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Apostila
Formação de Mecânicos
Mecânica - Hidráulica - Eletricidade
1 - Mecânica
3- Instrumentos de medição
3.1 - Calibres ..................................................................................................................... 31
3.2 - Goniômetro .............................................................................................................. 32
3.3 - Torquímetros ............................................................................................................ 33
3.4 - Balanças dinamométricas para verificar torques de giro ........................................ 35
3.5 - Paquímetro universal ................................................................................................ 36
3.6 - Micrômetros ............................................................................................................ 39
3.7 - Relógio comparador ................................................................................................ 41
3.8 - Súbito ou intramés .................................................................................................. 44
6- Princípios de funcionamento
6.1 - Motores Diesel ......................................................................................................... 87
6.2 - Embreagens ............................................................................................................. 94
6.3 - Redutores de velocidade ......................................................................................... 98
6.4 - Caixas de câmbio ................................................................................................... 102
6.5 - Polias variadoras .................................................................................................... 106
6.6 - Diferencial .............................................................................................................. 108
6.7 - Sistema de freios ................................................................................................... 110
2 - Hidráulica
7- Conceitos básicos
7.1 - Conservação da energia ........................................................................................ 116
7.2 - Lei de Pascal ........................................................................................................... 116
7.3 - Força e pressão ...................................................................................................... 116
7.4 - Pressão hidrostática ............................................................................................... 117
7.5 - Princípio de Bernoulli ............................................................................................. 118
7.6 - Perdas de carga em escoamento .......................................................................... 118
7.7 - Vazão............. ......................................................................................................... 120
8- Fluidos hidráulicos
8.1 - Viscosidade ............................................................................................................ 121
8.2 - Óleos minerais ....................................................................................................... 122
8.3 - Propriedades dos óleos ......................................................................................... 122
10 - Filtragem
10.1 - Filtro químico ........................................................................................................ 126
10.2 - Filtro mecânico ..................................................................................................... 126
10.3 - Exemplos de filtros utilizados em máquinas MF ............................................... 127
11 - Atuadores hidráulicos
11.1 - Tipos de cilindros ................................................................................................. 129
11.2 - Vedações dos cilindros ........................................................................................ 133
11.3 - Cálculo de velocidade e força de cilindros .......................................................... 134
12 - Bombas hidráulicas
12.1 - Bombas de engrenagens .................................................................................... 135
12.2 - Bomba centrífuga ................................................................................................. 136
12.3 - Bomba de rotores tipo gerotor ............................................................................ 136
12.4 - Bomba de palhetas .............................................................................................. 137
12.5 - Bomba de pistões ................................................................................................ 138
13 - Motores hidráulicos
13.1 - Motor a engrenagens ......................................................................................... 141
13.2 - Motor tipo gerotor................................................................................................ 141
13.3 - Motor de palhetas ................................................................................................ 142
13.4 - Motor a pistões .................................................................................................... 142
14 - Válvulas
14.1 - Válvula limitadora de pressão .............................................................................. 143
14.2 - Válvula de alívio e segurança ............................................................................... 143
14.3 - Válvula de descarga ............................................................................................. 143
14.4 - Válvula redutora de pressão ................................................................................ 144
14.5 - Válvula supressora de choque ............................................................................. 144
14.6 - Válvulas de controle direcional ............................................................................ 145
14.7 - Válvula anti-retorno (ou fluxo único) .................................................................... 148
14.8 - Válvula reguladora de vazão ................................................................................ 148
14.9 - Válvula de bloqueio .............................................................................................. 150
14.10 - Válvula divisora de fluxo tipo prioritária ............................................................. 151
15 - Acumuladores hidráulicos
15.1 - Função/funcionamento ........................................................................................ 152
15.2 - Aplicações dos acumuladores ............................................................................. 153
16 - Trocadores de calor
16.1 - Resfriador a ar ...................................................................................................... 154
16.2 - Resfriador a água ................................................................................................. 155
17 - Manômetros e vacuômetros
17.1 - Princípio de funcionamento ................................................................................. 156
17.2 - Usos e aplicações ............................................................................................... 157
17.3 - Testes hidráulicos ................................................................................................. 158
3 - Eletricidade
18 - Conceitos gerais
18.1 - Conceitos fundamentais da eletricidade ............................................................. 162
18.2 - Corrente elétrica (I) ............................................................................................... 169
18.3 - Tensão (V) ............................................................................................................. 170
18.4 - Corrente Contínua - C.C. ...................................................................................... 171
18.5 - Corrente Alternada - CA ....................................................................................... 172
18.6 - Resistência elétrica .............................................................................................. 173
18.7 - Capacitância.. ....................................................................................................... 175
18.8 - Potência....... ......................................................................................................... 176
18.9 - Lei de Ohm ........................................................................................................... 177
18.10 - Fontes em Série ou Paralelo .............................................................................. 179
18.11 - Capacitores em Série e/ou Paralelo ................................................................... 180
19 - Dispositivos elétricos
19.1 - Interruptores ......................................................................................................... 181
19.2 - Baterias e pilhas ................................................................................................... 182
19.3 - Lâmpadas ............................................................................................................. 183
19.4 - Diodos............. ..................................................................................................... 184
19.5 - Fusíveis.......... ....................................................................................................... 185
19.6 - Relés ................................................................................. ................................... 186
19.7 - Resistores ............................................................................................................. 188
19.8 - Capacitores ......................................................................................................... 189
19.9 - Indutores: Bobinas e transformadores ................................................................ 190
19.10 - Potenciômetro .................................................................................................... 191
19.11 - Sensores de nível ............................................................................................... 192
19.12 - Sensores de rotação .......................................................................................... 192
19.13 - Sensores de temperatura (termostatos e termistores) ..................................... 193
19.14 - Alternadores ....................................................................................................... 194
19.15 - Motores elétricos ............................................................................................... 196
21 - Aparelho multi-teste
22 - Anexos
Um bom estudo!
Por longo tempo cada país, cada região, teve o seu próprio sistema de medidas,
baseado em unidades arbitrárias e imprecisas, por exemplo, aquelas baseadas no
corpo humano: palmo, pé, polegada... Isso criava muitos problemas para o comércio,
porque as pessoas de uma região não estavam familiarizadas com o sistema de
medida das outras regiões. Imagine a dificuldade em comprar ou vender produtos
cujas quantidades eram expressas em unidades de medida diferentes e que não
tinham correspondência entre si.
Em 1789, numa tentativa de resolver o problema, o Governo Republicano Francês
pediu à Academia de Ciências da França que apresentasse uma solução; foi criado
então, o Sistema Métrico Decimal, adotado também pelo Brasil. Este sistema, era
baseado inicialmente em três unidades básicas de medida: o metro, o litro e o
quilograma.
Entretanto, o desenvolvimento científico e tecnológico passou a exigir medições
cada vez mais precisas e diversificadas. Por isso, em 1960, o sistema métrico decimal
foi subtituído pelo Sistema Internacional de Unidades - SI, mais complexo e
sofisticado, adotado também pelo Brasil em 1962 e ratificado pelo Conselho Nacional
de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - CONMETRO, tornando-se de
uso obrigatório em todo o Território Nacional.
R"
círculo ou esfera. D
io "
iâ
m
et
Ra
ro
Raio "R": "D
"
É a distancia entre um ponto qualquer da
circunferência (ou esfera) e o seu centro. Centro
Diâmetro "D":
É o dobro do raio.
D=2xR
Perímetro "Per":
No caso do círculo, é o comprimento da
Per = 2 x ¶ x R ou:
circunferência. Em outras palavras, perímetro
equivale ao trajeto percorrido por uma roda, ao Per = ¶ x D
completar uma volta.
Per = ¶ x D
Exemplo:
5,0 = 3,1415 x D
Qual é o diâmetro da roda do desenho abaixo, se
D = 5,0 / 3,1415
para completar uma volta esta percorreu 5,0 m?
D = 1,59 m
L5
No caso de outras figuras geométricas, para obter o
perímetro, basta somar todos os lados: L1 + L2 +
L3 + L4 + L5...
L1
L4
L2
L3
2.2 - Área
b
Quadrados e Triângulo equilátero
h Retângulos: A = 0,433 x l²
A=bxh
L² = l x l
h Paralelogramos
A=bxh
b Círculo
A = ¶ x R²
b Pentágono
A = 2,378 x r²
Triângulo acutângulo
A = (b x h) / 2 R² = r x r
Triângulo obtusângulo
A = (b x h) / 2 Hexágono
A = 2,598 x l² ou
A = 2,598 x r²
Trapézio
A = (b' + b) x h
b'
2
Elipse
Quadrilátero A=¶xaxb
A = (h'+h)a + bh +ch'
2 ¶ = 3,14159
2.3 - Volume
Paralelepípedo
V = Área da base x h
Tronco de pirâmide
V=h x (a1+a2+ a1xa2)
V=axbxh
3
Ab = ¶ x R²
V = Ab x h
Cone
V = Ab x h .
Prisma
3
V = Área da base (Ab)
x Altura (h)
Para "Ab", veja a pág.
anterior
V = Ab x h
Toróide
Esfera
V = 19,739 x R x r²
V = 4,1888 x R³
R³ = r x r x r
Massa (m):
É a quantidade de matéria de um corpo, sendo
constante para um dado corpo, independente de
onde este se encontra.
Peso (P):
O peso é uma grandeza que varia na mesma Exemplo - massa x peso:
proporção em que varia a aceleração da gravidade Sabe-se que a aceleração da gravidade na terra é de
"g". Quanto mais nos afastamos da terra (rumo ao 9,81 m/s²
espaço), menor é a aceleração da gravidade e
Considerando que o peso de uma pessoa seja de
portanto, menor será o nosso peso. Mas a massa
70 kg, aqui na terra, pergunta-se:
do nosso corpo, obviamente, não muda: esta é a
Qual seria o peso desta pessoa, na lua, onde a
diferença.
aceleração da gravidade é de 1,62 m/s²
Exemplo - densidade 2
Um caminhão transporta álcool combustível, com tanque
cilíndrico nas dimensões indicadas ao lado.
Pede-se: qual é o peso da carga?
- Peso (P) = V x d
densidade (d) do álcool (vide tabela anterior) = 790 kg/m³
- Volume do cilindro
V = ¶ x r² x l
V = ¶ x 0,9² x 15 V = 38 m³
123456789012
123456789012
123456789012
- P=Vxd 123456789012
123456789012
123456789012
123456789012 l
123456789012
r
123456789012
P = 38 x 790 P = 30.020 kg 123456789012
123456789012
123456789012
123456789012 r = 0,9 m
123456789012
123456789012
123456789012
123456789012
123456789012
123456789012
123456789012
2.5 - Velocidade
Geralmente não nos interessa saber apenas a distância percorrida por um carro
ou outro objeto qualquer: precisamos saber também o tempo que se leva para
percorrer tal trajeto. Surgiu então, o conceito de velocidade, que relaciona o
deslocamento com o tempo gasto.
V=D/t
Onde:
D = Deslocamento, dado em mm, cm, m ou km
t = Tempo, dado em s, min ou h
OBS: A unidade da velocidade vai depender das unidades usadas para "D" e "t".
Exemplos:
1- Uma tartaruga leva 5 min para percorrer 10 m.
Qual é a velocidade média*?
Deslocamento (D) = 10 m
Tempo (t) = 5 min
V=D/t V = 10 m / 5 min V = 2 m/min
2- Sabe-se que um cheeta alcança a velocidade de 110 km/h! Qual o tempo neces-
sário para percorrer 15 km, nesta velocidade?
Deslocamento (D) = 15 km
Velocidade = 110 km/h
110 = 15 .
t
110 t = 15 t = 15 / 110
t = 0,13 h (x 60 = minutos) t = 8,18 min
a = Vf - Vi
Onde:
t
a = aceleração, normalmente dada em m/s², ou seja, a variação da velocidade em
metros por segundo a cada segundo.
Vf e Vi são, respectivamente, Velocidade final e Velocidade inicial no intervalo de
tempo considerado.
t = tempo
Exemplos:
1- Numa prova de arrancada de tratores, verifica-
se a seguinte situação:
O trator parte do repouso e após 30 s a veloci-
dade é de 11 m/s (metros por segundo).
Qual foi a aceleração "a" neste intervalo?
a = (Vf - Vi) / t
Vf = 11 m/s
Vi = 0 (zero, pois parte do repouso)
a = (11 - 0) / 30
a = 11 / 30 = 0,36 m/s²
Vi = 50 m/s
Ou seja: a cada segundo que se passa, a velo-
cidade e aumenta 0,36 m/s Vf = 0 (pois a pedra tem de parar para retornar)
a = -9,81 (desaceleração)
Rotação do motor
Indicada através de um contagiros (2), permite
selecionar a velocidade correta de deslocamento do
trator, da rotação da TDP ou simplesmente,
assegurar que o motor opere dentro da faixa correta
3
de trabalho.
4
O horímetro (3) trabalha em função do
contagiros (2). As horas marcadas pelo mesmo,
coincidem com as do relógio (sistema sexagesimal), Tratômetro dos tratores MF: contagiros (2) e
quando o motor trabalha a 1800 rpm, na maioria dos horímetro (3).
casos. Esta informação consta no campo (4).
☞ NOTA:
Quando se deseja medir a rotação de
um eixo qualquer, pode-se utilizar um
tacômetro portátil, como o ilustrado 7
ao lado.
A ponteira (6) deve ser encostada na
extremidade do eixo e indicação da
rotação é exibida no visor (7). 6
TACÔMETRO LUMIG: FOTO DE DIVULGAÇÃO - WEB
2.6 - Força
F=mxa
Onde:
F = Força (em newtons - N)
m = Massa do corpo
a = aceleração
Exemplos:
1- Qual a força necessária para acelerar um veí- 2- Se aplicarmos uma força de 20 N sobre um
culo de 2.000 kg, no plano, com aceleração de corpo de 5 kg, sobre um plano e sem atrito,
2 m/s²? qual será a aceleração imposta ao corpo?
F=mxa F=mxa
m = 2.000 kg m = 5,0 kg
a = 2,0 m/s² F = 20,0 N
F = 2.000 x 2,0 a=?
F = 4.000 N
20 = 5,0 x a
OBS: Desprezamos aqui as forças de atrito, ou
a = 20 / 5.0
seja, a resistência imposta ao movimento pe-
a = 4,0 m/s²
las rodas e pelo ar.
Por esta razão, se a aceleração fosse 0 (zero),
ou seja, velocidade constante, a Força resul-
tante seria também nula.
T=FxD F
D
Onde:
T= Torque, normalmente dado em kgf.m ou N.m
F= Força exercida na extremidade da alavanca
D= Comprimento da alavanca, ou distância entre
o ponto de aplicação da força "F" e o centro de
30 cm
giro.
C) Força centrífuga
Todo corpo que percorre uma trajetória circular, é R
continuamente forçado fora, mais precisamente,
Fc
para a direção tangencial.
m
Daí a expressão popular, muitas vezes usada sem
conhecimento, de "sair pela tangente".
Fc = m x V² / R ou:
Fc = 0,011 . m . R . n²
Onde:
m = massa do corpo, em kg
R = raio da trajetória
n = rotação em rpm
Exemplos: Fc Tangente
1- Qual é a Força Centrífuga Fc de um corpo, com
massa de 3 kg, que gira a 800 rpm, numa traje-
tória R = 0,5 m P
Fc = 0,011 . m . R . n²
Fc P
m = 3,0 kg
R = 0,5 m
n = 800 rpm
Fc = 0,011 x 3,0 x 0,5 x 800²
Fc = 10.560 N ou 1.076,45 kgf
OBS: 9,81 N = 1 kgf
D) Força de atrito
É a resistência ao deslocamento de um corpo sobre a trajetória.
Fa = µ x P
Onde:
Fa = Força de atrito, em newtons - N
P = Peso do corpo
µ = coeficiente de atrito:
- Coeficiente estático: é aquele verificado na posição de repouso do corpo.
- Coeficiente dinâmico: ocorre na situação em que o corpo se encontra em movi-
mento e varia com a velocidade: quanto maior a velocidade, menor o atrito.
(todo motorista deveria saber disso!)
OBS 1: O coeficiente de atrito estático de uma determinada situação é sempre
superior ao coeficiente dinâmico. Isto explica a perda de controle sobre um
veículo a partir do momento em que as rodas se arrastam no piso.
OBS 2: O coeficiente de atrito depende da natureza das superfícies em conta-
to: grau de rugosidade, lubrificadas ou não, etc.
OBS 3: O meio em que o corpo se encontra (ar ou líquido) também oferece
uma resistência ao deslocamento, mas que será desconsiderada aqui.
Atrito benéfico:
É o atrito necessário, por exemplo, para manter
o controle de veículos sobre a pista, permitir a força
de tração de tratores e o atrito nas lonas ou discos
de freio, etc.
Sob certas condições, como piso molhado ou
barro, o "coeficiente de atrito - µ " às vezes é
insuficiente para manter a aderência. Em
conseqüência, a "Força de atrito - Fa" também será
Força de tração Força de atrito
insuficiente.
No caso de tratores, teoricamente a força de
tração máxima, é igual a força de atrito entre as rodas
e o solo.
Mas há também o "atrito ao rolamento", que
deve ser descontado e que vem a ser a força
necessária para deslocar o trator com a transmissão
em neutro e freios livres (sem acionar).
Atrito indesejado
São as situações em que se deseja diminuir ao
máximo o atrito, através de lubrificação e rugosidade
mínima da superfície das peças em contato..
Exemplos: atrito em rolamentos, engrenagens,
pistões, etc.
W=FxD
Exemplo 1
W=P xH
☞ NOTA:
Na Física, só há trabalho se houver deslocamento produzido. Se por exemplo,
você segurar, imóvel, um peso de 50 kg suspenso, pode ter passado o maior
trabalho, mas para a física, não houve trabalho algum!
A alavanca, por mais simples que pareça, tem infinitas aplicações na mecânica.
Além de simplesmente transmitir movimentos entre 2 órgãos, ela permite a
multiplicação de força, conforme analisado a seguir.
Regra da alavanca
F1 x D1 = F2 x D2
Onde:
F = Forças
D = Distâncias
Exemplo:
1- Qual é a força resultante F2, ao ser aplicada
uma força de 100 N em F1?
Basta substituir os valores na fórmula:
F1 x D1 = F2 x D2
100 x 70 = F2 x 50
7000 = 50 F2
F2 = 140 kgf
Fórmula para a relação de torque x diâmetros 2- Para o exemplo anterior, qual é o torque "T" da
polia "2", se o torque da polia "1" for de 10 N.m?
D1 x T2 = D2 x T1 D1 x T2 = D2 x T1
Onde: 40 x T2 = 20 x 10
- D = diâmetros 40 T2 = 200
- T = Torques T2 = 200 / 40 T2 = 5 N.m
Z1 x N1 = Z2 x N2
Z2 = 20
Onde: N2=250 rpm
- Z = N0 de dentes Z1 = 10
N1=500 rpm
- N = rotação em rpm
Z1 x T2 = Z2 x T1
Onde:
- Z = N0 de dentes
- T = Torque
☞ NOTA:
Na situação ilustrada abaixo, onde uma ou mais engrenagens intermediárias
são montadas, estas não interferem na relação de transmissão: basta conside-
rar o N0 de dentes da primeira e da última.
Z2 = 20
N2 = 250
Engrenagens
intermediárias:
Z1 = 10
N1 = 500
Z3 = 20 Z4 = 40
N3= ? N4= ?
T3= ? T4= ?
Z2 = 40
N2= ?
T2= ?
Z1 = 20
N1=500rpm
T1=15 kgf.m
OBS: A relação entre dentes de engrenagens ou No caso do exemplo acima, para calcularmos a
diâmetros de polias, é chamada de "relação de relação de transmissão total - i
t
transmissão", a qual é representada pela letra " i ".
Por convenção, o " i " deve ser calculado assim:
it = i21 x i43
i= n0 de dentes* da engrenagem movida . it = (40/20) x (40/20)
0
n de dentes* da engrenagem movida
* N0 de dentes ou diâmetro de polias.
it = 2 x 2 = 4:1 (redução total de "4 por 1")
2.12 - Pressão
P=F/A
F=PxA
Onde:
P = Pressão: kgf/cm² - N/m² (Pa) - lbf/pol²
F = Força: kgf - newton (N) - lbf
A = Área: cm² - m² - pol²
Exemplo:
Em um motor Diesel, em que se atinge a
pressão de 17 kgf/cm² ao final do curso de
compressão e o diâmetro dos cilindros é de 10 cm
Pede-se: qual é a força exercida pelas bielas, para
Pressão
F = 17 x 78,54
F = 1.335 kgf
☞ NOTA:
Geralmente se confunde Pressão de Compressão e Taxa de Compressão.
A taxa é apenas uma relação de volumes, que não se altera mesmo com o desgaste
interno do motor.
Já a Compressão (pressão do ar atingida no cilindro no final da fase de compressão),
sofre um decréscimo com o desgaste dos pistões, anéis, camisas e válvulas. A compres-
são pode ser medida com manômetros - veja abaixo.
P = Patm x Tc1,2
Onde:
P Pressão atingida (ou compressão)
Patm Pressão atmosférica: ao nível do mar é de 1
kgf/cm Em regiões mais elevadas, esta
pressão vai diminuído gradualmente.
Tc Taxa de compressão: conforme foi dito, a "Tc"
não pode ser confundida com a Compressão
"P", porém, a mesma interfere na pressão
alcançada no PMS - Ponto Morto Superior dos
pistões.
1,2 Fator constante, adiabático.
Exemplo (compressão):
Qual é a compressão esperada para um motor, com Taxa de compressão de 16:1, ao
nível do mar (Patm = 1).
P = Patm x Tc1,2
P = 1,0 x 161,2
P = 27,85 kgf/cm²
OBS: Estes dados são teóricos. O ideal, é ver sempre a especificação do fabricante
do motor. Além disso, são necessários parâmetros de máximo e mínimo para avaliar
o estado de um motor.
Taxa de compressão:
É a proporção de volumes entre o PMI (Ponto Morto
Inferior) e o PMS (Ponto Morto Superior) do pistão.
Note que o pistão estando embaixo (PMI), o volume
é grande: V + v
V = Volume do cilindro:
V = 0,7854 x Diâmetro² x Curso do pistão
OBS: 0,7854 é a simplificação de ¶ / 4 da fórmula
v volume da câmara de combustão.
☞ NOTA:
Determinação de "v": como o forma-
to da câmara de combustão é com-
plexo, cálculos seriam imprecisos.
Por isso, se utiliza encher a cavidade
com óleo (com o pistão no PMS),
medindo-se o volume de óleo intro-
duzido.
Tc = (V + v) / v
Exemplo: se um motor tiver uma taxa de A taxa de compressão dos motores diesel
compressão de 16:1, isto significa que quando o (normalmente entre 15 e 18 por 1) é maior que a
pistão está no PMS, todo o ar que antes enchia os dos motores a gasolina (7 a 11 por 1).
volumes V + v, agora é obrigado à ocupar o espaço Esta é uma das razões pelas quais o motor diesel
"v", 16 vezes menor! é mais eficiente, ou seja, transforma uma maior
Este processo promove o aquecimento do ar parcela da energia química do combustível em
para algo em torno de 500 a 700 ° C - o que é trabalho mecânico, potência útil.
responsável pela queima do diesel, finamente
pulverizado pelo injetor.
3.1 - Calibres
A) De lâminas
Consiste de um jogo de lâminas, com diferentes
espessuras, e valor estampado sobre cada lâmina.
Estas, pode ser milimétricas ou em polegadas.
Por definição, os calibres não fazem medida,
apenas permitem, por comparação, verificar folgas
entre peças: A lâmina que se ajustar de forma mais
exata, é a medida da folga.
Folga de válvulas
de motor
B) Calibres de raios
Para verificação de raios internos e externos. O
princípio é o mesmo do calibre de lâminas, ou seja:
A lâmina cujo raio melhor se encaixa no ponto
verificado, corresponde ao raio pesquisado e se
encontra estampado sobre cada lâmina..
O exemplo mais clássico, são os raios de
concordância em árvores de manivela (virabrequins).
Caso numa retífica, estes raios não forem
observados, o virabrequim terá grande probabilidade
de quebrar, devido à concentração de tensões.
C) Calibres de roscas
Usados para verificar passos de roscas.
3.2 - Goniômetro
OBS 1: A unidade grau, pode ser representada por "0" - exemplo: 50 = cinco graus.
OBS 2: O grau possui divisões e sub-divisões, porém, normalmente não são utilizados
a nível de oficina. Para medi-los, são necessários instrumentos eletrônicos.
- Dividindo o grau por 60, tem-se os "minutos" , representado pelo símbolo (´)
- Dividindo os minutos, por 60, tem-se os "segundos", representados pelo símbolo
(´´).
Exemplo: 100 20´ 30´´: 10 graus, 20 minutos e 30 segundos.
3.3 - Torquímetros
1 3 4 2
Ti
Tr
Onde:
Ti = Tr x D / (D + A)
Tr= Torque recomendado
Ti= Torque que deve ser indicado pelo torquímetro
D = Comprimento do torquímetro
A = Comprimento da chave de extensão.
Uso do torquímetro com multiplicador de
torque:
Isto se faz necessário em parafusos ou porcas
de grandes dimensões.
Ao utilizar um multiplicador, devemos saber qual
Ti = Tr / Fm
é o Fator de Multiplicação "Fm" do mesmo. Existem Fm
no mercado diversas opções, como: 2:1, 3:1, 4:1,
Ti
5:1, etc.
Exemplo:
Tr
Se o multiplicador for de 4:1, isto significa que
ele multiplica o torque por 4. Neste caso, para saber
o torque "Ti" que o torquímetro deverá indicar, divida
o torque recomendado "Tr" por 4.
Se o multiplicador for do tipo 3:1, divida o torque
recomendado por 3 e assim sucessivamente.
Apoio
2
A) Enrolando-se o cordel (1) diretamente
sobre a peça cuja pré-carga se deseja
medir. 1
☞
pré-carga do pinhão de um eixo Carraro.
IMPORTANTE:
Em ambos os casos (A e B), a leitura
B) Utilizando-se uma roldana (3) em
combinação com a balança (2) da balança deve ser feita com a peça
já em movimento, ou seja,
A roldana (com Raio "R" conhecido), deve ser
desconsiderar a leitura para arranca-
fixada ao eixo cuja pré-carga (ou torque de giro) se
da.
deseja medir.
Passe um cordel na roldana conforme mostrado Parafuso de
ao lado e puxe a balança: quando o eixo estiver em "Alavanca"
fixação da
movimento, faça a leitura da carga (em kg ou N) e roldana ao eixo
divida-a pelo Raio "R":
Roldana
Tg = FxR e F = Tg/R
Onde: Eixo cuja pré-
Tg= Torque de giro (ou pré-carga), normalmente carga se deseja
dado em N.m, kg.cm ou lbf.pol, por se tratar de medir Força "F"
valores muito pequenos.
F = Força: em kg, N ou lbf Cordel
R = Raio da roldana: em cm ou pol.
OBS: A ferramenta especial para tratores MF, Balança
FT-4020, é uma roldana com raio de 5 cm. dinamométrica:
Neste caso, se for especificada uma pré-carga de precisão e
de 20 kgf.cm, a força a ser indicada na balança aferida.
é de (20 / 5) = 4 kgf.
Medindo diâmetros
Medindo espessura
☞ NOTA:
A figura ao lado,
mostra um
paquímetro espe-
cial para medir
profundidade.
O procedimento
para leitura, é idên-
tico ao paquímetro
universal.
Forma INCORRETA de utilização
Identificações do paquímetro
Impulsor
☞ NOTAS:
1 - Atualmente, existem também os
paquímetros eletrônicos, que
proporcionam grande facilidade
de leitura. Basta observar ape-
nas a forma correta de medir,
conforme ilustrado na página
anterior. PAQUÍMETRO DIGITAL, IMPAC: FOTO DE DIVULGAÇÃO - WEB
2 - Independente de ser eletrônico ou não, os
paquímetros e todos os demais dispositivos
4 - Limpe-o ao final do uso e lubrifique-o com
de medição, requerem o máximo de zelo
óleo fino, periodicamente
quanto ao manuseio e armazenagem. Para
5 - Ao realizar uma medição, não pressione o
ter uma idéia, para que estes instrumentos
cursor através do impulsor. Isto faz com que
assegurem a precisão, é necessário que a
os encostos pressionem desnecessariamen-
temperatura ambiente esteja dentro de cer-
te a peça, podendo danifica o paquímetro.
tos limites (em torno de 20 0C).
3 - Deve ser manejado com cautela, evitando- 6 - Além do cuidado no manuseio, é importante
se quedas e batidas. Qualquer empeno do que seja feita a calibração periódica, segun-
paquímetro, por menor que seja, prejudica do normas e procedimentos do INMETRO -
o rigor da medição; Instituto Nacional de Metrologia.
Escala principal
Escala do
Nônio
3.6 - Micrômetros
Identificações:
Fixador Escalas
Encosto móvel
Tambor
Encosto fixo
Catraca
Cilindro
Capacidade - exemplo: 25 a 50 mm
Observações:
✔ Nos micrômetros são encontradas identifica-
ções na placa protetora ou logo abaixo do
fixador: A
A- Capacidade de medição - exemplos: 0 a 25 mm; 25-50 mm
25 a 50 mm; 50 a 75 mm, etc. B
0,01 mm
B- Precisão: corresponde à menor divisão do
micrômetro. O mais comum é o de 0,01 mm Arco
Cuidados no manuseio:
✔ Nunca force o tambor: gire-o apenas até a apro-
ximação e em seguida, gire apenas a catraca.
Como é de se imaginar, a rosca interna é de
elevadíssima precisão e, portanto, sensibilida-
de.
✔ Limpe-o ao final do uso e lubrifique-o com óleo
fino, periodicamente.
Os instrumentos de medida devem ser guar-
dados sempre no estojo, como o mostrado ao
lado.
Leitura de micrômetros:
Exemplo de uso do
micrômetro
1 , 0 0 Escalas do
1 volta = 0,50 mm
0 , 5 0
Cada divisão = 0,01
Exemplo 01:
A
- Neste exemplo a seta (A) indica 2 mm
- A seta (B) mostra que o traço de 0,50 mm já foi C
ultrapassado, isto é, a escala móvel já deu uma B
volta, sendo então necessário acrescentar 0,50
mm na leitura.
- A seta (C) indica a leitura da escala móvel: 0,28
mm
Portanto, como valor final de leitura teremos:
2,00 + 0,50 + 0,28
Leitura = 2,78 mm
Por exemplos:
1- Figura ao lado: Folga axial da árvore do coman-
do de válvulas:
- Empurre a árvore totalmente para dentro
- Apóie a ponteira do relógio sobre a árvore
- Zere a escala ou anote o valor mostrado
- Force a árvore totalmente para fora
- Faça a leitura do relógio e calcule a diferença.
☞ NOTAS:
1 - À exemplo dos demais instrumentos, existem relógios
comparadores eletrônicos, que proporcionam grande
facilidade de leitura e precisão.
2 - Cuidados no manuseio - tanto para relógios convenci-
onais quanto eletrônicos: siga as mesmas recomenda-
ções citadas para os demais instrumentos.
Leia também, as instruções do respectivo fabricante.
Aro
☞ NOTA:
Para todas as medidas, aplique uma
pré-carga à haste móvel, ou seja, para
Haste móvel se
movendo para
cima: medida de
ressaltos
a posição inicial da medida, deixe a
haste deslocada em 2 a 3 mm para
dentro. Em seguida, faça a zeragem
da escala, girando o aro.
B
A
3,28 mm
3,00 mm
A B
4,88 mm
2,77 mm
A figura (A) indica uma pré-carga de 4,88 mm* (quatro milímetros e oitenta e
oito centésimos). Na figura (B), o ponteiro da escala menor se deslocou para 2 mm:
como o ponteiro maior deu duas voltas e parou na marca de 0,77 mm (setenta e sete
centésimos); teremos como leitura 2,77 mm (dois milímetros e setenta e sete
centésimos).
Leitura = 4,88 - 2,77 mm = 2,11 mm (Dois milímetros e onze centésimos).
*OBS: Sempre após fazer a pré-carga, zere a escala do ressalto/rebaixo, girando o
aro.
Forma correta de
segurar o intramés Empunhadura
Haste tubular
Cabeça de medição
Folga é um espaço necessário entre duas ou mais peças, que tenham movimento
relativo.
Por isso, a expressão "eliminar folga" é equivocada. Na realidade, o objetivo é
manter a folga dentro de determinados limites, tanto máximo quanto mínimo:
- Folga insuficiente pode impedir a lubrificação das peças, gerando a destruição
de componentes;
- Folga excessiva gera ruído anormal, vibração, mau funcionamento e às vezes
também a danificação de componentes.
A) Folga radial
É a folga na direção do raio (daí o termo radial )
e é verificada entre eixos e mancais, pistões e
camisas, etc.
A folga radial "Fr" é a diferença entre diâmetros
de tais peças.
De = Diâmetro externo Df = Diâmetro do furo
Fr = De - Df
Medindo o diâmetro
interno de uma bucha,
para posteriormente,
calcular a folga entre a
mesma e o eixo.
C) Folga axial
É a folga na direção longitudinal do eixo, sendo verificada geralmente em eixos,
engrenagens e pacotes de engrenagem.
A forma mais prática para verificar a folga axial, é através de relógio comparador ou
calibre de lâminas
4.2 - Ovalização
Ovalização = D1 - D2
D1
D2
4.3 - Empenamento
Para verificar o empenamento em eixos e Para peças planas, como cabeçotes, utilize uma
hastes, utilize o relógio comparador. O régua retificada e calibre de lâminas: a lâmina que
empenamento, neste caso, é a diferença entre a melhor se ajustar, no ponto de maior folga,
leitura mínima e máxima, no ponto central do eixo. corresponde ao empenamento.
Esta medida tende a ser vista sem importância. Porém, os raios cumprem função
estrutural em muitas peças. Exemplo clássico: virabrequins.
Quando por ocasião da retífica, os raios de concordância ficarem abaixo do
recomendado, quebras ocorrerão com grande probabilidade.
Conicidade = D1 - D2
Inclinação
É o ângulo formado por uma superfície ou linha
em relação ao eixo normal.
D2
Perpendicularismo
Ajuste correto
Sempre que não houver recomendação específica, adote
a seguinte regra:
A tensão está correta se a deflexão "X", no trecho livre mais
longo estiver entre 10 e 20 % da distância "L", entre eixos.
F = força aplicada
sobre a correia para
gerar a deflexão
X = L / 10 a 15
☞ NOTA:
Em casos especiais, como correias denta-
das de comandos de válvula de motores vei-
culares, existem dispositivos como o mos-
trado ao lado, que fornecem diretamente a
tensão da correia.
Formas de ajuste
1 - Por deslocamento ou giro do componente acionado
Neste caso, deve-se soltar os parafusos de fixação do componente,
deslocá-lo ou girá-lo conforme necessário e reapertar os parafusos ou porcas.
Exemplos: Alternadores e bombas hidráulicas.
A
Apostila - Formação de Mecânicos / Mecânica
4 - Medidas e ajustes mais comuns na mecânica
52
OBS: O aperto por torque poderá acarretar um problema se as roscas dos parafusos
ou alojamento dos mesmos, estiverem sujas ou danificadas; na medição do torque
o aperto não será uniforme e, portanto, não confiável.
É preciso entender que, ao aplicar o torque correto aos parafusos e porcas, o objetivo
na realidade não é o torque em si, mas sim, a tensão imposta ao parafuso ou
prisioneiro.
☞
cabeçote de motor (Perkins)
NOTAS:
1 - Não existe equivalência entre graus e torque (em kgf.m ou N.m); veja o porquê:
Se rosqueamos dois parafusos baseado no torque de aperto, e um exigir maior
esforço do que o outro (devido a problemas na rosca, por exemplo), ao aplicar-se o
mesmo torque para ambos, resultará uma diferença no aperto, ficando o parafuso
que exigiu maior esforço sem a tensão correta.
Se apertarmos estes parafusos com ângulo especificado, ambos serão rosqueados
por igual no bloco e, conseqüentemente se obterá um aperto mais preciso e unifor-
me.
Alinhamento e
paralelismo
✔
Corretos
Polias
✗
desalinhadas
entre si
✗
Eixos não paralelos
6
5 Régua
7 4
Gleason
Oerlikon
INCORRETO 1:
Pinhão muito próximo da coroa (avançado): recuar o pinhão,
aumentando espessura dos calços de posicionamento.
1- Lado côncavo dos dentes (coroa e pinhão): contato baixo 1
na parte externa
2- Lado convexo dos dentes (coroa e pinhão): contato baixo
✗
na parte interna.
INCORRETO 2:
Pinhão muito afastado da coroa (recuado): Diminuir espessura
dos calços de posicionamento. 3
3- Lado convexo dos dentes (coroa e pinhão): contato alto na
parte externa
4- Lado côncavo dos dentes (coroa e pinhão): contato alto
✗
na parte interna.
4
CORRETO:
5- Pinhão CORRETAMENTE POSICIONADO:
Marcas localizadas à meia altura e ligeiramente deslocadas
para o lado interno.
5
✔
Apostila - Formação de Mecânicos / Mecânica
4 - Medidas e ajustes mais comuns na mecânica
58
12
13
PMS
PEI
Ponto
Estático de
Injeção
4
7
1
8 Comando de
válvulas
5 3 11 10
B) Ferros Fundidos
✔ Ferros fundidos são ligas Ferro (Fe) com Carbono (C), com concentração acima
de 2.1 % C (tipicamente entre 3 e 4.5 %).
✔ Nesta faixa de concentrações, a temperatura de fusão é substancialmente me-
nor que a dos aços, o que facilita o processo de fundição e moldagem.
✔ As propriedades dos ferros fundidos mudam radicalmente em função da con-
centração de C e outras impurezas (Si, Mg. Ce) e do tratamento térmico.
C) Aços
✔ Aços são ligas Fe-C que podem conter outros elementos.
✔ As propriedades mecânicas dependem do teor de C.
✔ Classificação em função do teor de C
- Menor que 0.25% = baixo carbono (também chamado de “aço doce”)
- 0.25% < %C < 0.60% => médio carbono (aço meio-doce)
- 0.60% < %C < 1.4% => alto carbono
✔ Aços carbono: Baixíssima concentração de outros elementos de liga.
✔ Aços liga: Possui, além de C, outros elementos em concentração apreciável.
D) Ligas não-ferrosas
D1) Ligas de cobre
✔ O Cobre puro é extremamente macio, dúctil e deformável a frio. É também
resistente à corrosão.
✔ Ligas não são tratáveis termicamente. A melhora das propriedades mecânicas
deve ser obtida por trabalho a frio ou solução sólida.
✔ As ligas mais comuns são os latões, com Zinco (Zn), com propriedades que
dependem da concentração deste e outros fatores;
✔ Os bronzes incluem Sn, Al, Si e Ni, sendo assim mais fortes do que os latões.
✔ Novas ligas com Berílio (Be) possuem diversas propriedades excepcionais
Porca Parafuso
Rosca Whitworth
Diferenças em relação à rosca métrica ISO:
✔ Ângulo de filete de 550 ao invés de 600
✔ Crista dos filetes, do parafuso e porca, Porca
arredondados.
✔ Especificação do diâmetro "D" é dada
em polegadas e a ISO métrica em
milímetros.
Parafuso
☞ NOTA:
O valor do torque de aperto aplicado aos parafusos, deve levar em conta
a Classe dos mesmos.
Formas de 5
utilização das
cupilhas (14)
6
Uso de
contraporca 11
9
16
12
12
14 1
2
14
15
12 4 16
16
5.4 - Chavetas
Chaveta tangencial
Chaveta arredondada
Lingüeta reta
Chaveta com ressalto
Lingüeta arredondada
Chaveta rebaixada
9
2
10
11
12
13
14
15
5.6 - Engrenagens
B) Tipos de engrenagens
1 - Engrenagens cilíndricas de dentes retos
Apresenta maior facilidade de cálculo e fabricação - em conseqüência, menor custo.
Apresentam alguns inconvenientes, basicamente pelo fato de não haver continuidade
no engrenamento (mudança de um dente à outro).
- Maior ruído
- Menor resistência mecânica.
Bomba de
engrenagens de
dentes retos
Engrenamento
interno
Engrenamento
com cremalheira
Hipóide
5
6
3 Dente perfil
4B Oerlikon
4A
Perfil Gleason
(usado na
linha MF)
Di Diâmetro interno
Dp Diâmetro primitivo
De Diâmetro externo
p Passo: distância entre dente, sobre a circunfe- Z Número de dentes
rência primitiva h Altura dos dentes
b Altura do dente até a circunferência primitiva
OBS: A partir das características acima, obtemos (relativa ao diâmetro ou raio primitivo)
o módulo "m", que é a característica mais a Altura do dente a partir da circunferência primi-
importante a nível de projeto de uma engrenagem, tiva
pois além de determinar o tamanho dos dentes, se
constitui de um parâmetro para as Normas que
Sistema Internacional (métrico ou
regulamentam o projeto, permitindo a
modular)
padronização, como ocorre com os demais
Valem as seguintes fórmulas:
elementos de máquina.
p = (¶ x Dp) / Z
Normas mais utilizadas:
m = Dp / Z
- Sistema Inglês (Diametral Pitch)
De = m . (Z + 2)
- Sistema Internacional (métrico ou modular)
Di = m . (Z - 2,334)
Isolante
Envelope
Tipos de correia
Cordonéis de Elemento tensor
material sintético
Elemento de compressão
ia
rre
al Co
oid
ez
rap lisa lti-V
ia t mu
rre V")
Co e m"
(ou ou
idal (
zo
tr ape tada
rre
ia den
Co "V")
em
a
plan
ia
rre
Co
ada i-V
ent ia Pol
ia d rre s)
rre Co mmin
Co (Cu
1 - Correias planas
São utilizadas para transmissões com relação de até 1:5 2
Estas correias muitas vezes são vendidas abertas, em metros e
no local de aplicação corta-se o comprimento necessário, 1
fazendo-se a emenda através de grampos.
Mas este recurso só pode ser utilizado em aplicações de
menor responsabilidade, normalmente instalações estacionárias.
5 - Correias dentadas
Possuem as mesmas características da correia Poli-V.
Além disso, assegura o sincronismo entre as polias acionadas (principal caracteristica),
razão pela qual é largamente empregada em comandos de válvulas e acionamento
de bombas injetoras em motores veiculares.
4A
Dp - Diâmetro primitivo
d- Diâmetro dos roletes
P- Passo: distância entre pinos Corrente de rolos tipo ASA 60
☞ NOTA:
Sempre monte os grampos (2A) ou
as travas (2B), do elo de emenda das
3 - Corrente de dentes
2A
5.9 - Rolamentos
A) Rolamento de esferas
✔ É o mais popular e o mais utilizado de todos os
rolamentos.
✔ É adequado para trabalhar em altas rotações e
não requer muita manutenção.
As setas indicam
as placas de
vedação.
☞ NOTAS:
1 - Carga axial: é quando um eixo,
e portanto os rolamentos, são
submetidos a esforço atuante ao
longo do eixo.
Carga RADIAL Carga RADIAL
Este tipo de carga é provocado,
por exemplo, por engrenagens
helicoidais.
2 - Carga radial é a carga que atua
na direção do raio (perpendicu-
lar ao eixo).
3 - Carga mista ou combinada: en-
volve ambos os tipo de solicita- Carga AXIAL
ção.
B1 B2 B3
B) Rolamentos de rolos
OBS: Estes rolamentos podem ser equipados
B1 - Rolamento de rolos cilíndricos:
também com placa(s) protetora(s) na(s)
Suporta cargas radiais elevadas. Não suporta lateral(is) dos rolos.
carga axial.
Vale repetir: não se faz a lubrificação periódi-
ca e os rolamentos NÃO devem ser lavados
B2 - Rolamento de rolos cônicos: nem aquecidos para a montagem.
Suporta altas cargas do tipo radial e axial. Po-
rém, para suportar carga axial em ambos os B4 - Rolamento axial de rolos cilíndricos ou côni-
sentidos, é necessário instalar 2 destes rola- cos (a fig. mostra o tipo cônico)
mentos, opostos entre si. A folga (pré-carga) é
Com rolos cilíndricos, absorve unicamente es-
ajustável, aproximando ou afastando os rola-
forço axial, mas com maior capacidade. Por
mentos um em relação ao outro.
isso, são montados onde o rolamento esférico
Este ajuste permite montagens bastante rígi- não seria suficiente.
das e precisas, como é necessário nos dife-
Já os de rolos cônicos, suporta também car-
renciais, caixas de câmbio, etc.
gas radiais relativamente altas.
São utilizados para grandes cargas, porém, só
B3 - Rolamento auto-compensador (não-fixo) podem ser lubrificados à óleo, pelo fato de os
Idem ao rolamento de esferas (item A4), po- rolos (B5) trabalharem fortemente pressionados
rém, suporta cargas radiais bem superiores. contra o flange (B6).
C) Rolamento de agulhas
São empregados principalmente quando o espaço radial é limitado.
OBS: Estes rolamentos são muito utilizados em engrenagens de câmbio, que
giram livres sobre o respectivo eixo.
5.10 - Retentores 1
7
- Os retentores do número (1 a 12), são do tipo contato
circular;
8
- Do número (13 a 16), são de contato frontal (ou axial).
- Do número (17 a 20), são vedações sem contato: a
9
estanqueidade é assegurada por "obstáculos", chama-
dos de labirintos.
10
13
14
Selo de vedação
(contato frontal)
15
16
17
18
19
20
A) Conexões elásticas
Efetuam uma conexão entre 2 flanges ou discos (1), fixos às extremidades dos
respectivos eixos, com a interposição de um meio elástico (2).
Principais objetivos:
✔ Proporcionar uma pequena compensação de desvios de alinhamento, constan-
tes ou não e pequenos deslocamento axiais relativos entre os eixos.
✔ Atuar como amortecedor de impactos torcionais.
2
2
O componente elástico possui o formato de O componente elástico (2) é constituído por tiras
uma roda dentada, com elevado poder de de borracha ou correia plana, prensadas em torno
amortecimento interno, resistente ao desgaste, aos da periferia dos flanges (1).
óleos e às altas temperaturas.
B) Conexões móveis: 2
B1) Articulações
Permitem a transmissão de movimento entre
eixos ligeiramente desalinhados ou com peque-
1 1
na inclinação relativa.
Os dentes dos cubos (1) são abaulados nas ex-
tremidades, permitindo a inclinação dos mes-
mos entre si e em relação à luva central (2). Articulação de dentes tipo "Bowex"
X Y Z
☞ NOTA:
Pelo exposto anteriormente, observe
com atenção a montagem correta dos
Junta (dupla) utilizada no acionamento de
implementos com a TDP
3A 5 3B
Válvula de
escape
Válvula de
admissão
Bico injetor
Pistão
Biela
Virabrequim
1 - Admissão: 3 - Combustão:
A válvula de admissão abre e o pistão desce. O Um pouco antes de o pistão chegar ao PMS
espaço deixado pelo pistão é preenchido pelo ar, (Ponto Morto Superior), o bico injetor pulveriza o
proveniente do sistema de filtragem. O virabrequim combustível na câmara de combustão (espaço entre
gira meia (1/2) volta neste processo. o pistão e cabeçote). No momento em que o pistão
tiver atingido efetivamente o PMS, a combustão já
2 - Compressão: estará acontecendo de maneira enérgica,
empurrando o pistão para baixo, gerando assim a
Tão logo o pistão chegar no PMI (Ponto Morto
força.
Inferior), a válvula de admissão se fecha.
Quando o pistão estiver no PMI, o virabrequim
O pistão inicia o seu movimento de retorno
terá girado volta e meia.
(subida). Como o ar admitido antes não tem por onde
sair (ambas as válvulas fechadas), ele é
violentamente comprimido, numa proporção em 4 - Escape:
torno de 16:1, conforme a Taxa de Compressão do Finalmente, o pistão retornará ao PMS, mas
motor. antes, a válvula de escape abrirá, a fim de dar
A pressão atingida pelo ar, no final da passagem de saída aos gases da combustão que
compressão, é da ordem de 20 a 25 atmosferas e se encontram no cilindro. Os gases são conduzidos
devido à alta velocidade em que tudo acontece, a para o coletor de escape.
sua temperatura atinge normalmente, 500 a 700 °. Terminado o tempo de escape, a válvula de
No final do tempo de compressão, o virabrequim escape fechará e simultaneamente se abre a válvula
terá girado 1 volta completa no ciclo. de admissão para iniciar um novo ciclo e assim
sucessivamente.
Ordem de combustão:
A numeração dos cilindros de um motor, normalmente é feita a partir da frente, ou
seja, lado do ventilador: cilindro 1 - 2 - 3 - 4... conforme o número de cilindros do
motor.
A ordem de combustão é a seqüência em que ocorrem as combustões no motor. No
nosso caso, a ordem de combustão é a seguinte:
- Motores de 3 cilindros = 1 - 2 - 3
- Motores de 4 cilindros = 1 - 3 - 4 - 2
5 3 2 4
- Motores de 6 cilindros (Perkins e ~
Cummins) = 1 - 5 - 3 - 6 - 2 - 4.
Manômetro -
Engrenagens de distribuição
Filtro(s)
Válvula de
Bomba de óleo
alívio
E) Sistema de arrefecimento
O sistema de arrefecimento é responsável pela manutenção da temperatura
correta de funcionamento do motor.
☞ NOTAS:
1 - Normalmente o sistema é denominado de "sistema de refrigeração".
Tecnicamente esta designação é errônea, uma vez que refrigeração é o
sistema que reduz a temperatura de corpos para uma temperatura inferior à
ambiente, tal como ar condicionado e freezers.
2 - É fundamental entender que o arrefecimento não tem por objetivo simples-
mente resfriar o motor. Para o correto funcionamento (bom desempenho e
economia de combustível), é importante trabalhar na maior temperatura
possível! O cuidado consiste em não deixar a água ferver, através da corre-
ta manutenção do sistema:
- Uso de aditivo na água
- Limpeza do radiador
- Tensão correta da(s) correia(s) da bomba d´água e ventilador
- Conservação da tampa do radiador e válvula termostática.
A B
7 6 5 9
8
3
1- Bomba d'água: força a circulação da água pelo Com o motor frio (esquema A), permanece fe-
sistema chada e a água retorna direto ao bloco pela
2- Ventilador: promove fluxo de ar para dissipa- derivação (6). Com o motor quente (esquema
ção de calor pelas aletas (colméia) do radiador B), fecha a derivação (6) e a água quente flui
pelo radiador (4).
3- Correia de acionamento: nos motores Perkins
Série 100, a bomba é acionada por engrena- 7- Tampa do radiador: aumenta a pressão interna
gens para elevar o ponto de ebulição da água
F) Sistema de combustível
A combustão se dá pela pulverização de combustível no interior da câmara de
combustão, através dos bicos injetores, no instante exato e sincronizado com o
movimento dos pistões... Os componentes responsáveis por esta complexa tarefa,
estão representados abaixo.
OBS: Todos os motores Perkins e Cummins, são do tipo "injeção direta", ou seja, a
câmara de combustão é a própria cavidade existente na cabeça do pistão:
G) Turboalimentação
A velocidade com que acontecem os movimentos internos no motor, é elevada.
No tempo de admissão, a válvula de admissão abre e o pistão desce, em frações de
segundo, especialmente em alta rotação. Devido a inércia do ar e a perda de carga
nos dutos, filtros e válvulas, o enchimento do cilindro com ar nunca é completo.
Com o objetivo de eliminar este inconveniente (ou limitação), adota-se o
turbocompressor, que promove uma "sobrealimentação" de ar.
Na realidade, o turbo supera a pressão atmosférica. Exemplo: ao dizer que a pressão
do turbo está regulada em 1,2 atm, significa que a pressão ultrapassou a atmosférica
em 20% Este dado depende de cada projeto (relação do turbo x motor).
Eixo
Compressor (lado frio)
2
1
Válvula limitadora
de pressão
Pistão
Proveniente do escape
6.2 - Embreagens
Freio de segurança
Ao colocar a alavanca na posição desligada,
o mesmo fluxo de óleo é desviado ao cilindro (7),
cujo pistão aciona a pinça (8). Esta, exerce a
frenagem do eixo de saída (9) através do disco
(10).
5 2 3 6
2 4 3
10
10
5 6
C) Embreagens elétromagnéticas
Muito utilizadas em colheitadeiras, possuem uma bobina que gera uma forte
atração elétro-magnética, comprimindo a as partes, acionada e acionadora, realizando
a transmissão.
5 3a
6
1a
2 3 6
4
1
3a
1a
O disco (2) gira solidário ao eixo (5) do batedor traseiro, enquanto que a polia (4)
acionadora da plataforma, mais o anel (3), giram soltos sobre o eixo (5), pois são
montados sobre o rolamento de esferas e blindado (6).
Ao acionar a plataforma, através de um interruptor elétrico no painel, a bobina
(1) recebe corrente (12 V) através do cabo (1a). A bobina produz um intenso campo
magnético que puxa o anel (3) ao encontro do disco (2). As molas (3a) são levemente
flexionadas, permitindo a aproximação do anel (2) ao disco (3) e, ao desligar, promover
o afastamento entre as peças (2 e 3).
4 3
1
6 2
1a
5
1a
1 2 3 4 6
D) Embreagens de segurança
C) Redutores epicíclicos
As reduções finais dos eixos dianteiros e traseiros de todos os tratores MF, são
do tipo epicíclica.
Estes redutores se caracterizam por:
- Possuem dimensões reduzidas.
- O sentido de giro na saída é igual ao da entrada
- São robustos e resistentes
- Não requerem cuidados especiais, além da lubrificação.
Funcionamento:
A engrenagem solar gira as planetárias. Estas por sua vez, tendem a girar a
coroa externa (engrenagem anelar); mas como a coroa é fixa, as planetárias assumem
um movimento de translação em torno da engrenagem solar, ou seja: as planetárias
descrevem o duplo movimento, de rotação e translação, tal como os planetas em
volta do sol - daí o nome de engrenagem solar e planetárias.
Desta forma, as planetárias "arrastam" o porta-planetárias, que está ligado ao
eixo de saída ou, no caso dos eixos dianteiros, constitui-se no próprio flange de
fixação da roda, que girará com velocidade reduzida e torque multiplicado.
R = (Zcoroa / Zsolar) + 1
OBS: O número de dentes das planetárias não
interfere na relação de transmissão.
Coroa
Redutor de 3
planetárias
Planetárias (3 ou
4 unids.)
Engrenagem solar
Redutor de 4
planetárias
Porta-planetárias
- "Cartola"
Eixo trambulador
Diferencial
Garfo
Motor 2b 1b
Embreagem
Frente do
câmbio
4 6
Ré 2a
OBS: Na alavanca de câmbio, as posições serão
invertidas, ficando conforme representado ao lado:
1a 3a
Sistema de
alavancas e
trambulador -
trator com 12 x 4
marchas,
alavancas sobre o
câmbio.
Sistema de alavancas laterais - Side-Shift, Série Sistema de alavancas laterais - Side-Shift, Série
5200 com 12 x 4 marchas 600 com 12 x 4 marchas
Câmbio sincronizado
Este câmbio também é de engrenamento
constante, funcionando de maneira muito
semelhante ao visto anteriormente.
1
Há porém um recurso, os sincronizadores (5), 3
que facilitam ainda mais os acoplamentos e os
tornam mais silenciosos, sem risco de "arranhar". 4a 8
Por falarmos em câmbio, é oportuno falar sobre as polias variadoras, que também
permitem alterar a relação de transmissão, inclusive com algumas vantagens.
Trata-se um sistema relativamente simples, que é utilizado em colheitadeiras há
muitos anos, normalmente em 2 sistemas: transmissão da máquina MF 3640 e 5650
e acionamento do ventilador de limpeza (todas as colheitadeiras).
A utilização de correias e polias variadoras, tem diversas vantagens, como:
- Permite variação contínua (infinitas relações)
- Suavidade e simplicidade
- Não requer (nem admite) a parada da transmissão para a regulagem.
12345678
Variador do ventilador de limpeza: 12345678
Posição de 12345678
12345678
12345678
máxima 2
4 rotação 12345678
12345678
12345678
12345678
12345678
Lado
externo
1
12345678
12345678
12345678
12345678
Posição de 12345678
Ao movimentar a polia variadora para cima,
através da alavanca (1), a semi-polia intermediária mínima
12345678
rotação 12345678
12345678
(2) se desloca para fora (ver seta). Isto porque, a 12345678
Velocidade
máxima
Velocidade
mínima
6.6 - Diferencial
1 - O veículo (ou máquina) anda em linha reta 2 - A roda esquerda (e portanto o semi-eixo 8)
sobre um piso plano e nivelado: é bloqueado
Todo o conjunto (coroa, carcaça, satélites, Com isso, a planetária (4e) do lado esquer-
planetárias e semi-eixos) gira solidário, como do também para. Porém, a carcaça (6) conti-
se fosse uma só peça. A ação do diferencial é nua girando como antes. Com isso, as satéli-
nula, pois as satélites (3) não tem movimento tes (3) serão forçadas a girar sobre o próprio
relativo com as planetárias (4d e 4e). eixo. O movimento de translação continua.
Como resultado, a planetária da direita (4d) é
forçada a girar com o dobro da velocidade.
Curiosidade:
Você deve ter observado que, ao levantar um
3 Lado
eixo e girar uma das rodas, a outra girará na mesma
velocidade, mas em sentido contrário. esquerdo
Diferencial de caminhão
Agora isso pode ser entendido: considerando
que a coroa permaneça parada e ser girada uma das
planetárias (4), as satélites (3) provocam a inversão
do sentido de giro da outra planetária, e portanto,
da respectiva roda.
Bloqueio do diferencial
O efeito "diferencial", de permitir a diferença de velocidade entre as 2 rodas de
um mesmo eixo, por vezes se torna um inconveniente, como num atoleiro: nesta
situação, a tendência é uma das rodas parar e a outra girar sozinha (como vimos
anteriormente, esta roda passa a girar com o dobro da velocidade).
Nestas condições, perde-se a tração por completo, aumentando ainda mais a
dificuldade de sair do atoleiro.
Para isso, existe o bloqueio do diferencial: como o nome já diz, ocorre um
bloqueio do efeito "diferencial", ou seja, ambos os semi-eixos, e portanto ambas as
rodas, são forçadas a girar solidárias.
1 - Freio a tambor
Ao forçar as sapatas (1) contra o tambor (2), ocorre o travamento do semi-eixo
do respectivo lado. No caso de tratores e colheitadeiras, o sistema de freio é duplo,
independente para as rodas motrizes: um pedal para cada lado.
O acionamento pode ser hidráulico, através de cilindros (3) ou mecânico, por cabos
(4) ou tirantes.
4
3
4
1
Cilindros
5
MF 38:
1 4- Marcas de limite de desgaste das pastilhas
5- Bujões de sangria do circuito de acionamento
6 7 3 2
8
7
Diferencial
6
1a
A
A
D D
1 1a
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________
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A hidráulica está cada vez mais presente nas máquinas agrícolas. Pode-se dizer
que a evolução tecnológica foi proporcional ao avanço da hidráulica, ou seja, a
multiplicidade de aplicações nas máquinas.
Antigamente, a hidráulica nos tratores se resumia ao levante hidráulico. Em
seguida, a direção hidráulica também se tornou comum... até chegarmos aos dias
atuais, onde vários sistemas funcionam graças à hidráulica. A hidráulica é o braço
do trator, ou braço do operador, como queira.
Nas colheitadeiras e retroescavadeiras, tradicionalmente a hidráulica sempre
foi importante e largamente aplicada. A evolução nestes casos, é marcada
principalmente pela associação da hidráulica com a eletricidade. Modernos sistemas
de monitoramento, controle e acionamento, se constituem de um verdadeiro
“casamento” da hidráulica com a eletrônica e exemplos disso são apresentados
nesta Apostila.
Diante dessa realidade, o domínio de conceitos envolvendo a tecnologia
hidráulica, é vital para os profissionais da oficina atualmente.
A presente Apostila, tem por objetivo dar uma contribuição neste sentido. Bom
proveito!
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Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
7 - Conceitos básicos
116
A força está presente em tudo ao nosso redor: o vento Para calcularmos a força aplicada sobre a
exerce uma força quando sopra; a gravidade é a força que superfície de 5 x 5 cm, que sofre uma
gera o peso, direcionado ao centro da terra... Podemos pressão de 10 kgf/cm2, aplicamos a fórmula
definir força, como qualquer causa capaz de realizar que relaciona força, pressão e área:
trabalho.
Se, aplicarmos uma força “F” sobre uma superfície “A”, P=F/A ou F = P x A
definimos pressão “P”, a razão entre a força “F” e a
superfície “A”, dessa forma, saberemos dizer a força Dados:
aplicada por área considerada. Exemplo, se temos uma Pressão= 10 kgf/cm²
pressão de 25 kgf/cm² distribuída em uma superfície de
A = 5 x 5 cm = 25 cm²
25 cm2, dizemos que a cada quadrado de lado igual a 1
Força (F) = P x A
cm da superfície, temos uma força de 25 kgf e temos 625
kg de força atuando sobre o corpo. F = 10 x 25 F = 250 kgf
_______________________________________________________________________________________________
Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
7 - Conceitos básicos
117
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Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
7 - Conceitos básicos
118
P1 x V1 = P2 x V2
Exemplo:
A pressão do fluido cai de 80 bar (tubo de P1=80 bar
2 2
secção 10 cm ) para 40 bar (tubo de secção 5 cm ).
Se a velocidade do fluido no primeiro tubo é 100 P2=40 bar
m/min, qual a velocidade do fluido no segundo
tubo?
Solução: A2 = 5 cm2
80 x 100 = 40 x V2 40 x V2 = 8.000
De posse destes dados, podemos definir qual é o - Acima de 3000 = escoamento turbulento
tipo de escoamento presente em uma tubulação, - Na faixa entre 2000 a 3000 não se pode afir-
calculando o número de Reynolds “R”, pela fórmula: mar com certeza qual o tipo de escoamento,
podendo ocorrer qualquer um dos dois tipos.
R = (v . D) / ν
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Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
7 - Conceitos básicos
119
B) Perdas de carga
O líquido ao escoar em um tubo, sofre uma
resistência. Essa resistência tende a impedir o fluxo
do fluido devido a vários fatores.
Na figura ao lado está representada uma
situação onde fica fácil entender a perda de carga:
a pressão do fluido proveniente da bomba passa
pelo primeiro manômetro a uma determinada
Escoamento laminar pressão. Devido às curvas, o comprimento da
tubulação e outros fatores, a pressão do fluido no
segundo manômetro será menor do que no
primeiro.
A esse fenômeno da-se o nome de perda de carga.
pressão
pressão
Escoamento turbulento maior
menor
bomba
válvula
Restrição suave
Restrição brusca
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Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
7 - Conceitos básicos
120
Vazão é o volume de fluido que circula por Supondo que uma mangueira gasta o tempo de 1
unidade de tempo. Desta forma: hora para encher um tanque de 1000 litros de
capacidade.
Exemplo 2:
Na figura abaixo, quando o operador deseja descarregar a caçamba, aciona a
válvula que direciona o fluxo do controle remoto do trator no sentido de estender
o cilindro. Para abaixar a caçamba, o fluxo do controle remoto é dirigido para o
lado da haste do cilindro hidráulico;
10 litros 7 litros
Supondo que:
- O volume do cilindro no lado opos-
to da haste é 10 litros. Este lado é
pressurizado para bascular a carre- 40 litros / min
ta e descarregá-la.
- O volume do cilindro no lado da has-
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012
te é 7 litros. Este lado é pressuriza- 12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012
Os líquidos e gases fluem quando uma força se aplica sobre eles. Por isso, são
conhecidos como fluidos.
Os fluidos não possuem forma definida, e adquirem a forma do recipiente que
os contém. Quando os fluidos são pressionados, a força é transmitida a todas as
outras partes do fluido. Este é o Princípio de Pascal, que é usado para vários fins.
No freio hidráulico, por exemplo, a força aplicada no pedal é transmitida aos
atuadores pelo fluido de freio. Ao pressionar o pedal, o cilindro-mestre impulsiona o
fluido para o cilindro-escravo. Através de uma articulação, o cilindro-escravo aciona
os discos e atuadores que executam a frenagem.
8.1 - Viscosidade
Cada tipo de fluido possui uma viscosidade
característica. Uns possuem menor resistência para
escoar do que outros, ou seja, quanto maior for a
viscosidade do fluido maior será a dificuldade para
escoar.
A eficiência da lubrificação que um determinado
fluido proporciona, também está relacionada com
Baixa
à viscosidade do mesmo. Se a viscosidade do óleo
viscosidade
for muito baixa, o desgaste das superfícies
metálicas em contato será muito maior, pois a Alta
lubrificação será deficiente. viscosidade
A medida da viscosidade (SSU) de um óleo, se
dá pelo tempo, em segundos, que 60 ml de um
fluido levam para escoar através de um orifício
determinado, a uma temperatura constante de 38
o
C (100 oF). Portanto, um controle de temperatura adequado
evita que a viscosidade saia dos limites, mínimo e
A temperatura influencia na viscosidade dos
máximo. O maior exemplo disso, ocorre na
fluidos de forma que, em geral, a viscosidade
lubrificação de motores.
diminui à medida que a temperatura se eleva.
_______________________________________________________________________________________________
Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
8 - Fluidos hidráulicos
122
C) Precipitação de impurezas
duto de duto de
Devido a circulação do óleo em todo o circuito, sucção retorno
existe uma formação de impurezas durante o
percurso, e essas são levadas ao reservatório pelo
fluxo de fluido. Para que essas impurezas não voltem
ao sistema e fiquem retidas no reservatório, é
recomendado que se coloque uma semi-divisão no
reservatório. Dessa forma, os dutos de sucção e
retorno não estarão próximos, e com isso,
proporcionando uma melhor precipitação de
impurezas. impurezas
D) Circulação interna de ar
Toda vez que se succiona óleo do reservatório,
o seu nível baixa e o espaço que antes era ocupado
pelo óleo precisa ser ocupado por alguma outra
coisa, caso o contrário, teríamos a formação de uma
pressão baixa e não conseguiríamos succionar o
ar respiro
fluido para o reservatório.
Na condição oposta, ou seja, quando o fluido
retorna ao reservatório, o nível de óleo irá se elevar
novamente e teremos que desocupar algum espaço
para este óleo.
Em outra palavras, a pressão interna do
reservatório deverá ser sempre igual a pressão
atmosférica. Assim fica evidente a utilização do
respiro, que é um orifício que possibilita a variação
do volume de ar no reservatório. fluido
_______________________________________________________________________________________________
Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
9 - Reservatório - componentes e finalidades
124
☞ NOTA:
Essa regra nem sempre pode ser aplicada, pois em
sistemas mais complexos, devemos estudá-los como
se fossem um caso particular. Tanto o excesso quan-
to a falta de fluido são desvantajosas.
9.3 - Acessórios
A) Bocal de enchimento
O bocal pode ser equipado com um filtro tela, com malha de
aproximadamente 200 m (0,2 mm).
Este filtro tem a função de evitar que qualquer objeto sólido
entre no reservatório, pois caso o sistema não tenha filtro de filtro
sucção, esse objeto será succionado pela bomba, danificando-a
de forma irreparável.
C) Bocal e respiro
O respiro impede a entrada de impurezas no
bocal +
reservatório e permite a livre entrada e saída do ar
respiro
no reservatório.
Para impedir por completo a entrada de impurezas
ao reservatório, adota-se um pequeno filtro,
instalado no interior do bocal.
☞
visor de
NOTA: nível
Frequentemente tem-se respiro incor-
porado ao bocal - figura ao lado.
filtro de
sucção retorno
Visor de nível
com
termômetro
E) Bujões magnéticos
É normal que os bujões de dreno de óleo lubrificante
e reservatórios de fluido, tenham uma parte
magnética, com a função de captar partículas
metálicas (limalhas) contidas no fluido.
Essas limalhas podem ter origem no desgaste dos
equipamentos hidráulicos (ou engrenagens) ou
mesmo estarem contidas em um fluido
contaminado com esse tipo de impureza.
rosca de
fixação ímãs
_______________________________________________________________________________________________
Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
10 - Filtragem
126
2
1
2
_______________________________________________________________________________________________
Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
10 - Filtragem
128
Válvula by-pass
1234
1234 1234
1234
Conforme descrito anteriormente, trata-se de um item 1234
1234 1234
1234
de segurança, que equipa tanto os filtros de sucção quanto 1234
1234 1234
1234
elemento 1234
1234 1234
1234
os de pressão. No caso dos filtros ao lado, a válvula é 1234 1234
filtrante 1234
1234
1234
1234
incorporada ao suporte do filtro. Já nos filtros de retorno 1234 1234
1234
1234 1234
1234
(ou de pressão), esta válvula geralmente faz parte do filtro. 1234
1234 1234
1234
Em ambos os casos, se ocorrer saturação do filtro, abre- válvula by- 1234
1234 1234
1234
1234
1234 1234
1234
se a válvula, assegurando a lubrificação e/ou funcionamento pass 1234
1234 1234
1234
do sistema hidráulico e evitando o colapso do filtro.
E) Filtro centrífugo
Utilizado para a filtragem do óleo da transmissão e
sistemas hidráulicos auxiliares dos tratores MF Série 5300.
É localizado sempre no retorno, pois o seu funcionamento
requer a passagem do óleo sob pressão. Este filtro já foi
2
descrito nesta apostila.
A cada 500 Horas, basta fazer a limpeza da câmara ,
dispensando a troca de filtros.
_______________________________________________________________________________________________
Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
11 - Atuadores hidráulicos
129
mancal da haste
Simbologia
e retentor
tomadas de
pressão/retorno
11.1 - Tipos de cilindros duplo efeito
força 2
cilindro (2) força 1
cilindro (1)
mola de
retorno
reservatório
Válvula A
Válvula B
Válvula C
_______________________________________________________________________________________________
Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
11 - Atuadores hidráulicos
131
Exemplo de aplicação:
Levante de containers ou caçambas.
_______________________________________________________________________________________________
Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
11 - Atuadores hidráulicos
132
1
4
5 6
_______________________________________________________________________________________________
Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
11 - Atuadores hidráulicos
133
Vedação do pistão
Observe que existe uma infinidade de com a camisa
configurações de vedadores, em função da
infinidade de aplicações diferentes. Temos assim
os mais variados desenhos e materiais empregados.
Além disso, são empregados muitos anéis não
diretamente envolvidos na vedação em si: são os
anéis de escora, os anéis raspadores, anéis de
proteção, etc.
Vedação da haste
Figuras: cilindro de direção de um eixo 4x4 ZF: com o pistão
Vedação da haste
Vedação da camisa
Anel raspador
com a tampa
com a tampa
_______________________________________________________________________________________________
Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
11 - Atuadores hidráulicos
134
µ
D = v . n . z .µ
Onde:
v = volume deslocado por dente
z = número de dentes da engrenagem
A figura acima mostra uma bomba que, ao invés
n = número de engrenagens da bomba (2)
de dentes retos (que é o mais comum), possui
µ = fator de eficiência da bomba
engrenagens com dentes em formato especial:
O fator de eficiência “µ” leva em conta o fato de espinha de peixe e helicoidal.
que nem todo o óleo contido entre os dentes ser
A razão de se utilizar este tipo, é o menor nível de
efetivamente deslocado para a saída, devido à vedação
ruído, haja visto que a maior restrição às bombas de
na periferia dos dentes.
engrenagens, é justamente o ruído.
A vazão da bomba é proporcional à rotação da
Uma outra limitação da bomba de engrenagens,
mesma, ou seja, o deslocamento “D” multiplicado pela
é o de não permitir a variação no deslocamento “D”,
rotação.
ou seja, mudar a vazão sem alterar a rotação.
_______________________________________________________________________________________________
Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
12 - Bombas hidráulicas
136
☞ NOTA:
Um outro tipo de bomba tipo rotor é
apresentado ao lado. Observe que há
duas câmaras de sucção (A) e duas
câmaras de pressão (ou saída) - (B).
Os raspadores (1 a 6) tem seu ângu-
lo determinado em função da posi-
A
ção que ocupam, através de um me-
B canismo específico.
_______________________________________________________________________________________________
Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
12 - Bombas hidráulicas
138
Representação esquemática da bomba ISYP utilizada nos tratores com levante hidráulico Ferguson
válvula de alívio
cilindro de levante
Retorno
eixo de quadrante
excêntricos
Válvula de admissão bloco de bronze
(admitindo)
alavanca de válvula de
controle descarga
(expelindo)
válvula de controle
(controla a
admissão e o
pistões
retorno do cilindro)
filtro-tela
reservatório
de óleo
(transmissão)
Prato de válvulas:
Controla a admissão de óleo aos cilindros bombeadores, bem como a saída do
óleo comprimido.
O funcionamento desta válvula consiste em alinhar furos de passagem de óleo,
para a admissão ou recalque, conforme a posição ocupada.
Pistões de controle:
Acionados por uma pequena bomba de engrenagens incorporada à carcaça da
bomba de pistões e controlada por uma válvula operada por cabo desde a cabina;
estes 2 pistões inclinam o prato deslizante e, com isso, se obtém a vazão desejada.
Simbologia
carcaça da bomba corpos do cilindros
prato
deslizante
pistões
bombeadores
eixo motriz (04 unidades)
rolamento
prato de válvulas
pistões de controle
de vazão (02 unidades)
☞ NOTA:
Os pistões de controle são utilizados somente em bombas com controle de
vazão por comando hidráulico. Na maioria dos casos, este controle é feito atra-
vés de uma alavanca, manualmente.
_______________________________________________________________________________________________
Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
13 - Motores hidráulicos
141
engrenagem engrenagem
externa interna
_______________________________________________________________________________________________
Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
13- Motores hidráulicos
142
_______________________________________________________________________________________________
Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
14 - Válvulas
143
simbologia da válvula
supressora de choque
A B
P T
_______________________________________________________________________________________________
Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
14 - Válvulas
148
Representação simbólica:
mola
sede
sentido permitido
_______________________________________________________________________________________________
Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
14 - Válvulas
149
B) Válvula de restrição 1
estrangulamento orifício 1
válvula
compensadora
de pressão
(spool)
orifício 2
entrada
saída
parafuso
regulador
C
AeB Provenientes da válvula de controle
A1 e B1 Saída / retorno do cilindro
_______________________________________________________________________________________________
Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
14 - Válvulas
151
_______________________________________________________________________________________________
Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
15 - Acumuladores hidráulicos
152
15.1 - Função/funcionamento
linha de pressão
linha de
pressão
tomada
para o gás
C) Acumulador a gás
gás
Neste caso, o trabalho de pressurização é feito pistão
através de um gás existente sobre o pistão, no lado
ao que se encontra o fluido da linha hidráulica. vedação
linha de pressão
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Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
15 - Acumuladores hidráulicos
153
atuador
Como compensador da expansão térmica
válvula de acumulador
Em circuitos fechados, existe uma grande descarga
geração de calor. Por isso, tanto o fluido como as
tubulações e equipamentos sofrerão um aumento
de volume (dilatação). Porém, o fluido dilata muito
mais do que os metais, gerando um considerável
aumento de pressão no sistema, que, para não ser
prejudicial, pode ser absorvido pelo acumulador.
bomba
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Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
16 - Trocadores de calor
154
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Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
16 - Trocadores de calor
155
1a 2
2a
1 = Trocador incorporado ao suporte do filtro de 2 = Trocador incorporado ao bloco do motor.
óleo. 1a = Mangueiras de ida e retorno da água. 2a = Mangueiras de ida e retorno do óleo
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Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
17 - Manômetros e vacuômetros
156
☞ NOTA:
O vácuo muitas vezes é entendido e conceituado como “pressão negativa”.
Ocorre porém, que não existe pressão negativa, ou seja, abaixo de zero.
Portanto, temos vácuo sempre que a pressão for inferior a pressão atmosférica
do local em questão.
☞ NOTA:
Todo e qualquer teste hidráulico deve ser feito com: o óleo no nível correto, uso
de óleo correto, filtros (5) em bom estado e a temperatura do óleo deve ser a de
trabalho do sistema.
Neste caso, a verificação da pressão de ajuste da c) Acione o comando de um dos itens acionados
válvula de alívio (1) é verificada com um manômetro pelo circuito, até atingir o batente do cilindro
(2) instalado entre a bomba (3) e a válvula de controle (6), como representado na figura;
direcional (4). d) Continue segurando a alavanca nesta posição,
Satisfeitas as condições da nota acima fazendo a válvula de alívio (1) abrir.
a) Acione o sistema hidráulico, ou seja, o motor Rapidamente, faça a leitura do manômetro (2),
que aciona a bomba; que é a pressão ajustada na válvula (1).
6 2
4
3
5
reservatório
1
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Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
17 - Manômetros e vacuômetros
159
2a 2b
6 2c
bar l/min
A B
4 P 3
5
1
T reservatório
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Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
Anotações
160
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Apostila - Formação de Mecânicos / Hidráulica
Introdução à Eletricidade
161
a) Matéria:
É tudo aquilo que possui massa e ocupa lugar no
espaço, composta de um ou mais elementos
químicos.
Exemplos de elementos químicos: H (Hidrogênio), O
(Oxigênio), Fe (Ferro), Cu (Cobre), Pb (Chumbo), Ag
No exemplo acima, uma porção de matéria,
(Prata), C (Carbono), Na (Sódio), Cl (Cloro), etc.
(corpo), constituído basicamente de Ferro
A matéria pode ser:
fundido + Carbono.
1- Simples: quando é formado por apenas um com-
ponente químico. Ex.: O2 (Oxigênio), Fe (Ferro),
Núcleo do átomo:
Cu (Cobre), etc.
Contém as partículas positivas (+) chamadas prótons
2- Composta: formada por mais de um elemento
e partículas neutras (N) chamadas de neutrons.
químico - ex.: H2O (Água), H2SO4 (Ácido sulfúri-
co = usado nas baterias), HCl (Ácido clorídrico),
NaCl (Cloreto de sódio = sal de cozinha).
A “matéria” existe em 4 estados diferentes:
1- Sólido - ex.: Fe, Madeira, Alumínio, Borracha, etc.
2- Líquido - ex.: água, leite, óleo diesel, etc.
3- Gasoso - ex.: ar, hidrogênio, oxigênio, hélio, etc.
4 - Plasma - ex.: gás eletrificado,
b) Corpo:
É uma porção de matéria, que possui formato
definida para atender à aplicação específica -
exemplos: uma pedra, uma barra de madeira ou ferro,
uma ferramenta, um bloco de motor, etc.
Eletrosfera:
c) Molécula: É formada por partículas negativas ( - ) chamadas
É a menor porção de uma substância. Capaz de de elétrons, que circulam em órbitas ao redor do
existência independente, conservando suas núcleo. Os elétrons ( - ) mais próximos do núcleo, são
propriedades químicas fundamentais. ex: (ferro, ouro, mais difíceis de serem deslocados, devida a atração
oxigênio.....) .Molécula é um agrupamento de átomos. mais forte exercida pelas partículas opostas, os
prótons (+).
d) Átomo
Já os elétrons mais distantes do núcleo, que
É a menor porção de um elemento, capaz de
ocupam as órbitas mais periféricas, são os chamados
proporcionar propriedades específicas ao elemento.
elétrons livres, que podem deslocar-se de um átomo
Em outras palavras: qualquer matéria existente no
a outro.
universo, inclusive os gases como o ar, é formada por
OBS: é o movimento dos elétrons de um átomo ao
átomos. O que faz um material ser diferente do outro,
outro que gera a circulação de corrente através de
é a configuração dos componentes do átomo, ou seja,
um condutor.
os prótons, nêutrons e elétrons.
g) Isolantes
Diferente dos materiais condutores, os isolantes
oferecem grande resistência a passagem de corrente
elétrica, em virtude da pequena quantidade de
elétrons livres na sua configuração dos átomos.
Por isso os materiais isolantes são muito úteis:
para isolar um condutor (fio ou cabo), os isolantes são
de extrema importância.
Exemplos: madeira, borracha, vidro, plásticos,
baaquelite, etc.
h) Carga elétrica
Para finalizar os conceitos fundamentais que dão origem à eletricidade tal como a
vemos no dia-a-dia, é oportuno esclarecer o conceito de “carga elétrica”.
Vimos que a eletricidade existe graças à migração dos elétrons livres de um átomo à
outro.
Como é de se imaginar, a quantidade de eletricidade (carga) de cada elétron é
incrivelmente pequena, uma vez que uma pequena partícula de material condutor possui
milhões de átomos.
Para quantificar a carga elétrica (Q), existe a unidade Coulomb (C).
Assim:
1 Coulomb = 6,28 x 1018 elétrons, ou seja:
1 Coulomb = 6.280.000.000.000.000.000 elétrons
Este valor (6,28 x 1018 ) é conhecido por N° de Avogadro, em homenagem ao seu
descobridor.
i) Eletromagnetismo
☞ IMPORTANTE:
Embora o magnetismo e eletromagnetismo não seja corrente elétrica propria-
mente dita, é fundamental entender a relação entre tais fenômenos.
Como você sabe, é possível transformar energia elétrica em energia mecânica,
através dos motores e de maneira inversa, transformar energia mecânica em elétri-
ca, através dos alternadores e dínamos.
É aí que o eletromagnetismo e indução eletromagnética precisam ser bem enten-
didos.
Magnetismo
Magnetismo é a propriedade de certos materiais Material magnético (ímã) ou magnetizado (Ferro,
em atrair partículas metálicas. Cobalto ou Níquel)
Magnetismo natural
O ímã é o único material que possui seus átomos
orientados de maneira ordenada naturalmente, ou
seja, é capaz de atrair ou repelir outros ímãs ou
partículas metálicas.
Um ímã exerce ação oposta entre as
extremidades (ou pólos), denominados
universalmente de Norte (N) ou Sul (S).
Pelo princípio apresentado anteriormente, pólos
opostos se atraem e pólos iguais se repelem,
conforme esquema ao lado.
Experiência:
Tome 2 pedaços de ímã e aproxime-os: ocorrerá
atração ou repulsão.
Inverta um dos ímãs e ocorrerá o contrário.
Cartolina Linhas de campo Ímã
Experiência:
Para visualizar as linhas do campo magnético,
espalhe pó de ferro sobre uma cartolina e por baixo,
aproxime um ímã conforme esquema ao lado.
Eletromagnetismo
Como dissemos anteriormente, um corpo pode
ser magnetizado por ação de corrente elétrica.
É o eletromagnetismo.
Os materiais que podem ser magnetizados, para
recordar, são o Níquel, o Cobalto e o Ferro e suas ligas,
como o aço.
Veja no esquema ao lado: enrolando um fio em
torno de um bastão de ferro e energizando os
terminais do fio (que possui forma de bobina),
magnetiza-se o ferro, fazendo aparecer o campo
ilustrado em forma de linhas pontilhadas.
Temos aí um “elétro-imã”, pois o núcleo (bastão
de ferro) possui seus átomos ordenados de forma a
funcionar como um ímã - daí o nome: elétro + ímã.
Experiência
Enrole um fio (em forma de bobina), em torno de
um prego conforme ilustrado ao lado.
Alimente os terminais da bobina com uma pilha e
verá que o prego ficará “imantado”, capaz de atrair
objetos metálicos pequenos.
Indução eletromagnética
Assim como é possível produzir magnetismo por
meio de uma corrente elétrica, pode-se fazer o inverso,
ou seja, produzir corrente elétrica com um campo
magnético.
É o princípio de funcionamento de geradores
elétricos (alternadores e dínamos), conforme descrito
mais adiante.
No esquema ao lado: em torno de um tubo de
papel, enrola-se um fio (indutor ou bobina), cujos
terminais são ligados à uma lâmpada de potência bem
pequena (1 watt ou menos).
Ao introduzir um ímã natural no interior da bobina,
surge uma ddp (diferença de potencial = tensão) nos
terminais da bobina, capaz de acender a lâmpada.
Após completar a inserção do ímã, a lâmpada apaga-
se; durante a retirada do ímã, a lâmpada acende
novamente, ou seja, a corrente elétrica é formada
durante a movimentação do ímã.
Por que isso ocorre: ao redor de um ímã natural,
há permanentemente uma série de linhas de campo,
ou seja, um campo magnético, conforme visto
anteriormente.
Este campo, em movimento em relação ao fio da
bobina, enrolada em forma helicoidal, gera corrente
elétrica.
Indução elétrica
Bobina 1
De maneira semelhante à experiência acima,
podemos usar um elétro-imã ao invés de um ímã
permanente ou natural. Fonte: pilha, bateria
Bobina 2
☞ NOTAS:
1 - Nos máquinas acima, o compo-
nente responsável pela geração
vermelho: no
pólo (+) da
pilha.
de eletricidade é o alternador, que Terminal preto
gera corrente do tipo alternada.
Porém, no interior do próprio alternador, exis-
tem os diodos retificadores, que transformam
a corrente alternada em contínua.
2 - Corrente pulsante: é a corrente tipo contínua,
que varia com o tempo, sem no entanto, ser
alternada. Veja representação:
É a corrente elétrica cuja tensão varia no tempo, - A tensão agora se inverte, chegando novamente
ou seja, ora o sentido é positivo ora é negativo. até um ponto de pico, só que, no lado inferior do
É também a corrente que chega à nossas casas pela gráfico (sinal negativo, ou seja, o sentido de cir-
rede elétrica, devido ao menor custo para a sua culação é invertido).
transmissão e menores perdas no trajeto a longas - A tensão volta à zero, terminando um ciclo.
distâncias. Este ciclo se repete 60 vezes por segundo, ou seja, a
Vejo o gráfico ao lado, que possui forma de onda freqüência é de 60 hertz, no caso do Brasil.
senoidal: Em muitos países, a corrente alternada é de 50 Hz.
- A tensão parte do zero (0 volts) no instante t = 0 Logo, Freqüência é a quantidade de ciclos ou períodos
e cresce até um ponto máximo, chamado de “ten- descritos pela senóide a cada segundo.
são de pico”. Isto equivale a dizer o seguinte: a cada 1/60 (0,016666)
- Em seguida, a tensão volta a descer, chegando segundos a corrente completa um ciclo.
a zero.
Resistência de condutores:
Mesmo os condutores mais apropriados, como o cobre e o alumínio, oferecem certa
resistência a passagem da corrente (fluxo de elétrons). A resistência de um condutor é
transformada em calor, significando uma certa perda. Isto é normal e aceitável, contanto que
não ultrapasse certos limites, levados em consideração no dimensionamento de circuitos
elétricos.
A circulação de excesso de corrente pode fundir o condutor, provocado até incêndio na máquina.
☞ NOTA:
Pela razão acima, existe a recomenda-
ção de não instalar acessórios nos cir-
cuitos de uma máquina, sem consulta
ou autorização técnica devida.
Hidráulica: registro,
Resistência em resistores
torneira ou válvula,
capaz de variar a
Os resistores ou resistências são representados por pressão.
símbolos:
Resistores fixos
☞
gráfico I x V
NOTA:
No caso dos motores elétricos operan-
do em CA, o circuito indutivo
(enrolamentos), gera um inconvenien- Defasagem Corrente Tensão
te na rede, que é a diminuição do fator
de potência, ou seja, a defasagem en-
tre corrente e tensão, que representa
uma perda de eficiência da energia.
Tal inconveniente, em instalações in-
dustriais, normalmente precisa ser cor-
rigido mediante o emprego de
capacitores. Circuito tipo RL
(Resistor + Indutor) e
respectivo gráfico.
18.8 - Potência
OBS: Como o watt é uma unidade relativamente Analogia de potência elétrica com potência
pequena, normalmente utilizam-se múltiplos, como: hidráulica:
✔ kW = kilowatt = 1000 watts Além da unidade utilizada, que é o watt, e vale tanto
✔ MW = Megawatt = 106 watts para mecânica, hidráulica e eletricidade, veja o
seguinte:
✔ GW = Gigawatt = 109 watts
- Hidráulica: P = Pressão x Vazão
Unidades práticas:
- Elétrica: P = Tensão (V) x Corrente (I)
✗ 1 cv = 735,7 watts
Conforme exposto até aqui, a Pressão se equivale
✗ 1 hp = 646 watts
a Tensão e a Vazão, a Corrente elétrica.
☞
básicas, que sempre estarão presentes, onde quer
NOTA:
que haja fluxo de elétrons:
V = Tensão: diferença de potencial elétrico, respon-
Estas relações valem tanto para CC
sável pela circulação da corrente. quanto para CA, com a condição de
que, para C.A. deve-se usar sempre o
I = Corrente: “Vazão” de elétrons, ou seja, a carga
valor da tensão eficaz.
elétrica que flui a cada segundo.
No caso das tensões nominais “110,
R = Resistência: pode ser originada pela resistividade
220, 380 V. . ., estes valores são os
dos condutores (sempre presente), ou pela ado-
ção de resistores, com finalidades específicas.
eficazes, podendo ser utilizados dire-
tamente nas fórmulas.
A Lei de Ohm estabelece a relação existente entre
estas 3 grandezas básicas.
A Potência (P), derivada das 3 grandezas básicas,
Para facilitar a memorização das fórmulas, existe o
também é equacionada pela Lei de Ohm, nas
“triângulo de Ohm”:
seguintes relações:
P=VxI
P = R x I²
P = V² / R
Nas páginas seguintes, você encontrará exemplos
Onde:
I = Corrente, em Ampères (A)
V = Tensão, em volts (V)
R = Resistência, em ohms (W)
☞ NOTA:
No caso de lâmpadas, para determinar a resistência que ela representa no circuito,
é necessário usar o cálculo, de posse da tensão e da potência ou corrente.
A medida feita com multímetro, entre os pólos (+ e - ) da lâmpada, não representa
a resistência real, pois:
- Ao aquecer o filamento da lâmpada, a resistividade do material altera-se;
- Nem toda a energia dissipada pela lâmpada é na forma de calor. Aliás, a maior
parcela é dissipada em forma de energia luminosa.
A) Associação em Série
O terminal (+) de uma fonte é ligada ao terminal
( - ) da fonte seguinte
✔ Somam-se as tensões (f.e.m. ou d.d.p.);
✔ A capacidade é mantida nos terminais.
A capacidade em corrente, de todas as fontes,
deve ser igual.
B) Associação em Paralelo
O terminal (+) é ligado ao (+) e o ( - ) ao ( - ) da
fonte seguinte.
✔ Somam-se as correntes;
✔ Mantém-se a tensão.
A tensão de todas as fontes deve ser igual.
☞ NOTA:
Fontes ou geradores de Corrente Alter-
nada também podem ser associados,
porém, neste caso, são necessários re-
cursos eletrônicos complexos para sin-
cronizar a freqüência da senóide de
ambas as fontes.
A) Associação em Paralelo
Como a Capacitância é proporcional à área total
das armaduras (sobre capacitores, ver pág. 189), a
capacitância, na associação em paralelo é a soma
direta.
Isto porque, a área total é também somada.
Ct = C1 + C2 + C3
B) Associação em série
Neste caso, a Capacitância total (Ct) é a soma
dos inversos das Capacitâncias parciais.
19.1 - Interruptores
Tipo 2 terminais
O interruptor de 2 contatos é bastante utilizado,
porém tem sua função limitada em ligar e desligar o
circuito AB e não pode ser utilizado em um circuito
que solicita um interruptor de 3 contatos (comutador).
Tipo 3 terminais
O interruptor de três contatos possui três
funções: Ligar o circuito BA, ficar em neutro e ligar o
circuito BC.
Possui uma vantagem em relação ao interruptor
anterior, pois pode ser utilizado em circuitos que
solicitem interruptores de 2 contatos.
☞ NOTA:
A posição neutro significa que tanto o
circuito BA como o BC estão desliga-
dos.
Construção e funcionamento
A construção das baterias baseia-se no fato de
Pólo -
que, quando dois corpos sólidos condutores, de
naturezas diferentes, são mergulhados num líquido
também condutor (constituído pela solução de uma Pasta de amoníaco, dióxido de
substância química em água), aparece entre os dois manganês e grãos de carvão.
pólos uma corrente elétrica. O líquido condutor chama-
se eletrólito e os corpos condutores (geralmente são
metais, ou, então, carvão) são os elétrodos. A corrente
que aparece entre os elétrodos é, na maioria das Elétrodos
vezes, muito pequena, e além disso desaparece (+) (-)
Eletrólito
rapidamente, por causa de um fenômeno parasita
chamado polarização.
Para obter um gerador que tenha utilidade prática,
é necessário escolher convenientemente os elétrodos,
bem como os eletrólitos a serem empregados. Dessa
forma, embora seja muito grande o número de
combinações diferentes que se podem fazer,
escolhendo diferentes elétrodos e eletrólitos, poucas
são aquelas que realmente apresentam interesse
prático. Em qualquer caso, a corrente que se pode
obter depende unicamente dos materiais que se
constituem os elétrodos e o eletrólito. Sentido de fluxo da Corrente
19.3 - Lâmpadas
Gás
A) Lâmpada de arco
Ampola de vidro
A luz é produzida pelo arco voltaico que se forma
entre duas pontas de carvão através das quais faz-se Filamento
passar uma corrente elétrica; funcionando, os carvões
Elétrodos de
se gastam e, para que o arco não se apague, é
necessário que depois de um certo intervalo de tempo alimentação do
eles sejam aproximados, daí a necessidade de prover filamento
uma lâmpada de arco de um regulador.
Suporte do
B) Lâmpada incandescente filamento
São constituídas por uma ampola de vidro
completamente fechada e em seu interior um Corpo metálico com
filamento metálico é levado à incandescência pela (-)
rosca
corrente elétrica.
(+)
Geralmente a ampola é esférica, mas pode
também ter outras formas (de pêra, de tubo, etc.); ela
é fixada à um corpo metálico com rosca. Na maioria
das vezes a rosca é do tipo Edson, variando sua
dimensão de acordo com a potência e o tamanho da
Filamento de
lâmpada. Nos veículos são usados os contatos tipo
tungstênio
baioneta. Tubo de
vidro
C) Lâmpada fluorescente
Fios para
A lâmpada fluorescente, funciona devido a uma
proteção do
descarga elétrica em um tubo fechado, onde exista
filamento
gás em baixa pressão. Esses fatores combinados,
provocam um fenômeno luminoso, que se dá através Gases
Terminais
do choque entre os elétrons emitidos pelos elétrodos
☞
e os átomos do gás, esse choque provoca emissões
NOTA:
de radiações luminosas (raios catódicos).
A lâmpada incandescente tradicional,
As lâmpadas fluorescentes são constituídas por
tem um filamento fino e espiralado que
um tubo de vidro completamente fechado e revestido
aquece até ficar branco.
internamente por uma substância fluorescente. O tubo
contém vapor de mercúrio a baixa pressão e com gás Boa parte da energia (~80%), porém , perde-se
inerte, tendo a função de facilitar o início da descarga; na forma de calor. A lâmpada fluorescente não tem
nos extremos do tubo existem dois elétrodos filamento e, por não desperdiçar energia, usa me-
alimentados pela corrente elétrica. nos eletricidade para gerar a mesma luz. A econo-
mia seria enorme se todos adotassem essa ilumi-
nação eficiente.
19.4 - Diodos
☞ NOTA:
Estes diodos termiônicos são também
conhecidos como válvula eletrônica e
se encontram praticamente em desu-
so nos dias atuais.
Sede Esfera
19.5 - Fusíveis
buzina
interruptor
fusível
indicação da filamento proteção de
5A
capacidade plástico
19.6 - Relés
Interruptor
Os Relés nada mais são do que interruptores
Mola de
comandados eletricamente. São constituídos por um retorno
elétro-imã e um interruptor com retorno por mola, cujo
alongamento pode ser regulável, variando a
sensibilidade do relê.
No caso do relê de 5 terminais, mantendo o relê
desligado, ou seja, a bobina sem corrente, fecha-se
um par de contatos e abre-se o outro. Cada contato
alimenta um circuito específico.
Quando o elétro-imã é percorrido por uma
corrente maior que a de referência da mola de retorno,
o interruptor troca o circuito energizado, ou seja,
fecham-se os contatos abertos e abrem-se os
Base Elétro-imã ou
fechados. Tem-se, assim, o acionamento de um
bobina
circuito em detrimento de outro. Exemplo: seleção
de luz Alta ou Baixa.
Terminais ou “patas”
No relê de 4 patas, só ocorre o acionamento de
um circuito, através de um par de contatos
(interruptor). Isso ocorre quando a bobina do elétro-
ímã recebe corrente. Ao interromper esta corrente,
os contatos abrem-se pela ação da mola de retorno e
nenhum circuito será acionado.
☞ NOTA:
Cada terminal dos relés possuem um número que corresponde a sua função, sen-
do assim:
* 85 e 86: Terminais da bobina;
* 30: Terminal positivo - alimentação do relê com a corrente que vai ao circuito;
* 87 e 87a: Terminais ligados aos circuitos.
19.7 - Resistores
Todos os materiais possuem uma certa resistência elétrica: Com muita resistência
(materiais isolantes), com média resistência (materiais semi-condutores) e com baixa
resistência (materiais condutores); essa resistência é expressa em ohm (Ω). Os resistores
são fabricados com uma grande variedade de valores, que vão milionésimos de ohm
até muitos milhões de ohms.
Os resistores de grande potência possuem seus valores expressos no corpo do
resistor, já os resistores pequenos utilizados em eletrônica, apresentam faixas pintadas
em diferentes cores. Estas faixas seguem um código que identifica o valor do resistor
em ohms.
Os resistores podem ser comparados com as válvulas redutora de pressão, utilizadas
em hidráulica e pneumática.
Tolerância Preto 0 1x
Resistor Marrom 1 10x
Multiplicador
Vermelho 2 100X
Amarelo 4 10000x
Primeiro algarismo
Verde 5 100000x
Azul 6 1000000x
Analogia com a hidráulica: válvula reguladora de Violeta 7
pressão
Cinza 8
Branco 9
Ouro 0,1x ± 5%
19.8 - Capacitores
A) Capacitores de mica
Este capacitor possui sua armadura formada por placas (armadura) dielétrico (mica)
lâminas de estanho ou de alumínio. O material utilizado
para o isolamento das placas são lâminas muito finas
de mica. Possuem grande aplicação em circuitos
eletrônicos, como rádios, amplificadores, etc. São
capacitores de baixa capacidade, no máximo até
poucos milhares de µF.
C) Capacitores de papel
São capacitores de bastante importância para
eletrônica. Sua armadura se constitui de lâminas de dielétrico (papel) estanho
papel, de estanho ou de alumínio. O dielétrico isolante
é formado por uma camada muito fina de papel
especial e impregnado de verniz. Este tipo de capacitor
possui grande aplicação na indústria, por ser bastante
econômico. Suas dimensões variam de acordo com
a capacidade e a tensão.
D) Capacitores eletrolíticos
Estes capacitores se distinguem dos demais por
película de óxido
apresentarem apenas uma de suas armaduras (dielétrico)
constituídas por uma placa metálica, enquanto a outra
é um eletrólito (Solução química especial).
O dielétrico (isolante) utilizado é uma película
muito fina de óxido de alumínio, que se forma sobre a
placa metálica, sendo esta, ligada ao pólo positivo.
Isso quer dizer que os capacitores eletrolíticos são eletrólito
polarizados e por isso só podem ser utilizados em
circuitos de Corrente Contínua - CC.
Os capacitores eletrolíticos possuem o
inconveniente de não resistirem a tensões elevadas. A
tensão de ruptura desses condensadores não bateria
ultrapassa, em geral, por volta de 500 volts, porém são pólo
os que possuem maior capacitância concentrada em central recipiente
menor volume. (placa negativa)
Da mesma forma que é possível criar um campo magnético por meio de uma
corrente elétrica, também podemos produzir uma corrente elétrica através de um campo
magnético.
Isto se dá pelo processo de indução eletromagnética. Podemos definir então indução
elétrica como a transferência de uma corrente elétrica de um circuito a outro, através de
campos magnéticos.
corrente
induzida
Bobinas
Bobina nada mais é do que um fio condutor, bobina
enrolado em forma de espira, onde com o auxilio de
um campo indutor, pode-se produzir uma corrente linhas de
força
induzida (f.e.m).
(campo)
Na figura ao lado, verifica-se o caso de uma
bobina em forma de anel, por onde passa as linhas
de força de um campo magnético. Com a variação corrente induzida corrente indutora
desse campo magnético, tende a se produzir um fluxo
campo
de corrente na bobina.
magnético
Do mesmo modo, se produzirmos um fluxo de
corrente indutora ao longo da bobina (fio enrolado),
aparecerá um campo magnético ao seu redor. bobina
terminais
A) Termistores
O termistor é constituído de um resistor com
coeficiente de temperatura elevado, ou seja, apresenta
grandes variações de resistência elétrica com a
variação de temperatura.
São muito utilizados em termômetros eletrônicos,
pois com a variação da resistência, um
microprocessador pode calcular a temperatura e
1
apresentá-la em um “display” digital. Abaixo: testando um
termostato de
condicionador de ar,
B) Termostatos
com auxílio de um
Os termostatos são dispositivos que controlam
multi-teste.
o funcionamento de sistemas com base na
temperatura, controlando-a.
É constituído de um elemento sensível ao calor
(1), que com a variação de temperatura, sofre uma
dilatação térmica. As variações de volume ou as
deformações do elemento sensível são utilizadas para
comandar sistemas hidráulicos, pneumáticos,
elétricos ou eletrônicos.
Assim, podem inserir, interromper ou regular o
fluxo de calor no ambiente.
19.14 - Alternadores
f = (p x n) / 120
onde: 3 terminais: A, B e C
f = freqüência em Hertz. No caso de veículos, esta
freqüência varia conforme a rotação do motor. 1 ciclo ou 1 volta completa do rotor
Em eletricidade doméstica e industrial, a freqüên-
cia é fixa em 50 ou 60 Hz, já que os geradores de
uma usina hidro ou termo-elétrica funcionam em
rotação constante e controlada.
p = Número de pólos do alternador
n = Rotações por segundo = rpm / 60
120 = Constante
Introdução:
O presente capítulo, tem por objetivo ilustrar e comentar diversos tipos de circuitos,
encontrados em máquinas MF, desde os mais elementares até circuitos mais complexos.
Para melhor ilustrar, será colocado o diagrama dos componentes de cada circuito e
também o respectivo esquema, em forma de símbolos para assimilação.
Isto permite uma fácil interpretação de circuitos com os quais você se deparará na
prática.
4 3
3
4
1 5
5
2 1
2
Diagrama Circuito
No exemplo ilustrado acima, são acionadas 2 A representação esquemática de uma instalação
lâmpadas incandescentes (5), a 12 Volts, a partir de elétrica, é universalmente a forma mais utilizada.
uma bateria (1). Conhecendo o significado de cada símbolo, pode-se
No caso, utiliza-se um interruptor tipo tecla (2) para entender o funcionamento do sistema, obter
acionar o relê (3) através dos terminais (85 e 86) da especificações e fazer o diagnóstico de falhas.
bobina (elétro-ímã).
OBS: Em muitos casos, para acionar lâmpadas de
pequena potência, não se utiliza o relê. O acionamento
é feito diretamente pelo interruptor (2).
Após o relê (3), normalmente é montado um fusível
(4), de capacidade adequada (em Ampères), para a
proteção do circuito e sistema elétrico como um todo.
4
3
5
1 2
4 1 4
2
5 5
2
Em todos os tratores MF e nas colheitadeiras MF 34 o relê (3) que por sua vez irá acionar o solenóide (5)
e 38, há um sistema de segurança que impede a do motor de partida.
partida com a alavanca de marchas (ou da reversão) O solenóide (5) é responsável pelo fechamento do
fora da posição neutra. contato interno, que transfere a elevada corrente ao
Ao acionar a chave de partida (1), a corrente chega motor de partida propriamente dito.
até o sensor/interruptor (2): com o câmbio em neutro, Além disso, o solenóide desloca o pinhão (6) ao
o interruptor (2) fecha o circuito, permitindo acionar encontro da coroa, durante a partida.
Bobina do marcador
Marcador
Apalpador
Fio resistivo
Bóia
Tanque de
combustível
Funcionamento:
A bóia do tanque aciona o potenciômetro, que é uma resistência variável, de zero (tanque
cheio) até um determinado valor que depende de cada caso.
Posições extremas:
1 - Tanque cheio: 2 - Tanque vazio:
Apalpador fica no extremo superior onde o O apalpador agora fica no extremo inferior, onde o
comprimento do fio da resistência se aproxima de zero comprimento do fio da resistência é máximo e,
e, portanto, a resistência também será quase zero. portanto, a resistência também será máxima.
Nesta situação, a tensão liberada no terminal “A” do A tensão liberada no terminal “A” do potenciômetro
potenciômetro será máxima, ou seja, 12 Volts. será mínima neste caso.
Assim, o ponteiro do marcador será levado para a Assim, o ponteiro do marcador ficará na posição
posição máxima, contra a ação da mola de retorno mínima, forçado pela mola de retorno (espiral).
representada em forma de espiral. O que gira o Como normalmente o nível de combustível está em
ponteiro é um sistema parecido com um motor de posições intermediárias, o potenciômetro e em
Corrente Contínua, cujo campo eletromagnético é conseqüência o marcador, assumirão as posições
gerado pela bobina do marcador. correspondentes.
Tipos de multímetros 3 4
Os multímetros se distinguem pelas funções que
apresentam e pela forma de apresentação das
medidas.
Os mais comuns possuem somente as funções 5
6
mais importantes como voltímetro, amperímetro e
ohmímetro, e seu visor geralmente é do tipo analógico.
Já os mais modernos, possuem funções extras como
teste de diodos, Capacímetro (para capacitância), Seletor
freqüencímetro, etc. e seu visor é na maioria das vezes 7 10
do tipo digital.
1- Botão liga e Desliga 9 8
2- Display digital
3- Faixa de medição de tensões de CC *
4- Faixa de medição de tensões de CA *
5- Faixa de medição de corrente de CC * 11
6- Faixa de medição de corrente de CA *
7- Faixa de medição de resistência e continuidade * 12
12 - Ponta de prova preta: sempre ligada a saída
“COM” (8);
13 - Ponta de prova vermelha (+): ligada à saída (9) 13
para medir resistência e tensão e às saídas (10
ou 11) para amperagem. As indicações “10 A” e Figura abaixo:em cada uma das faixas
“300 mA” indica o limite de corrente tolerado. de medição, de (3 a 7), existe uma escala com múltiplos
e sub-múltiplos: sempre coloque o seletor num ponto
Leitura das informações no display do acima do valor a ser medido.
multímetro
Seletor
As informações mostradas pelo display (nos
digitais) ou pelo ponteiro (nos analógicos), podem
estar sendo mostradas em múltiplos e submúltiplos.
Em alguns multímetros esta variação pode ser
selecionada de acordo com a grandeza da medida a
ser feita.
1 KW = 1.000 W
1 M W= 1.000.000 W
L ou 1 significa resistência infinita.
1 mV = 0.001 V
1
B) Durante o uso
3- Nunca use valores no limite indicados nas especificações de cada faixa de medi-
ção.
4- Quando o multímetro está conectado no circuito a ser medido, não encoste nos
terminais sem uso.
5- Quando o valor da escala for desconhecido selecione para a posição de maior
valor.
6- Antes de selecionar a chave rotativa para outra função, desconecte as pontas de
prova do circuito que está sendo testado.
7- Nunca efetue medidas de resistência no circuito em funcionamento.
8- Sempre fique seguro quando trabalhar com tensões acima de 60 V em Corrente
Contínua ou 30 V em Corrente Alternada: Mantenha os dedos na parte isolada das
pontas de prova durante as medições.
9- Antes de tentar inserir os transistores para teste, sempre fique seguro de que as
pontas de prova estão desconectadas do circuito.
IMPORTANTE!
Antes de utilizar um multi-teste pela 1a vez e sempre que
encontrar dúvidas, leia o respectivo Manual.
☞ NOTA:
As instruções abaixo são de forma ge-
nérica, ou seja, dependendo do tipo e
c)
d)
Encoste as pontas de prova: Preto no ( - ) e ver-
melho no ( + ). Veja observação 1 abaixo;
Ligue o multi-teste em Paralelo, com a fonte -
conectada ou não à carga, conforme o objetivo
fabricante do multímetro, elas podem
da medição.
variar.
OBS:
1- Na Corrente Contínua, a inversão dos termi-
nais apenas irá provocar leitura negativa. Na
Corrente Alternada, a posição dos terminais
é indiferente.
2- Muito cuidado ao ligar os terminais de me-
dição ao aparelho multi-teste: o preto sem-
COM pre deve ser ligado na saída identificada por
“COM”. COM
Já o vermelho vai depender de cada tipo de
medição e isso depende muito de cada
multímetro.
IMPORTANTE!
Antes de utilizar um multi-teste pela 1a
vez e sempre que encontrar dúvidas, leia
o respectivo Manual.
ATENÇÃO!
A fonte deve estar DESLIGADA para medir a resistência de um com-
ponente.
IMPORTANTE!
Antes de utilizar um multi-teste pela 1a
vez e sempre que encontrar dúvidas, leia
o respectivo Manual.
Sentido bloqueado: o diodo deve se comportar Sentido liberado: o diodo se comporta como um
como um isolante (resistência infinita). condutor (resistência Zero).
COM
COM
Grandezas Unidades
☞ NOTA:
Deve-se respeitar algumas regras básicas, porém fundamentais ao expressar
grandezas físicas no SI.
21,7 cm
unidade: no caso, o metro
Vírgula para separar
casas decimais (e não
o ponto) Espaço de um caractere
Unidades SI
Grandeza Nome Plural Símbolo
comprimento metro metros m
área metro quadrado metros quadrados m²
volume metro cúbico metros cúbicos m³
ângulo plano radiano radianos rad
tempo segundo segundos s
freqüência hertz hertz Hz
velocidade metro por segundo metros por segundo m/s
aceleração metro por segundo por segundo metros por segundo por segundo m/s²
massa quilograma quilogramas kg
Unidades SI - continuação
Grandeza Nome Plural Símbolo
massa específica quilograma por metro cúbico quilogramas por metro cúbico kg/m³
vazão metro cúbico por segundo metros cúbicos por segundo m³/s
força newton newtons N
pressão pascal pascals Pa
trabalho, energia
quantidade de calor joule (pronúncia = "jaule") joules J
potência, fluxo de
energia watt watts W
corrente elétrica ampère ampères A
carga elétrica coulomb coulombs C
tensão elétrica volt volts V
resistência elétrica ohm ohms Ω
temperatura Celsius grau Celsius graus Celsius ºC
temperatura
termodinâmica kelvin kelvins K
☞ NOTA:
Antes de apresentar os prefixos, convém estabelecer a relação existente com a
estrutura dos números.
Inicialmente, note a diferença entre algarismo e número:
- Algarismo é cada parte integrante de um número, e que popularmente é cha-
mado de "casa".
- Já o número é o todo, ou seja, um conjunto de um ou mais algarismos.
Número
34782,35
Algarismos vírgula
ÁREA
m² (met. ha(hectare) Alqueiro Alqueire Quadra Acre(EUA)
AGRÁRIA: quadrado) (paulista) (mineiro) (Arroz)
m² (met. quadrado) 1 0,0001 0,00004 0,00002 0,00006 0,00025
ha (hectare) 10.000 1 0,41 0,205 0,574 2,741
Alqueiro (paulista) 24.400 2,44 1 0,5 1,40 6,03
Alqueire (mineiro) 48.800 4,88 2,0 1 2,80 12,06
Quadra (Arroz) 17.424 1,7424 0,714 0,357 1 4,31
Acre (EUA) 4.046,83 0,4047 4,306 0,083 0,232 1
POTÊNCIA: CV HP W kW
CV 1 0,9836 735,7 0,7357
HP 1,014 1 746 0,746
W 0,00136 0,00134 1 0,001
kW 1,36 1,341 1000 1
1
TEMPERATURA: °C °F
°C 1 5/9 x (°F-32)
°F (°Cx1,8) + 32 1
1
1
1
A simbologia hidráulica foi criada para facilitar a representação gráfica dos circuitos.
Os símbolos são universalmente reconhecidos, salvo algumas discordâncias. Assim, é
muito importante memorizar o significado dos diversos símbolos. Enquanto esta prática
não fizer parte do dia-a-dia, é bom ter sempre à mão uma tabela com esses símbolos
para sanar eventuais dúvidas ao se consultar um circuito.
l) Triângulos (indicação de
d) Linha com traço - ponto entrada ou saída de fluido q) Traço com ponto (efeito ou
(invólucro) em bombas, motores, causa de temperatura)
osciladores)
e) Linhas de cruzamentos de
dutos
r) Quadrados (dispositivos)
m) Seta (direção de escoamento,
ajuste regulável ou compen-
sado)
n) Exemplos de ajustes
B) Dutos
d) Entrada ou saída vedada e.4) Engate-rápido com duas re-
a) Saída do duto (orifício com
tenções, desconectado
conector)
C) Reservatórios e acumuladores
b) Reservatório pressurizado e) Coletor ou distribuidor ven- f.2) Acumulador a gás com bexi-
tado ga.
f.4) Acumulador por gás com f.5) Acumulador por mola f,6) Acumulador por peso
pistão
D) Condicionadores de fluido
a) Símbolo básico c.2) O meio resfriador é gasoso e.1) Filtro separador com dreno
manual
b) Aquecedor
d) Conservador de tempera-
tura e.2) Separador com dreno auto-
mático
f) Atuador de simples ação com j) Atuador de dupla haste e p) Atuador de dupla ação com
retorno por mola. (simplificado) duplo efeito (simplificado) amortecimento regulável no
avanço ou fim de curso
F) Comandos e controles
a) Acionamento por mola e) Acionamento por pedal h.1) Solenóide com duas bobi-
nas que operam em senti-
dos opostos
b) Acionamento manual
f) Acionamento mecânico tipo
rolete
h.2) Solenóide com ajuste
(bobina operando proporci-
c) Acionamento por botão
onalmente)
u) Exemplo - ou solenóide ou
p.1) Por controle remoto interno piloto ou manual
l) Comandos por pilotos inter-
nos e centragem por mola
ou
ou
m.2) Térmico
i.2) Motor hidráulico de desloca-
mento variável (unidirecional)
j.2) Operando em ambas as dire-
ções como bomba ou motor.
f) Sensores:
b) Manômetro diferencial f1) Venturi g.2) Termostato
g.5) Chave de nível por mola fixa h.1) Indicador de fluxo l) Respiro de ar com filtro
g.6) Chave de nível por mola va- h.2) Indicador de nível (visor)
riável m) Acoplamento
i) Válvula seletora de
g.7) Chave de nível manual manômetros (simples) n) Acoplamento com protetor
g.8) Chave de nível elétrica i.1) Com manômetro integral o) Flange motobomba
P T P T
b) Envelope para duas e) Entrada e saída bloqueadas
posições g) Válvula manual de quatro
na posição indicada
A B vias com retorno por mola
P T
g.1) Válvula com solenóide e
c) Envelope para três posi- OBS: Por convenção retorno por mola
ções denominamos de “P” o duto da
bomba, de “T” o duto do tanque
e de “A” e “B” os dutos do(s)
atuador(es).
h) Válvula de retenção - retenção h.4) Retenção dupla com fluxo em j) Válvula de controle direcional
simples dois sentidos (válvula de 4 vias - de duas posições
alternadora) A B
A B
e) Divisora de fluxo
h) Conversor hidro-pneumático
c.1) Válvula de vazão variável com
compensadores de pressão
(detalhado)
☞
símbolos, é fundamental saber interpretá-los.
IMPORTANTE:
Um circuito ou sistema elétrico, pode Uma maneira de assimilar mais facilmente os
parecer complexo quando analisado no conceitos de elétrica, é comparar a corrente com um
conjunto. fluxo hidráulico.
Mas lembre-se: o sistema na realidade não passa
de um conjunto de pequenos circuitos, que, anali-
No capítulo 3 é utilizado este artifício, para
sados separadamente, são elementares e fáceis de descrever cada uma das grandezas físicas e diferenciar
serem interpretados. umas das outras.
7 - Capacitores
2 - Fonte:
Corrente contínua 11 - Motor com solenóide
8 - Indutores ou bobinas
3 - Fusível 10 - Relés
Relé de 4 patas 13 - Conectores
4 - Resistor
Simbologia elétrica - MF 34 e 38