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“Tocar no Educandário Carlos Chagas foi uma experiência ímpar. Fomos muito bem
recebidos pela Pedagoga Rafaela que nos apresentou o local e também nos contou
um pouco sobre a história do mesmo. Fomos encaminhados à sala da apresentação
onde todos estavam dispostos de forma bem despreocupada e livre. Lembro-me de
quando eu estava prestes a tocar, a sala estava ainda um pouco eufórica (um dos
rapazes começou a cantar quando viu meu violão), então, aos primeiros sons da
música, todos pararam e de uma forma como se ficassem hipnotizados, só ouviram. E
assim foi até o final. Logo, Matheus Cavalari tocou a segunda parte do recital, então
pude ver um pouco de fora a reação de todos: uma tranquilidade e uma paz
indescritíveis. Logo fizemos duas músicas em duo e ao final do recital todos vieram
no cumprimentar e tirar fotos. Houve um dos rapazes que se fantasiou com cabelo
grande para tirar uma foto comigo. Tenho certeza de que cada momento ficará
marcado para sempre em minhas lembranças”.
Descontração: um dos moradores do Educandário se fantasia para tirar foto com o
violonista Robert Anthony
Nada melhor do que comemorar as festas de fim de ano com música. No dia 29 de
dezembro foi a vez do Lar de Idosos Santa Luiza de Marillac receber os músicos do
Palco Itinerante. Frederico Grünewald, Matheus Cavalari e Wagner Boratto foram
recepcionados com bastante entusiasmo e curiosidade.
Durante a apresentação, os músicos comentaram sobre o repertório escolhido, que
contou com músicas clássicas e populares. Ao fim, aconteceu um bate-papo com a
plateia. Enquanto os músicos conversavam com os presentes, a equipe do Palco
Itinerante perguntou para a secretária voluntária e moradora, Ângela Vargas, sobre o
que achou da apresentação. “É um momento antes, durante e depois. Eu estou
extasiada de tanta emoção, eu tenho certeza que dentro de mim tem uma coisa muito
bonita que esses meninos trouxeram”, afirmou Ângela.
Entusiasmo também não faltou nos músicos. Já é a segunda vez que Frederico
Grünewald e Matheus Cavalari participaram do projeto e eles afirmaram que
pretendem continuar. Matheus Cavalari conta os avanços que obteve da sua primeira
apresentação para a segunda. “Eu acho que da primeira apresentação para a segunda
já somou muito, porque eu fico muito nervoso quando estou tocando e hoje eu fiquei
muito mais tranquilo, mais atento. É nessa linha mesmo que eu tenho que seguir e
acho muito interessante esse tipo de aprendizado”.
Mais do que levar a música aos atendidos da Associação dos Cegos de Juiz de Fora, o
grupo de música erudita Sinfonietta esbanjou animação e simpatia na primeira sexta-
feira do mês de Abril. Através de um concerto didático, os músicos encantaram a
todos presentes e se destacaram pela atenção e sensibilidade.
O grupo Sinfonietta se apresentou com nove dos atuais doze integrantes, que tem
entre 25 e 40 anos de idade. O repertório apresentado abrangeu músicas clássicas e
populares e impressionou o assistido Anderson Luis Cândido. "É difícil a gente
encontrar hoje no Brasil tantos jovens envolvidos com esse tipo de música. A maioria
dos jovens querem funk, pagode e eles não. Eles querem a música clássica do Brasil e
também dos compositores internacionais, como a peça do Vivaldi que eles
executaram".
A equipe do Palco Itinerante agradece ao grupo Sinfonietta pela parceria com o
projeto e também à Associação de Cegos pela calorosa recepção!