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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ORGANIZAÇÃO DO ESTADO CONTEMPORÂNEO


Profa. Marina Machado
A) Marcelo Alves Teixeira

SEGUNDO TRATADO SOBRE O GOVERNO CIVIL – JOHN LOCKE

CAPÍTULO I
ENSAIO SOBRE A ORIGEM, OS LIMITES E OS FINS VERDADEIROS DO
GOVERNO CIVIL

Combate a tese do cientista político Robert Filmer, proposta na obra “O


Patriarca” (1680 – publicada após a sua morte), na qual defende de forma
convicta o absolutismo, que segundo ele, remontava suas origens e poder
em Adão e Eva. Com isso, combate a ideia de hereditariedade do poder das
famílias reais. Locke faz a conclusão da refutação de uma argumentação
teológica sobre a origem da autoridade, mas ressalva que não aceita que a
autoridade seja derivada do uso da força e violência como entre os animais
selvagens. A origem legítima da autoridade de um governo é política e
precisa visar o bem público.

CAPÍTULO II
DO ESTADO DE NATUREZA

Locke concebe um a situação social em que todos os seus integrantes


vivem sem governo mas em liberdade total para até mesmo executar pena
de morte se isso for necessário para preservar a comunidade, reparar o dano
e impedir a reincidência. Mas argumenta que ninguém tem uma autoridade
total sobre o outro e nem tem capacidade para julgar-se a si mesmo
justamente e que os soberanos vivem neste estado de natureza que precisa
ser substituida por um governo instituido por Deus, que é o governo civil.

CAPÍTULO III
DO ESTADO DE GUERRA

Este é um estado de inimizade, conflito e destruição gerado pelo


desentendimento de indivíduos no estado de natureza que declaram guerra
entre si, podendo contar com o auxílio de terceiros que queiram vir se juntar
à causa. Ele reconhece essa possibilidade ao afirmar que temos o direito de
declarar guerra àquele que me a declara, como o permite a lei natural, por
não se restringir a qualquer tipo de convenção.
Desta forma, afirma que a tentativa de dominação ou escravização é
algo que dá ensejo ao estado de guerra, uma vez que no estado de
natureza todos são livres: “aquele que tenta colocar a outrem sob poder
absoluto põe-se em estado de guerra com ele…” Essa afirmação condena a
autoridade do Rei.Em seguida Locke faz a diferenciação entre estado de
natureza e estado de guerra (algo inexistente para Hobbes, que considera
os dois iguais). O primeiro ocorre quando os homens vivem entre si em
gozo de suas liberdades sem maiores problemas: “quando os homens vivem
juntos conforme a razão, sem um superior na Terra que possua autoridade
para julgar entre eles, verifica-se propriamente o estado de natureza.”

Logo, se houver destruição da liberdade do estado natural, então


quem teve seu patrimônio dilapidado, tem o direito de declarar guerra a seu
agressor, devido à inexistência de quaisquer órgãos reguladores , o que não
ocorre quando da existência de um pacto social que garanta a resolução do
conflito de modo equânime, e isso que deve ser buscado pelos indivíduos
para que o estado de guerra pereça de forma definitiva
CAPÍTULO IV
D A E S C R AV I D Ã O

Para Locke, “a liberdade natural do homem consiste em estar livre de


qualquer poder superior na Terra ,e não sob a vontade ou autoridade
legislativa do homem, tendo somente a lei da natureza como regra”. Assim,
´podemos dizer que também no estado social, o homem deve se subordinar
somente àquele poder que ele concordou, estando livre para fazer tudo o
que não foi combinado, princípio Constitucional “Ninguém será obrigado a
fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”

Em relação à escravidão, só existe uma possibilidade de existir, que é


quando a pessoa perde o seu direito à vida. Podemos ter o exemplo de um
cidadão que cometeu alguma falta gravíssima passível de pena de morte,
casos em que Locke, reconhece a possibilidade de escravização: “aquele a
quem a entregou [a vida] pode, quando o tem entre as mãos, demorar em
tomá-la, empregando-o em seu próprio serviço”…

CAPÍTULO V
DA PROPRIEDADE

Locke considera em seguimento ao Gênesis, que Deus deu a Terra aos


homens em comum mas cada homem tem uma propriedade em sua própria
pessoa; a esta ninguém tem qualquer direito senão ele mesmo.” Maquiavel
anteriormente a Locke nos deixou ensinamentos neste sentido, ao dizer em
“O Príncipe” que para que não seja odiado por seus súditos, o Príncipe
jamais deve usurpar os bens e patrimônio deles.
Em continuidade, Locke nos diz que aquele espaço ao qual o indivíduo
incorporou para si através do trabalho é de sua propriedade exclusiva e não
lhe pode ser contestada “É a tomada de qualquer parte do que é comum com
a remoção para fora do estado em que a natureza o deixou que dá início à
propriedade.”

Assim o é também com a terra: “a extensão de terra que um homem


lavra, planta, melhora, cultiva, cujos produtos usa, constitui sua propriedade.”
Ele da a entender que a proprie3dade tem que ser um coisa útil.

Locke ressalta a importância do trabalho nesse sentido, ou seja, de


incorporação de maior propriedade, algo que foi demasiado crucial no âmbito
do protestantismo, que incorpora tal conduta à preceitualização divina: “
aquele que em obediência a esta ordem de Deus, dominou, lavrou e semeou
parte da terra, anexou-lhe por este meio algo que lhe pertença.. . ” Max
Weber em sua obra “A Ética protestante e o espírito do Capitalismo” fez uma
abordagem muito importante nesse sentido, ao afirmar que o trabalho como
importante para a dignificação do homem, foi muito importante no âmbito do
desenvolvimento do Capitalismo. Locke nos chama a atenção não só para o
acúmulo de propriedade, mas também para a sua valorização: “. . .considere
qualquer um a diferença que existe entre um acre de terra plantado […] e um
acre da mesma terra em comum sem qualquer cultura e verificará que o
melhoramento devido ao trabalho constitui a maior parte do valor respectivo.”
Ao longo do tempo, com o crescimento populacional, a escassez passou a
ser iminente, o que culminou em pactos e leis fixando os limites dos
respectivos territórios, dando ênfase à legitimidade de sua posse.

Em seguida Locke nos explica o surgimento do dinheiro, advindo da


necessidade de se acumular bens sem o problema do perecimento de seus
bens com o tempo. O processo se iniciou com a permuta ou troca, que aos
poucos foi sendo substituída pela moeda.

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