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PRIVADO REVISTA DE DIREITO PRIVADO FE) ging + 64DEZEMBROM 200m oreo} NELSON NERY JUNIOR Yo WAG 0) a2 a a ee] RaISies bE ' _ A CONsTRUCAO Das FAMIUIAS HOMOAFETIVAS NO PARADIGMA DEMocRATICO THE CONSTRUCTION OF HOMOAFETVES FAMILIES THe oeMocRaTc PARADIGM Lucas 0€ Ouveina Especiaistaem Di Cie Ditto ‘ran 99 Dio: Fama e Sucesses Res: Este artigo anaisa a evolugéo das familias Ansar: This article examines the evlution of omosfetva através de um estudo da doutina, da hamoaftives fails though a study of dotrin, |urbprustrca e dale. Ro exarinar as fa jisruence an Law When eaining arises in pesspectiva deme a democratic pespectve, a wel a5 the evolution hamosetvdade no Brasil bjetvou-seesclaecera of hamoafetvty in Bar, the objective was to ragdode omliademoertia gfner,identitade de clarify the nation of demacrate fami, gender, gérero, sexvalidade, orentago sexval « homoate- gender ident, senulty, seal oentaton and ade Buscou-se, no final pantuaranecessdade _homoafectity. Inthe en, twas Sought point 30 das conquistas perpetadss nos out the need to preserve the achievements made espito das familias homoafetivas, ‘Special diate das novas andasconseradoas, ‘ue emergem no meio sail epic. Pauvnas-cnave: Dito Cl - Dieta das Faris omoafetvdade - Democracia ~ Diets LGBT, | odo canto second 42 cause nosire ‘Suuino: 1, Introdugdo. 2. A constrgdo demosat nero, identidade de genera ¢ orientarao seal elas fa moaetivas, 41, A questo 0h Infraconstitucianal. 43. A questo najuisprdenci edad evoceso 5 Cons 6 Feferrs DaseH IS a pair teres. aro oP fh A, ees 207 sar Rea I Je DireaPvaga 0 982 100 Revsta ot Dao Pawazo 2017 * RDPAv 84 - 1. Intoougao 0 presente vas" no plano nor igacao tem natureza 10 deseritivo-exploratorio €, portanto, as conclu, iear 0 estado da arte das familias homoafetivas, bem wdos no futuro pressuposigdes gerais: a uma, a familia, mormente a de 1988, deve ser entendida sob a perspectiva € um fendmeno cultural de base axioldgica, razao € mister a campreensio dentro dos acontecimentos histéricos, polit tes di O escrito estrutura-se em trés as, es teoricas a compreensio da importancia homoafetiva, Buscou-se, nese momento, sistematizar a ideia de fami Na segunda, busca-se desenvolver ¢ estremar, num esforgo analitico, as nogdes ‘identidade de genero, sexualidade e orientacao sexual, de modo tal que corriqueiras confusdes sobre tais expressdes ~ todas, caras ao desenvol- vimento do presente estudo, Na terceia, ja assentadas as ideias bisicas, o trabalho procura esmiucar a evo- lugdo no tratamento da homoafetividade na historia, na Constituicao, na lei e na jurisprudéncia Enfim, busca-se demonstrar a importincia da protecio e ampliacdo da gama de direitos relaivos as familias homoafetivas,sejam os ja conquistados, sejam os a se conquistar. IM, Advogada e Desembargadora apose bom alvue, servindo para designar as relagoes de afetividade que possuem a mesma idenidade de genero ‘emo decor da sua aptiddo de substituir alguns rotulos marcados Pe Dros 0 Faun 2. A.CONSTRUCAO DEMOCRATICA DO CONCEITO DE FAMILIA ‘A tdeia familia ~ ha algum tempo ~ tem sido malsinada ao desaparecimento. [Nesse cenario, em especial a0 longo do século XX, nao poucas vozes bravejaram se ¢ sta decadéncla.* Porém, avaliando o fendmeno amide, observa-se que {bem uma crise, no sentido proprio do termo, que assola a nogdo de fan mas, sim, uma profunda transformacao: a familia passa ase ajustar, numa verdadel- ra metamorfose simbiotica, as exigencias da contemporaneidade, no afi responder ‘a muitas das aspirag6es individuais presentes no mundo ocidental tidico, ou no dever ser proprio a regra matriz de incidéncia rormativa, a ideia familia, na atualdade, ganha um colorido vivido, degustando tum momento de magnificencia. O escopo familiar, nessa virada, centra-se nos pla- ros comuns de vida, com o desejo generalizado de fazer parte de formas agregadas de relacionamento baseadas no afeto reciproco. O ambiente notadamente paternal, ‘machista, heteroafetivo. patrimonialista e pautado no matrimSnio, que regou por séculos a perspectiva de familia, cede espaco a uma visio renovada, cuja pedra an- ular € a afetividade Analisado holisticamente a situacao, ¢forgoso conc Maria Celina Bodin de Moraes, que a proclamada crise nao investiu diretamente contra a familia em si; seu alvo foi o modelo familiar nico, absoluto e totalizante, representado pelo casamento indissoluvel, no qual o marido era o chefe da socie- dade conjugal ¢ titular principal do patrio poder? Com efeito, Nao se poderia cogitar de uma modernidade, tal como sugere 0 significado da palavra, dentro de um sistema familiar patriarcal, matrimonialis- 1 preconceituoso, exclusivamente heteroatetivo, hierarquizado ¢ naturalmente desigual, caracteristico da familia tradicional de alhures. Nessa senda, as muta- bes socias, tais como a insercio da mulher no mercado de trabalho, a coabitagao sem vinculos formais, o divércio, 0 compartithamento dos encargos domesticos, ‘Ao menos no plan Martins Fontes, 1986, 2. CL, por todos: COOPER, David A mote da fama. Sto Pa 3. Acentuando 0 ponto, pontua Claude Lévi-Strauss, que a evel passagem do fato natural da consanguinilade para o fat cl sentido de afetividade|” (LEVSTRAUSS, Claude, AS stratras clement ‘Sto Paulo: EDUSR 1976. p. 72). moni, so & anil nce falar que eae en te evansgn de ses membros, ul eT ty ADALENO, Cd me od Jac Foren 2013-27 ‘ ate slant dow Rvteda Fuad Dee ¥, [3-14 2005-2006. p. 48. armen an ra pangs dor 3 oop Sho ado fa A cexeivo 217 carta Romo te et Prva. vol BA 380 101

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