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1.

INTRODUÇÃO

A eletricidade é a principal fonte de energia, calor e luz utilizada no


mundo moderno. Ela se tornou indispensável para a vida dos seres humanos.
No Brasil, 95% da energia elétrica que ilumina nossas casas é gerada em
usinas hidrelétricas, que utilizam a força das águas; mas existem também
diversos outros tipos de fontes de energia, como energia hidráulica, eólica,
geotérmica, solar, dentre outras.

Para que os habitantes de uma residência, por exemplo, possam usufruir


da energia elétrica fornecida pela concessionaria local, é necessário que tal
residência possua um projeto de instalações elétricas adequado, para que
assim, de modo seguro e confiável, possam desfrutar da eletricidade.

Um projeto elétrico engloba diversas etapas, como previsão de cargas


de iluminação e de tomadas (tanto de uso geral quanto de uso específico),
dimensionamento de eletrodutos, de condutores, padrão de entrada,
apresentação dos cálculos e das plantas, para facilitar o entendimento na
execução do projeto. Os profissionais que oferecem o serviço de projeto
elétrico residencial têm que garantir aos futuros moradores ou pessoas que irão
usufruir daquele ambiente a qualidade e a segurança, mantendo a residência
estável e com locais pontuais que poderão ser alvo de alterações futuras.

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2. MEMORIAL DESCRITIVO

2.1. – Previsão de cargas

A carga a ser considerada para um equipamento de utilização é a sua


potência nominal absorvida, dada pelo fabricante ou calculada a partir da
tensão nominal, da corrente nominal e do fator de potência.

2.1.1. – Iluminação

As cargas de iluminação devem ser determinadas como resultado da


aplicação da ABNT NBR 5413.

Em cada cômodo ou dependência, deve ser previsto pelo menos um


ponto de luz fixo no teto, comandado por um interruptor.
Em cômodos ou dependências com área inferior a 6 m², deverá ser prevista
uma carga mínima de 100 VA; para área superior a 6 m², deve ser prevista
uma carga mínima de 100 VA para os primeiros 6 m², acrescida de 60 VA para
cada aumento de 4 m² inteiros. Para áreas externas, a decisão ocorrerá entre o
cliente e o projetista.

Potência total por cômodos:

- Suíte: 100 VA - Banheiro 2: 100 VA - Área de Serviço: 100 VA

- Closet: 100 VA - Quarto: 100 VA - Sala de Jantar: 100 VA

- Banheiro 1: 100 VA - Cozinha: 100 VA - Sala de Estar: 100 VA

- Lavatório: 100 VA - Hall: 100 VA - Corredor Interno: 100 VA

Obs.: cálculos na seção “Memorial de Cálculo” (3).

2.1.2. – Tomadas

 TUG

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A potência a ser atribuída a cada ponto de tomada é em função dos
equipamentos que poderá vir a alimentar. Em banheiros, copas, cozinhas,
áreas de serviço e locais análogos, o mínimo é de 600 VA por tomada para os
três primeiros pontos e 100 VA para cada ponto excedente, considerando cada
cômodo separadamente. Quando o total for superior a seis pontos, admite-se
600 VA por ponto para os primeiros dois pontos e 100 VA para cada ponto
excedente. Nos demais cômodos ou dependências, o mínimo é de 100 VA por
tomada.

Em banheiros, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada, próximo


ao lavatório e a, no mínimo, 60 cm do box. Em cozinhas, é necessário um
ponto de tomada a cada 3,5 m de perímetro e fração, devendo haver no
mínimo duas tomadas acima da bancada da pia. Em salas e dormitórios, é
necessário colocar no mínimo uma tomada para cada 5 m de perímetro e
fração. Em demais cômodos: se a área for menor ou igual a 6 m², aloca-se uma
tomada; se a área for maior que 6 m², aloca-se uma tomada a cada 5 m de
perímetro e fração.

 TUE

Deve ser atribuída uma potência igual à potência nominal do equipamento a


ser alimentado. Tomadas de uso específico devem ser instaladas a, no
máximo, 1,5 m do local previsto para o equipamento a ser alimentado.

Potência total por cômodos:

- Suíte: 400 VA + 1400 W (ar-condicionado) - Closet: 100 VA

- Banheiro: 1200 VA + 5000 W (chuveiro elétrico) - Banheiro 2: 600 VA

- Área de Serviço: 1200 VA + 680W (máquina de lavar) - Quarto: 400 VA

- Sala de Jantar: 300 VA - Sala de Estar: 400 VA

- Cozinha: 1800 VA - Lavatório: 100 VA

- Hall: 100 VA - Corredor Interno: 200 VA

3
Obs.: Cálculos na seção “Memorial de Cálculo” (3).

2.2. – Divisão da instalação

A instalação elétrica de uma residência deve ser dividida em circuitos


terminais, pois facilita a manutenção, reduz a interferência entre pontos de luz
e tomadas em áreas diferentes e reduz a queda de tensão.

Os circuitos terminais devem ser divididos em circuitos de iluminação, de


pontos de tomada e circuitos independentes (estes circuitos devem ser
separados entre si). Os pontos de tomada situados em área molhada (copas,
cozinhas, lavanderias etc) devem ser atendidos por circuitos exclusivos. E
pontos de utilização previstos para alimentar equipamentos com corrente
nominal superior a 10 A deve constituir um circuito independente.

Os circuitos de tomada de uso geral e iluminação serão ligados na


tensão de 127 V, entre fase e neutro, já os circuitos independentes serão
ligados na maior tensão (220 V), entre fase e fase, logo, com uma corrente
menor.

A divisão de circuitos de modo correto, além de evitar o desperdício de


energia, facilita a manutenção e garante uma instalação segura.
Recomenda-se que o circuito de iluminação e tomadas não ultrapasse a
potência de 1270 W ( para 127 V) e 2200 W para (220 V).

2.3. – Dimensionamento dos condutores

Dimensionar a fiação do condutor é determinar a bitola padronizada dos


condutores desse circuito, garantindo que a corrente circule pelos cabos de
forma indeterminada sem sobreaquecer.

Segundo a NBR 5410, os critérios para o correto dimensionamento dos


condutores são: seção mínima; capacidade de condução de corrente; queda de

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tensão admissível; sobrecarga e curto-circuito. Adota-se sempre o maior valor
dentre as seções obtidas.

2.3.1. – Identificação dos condutores de cobre

O isolamento do condutor Neutro deve ser sempre na cor azul claro; já o


do condutor de Proteção (PE) deve ser na cor dupla verde e amarela; e o do
condutor Fase deve ser de cores diferentes dos condutores Neutro e de
Proteção.

O condutor Neutro deve possuir a mesma seção da Fase nos casos a


seguir:

- Circuitos monofásicos e bifásicos; trifásicos com seção menor ou igual a 25


mm², com presença prevista de harmônicos. Em circuitos trifásicos com
presença prevista de harmônicos é possível reduzir a seção do neutro.

2.3.2 – Dimensionamento dos condutores – Seção Mínima

O dimensionamento pelo método das seções mínimas para os


condutores de cobre estão na tabela a seguir, conforme tipo de circuito:

Tabela 1 – Seções mínimas dos condutores de cobre (cabos isolados).

2.3.3. – Dimensionamento dos condutores - capacidade de


condução de corrente.

Para dimensionar os condutores pelo método da capacidade de


corrente, leva-se em conta a tabela a seguir:

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Tabela 2 – Capacidade de condução de corrente

Para alimentação do circuito bifásico, com dois condutores carregados,


calcula-se a corrente do seguinte modo:

- Fator de Potência

- Fator de Redução
P – Potência em Watts

No entanto, os valores encontrados devem sofrer alteração através de


fatores de correção (2.3.2.1, 2.3.2.2 e 2.3.2.3).

2.3.2.1. – Fator de correção - temperatura ambiente

Considerando a temperatura ambiente de 35°, isolamento de PVC, tem-


se como fator de correção o valor de 0,94.

2.3.2.2. – Fator de correção - agrupamento de circuitos

Com cabos dispostos em camada única sobre a parede e com três


circuitos por eletroduto, tem-se como fator de correção o valor de 0,70.

2.3.2.3. – Fator de correção final

Fator de correção = 0,94 x 0,70 = 0,658

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O fator de correção visa aumentarmos a corrente anteriormente obtida.
Assim, a fim de facilitar os cálculos, trabalharemos com:

1
Fc = = 1,52
0,658

2.3.3. – Dimensionamento - queda de tensão admissível

Outro método de dimensionamento. Todo condutor tem certa resistência


elétrica, e ao circular uma corrente elétrica há uma dissipação de potencia em
forma de calor, e consequentemente uma queda de tensão no condutor. A
queda de tensão é dada em percentagem de tensão nominal ou de entrada:

O dimensionamento dos condutores através do método Ampère-Metro


utiliza-se de cargas ativas, em circuitos com pequenas cargas e distâncias:

2.4. – Dimensionamento de eletrodutos

Dimensionar eletrodutos é determinar o tamanho nominal (diâmetro


externo) do eletroduto para cada trecho da instalação.

É obrigatório que os condutores não ocupem mais que 40% da área útil
dos eletrodutos. Para dimensionar os eletrodutos, é necessário saber o número
de condutores no eletroduto e a maior seção deles. Através da tabela a seguir,
determina-se o tamanho do eletroduto.

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Tabela 3 – Tamanho nominal eletrodutos

2.5. – Dimensionamento de proteção

A NBR 5410 estabelece prescrições fundamentais com o intuito de


garantir a segurança tanto de pessoas como de animais e bens contra os
diversos perigos que podem surgir resultante da utilização de instalações
elétricas:

- Proteção contra choques elétricos, efeitos térmicos, sobrecorrentes


(sobrecargas e curto-circuito).

Para cada classificação acima citada, existem tipos de proteção como


relés térmicos para proteção contra sobrecargas, fusíveis e disjuntores
magnéticos para proteção contra curto-circuito.

O condutor de Proteção terá a mesma seção do condutor Fase se esta


for menor ou igual a 16 mm²; se o Fase tiver seção entre 16 e 35 mm², a seção
da Proteção será igual a 16 mm²; e se o Fase tiver mais de 35 mm² de seção, a
seção da Proteção será a metade da seção do Fase.

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2.5.1. – Dimensionamento dos disjuntores e dispositivos DR

Para dimensionamento dos disjuntores, deve-se seguir a tabela abaixo:

Tabela 4 – Corrente Nominal Disjuntor

Para dimensionar o disjuntor aplicado no quadro do medidor, é


necessário saber a potência total instalada que determinou o tipo de
fornecimento e o tipo de distribuição da companhia de eletricidade local.

O dimensionamento dos Dispositivos DR é determinar o valor da


corrente nominal e diferencial-residual nominal de atuação. Serve para garantir
a proteção das pessoas contra choques elétricos que possam colocar a vida
em risco.

2.6. – Quadro de distribuição

É o centro de distribuição de energia de toda a instalação elétrica. Este


quadro recebe todos os condutores que vem do medidor. É onde estão os
dispositivos de proteção e de onde partem os circuitos que vão alimentar todos
os equipamentos existentes da instalação elétrica.

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2.7. – Padrão de entrada

O padrão de entrada é o conjunto de instalações composto por caixa de


medição, sistema de aterramento, condutores e outros acessórios
indispensáveis para que seja possível fazer a ligação elétrica da residência à
rede da concessionária.

O padrão de entrada indicado para o imóvel vai depender do tipo de


ligação. No caso da residência descrita para este projeto, será bifásico.

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3. MEMORIAL DE CÁLCULO

Inicialmente é apresentada uma tabela com áreas e perímetros de cada


dependência da residência:

Dependência Área (m²) Perímetro (m)


Dormitório 15,00 16,00
Corredor 3,10 7,60
Banheiro 4,50 9,00
Cozinha 8,10 11,40
Sala de Jantar 8,10 11,40
Sala de Estar 26,55 21,00

Tabela 5 – Áreas e Perímetros dos cômodos

3.1. – Previsão de cargas

3.1.1. – Iluminação

DORMITÓRIO TOTAL
ÁREA (m²) 6 4 4 1 15,00
POT. DISTRIBUÍDA (VA) 100 60 60 - 220

SALA DE ESTAR TOTAL


ÁREA (m²) 6 4 4 4 4 4 0,55 26,55
POT. DISTRIBUÍDA (VA) 100 60 60 60 60 60 - 400

SALA DE JANTAR TOTAL


ÁREA (m²) 6 2,10 8,10
POT. DISTRIBUÍDA (VA) 100 - 100

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BANHEIRO TOTAL
ÁREA (m²) 4,50 4,50
POT. DISTRIBUÍDA (VA) 100 100

COZINHA TOTAL
ÁREA (m²) 6 2,10 8,10
POT. DISTRIBUÍDA (VA) 100 - 100

CORREDOR TOTAL
ÁREA (m²) 3,10 3,10
POT. DISTRIBUÍDA (VA) 100 100

Obs.: frações de áreas menores que 2,25 m² não precisam de iluminação a


mais.

3.1.2. – Tomadas

DORMITÓRIO TOTAL
PERÍMETRO (m) 5 5 5 1 16,00
POT. DISTRIB. MÍN. - TUG (VA) 100 100 100 100 400

- TUE: 1 de 1400 W (ar-condicionado).

SALA DE ESTAR TOTAL


PERÍMETRO (m) 5 5 5 5 1 21,00
POT. DISTRIB. MÍN. - TUG (VA) 100 100 100 100 100 500

SALA DE JANTAR TOTAL


PERÍMETRO (m) 5 5 1,40 11,40
POT. DISTRIB. MÍN. - TUG (VA) 100 100 100 300

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BANHEIRO TOTAL
PERÍMETRO (m) 5 4 9,00
POT. DISTRIB. MÍN. - TUG (VA) 600 600 1200

- TUE: 1 de 5000 W (chuveiro elétrico).

COZINHA TOTAL
PERÍMETRO (m) 3,5 3,5 3,5 0,90 11,40
POT. DISTRIB. MÍN. - TUG (VA) 600 600 600 100 1900

- TUE: 1 de 1500 W (máquina de lavar).

CORREDOR TOTAL
PERÍMETRO (m) 5 2,60 7,60
POT. DISTRIB. MÍN. - TUG (VA) 100 100 200

Obs.: optou-se por colocar uma tomada também na área externa (jardim).

3.1.3. – Potência total instalada

Potência Total = 1020 x 1 + 5000 x 0,8 + 7900 = 12920 W

Como a potência total está entre 7500 W e 15000 W, o sistema é bifásico.

3.2. – Divisão das instalações

- Circuito 1: é um circuito de força e abastece tomadas de uso geral da


cozinha  3 tomadas de 600 VA – Total de 1800 VA.

- Circuito 2: é um circuito de força e abastece tomadas de uso geral da


cozinha e do jardim  4 tomadas de 100 VA – Total de 400 VA.

- Circuito 3: é um circuito de força e abastece tomadas de uso geral da sala de


jantar e da sala de estar  10 tomadas de 100 VA – Total de 1000 VA.

- Circuito 4: é um circuito de força e abastece tomadas de uso geral do


banheiro  2 tomadas de 600 VA – Total de 1200 VA.

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- Circuito 5: é um circuito de força e abastece tomadas de uso geral do
dormitório e do corredor  6 tomadas de 100 VA – Total de 600 VA.

- Circuito 6: é um circuito de força e abastece a tomada de uso específico do


banheiro  1 tomada de 5000 W.

- Circuito 7: é um circuito de força e abastece a tomada de uso específico do


dormitório  1 tomada de 1400 W.

- Circuito 8: é um circuito de força e abastece a tomada de uso específico da


cozinha  1 tomada de 1500 W.

- Circuito 9: é um circuito de iluminação e abastece a cozinha, a sala de jantar


e a sala de estar  3 lâmpadas de 100 VA e 5 lâmpadas de 60 VA – Total de
600 VA.

- Circuito 10: é um circuito de iluminação e abastece o corredor, o dormitório e


o banheiro  3 lâmpadas de 100 VA e 2 lâmpadas de 60 VA – Total de 420
VA.

3.3. – Dimensionamento dos condutores

3.3.1. – Condutores utilizados

O condutor a ser utilizado nesse projeto é o de cobre com isolamento de


PVC.

3.3.2. – Seção mínima dos condutores

- Circuito 1: é um circuito de força, então: seção mínima = 2,5 mm².

- Circuito 2: é um circuito de força, então: seção mínima = 2,5 mm².

- Circuito 3: é um circuito de força, então: seção mínima = 2,5 mm².

- Circuito 4: é um circuito de força, então: seção mínima = 2,5 mm².

- Circuito 5: é um circuito de força, então: seção mínima = 2,5 mm².

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- Circuito 6: é um circuito de força, então: seção mínima = 2,5 mm².

- Circuito 7: é um circuito de força, então: seção mínima = 2,5 mm².

- Circuito 8: é um circuito de força, então: seção mínima = 2,5 mm².

- Circuito 9: é um circuito de iluminação, então: seção mínima = 1,5 mm².

- Circuito 10: é um circuito de iluminação, então: seção mínima = 1,5 mm².

3.3.3. – Dimensionamento dos condutores - capacidade de corrente

- Circuito 1:

Potência do C1 = 1440W
K =1 e U = 127Volts
Corrente: 1440 / (1 x 127 x 0,8) = 16,36 A
Valor corrigido de corrente: 16,36 x 1,52 = 24,87 A
Seção nominal: 4 mm²

- Circuito 2:
Potência do C2 = 320W
K =1 e U = 127Volts
Corrente: 320 / (1 x 127 x 0,8) = 3,15 A
Valor corrigido de corrente: 3,15 x 1,52 = 4,78 A
Seção nominal: 2,5 mm²

- Circuito 3:

Potência do C3 = 800W
K =1 e U = 127Volts
Corrente: 800 / (1 x 127 x 0,8) = 7,87 A
Valor corrigido de corrente: 7,87 x 1,52 = 11,96 A
Seção nominal: 2,5 mm²

15
- Circuito 4:

Potência do C4 = 960W
K =1 e U = 127Volts
Corrente: 960 / (1 x 127 x 0,8) = 9,44 A
Valor corrigido de corrente: 10,91 x 1,52 = 16,58 A
Seção nominal: 2,5 mm²

- Circuito 5:
Potência do C5 = 480W
K =1 e U = 127Volts
Corrente: 480 / (1 x 127 x 0,8) = 4,72 A
Valor corrigido de corrente: 4,72 x 1,52 = 7,18 A
Seção nominal: 2,5 mm²

- Circuito 6:

Potência do C6 = 5000W
K =1 e U = 220Volts
Corrente: 5000 / (1 x 220 x 1) = 22,73 A
Valor corrigido de corrente: 22,73 x 1,52 = 34,55 A
Seção nominal: 6 mm²

- Circuito 7:
Potência do C2 = 1400W
K =1 e U = 220Volts
Corrente: 1400 / (1 x 220 x 1) = 6,36 A
Valor corrigido de corrente: 6,36 x 1,52 = 9,67 A
Seção nominal: 2,5 mm²

- Circuito 8:
Potência do C8 = 320W
K =1 e U = 220Volts
Corrente: 1500 / (1 x 220 x 1) = 6,82 A
Valor corrigido de corrente: 6,82 x 1,52 = 10,37 A
Seção nominal: 2,5 mm²
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- Circuito 9:
Potência do C9 = 600W
K =1 e U = 127Volts
Corrente: 600 / (1 x 127 x 1) = 4,72 A
Valor corrigido de corrente: 4,72 x 1,52 = 7,18 A
Seção nominal: 1,5 mm²

- Circuito 10:
Potência do C10 = 420W
K =1 e U = 127Volts
Corrente: 420 / (1 x 127 x 1) = 3,3 A
Valor corrigido de corrente: 3,3 x 1,52 = 5,02 A
Seção nominal: 1,5 mm²

3.3.4. – Dimensionamento dos condutores - queda de tensão admissível

A concessionária COELBA fornece uma tensão em 127 V e utilizaremos o valor


máximo de queda de tensão percentual de 4%.

Algumas consideradas (alturas em relação ao piso):

- Pé direito: 2,80 m

- Medidor Geral e Quadro de Distribuição: 1,50 m

- Tomada baixa: 0,30 m

- Tomada média: 1,30 m

- Tomada alta: 2,00 m

- Interruptor: 1,50 m

A seguir tem-se um esquema identificando as distâncias horizontais de cada


eletroduto dos circuitos separadamente, para os cálculos da queda de tensão
foram consideradas na distância, além das cotas horizontais, as verticais.

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Figura 1 – Esquema mostrando circuitos divididos com cotas horizontais

- Circuito 1

1
200 𝑥 ( ) 𝑥 [(3,72𝑥4,7)+(4,47𝑥4,7)+(5,20𝑥4,7)]
56
𝑆= = 0,89 𝑚𝑚²
2 𝑥 127

Seção = 2,5mm²

- Circuito 2

1
200 𝑥 ( ) 𝑥 [(6,95𝑥0,8)+(7,55𝑥1,6)+(8,91𝑥0,8)]
56
𝑆= = 0,35 𝑚𝑚²
2 𝑥 127

Seção mínima = 2,5 mm²

- Circuito 3:

1
200 𝑥 ( ) 𝑥 [(12,32𝑥1,6)+(13,03𝑥1,6)+(15,44𝑥0,8)+(16,34𝑥0,8)+(17,03𝑥0,8)+(17,79𝑥0,8)+(23,19𝑥0,8)+(23,95𝑥0,8)]
56
𝑆= = 1,84 𝑚𝑚²
2 𝑥 127

18
Seção mínima = 2,5 mm²

- Circuito 4:

1
200 𝑥 ( ) 𝑥 [(5,02𝑥9,5)]
56
𝑆= = 0,67 𝑚𝑚²
2 𝑥 127

Seção mínima = 2,5 mm²

- Circuito 5:

1
200 𝑥 ( ) 𝑥 [(10,51𝑥0,8)+(11,16𝑥0,8)+(10,42𝑥0,8)+(11,87𝑥0,8)]
56
𝑆= = 0,49 𝑚𝑚²
2 𝑥 127

Seção mínima = 2,5 mm²

Circuito 6:

5000
1
200 𝑥 ( ) 𝑥 {3,80𝑥[ 0,65 ]}
56 220
𝑆= = 1,08 𝑚𝑚²
2 𝑥 220

Seção mínima = 2,5 mm²

- Circuito 7:

1400
1
200 𝑥 ( ) 𝑥 {6,86𝑥[ 0,65 ]}
56 220
S= = 0,55 𝑚𝑚²
2 𝑥 220

Seção mínima = 2,5mm²

- Circuito 8:

1500
1
200 𝑥 ( ) 𝑥 {4,36𝑥[ 0,65 ]}
56 220
= 0,37 𝑚𝑚²
2 𝑥 220

Seção mínima = 2,5 mm²

19
- Circuito 9:

1
200 𝑥 (56) 𝑥 [(2,96𝑥0,8) + (10,61𝑥0.8) + (13,55𝑥0,47) + (15,16𝑥0,47) + (16,80𝑥0,47) + (18,18𝑥0,8) + (19,63𝑥0,47) + (21,35𝑥0,47)]
𝑆= = 0,93 𝑚𝑚²
2 𝑥 127

Seção mínima = 1,5 mm²

- Circuito 10:

1
200 𝑥 ( ) 𝑥 [(1,66𝑥0.8)+(4,42𝑥0.8)+(5,54𝑥0,47)+(7,69𝑥0.8)+(5,57𝑥0.47)]
56
𝑆= = 0,23𝑚𝑚²
2 𝑥 127

Seção mínima = 1,5 mm²

3.3.5 – Escolha das seções pelos três métodos

Após as seções obtidas pelos três critérios considerados (Seção mínima,


capacidade de corrente e queda de tensão), a favor da segurança o tamanho
nominal escolhido será o maior:

Circuito 1: 4,0 mm² (Capacidade de corrente)

Circuito 2: 2,5 mm² (Seção mínima)

Circuito 3: 2,5 mm² (Seção mínima)

Circuito 4: 2,5 mm² (Seção mínima)

Circuito 5: 2,5 mm² (Seção mínima)

Circuito 6: 6,0 mm² (Capacidade de corrente)

Circuito 7: 2,5 mm² (Seção mínima)

Circuito 8: 2,5 mm² (Seção mínima)

Circuito 9: 1,5 mm² (Seção mínima)

Circuito 10: 1,5 mm² (Seção mínima)

20
3.4 Dimensionamento dos alimentadores
3.4.1 – Dimensionamento dos QD por capacidade de corrente

K=2
U = 127 Volts (fornecido pela concessionaria)
P = 12920W

𝑷 𝟏𝟐𝟗𝟐𝟎
𝑰= = = 𝟓𝟎, 𝟗𝑨
𝑲 . 𝑼 . 𝑭𝒂𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒑𝒐𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝟐𝒙𝟏𝟐𝟕𝒙𝟏

Fator de correção = 0,94


𝟏
Fc = 𝟎,𝟗𝟒 = 1,06

Icorrigido = I x Fator de Potência = 50,9 x 1,06 = 54,14A

De acordo com a tabela 2 - Capacidade de condução de corrente e com a


corrente obtida, encontra-se a seção do alimentador.
Seção = 16mm²

3.4.2 – Dimensionamento do QD por queda de tensão

Tem-se Ptotal = 12920W


e (%) = 2%
L = 13,16m

𝟏
𝟐𝟎𝟎𝑿 ( ) 𝑿(𝟏𝟔, 𝟏𝟔𝒙𝟏𝟎𝟏, 𝟕) = 𝟐𝟑, 𝟏𝟏𝒎𝒎²
𝑆= 𝟓𝟔
𝟐𝒙𝟏𝟐𝟕

Seção = 25mm²

21
3.5 Dimensionamento dos eletrodutos

Os trechos das instalações foram enumerados conforme figura abaixo:

Figura 2 – Divisão em trechos dos eletrodutos

A favor da segurança, será adotada como a seção dos cabos, aquela seção do
condutor de maior seção. A tabela abaixo (Tabela 6) informa o tamanho
nominal do eletroduto para cada trecho.

22
TRECHO Quantidade de Maior Seção Eletroduto (mm)
condutores (mm²)
1 6 2,5 20
2 3 2,5 16
3 7 2,5 20
4 8 2,5 20
5 3 2,5 16
6 3 1,5 16
7 6 2,5 20
8 3 2,5 16
9 6 2,5 16
10 3 2,5 16
11 3 1,5 16
12 2 1,5 16
13 3 2,5 16
14 9 2,5 25
15 3 6,0 20
16 3 4,0 16
17 9 2,5 25
18 2 1,5 16
19 9 2,5 25
20 6 2,5 20
21 5 2,5 20
22 6 2,5 20
23 6 2,5 20
24 3 2,5 16
25 7 2,5 20
26 2 1,5 16
27 3 2,5 16
28 7 2,5 20
29 7 2,5 20
30 7 2,5 20
31 7 2,5 20

23
32 3 2,5 16
33 3 2,5 16
34 3 2,5 16
35 3 2,5 16
36 3 2,5 16
37 3 2,5 16
38 3 2,5 16
39 3 2,5 16
40 3 4,0 16
41 3 4,0 16
42 3 2,5 16

Tabela 6 – Dimensionamento Eletrodutos

3.7 Disjuntores

Os disjuntores a serem utilizados no presente projeto serão os disjuntores


termomagnéticos (DTM).

- Circuito 1

I = 14,17A
Seção – 2,5mm² - Capacidade do condutor = 21A
14,17 X 1,35 = 19,13A, logo será utilizado a corrente nominal do Disjuntor de
20A.

- Circuito 2

I = 3,15A
Seção – 2,5mm² - Capacidade do condutor = 21A
3,15 X 1,35 = 4,25A, logo será utilizado a corrente nominal do Disjuntor de
15A

- Circuito 3

24
I = 7,87A
Seção – 2,5mm² - Capacidade do condutor = 21A

7,87 X 1,35 = 10,6A , logo será utilizado a corrente nominal do Disjuntor de


15A

- Circuito 4

I = 9,44A
Seção – 2,5mm² - Capacidade do condutor = 21A
9,44 X 1,35 = 10,79A , logo será utilizado a corrente nominal do Disjuntor de
15A.

- Circuito 5

I = 4,72A
Seção – 2,5mm² - Capacidade do condutor = 21A
4,72 X 1,35 = 6,37A , logo será utilizado a corrente nominal do Disjuntor de 15A

- Circuito 6

I = 22,73A
Seção – 6mm² - Capacidade do condutor = 36A
22,73 X 1,35 = 30,6A , logo será utilizado a corrente nominal do Disjuntor de
35A.

- Circuito 7

I = 6,36A
Seção – 2,5mm² - Capacidade do condutor = 21A
6,36 X 1,35 = 8,6A , logo será utilizado a corrente nominal do Disjuntor de 15A.

- Circuito 8

I = 6,82A
Seção – 2,5mm² - Capacidade do condutor = 21A

25
6,82 X 1,35 = 9,20A , logo será utilizado a corrente nominal do Disjuntor de
15ª

- Circuito 9

I = 4,72A
Seção – 1,5mm² - Capacidade do condutor = 16,5A
4,72 X 1,35 = 6,37A , logo será utilizado a corrente nominal do Disjuntor de 15A

- Circuito 10

I = 3,3A
Seção – 1,5mm² - Capacidade do condutor = 16,5A
3,3 X 1,35 = 4,45A , logo será utilizado a corrente nominal do Disjuntor de
15A

26
4. LISTA DE MATERIAIS

ITENS QUANTIDADE UNIDADE


Tomadas de uso geral 18 Unidade
Tomadas de uso especifico 03 Unidade
Lâmpadas 13 Unidade
Interruptores simples 05 Unidade
Interruptores three-way 02 Unidade
Quadro de distribuição 01 Unidade
Padrão de entrada 01 Unidade
Disjuntor Termomagnético 15A 08 Unidade
Disjuntor Termomagnético 20A 01 Unidade
Disjuntor Termomagnético 35A 01 Unidade
Condutores Fase de 1,5mm² 02 Rolos de 50m
Condutores Neutro de 1,5mm² 02 Rolos de 50m
Condutores Retorno de 1,5mm² 01 Rolos de 50m
Condutores Proteção de 1,5mm² 02 Rolos de 50m
Condutores Fase de 2,5mm² 06 Rolos de 50m
Condutores Neutro de 2,5mm² 06 Rolos de 50m
Condutores Proteção de 2,5mm² 06 Rolos de 50m
Condutores Fase de 4mm² 01 Rolos de 50m
Condutores Neutro de 4mm² 01 Rolos de 50m
Condutores Proteção de 4mm² 01 Rolos de 50m
Condutores Fase de 6mm² 01 Rolos de 50m
Condutores Neutro de 6mm² 01 Rolos de 50m
Condutores Proteção de 6mm² 01 Rolos de 50m
Eletroduto de 16mm 04 Rolos de 50m
Eletroduto de 20mm 04 Rolos de 50m
Eletroduto de 25mm 01 Rolos de 50m

Tabela 7 – Lista de Materiais

27
5. CONCLUSÃO

Ao final desse trabalho, fica nítida a importância de um Engenheiro Civil


ter os conhecimentos necessários e estar apto a elaborar projetos de
instalações elétricas, tanto residenciais quanto comerciais (a depender de sua
magnitude). Nota-se também que a elaboração de um projeto desse tipo não é
difícil, visto que são considerados conhecimentos básicos da eletricidade.
Entretanto, é um processo trabalhoso, que exige grande detalhamento e
atenção.

Foram realizadas todas as etapas básicas inerentes a um projeto


residencial, desde a previsão de cargas (demanda de energia), passando pelos
dimensionamentos de condutores, de eletrodutos e de disjuntores, até uma
lista quantitativa de todos os materiais a serem utilizados na execução desse
projeto. Lembrando que todos os cálculos e considerações foram realizados
seguindo a NBR 5410 e a NBR 5413.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://www.eletrobras.com/elb/natrilhadaenergia/energia-
eletrica/main.asp?View=%7BB1E5C97A-39C6-49BE-9B34-
9BC51ECC124F%7D

http://www.ufjf.br/ivo_junior/files/2010/12/ENE065_-07_05_2012.pdf

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 5410 – Instalações elétricas


de baixa tensão, Rio de Janeiro: 2003.

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