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be i \ LOGICA E SISTEMATICA NA ANA Nise E INTERPRETAGAO DE FOTOGRAFIAS AEREAS : EM GEOLOGIA Paulo Cesar Soures Alberto Pio 1 — INTRODUGAO 0 estudo de fotcgrafias adieas para obtengao de informaydes nos diversos campos das cléncias da Terra tem sido, de modo geral, assistem4tico ‘ comparativo. O poder de resolugdo da imagem fotogratica fic. dependente, para’ seu intérprete, Uo conhecimento juévio de imagens de areas & feicdes similares. Constitui o chamado método das chaves, que se vem utilizando hd nvais de trés décadas; embora muito tenha contribuidu para o conhectmento yeoldgico @ geogratico, este método é autolimitativo, pois nao apresenta as “regras do Jogo" do processo de descoberta, (1) : As tentativas mais produtivas de detinic um conteudo e uma logica comunicdvel na totointerpretagdo surgirarn das pesquisas de M. Guy {1966 }, tendo desenvolvido 0’ método léyico de fotointerpretago, No Brasil, este método foi divuigado essenciaimente através de cursos apresentados por M. Guy e J. P. Riverau, cujos principals topicos foram publicados por Riverau, em , 1972. Como resultado da preucupagdo dé sistematizar um conjunto. de Conhecimentos de conteddo,e as “regras do jogo” que permitam a analise (1) © miétado das chaves unco por exeinplo, devidamente Uesenvelvide nos obs as.de j Lueder [1959], Miller (1961), Ray (1963) Hicei e Pet (1965) © Verbura (1971 }, j dentre outras. a Not, Geomurtol., Campinas, 16 (32): 71 104, dezeimbro, 19/6, SOARES @ HOR? = — Interpretagio de fotografias adroas Nogica da@ imagem fotogrdtics, procuremos détinir ums orlentagfo no ‘desenvolvimento da pesquisa da Imagem fotogrdfica. Neste trabalho, em ‘opusicdd au miétodo das chaves, procurdmos apresentar de forma sistematica, ‘Luditivada, 9 Jagica, subsidios para a tearla da fotointerpretacdo voltada para as ‘ciencias da Terra. Obviements, esta parte comunicével da fotointerpretagdo ‘necesita ser praticada para que se desenvalvam hébitos mentals, aptiddes para a identificagdo @ andlise dos elementos da Imagem. O processo de fotointerpretagio envolve inicialmente a identiticagao dos elementos da imagem com os abjetas e a andlise das relacdes entre as imagens. e, finalmente, a descoberta ou avatiag&o do significado e fun¢aa dos objetos.e suas relagdes. Pode-se conceituar, assim, estes trés processos: - — fotoleitura. reconhecimento e identificagao dos elementos - das imagens com os objetos correspondentes.¢ sua re- parti¢do; > = toto-andlise: estudo das selaydes entre as imagens, associacdo e ordenagao das partes de imagens; = fotointerpretagfio: estudo da imagem fotogrdfica visando & descobeita e avatiag¢do, por métados indutivos, dedutivos e comparativos do significado, fungdo e relacdo dos objetos correspondentes as imagens. A fotoleitura exige o conhecimento das técnicas e processos de otitencdo da fotoyiafia tas como: .a camara, a geometria da- imagem, as propiiedades da visio estereoscopica, as emulsdes de impressdo-e as formas de tneigia captavels. Constitui um requisito para o bom desempenho na anélisu ¢ ‘WMtetpretacdo das fotos. : & ig eae : ji \) ~ FOTOANALISE ; i © processo de fotoandlise envolve inicialmente a fotoleitura. fa 2 andtige db fotogratias aéreas, alguns conceitos devem ser estabelecidos e istituem os elementos tundamentais na caracterizagao da imagem. A partir tes elementos, pode'se compor associagées, detinir formas, zonas de parti,do dos elementos ¢@ seus limites, t. Geomarfol,, Campinas, 16 (32): 71 - 104, dezembro, 1976 + texturais por unidade de érea; densidade de textura 6 o inverso da distance! . 1, Textura ¢ estrutura na imagem fotografica SOARES @ FIOR! — Interpretogio do fotogratias jeer bus 8 A andlise de aerofotes uplicade ads yeuciéncias, interessa A Gpeorsntainienies eatelemnenta Baltfall as pulsagem. O relevo ea drenagem Constituem os objetos principals da avuliag¥o da imagem fotoyrdtica para a ‘obtengZo de Informagdes geolégicas. A veyetaglio, quando néo moditicada pela ago do homem, retlete também, tal vomo relevo e drenagem, as condigdes , constituindo eritério auxiliar na anélise e interpietacio. A menor superficie continua e homoyénes, distingulvel na Imagem fotogréfica @ possivel de repeti¢do, ¢ denominada elemento de textura ou elemento textural. Uma das propriedades do elemento textural 6 a de tepeticfo, com forma e dimensfo definidas’( Riverau, 1972 }..Um eleniento textural pode ser a imagem de uma érvore, ou de parte da drvore, dépendendo.da escala; ou a imagem de uma parte da {Inha de'drenagem ou de parte do relevo. Uma mudanga de direo#o ou de forma, na linha de drenagem. ou Na superficie do relevo, constitui uma mudanga de elemento da textura. Por textura entende-se o padrio de arranjo dos elementos texturais e representa a imagem de conjunto dada pela disposicdo das menores felgdes «ue conservam sua identidade na escala da fotografia. 4 Na andiise das fotogratias podemos separar diferentes graus de densidade de textura, ou seja, zonas con: maior ou menor numero de elementos média entre elementos texturais. Na figura 1 temos texturas de drenayem com densidades diferentes: na margem esquerda tem-se maior densidade de textura, As variagdes na textura do relevo e da ene constituem a condigdes naturais. Por, outro lado, pudemos tér texturas’ sem sigalf geoldyico mas com siyniticado florestal, suciolégico etc, Estes conceitus po ser llustrados com uma imagem retirada da linguagem escrita: a, b, c, d, constituem “elementos teaturais”. cada—constitui uma “textura” com significado inteligivel em nossa.linguagem. 3 Not. Geomorfol., Canypinas, 16 (32); 71 104, dezesmbro, 1976

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