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“Seu caminho para o sucesso!

Introdução a Segurança do Trabalho

Prof. MSc. Paulo Brito

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“Seu caminho para o sucesso!”

INTRODUÇÃO

É matéria fundamental estudar o binômio homem-ambiente de trabalho,


reconhecendo, avaliando e controlando os riscos que possam afetar a saúde
dos trabalhadores. Nesse sentido, ao considerar-se a prevenção e redução de
riscos para a saúde dos trabalhadores deve praticar-se o princípio estabelecido
pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) ao declarar que: “Segurança e
Higiene no trabalho são conceitos individuais e deverão ser tratados como dois
aspectos de um mesmo problema, isto é, o da proteção dos trabalhadores”.
Indubitavelmente, os programas de proteção para a saúde dos
trabalhadores devem condicionar-se a serem planejados levando em conta não
só a prevenção de acidentes e doenças profissionais, mas também a proteção,
fomento e conservação da saúde no sentido mais amplo como definido pela
OMS (Organização Mundial da Saúde) “A saúde é um estado de completo bem
estar físico, mental e social, e não somente a ausência de afecções ou
enfermidades”. Logo, a responsabilidade pela vida e saúde dos trabalhadores
está ligada ao trinômio Estado-Empresa-Trabalhador, já que os efeitos sobre a
saúde se manifestam nesses três componentes.

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1- Introdução a Segurança do Trabalho


Em geral, o controle dos riscos para a saúde dos trabalhadores obedece a uma série de
princípios básicos. Na maioria dos casos um eficiente controle se pode obter ao aplicar uma
combinação de medidas e em sua aplicação o denominador comum vem a ser a educação
sanitária; fica implícito considerar também a boa operação e melhor manutenção dos
componentes mecânicos selecionados.
Entre os princípios básicos utilizados na redução dos riscos industriais, tem-se:
ventilação geral, ventilação local, substituição de materiais, mudança de operações e/ou
processos, término de operações, divisão de operações, equipe de pessoal, manutenção,
ordem e limpeza.
A prevenção de acidentes é o propósito primário de um programa de segurança,
permitindo a continuidade das operações e a redução dos custos de produção. Dessa forma,
a prevenção de acidentes industriais, não só é um imperativo social e humano, como também
um bom negócio. Como prevenir, significa impedir um evento, tomando medidas antecipadas,
a análise causal dos acidentes é o mais importante passo na prevenção dos mesmos.

2 - Estatísticas de Acidentes
Não há notícias sobre a ocorrência de acidentes do trabalho na época em que o
trabalho era meramente artesanal. De maneira análoga, as informações são mínimas sobre
os acidentes ocorridos atualmente nas indústrias de artesanato. Isso se verifica pelo fato do
artesão pouco manusear máquinas, trabalhando basicamente com ferramentas e
equipamentos de pequeno porte.
O mesmo não acontece no sistema industrial, onde predomina a máquina e
ferramentas de maior porte, onde os acidentes avolumam-se de maneira a preocupar
trabalhadores, sindicatos e autoridades ligados ao setor trabalhista e previdenciário, e vários
segmentos da sociedade.
Com o crescimento industrial, a proliferação de estabelecimentos empregatícios trouxe
o consequente aumento dos acidentes.
Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade, única
entidade nacional que levanta dados estatísticos sobre acidentes com eletricidade desde
2007, acabou de divulgar os dados relativos ao ano de 2014.
Segundo a entidade, 2014 apresentou um aumento de 17,7% no número total de
acidentes envolvendo eletricidade em relação ao ano de 2013. Só nos casos de fatalidade em
relação ao choque elétrico, o índice subiu mais de 6% ou seja, em 2013 ocorreram 592 casos

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de acidentes fatais com eletricidade, este ano o número subiu para 627 mortes. Os homens
ainda são maioria esmagadora com 560 casos contra 67 de acidentes fatais vitimando
mulheres.

3 - Tipos de Acidentes de Trabalho

a) Acidentes Típicos
É aquele que decorre diretamente do exercício do trabalho, a serviço da empresa,
provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença que cause a morte, a
perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

b) Acidentes de Trajetos
É aquele que ocorre no trajeto do empregado; é o que decorre não de sua prestação
laborial, não enquanto trabalha, mas no trajeto de e para o trabalho. É o acidente de
trabalho indireto. Podem ser:
 A viagem do empregado;
 No período das refeições ou descanso;
 A ação de terceiros, em certos casos.
c) Doenças Profissionais
São as decorrentes das condições ou excepcionais em que o trabalho seja executado,
desde que , diretamente relacionada com a atividade exercida, cause redução da
capacidade para o trabalho.

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4 – Riscos Ambientais
Os riscos ambientais são elementos ou substancias presentes em diversos
ambientes, que acima dos limites de tolerância podem ocasionar danos à saúde das pessoas.
Os agentes ambientais ou riscos ambientais são bastante debatidos e estudados na área de
segurança e saúde do trabalho, principalmente na elaboração e implementação dos
programas, como: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, Programa
de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR,
etc.
 Riscos Físicos – São diversas formas de energia a que possam estar expostos os
trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas,
radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som;
 Riscos Químicos – São as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar
no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas,
gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter
contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão;
Riscos Biológicos – São as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus,
entre outros;
 Riscos Biológicos – São riscos oferecidos por diversos tipos de micro-organismos
que possam infectar o indivíduo por vias respiratórias, contato com a pele ou ingestão.
 Riscos Acidentes – Arranjo físico inadequado, Máquinas e equipamentos sem
proteção, Ferramentas inadequadas ou defeituosas, Iluminação inadequada,
Eletricidade, Probabilidade de incêndio ou explosão, Armazenamento inadequado,
Animais peçonhentos, Outras situações de risco que poderão contribuir para a
ocorrência de acidentes;
 Riscos Ergonômicos – Esforço físico intenso, Levantamento e transporte manual de
peso, Exigência de postura inadequada, Controle rígido de produtividade, Imposição de
ritmos excessivos, Trabalho em turno e noturno, Jornadas de trabalho prolongadas,
Monotonia e repetitividade, Outras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico.
De acordo, ao item 9.3.3 da norma regulamentadora nº 09 do Ministério do Trabalho e
Emprego, o reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando
aplicáveis:
1 - A sua identificação;
2 - A determinação e localização das possíveis fontes geradoras;

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3- Identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente
de trabalho;
4 - A identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos;
5 - A caracterização das atividades e do tipo da exposição;
6 - A obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da
saúde decorrente do trabalho;
7 - Os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura
técnica;
8 - A descrição das medidas de controle já existentes.

5 - Mapa de Risco
É uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de
trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças
ocupacionais. Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho
(materiais, máquinas, ferramentas, instalações, suprimentos, e espaços de trabalho) e a
forma de organização do trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, gestão e planejamento de
trabalho, postura de trabalho, jornada de trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.)
O mapa de risco é estabelecido na Portaria 3214 de 08 de Julho de 1978, através da
NR -05 (CIPA).

MAPA DE RISCO

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6 - Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Coletiva (EPC)


 EPI
Segundo a Norma Regulamentadora 6 (NR 6) considera-se Equipamento de Proteção
Individual (EPI), todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. O
uso do EPI nasceu legalmente na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) por meio do
Decreto Lei N° 5.452 de 1° de Maio de 1943, em seu artigo 160 foi determinado que em
todas as atividades exigidas o empregador forneceria EPI.
A empresa é obrigada a fornecer ao empregado, gratuitamente, EPI adequado ao
risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
– Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos
de acidentes do trabalho ou de doenças ocupacionais;
– Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
– Para atender situações de emergência.
Com o nascimento do novo texto da Norma Regulamentadora nº10 a vestimenta passa a ser
também considerado um dispositivo de proteção complementar para os empregados,
incluindo a proibição de adornos mesmo estes não sendo metálicos.
 Quanto ao EPI cabe ao empregador:
– Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;
– Exigir o seu uso;
– Fornecer ao empregado somente EPI’s aprovados pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho;
– Orientar e capacitar o empregado quanto ao uso adequado acondicionamento e
conservação;
– Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
– Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
– Comunicar ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) qualquer irregularidade observada.
– Registrar seu fornecimento ao trabalhador.
 Cabe ao empregado quanto ao EPI:
– Utilizar apenas para a finalidade a que se destina;
– Responsabilizar-se pelo acondicionamento e conservação;
– Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
– Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

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 EPC
O Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) trata-se de todo dispositivo ou sistema
de âmbito coletivo, destinado à preservação da integridade física e da saúde dos
trabalhadores, assim como a de terceiros.
Por exemplos: Extintores de incêndio, sinalização de segurança, proteção de partes
móveis de máquinas e equipamentos, capelas químicas, etc.

7 – Ergonomia
Ergonomia é um termo que deriva do grego “ergon”, que significa “trabalho” e
“nomos”, que significa “leis ou normas”. Ergonomia designa o conjunto de disciplinas que
estuda a organização do trabalho no qual existe interações entre seres humanos e máquinas.

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O principal objetivo da ergonomia é desenvolver e aplicar técnicas de adaptação do


homem ao seu trabalho e formas eficientes e seguras de desempenhá-lo visando a
otimização do bem-estar e, consequentemente, aumento da produtividade.
O conceito de Ergonomia se aplica à qualidade de adaptação de uma máquina ao seu
operador, proporcionando um eficaz manuseio e evitando um esforço extremo do trabalhador
na execução do trabalho.

Postura
A Ergonomia Organizacional, também conhecida como macroergonomia, parte do
pressuposto que todo o trabalho ocorre no âmbito de organizações. A ergonomia
organizacional pretende potencializar os sistemas existentes na organização, incluindo a
estrutura, as políticas e processos da organização. Algumas das áreas específicas são:
trabalho em turnos, programação de trabalho, satisfação no trabalho, teoria motivacional,
supervisão, trabalho em equipe, trabalho à distância e ética.

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Normalmente as demandas em ergonomia organizacional ocorrem em


função dos seguintes fatores:
a. Necessidade de modernização (por exemplo, mudança
tecnológica).
b. Reorientação em decorrência de mudança de missão.
c. Modificação de composição acionária.
d. Ajuste de sistema em curso (alterações que demandam esse
ajuste).
e. Consequente a sucessos microergonomicos.
f. Recomendações externas.
g. Negociações sindicais.
h. Parecer de um especialista.
i. Filosofia administrativa.
j. Conscientização da existência de problemas decorrentes da
ausência de ergonomia.
k. Reclamações e reivindicações dos trabalhadores.
l. Exigência legal.
m. Melhor preparação para o mercado e outros.
Um dos fortes elementos ensejadores da ergonomia organizacional nas
empresas é a insatisfação dos empregados com as condições de trabalho e
clima organizacional pesado.

8 – Segurança em Máquinas e Equipamentos


A Nr-12 trata da Proteção do Trabalhador no uso de maquinas e equipamentos e de
varias características a eles associadas. O empregador deve garantir condições e mediadas
seguras de trabalho, como: proteção coletiva e individual, administração e organização do
trabalho. As maquinas devem atender aos princípios de falha de segurança, principalmente
quando em fase de utilização.
Nos locais de instalação de maquinas e equipamentos, as áreas devem ser
demarcadas, devem ter no mínimo 1,20metros de largura e devem estar desobstruídas. Estas
áreas devem ter um bom espaço para circulação dos trabalhadores e serem adequados ao
seu tipo de utilização e elas não podem ficar muito próximas. O piso deve: Estar limpo e livre,
ser antiderrapante, nivelados e resistentes. Os materiais e ferramentas que estão sendo
utilizados devem ser guardados em locais específicos e diferentes. Maquinas moveis devem

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ter travas e maquinas de Estacionamento devem ter uma boa fixação para não se deslocarem
e sua instalação deve respeitar vários requisitos.
Entre os benefícios para as empresas na adequação dos equipamentos da linha
produtiva esta a redução do imposto Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) por Fator
Acidentário de Prevenção (FAP) que varia de 1,5% a 6% da folha de pagamento para as
empresas com menor número de acidentes.
Quando a avaliação dos riscos mostra que uma máquina ou processo acarreta um risco
de lesão, o risco deve ser eliminado ou contido. A maneira pela qual isso é alcançado
dependerá da natureza da máquina e do perigo. Medidas de proteção em conjunto com
guarda ou impedir o acesso de um perigo ou impedir o movimento perigoso em um perigo
quando o acesso está disponível. Exemplos típicos de medidas de proteção são proteções
intertravadas, cortinas de luz, tapetes de segurança, controles bimanuais e chaves de
habilitação.
 Dispositivo de Proteção Fixa
Se o perigo está em uma parte das máquinas que não requer acesso, a proteção deve
ser permanentemente fixada na máquina.

Enclausuramento

 Dispositivos de Detecção de Presença


A melhor escolha de medida de proteção é um dispositivo ou sistema que fornece a
máxima proteção com o mínimo de obstáculos ao funcionamento normal da máquina.

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Cortina de Luz

 Dispositivos de Parada de Emergência


Os dispositivos de parada de emergência são considerados equipamentos de proteção
complementar. Eles não são considerados dispositivos de proteção primária porque não
impedem o acesso a um perigo nem detectam o acesso a um perigo.

Chave de Acionamento por Cabo

 Sistema de Bloqueio
Sempre que for realizar manutenção ou limpeza, desligue a máquina / equipamento e bloque
a sua fonte de energia, para evitar que ele volte a funcionar acidentalmente.

Chave de Bloqueio

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9 – Espaço Confinado
A Norma Regulamentadora nº 33 (Saúde e Segurança nos Trabalhos em Ambientes
Confinados) tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de
espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos
existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que
interagem direta ou indiretamente nestes espaços.
Há muita dificuldade, por parte de empresas e trabalhadores, em reconhecer e
distinguir esse tipo de ambiente. Muitas vezes, o local pode não ser um espaço confinado,
mas vir a ser. Por exemplo: Uma caixa d´água, enquanto está sendo utilizada na sua função
tradicional, é apenas um reservatório e distribuidor. No entanto, quando é preciso esvaziá-la e
realizar manutenção, inspeção e limpeza com produtos químicos, ela se transforma em um
Espaço Confinado. A falta de informações sobre o assunto pode resultar em graves acidentes
para o trabalhador e em sérios prejuízos para as empresas.

A NR-33, no subitem 33.1.2, define Espaço Confinado como sendo: “Qualquer área ou
ambiente não projetado para ocupação o humana contínua, que possua meios limitados de
entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde
possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio”.

Exemplos de Espaços Confinados

 Atividades realizadas em Espaços Confinados:


 Limpeza;
 Inspeção de equipamentos;
 Manutenção;
 Reparos;

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 Instalação de equipamentos;
 Resgate de trabalhadores acidentados.

 Principais Riscos nos trabalhos em Espaços Confinados:


Existem três riscos principais que podem ser detectados na maioria dos Espaços
Confinados:
 Presença de poeiras e gases tóxicos;
 Existência de substâncias inflamáveis que podem gerar explosão;
 Insuficiência de ventilação.
Apesar de as situações acima serem as mais comumente encontradas nesses
ambientes, existem outras tão perigosas quanto, como:
 Queda de altura;
 Temperaturas extremas;
 Choque elétrico e soterramento.
Também não podemos esquecer-nos de mencionar os fatores psicossociais como:
estresse, fobias, ansiedade etc., que podem alterar a percepção do trabalhador e levá-lo a
sofrer um acidente.

 Equipamentos de Proteção para Trabalho em Espaços Confinados


1 - EPIs- Equipamentos de Proteção Individual:
 Capacete com jugular;
 Luvas de Raspa ou de PVC;
 Trava-quedas e acessórios;
 Cinto de Segurança tipo paraquedista;
 Botas de Segurança;
 Óculos de Segurança;
 Respiradores.

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2 - EPCs- Equipamentos de Proteção Coletiva e instrumentos:


 Ventilador/ Insuflador de ar;
 Rádios comunicadores;
 Tripés/ Monopés;
 Equipamentos de resgate;
 Cadeira para acesso sem escada;
 Cabos de aço;
 Detectores de gases portáteis;
 Explosímetros;
 Lanternas apropriadas;
 Extintores de incêndio.

 Medidas de Proteção
Além do uso dos Equipamentos adequados, existem diversas medidas de proteção que
devem ser adotadas para evitar acidentes em Espaços Confinados. Essas medidas podem
ser classificadas como Técnicas; Administrativas e Pessoais:
1 - Medidas Técnicas:
 Evitar a entrada de pessoas não autorizadas nos Espaços Confinados;
 Antecipar, conhecer, avaliar e controlar os riscos nos Espaços Confinados;
 Monitorar a atmosfera nos Espaços Confinados antes e durante os trabalhos;
 Utilizar equipamentos de medida direta, testados, com alarmes e protegidos contra
interferências.

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2 - Medidas Administrativas:
 Manter cadastro atualizado dos Espaços Confinados e seus riscos;
 Definir medidas para isolar, sinalizar, controlar ou eliminar riscos;
 Implementar procedimento de trabalhos em Espaços confinados;
 Adaptar modelo de Permissão de Entrada e Trabalho (PET);
 Designar os trabalhadores que integrarão as equipes de operações em Espaços
Confinados e capacitá-los;
 Implementar o Programa de Proteção Respiratória.
3 - Medidas Pessoais:
 Exames médicos específicos, com emissão do ASO;
 Capacitação de todos os envolvidos nos trabalhos (inclusive indiretamente);
 Proibir trabalhos realizados individualmente ou isoladamente;
 Fornecer todos os equipamentos e instrumentos de proteção previstos na PET.

 PET- Permissão de Entrada e Trabalho


A PET é um documento escrito, contendo o conjunto de medidas de controle, com
vistas à entrada e realização do trabalho, de forma segura, em Espaços Confinados. Também
contém as medidas de emergência e de salvamento nesses ambientes. Nenhum trabalho
pode ser iniciado sem a PET, que possui data de início e término dos trabalhos. Para cada
nova entrada no Espaço Confinado, é necessária uma nova PET, ainda que o prazo da
anterior ainda não tenha vencido.

 Integram a Equipe de Trabalho em Espaços Confinados:


 Responsável Técnico;
 Supervisor de Entrada;
 Vigia;
 Trabalhadores Autorizados.

 Capacitação
De acordo com a NR-33, a capacitação deve ser anual e deve ser ministrada por
instrutores com proficiência no assunto comprovada. A carga horária varia, de acordo com o
tipo de atuação do trabalhador:
 Trabalhadores Autorizados e Vigias – mínimo 16h;
 Supervisores de Entrada – mínimo 40h.

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 Emergência e Salvamento
De acordo com a NR-33, O empregador deve elaborar e implementar procedimentos de
emergência e resgate adequados aos espaços confinados incluindo, no mínimo:
 Capacitação de equipe de salvamento;
 Descrição de possíveis acidentes;
 Descrição de medidas de salvamento e primeiros socorros;
 Correta utilização de equipamentos de emergência, resgate, primeiros socorros e
transporte;
 Acionamento de socorro especializado;
 Simulações anuais de salvamento.
A NR-33, quando seguida e respeitada, pode significar a diferença entre a vida e a
morte de trabalhadores, além de resguardar o empregador de possíveis danos materiais e
prejuízos financeiros.
É preciso que todas as partes interessadas tenham a consciência de que a Segurança
e Saúde no Trabalho está diretamente ligada à qualidade de vida no trabalho. Como diz a
máxima: “Antes de se preocupar em produzir, é preciso cuidar de quem produz”.

10 – Trabalho em Altura
É toda atividade executada acima de 2 metros do piso de referência. Uma das
principais causas de mortes de trabalhadores se deve a acidentes envolvendo queda de
pessoas e materiais. 30% dos acidentes de trabalhos ocorridos ao ano são decorrentes de
quedas.

Exeplos de Trabalho em Altura

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A NR 35 estabelecer os procedimentos necessários para a realização de trabalhos em


altura, visando garantir segurança e integridade física dos colaboradores e empresas de
terceiros (contratadas) que realizaram este tipo de trabalho e a proteção dos que transitam
nas áreas próximas.
 EPI’s para Trabalho em Altura
 Luvas;
 Bota de segurança;
 Cinto paraquedista;
 Óculos;
 Capacete.

EPI’s

O uso de cinto de segurança, talabartes duplos e conectores de grande abertura


satisfazem perfeitamente a todos os requisitos de segurança.

Trabalho em Altura

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Considera-se trabalhador capacitado (35.3.2) para trabalho em altura aquele que foi
submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito
horas, cujo conteúdo programático deve, no mínimo, incluir:

 Normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;

 Análise de Risco e condições impeditivas;

 Riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle;

 Sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;

 Equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção,


conservação e limitação de uso;

 Acidentes típicos em trabalhos em altura;

 Condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de


primeiros socorros.
O trabalho em altura envolve riscos consideráveis. E quando o acidente acontece
quase sempre é fatal. O treinamento e o uso de EPI são fundamentais para a execução do
trabalho com segurança.

11 – Risco em Eletricidade
A Norma Regulamentadora n°10 do Ministério do Trabalho e Emprego, estabelece as
condições mínimas para a implantação de medidas de controle e prevenção de forma a
garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em
instalações elétricas e serviços com eletricidade. Para isso, as instalações elétricas devem
estar em conformidade com as normas técnicas aplicáveis assim como em condições de
manutenção e operação seguras.

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 Pontos Importantes da NR 10
10.2 Medidas de Controle
10.2.1 Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas
preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de
análise de risco, de forma a garantir a segurança e saúde no trabalho.
10.2.2 As medidas de controle adotadas devem integrar-se às demais iniciativas da empresa.

10.4 Segurança na construção, montagem, operação e manutenção


10.4.2 Nos trabalhos e nas atividades referidas devem ser adotadas medidas preventivas
destinadas ao controle dos riscos adicionais, especialmente quanto a altura, confinamento,
campos elétricos e magnéticos, explosividade, umidade, poeira, fauna e flora e outros
agravantes, adotando-se a sinalização de segurança.

10.4.3 Nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e


ferramentas elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente, preservando-se as
características de proteção, respeitadas as recomendações do fabricante e as influências
externas.

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Utilização de Ferramenta
10.5. Segurança em Instalações Desenergizadas
Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para
trabalho mediante os seguintes aspectos:
• Seccionamento do circuito;
• Impedimento de re-energização;
• Constatação de ausência de tensão;
• Instalação de Aterramento Temporário;
• Instalação da sinalização de impedimento de energização; (Lockout/Tag-out)
•O estado de instalação desenergizada deve ser mantido até a autorização para re-
energização, devendo ser re-energizada respeitando a sequência de procedimentos;
• (Check List das atividades executadas).

10.8 Habilitação e Autorização de Profissionais


Para os trabalhos em eletricidade, é necessário que o profissional seja classificado
conforme segue:
• Profissional Qualificado: Formado em curso reconhecido pelo MEC;
• Profissional Habilitado: Qualificado e com CREA/CONFEA;
• Profissional Capacitado: Treinado e que trabalhe sob responsabilidade de profissional
Habilitado e Autorizado;
• Profissional Autorizado: Qualificados ou Capacitados e os Habilitados com anuência formal
da Empresa e submetidos à análise de saúde (NR-7);
• Inadvertidos: Apenas interagem com o sistema elétrico na Zona Livre;

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•A capacitação só terá validade para a empresa que o capacitou e nas condições


estabelecidas pelo profissional habilitado e autorizado responsável pela capacitação.
• Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que ocorrer alguma das
situações a seguir:
- Troca de função ou mudança de empresa;
- Retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior a três meses;
- Modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos, processos e
organização do trabalho;
Os trabalhos em áreas classificadas devem ser precedidos de treinamento especifico de
acordo com risco envolvido.
• Para capacitação do profissional para trabalhos com Eletricidade (Eletricista): Curso Básico
de 40 horas – Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade.
• Para capacitação do profissional para trabalhos com Eletricidade em Sistema Elétrico de
Potência: Curso Complementar de 40 horas - Segurança em Sistema Elétrico de Potência.
• Necessidade de instruir e avaliar os riscos dos trabalhadores com atividades não
relacionadas às instalações elétricas desenvolvidas em zona livre e na vizinhança da zona
controlada.

10.11 Procedimento de Trabalho


• Os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de serviço específicas
(OS), aprovadas por trabalhador autorizado, contendo, no mínimo, o tipo, a data, o local e as
referências aos procedimentos de trabalho a serem adotados;
• Os procedimentos (detalhamento da atividade) devem conter no mínimo: objetivo, campo de
aplicação, base técnica, competências e responsabilidades, disposições gerais, medidas de
controle e orientações finais e precedido de Análise Preliminar de Risco (APR);
• Toda equipe deverá ter um de seus trabalhadores indicado e em condições de exercer a
supervisão e condução dos trabalhos.

10.12 Situação de Emergência


• Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o resgate e prestar primeiros
socorros a acidentados, especialmente por meio de reanimação cardio-respiratória;
• A empresa deve possuir métodos de resgate padronizados e adequados às suas atividades,
disponibilizando os meios para a sua aplicação;

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• Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a manusear e operar equipamentos de


prevenção e combate a incêndio existentes nas instalações elétricas.

10.13 Responsabilidades
• As responsabilidades quanto ao cumprimento da NR são solidárias a todos os contratantes e
contratados envolvidos;
• É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores informados sobre os riscos
a que estão expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de controle dos
riscos elétricos a serem adotados;
• Em casos de acidentes, a contratante deverá adotar medidas preventivas e corretivas para
evitar nos ocorrências;
• Os trabalhadores são responsáveis pelo cumprimento das disposições legais e
regulamentares, pela segurança e saúde própria (e dos demais trabalhadores) e pela
avaliação dos riscos provenientes para a execução dos serviços no sistema elétrico.

10.14 Disposições Finais


• Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o “Direito de recusa”, sempre
que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a
de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que
diligenciará as medidas cabíveis;
• A documentação prevista na NR deve estar permanentemente à disposição dos
trabalhadores que atuam em serviços e instalações elétricas e das autoridades competentes;
• Na ocorrência do não cumprimento das normas constantes nesta NR, o MTE adotará as
providências estabelecidas na NR-3. ( Embargo ou Interdição ) e NR-28 – Fiscalização e
Penalidades.

12 – Primeiros Socorros
Nos últimos anos, com o aumento da violência, dos acidentes de trânsito, das tentativas
de suicídios, afogamentos, estresse, hipertensão e outros capazes de desencadear situações
de urgência/ emergência.
Primeiros socorros são os procedimentos adotados, antes da chegada do médico, de
profissional qualificado da área de saúde ou da ambulância, quando uma pessoa é vítima de
qualquer acidente ou mal súbito.
 O socorro à vítima consiste sempre em:

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1 - Reconhecer que se trata de urgência;


2 - Chamar o serviço médico;
3 - Atuar conforme o seu conhecimento;
4 - Assistir a vítima até que chegue o socorro médico.

 As finalidades dos primeiros socorros


1 - Preservar a vida;
2 - Restringir os efeitos da lesão;
3 - Promover a recuperação da vítima.

 Como ganhar a confiança da vítima


1 - Nunca abandone alguém em estado grave;
2 - Não deixe a vítima sentir-se abandonada;
3 - Converse com a vítima durante todo o exame e tratamento;
4 - Explique o que vai fazer;
5 -Tente responder às perguntas com franqueza;
6 - Procure mostrar que você está ali para ajudar e servir;
7 - Descubra os parentes da vítima e se proponha a cumprir um compromisso que ela possa
ter assumido.

 Queimaduras
As queimaduras são lesões causadas por calor, substâncias corrosivas, líquidos e
vapores. Podem ocorrer também pelo frio intenso e por radiação, inclusive solar e elétrico.
Quando apenas a pele é afetada, chamamos de queimadura superficial. Ocorre vermelhidão,
inchaço e até bolhas. Se o tecido subcutâneo é comprometido, a queimadura é profunda,
ficando a pele muito vermelha ou escura, podendo, inclusive, soltar água.
Considerando a profundidade, as queimaduras são classificadas em:
 Primeiro grau: quando a lesão é superficial. Aparecerão vermelhidão, inchaço e dor.
 Segundo grau: quando a ação do calor é mais intensa. Além da vermelhidão,
aparecem bolhas ou umidade na região afetada. A dor é mais intensa também.
 Terceiro grau: há destruição da pele. Atinge gordura, músculo e até ossos. Pela
destruição das terminações nervosas, ocorre pouca ou nenhuma dor. A pele apresenta-
se esbranquiçada ou carbonizada.
Como proceder:

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 Se a roupa estiver pegando fogo, abafe com um cobertor;


 Mantenha a pessoa deitada;
 Se a roupa estiver molhada, retire-a imediatamente. O tecido mantém o calor do
líquido;
 Retire da área queimada qualquer roupa apertada. Não se esqueça de que as
queimaduras podem causar inchaços;
 Cubra suavemente a queimadura com um pano limpo de tecido de algodão (lençol,
fronha, fralda ou lenço). Evite tecidos sintéticos.
As queimaduras por produtos químicos são sempre graves. Geralmente, são causadas
por produtos de higiene, cal, gasolina, álcool e etc. deveram proceder da seguinte maneira.
 Coloque, imediatamente, a pessoa vestida debaixo de um chuveiro, com a água fria,
retirando a roupa em seguida;
 Lave complemente a parte atingida, usando grande quantidade de água corrente;
 Aplique uma atadura esterilizada sobre a região afetada e conduza a vítima
imediatamente ao pronto socorro.
É muito importante você saber que, quando uma corrente elétrica atinge o corpo,
podem ocorrer queimaduras. Embora os danos sejam visíveis, pode ocorrer uma sequência
de danos internos. As queimaduras por eletricidade geralmente são causadas por raio ou
correntes de baixa ou alta voltagem. Um choque elétrico pode causar parada cardíaca e
respiratória. Nesse caso, a queimadura em si passa a não ser tão importante. Para salvar a
vida da vítima, faça reanimação com a máxima urgência. Em caso de choque elétrico,
desligue sem demora a força elétrica, antes de tocar na pessoa. Não seja você a próxima
vítima! Se você não souber onde ou como desligar a chave geral de energia, não estando a
vítima molhada, puxe-a pelas roupas até desgrudá-la da fonte que provocou o choque. Caso
a pessoa esteja presa a um fio elétrico, use um cabo de vassoura para remover o fio.
Os acidentes são muito comuns e, na sua grande maioria, de pequena gravidade. Os
entorses, luxações e fraturas são muito dolorosos, e quase sempre exigem cuidados de um
médico ortopedista. A fratura é a ruptura do tecido ósseo, enquanto a entorse ou distensão é
uma lesão da articulação na qual os ligamentos são torcidos ou distendidos. A luxação é uma
entorse mais grave. Aqui se rompem não só os ligamentos, como também se descolam os
ossos da articulação. É sempre difícil o diagnóstico sem a ajuda de uma radiografia.
 Como proceder nas entorses
1 - Tire as roupas ou sapatos que possam comprimir a articulação afetada, o mais rápido
possível;

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2 - Aplique compressas frias ou gelo para combater o inchaço;


3 - Imobilize a junta na posição mais confortável possível;
4 - Cuidado para não apertar muito a faixa. Se isso ocorrer, o paciente vai queixar-se de
formigamento;
5 - Se a dor começar a diminuir estimule movimentos suaves e progressivos da articulação
comprometida.
 Como proceder nas luxações
Procure manter a articulação afetada numa posição confortável.
1 - Se a luxação for de braço, procure prendê-lo junto ao corpo na posição mais confortável. É
a conhecida tipoia, feita de faixas largas de ataduras;
2 - Se a luxação for ao pé, procure posição confortável, usando travesseiros ou almofadas. O
uso de faixas largas é importante na imobilização da articulação;
3 - Não tente mover a parte que foi atingida, para não piorar o seu estado.
 Como proceder nas fraturas
1 -Se houver fraturas expostas, cubra-as com um pano limpo e faça a imobilização do
membro afetado;
2 - Mantenha o paciente aquecido, sem exageros;
3 - Procure manter o paciente tranquilo e faça-o descansar;
Evite movimentos desnecessários. Não se esqueça de que a fratura pode provocar
hemorragia interna, que se agrava com o movimento;
4 - Procure um ortopedista.

13 – Combate a Incêndio
Combustão é uma reação química, na qual uma substância combustível reage com o
oxigênio, ativada pelo calor (elevação de temperatura), emitindo energia luminosa (fogo), mais
calor e outros produtos.
 Triângulo do Fogo
O Triângulo do Fogo é uma forma didática, criada para melhor ilustrar a reação química
da combustão onde cada ponta do triângulo representa um elemento participante desta
reação. Para que exista Fogo, três elementos são necessários: o combustível, o comburente
(Oxigênio) e a Fonte de Calor (Temperatura de Ignição).

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Triângulo do Fogo

Define-se então para cada combustível os limite da sua mistura ideal, chamados de
limites de inflamabilidade, que estão dispostos a seguir: • Limite inferior de inflamabilidade
(LII) – é a concentração mínima de uma mistura onde pode ocorrer a combustão. • Limite
superior de inflamabilidade (LSI) – é a concentração máxima de uma mistura onde pode haver
a combustão. O limite de inflamabilidade varia conforme a substância, como podemos ver no
quadro abaixo:

 Pontos Notáveis da Combustão


1) Ponto de Fulgor (Flash Point) É a temperatura mínima, na qual o corpo combustível
começa a desprender vapores, que se incendeiam em contato com uma chama ou
centelha (agente ígneo), entretanto a chama não se mantém devido a insuficiência da
quantidade de vapores.
2) Ponto de Combustão ou Inflamação (Fire Point) É a temperatura mínima, na qual o
corpo combustível começa a desprender vapores, que se incendeiam em contato com
uma chama ou centelha (agente ígneo), e mantém-se queimando, mesmo com a
retirada do agente ígneo.

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3) Ponto de Ignição É a temperatura, na qual os gases desprendidos do combustível


entram em combustão apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independente de
qualquer outra chama ou centelha (agente ígneo).

 Classes de Incêndio
• Classe A: São incêndios que envolvem combustíveis sólidos comuns (geralmente de
natureza orgânica), e ainda, tem como características queimar em razão do seu volume
(queimam em superfície e profundidade) e deixar resíduos fibrosos (cinzas).

Sólidos
• Classe B: São incêndios envolvendo líquidos inflamáveis, graxas e gases combustíveis. É
caracterizado por não deixar resíduos e queimar apenas na superfície exposta (queimam só
em superfície ).

Combustível
• Classe C: Qualquer incêndio envolvendo combustíveis energizados. Alguns combustíveis
energizados (aqueles que não possuem algum tipo de armazenador de energia) podem se
tornar classe A ou B, se for desligado da rede elétrica.

Eletricidade

• Classe D: Incêndios resultantes da combustão de metais pirofóricos, são ainda


caracterizado pela queima em altas temperaturas e reagirem com alguns agentes extintores
(principalmente a água).

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Metais Pirofóricos

 Método de Extinção de Incêncdio


Conhecido o Triângulo do Fogo, este só existirá quando estiverem presentes os três
elementos constituintes nas proporções definidas. Portanto, para extinguir o fogo basta
desfazer o Triângulo, isto é, retirar uma de suas pontas.
• Isolamento: Método de Extinção de Incêndio que consiste na retirada do Combustível.
• Abafamento: Método de Extinção de Incêndio que consiste na redução ou retirada do
Oxigênio.
• Resfriamento Método de Extinção de Incêndio que consiste na retirada parcial do calor
(diminuição da temperatura).

 Agentes Extintores de Incêndio


Existem vários agentes extintores, que atuam de maneira especifica sobre a combustão,
extinguindo o incêndio através de um ou mais métodos de extinção já citados. Os agentes
extintores devem ser utilizados de forma criteriosa, observando a sua correta utilização e o
tipo de classe de incêndio, tentando sempre que possível minimizar os efeitos danosos do
próprio agente extintor sobre materiais e equipamentos não atingidos pelo incêndio. Dos
vários agentes extintores, os mais utilizados são os que possuem baixo custo e um bom
rendimento operacional, os quais passaremos a estudar a seguir:
• Água
Como agente extintor a água age principalmente por resfriamento e por abafamento. A
água apresenta excelente resultado no combate a incêndios da Classe A.
• Espuma
Como agente extintor a espuma age principalmente por abafamento, tendo uma ação
secundária de resfriamento, em face de existência da água na sua composição. A Espuma
apresenta excelente resultado no combate a incêndios das Classes A e B, não podendo ser
utilizado na Classe C, pois conduz corrente elétrica.
• Pó Químico Seco (PQS)

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Os PQS são classificados conforme a sua correspondência com as classes de


incêndios, conforme as seguintes categorias:
Pó ABC – composto a base de fosfato de amônio, sendo chamado de polivalente, pois atua
nas classes A, B e C;
Pó BC – à base de bicarbonato de sódio ou de potássio, indicados para incêndios classes B e
C;
Pó D – usado especificamente na classe D de incêndio, sendo a sua composição variada,
pois cada metal pirofórico terá um agente especifico, tendo por base a grafita misturada com
cloretos e carbonetos.
• Dióxido de Carbono (CO2 - Gás Carbônico)
É um gás incombustível, inodoro, incolor, mais pesado que o ar, não é tóxico, mas sua
ingestão provoca asfixia. Atua por abafamento, dissipa-se rapidamente quando aplicado em
locais abertos.
Não conduz corrente elétrica, nem suja o ambiente em que é utilizado.
O Dióxido de Carbono apresenta melhor resultado no combate a incêndios das Classes
B e C. Na Classe A apaga somente na superfície.
A adoção de medidas preventivas visando evitar o incêndio e o pânico, sem dúvida
preservará a segurança e a tranquilidade das pessoas nos seus locais de trabalho e nos
lares, além de converterem-se em benefícios social e econômico para a sociedade em geral.
Porém, para que isto se torne realidade, é preciso que todos tomem consciência da
necessidade da participação ativa na aplicação mais efetiva das medidas de segurança, pois
não se trata apenas de proteger o patrimônio, mas também e, sobretudo, de resguardar a vida
humana.

14 – Norma Regulamentadora 18
Estabelece diretrizes de ordem de planejamento, organização e administrativa que
objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança
nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção.
O Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
(PCMAT) é um plano que estabelece condições e diretrizes de Segurança do Trabalho para
obras e atividades relativas à construção civil.
Representam as principais causas de acidentes fatais e não fatais no setor da
construção civil:

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• Quedas
• Choque Elétrico
• Soterramento
Áreas de Vivência onde são descritas as condições mínimas requeridas para a
habitabilidade dos canteiros de obras. São requeridas as seguintes instalações: instalações
sanitárias, vestiários, alojamentos, local de refeições, cozinha, lavanderia, área de lazer e
ambulatório. Destaque especial é dado para a conservação e o estado de higiene e limpeza
em que devem ser mantidas as instalações nos canteiros de obras, com a obrigatoriedade de
vários itens necessários a estas.
Instalações elétricas são compostas por cuidados essenciais com os circuitos e
equipamentos, requisitos mínimos para as instalações provisórias no canteiro, além da
necessidade de trabalhador qualificado com supervisão de profissional legalmente habilitado
para a execução e manutenção das instalações.
Para garantir a segurança nas instalações elétricas de canteiros, o primeiro passo é
entender que provisório não significa precário. Com esse conceito bem definido, é preciso que
a obra sempre conte com um eletricista e que todos os demais funcionários recebam
treinamento sobre os riscos que envolvem a eletricidade e façam curso de primeiros socorros,
especialmente em técnicas de ressuscitação cardiorrespiratória.
Sempre que algum serviço for realizado nas instalações elétricas, o circuito elétrico
deve ser desligado completamente de forma programada e com a devida divulgação para
todos os trabalhadores no canteiro.
Durante o serviço, é preciso colocar um cadeado no quadro de luz para que ninguém
religue o disjuntor antes do fim do trabalho. Quando a obra tem mais de um eletricista, é
recomendável que cada um tenha um cadeado, com chaves diferentes e, durante os serviços,
todos sejam colocados na porta do quadro geral. Esse procedimento evita que o quadro seja
religado enquanto ainda houver um eletricista trabalhando no sistema.
As chaves blindadas permitem a interrupção da energia para executar manutenção,
separam circuitos de diferentes locais ou de utilizações distintas, e protegem os equipamentos
e as fiações dos circuitos com fusíveis. Elas devem ficar protegidas de intempéries.
É muito importante que os fusíveis das chaves blindadas tenham capacidade
compatível com o circuito, não sendo permitida a substituição por dispositivos improvisados
ou por outros fusíveis de capacidade superior.

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Um ato normal de canteiros de obras é a utilização de extensões sendo estas


manuseadas com grande frequência pelos trabalhadores. Neste caso é de suma importância
que qualquer extensão utilizada possua cabos com isolação dupla, pois estas poderão estar
em ambientes úmidos, secos, quentes e essa precaução ajudará a manter a qualidade do
fornecimento de energia e a segurança dos trabalhadores.
As instalações elétricas deverão constar no PCMAT do canteiro de obras ajudando na
prevenção de acidentes do trabalho.
Treinamentos como curso de NR-10 básico são de extrema importância para que os
trabalhadores saibam os riscos das instalações elétricas e como agir no caso de
manutenções ou acidentes do trabalho desta natureza.

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