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Exposição à fumaça de maconha (fumo passivo) está relacionada à diminuição

das funções dos vasos sanguíneos


Um novo estudo feito por pesquisadores do departamento de cardiologia da Universidade da Califórnia
(UCLA) em São Francisco afirma que a exposição à fumaça de maconha de terceiros pode ser tão
prejudicial à saúde quanto a exposição à fumaça passiva de cigarro.

Em ratos de laboratório expostos à fumaça passiva de maconha por 30 minutos, o funcionamento de


seus vasos sanguíneos foi reduzido em 70%.

A equipe de pesquisadores, que inclui o renomado autor Matthew Springer, professor associado de
medicina do departamento de cardiologia da Universidade da Califórnia, irá apresentar os resultados
completos deste estudo na American Heart Association’s Scientific Sessions (Sessões científicas da
Associação americana de cardiologia) de 2014 em Chicago, Ilinóis.

“A maioria das pessoas sabe que o fumo passivo de cigarro é prejudicial à saúde”, observa Springer,
“porém muitos não se dão conta de que a o fumo passivo de maconha também pode ser nocivo”.

De acordo com os estudos, os pesquisadores demonstraram os efeitos do fumo passivo de maconha em


ratos de laboratório, ao expor os animais à fumaça utilizando uma máquina adaptada de fumaça para
cigarros.

A equipe utilizou uma máquina de ultrassom de alta resolução para medir o funcionamento dos vasos
sanguíneos dos ratos 10 minutos antes e 40 minutos depois da exposição.

Após serem expostos à fumaça de maconha por 30 minutos, os pesquisadores verificaram que a função
dos vasos sanguíneos dos ratos foi reduzida em 70%.

A equipe então expôs os ratos a uma fumaça de maconha especial que não continha
Tetraidrocanabinol (THC) – a substância ativa da droga. Eles descobriram que 30 minutos de exposição
a esta fumaça também reduziu a função dos vasos sanguíneos dos ratos, indicando que estes efeitos
não estão apenas relacionados ao Tetraidrocanabinol.

Como forma de comparação, os pesquisadores avaliaram os efeitos da exposição passiva à fumaça de


maconha livre de THC ao ar puro. Os ratos não demonstraram alteração alguma nas funções de seus
vasos sanguíneos quando expostos ao ar puro.

Os pesquisadores ressaltaram que, enquanto o fumo passivo de tabaco comprovadamente reduz a


função dos vasos sanguíneos, para esta substância o efeito geralmente desaparece por volta de 40
minutos após à exposição. Entretanto, o estudo demonstrou que a função dos vasos sanguíneos de
ratos expostos à fumaça de maconha não retornaram ao normal mesmo depois de contados 40
minutos.

“Não existe nenhuma razão pela qual se deva acreditar que a fumaça de maconha é menos prejudicial
que a fumaça de cigarros.”

A equipe de pesquisadores acredita que os resultados encontrados são alarmantes. O


comprometimento dos vasos sanguíneos pode aumentar os riscos de ataque cardíaco e arteriosclerose
– uma das causadoras principais das doenças do coração.
Eles também apontaram que mais e mais estados americanos (a exemplo dos estados de Colorado e
Washington) têm legalizado a maconha. Para estes estados, Springer diz que os efeitos da exposição à
fumaça passiva de maconha é uma questão de saúde pública cada vez mais preocupante. Ele reitera:

“Se você está em uma sala onde pessoas estão fumando uma grande quantidade de maconha, você
poderá estar causando um sério dano a seus vasos sanguíneos. Não existe nenhuma razão pela qual se
deva acreditar que a fumaça de maconha é menos prejudicial que a fumaça de cigarros. Evite as ambas”.

As pesquisas sobre os efeitos da maconha à saúde têm sido ambivalentes. No ano passado, o Medical
News Today publicou um estudo sugerindo que o componente químico encontrado na maconha – o
Tetraidrocanabinol (THC) e o Canabidiol (CBD) - podem proteger o sistema nervoso contra a esclerose
múltipla. Um estudo mais recente afirma que o Tetraidrocanabinol (THC) pode ser utilizado para reduzir
o crescimento de tumores em pacientes com câncer.

Entretanto, muitos estudos têm documentado os efeitos negativos que a maconha pode ter sobre a
saúde do indivíduo. Em dezembro do ano passado, o Medical News também publicou um estudo
sugerindo que a maconha pode levar à fraqueza de memória e mudanças nas funções cerebrais
similares àquelas encontradas em pacientes com esquizofrenia, enquanto outras pesquisas também
apontaram a maconha como causadora de distúrbios do sono.

Artigo escrito por Honor Whiteman.

Traduzido por cortesia de CADCA – Departamento de Programas Internacionais.

O artigo original em inglês pode ser acessado através do link:


http://www.medicalnewstoday.com/articles/285202.php?tw

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