Está en la página 1de 32

Operações unitárias

Separação sólido-líquido
Introdução
Meios mais utilizados para separação sólido-líquido
– Prensagem (contínua e descontínua)
– Sedimentação:
• Flotação
• Força magnética
• Força centrífuga
• Gravidade
– Filtração
• Gravidade
• Pressão
• Vácuo
• Centrifugação
FILTRAÇÃO
INTRODUÇÃO
Filtração - visa separar partículas
sólidas contidas em um fluido pela
Suspensão
passagem da mistura através de um
meio poroso sobre o qual o sólido se
deposita.
O meio poroso que permite a
Torta passagem do líquido e a retenção dos
Meio Filtrante sólidos é chamado de meio filtrante.
Filtrado
O acúmulo de sólidos no meio filtrante
produz a torta ou bolo de filtração.

Dependendo das características do sólido as tortas possuem diferentes formas de


compactação, sendo chamadas de tortas compressíveis e incompressíveis.

-Tortas incompressíveis apresentam resistência ao escoamento constante

- Tortas compressíveis ao serem compactados sofrem deformação


Classificação dos filtros e da filtração
• Pela força impulsora:
– Força hidrostática (gravidade)
– Pressão superior a atmosférica a montante do meio filtrante
– Vácuo forçado a jusante do meio filtrante
– Força centrífuga

• Pelo mecanismo de filtração:


– Filtração com formação de torta
– Filtração com sólidos retidos dentro dos poros do filtro

• Pela função:
– Quando o objetivo é o filtrado – clarificação
– Quando o objetivo é uma lama espessa – espessamento
– Quando o objetivo é a formação da torta – interesse no sólido
Classificação dos filtros e da filtração
• Pela natureza dos sólidos
– Tortas compressíveis - quando a resistência específica, ou permeabilidade, é
função da diferença de pressão através da torta. A maioria das tortas são
compressíveis.
– Tortas incompressíveis - somente quando a compressibilidade é pequena.
Tratamento teórico importante na formulação da teoria simplificada da filtração.

• Pelo ciclo de operação


– Filtros com operação em batelada
• Filtro prensa
• Filtro folhas
– Filtros com operação contínua
• Filtro de tambor rotativo
• Filtro de correia horizontal
FILTRO PRENSA de QUADROS E PLACAS

Figura 1: Diagramas esquemáticos do filtro prensa


FILTRO PRENSA de QUADROS E PLACAS
2
3 3
4
1- Tanques para alimentação da
suspensão
1 1
6 2 - Manômetro para medida da
pressão
5
3- Válvulas de reciclo do tanque da
suspensão

4- Localização dos quadros e placas

5- Válvula acionada para o início da


filtração
7 6- Saída do filtrado

7- Bomba centrífuga

Figura 2 – Filtro prensa de quadros e placas


FILTRO PRENSA de QUADROS E PLACAS
canais de passagem da suspensão nos quadros e placas
Quadro
Prensa

Abertura para saída do


Figura 4 – quadro e placa filtrado
canais de passagem do líquido para lavagem da torta

Abertura para entrada da


suspensão no quadro
Figura 3 – Detalhes do filtro prensa
Saída do filtrado

Placas

Figura 5 – Detalhe do quadro


FILTRO PRENSA de QUADROS E PLACAS

Entrada da suspensão no filtro

O filtrado passa pelos


Filtrado dois lados do quadro e
atravessa o meio filtrante

Torta

Figura 6 – Detalhe do quadro com o meio filtrante

Saída do filtrado
Meio filtrante Saída do filtrado
FILTRO PRENSA de QUADROS E PLACAS
Medida da pressão

Figura 7 – Filtro prensa


Filtrado

Filtro prensa operando com pressão constante.


A filtração termina quando a saída de filtrado cessa.
FILTRO PRENSA de QUADROS E PLACAS
Após a filtração

Meio filtrante

Figura 8 – Remoção da torta de filtração

Torta
Torta + quadro
FILTRO PRENSA de QUADROS E PLACAS
Filtro de folhas

Figura 9 – Esquemas do filtro folha


Canais que sugam
Filtro tambor rotativo lavagem

o filtrado

Figura 10 – Filtro tambor rotativo


Suspensão
Saída do filtrado Ângulo de imersão (a)

Figura 11 – Detalhe da remoção da torta Remoção da torta de filtração


Filtro tambor rotativo
Teoria da filtração

O escoamento através da torta, em geral, é laminar e pode ser descrito pela equação
desenvolvida por Carman-Kozeny (equação desenvolvida para leitos compactos).

•k1 é um valor constante.


•∆PT = queda de pressão na torta (N/m2)
•L = comprimento da torta (m)
∆PT k1 ⋅ µ ⋅ vs ⋅ (1 − ε ) 2 ⋅ So
2 •µ = viscosidade do filtrado em Kg/(m.s)
= •vs = velocidade superficial (m/s)

ε 3 •So = área específica da superfície da partícula


L (área da partícula/volume da partícula) (m-1)
•ε = porosidade da torta
Teoria da filtração

• Porosidade e velocidade superficial


Vazios Porosidade da torta de filtração
entre as
partículas
D

Volume de vazios
ε=
L
Volume total da torta

Volume de sólidos
(1 − ε ) =
vs Volume total da torta

A velocidade vs (velocidade superficial) é baseada na área da seção vazia e pode


ser escrita como:
dV
q = A ⋅ vs q= vs =
dV / dt
dt A
Teoria da filtração

• Espessura da torta (L): Devido à dificuldade na obtenção do


valor da espessura da torta (L) pode-se relacionar L com V (volume do
filtrado) através de um balanço material

L ⋅ A ⋅ ρ p ⋅ (1 − ε ) = Cs ⋅ (V + ε ⋅ L ⋅ A)
1442443 144 42444 3
massa de sólidos massa de sólidos
retida na torta na suspensão

ρp é a densidade dos sólidos na torta do filtro


Cs é a concentração de sólidos na suspensão de alimentação, dada em (Kg de
sólidos/volume de filtrado).
V é o volume de filtrado que passou pela torta (m3)
εLA representa o volume do filtrado retido na torta do filtro ( ε ⋅ L ⋅ A ≅ 0 )

Cs ⋅V
L=
A ⋅ ρ p ⋅ (1 − ε )
Teoria da filtração

Substituindo a equação de vs e L na equação de Carman-Kozeny, pode-se


correlacionar a variação de pressão na torta por:

∆PT k1 ⋅ µ ⋅ vs ⋅ (1 − ε ) ⋅ So 2 2
=
L ε3

Força motriz
dV (∆PT ) ∆PT
= =
A ⋅ dt k1 ⋅ (1 − ε ) ⋅ S o µ ⋅ Cs ⋅ V α ⋅ µ ⋅ Cs ⋅V
2
⋅ Resistência
ρ p ⋅ε 3
A A
Fluxo
k1 ⋅ (1 − ε ) ⋅ S o 2
α=
ρp ⋅ε 3
α é a resistência específica da torta
Teoria da filtração
A perda total de pressão através do filtro é igual a variação de pressão na torta
mais a variação de pressão no meio filtrante, desta forma:

∆Ptotal = ∆PTorta + ∆PMeio Filtrante ou

∆P = ∆PT + ∆PMF
Para o meio filtrante a resistência pode ser escrita de forma análoga a variação
de pressão na torta, sendo representada por:

dV ∆PMF
=
A ⋅ dt µ ⋅ Rm
dV ∆P
= dV
=
P
dt µ  α ⋅ Cs ⋅V  µ  α ⋅ Cs ⋅V 
⋅ + Rm  dt
Se o filtrado é descarregado
a pressão atmosférica ⋅ + Rm 
A  A  (pressão manométrica igual a A  A 
zero) tem-se que o valor de
∆P = P-0

Equação geral de ∆P na filtração


Teoria da filtração
Operação a pressão constante: a pressão é mantida constante
através de válvulas, a de entrada da suspensão no filtro e a do reciclo no
tanque de alimentação

t
V
k1 ⋅ V f k2 ⋅V f
2

tf = +
2P P

k1
tan(γ ) =
tf k1 k k2 γ
= ⋅V f + 2 2P
Vf 2P P P

Eq.Reta V
µ ⋅ α ⋅ Cs µ ⋅ Rm
k1 = 2 k2 =
A A
Teoria da filtração

Operação a vazão constante: a suspensão é alimentado ao filtro


com uma bomba de deslocamento positivo.

Vf P
q= = cte
tf

P = k1 ⋅ q ⋅ V f + k 2 ⋅ q
γ tan(γ ) = k1 ⋅ q2
k2 ⋅ q
Eq.Reta

t
ou P = k1 ⋅ q ⋅ t f + k 2 ⋅ q
2

µ ⋅ α ⋅ Cs µ ⋅ Rm
k1 = 2 k2 =
A A
Eq.Reta
Teoria da filtração
Operação a vazão e pressão variáveis: Se a alimentação é
realizada com uma bomba centrífuga a vazão varia com a perda de carga.

P
= k1 × V + k 2
q

Variação da pressão com a vazão

O tempo de filtração necessário é obtido por integração gráfica ou numérica da equação:

tf Vf
dV
∫0 dt =V∫ q
0
Teoria da filtração

• Tempo do ciclo de filtração:


O tempo total do ciclo de filtração (tc) é dado por:

tc = t f + t w + t d
tf = tempo de filtração, tw = tempo de lavagem, td = tempo de drenagem, desmonte,
manutenção do filtro.

• Lavagem da torta: é realizada a pressão e vazão constantes

P = (k1 ⋅ V + k 2 ) ⋅ q Pw = (k1 ⋅ V f + k 2 ) ⋅ qw

Vw
tw =
qw
Teoria da filtração

• Tempo de Lavagem da torta:


• Filtro folha: o líquido de lavagem segue os mesmos canais que a suspensão e é
injetada sobre a mesma pressão, neste caso, a vazão de lavagem será igual à taxa
final de filtração.

Pw
qw = tw =
Vw
(k1V f + k 2 )
k1V f + k 2 Logo:
Pw

• Filtro prensa: o líquido de lavagem passa pela metade das superfícies formadas
pelo meio filtrante e pelo bolo e por uma espessura dupla de bolo.

Vw
1
qw = ⋅
Pw Logo: t w = 4 ⋅ (k1V f + k 2 )
4 k1V f + k 2 Pw
Teoria da filtração

• Capacidade do filtro:
Vf Vf
C= =
tc t f + tw + td

C Capacidade máxima:
Cmáx
∂C ∂ 2C Ponto de
C máx → =0 e <0 máximo
∂V f ∂V f
2

∂ (1 / C ) ∂ 2 (1 / C )
V C máx → =0 e >0 Ponto de
∂V f ∂V f
2 mínimo
Teoria da filtração
TAMBOR ROTATIVO
A equação para operação a pressão constante e torta incompressível pode ser
modificada para se prever o funcionamento do filtro de tambor rotativo:

k1 ' 2 k 2 '
t fc = V fc + V fc
2 P' P'

tfc = Tempo necessário por ciclo para a formação da torta de filtração


P’ = Vácuo
Vfc = volume de filtrado por ciclo

Sendo:
Cs
k1 ' = µ ⋅ α 2 k2 ' = µ
Rm
As As

Área do tambor = π.D.L


Teoria da filtração
TAMBOR ROTATIVO
O tempo tfc é relacionado com o ângulo de imersão (a) pela equação:

a a = Ângulo de imersão, fração submersa em graus


t fc = t
o cc tcc = Tempo total do ciclo de filtração
360
O volume de filtrado Vfc é o produto da vazão de filtrado pelo tempo tcc, logo:

V fc = q ⋅ tcc
tcc é inversamente proporcional ao número de rotações do tambor por unidade de tempo
(n), isto é, 1/n. Assim, tem-se:
a 1 q
t fc = o
⋅ e V fc =
360 n n
a k1 ' 2 k 2 '
Substituindo na equação de filtração: o
= q + q
360 2 P' n P'
Exercício
1- Um filtro prensa de placas e quadros foi usado para separar sólidos de uma
suspensão que forma uma torta incompressível. A operação do filtro foi realizada à
vazão constante de 15 m3/h. Com os dados construiu-se o gráfico da variação da
pressão em função do tempo de filtração

0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2


10 10

8 8

6 6
P (atm)

4 4

2 2

0 0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2

tempo (h)
a) Determine as constantes k1 e k2
Se o filtro operar à pressão constante de 1,5 atm com a mesma suspensão
calcule:
b) O tempo de filtração (tf) para se obter um volume de filtrado Vf= 10m3
c) O tempo de lavagem (tw), usando-se 0,9 m3 de água
d) O tempo total do ciclo (tc), sabendo-se que se leva 0,2 hora para drenagem,
descarga, limpeza e remontagem do filtro
e) A capacidade do filtro (C)
f) O volume de filtrado que deve ser recolhido para fornecer a capacidade
máxima
g) Repita a mesma operação considerando o filtro folha.
2- Encontre uma expressão para calcular a capacidade máxima de filtração de um filtro
prensa operando a vazão constante.

P = k1 ⋅ q ⋅ t f + k 2 ⋅ q
2

Cmáx
∂ (1 / C ) ∂ 2 (1 / C )
Cmáx → Vf = =0 e >0
∂V f ∂V f
2

También podría gustarte