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Usui Reiki Ryoho

GOKUKAIDEN
Referencial de apoio a Mestres Formadores de Reiki
Nota introdutória .......................................................................................................................... 3
Gokukaiden ................................................................................................................................... 4
Que título usar?............................................................................................................................. 5
Outros sistemas......................................................................................................................... 5
A formação .................................................................................................................................... 6
Porque começar ........................................................................................................................ 6
Por onde começar ..................................................................................................................... 6
Quando começar ....................................................................................................................... 7
Com quem começar .................................................................................................................. 7
Quanto tempo entre níveis ....................................................................................................... 7
Materiais didácticos .................................................................................................................. 8
Estruturar um curso de Reiki ..................................................................................................... 8
Os valores de um curso ............................................................................................................. 8
Sintonizações à distância .......................................................................................................... 9
Os níveis de Reiki......................................................................................................................... 10
SHODEN - O Despertar - Nível 1 .............................................................................................. 11
OKUDEN - A Transformação - Nível 2 ...................................................................................... 11
SHINPIDEN - A Realização - Nível 3 (A) .................................................................................... 11
GOKUKAIDEN – Mestre Formador - Nível 3 (B)....................................................................... 11
A evolução dos níveis .............................................................................................................. 12
Linhagens de Reiki ....................................................................................................................... 14
Notas finais .................................................................................................................................. 15
Bibliografia recomendada ........................................................................................................... 16

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Nota introdutória
"Sê imóvel como uma montanha e fluido como um grande rio" – Lao Zi

Com este pequeno referencial para os que atingiram o GOKUKAIDEN e se vão tornar Mestres
Formadores pretendemos em primeiro lugar dizer “Só por hoje, sou grato”!
A nossa gratidão vem da vossa vontade de continuar o trabalho de Mikao Usui, honrando os
seus princípios e as suas práticas. O Reiki é algo de belo, magnífico, que quase não se consegue
explicar sem ser sentindo e vivenciando. O Reiki sempre nos enriquece a nossa vida, não só
pela sua capacidade terapêutica mas pelas mudanças que vai operando em nós, na elevação
da consciência, na bondade, honestidade para connosco e para com os outros e na gratidão
para com toda a vida, por tudo o que nos acontece, pois será isso que nos levará a ser cada vez
melhores.
Não podemos considerar este um documento extremamente completo, tal deve ser reforçado
com o ensinamento dos Mestres Formadores nos seus cursos mas sim um documento de
referência, de chamada de atenção a alguns pormenores que por vezes levam o novo Mestre
Formador a lançar-se de cabeça sem ainda ter todos os passos devidamente preparados.
Acreditamos que cada um fará o seu melhor no ensino e nas práticas, de forma justa, sábia e
humilde, sempre iluminando o seu caminho e o dos seus alunos com Reiki e com os seus cinco
princípios. Trabalhem uns com os outros, lembrem-se que antes de serem “Mestres” são
praticantes e que um Mestre não precisa de se intitular, tal virá com o reflexo do seu trabalho
sendo um título justamente dado por outros a ele.

Presidente
Associação Portuguesa de Reiki

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Gokukaiden
O que significa GOKUKAIDEN?
Não temos a plena referência de quando o termo GOKUKAIDEN passou a ser utilizado como
um dos patamares do Reiki mas é possível que a sua origem venha do sistema Gendai, de
Hiroshi Doi.
Tentamos dar alguns significados de GOKUKAIDEN segundo as traduções de Timothy
Takemoto, indo à raiz do Kanji, que é composto por várias palavras e, como tal, pode ter
várias interpretações. Aquelas que referenciamos directamente são as que parecem mais
indicadas com este nível de Reiki.

GOKU – Alto Cargo / Conclusão / Céu

Kai - Abençoado / Todos/o que recebe/Mudança/Oceano

Den - Transmissão

GOKU pode ser interpretado como “celestial, que vem do céu” e KAIDEN como “totalmente
iniciado” ou “mestre de armas”. Kaiden é também usado quando um Mestre de Artes
Marciais (Aikido) ensina uma técnica que só ele sabe a um aluno escolhido.

GOKUKAIDEN é um Mestre que transmite um conhecimento


único, a alunos por ele escolhidos.

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Que título usar?
Ser mestre é saber partilhar, escutar não só as palavras mas também o coração. É saber
reconhecer o que se é, que todos pertencemos ao mesmo - Associação Portuguesa de Reiki

Nada indica que no tempo de Mikao Usui este colocasse algum título a si mesmo, no
entanto, encontramos no seu túmulo a inscrição de Sensei 先生 título dado a professores,
doutores, pessoas de respeito que atingiram um determinado nível de maestria sobre um
assunto ou assuntos e práticas.
Tipicamente quando um praticante de Reiki atinge o SHINPIDEN (Nível 3), é intitulado ou
auto-intitula-se de Mestre. Na realidade sociocultural do ocidente, o título Mestre (Sensei)
é confundido com o grau de escolaridade – Mestrado.
Será um título algo verdadeiramente importante para o praticante de Reiki?
Essa é uma análise pessoal que cada um deve fazer, praticando a meditação Gassho e
recitando os cinco princípios de Reiki.
Tem vindo a ser prática da Associação Portuguesa de Reiki colocar o nome de “Mestre
Formador” a quem concluiu o GOKUKAIDEN, isto porque tem os conhecimentos e práticas
até ao SHINPIDEN e porque adquiriu as competências para dar formação em todos os níveis
de Reiki.
Se gostarem de dar formação, nada melhor que tirar um curso que vos poderá auxiliar em
muito a estruturar o vosso trabalho e postura – o curso de formação de formadores.

Outros sistemas
Outros sistemas de Reiki estão apenas divididos em três níveis (Essencial, Estelar e muitos
outros derivados do Essencial) pelo que a conclusão do terceiro confere o título de Mestre
e habilita a dar formações em todos os níveis de Reiki. Mesmo para estes sistemas e de
forma a convergirmos todos para significados e práticas que possam ser entendidas pelo
público em geral, sugerimos o uso do termo “Mestre Formador”.

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A formação
Ser Mestre Formador de Reiki implica uma total consciência de tudo o que aprendeu e
praticou ao longo do SHODEN, OKUDEN e SHINPIDEN. O seu trabalho não será apenas o de
transmitir o conhecimento ao longo de níveis nem o de acompanhar as práticas mas, numa
perspectiva muito importante, o de sintonizar o seu aluno com o Reiki e ir validando o seu
canal energético.
Como tal, o Mestre Formador deve sempre garantir que se encontra nas devidas condições
energéticas para o trabalho com o qual se comprometeu e que os seus ensinamentos são
os mais actualizados. Felizmente estamos numa era de comunicação que nos permite o
trabalho de investigação e renovação de conhecimentos. Nada há de errado em alterar os
manuais, as estruturas dos cursos ou a partilha de informação com os alunos, incentivando
assim um esclarecimento positivo sobre o Reiki, a sua filosofia de vida e práticas.
Enquanto Mestres, respeitem os outros Mestres, ensinem sempre os princípios de Mikao
Usui, honrem o seu nome e o seu trabalho. Ser praticante de Reiki não é um estatuto mas
uma filosofia de vida.
Um Mestre de Reiki é a confirmação do Daikomyo que recebeu e assim como este símbolo
representa a fonte do Reiki, também o Mestre deve esforçar-se para ser essa mesma
representação.

Porque começar
Quando começamos um percurso com o Reiki, devemos sempre reflectir qual o propósito
que queremos atingir com ele. Claro que à medida que vamos trilhando o SHODEN, o
OKUDEN e chegamos ao SHINPIDEN, vamos experienciando e colocando diferentes
objectivos. Ser GOKUKAIDEN, Mestre Formador, implica responsabilidade, integridade e
saber porque iremos trilhar esse caminho?
Será um apelo interior? Um gosto pela formação? Uma vontade de partilha? Um factor
financeiro?
Verifiquem qual a realidade e, acima de tudo, sejam verdadeiros convosco. Dar cursos com
prazer, com competência, ética e verdadeiro espírito de Reiki é muito diferente de apenas
ter um objectivo financeiro.

Por onde começar


Apesar de uma série de conhecimentos serem base de ensino, a forma de os transmitir,
assim como de realizar as práticas pode variar muito com quem ensina pois a sua
experiência de vida, conhecimentos complementares e prática, em muito podem
enriquecer as formações.
Após o GOKUKAIDEN, comecem por rever os manuais que vos foram dados ao longo do
vosso percurso, comparem com as informações mais recentes que tiveram acesso e
comecem por construir um manual de SHODEN.
Levem esse trabalho com serenidade e tempo, partilhem-no com o vosso Mestre
Formador, com outros colegas ou até com praticantes SHODEN para que eles revejam e
avaliem o que fizeram. Verifiquem se pretendem começar classes de SHODEN ou
desenvolver já os próximos manuais OKUDEN e SHINPIDEN.

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Começar primeiro com classes SHODEN irá dar-vos tempo de validar na prática os vossos
manuais, não tenham receio de os alterar e entregar essas alterações aos vossos alunos.
Se ensinarem outras técnicas que não são Reiki, digam-no de forma explícita e não
originem confusão sobre as mesmas. Estamos num tempo em que devemos saber
enquadrar bem o Reiki.

Quando começar
Transmitir o conhecimento e realizar uma sintonização são sempre acções de
responsabilidade a todos os níveis. Comecem somente quando tiverem o manual, a
planificação do curso, o espaço preparado e, principalmente, quando sentirem que
realmente estão em condições energéticas, mentais, emocionais e físicas para o trabalho
com que se vão comprometer a realizar. Falem com o vosso Mestre Formador e criem um
plano de acção. Aconselhamos a que pelo menos tenho um período de 3 meses de
preparação, no caso de terem seguido uma linha tradicional e assim realizado o
GOKUKAIDEN. Caso sigam uma linha Essencial, devem pelo menos aguardar 6 meses a 1
ano para que possam trabalhar correctamente o SHINPIDEN e todos os ensinamentos desse
nível. Não se esqueçam que o trabalho com o Daikomyo vos irá transformar e elevar o
vosso trabalho com Reiki a um outro plano.

Com quem começar


Falem primeiro com familiares ou amigos para que possam praticar toda a estrutura da
vossa aula e as sintonizações. Vão usufruindo tranquilamente desse tempo e espaço,
sentindo o que vai acontecendo com o vosso aluno.
Quando se sentirem à vontade na prática da sintonização e do ensino, então abram espaço
aos que vos procurarem para cursos. No entanto, é aconselhável que comecem sempre
pelo SHODEN e não por sintonizar uma pessoa que já o tenha e queira o OKUDEN. Uma
casa sólida começa-se pelas fundações e o Reiki, apesar de ser um trabalho ao nível
energético é exigente na responsabilidade. Quanto mais sabemos, mais responsabilidade
temos. O que vamos transmitir a outra pessoa pode ser algo que a irá marcar durante
bastante tempo, de forma positiva ou negativa.

Quanto tempo entre níveis


Hoje em dia um praticante de Reiki tem cada vez mais um papel preponderante na
sociedade, pode já ser um terapeuta complementar de Reiki. Não quer dizer que todos os
praticantes virem terapeutas ou Mestres Formadores, no entanto, a todos os praticantes
deve ser dado o tempo necessário para que possam integrar em si as reflexões, os
ensinamentos do Reiki, em cada nível e, também, a prática que aprendem em cada um.
Não faz sentido haver uma passagem de nível se não se lembra dos cinco princípios de
Reiki, não sabe identificar e explicar as diferentes sensações nas palmas das mãos, não
realiza um autotratamento, não tem um objectivo concreto para a sua prática, se não
utiliza os símbolos ou não sabe o que eles significam.
É claro que cada um tem uma forma diferente de trabalhar e integrar o Reiki e pode querer
apenas esse avanço para sua vida pessoal e crescimento de consciência, nada há de errado
com isso, no entanto, as bases de cada nível devem ser sólidas pois num dia o aluno diz
nunca querer ensinar e no outro já o pode querer fazer. Reflictam em conjunto com os
vossos alunos, façam práticas, encontros mensais ou quinzenais onde possam avaliar os
progressos, corrigir algumas posturas, esclarecer questões e, principalmente, partilhar a
energia fabulosa que é o Reiki. Apenas crescemos em conjunto.

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Materiais didácticos
Alguns materiais de referência para os cursos:
 Manual
 Diário dos 21 dias para o aluno registar o seu trabalho
 Caderneta de aluno
 Código de ética
 Música (opcional)

Estruturar um curso de Reiki


Cada nível tem competências que, obrigatoriamente, o praticante deve adquirir nas várias
dimensões do Saber Fazer, Saber Ser e Saber Saber. Estas competências podem ser mais
focadas nas técnicas, nas práticas, ou em ambas, dependendo dos sistemas de ensino.
Independentemente do sistema em que realizou a sua aprendizagem, o Mestre Formador
pode optar por completar e sistematizar os seus cursos de forma a que os seus alunos
possam usufruir e partilhar do máximo de conhecimento possível, a todos os níveis.
Aconselhamos a leitura e análise do livro REIKI – MANUAL DO TERAPEUTA PROFISSIONAL,
de Johnny De’ Carli, pois contém toda a estrutura desde SHODEN a SHINPIDEN, revelando-
se um verdadeiro companheiro de viagem quer no ensino, quer na aprendizagem.
Reforçamos também o aspecto do ensino da História do Reiki, principalmente de quem foi
Mikao Usui, o devido respeito a ter por ele e o ensino das técnicas tradicionais,
principalmente o BYOSEN, que auxilia o aluno a compreender as suas sensações
energéticas.

Os valores de um curso
São vários os pontos de vista sobre os valores a serem cobrados por cada nível ou por um
curso completo. Há quem não cobre valor algum, há quem cobre valores que chegam aos
€10.000, como fazia Takata. Quem estará certo?
O que a Associação Portuguesa de Reiki recomenda é o uso da sabedoria, como em
qualquer situação da nossa vida.
Em primeiro devemos meditar sobre o nosso objectivo enquanto Mestre Formador –
formar quem, como, porque e para quê?
Se não quer cobrar por achar que Reiki é algo que transcende um valor material, deve
garantir que se sente confortável em não ter qualquer retorno, para não entrar em
descompensação emocional.
Se quer cobrar por cada nível, deve ter em conta a zona onde irá realizar os cursos, os
conhecimentos e prática que tem, o que facilita de materiais didácticos, se dá
acompanhamento, quais as suas despesas com aluguer de espaço, água, luz, internet, etc…
Coloquem de forma explícita ao aluno o valor da sua formação e quais as vantagens por
realizar esse curso convosco. Caso o aluno não tenha dinheiro para tal, trabalhem em
conjunto para encontrar uma solução, com o Daikomyo a iluminar, onde pode haver
questões?

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Sintonizações à distância
Tive a oportunidade de estar com John Curtin, presidente da Federación Española de Reiki,
pela altura do 2º Congreso Nacional de Reiki, em Barcelona e um dos temas que nos
colocaram foi exactamente o das sintonizações à distância, ao que ele respondeu não ser
uma prática corrente no entanto, se alguém da Patagónia Interior lhe pedisse e não
houvesse quem o pudesse fazer presencialmente, ele o faria.
Esta perspectiva serve para ilustrar a nossa posição sobre sintonizações à distância. Por
princípio não fazer. A razão prende-se no devermos sentir, perceber, auxiliar o aluno no
momento antes, durante e depois da sintonização. Cada pessoa tem reacções diferentes,
todas elas importantes e, sendo feito à distância, como poderemos explicar correctamente
ou auxiliar no caso de uma reacção adversa?
Devemos apenas colocar toda a responsabilidade na “energia Reiki”?
Se não houver outra solução excepto a sintonização à distância então devemos ter sempre
em atenção que quanto maior o conhecimento, maior a responsabilidade. Quando
realizarem um acto, estejam conscientes dele, assumam a responsabilidade, auxiliem os
vossos alunos e honrem o trabalho e ensinamentos de Mikao Usui.
Vale sempre a pena reflectirmos sobre o que fazemos e porque fazemos, deixando fluir os
cinco princípios de Reiki, sobre essa questão.

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Os níveis de Reiki
A Associação Portuguesa de Reiki segue uma orientação tradicional e todo o trabalho de
investigação e pesquisa que faz é nesse sentido. Não para criar regras estritas mas sim para
o completo entendimento das origens e evoluções do Reiki, sem desvirtuar o seu conceito
inicial. Tudo tem uma evolução, nada é estático. O bambu, símbolo do praticante de Reiki, é
flexível, no caso de uma tempestade ele verga-se para não partir, ao contrário de árvores
que pela sua rigidez não resistem às tensões a que são submetidas. No entanto, o bambu
nunca deixa de ser bambu. O praticante de Reiki nunca deve deixar de o ser, nos seus
princípios e práticas, honrando a memória do Mestre Mikao Usui. Por isso,
independentemente do sistema em fez o seu percurso, do seu Mestre Formador que lhe
passou os conhecimentos, o praticante deve ter sempre em objectivo a elevação da sua
consciência (o Satori) e a prática dos Gokai (cinco princípios), sabendo quando mudar,
procurando o esclarecimento e dando sempre as informações mais actualizadas e próximas
do que o Mestre Usui ensinou.
Algumas questões são levantadas sobre a existência do GOKUKAIDEN ou “divisão” do nível
3. Um dos pontos levantados contra este patamar do percurso de um praticante de Reiki é
o factor financeiro, o que seguindo uma prática consciente, não faz sentido. Se pensarmos
no valor global de uma formação de Reiki, ter SHINPIDEN e GOKUKAIDEN não representa
necessariamente um acréscimo financeiro pois o valor de um “nível 3” pode ser dividido
por estes dois. Sobre a divisão dos níveis, há que esclarecer que o conceito de nível
apareceu com o sistema Essencial, que em muito simplificou, adulterou ou eliminou várias
práticas e ensinamentos do Tradicional. Compreende-se a existência da simplificação,
devido ao contexto sociocultural com que a Mestre Takata se deparou mas nos dias de hoje
não nos parece ser necessária a substituição do que já era feito e ensinado com Mikao Usui
ou Hayashi.

"Quem anda na ponta dos pés fica sem firmeza." - Lao Tse

O Reiki e a sua formação é algo que está em constante evolução, foi já dado um salto
gigantesco dos anos 90 para cá, graças a investigadores como Frank Arjava Petter, Johnny
De’ Carli, Walter Lübeck, Mark Hosak, William Rand, Hiroshi Doi, Dave King, Richard Rivard,
James Deacon, entre outros tantos que muito têm feito para honrar a história e as práticas
do Reiki, como tal, hoje em dia, já poucas razões existem para que não hajam actualizações
no ensino e na história, removendo antigos dogmas como “Mikao Usui era um padre
Cristão”, ou “Um professor na Universidade de Chicago”. Novamente reforçamos o aspecto
positivo da mudança. Explicar a um aluno o que mudou desde o início da sua formação é
sempre preferível a ele ir ler num livro e colocar em causa tudo o que aprendeu.

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SHODEN - O Despertar - Nível 1
No primeiro nível, o iniciado começa um processo de limpeza dos seus canais energéticos,
que se prolonga por 21 dias. É normal haver um reajustamento do corpo, através de
mudanças físicas ou mesmo emocionais, como emagrecer ou engordar, sentir mais
confiança ou vir ao de cima os problemas que deve resolver para o seu crescimento. Neste
nível trabalha-se, essencialmente, o nível físico, havendo sempre o contacto das mãos com
as áreas a serem tratadas, que seja de outra pessoa, animal, mineral ou planta.

OKUDEN - A Transformação - Nível 2


Neste nível, os canais energéticos são mais aumentados, para preparar o praticante com as
ferramentas que os símbolos trarão. Os símbolos são ferramentas que permitem o iniciado
a trabalhar os vários aspectos do Reiki, além do físico, mais profundamente o emocional e o
mental. Poderá aceder ao espaço-tempo, ao karma, entre outros. A sua intuição será
ampliada e a responsabilidade que detém é muito maior.

SHINPIDEN - A Realização - Nível 3 (A)


Este é o despertar do Mestre Interior. É ensinado o símbolo de Mestre – Daikomyo - e a
partir daqui, há todo um percurso interior, completamente diferente, a ser percorrido. O
autoconhecimento, o amor-próprio, são vitais. Há que ter a consciência que se deve ser
mestre de si mesmo, sabendo também reconhecer a maestria da própria vida.

GOKUKAIDEN – Mestre Formador - Nível 3 (B)


Neste nível, aprende-se a ser um Shihan, um professor de Reiki, que partilha e ensina aos
outros o que aprendeu. É o iniciar de um novo ciclo. Aconselhamos a que neste nível se
repita a sintonização de SHINPIDEN.

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A evolução dos níveis

Sabe-se que inicialmente o Reiki estava muito mais orientado ao Satori, tendo uma
componente mais espiritual, sendo depois acrescentadas as práticas terapêuticas com a
colocação das mãos e, posteriormente, a inclusão de símbolos que auxiliavam os
praticantes a atingir determinadas frequências com as quais poderiam trabalhar ao nível
terapêutico e ao nível da elevação da sua própria consciência. Os seus alunos chamavam
aos seus ensinamentos USUI-DO ou USUI-NO-MICHI.

O Mestre Usui foi influenciado pelo seu amigo Jigoro Kano, o fundador do Judo, na divisão
do seu curso, incluindo vários níveis de realização e conhecimento. Os níveis eram rokyu,
gokyu, yonkyu, sankyu, nikyu (1º símbolo), ikyu (2º), shodan (3º), nidan (4º), sandan,
yondan, godan, rokudan, shichidan (nanadan), conforme ilustrados na grelha da página
seguinte.

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Modificações no Sistema Usui ao longo dos anos

1923 1925 1926 Hoje Hoje


Sistema Sistema URR Gakkai URR Gakkai Ocidente
Usui-Do Usui Teàte

Nível Nome Nome Nome Nome Nome

dai

rokyu roku
grau
to

dai

gokyu shoden gata shoden go
grau
tou
shoden Nível 1
dai

yonkyu yon
grau
tou

dai

sankyu chuuden gata chuuden san
grau
tou

2º nikyu
grau (#1)
okuden
Modificações zenki
1º Ikyu
okuden gata okuden zenki Nível 2
grau (#2)

1º shodan okuden
dan (#3) koki

Nível 3 /
okuden koki shinpiden
Mestre
2º nidan
kaiden gata
dan (#4)
Shihan
shinpiden
(Gokukaiden)*


sandan
dan

4º menkyo
yondan kaiden
dan Note: Esta tabela é dos
gata shin-
piden apontamentos de #1-4 são o
5º URRI 2002 & 2003 que agora
godan
dan dados por chamamos
Usui-Do Eidan símbolos
6º www.usui-do.org
rokudan soke
dan

7º shichidan
dan (nanadan)

(*) Utilizado hoje, por exemplo, nos sistemas Tradicionais e Gendai

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Linhagens de Reiki
"No momento em que nos comprometemos, a providência divina também se põe em
movimento. Todo um fluir de acontecimentos surge ao nosso favor. Como resultado da
atitude, seguem todas as formas imprevistas de coincidências, encontros e ajuda, que
nenhum ser humano jamais poderia ter sonhado encontrar. Qualquer coisa que você possa
fazer ou sonhar, você pode começar.
A coragem contém em si mesma, o poder, o génio e a magia." - Goethe

O conceito de “linhagem de Reiki” é tido como muito importante, para validação do


percurso do Mestre Formador de Reiki. Segundo Richard Rivard, esse conceito no Japão,
em alunos mais antigos não acontece, simplesmente dizem que vêm de “Usui” e não do seu
último Mestre.
Existem dois pontos importantes que devemos ter em atenção.
1) A linhagem não é garantia de qualidade pois no dia seguinte aos ensinamentos de
GOKUKAIDEN o novo Mestre Formador poderá tomar uma postura totalmente
diferente dos preceitos que aprendeu, tal só poderia ser eficiente se existisse um
registo dos ensinamentos que devessem ser aplicados e o uso de manuais com uma
base normalizada;
2) A transmissão de energia. A importância dada ao veiculador da sintonização pode não
estar correcta pois mesmo olhando para os sistemas mais antigos e ainda assim
próximos de Mikao Usui, as suas técnicas de sintonização são diferentes, como
referencia Dave King sobre Ushida e Hiroshi Doi. Além da diferença de técnicas, se
fossemos pensar que os mais próximos de Usui teriam mais “energia” ou melhor
“qualidade energética” então o Reiki deixaria de ter a sua intensidade e qualidade em
cinquenta anos, devido à linhagem ir aumentando.
Nestes pontos há que usar alguma sabedoria e discernimento. Em primeiro o Mestre
Formador deve ter uma postura de humildade sobre o seu conhecimento e quem o passou
pois o Reiki é também uma filosofia de vida e, segundo o seu propósito original, serve para
atingir o Satori (iluminação). Aplicando o princípio de “Só por hoje, trabalho
honestamente”, o novo Mestre Formador deve ter em mente a preparação dos seus
materiais, a definição dos seus cursos e, principalmente, o acompanhamento que pode e
deve dar aos seus alunos.

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Notas finais
"Ultrapassar tendências negativas e melhorar o potencial positivo são as verdadeiras
essências do caminho espiritual" - Dalai Lama

Esperamos que este pequeno trabalho possa auxiliar os novos Mestres Formadores de Reiki
e queremos também expressar a nossa gratidão a todos os Mestres que nos ensinaram e
continuam a ensinar, a todos aqueles que têm vindo a representar o Reiki no seu melhor e,
claro, aos nossos alunos que um dia serão também eles Mestres Formadores, passando
bons valores, dando continuidade ao Reiki e à memória de Mikao Usui.
O documento não está fechado, será sempre sujeito a alterações, por isso recebemos de
braços abertos os comentários que tenham a fazer e sugestões de alteração para que
possamos construir a melhor informação possível.

Agradecemos donativos sobre este trabalho, para auxílio dos projectos da Associação Portuguesa de
Reiki. Podem enviar o donativo para o
NIB 0033 0000 45366862462 05
com aviso para o email conselhofiscal@montekurama.org

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Bibliografia recomendada
A seguinte bibliografia ilustra um conjunto de livros, não só de Reiki, que podem auxiliar às
várias perspectivas que podem enriquecer um curso de Reiki, na prática e na postura do
seu Mestre Formador.

Petter, Frank A., Manual de Reiki do Dr. Mikao Usui - Pensamento


Petter, Frank A., Técnicas de Reiki do Dr. Hayashi - Pensamento
Carli, Johnny De’, Reiki – Reiki - Manual do Terapeuta Profissional – Dinalivro
Carli, Johnny De’, Reiki – Reiki – Técnicas Tradicionais – Dinalivro
Lubeck , Walter, Hosak, Mark – O Grande Livro de Símbolos do Reiki – Pensamento
Lubeck , Walter, Manual de Reiki - Ed. Pergaminho
Brennan, Barbara Ann, Mãos de Luz - Ed. Pensamento
Stein, Diane, Reiki Essencial - Ed. Pensamento
Bachler, Kathe, Radiestesia e Saúde, Cultrix
Transley, David V., Chakras Raios e Radionica, Pensamento
Padre Jurion, Jean, A Radiestesia – A Vida e os Campos Magnéticos - Publicações Europa-
América
Cotta, José Alexandre, Energias da Terra - Ésquilo
ALIJANDRA, A fonte de cura dos chacras e das cores: Terapia energética através dos raios;
trad. Noberto de Paulo Lima – São Paulo: Madras, 2000.
YUS, Rafael. Educação integral: uma educação holística para o século XXI; trad. Daisy Vaz de
Moraes – Porto Alegre: Artmed, 2002.
Leloup, Jean-Yves, O corpo e seus símbolos - Uma Antropologia Essencial – Ed. Vozes
Chia, Mantak, Cura Cósmica – Ed. Cultrix
Chia, Mantak, Automassagem Chi – Cultrix
Rohr, Richard , O Eneagrama – Ed. Vozes
Walker, Diane e Kelly, Melissa, (2011) - Active Listening
Azevedo, Maria José Lobato, (2011) - Mediação de conflitos.

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