Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
2012 -2013
EDUCADORA DE INFÂNCIA
Tânia Ferrão
Inês Quianda
Índice
Introdução ..................................................................................................................................... 2
1. Diagnóstico ............................................................................................................................ 4
1.1. Caracterização do grupo .................................................................................... 4
1.2. Identificação de interesses e necessidades ....................................................... 6
1.3. Levantamento de recursos ................................................................................ 7
2. Fundamentação das opções educativas ............................................................................... 8
3. Metodologia ........................................................................................................................ 11
4. Organização do Ambiente Educativo .................................................................................. 13
4.1. Organização do Grupo ..................................................................................... 13
4.2. Organização do Espaço e dos Materiais .......................................................... 14
4.3. Organização do Tempo .................................................................................... 16
4.4. Trabalho de Equipa .......................................................................................... 18
4.5. Trabalho com as Famílias ................................................................................. 19
4.6. Trabalho com a Comunidade ........................................................................... 20
5. Intencionalidades Educativas .............................................................................................. 21
5.1. Opções e prioridades curriculares ................................................................... 21
5.2. Áreas de Conteúdo: Objectivos, Estratégias e Efeitos Esperados ................... 23
5.3. Estratégias pedagógicas e organizativas previstas das componentes
educativas e de apoio à família .................................................................................. 31
5.4. Previsão dos intervenientes e definição de papéis ......................................... 32
6. Avaliação ............................................................................................................................. 34
6.1. Avaliação com as Crianças ............................................................................... 34
6.2. Avaliação com a Equipa ................................................................................... 35
6.3. Avaliação com as Famílias................................................................................ 36
6.4. Avaliação com a Comunidade .......................................................................... 36
7. Planificação das actividades ................................................................................................ 38
8. Bibliografia .......................................................................................................................... 39
Introdução
2
O presente documento é uma forma de orientação para os profissionais de
educação, em específico da Sala Laranja, mas também é um documento que os
encarregados de educação e familiares podem consultar para melhor compreender o
trabalho que é realizado na sala.
Neste documento irá descrever-se o grupo de crianças, assim como as linhas
orientadoras de trabalho que foi refletido para este grupo específico.
Pretende-se que o encarregados de educação e/ou outros familiares participem
ativamente na vida escolar do seu educando e, para tal, irá constar do projeto
curricular de turma a inclusão da família enquanto primeiro interveniente da criança,
de forma a haver uma interligação e interação entre escola-família.
O projeto terá linhas orientadoras concretas e objetivos específicos. No
entanto, é um projeto flexível a mudanças e alterações que estão de acordo com as
necessidades manifestadas pelo grupo de crianças.
O projeto curricular de turma terá, este ano letivo 2012/2013, como tema
principal Sentimentos e Emoções. Ao longo do projeto irão descritos objetivos e
metodologia que permitirão trabalhar o tema.
3
1. Diagnóstico
4
1.1.2 – Distribuição das crianças por idade
Idades 3 Anos 4 Anos 5 Anos
Nº de Crianças 8 5 6
5
1.1.7 – Distribuição de mães empregadas
Mães empregadas Em formação Desempregadas
Nº de Mães 14 2 3
6
1.3. Levantamento de recursos
7
2. Fundamentação das opções educativas
8
5. Diferenciação de atividades para abordar todas as dimensões do
desenvolvimento e todas as capacidades – Embora o crescimento infantil
seja um processo global e interligado, não se produz nem de maneira
homogêna nem automática. Cada área do desenvolvimento exige
intervenções que o reforcem e vão estabelecendo as bases de um progresso
equilibrado do conjunto.
6. Rotinas estáveis – (…) As rotinas atuam como as organizadoras estruturais
das experiências quotidianas, pois esclarecem a estrutura e possibilitam o
domínio do processo a ser seguido e, ainda, substituem a incerteza do futuro
por um esquema fácil de assumir. O quotidiano passa, então, a ser algo,
previsível, o que tem importantes efeitos sobre a segurança e a autonomia.
7. Materiais diversificados e polivalentes – Uma sala de aula de educação
Infantil deve ser, antes de mais nada, um cenário muito estimulante, capaz
de facilitar e sugerir múltiplas possibilidades de ação. Deve conter materiais
de todos os tipos e condições, comerciais e construídos, alguns mais formais
e relacionados com atividades académicas e outros provenientes da vida
real, de alta qualidade ou descartáveis, de todas as formas e tamanhos, etc.
8. Atenção individualizada a cada criança – (…) mesmo que não seja possível
desenvolver uma atenção individual permanente, é preciso manter, mesmo
que seja parcialmente ou de tempos em tempos, contatos individuais com
cada criança. É o momento da linguagem pessoal, de reconstruir com ela os
procedimentos de ação, de orientar o seu trabalho e dar-lhe pistas novas, de
apoiá-la na aquisição de habilidades ou condutas muito específicas, etc.
9. Sistemas de avaliação, anotações, etc., que permitam o acompanhamento
global do grupo e de cada uma das crianças – (…) É preciso ter uma
orientação suficientemente clara e avaliar a cada passo se está havendo um
avanço em direção aos propósitos estabelecidos. Não se trata de coisificar
as intenções educativas, nem tampouco de formalizar o processo. Trata-se,
sim, de saber o que se quer (ideia geral) e quais são as grandes linhas do
processo estabelecido para alcançá-lo.
10. Trabalho com os pais e as mães e com o meio ambiente (escola aberta) –
(…) Esse tipo de participação enriquece o trabalho educativo que é
9
desenvolvido na escola, enriquece os próprios pais e mães e enriquece a
própria ação educativa que as famílias desenvolvem depois em suas casas.
Também os professores(as) aprendem muito com a presença dos pais e das
mães, ao ver como eles enfrentam os dilemas básicos da relação com
crianças pequenas.”
10
3. Metodologia
11
Relativamente ao Movimento Escola Moderna, a avaliação e os debates em
grande grupo são uma mais-valia para o desenvolvimento da democracia, assim como
os mapas reguladores que são usados frequentemente neste modelo, como o Mapa
das Presenças, das Tarefas, do Tempo, entre outros, que permitem a tomada de
consciência da criança enquanto pessoa pertencente a um grupo. Enquanto
educadora, estes aspectos referidos anteriormente são de “(…) um espaço de iniciação
às práticas de cooperação e de solidariedade de uma vida democrática. Nela, os
educandos deverão criar com os seus educadores as condições materiais, afectivas e
sociais para que, em comum, possam organizar um ambiente institucional capaz de
ajudar cada um a apropriar-se dos conhecimentos, dos processos e dos valores morais
e estéticos gerados pela comunidade no seu percurso histórico-cultural.” (Formosinho
et. al, 2007, p.127).
12
4. Organização do Ambiente Educativo
O grupo começa por mudar o dia da semana e o dia do mês. Logo a seguir
marcam a presença e depois planeiam, em conjunto com a educadora, no tapete. É
neste local que se vão debater ideias, projectos e avaliar o trabalho realizado, assim
como escolher a área onde querem ir brincar.
Como são um grupo heterogéneo, as atividades orientadas serão realizadas em
pequeno grupo, de modo, a que o adulto (seja a educadora ou a A.A.E) possa
disponibilizar mais tempo e apoio de melhor qualidade ao grupo de crianças que está a
realizar a actividade. Excepcionalmente, poderão ocorrer actividades de grande grupo.
Estas serão actividades em que o adulto conclua que o grupo não necessita de tanto
apoio, pois pode-se apoiar nos seus pares. Neste sentido, o trabalho está dividido em
dois momentos, na parte da manhã o trabalho é dirigido às crianças que necessitam de
dormir a sesta, enquanto a parte da tarde será para o grupo que não dorme começar
e/ou concluir o trabalho.
Contudo, os momentos em pequeno grupo não conferem toda a atenção que
uma criança possa precisar e requerer. Como cada criança é uma criança, e cada uma
tem uma personalidade e necessidades diferentes, cabe ao educador proporcionar
atenção individualizada para que a criança possa crescer num ambiente onde se sinta
apoiada, querida, confiante e que possibilite o aumento da sua auto-estima. Neste
sentido, e fazendo referencia às Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar
“A relação individualizada que o educador estabelece com cada criança é facilitadora
da sua inserção no grupo e das relações com as outras crianças. Esta relação implica a
criação de um ambiente securizante que cada criança conhece e onde se sente
valorizada.” (Ministério da Educação, 1997, p.35).
13
4.2. Organização do Espaço e dos Materiais
14
uma área que permite que as crianças representem as realidades vividas
por elas, quer na escola, quer em casa.
Área da garagem – Pode-se encontrar nesta área variados brinquedos
desde carros, carros de bombeiros e de polícias e bastantes bonecos e
bonecas. Também está nesta área casas pequenas.
Área das expressões plásticas – Nesta área encontram-se as folhas A4,
lápis, canetas de feltro, lápis de cera, tesouras, jornais e revistas. De
referir que, a plasticina, sendo ela uma forma de expressão plástica,
também pode ser encontrada na área das expressões plásticas.
Área da pintura – Como não era possível juntar o cavalete e as tintas
perto da expressões plásticas, criou-se uma área diferente apesar de a
pintura ser uma expressão plástica.
Área dos jogos – O móvel está repleto de diferentes jogos de mesa,
desde dominós, ao jogo do loto, puzzles. Todos os jogos foram revistos
se estavam completos.
Área da biblioteca – Esta área possui um móvel cheio de livros em bom
estado.
Área das construções – Esta área permite que as crianças, em cima do
tapete onde se reúnem em grande grupo, façam construções com
diferentes materiais como peças de encaixe, madeiras, entre outros.
Com esta divisão e identificação das áreas, torna-se mais simples para o grupo
escolher a área para onde quer ir brincar. Esta divisão permite, similarmente, criar um
ambiente harmonioso, “(…) acolhedor, seguro, amplo e funcional (…).” (Bassedas et al.,
1999, p.106). Salienta-se o fato de a área da casinha, da garagem e da biblioteca
estarem delimitadas com linhas no chão para facilitar a perceção da limitação do
espaço da área pela criança com espectro do autismo.
15
4.3. Organização do Tempo
Tal como todo o trabalho com crianças tem uma intencionalidade, também a
rotina é refletida para melhor corresponder às características e necessidades do grupo.
Nesta mesma linha de pensamento, a organização do tempo é mais uma etapa que o
educador planeia ao conhecer o grupo, as suas necessidades, características e
peculiaridades, pois “(…) uma rotina (…) é educativa porque é intencionalmente
planeada pelo educador e porque é conhecida pelas crianças que sabem o que podem
fazer nos vários momentos e prever a sua sucessão, tendo a liberdade de propor
modificações.” (Ministério da Educação, 1997, p.40).
A rotina permite que as crianças tomem consciência e conhecimento do que
vem a seguir, como referência Hohmann e Weikart (2007, p.224) “(…) a rotina diária
oferece uma estrutura para os acontecimentos do dia – uma estrutura que define,
ainda que de forma pouco restrita, a maneira como as crianças utilizam as áreas e o
tipo de interacções que estabelecem com os colegas e com os adultos durante períodos
de tempo particulares.”.
É com a ajuda de uma rotina coesa mas flexível que as crianças vão tomando
conhecimento dos vários momentos do dia, tornando-se esta fundamental para que a
criança se sinta confortável, sem ter crises de ansiedade por não saber o que lhe
espera, para ser autónoma e feliz. Neste sentido, “ (…) a rotina é flexível na forma
como os adultos compreendem que nunca podem prever com exactidão aquilo que as
crianças farão ou dirão, ou como as decisões que as crianças tomam irão moldar cada
experiência.” (Hohmann e Weikart, 2007, p.227).
É importante salientar que a rotina varia, de igual modo, com os interesses que
o grupo demonstra, ou seja, não se deve nem se pode dissociar o espaço e materiais
da rotina visto que a organização desta última depende da forma como o grupo se
relaciona com os materiais e com o espaço. Neste aspecto, “A distribuição do tempo
relaciona-se com a organização do espaço pois a utilização do tempo depende das
experiências e oportunidades educativas proporcionadas pelos espaços. O tempo, o
espaço e a sua articulação deverão adequar-se às características do grupo e
necessidades de cada criança.” (Ministério da educação, 1997, p.41).
16
A rotina da Sala Laranja está dividida em dois momentos: o da manhã, e o da
tarde. Para melhor se compreender a rotina desta sala prossegue-se uma tabela com
as horas e o que se sucede nas mesmas (aproximadamente).
17
4.4. Trabalho de Equipa
Trabalhar em equipa é, talvez, uma das tarefas mais complicadas devido aos
diferentes métodos de trabalho e diferentes personalidades de cada pessoa o que
poderá incitar conflitos. No entanto, e como um ambiente calmo, seguro, acolhedor e
harmonioso são elementos chave para um crescimento saudável, essas diferenças
deverão ser ultrapassadas.
Um dos aspectos importantes a considerar ressalva-se na conversa com o outro
adulto responsável na sala sobre os objectivos a cumprir no ano lectivo e as estratégias
previstas para o concretizar. Assim, ao envolver todos os adultos da sala nos objectivos
de trabalho, estes irão trabalhar para a mesma finalidade. É, igualmente, importante
que o educador englobe os adultos da sala nas actividades que irão ser realizadas, ou
seja, dar a conhecer as temáticas que irão ser trabalhadas, assim como aceitar
sugestões e permitir que estes participem ativamente na implementação do projecto.
Outro aspecto fulcral para um bom trabalho em equipa consiste na
interatividade entre adultos. É essencial que os adultos da sala conversem entre si,
troquem experiências, comuniquem situações observadas entre criança-criança ou
criança-adulto, que ponham o outro adulto ao ocorrente do que se vai trabalhar para
que, também ele, se possa preparar e prestar mais apoio quer às crianças, quer ao
educador.
Criando estas oportunidades de interação e de comunicação entre adultos,
está-se a “Cria[r] um clima de apoio entre os adultos por forma a que a aceitação e
confiança que sentem entre eles alastre às interacções com as crianças; Vai de
encontro às necessidades dos adultos em termos de pertença, partilha, desempenho,
reconhecimento e compreensão do currículo, para que se possam concentrar nos
18
interesses e intenções das crianças quando estão com elas (…)”. (Hohmann e Weikart,
2007, p.130).
19
pedagógico do estabelecimento de educação pré-escolar, encontre as melhores formas
de motivar a participação dos pais, tendo em conta que as crianças são as mediadoras
dessa relação. É por causa delas, e tendo em vista a sua educação, que estas relações
têm sentido, embora contribuam também para o desenvolvimento dos adultos.”
(Ministério da Educação, 1997, p.46).
20
5. Intencionalidades Educativas
21
Relativamente às prioridades curriculares, estas estão expostas nas Orientações
Curriculares para a Educação Pré-Escolar (1997) e assistem também no trabalho
educativo.
Espera-se assim:
“Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança com base em
experiências de vida democrática numa perspectiva de educação para a
cidadania;
Fomentar a inserção da criança em grupos sociais diversos, no respeito
pela pluralidade das culturas, favorecendo uma progressiva consciência
como membro da sociedade;
Contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para
o sucesso da aprendizagem;
Estimular o desenvolvimento global da criança no respeito pelas suas
características individuais, incutindo comportamentos que favoreçam
aprendizagens significativas e diferenciadas;
Desenvolver a expressão e a comunicação através de linguagens
múltiplas como meios de relação, de informação, de sensibilização
estética e de compreensão do mundo;
Despertar a curiosidade e o pensamento crítico;
Proporcionar à criança ocasiões de bem estar e de segurança,
nomeadamente no âmbito da saúde individual e colectiva;
Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências ou precocidades e
promover a melhor orientação e encaminhamento da criança;
Incentivar a participação das famílias no processo educativo e
estabelecer relações de efectiva colaboração com a comunidade.”.
22
5.2. Áreas de Conteúdo: Objectivos, Estratégias e Efeitos
Esperados
23
tomada de decisões, a Brincadeira livre;
planificação; Mapas reguladores;
Respeitar e cooperar com os Avaliações no final
pares; do dia.
Criar hábitos de higiene e de Incentivar à higiene
alimentação. e incentivar a
provar e comer
alimentos
“diferentes”.
do Mundo
com a família, com as outras Conhecer as
crianças e com o meio diferentes
envolvente (comunidade); profissões;
Fomentar hábitos de uma Mandar trabalhos
alimentação saudável e para as famílias
equilibrada; realizarem com os
Conhecer o corpo humano; seus educandos;
Respeitar e preservar o meio Passeios pela e fora
ambiente; da comunidade
24
Desenvolver as noções Histórias;
espaciais e temporais, Canções;
Jogos;
Festas;
Mapas das
Presenças, do
Tempo, do dia, mês
e ano.
Área de
Expressão e
Comunicação
- Expressão
Desenvolver a coordenação Movimentos com o
Motora
motora; corpo ou outro
Desenvolver a motricidade material: bolas,
fina e grossa; arcos, etc.;
Interiorizar o esquema Canções de roda;
corporal; Danças;
Promover a organização Jogos;
espaço-temporal; Recorte;
Associar ritmo e movimento; Colagem;
Definir a lateralidade; Modelagem;
Desenvolver a flexibilidade, a Desenho;
25
coordenação de movimentos e Pintura;
o equilíbrio. Rasgar Papel.
26
expressão musical; Canções dançadas;
Desenvolver a audição e o Quadras e poemas;
ritmo; Ouvir diferentes
Explorar possibilidades géneros de música;
rítmicas do som. Cantar e tocar
instrumentos
musicais;
Descobrir e
reproduzir sons
com o corpo.
- Domínio da
Desenvolver a capacidade de Jogos;
Matemática
raciocínio lógico-matemático; Contar as
27
Desenvolver a atenção e presenças e as
memorização; faltas;
Desenvolver a noção de Atribuição de
número e quantidade; tarefas como pôr as
Desenvolver a noção de mesas;
ordenar, classificar e seriar; Pesar e medir as
Estimular a aquisição de crianças da sala e
noções espaço-temporais; fazer o registo da
Desenvolver a capacidade de mais pesada, mais
descobrir diferentes atributos leve, mais alta e
de grandeza nos objectos. mais baixa.
28
Quanto aos casos com necessidades educativas especiais, os objetivos serão os
mesmos, mas serão tidos em conta objetivos específicos para estas duas crianças.
Assim sendo, no caso da criança com autismo e tendo em conta que manifesta
atrasos a nível linguístico, cognitivo e social, os objetivos estabelecidos para ela estão
de acordo com as suas necessidades. Neste sentido, segue-se uma tabela
exemplificativa das áreas a trabalhar e os objetivos que se pretende que esta criança
consiga alcançar. Salienta-se que os objetivos foram adaptados d’ A Criança Autista
(Garcia e Rodríguez, 1997)
ÁREA OBJECTIVOS
Contacto através do olhar;
Proximidade e contacto físico;
Coorientação do olhar, com ou
sem sinal prévio;
Chamadas de atenção funcionais
sobre fatos, objetos, ou sobre si
Área da Comunicação – Interação mesmo;
Uso do sorriso como contacto
social;
Pedido de ajuda ao adulto quando
precisa de alguma coisa;
Dirigir-se ao adulto olhando-o de
frente e/ou vocalizando.
Dar e mostrar objetos.
29
Promoção dos mecanismos
básicos de atenção;
Promoção de relações entre
objetos e meios; condutas
instrumentais e resolução de
problemas simples;
Área Cognitiva Promoção de mecanismos e
comportamentos básicos de
imitação em situações reais e
funcionais;
Promoção de comportamentos
básicos de utilização funcional de
objetos e primeiras utilizações
simbólicas;
Promoção de mecanismos básicos
de abstração, primeiros conceitos
simples e, caso necessário, pré-
requisitos para discriminação
percetiva;
Promoção da compreensão de
redundâncias, extração de regras
e antecipação.
30
Objetivos
Cumprir ordens complexas;
Dar respostas com detalhes;
Repetir palavras que demonstra
Terapia da Fala ter mais dificuldade em
pronunciar;
Expressar oralmente os seus
sentimentos/desejos.
Trabalhar a área social;
Sujeitar a criança a fazer mais
contacto visual quando deseja
algo, ou quando conversa com o
outro;
Psicologia Estimular a criança a frequentar
outras áreas de interesse à
exceção da área dos jogos e da
garagem;
Estimular a criança a tomar
iniciativa e participar ativamente
nas atividades espontâneas do
pequeno/grande grupo.
31
1. “A componente social/familiar corresponde ao serviço de refeições e às
actividades desenvolvidas para além das 5 horas diárias da componente
lectiva/educativa, competindo à direcção pedagógica a coordenação e a
orientação de actividades de animação sócio-educativa, salvaguardando a
qualidade do atendimento prestado às crianças.
2. O horário desta componente de apoio à família será o restante entre o
horário de abertura e o da componente lectiva.”
32
i) Manter informadas as ajudantes de acção educativa directa, sobre o
desenrolar do projecto para um melhor acompanhamento destas nas actividades;
j) Comunicar à Directora Pedagógica as suas iniciativas relacionadas com a sua
actividade na Instituição;
k) Colaborar com conhecimento do Encarregado de Educação da criança no
despiste de situações que o Educador considere de algum modo problemáticas.”
33
6. Avaliação
34
para a educadora perceber se a aprendizagem foi bem recebida pelo grupo e quais as
dificuldades sentidas pelo mesmo contribuindo, assim, para que a educadora possa
reformular a sua intervenção e readaptá-la ao grupo.
É ainda realizada uma avaliação final sobre as competências que as crianças já
adquiriram e que ainda estão a adquirir, segundo as Orientações Curriculares para a
Educação Pré-Escolar.
35
6.3. Avaliação com as Famílias
36
Para tal, a Instituição tem ao seu alcance alguns materiais que divulgam o
trabalho concretizado na mesma:
Website da Instituição www.pombadapaz.org;
Jornal da Associação “O Estarola”;
Visita a várias entidades;
Exposições abertas à Comunidade na Instituição ou noutros espaços
culturais.
37
7. Planificação das actividades
Mês Tema
Setembro Adaptação
Outono
38
8. Bibliografia
39