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“(...) É preciso que se diga que, por vezes, o ato eivado de nulidade absoluta
produz efeitos jurídicos, a exemplo do que ocorre no casamento putativo, ou seja,
tem repercussões no plano da eficácia. (Pag. 456)
“Se o fato a que se subordina a declaração de vontade for certo (uma data
determinada, por exemplo), estaremos diante de um termo, e não de uma condição.
Por isso se diz ser indispensável a incerteza da determinação acessória, para que
se possa identificá-la como condição. Aliás, é bom advertir que essa incerteza diz
respeito à própria ocorrência do fato, e não ao período de tempo em que este irá se
realizar.” (Pag. 457)
“Também a futuridade é requisito indispensável para a caracterização da
condição. Acontecimento passado não pode caracterizar determinação acessória
condicional.” (Pag. 457)
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“(...) Podemos colocar, ao lado da futuridade e da incerteza, a voluntariedade
da condição como sendo elemento característico fundamental.” (Pag. 458)
“Vale destacar, porém, que, até mesmo para a segurança das relações
jurídicas, o estabelecimento de novas disposições, enquanto pendente uma
condição suspensiva, somente poderá ter valor se, realizada a condição, forem com
ela compatíveis. Se for resolutiva a condição, enquanto esta não se realizar, vigorará
o negócio jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele
estabelecido. Verificada a condição, para todos os efeitos extingue-se o direito a que
ela se opõe (art. 127 do CC-02; art. 119 do CC-16). Entretanto, se a condição for
aposta em contrato de execução continuada ou diferida (protraída no tempo), o seu
implemento, salvo estipulação em contrário, não prejudicará os atos já praticados,
desde que compatíveis com a natureza da condição pendente e a boa-fé (art. 128 do
CC-02).” (Pag. 459-460)
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“As condições poderão ser, no plano fenomenológico:
a ) positivas (consistem na verificação de um fato — auferição de renda até a
colação de grau);
b) negativas (consistem na inocorrência de um fato — empréstimo de uma
casa a um amigo, até que a enchente deixe de assolar a sua cidade).” (Pag. 460)
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da boa-fé objetiva. Por outro lado, as condições simplesmente potestativas, a par de
derivarem da vontade de uma das partes apenas, aliam-se a outros fatores, externos
ou circunstanciais, os quais amenizam eventual predomínio da vontade de um dos
declarantes sobre a do outro. Tome-se a hipótese do indivíduo que promete doar
vultosa quantia a um atleta, se ele vencer o próximo torneio desportivo. Nesse caso,
a simples vontade do atleta não determina a sua vitória, que exige, para a sua
ocorrência, a conjugação de outros fatores: preparo técnico, nível dos outros
competidores, boa forma física etc.” (Pag. 461-462)
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característica por fato superveniente alheio à vontade do agente, que frustra ou
dificulta a sua realização, diz-se que é promíscua;
c) mistas — são as que derivam não apenas da vontade de uma das partes,
mas também de um fator ou circunstância exterior (como a vontade de um terceiro).”
(Pag. 464)
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c) de graça — fixado por decisão judicial (geralmente consiste em um prazo
determinado pelo juiz para que o devedor de boa-fé cumpra a sua obrigação).” (Pag.
467-468)