Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro
Estudo 13 – A carta aos Colosenses (II) – Santidade e prática do
amor cristão
Colossenses 3 e 4
1. Introdução
Conforme vimos no Estudo 12 anterior, a
primeira parte da Carta de Paulo aos
Colossenses aborda questões referentes
às ameaças que doutrinas heréticas
traziam para a igreja em Colossos. Agora,
nos capítulos 3 e 4, Paulo aborda questões
relacionadas à vida do crente, não apenas
nos aspectos espirituais mas também nos
de ordem prática. Nesta oportunidade
destacamos quatro pontos desse trecho de
Colossenses:
a. O crente deve colocar a mente nas
coisas que são de cima (3.1-4): como
o crente foi ressuscitado juntamente
com Cristo, à medida em que colocou
seus pecados na cruz do Calvário, ele
deve agora buscar as coisas que são
de cima e não deixar sua mente levá-lo
ladeira abaixo nas coisas que não
edificam.
b. Deixando morrer as intenções e
práticas más: isso poderá ocorrer
mais facilmente, à medida que o crente
fizer morrer essas intenções e práticas
provenientes de sua natureza terrena,
quais são: pecados sexuais,
impurezas, imoralidades, iras, ódios,
mentiras, malícias, perversidades,
blasfêmias, e palavras obscenas.
Essas práticas devem ser deixadas
para trás, junto com a velha natureza
da pessoa não convertida e não
comprometida com as coisas de Deus.
c. A pessoa convertida é uma nova
criatura em Cristo Jesus: nesse novo
estado de vida, não importa a raça,
cor, posição social, educação ou
nacionalidade. Nada disso é amor faz”. Ou seja, amor ao próximo não
importante, uma vez que foi Cristo
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Elaborado por Lincoln A. A. Oliveira
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quem propiciou essa nova vida para
todo aquele Nele crer.
d. Essa nova vida é colocada por Deus
à nossa disposição por amor: a
Bíblia ensina que Deus ama a todos os
pecadores e deseja salvá-los. Como o
crente recebe o amor de Deus
gratuitamente, ele não deve guardá-lo
apenas para si mas deve estar pronto
para repassá-lo para o seu próximo.
Nesse texto que estudamos, o
Apóstolo exorta os seus leitores a
repassarem esse amor colocando em
prática a bondade, piedade,
compaixão, paciência, prontidão em
perdoar, deixando de lado o rancor,
procurando estar pronto para
admoestar os demais crentes tudo isso
sempre deixando que o amor permeie
a vida de cada um.
2. A prática do amor cristão
Quando se fala em amor cristão ou amor
ao próximo, comumente se confunde o
verdadeiro significado desse termo. O que
é realmente amar ao próximo? Seria ter
afeto por ele? Quando a questão do amor
é tratada no Novo Testamento, o texto
sagrado no original grego considera três
palavras diferentes para amor: eros, que é
o amor entre marido e mulher, filéo, amor
entre pais e filhos e ágape, amor entre
pessoas mas de forma distinta dos casos
anteriores. Ágape portanto, é o tipo de
amor que caracteriza o amor ao próximo
que Paulo menciona em sua carta aos
Colossenses. Nesse caso, diferentemente
de amor apenas como um sentimento,
pode-se dizer que “o amor é o que o
é como nós nos sentimos a respeito dos
outros mas como nos comportamos em
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 relação a eles. Formas concretas de
expressar esse tipo de amor, são:
paciência, bondade, humildade, respeito,
generosidade, perdão, honestidade e
confiança. Esse tipo de amor é sempre
fundamentado na vontade da pessoa.
Intenções ou apenas sentimentos sem
ações concretas, não é amor ao próximo.
Nem sempre posso controlar o que sinto a
respeito de outra pessoa, mas posso
controlar como me comporto em relação a
ela. Posso não gostar muito de alguém em
meu trabalho ou em casa, mas posso me
comportar amorosamente com essa
pessoa. Posso ser paciente com ela,
honesto e respeitoso, embora ela possa
eventualmente, optar em comportar-se
mal. De novo: amor ao próximo não é
como nós nos sentimos a respeito dos
outros mas como nos comportamos em
relação a eles.
Dessas oito formas concretas de
expressão de amor ao próximo,
destacamos os seguintes aspectos:
i. Paciência: o crente que ama deve
mostrar autocontrole. Deve criar um
ambiente seguro onde as pessoas
possam até cometer erros sem ter
medo de ser advertidas de forma
grosseira, ou aos berros.
ii. Bondade: Significa dar atenção,
apreciação, incentivo. Ela fala da
maneira como agimos e não como nos
sentimos. Isso significa por exemplo
prestar atenção às pessoas, ouvindo-
as. Significa deixar de ouvir
seletivamente (julgando ou tentando
direcionar a conversa para o que nos
interessa ou mesmo terminá-la). O
ouvir ativo requer esforço consciente e
disciplinado para silenciar toda
conversação interna enquanto ouvimos
o outro. Ouvir a pessoa é importar-se
com ela. Uma das principais tarefas do
amor ágape é prestar atenção às
pessoas. No centro da personalidade
humana está a necessidade de ser
apreciado.
iii. Humildade: significa ser autêntico,
sem pretensão, orgulho ou arrogância.
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iv. Respeito: significa tratar as pessoas
como se fossem importantes.
v. Generosidade (abnegação): é o
oposto do egoísmo. Significa satisfazer
a necessidade dos outros. Não
significa fazer o que os outros querem
pois o correto, é satisfazer
necessidades e não vontades.
vi. Perdão: trata-se de desistir de
ressentimento quando enganado. Não
significa desconhecer as coisas ruins
que acontecem, nem deixar de lidar
com elas, mas evitar que o
ressentimento permaneça na vida do
crente comprometendo a sua saúde e
seu relacionamento com o próximo.
Nesse caso, é necessário que o crente
que ama tenha um comportamento
afirmativo, aberto, honesto e direto
mas sem ser de forma desrespeitosa.
É importante saber lidar de modo
afirmativo com as situações mas
depois, desapegar-se de qualquer
ressentimento.
vii. Honestidade: significa ser livre de
engano. Implica esclarecer as
expectativas das pessoas, tornando-as
responsáveis. Lembrar que a
confiança, que mantém a união nos
relacionamentos, é construída pela
honestidade.
viii. Compromisso: implica em ater-se às
suas escolhas, envolver-se e não ficar
ausente.
Finalizando, nossa oração é que você
possa receber forças do alto, através da
presença do Espírito Santo de Deus em
sua vida para que você possa ter uma vida
cristã vitoriosa.
Bibliografia:
“O Monge e o Executivo”, de James
C. Hunter - Editora Sextante
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