobrevida do homem leva
à necessidade de se estabelecer novos padrões na aposentadoria por tempo de
contribuição, a exigir mudanças na legislação previdenciária. Não se reprova o
estímulo gradativo à previdência complementar e a necessidade de equilíbrio das
contas da previdência.

Mas não é porque essas afirmativas possam ser verdadeiras, que a Reforma, tal
como proposta, deve ser aceita e aprovada. E que os argumentos em seu favor
têm plena procedência.

Aí começam os equívocos. A Reforma da Previdência nasceu sem os necessários


debates com a sociedade. Não obstante todos os movimentos contrários a ela o
Governo utilizou-se de estratégias para obter o apoio da opinião pública. Manteve
as regras atuais dos benefícios assistenciais e as aplicáveis aos trabalhadores
rurais e insistiu na reforma da previdência dos servidores públicos, buscando
argumentos para justificá-la.

Com o discurso da necessidade de limitar os benefícios dos servidores públicos


novos ao teto do INSS e implantar a previdência complementar para eles, no
que excede a esse teto. Discurso desnecessário porque hoje já é assim. A única
diferença é que a introdução da previdência complementar com a limitação dos

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REFORMA DA
PREVIDÊNCIA
SOB A VISÃO DA AMB

benefícios ao teto do INSS, hoje, depende da legislação de cada Estado e, com Quem lê a emenda de proposta da reforma da previdência compreende bem seus
a reforma, será impositiva, embora a própria emenda da reforma contemple objetivos. Um deles é buscar uma drástica redução nas pensões previdenciárias,
um dispositivo que permite aos Estados e Municípios dispor de forma diversa. reduzindo-lhes substancialmente o valor e proibindo acúmulo de benefícios.
Esse discurso de limitação é, pois, mais um apelo à opinião pública do que um Acúmulo de benefícios não são privilégios. Se alguém recebe mais de uma pensão
argumento jurídico. previdenciária é porque contribuições previdenciárias foram vertidas para ensejar
essa pensão. É sumamente injusto, num sistema contributivo, que as pessoas
O discurso continua falando em fim de privilégios porque, assim, clama a opinião contribuam para a previdência social, num sistema estruturado de aposentadoria
pública. O trabalhador da iniciativa privada dirá, certamente: Por que eu tenho e pensões e, no final, as pensões não sejam pagas sob o fundamento de que não
um teto do INSS a ser observado e os servidores públicos não? A resposta não podem ser recebidas cumulativamente.
pode ter tão simplista. Os servidores públicos contribuem efetivamente para ter
um benefício superior ao teto da previdência. O regime é contributivo, o Estado Diz a Constituição que nenhum benefício pode ser criado sem a respectiva
não faz nenhum favor em retribuir-lhes, em benefícios, aquilo que verteram em fonte de custeio. Mas é incongruente: se um benefício não pode ser criado
contribuições. Quem paga mais recebe mais. E o regime dos servidores públicos sem a respectiva fonte de custeio não se justifica que o segurado que reverteu
não é fechado, mas aberto a todos os servidores e todos os brasileiros podem regularmente as suas contribuições para aposentadoria e pensões tenha
ingressar em cargos públicos por meio de concursos. Então não se pode dizer que direito apenas à aposentadoria e não às pensões, porque a cumulação de
os servidores públicos são privilegiados. pensões é indevida.

Se os direitos previdenciários dos servidores públicos estão regulados pela Esse é apenas um enfoque dentre tantos outros que poderíamos fazer sobre a
Constituição Federal e pelas Leis não há falar-se em privilégios, mas em direitos. reforma. De qualquer modo, tal como estruturada, a reforma atende à expansão da
Um direito não se transforma num privilégio simplesmente por um discurso. previdência complementar, ainda não tão bem preparada para esse novo modelo
Direito é direito, privilégio é privilégio. e desestimula a prestação de um serviço público de qualidade, enfraquecendo as
instituições básicas de defesa do Estado e da democracia.
Complica-se, ainda mais, a situação, quando os defensores da reforma da
previdência passam a discutir o papel na sociedade dos servidores públicos em Espera, assim, a Associação dos Magistrados Brasileiros que amplo debate se
face aos trabalhadores da iniciativa privada, criando um duelo desnecessário trave na discussão de cada um dos tópicos propostos pela Reforma, no que tange
entre as duas categorias de segurados. Não há dúvidas de que todos são ao regramento legal das aposentadorias e pensões dos servidores públicos, de
importantes na sociedade, desde o trabalhador mais simples e mais humilde até modo a preservar um serviço público que estimule o ingresso de novos valores e
os que ocupam cargos mais elevados. Não é esse o foco da discussão, que não possa ser exercido com eficiência e qualidade a todos que dele necessitem.
traz proveito a ninguém.

Mas fica aqui uma preocupação: A reforma da previdência, mesmo não tendo
esse propósito, constitui, sem dúvida, uma maneira de enfraquecer as instituições Janeiro de 2018
básicas do Estado, que atuam na fiscalização e correção de atos dos próprios
detentores de poder. Jayme Martins de Oliveira Neto
Presidente da AMB

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REFORMA DA
PREVIDÊNCIA
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2. A PEC 287-A públicos ocupantes de empregos públicos, cargos temporários, cargos em


comissão e mandato eletivo. Seus benefícios são semelhantes aos dos servidores
E A PENSÃO PREVIDENCIÁRIA públicos, submetidos ao REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RPPS),
mas existem situações diferenciadas, sendo que a principal delas diz respeito ao
teto máximo do valor do benefício.
No RGPS não existe idade mínima para aposentadoria, sendo aplicável o
fator previdenciário. No RPPS não existe fator previdenciário, mas existe idade
mínima para a aposentadoria por tempo de contribuição e idade máxima para
permanência em serviço (aposentadoria compulsória). O RGPS é regido pelas leis
nos 8.213 (benefícios) e 8.212 (custeio) e legislação complementar. De longa data
é oneroso. Tem seu marco na Lei Eloy Chaves, de 1923, que criou uma Caixa de
Aposentadoria e Pensão em cada estrada de ferro do Brasil.
Os inativos do RGPS não pagam contribuição previdenciária sobre seus
proventos, mas se continuarem em atividade contribuem para a previdência
social nessa atividade, praticamente sem retorno em termo de benefícios, pois
não podem se aposentar novamente.
É uma ferida que o legislador constitucional tem que enfrentar.
Sumamente injusto exigir-se dos segurados aposentados que voltam a trabalhar a
contribuição previdenciária sem lhes conceder qualquer benefício ou vantagem.
2.1. A SEGURIDADE SOCIAL E A PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR
O fundamento da exigibilidade da contribuição previdenciária estaria no dever da
NO BRASIL sociedade de participar do custeio da seguridade social. Essa situação se agravou
com o entendimento do STF sobre a inexistência do direito à desaposentação.
Seguridade social é gênero, de que são espécies a Previdência Social, a O RGPS tem como fonte de custeio direta a contribuição previdenciária de
Assistência Social e a Saúde. A matéria é regulada pelo artigo 194 e seguintes da empregados e empregadores, e como fonte indireta outras contribuições, pagas
Constituição da República. por toda a sociedade, inclusive pelos servidores públicos submetidos ao RPPS.
A Previdência dos servidores públicos é regulada pelo artigo 40 da
Constituição, constituindo também forma de seguridade social.
A Previdência no Brasil, assim, tem sede constitucional, desdobrando-se: 2.2.2. REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL RPPS

Abrange os servidores de todos os três poderes, desde que efetivos,


2.2. PREVIDÊNCIA PÚBLICA isto é, admitidos por concursos. Servidores antigos, especialmente, mas não
exclusivamente, admitidos antes da Constituição da República e efetivados em
2.2.1. REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL RGPS decorrência dela, também estão sujeitos ao regime próprio.
Os benefícios são regulados pelo artigo 40 da Constituição da República e pelas
Disciplinado pelos artigos 201 e seguintes da Constituição da República, Emendas Constitucionais de Transição. Muitos servidores públicos efetivos acabam
abrange em regra os trabalhadores da iniciativa privada, além dos servidores sendo vinculados ao INSS em razão da não instituição do RPPS pelo ente federativo,

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REFORMA DA
PREVIDÊNCIA
SOB A VISÃO DA AMB

com base no artigo 12 da Lei nº 8.213, o que é altamente questionável, posto que os 2.4. ASSISTÊNCIA SOCIAL E SAÚDE
benefícios do artigo 40 são inerentes a todo servidor público. Acabam tendo direito à
complementação de proventos. Não se confundem com a Previdência Pública a Assistência Social e
A legislação sobre o RPPS é local, mas deve observar os parâmetros da a Saúde, embora integradas do conceito de Seguridade Social. A Assistência
Constituição da República e das leis federais nos 9.717 e 10.887. Como regra, o RPPS Social não é contributiva, não tem caráter bilateral e visa a dar o mínimo de
não pode conceder benefícios não previstos no RGPS. Seu custeio nem sempre condições de vida digna às pessoas efetivamente carentes que preencham os
foi obrigatório. A obrigatoriedade adveio com as Emendas Constitucionais nos 20 e requisitos legais. O principal programa assistencial consiste na renda mensal
41, que substituíram o conceito de tempo de serviço por tempo de contribuição. concedida a pessoa carente maior de 65 anos ou pessoa com deficiência,
A exigência dos inativos veio com a Emenda Constitucional no 41. Servidores legislação conhecida por LOAS.
públicos aposentados, assim, em regra, pagam contribuição, respeitada a isenção
até o teto do INSS.
O RPPS tem como fonte de custeio única e exclusivamente as
contribuições previdenciárias dos servidores públicos e dos entes federativos, 3. REFORMAS CONSTITUCIONAIS
diferentemente do que ocorre com o RGPS, que possui fontes indiretas arcadas
por toda a sociedade, inclusive por parte dos servidores públicos (por exemplo na
EMENDAS Nos 20, 41 e 47
aquisição de bens de consumo através das contribuições sociais embutidas, etc).

2.3. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

É regulada pelo artigo 202 da Constituição da República, segundo o qual “o


regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma
autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo
baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado e
regulado por lei complementar”.
Não se confunde com seguros. A previdência complementar não é
complementar de benefícios e sim da ação do Estado, pois gera um benefício
próprio e independente. É regulada pelas Leis Complementares nos 108 e 109. O As reformas constitucionais, tanto no RGPS, quanto no RPPS, foram
ente público cria sua entidade de previdência complementar, mas as regras estão introduzidas pelas Emendas Constitucionais nos 20, 41 e 47. As duas primeiras
nas supracitadas leis. promoveram grandes mudanças na vida do segurado e do servidor, restringindo
A formação do capital da Previdência Complementar é composta por meio o acesso aos benefícios previdenciários e reduzindo-lhes o valor.
dos aportes dos servidores públicos e dos entes federativos. Voltando mais para o RPPS dos servidores públicos, a Emenda Constitucional
n 20 retirou os magistrados das regras especiais de aposentadoria, contidas no
o

artigo 93, inciso VI, da Constituição da República, submetendo-os às regras do


artigo 40, inerentes aos demais servidores públicos. Os magistrados, desde a

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PREVIDÊNCIA
SOB A VISÃO DA AMB

Constituição de 1967, tinham regras próprias de aposentadoria. E com a referida


emenda veio a idade mínima de aposentadoria para os servidores públicos,
4. A PEC 287-A
fixada em 60 anos para o homem e 55 para a mulher, na regra permanente da
Constituição. A aposentadoria dos magistrados passou de 30 para 35 anos de
contribuição. Vieram regras de transição para os que já eram servidores.
Com a Emenda Constitucional no 41 surgiu o fim da integralidade e da
paridade para os aposentados, passando os benefícios da aposentadoria, em
regra, a serem calculados sobre a média das 80% maiores remunerações a
partir de julho de 1994. Também regras de transição para a aposentadoria por
tempo de contribuição. Para os pensionistas veio a redução do valor da pensão,
que passou a ser integral até o teto do INSS e, com relação à diferença entre o
valor da aposentadoria ou da remuneração e o teto, aplica-se o percentual de
70%. Soma-se o valor do teto com o aludido percentual de 70%.
Foi reafirmado o caráter contributivo da contribuição previdenciária, com
a previsão para os aposentados e pensionistas. Veio a ratificação da previsão da
No passado já se estudou a unificação dos regimes de previdência, de
previdência complementar, a independer de nova legislação, permitindo que o
modo a existir apenas um e não dois, como atualmente, RGPS e RPPS.
poder público limite o valor das aposentadorias ao teto do INSS e submeta o
A reforma, na verdade, mantém os dois regimes, mas busca uniformizar os
servidor à previdência complementar.
benefícios em ambos. Esse inclusive o discurso público dos autores da Reforma.
Assim, no passado, um servidor público não custeava necessariamente sua
Como mecanismo adicional prevê a instituição obrigatória da previdência
aposentadoria, adquiria o direito à inatividade após 35 anos de contribuição, se
complementar, composta por aportes do servidor público e do respectivo ente
homem, e 30 anos, se mulher, aposentava-se com a remuneração do cargo e
federativo. Ressalvadas as regras de transição, o servidor público bem se aproxima
tinham direito à paridade com os servidores da ativa.
do segurado do RGPS, com a garantia da previdência complementar, que existe
Hoje, o servidor homem se aposenta com 35 anos de contribuição e 60 de
também nas estatais e nas grandes empresas privadas, não sendo, assim, um
idade, devendo ter, necessariamente, 10 anos no serviço público e 5 no cargo.
privilégio para os servidores públicos.
Isso na regra permanente.
Essa equiparação não se justifica nas carreiras típicas de Estado,
As mulheres têm a aposentadoria assegurada com menos 5 anos de
principalmente para a magistratura e os membros do Ministério Público, cujas
contribuição e menos 5 anos de idade em relação aos homens.
atribuições exigem tratamento específico, dadas as particularidades dos referidos
Os proventos de aposentadoria, pagos pelo Poder Público, na regra
cargos, como outrora ocorreu na redação originária das Constituições de 1967,
permanente do artigo 40, são calculados pela média das 80% maiores
1969 e de 1988.
remunerações desde julho de 1994. Para os que ingressaram após do advento da
No mais, a PEC 287-A traz para o texto da Constituição da República
previdência complementar (ou fizeram opção), sua aposentadoria pelos cofres
aquilo que já é uma realidade na prática brasileira. Os servidores públicos sem
públicos será limitada ao teto do INSS, complementando-se o benefício por meio
previdência própria serão submetidos ao RGPS. Como administrar o RPPS
de outro benefício, instituído pela previdência complementar.
é custoso e complexo, boa parte dos servidores públicos de municípios de
A Emenda 41 pôs fim à aposentadoria proporcional do servidor público,
menor porte serão fatalmente remetidos ao RGPS. Só que, agora, com base
mantendo-a no RGPS, embora, hoje, praticamente inocorrente, em razão de se
constitucional, sem poder, em tese, invocar as regras do artigo 40 da Constituição
tornar mais gravosa que a própria integral.
da República.

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PREVIDÊNCIA
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Trouxe, ainda, aumento da idade mínima da aposentadoria para 65 anos


para o homem e 62 anos para a mulher; criou uma regra de transição com
5. A PENSÃO PREVIDENCIÁRIA
pedágio de 30%, ou seja, acréscimo de 30% ao tempo que falta ao servidor para se
aposentar; exigiu idade mínima de 65 anos para o deferimento da integralidade,
NA PEC 287-A

previu substancial restrição de acesso à pensão, quer pela redução do seu valor,
quer pela vedação de cumulação.
O projeto da PEC 287-A afeta os atuais e os futuros servidores. Ressalvado
o direito adquirido de quem já preencheu, na data da emenda, os requisitos para
se aposentar ou obter o direito à pensão, a reforma atinge os demais servidores,
tanto na regra permanente do artigo 40, quanto nas disposições transitórias.
Na regra permanente a previdência complementar deixa de ser,
teoricamente, uma opção para o ente, para ser uma imposição, o que levará a
complementação dos proventos dos novos servidores a ser feito por entidade
de previdência complementar. Sendo assim, para ter um regime próprio, o ente
deve ter não apenas estrutura e requisitos para operar o RPPS, mas também
para associar seus servidores a uma entidade de previdência complementar. E os
novos servidores serão atingidos, ainda, com a idade mínima de 65 anos para o
homem e 62 anos para a mulher para se aposentarem. A Reforma ressalva o direito adquirido às aposentadorias e pensões,
Outra disposição prejudicial aos servidores repousa no fim da aposentadoria cujos requisitos tenham sido preenchidos até a data da promulgação da Emenda
integral no caso de moléstias graves. Constitucional.
Existem, assim, inúmeras correções que merecem ser feitas na PEC 287- Só que, em princípio, sendo a lei aplicável à pensão aquela vigente por
A, mesmo após as Emendas acolhidas pela Comissão, de forma a torná-la mais ocasião do óbito, só estariam protegidas com as antigas regras relativas à pensão
equânime. aqueles pensionistas de óbitos ocorridos antes da promulgação da Emenda.
Toda a fundamentação do projeto da PEC baseia-se em motivos de ordem Para óbitos ocorridos após a Emenda, mesmo para servidores com direito
econômica. Os segurados do regime geral não podem ser responsabilizados pela má adquirido à aposentadoria ou já aposentados aplica-se a nova regra.
aplicação dos recursos da previdência desde a década de 1930, quando surgiram Os servidores públicos perdem três vezes no cálculo da pensão. Primeiro,
os institutos de aposentadoria e pensões. Recursos da Previdência Social foram para os servidores que deixam menos de 5 dependentes, a pensão será reduzida.
aplicados em fins diversos. E também não podem os segurados da previdência Se houver apenas o cônjuge como dependente a pensão virá para 60%. Perda de
responderem pelos encargos do governo com a Assistência Social, que deve ser 40% em relação à regra atual, na qual o valor da pensão independe do número
custeada por impostos. E, quanto aos servidores públicos não pode o Governo exigir de dependentes. Depois, vem aquele redutor de 30% para quem ganha acima do
que um sistema que só recentemente se tornou contributivo promova equilíbrio teto do regime geral de previdência social. E, finalmente, se o óbito ocorrer com
entre as receitas e despesas. Por oportuno, cumpre rememorar que o servidor servidor em atividade, ainda haverá necessidade de calcular previamente a sua
público contribui diretamente para o RGPS em compra realizada em que incidem aposentadoria para, depois, promover-se ao cálculo da pensão. Outra perda ou
contribuições sociais, de modo que é evidente que o custeio do RPPS não pode ser redução, que hoje não existe, pois a pensão é calculada com base na remuneração
comparado com RGPS quando as contribuições sociais são direcionadas somente do servidor em atividade.
para este último regime de previdência. Pensões serão efetivamente reduzidas à metade em inúmeras situações.

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REFORMA DA
PREVIDÊNCIA
SOB A VISÃO DA AMB

Poder-se-ia argumentar que esses valores superam os do INSS. Só que o valor da pensão e veda cumulações. É importante restringir o alcance da PEC,
a previdência social é essencialmente contributiva, tem caráter bilateral, não quer quanto ao cálculo, quer quanto à proibição de acumulações. Note-se que a
constitui favor do Estado. Assim, essas pessoas contribuíram sobre valores mais pensão já será substancialmente reduzida; proibindo-se a cumulação o prejuízo
elevados para justificar o valor de uma aposentadoria ou pensão superior. para as pensionistas será muito desproporcional, colocando em manifesto risco
O mesmo acontece com aqueles que exerceram mais de um cargo ou social a família do servidor.
emprego público ou privado, sacrificando suas horas de descanso e lazer, na Para o servidor em atividade a regra da pensão é ainda mais prejudicial.
expectativa de ter mais de uma aposentadoria ou deixar mais de uma pensão, no A regra constitucional hoje leva em consideração o valor da remuneração do
caso de morte. Poderiam ter programado sua vida de outra forma se antevissem cargo. A PEC fala no valor da aposentadoria do servidor. Só que, mesmo não
a possibilidade de que as contribuições vertidas para o sistema não teriam o se submetendo ao teto a aposentadoria por invalidez, salvo a acidentária,
alcance desejado. É sumamente injusto que alguém contribua e não perceba não é integral. Assim, a pensão de um servidor da ativa com 20 anos de
benefícios. No momento em que a pessoa mais necessita e investiu para isso vem contribuição teria o seguinte cálculo, partindo-se das informações havidas
a regra que lhe retira o benefício. quanto ao texto que se pretende aprovar: Primeiro apura-se 70% da média
É texto constitucional que nenhum benefício de previdência social pode ser das remunerações para cálculo da aposentadoria por invalidez. Sobre essa
criado sem a respectiva fonte de custeio( art.195, §5º) Mas a recíproca também média se aplica o percentual de 60% se o servidor falecido houver apenas o
é verdadeira: se houve custeio para o benefício da pensão não se justifica deixar cônjuge sobrevivente. E, sobre o restante, ainda existe o redutor de 30% do
de concedê-la. que exceder ao teto do INSS. Da noite para o dia a família do servidor pode
O direito brasileiro já viveu uma experiência de proibir acumulação de estar em situação de total vulnerabilidade econômica, tendo de se desfazer de
aposentadoria e pensão, por ocasião da Medida Provisória nº 1.523-9, de 1.997, bens de raiz para conseguir subsistir ou manter o estudo dos filhos menores.
que previu a vedação de cumular aposentadoria e pensão no art. 124, VII, da Lei Pelos mesmos argumentos e fundamentos não se justifica que uma
nº 8.213/91 , mas o Governo na época recuou, certamente ao fundamento de pensionista, cumprindo os requisitos para a aposentadoria por tempo de
que tal vedação contraria o caráter retributivo do benefício. Pensão não é favor, contribuição, não possa usufruir do benefício. Isso não se afigura razoável ante o
é retribuição de contribuições. caráter retributivo da previdência social, que devolve em benefícios aquilo que
A vedação de acúmulo de pensões decorrentes de óbito de servidores que foi fruto de contribuições.
se acham na regra transitória encontra outro prejuízo: os novos servidores terão
a pensão limitada ao teto, sim, mas poderão cumulá-la com o benefício de risco
correspondente da previdência complementar. No caso de morte de servidores
antigos não poderá haver cumulação.
Mas também merece reflexão a regra do art.40, §7º, V, bem como a
correspondente norma na regra de transição do projeto que permite ao legislador
ordinário estabelecer parâmetros para a pensão previdenciária, inclusive prazo
de sua duração. A faculdade de poder conceder pensão temporária não pode ser
exercida de forma absoluta pelo legislador ordinário, pois ele pode, simplesmente,
através do artifício do temporário, esvaziar substancialmente o instituto da
pensão. Basta que institua um reduzido prazo para o gozo do benefício.
A Lei nº 13.135/2015, em vigor, restringiu substancialmente o acesso à pensão,
especialmente quanto aos beneficiários mais jovens. A PEC restringe ainda mais

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PREVIDÊNCIA
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PENSÃO APOSENTADORIA POR INVALIDEZ INTEGRAL

HOJE
HOJE 1.- Acidente de trabalho;
SERVIDOR APOSENTADO: 2.- Moléstia grave prevista em lei.
VALOR DA APOSENTADORIA: R$20.000,00.
VALOR DA PENSÃO: Até R$5.645,00 TETO DO INSS – INTEGRAL. COM A REFORMA
+ 70% EXCEDE TETO= R$14.355=R$10.048,50. 1.- Acidente de trabalho e doença profissional.
Não há previsão para a moléstia grave prevista em lei.
VALOR TOTAL DA PENSÃO: R$15.693,50.
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR
OBS: Para o servidor em atividade o cálculo parte do valor de seus
vencimentos e, pois , não há prejuízo. HOJE
Depende de cada ente federativo e será obrigatória para os novos
servidores. Na esfera federal já existe e em vários Estados também.
NOVA REGRA
SERVIDOR APOSENTADO. COM A REFORMA
VALOR DA APOSENTADORIA: R$20.000,00. A previdência complementar será impositiva para os novos servidores.
VALOR DA PENSÃO(SOMENTE A VIÚVA) R$20.000,00 x 60%= R$12.000,00.
VALOR DA PENSÃO: Até R$5.645,00 DO TETO DO INSS – INTEGRAL.
= 70% EXCEDE= R$6.355,00= R$4.448,50. APOSENTADORIA NA REGRA TRANSITÓRIA

VALOR TOTAL DA PENSÃO: R$10.093,50. HOJE


35 ANOS DE CONTRIBUIÇÃO PARA O HOMEM E 30 ANOS PARA A MULHER,
  COM IDADE MÍNIMA DE 60 ANOS PARA O HOMEM E 55 ANOS PARA A
  MULHER.+ TEMPO NO SERVIÇO PÚBLICO, CARREIRA E CARGO.
OBS: Para o servidor em atividade o cálculo parte do valor da aposentadoria
por invalidez(SALVO POR ACIDENTE DO TRABALHO), que será de 70% da COM A REFORMA
média da remuneração do servidor como regra geral. Só depois dessa média OS MESMOS REQUISITOS COM PEDÁGIO DE 30%. QUEM TEM 20 ANOS,
virão os cálculos acima, com seus redutores. SE HOMEM TERÁ QUE TRABALHAR ALÉM DOS 15 ANOS MAIS 30% DE 15
ANOS.

20 21
REFORMA DA
PREVIDÊNCIA
SOB A VISÃO DA AMB

6. DA NOVA PROPOSTA DO GOVERNO para professores de ambos os sexos e 55 anos para policiais e
À REFORMA DA PREVIDÊNCIA trabalhadores em condições prejudiciais à saúde. Há diferenças
no calendário para trabalhadores privados, servidores públi-
cos, professores e policiais. A transição acaba em 2036, para as
mulheres, e em 2038 para os homens. Professores e policiais, no
entanto, terão regras específicas e a transição para esses grupos
acabará em 2042;

Tempo mínimo de contribuição de 15 anos do INSS, através da


regra de transição e de 25 anos para servidores públicos na regra
permanente;

Novo cálculo do valor da aposentadoria;

Nova versão da reforma da Previdência foi apresentada pelo governo em


22/11/2017, por meio da Emenda Aglutinativa Global à Proposta de Emenda à
Constituição nº 287-A. É mais enxuta que a proposta anterior, agora estabelecendo Receitas previdenciárias deixam de ser submetidas à DRU (des-
um tempo mínimo de contribuição de 10 anos a menos para trabalhadores do INSS vinculação de receitas da União). Hoje, este mecanismo permite
em relação aos servidores públicos e poupando todos os trabalhadores rurais. desvincular 30% da receita com tributos do sistema previdenciá-
rio para cobrir outros gastos públicos.
O novo texto substitutivo apresenta regras mais rígidas para o servidor público na
comparação com os outros trabalhadores.

Por promover uma mudança na Constituição, ela só entra em vigor se for aprovada
por pelo menos 308 deputados em dois turnos de votação na Câmara e mais em TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
dois turnos no Senado. O novo texto mantém em 25 anos o tempo mínimo de contribuição para servidores
A nova versão apresenta quatro pontos principais: públicos se aposentarem na regra permanente, mas reduz esta exigência para 15
anos no caso dos trabalhadores do INSS, como na regra atual, através da regra
de transição.
Idade mínima de aposentadoria, com a regra de transição, sendo
62 anos para mulheres e 65 para homens (INSS e servidores), 60 Os trabalhadores da iniciativa privada com 15 anos de contribuição poderão se
aposentar com 60% do salário de contribuição, aumentando gradativamente

22 23
REFORMA DA
PREVIDÊNCIA
SOB A VISÃO DA AMB

o valor da contribuição, sendo que, para alcançar o patamar de 100% serão SERVIDORES COM MAIS TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
necessários 40 anos de contribuição. Os servidores públicos com 25 anos QUE O REGIME GERAL
de contribuição poderão se aposentar com 70% do salário de contribuição,
aumentando gradativamente até atingir 100% aos 40 anos de contribuição. Uma diferença importante entre o INSS e o regime dos servidores estará no tempo
mínimo de contribuição à Previdência. No INSS, ele será mantido nos atuais 15
anos, na regra de transição. Para o funcionalismo, no entanto, a contribuição
IDADE MÍNIMA E REGRA DE TRANSIÇÃO mínima será de 25 anos.
Se a reforma passar, o valor do benefício dos servidores será de pelo menos 70%
O novo texto apresentado pelo Governo cria idades mínimas para a aposentadoria, da média salarial, para quem contribuiu por 25 anos. Quem contribuiu por mais
respeitando a regra de transição que aumenta esta idade em 1 ano a cada 2 anos que isso receberá os seguintes acréscimos:
de contribuição, até chegar a um patamar definitivo.

1,5% a cada ano que superar 25 anos, até 30 anos. Assim, quem
O QUE MUDA PARA OS SERVIDORES 1 contribuir por 30 anos receberá 77,5% da média;

A principal mudança para os servidores que ingressaram no serviço público


antes de 2003 é no direito à integralidade e à paridade. Os que entraram depois
vão seguir a maioria das regras propostas para o regime previdenciário dos 2% para o que superar 30 anos, até 35 anos. Dessa forma, quem
2 contribuir por 35 anos terá direito a 87,5% da média;
trabalhadores do setor privado. O cálculo do valor do benefício será feito pela
média dos salários e submetido ao teto do INSS.

A idade mínima de aposentadoria será de 62 anos (mulheres) e 65 anos


2,5% para o que superar 35 anos. Com isso, 40 anos de contribuição
(homens) mas não imediatamente. Ela partirá do mínimo atual (55 e 60 anos, 3 dão direito à aposentadoria integral.
respectivamente) e será elevada em um ano a cada dois. Para os homens, a
transição até os 65 será concluída já em 2028. O limite de 62 para as mulheres
será atingido em 2032.
Com a reforma, quem ingressou no serviço público antes de 2003 ainda terá
Por partir de um patamar mais alto, a transição para o servidor vai terminar direito à integralidade e também à chamada paridade, ou seja, a reajustes
antes que para os segurados do INSS. Estes partem das idades mínimas de 53 idênticos aos concedidos ao pessoal da ativa. Mas, para isso, precisará cumprir
(mulheres) e 55 anos (homens) em 2018, com o limite aumentando um ano a imediatamente a nova idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para
cada dois anos e chegando a 62 e 65 anos em 2036 e 2038, respectivamente. mulheres. Se preferir passar pela regra de transição e se aposentar mais cedo, o
servidor ficará submetido à mesma regra de cálculo do INSS.

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REFORMA DA
PREVIDÊNCIA
SOB A VISÃO DA AMB

TABELA COMPARATIVO
REFORMA DA PREVIDÊNCIA A presente tabela registra, de forma objetiva, os principais pontos de interesse da
magistratura na Reforma da Previdência, mas não esgota todas as regras vigentes e critérios
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS legais estabelecidos pela PEC 217/2016.

REGRA PERMANENTE
PEC atualizada resultante da aglutinação do texto original
REGRA VIGENTE (41/03 e 47/05) PEC 287-A/2016 com o substitutivo adotado pela Comissão Especial
e com as Emendas nº 2, 3, 7, 12, 17, 23, 58, 66, 68, 78 E 126
Idade mínima: 60 anos para homem e 55 Idade mínima: 65 anos para Idade mínima: 65 anos para os homens e 62 anos para as mulheres.
anos para mulher homens e mulheres (aumenta com
a expectativa de vida do brasileiro. Tempo de contribuição: 25 anos para homem e mulher (10 anos de serviço público
Tempo de contribuição: 35 anos para e 5 anos no cargo). Para o RGPS é exigido 15 anos.
homem e 30 anos para mulher (10 anos Tempo de contribuição: 25 anos
de serviço público e 5 anos no cargo). para homem e mulher (10 anos de Cálculo do benefício: 70% da média de todas as remunerações, percorrido o tempo
serviço público e 5 anos no cargo). mínimo de contribuição de 25 anos, aumentando proporcionalmente até 100% aos
Cálculo do benefício: média de 80% de 40 anos de contribuição. O teto do RGPS é aplicado somente para servidor com
suas maiores remunerações, desde de Cálculo do benefício: 51% da mé- vínculo estatal posterior à implementação do Fundo de Previdência Complementar
julho de 1994. O teto do RGPS é aplicado dia de todas as remunerações,
somente para servidor com vínculo estatal acrescido de 1% para cada ano a Pensão: limitada ao teto da RGPS + 70% do que ultrapassar, permitida a cumulação
posterior à implementação do Fundo de mais de trabalho (100% só com 49 até 2 salários mínimos apenas. Redutor de 50% + 10% para cada dependente. A
Previdência Complementar. anos de contribuição). O teto do base de cálculo será o provento de aposentadoria ou o valor que receberia o de
RGPS é aplicado somente para ser- cujus se tivesse aposentado por invalidez (proporcional).
Pensão: limitada ao teto da RGPS + 70% do vidor com vínculo estatal posterior
que ultrapassar, permitida a cumulação. A à implementação do Fundo de Pre-
Lei nº 13.135/2015 já estabelece tempo vidência Complementar.
de duração para a pensão.
Pensão: limitada ao teto da RGPS +
70% do que ultrapassar, vedada a
cumulação. Redutor de 50% + 10%
para cada dependente. A base de
cálculo será o provento de aposen-
tadoria ou o valor que receberia o
de cujus se tivesse aposentado por
invalidez(proporcional).

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REFORMA DA
PREVIDÊNCIA
SOB A VISÃO DA AMB

REGRA DE TRANSIÇÃO
PEC atualizada resultante da aglutinação do texto original
REGRA VIGENTE (41/03 e 47/05) PEC 287-A/2016 com o substitutivo adotado pela Comissão Especial
e com as Emendas nº 2, 3, 7, 12, 17, 23, 58, 66, 68, 78 E 126
Marco temporal: servidores com vínculo Marco temporal: idade de 50 anos Marco temporal: aplicável a todos que tenham ingressado no serviço público até a
estatal anterior até 31.12.2003. para homem e de 45 para mulher data da promulgação da PEC.
Idade mínima: 60 anos para
Idade mínima: 60 anos para homem e 55 homens e 55 para mulheres. Idade mínima: 60 anos para homens e 55 para mulheres. Previu também uma regra
anos para mulher Previu também uma regra especial especial para a redução da idade mínima, mas apenas para os servidores com vínculo
para a redução da idade mínima, anterior a 16.12.1998, mas adotou o critério diário, ou seja, cada dia de contribuição
Tempo de contribuição: 35 anos para mas apenas para os servidores com a mais de contribuição reduz um dia na idade mínima. Porém, a idade mínima para
homem e 30 anos para mulher (20 anos vínculo anterior a 16.12.1998, mas homem e mulher sofrerá um acréscimo de 1 ano a partir de 01 de janeiro de 2020 e
de serviço público, 10 de carreira e 5 anos adotou o critério diário, ou seja, de mais um ano a cada dois anos, até atingir o limite da regra permanente.
no cargo). Para servidores com vínculo cada dia de contribuição a mais de
anterior a 16.12.1998, observados os contribuição reduz um dia na idade Tempo de contribuição: 35 anos para homem e 30 para mulher, além 20 anos de
requisitos anteriores, ainda terão direito mínima. serviço público e 5 anos no cargo + pedágio de 30% do tempo de contribuição faltar
a reduzir um ano na idade mínima para na data da promulgação da PEC.
cada ano a mais de contribuição acima da Tempo de contribuição: 35 anos
exigida. para homem e 30 para mulher, Cálculo do benefício: a regra da integralidade e paridade foi mantida para aqueles
além 20 anos de serviço público servidores com vínculo estatal anterior a 31.12.2003, desde que atendida a idade da
Cálculo do benefício: garantia da + pedágio de 50% do tempo de regra permanente. Caso não queira esperar a idade da regra permanente o cálculo
integralidade e paridade. contribuição faltava na data da do benefício será pela média aritmética simples da totalidade das contribuições do
promulgação da PEC. servidor a contar de julho de 1994.

Cálculo do benefício: a regra


da integralidade e paridade foi
mantida para aqueles servidores
com vínculo estatal anterior a
31.12.2003. Quem tem vínculo
posterior a 31.12.2003 o cálculo
do benefício será pela média
aritmética simples da totalidade
das contribuições do servidor a
contar de julho de 1994.

28 29
REFORMA DA
PREVIDÊNCIA
SOB A VISÃO DA AMB

PEC atualizada resultante da aglutinação do texto original


REGRA VIGENTE (41/03 e 47/05) PEC 287-A/2016 com o substitutivo adotado pela Comissão Especial
e com as Emendas nº 2, 3, 7, 12, 17, 23, 58, 66, 68, 78 E 126

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ


Proventos proporcionais ao tempo de Proventos proporcionais ao Proventos proporcionais ao tempo de contribuição (regra permanente), exceto
contribuição(regra permanente), exceto tempo de contribuição (regra se decorrente de acidente em serviço ou moléstia profissional, quando será com
se decorrente de acidente em serviço, permanente), exceto se decorrente proventos integrais(100% da média). Cria a readaptação.
moléstia profissional ou doença grave, de acidente em serviço ou moléstia
contagiosa ou incurável, quando será com profissional, quando será com
proventos integrais (100% da média). proventos integrais (100% da
média). Cria a readaptação.

ABONO DE PERMANÊNCIA
Valor equivalente à contribuição Valor que pode chegar ao Valor que pode chegar ao máximo do valor da contribuição previdenciária
previdenciária máximo do valor da contribuição
previdênciária

APOSENTADORIA COMPULSÓRIA
Setenta anos de idade Setenta e cinco anos de idade Setenta e cinco anos de idade

30 31
REFORMA DA
PREVIDÊNCIA
SOB A VISÃO DA AMB

Com as alterações aprovadas


na Comissão da Reforma da
Previdência e a proposta de
Emenda Aglutinativa

Atualizada em janeiro de 2018

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REFORMA DA
PREVIDÊNCIA
SOB A VISÃO DA AMB

Com as alterações aprovadas


na Comissão da Reforma da
Previdência e a proposta de
Emenda Aglutinativa

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