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orientações adequadas de substituição segura com
INFECÇÃO PELO HIV fórmulas lácteas industrializadas;
Iniciar profilaxia contra pneumonia por
A SIDA na infância está associada com a Pneumocytis carinii/jiroveci (PCP) em todas as crianças
contaminação perinatal, que pode ocorrer através da expostas ao HIV entre 4-6 semanas de vida até 1 ano;
transmissão intra-uterina, intraparto ou pós parto. Com o Realizar diagnóstico precoce da infecção pelo HIV
aumento da população feminina infectada na idade em crianças expostas perinatalmente.
reprodutiva, observa-se um aumento do número de casos
de transmissão vertical. Diagnóstico
Para o diagnóstico da infecção pelo HIV recomenda-
Transmissão vertical do HIV se a avaliação epidemiológica, laboratorial e clínica. Será
Atualmente, cerca de 90% dos casos de crianças considerada infectada a criança com positividade em duas
infectadas no Brasil devem-se à transmissão vertical, amostras testadas pelos seguintes métodos: cultivo de
sendo 30 a 50% infecção intra-uterina, 50 a 70% infecção vírus; detecção de RNA ou DNA viral; e antigenemia p24
intraparto e 3 a 16% no pós-parto. Estima-se que cerca de (proteína do HIV) com acidificação, realizados após duas
25 a 30% das crianças expostas perinatalmente irão semanas de vida.
adquirir a infecção. Para o MINISTÉRIO DA SAÚDE, o diagnóstico da
Quando o uso de AZT oral é iniciado em 14 a 34 SIDA leva em consideração a evidência laboratorial de
semanas de gestação e administrado por via endovenosa infecção pelo HIV e a ocorrência de 2 sinais maiores ou 1
durante o parto, e em seguida, administrado ao lactente sinal maior associado a 2 sinais menores:
por seis semanas após o nascimento, a transmissão
perinatal pode ser reduzida a aproximadamente 2/3 ou 8%. Sinais maiores:
Somando-se o uso de AZT em grávidas a um valor de Candidíase oral resistente ao tratamento habitual;
carga viral abaixo de 1.000 cópias por mm 3, o risco de Aumento crônico de parótidas;
transmissão situa-se em torno de apenas 1%. Doença diarréica crônica;
O principal resultado adverso da gestação de uma Herpes zoster;
mulher soropositiva é a prematuridade. O estado Tuberculose ou
nutricional materno adequado pode reduzir a transmissão
vertical através do aumento da resposta imune da mãe e Sinais menores:
criança reduzindo a progressão clínica, imunológica, Otite/sinusite crônica ou de repetição;
virológica, riscos de baixo peso ao nascer e prematuridade Hepato e/ou esplenomegalia;
e mantendo a integridade do trato gastrointestinal do feto e Miocardiopatia;
criança. Ainda, a desnutrição aumenta o risco de Dermatite crônica;
complicações pós-cesarianas e a morbidade pós-parto, Linfadenopatia em 2 sítios;
que são especialmente prevalentes em mulheres HIV. Febre >38ºC por mais de 1 mês ou recorrente;
A má nutrição pré-natal, independente do estado do Perda ponderal de mais de 10% do peso anterior
HIV, pode resultar em atraso de crescimento do feto e ou
crescimento inadequado para a idade gestacional, Alteração da curva de crescimento infantil de 2
contribuindo para a diminuição da imunidade celular e percentis;
baixos níveis de célula T, pequeno tamanho do timo e Anemia e/ou linfopenia e/ou trombocitopenia sem
aumento da taxa de infecção. outro diagnóstico alternativo.
Níveis séricos baixos de vitamina A estão entre os
fatores de risco para transmissão vertical do HIV. A maior parte das crianças infectadas pela
Entretanto, a eficácia da suplementação desta vitamina na transmissão vertical desenvolve algum grau da doença
redução da transmissão ainda não foi demonstrada. antes dos 2 a 4 anos e cerca de 20 a 30% delas
Não há consenso em relação ao tipo de parto ideal apresentam evolução mais grave, com pior prognóstico,
para gestante soropositiva. Mas parece que o parto iniciando o quadro no primeiro ano de vida, caracterizado
cesárea realizado antes do início do trabalho de parto por infecções oportunistas, como pneumonia, alterações
diminui a transmissão do HIV de mãe para filho, embora neurológicas e quadro de candidíase intensa. Cerca de 70
aumente a morbiletalidade. a 80% das crianças com terapia antirretroviral apresentam
maior sobrevida.
Prevenção da transmissão vertical O estado nutricional da criança é capaz de influenciar
O conhecimento da infecção materna no período pré- o curso da doença. Existe um período de latência –
natal permite: portador assintomático – até a manifestação da doença,
Garantir terapia com anti-retrovirais e profilaxia de frequentemente marcada por acentuada perda ponderal
infecções oportunistas na mulher; associada ou não a infecções oportunistas e
Fornecer quimioprofilaxia anti-retroviral com manifestações catabólicas que estão diretamente
zidovudina durante a gestação, parto e para recém- relacionadas com a sobrevida.
nascidos com o intuito de reduzir a transmissão vertical;
Aconselhamento às mulheres infectadas sobre os
riscos de transmissão do HIV através da amamentação e
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Tratamento O envolvimento do SNC na infecção pelo HIV pode
Inclui: ser um dos fatores que resultam em encefalopatia, retardo
Monitorização regular da contagem de CD4+ do desenvolvimento e déficit na capacidade motora, que
ecarga viral; afeta a capacidade da criança em comer.
Farmacologia anti – retroviral terá indicação
baseada no critério de classificação da CDC Causas de Desnutrição na SIDA:
Prevenção e tratamento de infecções bacterianas
e oportunistas; ↓ consumo de nutrientes:
Suporte nutricional – comprometimento • Anorexia, náuseas, vômitos
nutricional; • Estomatite, disfagia
Suporte psicossocial – isolamento social devido • Dor epigástrica
às doenças ou morte dos pais; • Depressão
Crianças filhas de mães soropositivas para o HIV • Desenvolvimento psicomotor deficiente
deverão seguir rotina específica, segundo MS, 2000.
↑ perdas de nutrientes:
Objetivos: • Diarréia
Prolongar a sobrevida e qualidade de vida; • Sangramentos intestinais
Melhorar o funcionamento do sitema imunológico; • Má absorção nutrientes (vitamina B12, ácido fólico,
Suprimir a replicação viral; tiamina, zinco, selênio, cálcio, magnésio, vitamina A e D)
Utilizar regimes terapêuticos que facilitem a
adesão e que tenham baixa toxicidade. ↑ requerimentos nutricionais ou catabolismo orgânico:
. • Perda de proteína
Desnutrição e SIDA • Hipermetabolismo
Está presente em 50 a 90% dos pacientes • Febre, infecções, sepses
soropositivos resultando em graves consequências, como • Neoplasia
déficit de micronutrientes e/ou macronutrientes além de • Medicação
lterações no metabolismo dos nutrientes. • Liberação de fatores catabólicos (citocinas, TNF)
Sua etiologia e desenvolvimento são multifatoriais e
sua detecção e tratamento precoce permitirá respostas Algumas considerações
terapêuticas positivas. Má absorção lipídica pode ocorrer durante todo o
processo da doença e nem sempre está acompanhada por
Consequência da desnutrição diarreia ou outros sintomas clássicos.
Atraso no desenvolvimento psicomotor, O vírus pode ser encontrado nos enterócitos e causar
principalmente em relação à alimentação – lactentes filhos alterações estruturais e funcionais na mucosa intestinal,
de mães infectadas, mesmo sem a manifestação da como atrofia de vilosidades, defeitos de maturação celular
doença, podem apresentar alterações no crescimento; intestinal e maior permeabilidade intestinal.
Progressão da doença; A zidovudina (AZT) pode melhorar a função intestinal
Efeitos na imunocompetência; dos pacientes, sugerindo que a supressão do HIV pode
Redução da efetividade e tolerância às drogas e reverter muito dos efeitos intestinais do vírus.
outras terapias; A deficiência de selênio tem sido apontada como um
Síndrome de wasting (emagrecimento intenso): É significativo preditor da mortalidade relacionada à infecção
um sintoma grave de SIDA e segundo o CDC é definida pelo HIV, independente da contagem de CD4 e terapia
para crianças menores de 13 anos como: anti-retroviral.
o perda ponderal superior a 10%, ou queda de 2
percentis no P/I em crianças menores de 1 ano de idade Deficiências nutricionais (Vasconcelos)
ou P/A abaixo do percentil 5 em duas medições Há diminuição: ácido linoleico, folato,
consecutivas com intervalo de 30 dias. betacaroteno, vitaminas A, C, E, B6, B12, Fe, Zn e Se.
o diarreia crônica (2 ou mais evacuações ao dia Estes ossuem relação direta com a contagem de células
por mais de 30 dias) ou febre (intermitente ou constante CD4 e inversa com a carga viral.
por mais de 30 dias). Deficiência de betacaroteno: interfere na função
imunomoduladora e antioxidante.
Causas da redução do consumo energético Selênio: cofator de reações com a glutationa
Há consenso que haja redução do consumo redutase, que sintetiza antioxidante fisiológico,
energético especialmente em crianças com quadro fortalecendo a resposta imunológica.
avançado, associado à imunossupressão mais severa, Na doença crônica há o aparecimento de anemia
maior carga viral e redução de proteínas séricas. Esta microcítica e hipocrômica.
redução pode estar relacionada aos efeitos sistêmicos de
citocinas, além de lesões inflamatórias intestinais, dor, Síndrome da lipodistrofia
náuseas, vômitos, diarreia e problemas relacionados com Alterações metabólicas e de padrões de composição
motilidade intestinal e disfagia (acomete 45% das corporal ocorreram desde a introdução da terapia anti-
crianças). retroviral, como:
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síndrome da redistribuição de gordura (ou quando necessário, utilização de drogas e educação
lipodistrofia) – perda de gordura subcutânea periférica nutricional.
(membros superiores e inferiores e face) e deposição de A utilização de drogas para melhorar o apetite como
gordura visceral central (abdome, dorsocervical e tórax); o acetato de megestrol (derivado da progesterona) tem
hiperlipidemia; apresentado resultado positivo para o tratamento de
sensibilidade alterada à insulina. caquexia.
É importante a atuação em paciente assintomáticos,
Embora estes problemas tenham se tornado aparente de modo a manter bom estado nutricional prevenindo
após a terapia, muitos deles podem ser decorrentes de deficiências nutricionais, também sendo indicada a
doenças crônicas, alimentação, exercício, alteração do intervenção nutricional precoce para crianças infectadas
metabolismo lipídico, resistência à insulina, predisposição com HIV, já que a TMB de pacientes assintomáticos está
genética e medicações, configurando fatores de aumentada em 10%.
desenvolvimento de doença cardiovascular.
Energia
Avaliação nutricional Dependerá do tipo e duração das infecções
oportunistas.
Deve incluir indicadores: O consumo energético deverá estar aumentado em 50
Dietéticos - consumo alimentar (recordatório de a 100% dos requerimentos em crianças não infectadas.
24h e um registro de consumo de 3 dias), detecção de Ao final de uma infecção aguda é importante que o
aspectos psicossociais e econômicos que podem afetar a cosnumo esteja aumetnado em 20 a 50% a fim de
manutenção do estado nutricional (saneamento, água recuperar a massa muscular e restituir reservas de
filtrada, luz, capacidade de auto alimentação e aquisição nutrientes.
de gêneros alimentícios).
Antropométricos - acompanhamento do Vasconcelos preconiza:
crescimento através do gráfico de crescimento, adequação
dos índices P/I, A/I, P/A (escore Z), circunferência do Assintomáticos ↑ 10% na ingestão
braço/idade, PCT/idade e IMC/idade, mensalmente para energética.
pacientes sintomáticos e trimestralmente para os Independentemente da ↑ 50 a 100% consumo
assintomáticos. evolução da infecção para energético dos
crianças COM PERDA DE requerimentos de crianças
Embora crianças filhas de mães HIV geralmente
PESO não infectadas.
tenham peso e tamanho < do percentil 50, crianças não
infectadas o atingem enquanto as infectadas não. Krause:
Observa-se um déficit inicial e mais pronunciado na Crianças assintomáticas: Deve ser prescrita dieta
estatura para a idade, especialmente por volta dos 15 com teor de energia e proteína equivalente a 1,5 a 2 vezes
meses de idade. a recomendação nutricional para a idade.
Bioquímicos - hemograma (série vermelha), Crianças sintomáticas: Dieta hipercalórica: 1,5 a 2
albumina, teste de absorção de carboidratos e estado vezes as recomendações nutricionais. Adicionar à taxa
imunológico, ferro e zinco séricos, lipídeos. energética o fator de recuperação (igual ao percentual de
Clínicos - considerar categoria clínica e presença perda de peso) e o fator de estresse (50% para infecções
de infecções oportunistas. Presença de sintomas moderadas e 100% para infecções graves).
gastrointestinais, alterações metabólicas, interações A concentração energética pode ser obtida através de
medicamentosas e atraso no crescimento e maior quantidade de carboidrato (açúcar e cereais) e
desenvolvimento psicomotor que podem dificultar a lipídeos (óleo vegetal e TCM) às refeições.
alimentação.
Monitorizar as funções: intestinal, hepática, renal, Proteínas
pancreática, de medula óssea e de outros sistemas que De acordo com Accioly não é necessário aumentar o
podem estar alteradas devido às interações consumo de proteínas, devendo estar entre 12 a 15% do
medicamentosas aumentando o risco de falência orgânica VET.
e complicações nutricionais subseqüentes.
Lipídeos
Terapia nutricional
De acordo com Accioly não tem recomendação de
A manutenção do adquado estado nutricional em
aumento ou diminuição.
pacientes infectados com HIV é um desafio, à medida que
o paciente apresenta várias complicações que
Micronutrientes
comprometem o estado nutricional. A dietoterapia é um
Deficiência de vitamina A aumenta o risco de diarreia
componente fundamental do cuidado clínico, pois melhora
e as infecções aumentam as perdas de vitamina A. É
a melhora do estado nutricional, melhora a função imune,
importante aumentar as fontes desta vitamina: fígado,
reduzindo as complicações.
vegetais verdes-escuro, vegetais amarelos e gema de ovo.
A terapia nutricional inclui uma terapia combinando
Deve ser prescrito a cada 4 a 6 meses:
suporte nutricional, assegurando alto aporte de energia e
- 6 a 12 meses: 200.000 UI
nutrientes, utilizando-se nutrição enteral e parenteral,
- 13 a 5 anos: 200.000 UI
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o Aumentar a variedade de alimentos e
Zinco - se os cabelos estiverem quebradiços, opacos, preparações
fracos, manchados ou com sinal de bandeira: o Aumentar o fracionamento e reduzir volume
• 1 a 2mg/kg/dia o Aumentar o consumo de líquidos após e entre
as refeições
Complexo B - de acordo com o grau de desnutrição o Recomendar a higiene oral com água antes das
em dose referente 3 vezes maior que as recomendações refeições
nutricionais. o Estimular atividade física leve
o Utilizar estimulantes do apetite, como acetato de
Vitamina C - nos estados carenciais, dose 3 vezes a megestrol
recomendação nutricional:
• 200mg/dia por 10 dias Náusea e vômitos
o Alimentar a criança em posição sentada e não
Ácido fólico - 5mg/dia permitir que deite após as refeições
o Aumentar o fracionamento e reduzir volume
Ferro - não deve ser utilizado durante processos o Aumentar o consumo de líquidos entre as
infecciosos, pois reforça a capacidade metabólica e da refeições
multiplicação bacteriana. o Consumir alimentos secos
• 1mg/kg/dia – dose profilática o Evitar alimentos gordurosos
• 3 – 4 mg/kg/dia – dose de tratamento o Dar preferência a líquidos gelados
o Manter a casa ventilada
Vitamina K - indicada para pacientes em NPT por mais
de 7 dias e na presença de sepse ou diarreia prolongada. Candidíase oral
• 5mg/semana (IM) em lactentes o Recomendar o uso de alimentos macios e
• 10 mg/semana (IM) em pré-escolar e escolar úmidos
o Temperatura deverá ser fria
Água o Recomendar o uso de canudo
Os requerimentos estão aumentados em caso de suor o Evitar alimentos condimentados, picantes,
excessivo, febre e diarreia. O consumo deve ser ácidos, quentes, crus e doces
proveniente de água filtrada, sucos e refrescos. o Pode-se recomendar uso de pedras de gelo
antes das refeições para diminuir a sensilibilidade da boca
Interação entre drogas e nutrientes:
Os tipos de interação entre medicamentos e Dislipidemia (Vasconcelos)
alimentos são: o Caso seja confirmada a dislipidemia, após 2 anos
1. alimentos afetando a absorção, metabolismo, de idade, deve-se desestimular o consumo de alimentos
distribuição e excreção do medicamento. ricos em colesterol e gordura saturada e encorajar a
2. medicação afetando absorção, metabolismo, ingestão de fibras
distribuição e excreção de nutrientes. o O uso de terapia medicamentosa, segundo a
3. medicamentos causando efeitos colaterais que ADA, só deve ser instituída em maiores de 10 anos de
podem afetar o consumo e absorção de idade, na presença (após 6 a 12 meses de modificação
nutrientes. dietética) e permanência dos níveis de LDL> 190 mg/dl ou
> 160mg/dl associado à história familiar de DAC ou ainda a
Dietoterapia nas complicações presença de 2 outros fatores de risco para DAC
Diarreia
o Requerimentos nutricionais estão 25% Segurança alimentar:
aumentados em casos de diarreia Observar data de validade dos alimentos e se as
o Aumentar o consumo de líquidos embalagens estão intactas
o Aumentar o consumo de fibras solúveis Evitar consumo de alimentos crus ou mal
o Evitar fibra insolúvel passados e alimentos já fatiados e moídos
o Vegetais bem cozidos e macios Lavar as mãos com água e sabão antes de
o Incluir alimentos refinados preparar, oferecer e consumir alimentos
o Frutas e vegetais devem ser descascados Lavar utensílios com água e sabão e/ou fervê-los
o Temperatura norma Lavar bem as verduras, legumes e frutas, com
o Aumentar fracionamento e reduzir volume água fervida em abundância
o Pode ser necessário reduzir o teor de lactose, Descascar e cozinhar hortaliças e frutas antes de
podendo trocar o tipo de leite da dieta consumir
o Pode ser necessário a utilização de hidrolisado Evitar uso de mamadeiras às crianças
proteico caso seja observada intolerância à proteina do Estocar alimentos e água em recipientes limpos e
leite de vaca tampados
Utilizar tábuas de plásticos para corte de carnes e
Inapetência legumes
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Ferver água para preparar refeições e bebidas O manejo nutricional da criança com nefropatia é, ao
Cozinhar alimentos até a fervura mesmo amplo e específico. Amplo porque depende da
Evitar armazenar alimentos cozidos ou se situação clínica envolvida, uma vez que a insuficiência
possível armazenar em geladeira aquecendo antes de renal crônica (IRC) pode ser considerada em várias
consumir doenças, e específica porque depende do
Evitar contato entre alimentos crus e cozidos, os comprometimento renal em cada situação.
alimentos cozidos devem ser guardados na geladeira em Crianças com IRC até 4 anos devem ser bem
recipientes bem fechados. Descongelar alimentos na nutridas para garantia da taxa de crescimento,
geladeira, no micro-ondas ou em banho-maria e nunca preferencialmente acima do percentil 5 para a idade.
recongelá-los Quanto mais precoce a IRC (taxa de filtração
Descongelar os alimentos em geladeira, glomerular < 30%) maior impacto sobre o crescimento da
microondas ou banho-maria criança.
Observar a data de validade e se as embalagens Para a doença renal ser considerada crônica, deve se
estão intactas haver taxa de filtração glomerular (TFG) inferior a 60
Evitar o contato de moscas com os alimentos ml/min/1,73m2 por tempo superior ou igual a 3 meses.
Refrigerar os alimentos, no máximo até 2 h após a Para estimar a em pediatria usa-se a equação de Schwartz
aquisição ou cocção e reaquecê-los antes do consumo. (Chemin):
Tempo máximo que os alimentos podem permancer em
refrigerados: TFG (ml/min/1,73m2) = k x estatura em cm /
o Carnes cruas – até 2 dias creatinina em mg/dl
o Carnes cozidas ou assadas – até 4 dias Onde k (meninos) = 0,70; e (meninas) = 0,55
o Ovo inteiro e cru – até 5 semanas
o Ovos cozidos – até 1 semana A classificação dos estágios da IRC é:
Alterações hematológicas:
Ocorre diminuição da produção de eritropoeitina, da
sobrevida das hemácias e da qualidade de plaquetas, além
de distúrbios no metabolismo do ferro e deficiência de
folato que levam à anemia gravada pela perda de sangue,
comum em nefropatas. A SBN sugere iniciar a
investigação na presença de hemoglobina < 12 g/dl nos
primeiros anos de vida.
Os protocolos de tratamento incluem: suplementação
de ferro, e monitoramento dos níveis séricos de ferritina, e
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Avaliação Nutricional (Chemin)
A avaliação nutricional é um processo complexo. Não
há um único método capaz de avaliar, precisamente os
estados nutricionais e metabólicos dos indivíduos.
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Meninos 1970 1,7 – 1,8
7-10 anos kcal/dia
Meninos 2200 1,7 – 1,8
11 -14 anos kcal/kg/dia
Meninos 2755 1,4 – 1,5
15 - 18 anos kcal/kg/dia
Meninas 1740 1,7 – 1,8
7-10 anos kcal/kg/dia
Meninas 1845 1,7 – 1,8
11 -14 anos kcal/kg/dia
Meninas 2110 1,4 – 1,5
15 - 18 anos kcal/kg/dia
Diálie Prematuro 120 - 180
peritoneal
0-6 meses 115 – 150 2,6
6-12 meses 95 – 150 2,0
1-3 anos 95 – 120 1,6 Para pacientes pós-transplante nos primeiros meses,
4-6 anos 90 1,6 deve ser usado 2-3 g/kg/dia. Ao longo dos meses a
Meninos 1970 1,4 ingestão deve corresponder a TFG, idade cronológica e
7-10 anos kcal/dia manter BN positivo, sempre com adequada adequação
Meninos 2200 1,4 calórica. Na presença de rejeição do enxerto a ingestão
11 -14 anos kcal/kg/dia deve ser rigorosamente monitorada, seguindo DRI.
Meninos 2755 1,3 De acordo com Welfort a proteína: criança com < 2
15 - 18 anos kcal/kg/dia anos recomendação é ≤ 0,15/cm/dia. Maiores de 2 anos
Meninas 1740 1,4 deve ser seguida a RDA para estatura. Quando tiver em
7-10 anos kcal/kg/dia hemodiálise e maior que 2 anos, ofertar ≤ 0,3 g/cm/dia. Na
Meninas 1845 1,4 vigência de diálise o aporte deve ser maior e no pós-
11 -14 anos kcal/kg/dia transplante, o RDA de proteína deve ser para estatura e
Meninas 2110 1,2 idade.
15 - 18 anos kcal/kg/dia O aporte proteico é fundamental para o crescimento
linear, mas quando se restringe cálcio e fósforo esse
aporte também é controlado.
Transplante renal: em consequência da corticoterapia e
uso de imunossupressores ocorrem alterações nutricionais Sódio (tratamento conservador, hemodiálise e diálise
e metabólicas. Dentre elas destacam-se: obesidade, peritoneal)
diabetes, hipertensão, hiperlipidemia. O programa inclui: Está indicada a restrição entre 1 a 2 mg/kg/dia em
- gorduras totais (<30% VET) casos de edema ou hipertensão. Para tanto se indica
- colesterol (< 200 mg/dl) restrição de alimentos industrializados, temperos prontos,
- gordura saturada (< 7%) embutidos e afins. Deve ser aconselhada a troca de sal por
- isenção de açúcares simples e gordura trans ervas e temperos naturais. Pacientes no estágio 5T
recomenda-se redução da ingestão de sal para 2 a 4g/dia.
Cálculo de calorias para transplantados: Welfort: devem ser controle na HAS, corticoterapia e
retenção hídrica. Deve ser aumentado quando ocorrer
perda peritoneal para o dialisato ou quando a perda
urinária for maior.
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mais graves. A imunocompetência encontra-se alterada
Fatores de risco para IRA especialmente para C3, IgA secretora, e linfócitos CD3 e
Principais fatores de risco associados à maior CD4.
vulnerabilidade, frequência e gravidade da IRA em O sinergismo entre estado nutricional e infecções é a
menores de 5 anos: principal causa de morte entre lactentes (20 x maior a
Alta prevalência de baixo peso ao nascer probabilidade).
Desnutrição O aleitamento ao seio apresenta um forte efeito
Falta ou curta duração do aleitamento protetor contra incidência de infecções respiratórias. Os
materno mecanismos incluem:
Faltam de imunização, especialmente como Presença de substâncias antivirais e
sarampo e coqueluche. antimicrobianas no leite materno
Contaminação do ar doméstico Células imunologicamente ativas
Estimuladores do sistema imunológico
Fatores nutricionais que podem influir no risco de IRA: O impacto da deficiência de vitamina A tem sido
Baixo peso ao nascer reconhecida sobre a gravidade das infecções respiratórias
Estado nutricional em crianças. Sua carência diminui células mucosecretoras
Aleitamento materno de modo que as bactérias tendem a aderir nas vias
Estado nutricional de vitamina A e outros respiratórias com maior facilidade. Além de prejuízos em
micronutrientes outros mecanismos de defesa imunológica.
Mecanismos pelos quais baixo peso ao nascer Fatores relacionados aos cuidados e conhecimento de
predispõe a IRA: saúde
Imunocompetência reduzida (principalmente em Fatores relacionados aos conhecimentos, práticas e
crianças PIG) atitudes familiares determinam o reconhecimento imediato
Função pulmonar restrita ou tardio das IRAs, adoção de medidas, adequadas ou
Crianças pré-termo costumam ter uma função não, para seu tratamento, decisão para buscar assistência
pulmonar restrita durante a infância, devido à médica, compreensão das informações recebidas e
displasia broncopulmonar secundária a respiração extensão na qual as orientações são seguidas.
mecânica e as dispneias, visto que o Maior escolaridade está relacionada à maior
desenvolvimento completo dos alvéolos foi prevenção e redução da morbimortalidade.
interrompido pelo nascimento antes do tempo. A qualidade da assistência à saúde também está
envolvida na determinação da magnitude desta morbidade.
Estado Nutricional O uso excessivo e inadequado de antibióticos é uma das
É reconhecida a associação entre estado nutricional e principais razões para o crescente aumento na resistência
IRA. Crianças gravemente desnutridas apresentam bacteriana a estas drogas.
resposta imunológica deficiente, e apresentam infecções
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Impacto das infecções respiratórias agudas sobre o evitar inapetência causada pela desidratação. A
estado nutricional administração de líquidos pode incluir água, refrescos,
IRA é importante causa de deterioração do estado de sucos naturais como forma de oferecer também vitaminas
saúde, especialmente estado nutricional de crianças e minerais.
menores que cinco anos. Estima-se que neste período a Amamentar ao seio com maior frequência e
criança sofra de 4 a 8 episódios que associados à sempre por períodos mais longos de dia e á noite.
poluição, alimentação inadequada, desnutrição pregressa, Aumentar o fracionamento da alimentação.
fazem com que os episódios sejam mais frequentes, Geralmente a alimentação líquida ou pastosa é mais aceita
longos e graves. o que a sólida. Concentrar as refeições para aumentar o
Mecanismos pelos quais as infecções podem aporte energético.
prejudicar o estado nutricional: Limpar o nariz obstruído.
Consumo de alimentos reduzido e água O responsável deve se sentar com a criança
devido à anorexia e/ou dificuldade de deglutição devido à incentivando-a a comer. Deve ser servida em prato
faringite ou tosse. A anorexia pode ser decorrente de individual para verificação do real consumo feito pela
infecção, febre, efeitos colaterais de medicamentos ou criança.
alteração de paladar. Outra causa para o baixo consumo Não se recomenda forçar ou apressar a
são vômitos (mãe fica receosa em oferecer alimentos). A criança a comer.
anorexia melhora com a involução do quadro infeccioso. Manter a criança após a alimentação, em
Aumento da demanda energética. Isso é posição semisentada a fim de prevenir regurgitação e
justificado pela presença da infecção que leva ao estado vômitos, e consequentemente risco de aspiração.
hipermetabólico e pode gerar perda de peso, inclusive Promover alimentação mais abundante na
massa magra. O trabalho respiratório aumentado também convalescência. Neste período é observado retorno do
aumenta as necessidades energéticas. A febre aumenta apetite e aumento dos requerimentos nutricionais para
da taxa metabólica entre 11 a 13% a cada 1º de permitir que a criança volte ao seu crescimento normal e
temperatura acima de 37C, além de impor perda hídrica. refaça suas reservas. A criança deve voltar à dieta normal
Proteínas são necessárias para fazer frente ao anabolismo com aumento do teor energético, que pode ser obtido com
aumentado para síntese de elementos de defesa. O a inclusão de mais uma refeição por dia.
aumento das necessidades proteico-energéticas determina É importante que o nutricionista conheça os
aumento da demanda de micronutrientes. efeitos sobre o sistema digestivo dos medicamentos. Os
antibióticos estão entre os medicamentos mais utilizados
Conduta nutricional nas IRAs em crianças com IRA e seu uso pode estar relacionado
Objetivo: manter hidratação, minimizar as perdas de com alterações do sistema digestivo.
peso durante o processo infeccioso e recuperar o estado
nutricional após a cura da criança. Os seguintes cuidados
devem ser realizados:
Manter hidratação para fluidificar a secreção
respiratória, reposição de líquidos perdidos pela febre e
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Além do cuidado nutricional e do tratamento para a idade, e realizar as orientações quanto à segurança
medicamentoso adequado a cada caso, outros alimentar.
procedimentos são indicados: (B) Adicionar à taxa energética o fator estresse de 60% em
Informação dos sinais de gravidade infecções moderadas, e aumentar a densidade energética
(respiração mais rápida e difícil, impossibilidade de através de maior concentração de açúcar, cereais, óleos
ingestão de líquidos, piora do estado geral). vegetais e TCM as refeições.
Umidificação do ambiente (recipiente com (C) Fornecer dieta com teor de energia e proteína
toalhas molhadas estendidas no ambiente), vaporização equivalente a 1,5 a 2 vezes a recomendação nutricional
com água nos caos de tosse rouca. para a idade, e fazer suplementação de ferro (3 – 4
Realização de tapotagem em casos de tosse mg/Kg/dia); ácido fólico (5 mg/dia) e vitamina K (5
com secreção. mg/semana).
Fluidificação de secreção nasal com solução (D) Adicionar à taxa energética o fator de recuperação (=
salina. ao % de perda de peso) de 20%, e indicar o aumento de
Evitar atividade física excessive. ingestão hídrica e redução de fibras solúveis e alimentos
Evitar cigarros e poluentes do ar perto das que contem lactose.
crianças para facilitar a sua respiração.
2) Em caso de intolerância a lactose, devem ser
restringidos os seguintes alimentos, EXCETO(UFRJ,
QUESTÕES: 2003):
(A) Biscoito e alguns cafés instantâneos(D) Queijos
1) Dora, dois anos, compareceu ao ambulatório de nutrição
acompanhado de sua tutora. Andréia, com diagnóstico de (B) Margarinas e manteigas (E) Pão francês
SIDA, pesando 10,8 Kg, com 10% de perda de peso num (C) Alguns adoçantes em pó
período de um mês, e em presença de diarréia persistente.
Para esta situação, as orientações nutricionais deverão 3) Assinale a opção correta em relação ao cuidado
seguir a prescrição de (Residência, 2006): nutricional na alergia alimentar(MARINHA, 2006):
(A) Fornecer dieta com teor de energia e proteína (A) Os tratamentos ou medicações de dessensibilização
equivalente a 1,5 a 2 vezes a recomendação nutricional são alternativas viáveis para controlar a alergia alimentar;
18
(B) A abstenção total de um alérgeno alimentar é o único 9) A alimentação de uma criança obesa encerra alto
tratamento comprovado para alergia alimentar; percentual de lipídios, cuja ingestão deve ser, em média
(C) A amamentação e a abstenção materna de alérgenos 30% do valor energético total. O fator que expressa uma
não influencia o desenvolvimento de alergia alimentar em possível contribuição deste macronutriente ao ganho
bebê de risco; ponderal é(UERJ, 2002):
(D) Deve se retirar da alimentação os alimentos altamente (A) Alta osmolaridade
alergênicos como o leite, ovos, peixes, cereais e (B) Agradável palatabilidade
amendoins em crianças de risco. (C) Elevado poder de saciedade
(E) Nos casos de alergia a proteína do leite de vaca, deve (D) Eficiente armazenamento corporal
se omitir o leite de vaca in natura, sendo os lacticínios em
geral bem tolerados. 10) A principal causa de obesidade em crianças é:
(A) Hipotireoidismo
4) O principal alérgeno no leite de vaca é: (B) Diabetes Mellitus
(A) Caseína (C) Erro alimentar
(D) Insuficiência respiratória aguda
(B) Beta-lactoglobulina
(E) Síndrome de Cushing
(C) Micra-lactoalbumina
(D) Lactose 11) Uma criança deve ser considerada obesa quando:
(E) Lactoferrina (A) A relação P/I esta entre o p80 e o p90
(B) A relação P/A esta acima de p95
5) Qual o 1º leite de escolha para alimentação do lactente (C) A relação A/I esta acima do p95
que apresenta alergia a proteína do leite de vaca e que (D) A relação P/A esta entre o p80 e o p90
não pode ser alimentado ao seio:
12) Quando se planeja dieta para uma criança, a
(A) Leite de soja quantidade de carboidrato deve ser suficiente para
(B) Mamadeira de frango prevenir a seguinte alteração:
(C) Formula Láctea com hidrolisado de caseína (A) Cetose
(D) Leite de cabra (B) Anemia
(E) Formula Láctea contendo aminoácidos livres (C) Glossite
(D) Hemorragia
6) A leptina é um hormônio secretado pelo tecido adiposo (E) Desidratação
que parece estar correlacionado com a porcentagem de
gordura corpórea. Portanto, indivíduos obesos apresentam 13) São fatores envolvidos na etiologia da obesidade:
níveis séricos elevados de leptina. Estudos em animais (A) Hiperinsulinismo e insulino resistência
demonstraram que a leptina apresenta como principal (B) Diminuição da atividade da lipase lipoprotéica e
função(CMBRJ, 2005): hipotireoidismo
(A) Aumentar a saciedade e o metabolismo energético (C) Compulsão alimentar e hipoinsulinismo
(B) Aumentar a saciedade e não interferir no metabolismo (D) Aumento da leptina e aumento do gasto energético
energético (E) Hiperinsulinismo e aumento da atividade lípase
(C) Aumentar a saciedade e reduzir o metabolismo lipoprotéica
energético
(D) Reduzir a saciedade e o metabolismo energético 14) Bebês ou crianças no final da amamentação no peito,
com sinais clínicos indicativos ou sugestivos de
(E) Reduzir a saciedade e aumentar o metabolismo
desnutrição, como cabelos secos e escassos e edema,
energético
apresentam a seguinte desordem nutricional(AM, 2005):
(A) Marasmo
7) Na literatura cientifica, foi descrita uma forte associação
(B) Hipovitaminose A
entre uma dieta rica em lipídeos e a obesidade, devido aos
seguintes fatores(CONAB, 2005): (C) Hipovitaminose das vitaminas lipossolúveis
(A) Hiperfagia e menor palatabilidade (D) Kwashiorkor
(B) Hiperalimentação e saciedade tardia (E) Anemia ferropriva
(C) Disfagia e maior densidade energética
15) Uma criança de 2 anos, desnutrida, foi internada com
(D) Odinofagia e saciedade precoce
desidratação grave. Ao exame, apresentava cabelo fino e
(E) Saciação precoce e maior mastigação
quebradiço, diarréia, edema e esteatose hepática. Com
base nesta situação hipotética, assinale a opção correta
8) Todos os fatores abaixo estão envolvidos na etiologia da
quanto ao tipo de desnutrição da criança e a conduta
obesidade, EXCETO(NITERÓI, 2003):
nutricional na fase de estabilização da doença(AC, 2006 –
(A) Hiperatividade da glândula supra-renal;
UnB/CESPE):
(B) Hipotireoidismo grave;
(A) Kwashiorkor, conduta de 200 Kcal/kg/dia.
(C) Hipogonadismo;
(B) Marasmo, conduta de 150 Kcal/kg/dia.
(D) Hipopituitarismo;
(C) Kwashiorkor, conduta de 80 a 100 Kcal/kg/dia.
(E) Lesão hipotalâmica causada por tumor.
(D) Marasmo, conduta de 80 a 100 Kcal/kg/dia.
19
16) Na DEP grave podem ocorrer alterações hormonais (D) Na presença de doenças crônicas é comum a
importantes, dentre as quais a redução da produção de associação com o kwashiorkor, tendo como principal causa
insulina que leva aos seguintes efeitos à dieta hipoprotéica, porém normocalórica.
metabólicos(NITERÓI, 2003): (E) Comparando-se o marasmo com o kwashiorkor,
(A) Redução da síntese de proteína muscular, redução da observa-se que, no primeiro, a glicemia e o glicogênio
lipogênese e prejuízo no crescimento; hepático e muscular apresentam-se mais reduzidos, porém
(B) Aumento da síntese de proteína visceral, aumento da a neoglicogênese está aumentada.
produção do hormônio do crescimento, redução da síntese
do colágeno; 20) O Kwashiorkor está associado ao (a) (UFSC, 2003):
(C) Redução da lipólise, redução do volume sanguíneo e (A) Redução grave de proteínas visceral;
prejuízo no crescimento; (B) Aumento de triglicerídeos
(D) Aumento na produção do hormônio do crescimento, (C) Hiperglicemia
redução da lipogênese e redução da oxidação da glicose; (D) Baixo peso para altura.
(E) Aumento da síntese de proteína visceral, redução da
oxidação da glicose e redução do volume sanguíneo. 21) A desnutrição primária em crianças define-se
em(UFSC, 2003):
17) Considere as afirmativas abaixo sobre Kwashiorkor e o (A) Pacientes com condições clinicas graves que
marasmo, que são as formas mais graves e extremas da necessitam terapia nutricional;
desnutrição(MG, 2006): I – O Kwashiorkor é associado ao (B) Pacientes pediátricos com disfunção orgânica;
consumo insuficiente de proteína, tendo como (C) Alterações do estado nutricional relacionada à ingestão
sintomatologia característica à presença de edemas, deficiente de nutrientes;
cabelos avermelhados e descamação cutânea intensa. II – (D) Condições nutricionais no nascimento
O marasmo é vinculado a uma deficiência protéica, que
leva a redução da massa muscular e emagrecimento. Com 22) A desnutrição grave ou de terceiro grau acarreta sérios
relação a estas afirmativas. Conclui-se que: prejuízos em relação à digestão e à absorção de
(A) I e II são corretas nutrientes. O principal fator sobre o qual deve se basear o
(B) Somente a I é correta (D) A I é conseqüência da II planejamento dietético é(CONTAGEM, MG):
(C) Somente a II é correta (E) A II é conseqüência da I (A) Edema.
(B) Atrofia da mucosa intestinal
18) Sobre a desnutrição, ainda prevalente em nosso país, (C) Esteatose hepática
é correto afirmar que(UFRJ, 2003): (D) Redução da imunidade
(A) O marasmo é representado por um consumo deficiente
de proteínas e reflete um estado agudo de desnutrição 23) Dentre as condutas listadas abaixo, não faz parte do
(B) A fome oculta é representada por uma deficiência de manejo inicial da desnutrição grave na infância (MARINHA,
micronutrientes, que redunda em quadros clínicos que são 2005):
dificilmente reconhecidos. (A) Tratamento de hipoglicemia e desequilíbrio
(C) A desnutrição representa a endemia mais prevalente hidroeletrolítico.
em nosso país (B) Tratamento de infecções.
(D) O retardo do crescimento pode ser resultado da (C) Correção de deficiências vitamínicas.
desnutrição e da deficiência de vitamina B2 (D) Inicio de alimentação hipercalórica para recuperação
especificamente do peso
(E) O Kwashiorkor é representado por um consumo (E) Estimulo do desenvolvimento sensorial.
calórico deficiente e reflete aspecto crônico da desnutrição.
24) As crianças desnutridas são mais vulneráveis a
19) A desnutrição infantil pode se apresentar de diferentes doenças. O agravo que ocorre com maior freqüência é
formas. Considerando-se as principais diferenças clínicas (MAGÉ, 2004):
e metabólicas da desnutrição, é incorreto afirmar que (A) Diarréia
(UFRJ, 2006): (B) Otite
(A) O marasmo é apresentado como um tipo de adaptação (C) amidalite
metabólica a um déficit nutricional, considerando que os (D) alergia
hormônios catabólicos aumentam como tentativa ed
produzir energia e sintetizar proteínas. 25) A desnutrição pode ser classificada baseada em vários
(B) Entre os sinais clínicos apresentados no marasmo, índices, incluindo peso corporal, tecido adiposo, reservas
destacam-se o retardo no crescimento, perda importante protéicas somáticas eviscerais e valores bioquímicos. Uma
de tecido muscular e adiposo subcutâneo, cabelos das características do marasmo é (IGUABA, 2005):
quebradiços, irritabilidade e apatia. (A) Doença periodontal
(C) No kwashiorkor, que ocorre predominantemente em (B) Leucoplaquia
crianças maiores de 2 anos de idade, observa-se a (C) Preservação relativa das proteínas viscerais
presença de edema, lesões típicas de pele, cabelo (D) alopecia
descolorido, apatia, anorexia, fígado gorduroso e
aumentado e hipoalbuminemia.
20
26) Analise as seguintes afirmativas sobre os efeitos da terceira, alteração do padrão de peso para altura e
desnutrição nos sistemas orgânicos (QUEIMADOS, 2006). albumina sérica de 3,5 g/dl. De acordo com os sinais e
I – Redução do debito cardíaco e volume circulatório sintomas presentes, o tipo de desnutrição que apresentam
II – Redução da resposta imunológica do individuo o primeiro, o segundo e o terceiro filhos, respectivamente,
III – Redução da taxa de filtração glomerular são (UNIRIO 2009):
IV – Redução nos níveis de cortisol e aumento nos níveis (A) marasmo, kwashiorkor e desnutrição de grau
de insulina moderado.
V – Redução da taxa metabólica basal As afirmativas (B) desnutrição de grau moderado, kwashiorkor e
corretas são: Marasmo.
(A) I e IV (C) kwashiorkor, Marasmo e desnutrição de grau
(B) I e III moderado.
(C) I, II e III. (D) desnutrição de grau moderado, marasmo e
(D) I, III, IV e V. kwashiorkor.
(E) I, II, III, e V (E) marasmo, desnutrição de grau moderado e
kwashiorkor.
27) O marasmo esta vinculado a uma deficiência
energética, que na infância tem como consequência 32) A desnutrição energético-protéica (DEP) representa
(Residência, 1998): uma síndrome carencial que reúne variadas manifestações
(A) Baixos níveis de proteínas plasmáticas clínicas, antropométricas e metabólicas. O manejo da
(B) Infiltração de gordurosa do fígado criança com DEP grave é dividido em 3 (três) fases:
(C) Atraso do crescimento tratamento inicial, fase de reabilitação e acompanhamento.
(D) Edema generalizado Na fase de reabilitação as características químicas da
(E) Queratomalácia dieta quanto a energia e proteína são (Piraí 2009):
(A)energia: 250 Kcal/kg/dia; proteínas: 15% das
28) A desnutrição é frequentemente associada a diarréia necessidades energéticas totais;
aguda, sobretudo quando os casos são recorrentes. No (B)energia: 100 Kcal/kg/dia; proteínas: 10% das
cuidado de crianças com diarréia (Prefeitura RJ 2008): necessidades energéticas totais;
(A) há perda de 20 a 30% de alimentos não digeridos nas (C) energia: 150 a 220 Kcal/kg/dia; proteínas: 10 a 12%
fezes sendo, portanto, absorvidos e utilizados de 70 a 80% das necessidades energéticas totais;
dos mesmo (D) energia: 130 Kcal/kg/dia; proteínas: 15% das
(B) o jejum total ou parcial deve ser evitado enquanto a necessidades energéticas totais;
criança estiver sendo reidratada, devendo haver no (E)energia: 90 Kcal/kg/dia; proteínas: 10% das
entanto, restrição de gorduras e carboidratos simples necessidades energéticas totais.
(C) deve-se oferecer aos lactentes de 50 a 100ml de
solução de reidratação oral após cada evacuação líquida, 33) A obesidade infantil vem sendo motivo de pesquisas
na fase de manutenção do plano B da hidratação por diversos estudiosos e é considerada a doença
(D) a oferta de leite de vaca comparada com a de fórmulas nutricional que mais cresce no mundo e a de mais difícil
diluídas ou sem lactose reduz a duração da doença e a tratamento. No tratamento dietoterápico, quanto aos
permanência hospitalar macronutrientes (glicídeos, lipídeos e proteínas),
recomenda-se (Piraí 2009):
29) O Kwashiokor é caracterizado por deficiência protéica (A) hipoglicídica (com o uso exclusivo do edulcorante
acarretando alterações orgânicas, EXCETO (INCA 2009): (sucralose); normolipídica e normoprotéica (10% do VET);
(A) Dermatose (B) normoglicídica (em torno de 55% do VET); hipolipídica
(B) Queda da imunidade na presença de dislipidemia e normoprotéica (25% do
(C) Esteatose hepática VET);
(D) Hiperalbuminemia (C) hipoglicídica (utilizando-se edulcorantes artificiais);
normolipídica (sem dislipidemia) e hiperprotéica (25% do
30) A obesidade infantil, considerada a doença nutricional VET);
que mais cresce no mundo, é devida principalmente a (D) normoglicídica (em torno de 55% do VET); normo a
(INCA 2009): hipolipídica e normoprotéica (em torno de 15%, não
(A) Erro alimentar ultrapassando 20% do VET);
(B) Diabetes Mellitus (E)normoglicídica (em torno de 65% do VET);
(C) Problemas hormonais normolipídica e hiperprotéica.
(D) Síndromes genéticas
34) O tratamento de crianças obesas deve ir além das
31) G.M.A. levou seus três filhos ao ambulatório de um características químicas e físicas da dieta, necessitando de
Posto de Saúde. O nutricionista por intermédio da cuidados e ações complementares. Nesse sentindo, é
avaliação de dados antropométricos, físicos, clínicos e correto afirmar que o nutricionista deve (Itaguaí,2011):
laboratoriais diagnosticou desnutrição nas três crianças. A a) incentivar o uso de alimentos diet e light
primeira apresentava edema com despigmentação da pele b) definir metas objetivas quanto à perda de peso
e cabelo; a segunda letargia, fraqueza e baixo peso; a
21
c) avaliar a necessidade do uso de anorexígenos nos
casos resistentes à perda de peso 36) O nutricionista, como estratégias para prevenir
d) estimular a oferta do prato já pronto, evitando o uso de obesidade e hipertensão em crianças, deve:
travessa com alimentos à mesa. (A) estimular o consumo altamente restrito de sal.
(B) optar por uma alimentação com 40% da energia
35) Os fatores associados à desnutrição na infância através das gorduras.
incluem os aseguir listados, EXCETO (Fundações, 2014): (C) estimular a prática de exercícios físicos excessivos.
(A) o diabetes gestacional. (D) estimular os pais a serem modelos tanto em relação à
(B) o baixo peso ao nascer. alimentação quanto às atividades físicas.
(C) o início precoce da alimentação complementar e (E) evitar usar como sistema de recompensa familiar, as
utilização incorreta de fórmulas lácteas. mudanças dietéticas saudáveis.
(D) dietas com baixa densidade energética e número de
refeições inadequado.
(E) maior necessidade de nutrientes por unidade de peso
que em qualquer outra faixa etária.
GABARITO
1- A 2-E 3- B 4- B 5- C 6- A 7- B 8- D 9- D 10- C
11- B 12- A 13- E 14- D 15- C 16- A 17- B 18- B 19- D 20- A
21- C 22- B 23- D 24- A 25- C 26- E 27- C 28- C 29- D 30- A
31- C 32- C 33- B 34- C 35. A 36. D
22