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RITA M.T.

RUSSO
PSICÓLOGA – PEDAGOGA
DOUTORADO – USP-SP
ESPECIALIAÇÕES:
NEUROPSICÓLOGA - FMUSP
TERAPEUTA COGNITIVA COMPORTAMENTAL /ITC-SP
PSICOPEDAGOGA – FEC/SP
NEUROPSICOPEDAGOGA ED.INCLUSIVA/CENSUPEG
www.psicoritarusso.com
rmtrusso@hotmail.com
(011) 42218254 – (011) 71512926
Rua Goitacazes, 45 sala 16 – SCS – São Paulo
TRANSTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO – DSM-V

 Deficiências Intelectuais (Transtorno do Desenvolvimento Intelectual -


TDI)
Atraso Global do Desenvolvimento
Deficiência Intelectual – TDI – não especificada
 Transtornos da Comunicação

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 Transtorno do Espectro Autista
 Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade
 Transtorno Específico da Aprendizagem
Com prejuízo na leitura
Com prejuízo na expressão escrita
Com prejuízo na matemática
 Transtornos Motores
 Transtorno de Tique
Transtorno de Tourette
Transtorno de Tique Motor ou Vocal Persistente
Transtorno de Tique Transitório
TRANSTORNO DO NEURODESENVOLVIMENTO
DSM-V (2014:31)

 São um grupo de condições com início no período do

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desenvolvimento. Os transtornos tipicamente se
manifestam cedo no desenvolvimento, em geral antes
de a criança ingressar na escola, sendo caracterizados
por déficits no desenvolvimento que acarretam prejuízos
no funcionamento pessoal, social, acadêmico ou
profissional.
OS DÉFICITS DE DESENVOLVIMENTO
 Variam desde limitações muito específicas na
aprendizagem ou no controle de funções cognitiva até
prejuízos globais em habilidades sociais ou inteligência.

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É FREQUENTE A OCORRÊNCIA DE MAIS DE UM

 Transtorno do neurodesenvolvimento; por exemplo,


indivíduos com TEA frequentemente apresentam
deficiência intelectual (TDI), e muitas crianças com
transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH)
apresentam também um transtorno específico da
aprendizagem.

[documentários – discutir sobre os conceitos e depoimentos)


TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA - TEA
 caracteriza-se por déficits persistentes na comunicação
social e na interação social em múltiplos contextos,
incluindo déficits na reciprocidade social, em
comportamentos não verbais de comunicação usados

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para interação social e em habilidades para desenvolver,
manter e compreender relacionamentos.
 Além dos déficits na comunicação social, o diagnóstico
do TEA requer a presença de padrões restritos e
repetitivos de comportamento, interesses ou atividades.
 Considerando que os sintomas mudam com o
desenvolvimento, podendo ser mascarados por
mecanismos compensatórios, os critérios diagnósticos
podem ser preenchidos com base em informações
retrospectivas, embora a apresentação atual deva
causar prejuízo significativo.(DSM-V,2014:31)
NO DIAGNÓSTICO DO TEA
 As características clínicas individuais são registradas por
meio do uso de especificadores (com ou sem
comprometimento intelectual concomitante; com ou sem
comprometimento da linguagem concomitante;
associado a alguma condição médica ou genética

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conhecida ou a fator ambiental), bem como
especificadores que descrevem os sintomas autistas
(idade da primeira preocupação; com ou sem perda de
habilidades estabelecidas, gravidade).
 TAIS ESPECIFICADORES oportunizam aos clínicos a
individualização do diagnóstico e a comunicação de uma
descrição clínica mais rica dos indivíduos afetados. EX.
muitos indivíduos anteriormente diagnosticados com
TRANSTORNO DE ASPERGER atualmente receberiam
um diagnóstico de TEA sem comprometimento linguístico
ou intelectual. (DSM-V,2014:31-32)
TRANSTONOS DO ESPECTRO AUTISTA

Severos déficits e prejuízo

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invasivo em múltiplas áreas
do desenvolvimento.
PILARES DO DIAGNÓSTICO
Isolamento autístico Incapacidade de desenvolver relações sociais
Ausência de sorriso social
Ausência de reação de angústia diante de estranhos
Não reage a contatos físicos
Falta de contato social
Não conseguem brincar em grupo

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Condutas motoras Motricidade perturbada
Andar nas pontas dos pés
Farejamento
Agitação
Automutilação

Linguagem e Não apresentam imitação social [não joga beijinho, não dá tchau]
habilidades pré- Não usam brinquedos para o ‘faz de conta’
verbais Nunca falam, imitem poucos sons ou resmungos
Inversão pronominal
Estereótipos verbais, neologismos
Linguagem não tem uma função de comunicação
PILARES DO DIAGNÓSTICO
Distúrbio das funções Déficit intelectual
intelectuais -Pior diagnóstico
-+ automutilação

Alterações afetivas Humor imprevisível


Crises de cólera, intolerância e frustrações

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automutilação

Distúrbios Sono
psicossomáticos Alimentar
esfincteriano
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
AUTISMO E TRANSTORNO DE LINGUAGEM

AUTISMO TRANSTORNO DE LINGUAGEM

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•Atraso da linguagem ou •Atraso de linguagem.
parada do •Intenção comunicativa
desenvolvimento da (pode perder a motivação
linguagem. pela dificuldade de ser
•Falha/prejuízo na compreendido.
intenção comunicativa. •Apresentam
•Maior dificuldade ou representação simbólica
ausência de precocemente.
representação simbólica.
TEA - SÍNDROME DE ASPERGER
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
 Falta de expressões faciais, exceto em situações
extremas.
 Prejuízo acentuado no uso de múltiplos

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comportamentos não verbais, tais como contato visual
direto, expressão facial, postura corporais e gestos para
regular a interação social.
 Falta de reciprocidade social ou emocional.
 Dificuldade no relacionamento interpessoal.
 Pouco interesse em pessoas/crianças, exceto quando
estão na órbita de seu interesse específico.
 Ausência de tentativa espontânea de compartilhar
prazer, interesses ou realizações com outras pessoas
[ex. deixar de mostrar, trazer ou apontar objetos de
interesse a outras pessoas.
CARACTERÍSTICAS CLÁSSICAS

 Coordenação motora prejudicada, o que se torna mais


evidente em atividades provocativas (jogos motores).
 Maneirismo motores estereotipados e repetitivos [ex. dar

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pancadinhas ou torcer as mãos e os dedos, ou
movimentos complexos de todo o corpo.
 Insistente preocupação com partes de objetos.

 Brincar com pouca imaginação; fantasia limitada; pouco


brincar de faz-de-conta.
 Dificuldade de seguir a regra nas brincadeiras em grupo
[tendência de sempre determinar a regra]
 Adesão aparentemente inflexível a rotinas e rituais
específicos e não funcionais.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

 História de serem estabanados e com dificuldade para


escrever;
 Histórico de perguntas inadequadas as pessoas não

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conhecidas;
 Ausência do melhor amigo, solitários;

 Ausência de atraso de linguagem [nos quadros clássicos]

 Inversão pronominal.

 Linguagem pedante, repetitiva e estereotipada

 Ausência das perguntas do “por que?” das coisas;

 Histórico familiar de quadros similares, usualmente na


linhagem masculina
QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS FUNDAMENTAIS ENTRE
AUTISMO E SÍNDROME DE ASPERGER?

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SÍNDROME DE RETT
 Identificada em 1966 pelo pediatra austríaco Andréas
Rett
 Afeta crianças do sexo feminino (poucos casos no sexo
masculino).
 Condição neurológica de etiologia desconhecida.

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Relativamente rara (variando entre 1 a 10.000 e 15.000
nascimentos).
 Regressão no desenvolvimento por volta dos 8 a 10
meses de idade e pela presença de sintomas do tipo
autístico, perda do uso práxico das mãos, movimentos
estereotipados, microcefalia adquirida e evidente retardo
cognitivo e de comunicação.
 Diagnóstico: exclusivamente por meio clínico (há
variações de graus de afetação da síndrome). Deve ser
firmado após os 10 anos de idade.
 Apresenta 4 estágios evolutivos
SÍNDROME DE RETT
 6 a 18 meses de idade: desaceleração do perímetro cefálico,
parada no desenvolvimento, alteração do tônus muscular,
perda do interesse por brinquedos, pouca interação social,
isolamento.
 2 a 4 anos de idade: regressão do desenvolvimento;
surgimento das estereotipias manuais com os primeiros
sintomas da perda da fala e do uso intencional das mãos;

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período de extrema irritabilidade e choro imotivado;
comportamento tipo autista.
 4 a 10 anos de idade: regressão severa, porém há certa
melhora no que diz respeito à interação social, contato visual e
comunicação; as características autísticas diminuem.
Entretanto, os distúrbios motores são evidentes, com a
presença de escoliose e bruxismo.
 A partir dos 10 anos: presença de escoliose; severa
deficiência mental; muitos pacientes que adquiriram a
capacidade de locomoção podem perder completamente a
habilidade de andar; a puberdade ocorre na época esperada
na maioria das meninas. (
SÍNDROME DE RETT
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS

 Deterioração neuromotora
 Linguagem oral comprometida

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 Linguagem escrita, gestual e pictórica prejudicados
(causa: síndrome afeta o movimento das mãos)
 Comportamentos e interesses limitados, ou mesmo
repetitivos e estereotipados;
 Grande prejuízo nas habilidades de comunicação,
interação social e comportamental.

[APRESENTAÇÃO DO DOCUMENTÁRIO]
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
TRANSTORNO DO DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL

 caracteriza-se por déficits em capacidades mentais


genéticas, como raciocínio, solução de problemas,
planejamento, pensamento abstrato, juízo, aprendizagem

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acadêmica e aprendizagem pela experiência.
 Os déficits resultam em prejuízos no funcionamento
adaptativo de modo que o indivíduo não consegue atingir
padrões de independência pessoal e responsabilidade
social em um ou mais aspectos da vida diária, incluindo
comunicação, participação social, funcionamento
acadêmico ou profissional e independência pessoal em
casa ou na comunidade. (DSM-V, 2014:31)
A DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

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 pode ser consequência de uma lesão adquirida no
período do desenvolvimento, decorrente, por exemplo, de
traumatismo craniano grave, situação na qual um
transtorno neurocognitivo também pode ser
diagnosticado.
ATRASO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO

 É diagnosticado quando um indivíduo não atinge os


marcos do desenvolvimento esperados em várias áreas

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do funcionamento intelectual.
 Esse diagnóstico é utilizado para indivíduos que estão
incapacitados de participar de avaliações sistemáticas
do funcionamento intelectual, incluindo crianças jovens
demais para participar de testes padronizados.
ETIOLOGIA DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
SÍNDROME DE DOWN E FATORES GENÉTICOS

Trissomia do cromossomo 21.

Incidência de 1.800 nascimentos, ↑ a

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incidência com o ↑ da idade materna.
•Atraso na mielinização (primeiros
meses de vida)
•Microcefalia (redução no crescimento
dos lobos frontais, cerebelo e volume
hipocampal)
•Dificuldade de aprendizagem
SÍNDROME DE DOWN
ALTERAÇÕES NA LINGUAGEM
 Marcos desenvolvimentais típicos (primeiras
palavras – junção de 2) .
 Desenvolvimento léxico lento = linguagem receptiva
↓ linguagem expressiva (vocabulário, gramática e

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memória de curto prazo verbal).

VARIAÇÃO NO QI
 Platô nas atividades cristalizadas (na adolescência)
e ↑ nas fluidas (até os 30 anos).
FOCO NA REABILITAÇÃO = desenvolvimento das
habilidades fluidas.
 ↓ QI ao longo da vida
Entrevista:
http://www.youtube.com/watch?v=FBoWfucmPHs
SÍNDROME X FRÁGIL (SXF)
 CAUSA MAIS COMUM de retardo mental herdado.
 Homens afetados = grau moderado

 Mulheres afetadas = grau leve, podendo ter o


funcionamento mental normal.

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 SXF = mais frequente no homem, talvez porque ele
possua apenas um cromossomo X. Portanto, sendo esse X
defeituoso, não haverá outro X sadio para compensar,
como ocorre na mulher, que tem dois cromossomos X.
 Característica mais significativa

= ATRASO NO DESENVOLVIMENTO.
GRAUS = são muito variados.
SÍNDROME X FRÁGIL (SXF)
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS COGNITIVAS
 Excelente memória; bom vocabulário; habilidade para leitura;
 Facilidade na identificação de sinais gráficos e logotipos;
 Uso de jargões e frases de efeito; Seguem instruções ao “pé da letra”;
 Fala repetitiva; ecolalia (repetição de fonemas)

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 Podem dar importância a aspectos irrelevantes;
ALTERAÇÕES COGNITIVAS EM:
 Controle inibitório
 Atenção seletiva
 Memória operacional
 Alterações visuoespaciais
 Interpretação de estímulos e propriocepção
ALTERAÇÕES PSIQUIÁTRICAS
 Hiperatividade/impulsividade
 Ansiedade social
 Imitação/comportamentos repetitivos
 Explosões emocionais
[DISCUTIR O DOCUMENTÁRIO]
SÍNDROME FETO-ALCOÓLICO
 não é uma síndrome genética, porém é
adquirida em fase embrionária.
CARACTERÍSTICAS:
 baixo peso, baixa estatura,
comprometimento cognitivo, microcefalia,

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aberturas palpebrais pequenas, anomalias
cardíacas, longa distância entre o nariz e os
lábios, linguagem e fala atrasada,
desenvolvimento escolar bastante
prejudicado.
 Incidência desconhecida no Brasil
CARACTERÍSTICAS DA SÍNDROME FETAL
 Deficiência do crescimento pré e/ou pós natal
ALTERAÇÕES DO SISTEMA NERVOSO
CENTRAL (ADNPM, alterações de
comportamento
 QI variando de 70 à classificação limítrofe
SÍNDROME FETO-ALCOÓLICO
 ALTERAÇÕES COGNITIVAS TÍPICAS:
 ↓ Habilidades matemáticas e dificuldades de aprendizagem
 ↓ Abstração e (prejuízo também na generalização)
 Prejuízo atencional e hiperatividade
 Alterações visoespaciais
 Comprometimento da aprendizagem e memória episódica

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(aquisição)
ALTERAÇÕES PSIQUIÁTRICAS
 Inadequação social
 Dificuldade em descrever consequências de seus atos
 Inadequações frente a pistas sociais
 Isolamento social
 Labilidade emocional
 Períodos de ansiedade excessiva
 Predisposição à dependência química
 Transtornos de conduta associados
[discutir o documentário]
TDAH

PARA REFLEXÃO:
TDAH “é um transtorno extremamente bem

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pesquisado e com validade superior à da maioria
dos transtornos mentais e superior inclusive a de
muitas condições médicas”.
AMA Council for Scientific Affair , 1998

Ler artigo de Paulo Mattos - “TDAH é uma doença


inventada?”- no site http://www.abda.org.br/

[discutir o documentário]
TDAH
 É um transtorno do neurodesenvolvimento definido por níveis
prejudiciais de desatenção, desorganização e/ou
hiperatividade-impulsividade.
 Desatenção e desorganização envolvem incapacidade de
permanecer em uma tarefa, aparência de não ouvir e perda
de materiais em níveis inconsistentes com a idade ou nível

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de desenvolvimento.
 Hiperatividade-impulsividade implicam atividade excessiva,
inquietação, incapacidade de permanecer sentado,
intromissão em atividades de outros e incapacidade de
aguardar – sintomas que são excessivos para a idade ou o
nível de desenvolvimento.
 Na infância, o TDAH frequentemente se sobrepõe a
transtornos em geral considerados “de externalização”, tais
como o transtorno de oposição desafiante e o transtorno de
conduta.
 O TDAH costuma persistir na vida adulta, resultando em
prejuízos no funcionamento social, acadêmico e profissional
(DSM-V,2014:32).
TDAH
EM RELAÇÃO AO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
 inteligência normal ou até acima da média, e mesmo assim
apresentam déficit escolar e dificuldade de socialização ou de
adaptação.
 apresentam dificuldades de atenção seletiva, sustentada, de

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organização, inibição e integração podem ser sintomas de
TDAH, ou seja, a criança é desatenta, com frequência desvia
a atenção da tarefa em curso antes de concluí-la e é
excessivamente ativa.
 Além do déficit de atenção, déficits em funções executivas,
inclusive a memória operacional, inibição de respostas e
processamento temporal, PODEM estar presentes no quadro
de TDAH.
 Relembrando: memória operacional = diz respeito à
capacidade de manter e manipular uma informação durante
um curto período, participando de uma variedade de tarefas
cognitivas essenciais como aprendizagem, raciocínio e
compreensão.
CRIANÇAS COM TDAH
PODEM APRESENTAR ALGUMAS
 Alterações na aquisição de habilidades linguísticas
 Também podem apresentar desenvolvimento
inadequado em relação à noção de espaço, o que
geralmente se evidencia por meio de seus desenhos ou

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pela dificuldade de reconhecerem símbolos gráficos
semelhantes entre si, mas que se diferenciam apenas
por sua disposição espacial.
 Pouca coordenação motora é outra manifestação que
pode estar presente nas crianças com TDAH [o que faz
com que os pais rotulem seus filhos como desajeitados
e desastrados].
 As dificuldades acadêmicas e sociais poderão ter
consequências adversas no futuro se não houver
intervenção.
TDAH
 Distinguir entre os sintomas de TDAH e comportamento
apropriados à idade em crianças ativas (ex. correrias e barulho
excessivo)
 TDAH x Deficiência Intelectual: sintomas de desatenção são mais
comuns entre crianças com baixo QI colocadas em contextos

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escolares em desacordo com sua capacidade intelectual.
 TDAH e Deficiência Intelectual: sintomas de desatenção ou
hiperatividade forem excessivos para a idade mental da criança.
 TDAH e superdotação: desatenção em sala de aula pode também
ocorrer quando crianças com alta inteligência são colocadas em
ambientes escolares pouco estimuladores.
 TDAH x problemas ambientais: necessário o relato de múltiplos
informantes.
 TDAH e Transtorno do Humor e da Ansiedade. Tabagismos e uso
abusivo de substâncias.
TRANSTORNO
DESAFIADOR OPOSITIVO
 Padrão recorrente de comportamento negativista,
desafiador, desobediente e hostil com as figuras de
autoridade [persiste por pelo menos 6 meses].
OS COMPORTAMENTOS

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 negativistas ou desafiadores são expressados por
teimosia persistente, resistência a ordens e relutância em
se comprometer, ceder ou negociar com adultos ou seus
pares.
 o desafio também pode incluir testagem deliberada ou
persistente dos limites, geralmente ignorando ordens,
discutindo e deixando de aceitar a responsabilidade
pelas más ações.
 A hostilidade pode ser dirigida a adultos ou a seus pares,
sendo demonstrada ao incomodar deliberadamente ou
agredir verbalmente outras pessoas [em geral sem
agressão física mais séria vista no TC)
TRANSTORNO DE CONDUTA
 Padrão repetitivo e persistente de comportamento no
qual são violados os direitos básicos dos outros ou
normas ou regras sociais importantes apropriadas à
idade

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 QUATRO agrupamentos: 1.- conduta agressiva que
causa ou ameaça danos físicos a outras pessoas ou a
animais 2.-conduta não-agressiva que causa perdas ou
danos a propriedades; 3.-defraudação ou furto e 4.-sérias
violações de regras.

 A perturbação do comportamento causa prejuízo no


funcionamento social, acadêmico ou ocupacional.
TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO

 é uma condição clínica frequentemente crônica e


incapacitante que, em até metade dos casos, tem início
na infância e na adolescência.

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 caracteriza-se pela presença de obsessões e/ou
compulsões, graves o suficiente a ponto de consumirem
tempo (mais do que 1h por dia) e causarem acentuado
sofrimento, prejuízo significativo ma rotina normal do
indivíduo, em seus relacionamentos ou em suas
atividades acadêmicas, profissionais e sociais.
DIMENSÕES DE SINTOMAS OBSESSIVO-COMPULSIVOS

CRIANÇAS ADULTOS
Obsessões sexuais e Obsessões sexuais ou religiosas,
religiosas/compulsões relacionadas. somáticas e agressivas/compulsões
Obsessões de simetria/compulsões de checagem
de arranjo e ordenação Obsessão de sistema/compulsões

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Obsessões de de arranjos e arrumação
contaminação,somáticas e Obsessões de
agressivas/compulsões de limpeza. contaminação/compulsões de
Obsessões/compulsões de limpeza
colecionismo Obsessões/compulsões de
colecionismo.

PERFIL NEUROPSICOLÓGICO DO TOC


•Déficits em funções executivas, mnésicas e visuoespaciais.
TRANSTORNOS MOTORES
DO NEURODESENVOLVIMENTO INCLUEM

 transtorno do desenvolvimento da coordenação [déficits na


aquisição e execução de habilidades motoras coordenadas,
manifestando-se por falta de jeito e lentidão ou imprecisão no

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desempenho de habilidades motoras, causando interferência
nas atividades da vida diária].
 transtorno do movimento estereotipado [diagnosticado quando
um indivíduo apresenta comportamentos motores repetitivos,
aparentemente direcionados e sem propósito, como agitar as
mãos, balançar o corpo, bater a cabeça, morder-se ou
machucar-se. Os movimentos interferem em atividades
sociais, acadêmicas ou outras.
 se os comportamentos causam autolesão, isso deve ser
especificado como parte da descrição diagnóstica.(DSM-V,2014:32)
TRANSTORNOS DE TIQUE

 caracterizam-se pela presença de tiques motores ou


vocais, que são movimentos ou vocalizações repetitivos,

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rápidos, recorrentes, não ritmados e estereotipados.

 duração, etiologia presumida e apresentação clínica


definem o transtorno de tique específico a ser
diagnosticado: transtorno de Tourette, transtorno de tique
motor ou vocal persistente (crônico), transtorno de tique
transitório, outro transtorno de tique especificado e
transtorno de tique não especificado. (DSM-V, 2014:32)
SÍNDROME DE GILLES DE LA TOURETTE
 É diagnosticado quando o indivíduo apresenta múltiplos tiques
motores e vocais, presentes por pelo menos um ano e com
um curso sintomático de remissões e recorrências. (DSM-V, 2014:32)
PODE-SE DEFINIR A SÍNDROME, QUANDO:
 Instala-se na infância e ou adolescência [entre 5 e 15 anos];

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 Tiques simples no início, múltiplos e complexos depois;
 Tiques vocais simples no início; depois ecolalia [repete, ecoa
o mesmo som repetidamente];
 Dificuldades comportamentais, como impulsividade e
desatenção.
 Hiperatividade motora e sintomas obsessivo-compulsivo.
 Entre 10 e 15 anos é o período em que a sintomatologia é
mais grave e evidente.
 Existe importante melhora na fase adulta.
TRATAMENTO: neurologista, psicologia,fonoaudiologia.
PROGNÓSTICO: é bom, exceto no período entre 10 e 15 anos
em que os indivíduos têm piora dos sintomas.
EPILEPSIA
 Nome dado aos sintomas de diversos problemas do
sistema nervoso.
 Epilepsia [do grego] = “tomar-se de surpresa”.a palavra
EPILEPSIA é usada para descrever o que acontece

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quando uma célula cerebral (ou uma parte do cérebro)
descarrega demasiada energia elétrica.
Pode ocorrer após um trauma craniano ou ser causada
por problemas de saúde na gravidez, efeitos tardios de
doenças da infância, deficiências nutricionais, tumores
cerebrais.
EPILEPSIA – DO PONTO DE VISTA CLÍNICO
 pode assumir diversas formas, de acordo com a
intensidade e com que ocorre a descarga elétrica das
células cerebrais. Entre as principais
EPILEPSIA
PEQUENO MAL = crise de ausência; a pessoa fica fora de si,
abandona o que estava fazendo olhar vago e estranho; em
alguns casos, o globo ocular realiza movimentos, há
momentânea incomunicabilidade da pessoa com o seu meio.
Ainda pode ocorrer rápidas sacudidas, perda do controle

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motor e queda, mas é possível levantar-se e se recompor
logo.
PODE apresentar problemas de escolaridade, mesmo que
seu nível intelectual esteja na média ou acima dela.
GRANDE MAL = crises mais frequentes e atingem intenso grau
de convulsão. A pessoa percebe que algo irá acontecer,
parecendo um aviso, que recebe o nome de “aura”. Há
queixas como visão turva, sensação de ruídos, dores de
cabeça, náuseas, perda da consciência, e queda com
movimentos rápidos, relaxamento dos esfíncteres, secreção
na boca. Finalmente, a pessoa fica sonolenta e entra em um
sono profundo.
SÍNDROME DE WEST

 Forma grave de epilepsia em crianças (a criança em


cada 4.000 ou 6.000) – Origem neurológica.
 Diversas causas (disfunções orgânicas do cérebro) -

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origens pré-natais, perinatais (durante o nascimento) ou
pós-natais.
 Manifesta-se entre 3 e 7 meses, com picos aos 5 meses.
Meninos mais afetados: 2 meninos para cada menina
 Forma peculiar de epilepsia na infância –
tríade:espasmos em flexão, deterioração neuropsíquica
e eletroencefalograma com hipsarritmia (súbitas
eclosões de atividades elétricas)
SÍNDROME DE WEST

PONTO DE VISTA ETIOLÓGICO

1. Criptogênico ou provavelmente sintomático = etiologia

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ainda desconhecida.
2. Sintomático = com etiologia determinada, incluindo
afecções pré e perinatais, síndromes neurocutâneas
[especialmente esclerose tuberosa], malformações
cerebrais, infecções cerebrais e distúrbios metabólicos
[como a fenilcetonúria],
EPILEPSIA ROLÂNDICA
 é a forma mais comum de epilepsia em crianças pré-escolares
e escolares.
 Primeiras crises são registradas em crianças
neurologicamente normais – entre 1 e 14 anos – 75%
começam entre 7 e 10 anos.

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 Predomínio:sexo masculino.
 A evolução é benigna, sendo o tratamento eficaz para reduzir
a frequência e intensidade das crises.
 Menos que 2% temo risco de desenvolver crises de ausência
e menos frequentemente crises generalizadas na vida adulta.
 A remissão ocorre entre 2 e 4 anos do início da epilepsia e
antes dos 16 anos de idade.
 Podem desenvolver anormalidades comportamentais,
linguísticas e cognitivas durante a fase ativa da epilepsia.
 Foco por pontas de projeção nas regiões rolândica central,
temporal ou parietal média, geralmente contralateral à
manifestação clínica, podendo ser também bilaterais.
TRANSTORNO DE HUMOR
SINTOMAS DE DEPRESSÃO
 Dores (de cabeça e abdominais) , fadiga,
tontura
 Prazer de brincar e ir a pré-escola diminuído
 Dificuldade de habilidades sociais da idade

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 Ansiedade - Fobias
 Agitação ou hiperatividade
 Irritabilidade - Indecisão
 Diminuição do apetite
 Alterações do sono
 Enurese, encoprese
 Fisionomia triste
 Capacidade diminuída de pensar ou se
concentrar.
 Pensamento de morte recorrentes, ideação
suicida, tentativa ou plano suicida
TRANSTORNO DE HUMOR
ANSIEDADE
 compreendem a ansiedade generalizada, as fobias, a
síndrome de pânico, o transtorno obsessivo-compulsivo, a
ansiedade associada à saúde e hipocondria, e o transtorno de
estresse pós-traumático.

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 implica em severa incapacitação em seus portadores.
 tendência aumentada a cometer distorções ao processar o
real interno e externo, além de uma rigidez que o levaria, uma
vez cometida uma distorção, a resistir à consideração de
interpretações alternativas.
ANSIOSO
 processa seletivamente sinais de ameaça, derivados de sua
superestimação da própria vulnerabilidade, e descarta
elementos contrários.
 sua atenção autofocalizada aumenta, o que reflete a tentativa
de controlar o estímulo ameaçador.
TRANSTORNO DE HUMOR
ANSIOSO
 Seus pensamentos automáticos refletem uma negatividade ou
pessimismo geral, focalizam em ameaça ou perigo a si ou a
seus outros significativos, e são orientados para o futuro, em
forma de pensamentos negativos antecipatórios,

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particularmente como perguntas do tipo “e se?”
EXEMPLOS: e se eu esquecer tudo na hora da prova?, “e se
eu tiver um ataque cardíaco?, “e se eu ficar ansioso e me
descontrolar no elevador?, ou “e se eu for abandonado e não
suportar a solidão?).
 Suas cognições pré-conscientes refletem rigidez; seu
pessimismo dá origem ao caráter excessivamente catastrófico
de suas interpretações, complementado pela rigidez, que o
leva a “encalhar” nessa primeira interpretação e resistir ao
reconhecimento de interpretações alternativas.
TRANSTORNO DE HUMOR
ANSIEDADE
 Presença de ansiedade em outros ambientes (clube,
festas, situações sociais)
 Medos e baixa autoestima

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 Frente a tarefas acadêmicas aumento nas reações
ansiosas (suor nas mãos, descontrole urinário, tremor,
taquicardia).
Análise de resultados na ansiedade
 Prejuízo no span atencional

 Devido ao excesso de pensamentos perdem as


informações sequenciais
 Maior dificuldade em aguardar a sua vez.
TRANSTORNO DA COMUNICAÇÃO
Comunicação [inclui todo comportamento verbal e não verbal
(intencional ou não) que influencias o comportamento, as
ideias ou as atitudes de outro indivíduo.
INCLUEM:

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 transtorno da linguagem [forma, função e o uso de um
sistema convencional de símbolos (palavras faladas,
linguagem de sinais, palavras escritas, figuras), com um
conjunto de regras para a comunicação].
 transtorno da fala [inclui a articulação, a fluência, a voz e a
qualidade de ressonância de um indivíduo]
 transtorno da comunicação social (pragmática)
 transtorno da fluência com início na infância (gagueira).
OS TRÊS PRIMEIROS CARACTERIZAM-SE
 Por déficits no desenvolvimento e no uso da linguagem , da
fala e da comunicação social, respectivamente.
TRANSTORNO ESPECÍFICO DA APRENDIZAGEM

 é diagnosticado diante de déficits específicos na


capacidade individual para perceber ou processar
informações com eficiência e precisão.

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ESSE TRANSTORNO DO NEURODESENVOLVIMENTO
 Manifesta-se, inicialmente, durante os anos de
escolaridade formal, caracterizando-se por dificuldades
persistentes e prejudiciais nas habilidades básicas
acadêmicas de leitura, escrita e/ou matemática.
 O desempenho individual nas habilidades acadêmicas
afetadas está bastante abaixo da média para a idade, ou
níveis de desempenho aceitáveis são atingidos somente
com esforço extraordinário. (DSM-V,2014:32)
TRANSTORNO ESPECÍFICO DE APRENDIZAGEM
PODE OCORRER EM PESSOAS
 identificadas como apresentando altas habilidades
intelectuais e manifestar-se apenas quando as
demandas de aprendizagem ou procedimentos de

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avaliação (ex. testes cronometrados) impõem barreiras
que não podem ser vencidas pela inteligência inata ou
por estratégias compensatórias.

PARA TODAS AS PESSOAS,


 O transtorno específico da aprendizagem pode acarretar
prejuízos duradouros em atividades que dependem das
habilidades, inclusive no desempenho profissional.
(DSM-V,2014:32)
TRANSTORNO DE LEITURA OU DISLEXIA
CONCEITO ATUAL – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE
SAÚDE – OMS
“dificuldade específica de leitura, não explicada por déficit de
inteligência, oportunidade de aprendizado, motivação geral ou

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acuidade sensorial diminuída seja visual ou auditiva”.

DEFINIÇÃO DO NATIONAL INSTITUTE HEALTH


 “ a dislexia é um transtorno específico de linguagem de
origem constitucional e caracterizado por dificuldades em
decodificar palavras isoladas, refletindo dificuldade no
processamento e manipulação da estrutura sonora das
palavras (processamento fonológico)”.

[filme – discussão]
DISLEXIA
 Predomínio no sexo masculino de 2 a 5:1,
 Tem ocorrência familiar frequente e se associa a distúrbios de
linguagem e práxicos.

SUBTIPOS
 Dislexias fonológicas: problemas na discriminação e na síntese

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dos sons, além de serem fracos em decodificação fonética.
 Dislexias visoespaciais: dificuldade na discriminação visual e em
habilidades espaciais, assim como em usar a rota visual de leitura
global.

A LEITURA ORAL CARACTERIZA-SE POR:


 distorções, substituições ou omissões
 tanto a leitura em voz alta quanto a silenciosa caracterizam-se por
lentidão e erros na compreensão.

Em presença de um déficit sensorial, as dificuldades de leitura


excedem aquelas geralmente a este associadas.
DISGRAFIAS
Escrita defeituosa – quando não tem algum déficit
neurológico ou intelectual importante que os justifique.
Crianças intelectualmente normais – escrevem devagar e
de forma ilegível – fato que atrasa seu progresso escolar. É

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UM TRANSTORNO PSICOMOTOR que costuma surgir
como parte da síndrome dispráxica ou dentro do quadro da
debilidade motora. SURGEM TAMBÉM disgrafias
ligadas à surdez e aos transtornos de lateralidade,
Incapacidade de transcrever corretamente a linguagem
oral, havendo trocas ortográficas e confusão de letras.
ESSA DIFICULDADE não implica a diminuição da
qualidade do traçado das letras,
TIPOS DE DISGRAFIA
DISGRAFIAS POSTURAIS
 Referem-se à distintas dificuldades na escrita que se originam
de uma má postura ao escrever:
1. Apoiar-se sobre a mesa - Agarrar-se à cadeira

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2. Folha centrada - Zoom ocular: precisa aproximar muito a
folha dos olhos
3. Folha virada para a direita - folha virada para a esquerda

4. Escoramento cefálico: a criança sustenta sua cabeça com a


mão que não escreve ou apoia a cabeça sobre o braço, ficando
apoiado sobre a mesa.
5. Braço em forma de gancho: mão colocada acima da linha da
escrita, o que a obriga a girá-la em demasia.
TIPOS DE DISGRAFIA
DISGRAFIAS DE PREENSÃO
1. Palmar: a criança pega o lápis com o polegar e os três ou
quatro últimos dedos. O polegar está em cima do indicador.
2. Preensão sobre a ponta do lápis

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3. Falanges hiperarticuladas

4. Lápis seguro entre o dedo indicador e o médio

5. Bidigital: segurar o lápis com dois dedos

6. Tridigital: com a polpa do dedo médio

DISGRAFIAS DE PRESSÃO
1. Letras ‘asas de mosca’: traços muito fracos

2. Letras ‘amassafolha’: pressão excessiva no traço ao escrever

3. Letra parkinsoniana: pequena, trêmula e rígida


TIPOS DE DISGRAFIA
DISGRAFIA DE DIRECIONALIDADE
1. Descendente - Ascendente - Serpenteante
DISGRAFIA DE GIRO
1. As letras que necessitam de traços circulares na sua execução
como - a, o, d, g, f e q são feitas com giros invertidos [no

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sentido horário] Isto dificulta o traçado da letra e sua ligação
com a letra seguinte.
DISGRAFIAS DE LIGAÇÃO
1. Falta de ligação entre as letras na escrita cursiva
2. Ligação ‘simbiótica’: escrita das letras coladas entre si, sem as
linhas de união definidas,
3. Ligação elástica: as letras são separadas e unidas
obrigatoriamente com linhas que parecem sobrecarregadas
DISGRAFIAS FIGURATIVAS
1. Mutilação de letras - Distorções de letras
DISORTOGRAFIA
 Dificuldade em usar os processos gráficos para
representar a linguagem oral.
 Troca de letras que se parecem sonoramente: faca/vaca;
porta/borta.
 Confusão de sílabas como: encontraram/ encontrarão.

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 Adições: ventitilador.
 Omissões: cadeira/dera; prato/pato

 Fragmentações: em saio; es tavaum.

 Inversões: pipoca/picopa.

 Junções: era umavez; saiu maisedo. Fragmentações: em


saio; es tavaum.
 Inversões: pipoca/picopa.

 Junções: era umavez; saiu maisedo.


DISTÚRBIOS LIGADOS À LINGUAGEM MATEMÁTICA
ACALCULIA = é a perda total da capacidade de operar
matematicamente.
DISCALCULIA = é a dificuldade parcial de operar
matematicamente.

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PODENDO SER:
a) Mental = quando a dificuldade é pensar matemática,
aritmética e geometricamente;
b) Gráfica = é a dificuldade para se manejarem os
instrumentos com uma coordenação visual e motora
apropriada para traduzir o código pensado em um
sistema de sinais e desenhos, em um espaço
determinado.
[filme – discussão]
LESÕES CEREBRAIS NA INFÂNCIA
 as lesões cerebrais de natureza não progressiva na
infância podem ser descritas como malformações
congênitas do SNC, devidas a intercorrências nos
períodos pré-, péri- ou pós-natal precoce, ou como

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lesões adquiridas ou tardias, quando ocorrem em fases
mais avançadas do desenvolvimento.
MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS PODEM SER
 Causadas por infecções maternas pelo vírus da rubéola,
toxoplasmose, e pela exposição a teratógenos como
álcool, tabaco ou medicações anticonvulsivantes na
gestação.
 Outras causas descritas são alterações nos processos
de maturação cerebral, como erros de migração neural,
muitas vezes de causa não identificada.
LESÕES CEREBRAIS ADQUIRIDAS OU TARDIAS
Causas mais comuns: traumatismo cranioencefálico (TCE)

< 1 ano = asfixia, síndrome da criança espancada


1-14 anos = atropelamento, afogamento

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15-39 anos – homicídio
40-80 anos = acidente de trânsito
 = 80 anos = quedas

 (AVE) acidente vascular encefálico;


 Quadros infecciosos (meningites ou encefalites)

 Neoplasias [tumores] do SNC.


DEMÊNCIA

 É a síndrome de perda das capacidades cognitivas


adquiridas pelo indivíduo e que provoca prejuízo
funcional em suas atividades de vida diária, sejam elas

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profissionais ou de relacionamento social.
 Para que o diagnóstico sindrômico de demência seja
estabelecido é necessário que haja prejuízo da memória
e mais alguma outra habilidade cognitiva: linguagem,
praxia, gnosia ou incapacidade de planejar e executar
uma ideia.
EPIDEMIOLOGIA
 Demência é uma condição que afeta principalmente
indivíduos com mais de 60 anos de idade.
DEMÊNCIAS - CLASSIFICAÇÃO
DE ACORDO COM O PADRÃO DE APRES. CLÍNICA
 Demências corticais = amnésia+afasia, agnosia ou
apraxia (protótipo das demências corticais: doença de
Alzheimer).

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 Demências subcorticais: bradifrenia [LENTIFICAÇÃO
MENTAL] + distúrbio de atenção e motivação (protótipo:
paralisia supranuclear progressiva).
DE ACORDO COM A CAUSA
a) Demências primárias: chamadas demências
degenerativas, de etiologia ainda não conhecida. Inclui:
Doença de Alzheimer (DA), demência de Corpúsculos de
Levy (DCL), demência frontotemporal (DFT)
DEMÊNCIA

 de todas as funções avaliadas, o estudo dos processos

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envolvidos na memorização e aprendizagem é o que
fornece mais dados qualitativos para o diagnóstico
diferencial dos vários quadros demenciais.
PADRÃO COGNITIVO – DEMÊNCIA NA
DEPRESSÃO (PSEUDODEMÊNCIA)
 Problemas advindos da dificuldade de atenção,
concentração e motivação
 Dificuldades de registro
 Diminuição da memória explícita

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 Diminuição do uso de estratégias mnemônicas
 Diminuição dos escores em teste de geração de
palavras
 Diminuição do planejamento e iniciativa

 Estrutura de linguagem normal

 Reconhecimento normal

 Nem sempre a queixa é verificada em situação de


testagem
TRANSTORNOS AFETIVOS E ENVELHECIMENTO
 Depressão [déficits cognitivos constituem uma
característica importante do quadro de depressão maior,
sobretudo em áreas como atenção, memória e
velocidade psicomotora]

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 Distimia [quadro depressivo leve, crônico e com duração
acima de dois anos]
 Transtorno bipolar tipo I [em que há ao menos um
episódio de mania ou episódio misto]
 Transtorno bipolar tipo II [em que há ao menos um
episódio de hipomania]
 Quadros psicóticos e envelhecimento [esquizofrenia,
psicose maníaco-depressiva, paranoia [transtorno
delirante]
DIGNÓSTICO DIFERENCIAL

 Demência frontotemporal = proeminentes e precoces


as alterações comportamentais/personalidade e de
disfunção da linguagem.
 Demência por corpúsculo de Levy = além de

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compartilhar a fisiopatologia com doença de Parkinson
(onde também encontramos corpúsculo de Levy),
apresenta aspectos motores do parkinsonismo como
quedas, tremor e rigidez. Outros aspectos: alucinações
visuais, grande flutuação cognitiva, déficit de atenção e
desorientação visoespacial.
 Demências secundárias = inclui os quadros demenciais
secundários a alguma doença detectada. Por ex.
demência vascular (DV), doenças infecciosas....
DOENÇA DE ALZHEIMER
DOENÇA NEURODEGENERATIVA - QUADRO CLÍNICO
 Em virtude da possibilidade de anosognosia
(incapacidade em reconhecer a própria doença), a
história deve ser sempre obtida com o paciente e algum
familiar separadamente.

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PRIMEIRAS ALTERAÇÕES
 Comprometimento insidioso da memória para fatos
recentes, a chamada memória declarativa ou explícita
para fatos (ex. onde guardou um objeto, em que cidade
passou o final da semana passada...)
 Associadamente pode surgir desorientação
têmporoespacial.
 Alterações na linguagem tais como anomia e diminuição
na fluência verbal também são comuns. Principalmente
na DA pré-senil, que costumam ser precoces.
DA – PRIMEIRAS ALTERAÇÕES
 Alterações de equilíbrio, marcha e força muscular estão
ausentes, a não ser no período final da doença, quando o
paciente acaba por ficar restrito ao leito.
 Além dos cognitivos ocorrem sintomas neuropsiquiátricos.
Distúrbios de humor – depressão

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a)

b) Delírios e alucinações – delírios de roubo e ciúme,


principalmente em homens. Alucinações visuais [embora
mais comuns e precoces em pacientes com doença dos
corpúsculos de Levy).
c) Alterações da personalidade – apatia e desinteresse são
bastante frequentes.
d) Distúrbio de comportamento – agressão física e verbal,
agitação psicomotora e comportamento sexual inapropriado
podem surgir. Os distúrbios do comportamento estão
associados à gravidade da doença.
PERFIL COGNITIVO DOENÇA DE ALZHEIMER
 Déficits proeminentes e precoces de memória e
linguagem
 Quebra no conhecimento semântico

 Déficit de memória retrógrada e anterógrada

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 Déficit de memória semântica e episódica

 Déficit no raciocínio abstrato

 Desorientação visuoespacial

 Dificuldade em testes que avaliam a habilidade


visuoconstrutiva. - [documentário – discussão]

Entrevista com professor Nitrini


Alterações da senescência
/comprometimento cognitivo Doença de Alzheimer
leve / depressão

Fluência verbal com produção Fluência verbal com produção


contínua interrompida
Vocabulário normal Déficit nos aspectos semânticos

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Déficit de evocação Déficit de aquisição e evocação
Resistem à interferência Esquecimento rápido
Memória Memória
Estratégias Não utilizam estratégias eficientes
Melhoram com pistas Não melhoram com pistas
Tarefas visuoespaciais normais Alterações visuoespaciais:
pobre utilização do espaço
negligências
estratégias de cópia incomum
DEMÊNCIA FRONTO-TEMPORAL
 Caracterizada por atrofia focal de lobos temporais e
frontais, na ausência de doença de Alzheimer.
SUBTIPOS
 Doença de Pick – presença de corpos de Pick no
neocórtex e hipocampo. São pacientes que apresentam

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alteração comportamental importante e às vezes se
tornam extremamente sexualizados.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
 Alterações comportamentais graduais e progressivas.
 Disfunção gradual e progressiva da linguagem.
 Déficit cognitivo devido a alterações psiquiátricas e
orgânicas.
 Déficits que não ocorrem apenas na presença de
delirium.
DEMÊNCIA COM CORPÚSCULOS DE LEVY

ACHADOS DESTA SÍNDROME

 Demência progressiva e gradual

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 Flutuações na função cognitiva

 Alucinações persistentes e bem formadas

 Achados motores típicos de parkinsonismo

DIAGNÓSTICO DE DEMÊNCIA É CLÍNICO


 Um dos exames é a avaliação neuropsicológica
DOENÇA DE PARKINSON
DOENÇA NEURODEGENERATIVA – QUADRO CLÍNICO

 Presença de bradicinesia [lentificação dos movimentos]


 Tremor em repouso [principalmente nas mãos, com
frequência de 4 a 6 ciclos por segundo, em movimentos

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alternados entre supinação e pronação, também dito
movimento de contar notas.Exacerba-se com a marcha e
situações de estresse emocional].
 Rigidez ou hipertonia plástica = resistência contínua ou
intermitente durante a movimentação passiva de um
segmento corpóreo (via de regra, movimento de
extensão e flexão passivas do antebraço sobre o braço]
 Instabilidade postural
 Alterações autonômicas e neuropsiquiátricas incluindo
sintomas ansiosos, depressivos, cognitivos e
relacionados ao sono.
DOENÇA DE PARKINSON
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
 Acinesia [pobreza de movimentos e lentidão na iniciação e
execução de atos motores voluntários e automáticos na
ausência de paralisia]. Marcha: passos pequenos, com perda

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do balanço normalmente associado dos braços);NA FALA
(redução do volume e perda da inflexão da voz, que se torna
monótona] NA ESCRITA (letras pequenas – micrografia), além
daquelas observadas durante a realização de atos motores
complexos, como se vestir, por ex.).
 Instabilidade postural [dificuldade de mudanças bruscas de
direção ao caminhar – ocorrência de quedas].
RESULTANDO BASICAMENTE
 da degeneração de neurônios dopaminérgicos de substância
negra que se projeta para os núcleos de base (corpo estriado)
MANIFESTAÇÕES NÃO MOTORAS DA DP

 Disautonômicas – constipação intestinal, urgência


urinária com ou sem incontinência, disfunção erétil,
hipotensão postural e alterações da sudorese...
 Cognitivas – diminuição da atenção e concentração,

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perda da capacidade de planejamento
 Do humor: depressão e distúrbios ansioos,
principalmente.
 Do sono – movimentos periódicos dos membros, pernas
inquietas, apneia, pesadelos, distúrbio comportamental
do sono REM.
PADRÃO COGNITIVO DOENÇA PARKINSON
 Déficits do tipo pré-frontal
 Alterações visuoespaciais e do funcionamento executivo
 Lentidão psicomotora
 Inabilidade em inibir perseveração

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 Tendência à micrografia
 Déficits motores

 Lentidão para aprender com reconhecimento normal

 Evocação inconsistente
Doença de Parkinson + DA
Doença de Parkinson / DA com Parkinsonismo

Problemas de evocação Problemas de evocação


Erros perceptuais em Dificuldades de nomeação

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testes de nomeação

Respondem a pistas Não se beneficiam de pistas


Circunlóquios Parafasias [pertubação da
linguagem em que as palavras não
correspondem às ideias] e
neologismos
Aprendizagem preservada Déficit de memória anterógrada
ao longo das tentativas marcante
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
 Vide plano de Ensino

Adoni, T. e outros. Principais temas em Neurologia e


Psiquiatria para residência médica. São Paulo: Medcel

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Residência Médica,2008
DSM-V – Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artes Médicas,2014.
OMS – Organização Mundial de Saúde – CID-10 –
Classificação de Transtornos Mentais e de
Comportamento – Descrições clínicas e diretrizes
diagnósticas.Porto Alegre, Artmed, 1993
ALGUNS VÍDEOS
 ENTREVISTA COM D.Varela: demências frontotemporais:
http://drauziovarella.com.br/envelhecimento/demencias-
frontotemporais-2/
 Síndrome de Asperger – o lado de quem tem:

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https://www.youtube.com/watch?v=MtzaILB5lEA
 Síndrome de down:
http://www.youtube.com/watch?v=FBoWfucmPHs
(entrevista) -2012 -
https://www.youtube.com/watch?v=XnaVqy8kluE-2013
 Síndrome de alcoolismo fetal:
http://jovempan.uol.com.br/videos/entrevistas/68136-voce-
sabe-o-que-e-sindrome-do-alcoolismo-fetal.html-2012
 Traumatismo
craniano:https://www.youtube.com/watch?v=ZRJjXKf5UGk

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