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CEDERJ - Análise Real

Tutor Leonardo Tadeu Silvares Martins1


Gabarito de algumas questões2 do livro (G. Ávila)
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16 - Primeiro, vamos ver que existem sup A e inf B. Como por hipótese B não é vazio,
podemos tomar b ∈ B. Para todo a ∈ A, teremos a ≤ b, logo, A é limitado superiormente
por b, logo, existe supA. A prova da existência de inf B é análoga (tente fazer!).
Suponha agora por absurdo que sup A > inf B. Pela definição de sup (o sup é a menor
das cotas superiores, temos que inf B não é cota superior de A. Logo, existe a ∈ A tal
que a > inf B. Mas pela definição de inf (a maior das cotas inferiores temos então que
a não é cota inferior de B, logo, existe b ∈ B tal que b < a, o que é um absurdo, pois
a ∈ A e b ∈ B.

Provemos agora que sup A = inf B ⇔ ∀ε > 0, ∃a ∈ A, b ∈ B|b − a < ε


(⇒) Dado ε > 0, como sup A − ε/2 não é cota superior de A (isso vem mais uma
vez da definição de sup), existe a ∈ A tal que a > sup A − ε/2. Analogamente, como
inf B + ε/2 não é cota inferior de B, existe b ∈ B tal que b < inf B + ε/2. Assim,
b − a < inf B + ε/2 − (sup A − ε/2) = inf B − sup A + ε = ε.

(⇐) Suponha por absurdo que inf A < inf B, e faça ε = inf B − sup A. Assim, ex-
istem a ∈ A, b ∈ B tais que b − a < ε, que implica a > b − ε = b − (inf B − sup A) =
b − inf B + sup A > sup A, pois b < inf B. Mas isto é um absurdo, pois a ∈ A.

17 - Seja b ∈ B. Para todo a ∈ A, temos r ≤ a + b, que implica r − b ≤ a. Assim, r − b


é cota inferior de A, logo, r − b ≤ inf a, que implica r − inf A ≤ b. Como b é um elemento
qualquer de B, temos então que r − inf A é cota inferior de B, logo, r − inf A ≤ inf B, o
que nos dá r ≤ inf A + inf B.

Podemos enunciar o seguinte resultado análogo para o sup: Sejam A e B dois con-
juntos numéricos não vazios, limitados superiormente,e r um número tal que r ≥ a + b
para todo a ∈ A e todo b ∈ B, então r ≥ sup A + sup B.
A prova é análoga à do inf.
18 -
Seja c ∈ A + B.Assim, existem a ∈ A, b ∈ B tais que c = a + b, e como a ≤ sup A
e b ≤ sup B, c ≤ sup A + sup B. Assim, como c é qualquer em A + B, temos que
sup A + sup B é cota superior de A + B, restando apenas provar que esta é a menor das
cotas superiores.

Seja s < sup A + sup B, e faça ε = sup A + sup B − s (note que ε > 0). Pela definição
de sup, existem a ∈ A e b ∈ B tais que a > sup A − ε/2 e b > sup B − ε/2. Assim,
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E-mail: martins@impa.br
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Questões solicitadas por alunos do Pólo Itaperuna

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a + b > sup A − ε/2 + sup B − ε/2 = sup A + sup B − ε = s, e, como a + b ∈ A + B, temos
que s não é cota superior de A + B. Com isso mostramos que nenhum número menor
que sup A + sup B pode ser cota superior de A + B, e como sup A + sup B é uma cota
superior, é o supremo.

A prova para o inf é análoga.

19 -
(α ≥ 0)

Seja c ∈ αA. Assim, existe a ∈ A tal que c = αa. Como a ≤ sup A e α ≥ 0, temos
c ≤ α sup A. Assim, como c é qualquer em αA, temos que α sup A é cota superior de αA,
restando apenas provar que esta é a menor das cotas superiores.

Seja s < α sup A, e faça ε = α sup A − s (note que ε > 0). Pela definição de sup,
existe a ∈ A tal que a > sup A − ε/α. Assim, como α ≥ 0, temos αa > α(sup A − ε/α) =
α sup A − ε = α sup A − (α sup A − s) = s, e, como αa ∈ αA, temos que s não é cota
superior de αA. Com isso mostramos que nenhum número menor que α sup A pode ser
cota superior de αA, e como α sup A é uma cota superior, é o supremo.

(α < 0)

Seja c ∈ αA. Assim, existe a ∈ A tal que c = αa. Como a ≥ inf A e α < 0, temos
c ≤ α inf A. Assim, como c é qualquer em αA, temos que α inf A é cota superior de αA,
restando apenas provar que esta é a menor das cotas superiores.

Seja s < α inf A, e faça ε = α inf A − s (note que ε > 0). Pela definição de inf, existe
a ∈ A tal que a < inf A + ε/α. Assim, como α < 0, temos αa > α(inf A + ε/α) =
α inf A − ε = α inf A − (α inf A − s) = s, e, como αa ∈ αA, temos que s não é cota
superior de αA. Com isso mostramos que nenhum número menor que α inf A pode ser
cota superior de αA, e como α inf A é uma cota superior, é o supremo.

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6-
Seja (an ) uma sequência convergente cujo limite é L. Seja ε > 0 ar-
bitrário.
Como an → L, existe N ∈ N tal que para todo n > N ,
|an 0L| < ε.
Assim, para todo n > N , temos
||an | − |L|| ≤ |an − L| ≤ ε

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(Aqui foi usada uma das desigualdades triangulares em R. Lembre-se
||a| − |b|| ≤ |a − b|).

Um exemplo de sequência (an ) tal que |an | é convergente mas an não,


é a sequência an = (−1)n . Note que |an | é constante e igual a 1.
8 - Sejam (an ) uma sequência com an → 0, (bn ) uma sequência limitada
e K > 0 tal que |bn | < K para todo n ∈ N. Seja ainda ε > 0 arbitrário.

Como an → 0, existe N > 0 tal que, para todo n ∈ N com n > N


temos |an − 0| < ε/K. Assim, para todo n > N ,
|an bn − 0| = |an bn | = |an ||bn | < K|an | = K|an − 0| < K · ε/K = ε,
provando que (an bn ) → 0.

11 - Seja ε > 0 dado. Como an → 0, existe N > 0 tal que, para todo
n ∈ N com n > N , temos |an | = |an − 0| < ε2 . Assim, como an > 0 para
todo n, temos
an < ε2 , ∀n > N,
que implica
√ √
| an − 0| = an < ε, ∀n > N,
provando o que querı́amos.
14 - Seja L o limite de an e suponha que tivéssemos L > b. Pelo Teo-
rema 4.6, a partir de algum ı́ndice N , terı́amos an > b, o que contradiz a
hipótese de an < b∀n.

Considere a sequência an = 1−1/n. Assim, para todo n, an < 1, porém


an → 1.

16 - Seja dado ε > 0.


Como an → L, existe N1 tal que, para todo n > N1 , temos |an − L| < ε.
Da mesma forma, como cn → L, existe N2 tal que, para todo n > N1 ,
temos |cn − L| < ε.
Faça agora N = max{N1 , N2 }.
Para todo n > N , teremos n > N1 (pois max{N1 , N2 } ≥ N1 ), e, como
bn ≥ an , temos
L − bn ≤ L − an ≤ |an − L| < ε.

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Para todo n > N , teremos n > N2 , e, como bn ≤ cn , temos

bn − L ≤ cn − L ≤ |cn − L| < ε.

Assim,
|bn − L| < ε, ∀n > N,
que é o que querı́amos provar.

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