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PA R A P R AT I C A R A R T E S
MARCIAIS COM SEGURANÇA
CAMPEONATO
B R A S I L E I R O
D E M UAY T H A I
M U AY T H A I 2 0 1 8
EDITORIAL
pág.04
Neste ano de Copa do Mundo de Futebol o nosso trabalho não
para nesta edição estamos trazendo Comparação entre vários
estilos de arte marciais.
EQUIPAMENTOS PA-
Nesta edição, abordamos a importância dos protetores na pra-
tica das artes maciais. RA PRATICAR AR-
Sucesso nos volumes anteriores, os cadernos de notícias sobre TES MARCIAIS COM
MMA, Muaythai, Karate e Judô, encerram a temporada de 2017
com chave de ouro. SEGURANÇA
Em nome de toda a equipe, agradeço por ter nos acompanhado
durante todo esse tempo, com elogios, críticas e sugestões.
Que o novo ano seja de transformações, crescimento e de mui-
to sucesso para todos nós.
Supervisão Geral:
vtmmaff@gmail.com
C O T O V E L AD A S
NO MM A: UM
P O N T O D E V I S TA
MÉDICO
TITULOS:
VENCEU JUNGLE FIGHT 2
VENCEU HEAT FC 1
VENCEU MECA WORLD VALE TUDO 6
VENCEU RINGS: KING OF KINGS 2000 BLOCK B
VENCEU PRIDE 9 - NEW BLOOD
VENCEU IVC 12
VENCEU IVC 10
VENCEU IVC 8
VENCEU BRASIL OPEN '97
VENCEU UNIVERSAL VALE TUDO FIGHTING 6
VENCEU MARTIAL ARTS REALITY SUPERFIGH-
TING
VENCEU UNIVERSAL VALE TUDO FIGHTING 2
VENCEU UNIVERSAL VALE TUDO FIGHTING 1
DAMBE
D
entro da arena, os opo-
nentes andam em círcu-
Por José Augusto Maciel Torres
los, encarando e anali-
sando o adversário. Ao A ntes de 2006, poucos sabiam o que era o Muay Boran, a arte
marcial que uniu o estilo esportivo ao tradicional.
redor, o público vibra ao som dos Se por um lado, o Muay Thai Tradicional utiliza regras para compe-
tições, do outro, o Boran se classifica em sua forma de divisão. De
tambores, que ditam o ritmo dos mo- comum entre os dois somente o país de origem: a Tailândia.
vimentos. É assim que tem início O brasileiro Fabiano Moreira Cosme Krushevsky é um dos poucos
uma luta de dambe, forma tradicional a deter a chancela de mestre na modalidade. Começou a estudar
o Muay Boran na Europa, com o tailandês Grand Master Narong.
de boxe praticada em países do con-
Moreira reside no exterior desde os 18 anos, tendo passagens
tinente africano. Nessa luta de três pela Holanda e Portugal, onde fixou residência e abriu uma acade-
mia de Muay Thai Tradicional.
rounds não há luvas encobrindo as
O estabelecimento foi fechado em 2004, ano em que decidiu viajar
mãos – apenas um dos braços, cha- para a Tailândia com o objetivo de treinar.
mado de “lança”, é envolvido por pe- Em seguida, fez o curso da World Muay Thai Federation (WMF)
daços de corda. A mão livre é chama- para ser treinador. Dos 40 países representados, se destacou com
a melhor nota e passou a ser Coach Trainer nível B, chamando a
da de “escudo”, e (como o nome diz) atenção do diretor técnico da WMF, Chinawut Sirosupan, que lhe
deve ser usada para bloquear as in- propôs se dedicar ao estudo do Muay Boran.
vestidas do adversário, que tem o ob- Em 2006, foi examinado pela Comissão Técnica, graduado Kru
Muay Boran e apresentado aos maiores mestres das escolas tradi-
jetivo de derrubar o oponente. Hoje cionais. Após 38 combates, expandiu os conhecimentos de Krabi
Krabong, Thai Massage,
os torneios estão ligados aos festi-
Thai Rusie Datton, Yoga e Thai Vipassana, formando-se kru
vais de colheita, que recebem os (professor) em todas essas áreas.
combates como uma de suas atra- Quando regressou a Portugal, em 2010, reabriu a academia, mas
ções. Mas antes, a luta já serviu até com um novo nome: Muay Thai Boran Portugal, voltada a ensinar
exclusivamente a arte e a cultura tradicional tailandesa. Em três
como preparação para a guerra. En- anos e meio, a academia teve sete campeões nacionais e um
tão, o risco era bem maior: além do campeão ibérico. Soma ainda quatro medalhas de ouro, cinco de
prata e cinco de bronze em Campeonatos Mundiais de Muay Thai
braço, era costume também que uma e Kickboxing.
das pernas fosse envolvida por uma Sucesso em Portugal, o mestre que também é faixa preta de Kara-
pesada corrente, que ajudava a defe- te Kyokushin, quer agora abrir a Federação Muay Thai Boran no
Brasil, baseado em sua experiência de mais de uma década na
rir golpes ainda mais potentes. Você Tailândia.
encararia? fabianomoreira36@hotmail.com
AGENDA
DICAS DE ADMINISTRAÇÃO / MANAGING TIP
Quebrando o gelo
Palestras em escolas plantam a semente
para o crescimento do Jiu-Jitsu
Por Aparecido Bill*
S
ou faixa-preta e vivo o Jiu-Jitsu há Posso dizer que o grau de interesse foi
mais de 25 anos. Neste ínterim, tamanho que faltou tempo para responder
conquistei dois títulos mundiais, a todas as perguntas.
em 1997 e 1998, aprendi muito e Na palestra, falo da história do Jiu-Jitsu, a
ensinei também. sua origem e a sua filosofia. Então, com
Fui recebido na família Gracie Barra e co- meu aluno, faço uma demonstração bem
mo muitos contemporâneos enxerguei um leve de treino com sparring.
grande potencial de expansão para o Jiu- Nessa parte, procuro mostrar a grande
Jitsu nos Estados Unidos. Após estudar variedade de movimentos e posições da
diversas propostas de parcerias comerci- arte. Completo a parte prática com uma
ais, demonstração sem kimono.
acabei escolhendo vir para Rohnert Park, Termino com os rolamentos, que sei que
na Califórnia, onde montei uma filial da agrada aos leigos. Tenho orgulho de dizer
Gracie Barra há pouco menos de seis me- que, mesmo aos 33 anos, ainda tenho
ses. agilidade suficiente para tirar uns
Apesar da marca forte que é a Gracie “Ohhhs!” da platéia. Então, para terminar,
Barra e de haver um faixa-preta à frente, abro para perguntas, que são sempre
toda academia tem problemas para con- muitas.
seguir os primeiros alunos. Desde a fun- O grau de interesse que o Jiu-Jitsu cria
dação até agora consegui em torno de 50 nos leigos me faz ter a certeza de que es-
estudantes, um tou plantando centenas de sementes a
bom começo. cada vez que me apresento.
Pensando nisso, desenvolvi uma ativida- Com certeza, algumas irão brotar e o es-
de de divulgação e esclarecimento do Jiu- porte vai crescer cada vez mais. Faço por
Jitsu para leigos. No dia 9 de abril de amor e pelo prazer de repassar os ensi-
2008, eu e meu aluno Michael Stratton, namentos que aprendi e de apresentar às
que ganhou a faixa-azul após ser campe- pessoas os benefícios que o Jiu-Jitsu
ão na branca no último Pan-Americano, traz, além
comparecemos de saber que esse trabalho pode aumen-
à Rancho Cotati High School. Fomos con- tar o número de alunos na minha acade-
vidados de última hora e falamos por cer- mia
ca de três horas para mais ou menos 700
pessoas, entre alunos, professores e fun-
cionários da escola.
A
s artes marciais acompanham a humanidade há muito tem-
po, e possuem o poder de trazer todos os benefícios à saúde
que exercícios físicos podem trazer para os nossos corpos.
Além dos benefícios físicos, as artes marciais são conheci-
das pelo aumento da confiança e autoestima.
Como todo esporte de contato, as artes marciais podem apresentar ris-
cos ao físico dos praticantes menos preparados. É fundamental que as
pessoas com interesse em praticar uma arte marcial tenham proteção
de qualidade, minimizando os riscos e aumentando ainda mais os be-
nefícios que ocorrem com a prática destas atividades
Saiba escolher os equipamentos na maior parte das artes marciais, algumas
corretos batalhas vão ser doloridas, independente da
arte marcial praticada e do nível dos lutado-
Os preços e a qualidade em equipamentos res.
de luta podem variar muito. E como em mui-
tas coisas da vida, a qualidade dos equipa- A melhor forma de evitar estas dores é estar
mentos é diretamente proporcional ao preço sempre prevenido e utilizar os equipamentos
que você paga. recomendados pelo treinador.
Acredite, você não vai querer ouvir que “o Para que a segurança e a saúde dos lutado-
barato sai caro” enquanto se preocupa com res sejam mantidas, é crucial que todos os
a dor – tanto sua quanto dos pequeninos. praticantes de artes marciais sejam orienta-
dos e utilizem os equipamentos de proteção
corretos.
Proteja as áreas de maior impacto Lembre-se de que a sua segurança e a se-
Existem equipamentos destinados a proteger gurança dos seus parceiros de treinos não
praticamente cada centímetro quadrado do tem preço. Para garantir sua integridade an-
seu corpo durante a prática de artes marci- tes de treinar ou competir, certifique-se de
ais. que você está em boas condições físicas e
conte sempre com a supervisão de especia-
Durante as sessões de sparring, frequente
listas.
Todo grande lutador
u&liza equipamento de
proteção, pois ter o
corpo bem protegido é
sinônimo de uma
carreira duradoura
CONFRONTO DE ESTILOS
Comparamos quatro artes marciais, apresentando a história, os principais golpes e os bene cios sicos de cada luta. Esco-
lha a melhor para você
AIKIDO
Arte marcial japonesa que propicia a seu pra&cante a possibilidade de
um caminho ao autoconhecimento
TREINO Os treinos são suaves e os movimentos, firmes e seguros. Você aprende a cair sem se machucar, a se movimentar
naturalmente e a não usar a força Xsica. U&lizam-se técnicas corpo a corpo em pé e sentado, boken (sabre de madeira) e jo
(bastão de madeira de cerca de 1,20 m).
SEM MEDO A prá&ca faz com que as pessoas aprendam a controlar o medo, inevitável em uma situação de ameaça. O temor
descontrolado pode levá-lo a cometer atos falhos, e essa luta trabalha com o corpo e a mente exatamente para evitar que isso
aconteça.
TÉCNICA Consiste em desenvolver a sensibilidade para discernir a intenção do oponente, iden&ficar quais são seus pontos de
ar&culação vulneráveis e então redirecionar essa força de ataque contra o próprio adversário, que irá perder o equilíbrio e cair
no chão.
SAMURAI No aikido, cul&va-se as sete virtudes do guerreiro conforme o Bushido (código dos samurais): jus&ça, valor heroico,
compaixão, cortesia, honra, sinceridade e o sen&do de dever e lealdade.
Uma das diferenças da técnica para outras artes marciais é a ausência total de compe&&vidade. Esse é um dos fatores que
fazem com que o aikido venha conquistando a adesão de um público bem eclé&co. Segundo o sensei (“aquele que chegou
antes” ou, para o ocidental, o professor) Nereu Peplow, do Fudoshin Dojo, uma das academias mais respeitadas de Curi&ba, a
intenção das pessoas que frequentam os dojos é encontrar uma a&vidade que trabalhe o corpo e traga ao mesmo tempo au-
toconfiança e segurança.
Ves.menta
O quimono deve ser branco. O hakama (calça que parece uma saia e é colocada por cima da calça), que possui sete pregas,
simbolizando as sete virtudes dos samurais. É aceito nas cores azulou preta, e só é usado apar&r do nível de Shodan (1o dan).
Faixas
É internacionalmente u&lizada uma ordem de graduação que, normalmente, começa em 5o kyu e segue até o 1o kyu (classe ou
grau). Daí em diante vêm os “dans” (degraus). As graduações são concedidas avaliando-se as qualidades técnicas, o grau de
afinco aos treinos e o perfil moral do pra&cante. O tempo mínimo necessário para realizar os exames de kyu não é menor do
que um ano.
CARATE
A arte marcial se baseia em socos, chutes, cotoveladas, joelhadas e golpes com a palma da mão aberta
O caratê, que em japonês significa “mãos vazias”, nasceu na ilha japonesa de Okinawa, no século XVIII. Proibidos de usar armas
no local, os habitantes criaram a arte marcial como forma de defesa contra o ataque de possíveis inimigos. Como a invenção
funcionou, ela começou a ser pra&cada constantemente na região, mesmo sem a necessidade de seu uso. A expansão da mo-
dalidade começou a acontecer no início do século XX, mais precisamente em 1922, quando o mestre Gichin Funakoshi foi con-
vidado pelo Ministério dos Esportes do Japão a conduzir apresentações de caratê na capital Tóquio. A prá&ca agradou a muita
gente e a modalidade passou a ser pra&cada em escolas e universidades.
No ataque
Autocontrole e Agilidade
SOKUTO KEAGE
O segredo é ser muito rápido para emplacar um chute direto no rosto antes que o opositor se defenda.
CHUDAN ZUKI
SOKUTO KEKOMI
Na defesa
Bloqueios Eficientes
SHUTO UKE
GEDAN BARAI
AS REGRAS
Ves.menta
Até o século XX, os japoneses treinavam com roupas comuns. De lá para cá, o quimono branco virou obrigatório, acompanha-
do por uma faixa que indica o nível do lutador. Nas compe&ções oficiais, os pra&cantes devem usar luvas de borracha para
evitar que os golpes causem lesões. Faixas Até a faixa verde o aluno estará construindo sua base técnica e teórica. Daí até a
faixa marrom o aluno deverá se preparar para receber o grau de shodan. Um úl&mo teste avaliará suas habilidades e conheci-
mentos específicos para receber o grau Shodan e alcançar a sonhada faixa preta.
FÍSICO É bom para o coração, fortalece ossos e músculos, cria resistência, desenvolve coordenação motora e visual, e torna o
organismo menos susce^vel a ferimentos e doença.
MENTE Ajuda a desenvolver paciência, disciplina, perseverança e compreensão, bem como a concentração e foco.
FÍSICO É bom para o coração, fortalece ossos e músculos, cria resistência, desenvolve coordenação motora e visual, e torna o
organismo menos susce^vel a ferimentos e doença.
MENTE Ajuda a desenvolver paciência, disciplina, perseverança e compreensão, bem como a concentração e foco.
JIU JITSU
Eficiente para barrar socos e chutes, é fundamental no es.lo MMA
O jiu-jítsu ou “arte suave” u&liza técnicas como golpes de alavancas, torções e pressões para derrubar e dominar um adversá-
rio, sempre com base em princípios de equilíbrio e ar&culação do
corpo, tornando desnecessário o uso excessivo da força e de armas.
Segundo historiadores, o es&lo teria nascido na Índia, onde era pra&-
cado por monges budistas preocupados com a autodefesa. Com a
expansão do budismo, chegou ao Japão, onde se popularizou. De-
sembarcou no Brasil em 1915, com o japonês Conde Koma, como era
conhecido o lutador Mitsuyo Maeda, que se fixou em Belém do Pará.
Lá conheceu Gastão Gracie, que levou o filho mais velho, Carlos, en-
tão com 15 anos, para aprender a lutar com o mestre japonês.
No ataque
TESOURA
MATA-LEÃO
Na defesa
ESCAPE
O primeiro passo é girar o quadril para &rar as costas do chão e ficar de lado.
DOMINE
Os braços s ão usados para deslocar o rival e tentar dominá-lo. As pernas travam o tronco e uma das pernas do oponente.
FINALIZE
A REGRA É CLARA
A luta, que dura de cinco a dez minutos, é conduzida por um único juiz, que fica dentro do tablado, acompanhando os lutado-
res. Ele é auxiliado por um cronometrista, que se posiciona em uma mesa ao fundo, e por um mesário, que atualiza o placar. A
luta pode até ser vencida por quem está atrás no placar. Basta um golpe doloroso que faça o lutador bater três vezes no tata-
me ou no corpo do rival. “A finalidade do jiu-jítsu é fazer o adversário se render”, diz Moisés Muradi, presidente da Confedera-
ção Brasileira de Jiu-Jítsu Espor&vo.
Faixas
Da branca à marrom são 5 níveis de graduação: faixa lisa e mais 4 graus, sendo de responsabilidade do professor conceder es-
ses graus em cada uma dessas faixas. A faixa preta se subdivide em sete diferentes níveis de graduação: faixa preta lisa e mais
6 graus que serão concedidos exclusivamente pela IBJJF (Federação Internacional de Jiu-Jítsu Brasileiro). A faixa vermelha déci-
mo grau é conferida apenas aos pioneiros: Carlos, Oswaldo, George, Gastão e Hélio, conhecidos como irmãos Gracie.
No jiu-jítsu, explorar erros do oponente conta mais do que usar força e velocidade
TAE KWON DO
A luta coreana valoriza a defesa pessoal e o equilíbrio entre corpo, mente e é.ca
A origem desse esporte milenar está ligada à história da Coreia. No século I a.C., a península coreana era ocupada por três rei-
nos rivais: Goguryeo, ao norte, Silla, no sudeste, e Baekje, a oeste. Para ensinar os jovens de Goguryeo a lutar sem armas, fo-
ram criadas técnicas como o taekkyeon.
No ataque
AP CHAGI
queixo.
HURYEO CHAGI
Na defesa
Muito eficiente para blo quear chutes rápidos e outros ataques contra o torso. A vantagem do movimento é que ele devolve
parte da força aplicada pelo rival.
NAJUNDI MAKGI
A maioria dos movim entos de defesa começa com as mãos na altura dos quadris. Isto é fundamental para impedir chutes e
socos contra abdômen e pernas.
BENEFÍCIOS
Melhora o desempenho cardiovascular, aumentando a resistência Xsica e ainda es&mula o ganho de massa magra. Outra van-
tagem é que os treinos investem em exercícios de alongamentos, aumentando a flexibilidade do corpo.
Ves.menta
São três &pos de uniforme ou dobok. O mais tradicional parece um quimono. Uma jaqueta em V é adotada pela Federação
Mundial. Já os adeptos da Federação Internacional usam uma jaqueta com corte ver&cal no centro.
Faixas
Os graus são divididos em geups e dans. Cada geup corresponde a uma faixa colorida que é amarrada na cintura. Cada dan
corresponde à graduação de faixa preta que são divididas em 10, em ordem crescente. A trajetória da branca até a preta dura
no mínimo quatro anos.
Na cara
O tae kw on do valoriza os chutes altos, no rosto do oponente. A posição da perna e, principalmente, dos pés muda a intensi-
dade do impacto
OLIMPÍADA
A disciplina é u ma das duas artes marciais asiá&cas presentes no programa olímpico – a outra é o judô. A estreia oficial foi na
edição de Sydney, em 2000.
COMPETIÇÃO
As disputas acontecem em um tatame sinté&co, em combates com três rounds de dois minutos cada um, com um minuto de
descanso entre os rounds. Além do uniforme branco, os par&cipantes usam protetores de cabeça e tronco, um de cada cor:
vermelho e azul.
PROIBIDO
Não é permi&do agarrar, socar no rosto, a&ngir abaixo da linha da cintura ou empurrar adversário (estas prá&cas fazem o luta-
dor perder pontos).
SE FOR POTENCIA QUE VOCÊ DESEJA, A FLEXÃO EXPLOSIVA COM MEDICINE BALL
O AJUDARA A ADQUIRI UMA BOA DEFESA CONTRA QUEDA COM O TREINO DO
SPRAWL, MELHORA A SUA POTENCIA DO SEU SOCO E MELHORA A SUA CAPACIDA-
DE DE EMPURRA OS OPONENTES.
DICAS DE TREINAMENTO
O
boxe, também apelidado de pugilismo, é um desporto de contacto e de
combate onde os praticantes usam os
punhos para se defender e atacar os re-
spetivos adversários. À semelhança de
outros desportos de contacto, como o Vale Tudo e o
Savate/boxe francês, entre outros, o boxe exige uma
grande resistência física e mental por parte dos seus
atletas e, como tal, tem regras específicas para os
ajudar a combater. Conheça 10 regras para ser um
grande lutador de boxe e mantenha-se sempre em
forma. Só assim é que conseguirá ir longe na modali-
dade e, claro, conquistar títulos.
Seja persistente
Não se fazem grandes lutadores de boxe em dois dias e a persistência é, sem dúvida,
uma das chaves do sucesso de qualquer desportista. Cabe-lhe a si insistir e ser persis-
tente nos treinos e treinar as suas falhas vezes sem conta para que elas desapareçam
ou não sejam notadas. Além disso, persistir onde se é mais fraco vai ajudá-lo a ser
mais determinado e confiante.
Dê importância ao descanso
O corpo e a mente precisam de recuperar do esforço despendido nos treinos e nos
combates, logo, é de suma importância dar prioridade às horas de descanso e de lazer
para o restabelecimento do equilíbrio e das forças. Um corpo descansado e equilibrado
farão de si um melhor e mais ativo lutador.
A
liberação ou não do uso de cotoveladas no MMA tem sido um tema bastante re-
corrente desde que estas se tornaram a principal arma utilizada pelo campeão
dos meio-pesados do UFC, Jon Jones. Para responder a este questionamento,
temos que analisar tanto os aspectos médicos envolvidos como o aspecto técni-
co.
O objetivo de qualquer atleta de MMA, à semelhança de outros esportes de combate como
Jiu-Jítsu, Boxe, Muay Thai, Taekwondo e etc., é conseguir demonstrar sua superioridade
técnica e física em relação ao seu adversário. Dependendo das características de cada atle-
ta, esta superioridade pode ser alcançada através de técnicas de submissão, nocaute, no-
caute técnico, interrupção médica ou decisão por pontos. No início do então chamado Vale
Tudo, poucas eram as regras vigentes durante os combates, o que expunha os lutadores a
lesões e riscos bastante consideráveis. Com a profissionalização alcançada pelo esporte,
chegou-se à conclusão que a preservação da integridade física dos lutadores é tão impor-
tante quanto o objetivo final de vencer uma luta, o que fez com que novas regras fossem ne-
cessárias para esta finalidade. A partir daí, chegou-se à conclusão de que o nome Vale Tu-
do não traduzia mais a essência deste esporte, sendo criado o termo MMA.
Em relação às cotoveladas, o que evidenciamos é que elas causam muito frequentemente
lesões corto-contusas na face e no couro cabeludo. Estas lesões ocorrem principalmente
porque o cotovelo é uma região em que o osso se encontra muito superficial, sem a prote-
ção de partes moles como muscúlos ou uma camada de gordura mais espessa. A face e o
couro cabeludo, da mesma forma, possuem uma pequena proteção por esses tecidos, sen-
do sua pele mais frágil do que aquela que recobre o cotovelo. Sendo assim, no contato dire-
to entre os dois, geralmente a lesão de pele se dá não no cotovelo, mas sim na face e no
couro cabeludo.
Por serem a face e o couro cabeludo áreas muito vascularizadas, pequenos cortes têm o po-
tencial de causar sangramentos maiores do que em outras partes do corpo.
Pela proximidade com os olhos, estes sangramentos facilmente prejudicam a capacidade do
atleta de enxergar seu oponente e os golpes por ele desferidos, o que acaba por prejudicar
sua capacidade de resposta e defesa. Isto, por si só, já nivelaria “por baixo” as lutas, propici-
ando que atletas menos técnicos pudessem vencer por conta de um corte em seu oponente.
Já em relação ao volume de sangue, sabemos que a perda de até 10% do volume total de
sangue corporal dificilmente levará a complicações mais graves em jovens saudáveis.
Estas hemorragias decorrentes das lesōes corto-contusas nem de perto atingem este volu-
me. Sendo assim, causar estes sangramentos representa pouco risco.
Porém a proximidade com os olhos é que acaba por ser pre-
judicial.
Seria então o cotovelo o único vilão? À sua semelhança,
a parte anterior do joelho também tem um grande po-
tencial de causar estas lesōes, porém, ao se encaixar
uma joelhada de baixo para cima (por exemplo, no
clinch de muay thai), a velocidade do golpe vai diminuin-
do até o ponto em que o joelho encosta na face – além de
haver o próprio efeito da gravidade desacelerando o membro infe-
rior. No caso de golpes desferidos de cima para baixo, o efeito da gravida-
de tende a aumentar a velocidade do golpe, causando um impacto consideravelmente mais
intenso, aumentando os riscos destas lesōes.
Outro fator importante é que o cotovelo possui proeminências ósseas mais agudas do que o
joelho (que é mais plano), oferecendo assim um maior potencial de risco para lesões ocula-
res e fraturas de face, que tendem a ser mais graves e devem ser evitadas a qualquer custo.
Quando consideramos golpes desferidos pelas mãos, por exemplo, as luvas têm a função
de protegê-las e proteger também a face destes atletas, diminuindo as chances de cortes. O
mesmo se aplica aos chutes altos, já que a parte dorsal (peito) do pé é mais plana e mais
revestida por partes moles.
A última alteração, realizada em 2009 pela Comissão Atlética de Nevada, nas Regras Unifi-
cadas de Conduta do MMA (NAC-467), reforçou a consideração como ato faltoso o golpe
desferido de cima para baixo com a ponta do cotovelo (seção 10, NAC 467.7962), o que rea-
firma esta posição.
Finalizando, portanto, penso que os eventos de MMA que permitam cotoveladas, principal-
mente de cima para baixo, deveriam ter suas regras revistas, já que o objetivo de qualquer
esporte competitivo é a vitória de um oponente ou equipe sobre seu adversário, minimizando
sempre as chances de lesões e preservando a integridade física dos atletas. Este é o cami-
nho natural da profissionalização do esporte no Brasil e no mundo.
Nota do Editor: a parte médica deste artigo foi utilizada numa matéria para o site da Discovery
Channel Brasil, que também contou com o ponto de vista de um lutador (Antonio Pezão), treina-
dor (Andre Benkei), promotor (Wallid Ismail) e comentarista (Luciano Andrade). Confira o debate
completo em http://esportes.discoverybrasil.uol.com.br/cotoveladas-no-mma-perigosa-ou-
apenas-efeito-visual-nas-lutas.