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NATAL-RN
2015
IANA VASCONCELOS MOREIRA ROSADO
NATAL-RN
2015
ii
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
iii
IANA VASCONCELOS MOREIRA ROSADO
Aprovada em 01/12/2014
Banca examinadora:
Presidente da Banca:
Profª Drª Eulália Maria Chaves Maia (UFRN)
Membros da Banca:
Profª Drª Divanise Suruagy Correia (UFAL)
Prof. Dr. Gilson de Vasconcelos Torres (UFRN)
Profª. Drª Sâmya Rodrigues Ramos (UERN)
Profª Drª. Tatiana de Lucena Torres (UFRN)
iv
DEDICATÓRIA
v
AGRADECIMENTOS
vii
RESUMO
A saúde envolve a interação entre aspectos biológicos, sociais, econômicos,
políticos e culturais, de influência multifatorial, com destaque para o trabalho, tema
deste estudo, compreendido como elemento fundante do ser social e determinante
da qualidade de vida, com impacto no processo saúde-adoecimento. Objetivou-se
analisar as condições laborais e a motivação no trabalho em hospitais públicos de
urgência e emergência do Rio Grande do Norte e suas interfaces com a saúde dos
profissionais que o executam. A relevância deste estudo se concentra na sua
capacidade de enfatizar, concomitantemente, aspectos objetivos e subjetivos, bem
como de abranger diversas categorias profissionais que efetivam o trabalho coletivo
em saúde. Consiste em um estudo transversal, de natureza quantitativa, no qual se
utilizou questionário contendo informações sociodemográficas e profissionais; estilo
de vida; condições laborais; motivação no emprego; além da percepção sobre a
relação entre o trabalho que desempenham e sua condição de saúde. Foram
aplicadas, também, escalas de avaliação da qualidade de vida e saúde: SF36 e
QSG12. A amostra foi composta de 240 profissionais, incluindo médicos,
enfermeiros, assistentes sociais, dentistas, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas,
fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. A pesquisa de campo foi realizada entre
novembro de 2012 e julho de 2013, no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel e no
Hospital Regional Tarcísio Maia. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Protocolo nº
111/2011). Foi processada estatística descritiva e inferencial para a mensuração dos
dados quantitativos, como também se recorreu à técnica de análise de conteúdo
para interpretação das informações oriundas das questões abertas. Os discursos
dos sujeitos demonstraram reconhecimento da importância do trabalho para garantia
de condições favoráveis à saúde. Entretanto, destacaram seus efeitos no desgaste
físico e psíquico, por impulsionar estresse, ausência de hábitos saudáveis,
hipertensão arterial, distúrbios do sono, osteomusculares e gastrintestinais. Os
achados atinentes à qualidade de vida evidenciaram médias mais elevadas nos
domínios capacidade funcional (81,35 ± 19,71) e limitação por aspectos emocionais
(78,13 ± 35,57) e piores resultados em vitalidade (61,08 ± 21,16), não sendo
constatada diferença significativa (p˃0,005) entre as instituições em nenhum
domínio do SF36. Constatou-se associação significativa (p<0,005) entre qualidade
de vida e as variáveis: idade, sexo, renda familiar, consumo de bebidas alcoólicas,
prática de atividade física, condições de trabalho, motivação no emprego, satisfação
com a profissão, importância atribuída ao trabalho e estresse ocupacional. Inferiu-se
que 32,5% dos profissionais apresentaram resultados iguais ou superiores a três
pontos no QSG12, sinalizando tendência a transtornos psíquicos menores, os quais
se manifestam, por exemplo, em ansiedade, depressão, distúrbios do sono, dentre
outros sintomas de desconforto emocional. Testes multivariados demonstraram que,
dentre os aspectos objetivos e subjetivos relacionados ao trabalho, as variáveis que
apresentam maior correlação com os domínios do SF36 são: satisfação com a
profissão e estresse ocupacional. Conclui-se que a qualidade de vida relacionada à
saúde dos profissionais que atuam nos hospitais investigados esteve associada a
fatores sociodemográficos, hábitos de vida e fatores atinentes à inserção destes no
mundo do trabalho e no contexto institucional particularizado no estudo, com
destaque para a satisfação com a profissão.
Palavras-chave: Trabalho; Qualidade de Vida. Saúde do Trabalhador. Hospitais
Públicos.
viii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ix
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................11
2 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................17
3 OBJETIVOS .........................................................................................................18
4 MÉTODO..............................................................................................................19
8 APÊNDICES...................................................................................................... 111
x
11
1 INTRODUÇÃO
2 JUSTIFICATIVA
3 OBJETIVOS
4 MÉTODO
N i i
2
n k 1 ,
1 2
N D N i i2
N i 1
4.3 Instrumentos
uma caixa lacrada nas salas onde esses profissionais trabalhavam, para recolher o
material preenchido, com a devida concordância dos responsáveis pela
administração dos hospitais e/ou coordenação dos setores.
Foram visitados os diversos setores existentes nas unidades hospitalares, em
dias e turnos diversificados, inclusive em finais de semana e feriados. Durante essas
visitas, realizou-se divulgação para os profissionais acerca dos objetivos da
pesquisa, instrumentos a serem utilizados, esclarecendo-se sobre o compromisso de
não identificar os informantes, bem como sobre o destino dos dados obtidos. Em
seguida, fez-se o convite para participarem do processo investigativo. Portanto, o
contato com os sujeitos foi realizado nas instituições coparticipantes nas quais
ocorreu a aplicação dos instrumentos.
Por fim, foram ajustados modelos de regressão múltipla (tipo stepwise) para
relacionar condições de trabalho, motivação no emprego, satisfação com a
profissão, estresse ocupacional e importância atribuída ao trabalho com os escores
obtidos nos vários domínios do SF36. Para tanto, foram construídos os seguintes
indicadores: importância do trabalho na vida, mensurado em escala crescente de 1 a
10; estresse ocupacional, variando de 1 (muito estressante) a 4 (nada estressante);
satisfação com a profissão, demonstrada em níveis de 1 (nada satisfeito) a 4 (muito
satisfeito); condições de trabalho nos hospitais, compondo escore ascendente, que
varia de 1 (muito ruins) a 10 (muito boas), auferido como 49 - 9X/4, onde X é a
média dos escores obtidos em 10 quesitos que integraram a avaliação das
condições de trabalho; motivação no trabalho nos hospitais, variando de 1 (nada
motivado) a 4 (muito motivado). Para todos os testes estatísticos, foi considerado o
nível de significância de 5% (p<0,05).
Os resultados oriundos do QSG-12 foram analisados com a utilização da
estatística descritiva para verificação das frequências e sua distribuição, bem como
foram realizados testes bivariados para averiguar a associação entre variáveis
independentes (sociodemográficas e profissionais) e a variável dependente
(condição de saúde psíquica, mensurada pelo QSG12). Em se tratando de variáveis
categóricas, foram realizados cruzamentos 2x2, aplicado o teste de associação
Quiquadrado, o teste exato de Fischer e calculado o coeficiente de concordância τ –
Kendal. Para testar a associação com variáveis quantitativas, foram aplicados os
testes não paramétricos Mann-Whitney e Kolmogorov-Smirnov.
5 ARTIGOS PRODUZIDOS
18-Feb-2015
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Sincerely,
Dr. Romeu Gomes
Editor-in-Chief, Ciência & Saúde Coletiva
romeugo@gmail.com
29
Abstract: Health results from the interaction of biological, social, economic, political
and cultural factors. Under this perspective, we aim to analyze the relationship
among working in public emergency hospitals and the health-sickness of the
professionals who work there. We are based in a quantitative and qualitative
research, in which 240 health professionals (doctors, nurses, social workers,
psychologists, dentists, nutritionists, audiologists, physiotherapists and occupational
therapists) answered a survey. All of them recognize the importance of work to
guarantee favorable conditions to good health. However, they highlight its physical
and mental wear effects on workers like stress, absence of a healthy life-style, high
30
Introdução
Metodologia
Resultados e Discussão
(...) ficar muito tempo em pé provoca dor nos membros inferiores, articulação, etc.
(enfermeira, HMWG).
Os distúrbios osteomusculares vêm se apresentando, no âmbito nacional e
internacional, como preocupante problema relacionado ao trabalho em saúde.
Apesar de sua etiologia multifatorial, tem demonstrado associação com situações
que perpassam o trabalho em várias profissões de saúde, marcadas pela
mobilização excessiva do sistema musculoesquelético, devido ao empenho
constante de esforço físico, movimentos repetitivos e posições inadequadas 22,23.
Por outro lado, foram apontados riscos atinentes ao espaço hospitalar, tais
como ambiente insalubre, turnos prolongados e expedientes noturnos.
Devido à exposição a doenças infecto-contagiosas tenho muitas sinusites e
também, por passar muito tempo em pé, dores na coluna (enfermeira, HMWG); [...]
Gera estresse, ansiedade, fiquei hipertensa e tinha enxaqueca após plantão noturno.
Fiquei obesa de tanto comer à noite nos plantões e ao longo da vida comer
"correndo" de um plantão para outro (médica, HMWG).
A literatura registra várias manifestações do caráter nefasto do trabalho para
a saúde, incluindo-se a influência deste no desencadeamento da hipertensão
arterial. Ainda que este problema resulte da interação entre mecanismos genéticos,
biológicos, comportamentais e ambientais, lidar continuamente com condições de
trabalho estressantes pode impulsionar episódios de elevação dos níveis pressóricos
e contribuir para a instalação do quadro hipertensivo. Ilustra essa associação um dos
achados apontados em estudo realizado com profissionais de serviços de
atendimento pré-hospitalar no Sudeste brasileiro, no qual se constatou que trabalhar
frequentemente cansado elevou a chance dos sujeitos apresentarem pressão
arterial alterada14.
No que concerne ao trabalho noturno, este foi bastante explicitado pelos
sujeitos como fator de desgaste da saúde, principalmente por acarretar distúrbios do
sono; mas, também, irritabilidade, cefaleia, cansaço, obesidade, entre outros. Eis
alguns relatos: [...] tenho dificuldade para dormir, devido a questão dos noturnos.
(enfermeira, HMWG); Após aderir à escala noturna, aumentou minha irritabilidade e
as crises de gastrite (enfermeira, HMWG).
Este resultado condiz com estudos que relatam acentuação do desgaste
gerado pelo trabalho quando desenvolvido durante a noite, em decorrência da
ruptura do ciclo circadiano, das dificuldades em usufruir do descanso diurno após
40
Considerações finais
Colaboradoras
Rosado IVM participou da concepção do estudo, da coleta e análise dos dados e da
redação do manuscrito; Russo, GHA contribuiu no planejamento da pesquisa, na
análise dos dados e na redação e revisão final do artigo; Maia EMC participou da
concepção do estudo, contribui na análise dos dados e aprovou a versão final do
artigo.
Agradecimentos
Aos integrantes das instituições co-participantes, especialmente os profissionais que
participaram da pesquisa e/ou que contribuíram para viabilizar nossa inserção
nestes espaços; à professora Sâmya Ramos pelas relevantes contribuições na
concepção do estudo; ao professor José Wilton Queiroz pela efetivação das análises
estatísticas e a Beatriz Pereira e Suênia Cruz, pela colaboração na coleta de dados.
Referências
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50
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reconhecimento: repercussões sobre os trabalhadores técnicos do SUS. Cien Saude
Colet 2013; 18(6):1591-1600.
30. Russo GHA. Amor e dinheiro: uma relação possível? Caderno CRH 2011;
24(61):121-134.
31. Gamallo SMM, Caparroz F, Terreri MTRA, Hilário MOE, Len CA. Qualidade de
vida relacionada à saúde de filhos de profissionais da área de saúde. Rev Esc
Enferm USP 2012; 46 (6):1313-1319.
51
Resúmen: Este estudio tuvo como objetivo identificar las características del trabajo
en salas de emergencia de hospitales públicos, así como revelar el concepto de
trabajo del equipo multidisciplinario que participa en su ejecución. Se administraron
cuestionarios a 240 profesionales de las salas de emergencia de dos hospitales de
Rio Grande del Norte (trabajadores sociales, odontólogos, enfermeras,
fisioterapeutas, logopedas, médicos, nutricionistas, psicólogos y terapeutas
ocupacionales) cuyos resultados se analizaron utilizando estadística descriptiva y
análisis temático. Los profesionales tienen diferentes concepciones de trabajo,
algunas como fuente de placer y de garantía de ingresos de supervivencia; otros
para causar estrés, el sufrimiento y el cansancio físico y mental; tal actividad está
permeada por doble carácter: placer y sufrimiento. Llegamos a la conclusión de que
53
Introdução
marcadas pelo limiar da vida e da morte, o que implica celeridade e convivência com
o sofrimento dos usuários e seus familiares. Isso pode tanto desencadear satisfação
pela possibilidade de salvar vidas, quanto suscitar frustrações diante da
impossibilidade de alcançar tal objetivo, bem como pelo desgaste oriundo das
fragilidades institucionais, ou seja, uma dialética de prazer e sofrimento. Além disso,
os profissionais atendem a vítimas de acidentes e agressões de diversos tipos e
gravidades, práticas suicidas, dentre tantas expressões da violência presentes em
nosso cotidiano. Esses fatores, somados aos riscos de acidentes, ao expediente
noturno e a longas jornadas, tornam o trabalho estressante e cansativo, podendo,
inclusive, elevar sua suscetibilidade ao adoecimento(8-9).
Importa ressalvar que “No cotidiano de cada indivíduo, o trabalho assume
diferentes perspectivas, para alguns representa orgulho e prazer, para outros
(10, p.229)
obrigação e aprisionamento, entre inúmeros significados” . Pode, ainda,
(9,11)
significar, simultaneamente, prazer e sofrimento .
Salienta-se que o prazer-sofrimento emerge da relação subjetiva estabelecida
com o trabalho e da intersubjetividade experimentada nas relações interpessoais
que o permeiam, de forma que inexiste neutralidade do trabalho em relação às
emoções dos indivíduos e ao processo saúde-doença vivenciado por estes(11). Não
obstante, tais sentimentos de prazer e/ou sofrimento são influenciados pelas
condições concretas que engendram a atividade e o ambiente laboral (8-9,11).
O modo como os sujeitos concebem o trabalho expressa e, ao mesmo tempo,
influencia a maneira como o vivenciam e o delineiam. Assinala-se, portanto, que as
configurações do trabalho resultam de uma construção coletiva protagonizada pelos
sujeitos sociais e inflexionada pelas condições objetivas, historicamente
(12)
determinadas . Dessa forma, é fundamental a reflexão acerca do significado e das
características do trabalho como forma de visibilizar seus percalços, contradições e
desafios a serem enfrentados, bem como suas potencialidades a serem fortalecidas.
Nessa perspectiva, objetivou-se desvelar a compreensão dos profissionais de
saúde sobre trabalho, na expectativa de contribuir para o aprofundamento do
conhecimento sobre essa atividade laborativa, bem como suas particularidades no
âmbito dos hospitais de urgência e emergência integrantes do Sistema Único de
Saúde.
56
Metodologia
Resultados e discussão
também, no âmbito dos serviços públicos de saúde. Assim, a qualidade de vida que
circunda o trabalho como promessa, muitas vezes, não ocorre, prevalecendo, na
prática, seus efeitos extenuantes.
Em outra direção, parte dos profissionais enfatiza o trabalho como algo
genericamente bom ou relacionado a uma vocação. Veja-se:
Por fim, outra parcela dos profissionais manifestou, como se pode observar
nos discursos a seguir, uma definição de trabalho que enfatiza suas contradições e a
dualidade de sentimentos que emergem dessa atividade, apresentando-o como
fonte de satisfação, mas também de sofrimento.
Apesar das lutas das mulheres para romper com as desigualdades de gênero
e de suas conquistas em termos de inserção no mercado de trabalho, as relações
desiguais ocorridas neste âmbito e no espaço doméstico ainda se encontram
arraigadas, levando-as ao acúmulo de múltiplas tarefas e a uma jornada extenuante
de trabalho(6). Essa problemática se apresenta relevante no âmbito institucional
investigado, em decorrência da elevada participação feminina no trabalho coletivo
em saúde.
Considerações finais
Com base nos dados produzidos nesta pesquisa, foi possível inferir que o
trabalho em saúde configura-se como um processo permeado por contradições.
Assim, ao passo que os trabalhadores participam da assistência à saúde dos
indivíduos e da coletividade, essa atividade desencadeia sentimentos de prazer pela
possibilidade de contribuir para o restabelecimento da saúde dos usuários, bem
como pode produzir sofrimento, cansaço, estresse e outras formas de desgaste
físico e psíquico desses profissionais.
Os elementos ressaltados pelos participantes deste estudo precisam ser
pensados também como inerentes à sociedade capitalista e às configurações do
trabalho no bojo de suas relações, não podendo ser relacionadas somente às
características do trabalho na urgência e na emergência, à particularidade da área
da saúde ou à vinculação ao setor público.
Acredita-se que os resultados desta pesquisa podem contribuir para o
desvelamento do significado do trabalho em saúde, assim como para atribuir maior
visibilidade às contradições e fragilidades que permeiam essa atividade no âmbito
dos hospitais investigados e, por conseguinte, do sofrimento desencadeado por este
naqueles que o efetivam.
64
Agradecimentos
Aos profissionais das instituições coparticipantes, especialmente aos que
participaram da pesquisa e a Beatriz Pereira e Suênia Cruz pela colaboração na
coleta de dados.
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66
Abstract
OBJECTIVE: Measuring the quality of life of the staff working in public hospitals of
emergency care and identifying its correlation with work conditions and subjective
aspects manifested through the motivation and professional satisfaction.
METHODS: It was carried out a cross-sectional study in Northeastern Brazil between
2012 and 2013. The sample included 240 professionals (doctors, nurses, dentists,
social workers, psychologists, nutritionists, physiotherapists, speech therapists and
occupational therapists). A questionnaire was applied to collect information about the
sociodemographic characteristics, health-related habits and aspects related to work.
Another questionnaire applied was The Medical Outcomes Study Short-Form 36.
Some tests were applied, such as: Student T-test, Pearson’s Chi-square and
ANOVA-One Way, all followed by Sidak’s multiple comparisons test. The MANCOVA
models were adjusted having as a result a vector formed by the scales obtained with
the SF36 as variable factors of classification categorized and correlated, and having
the age as covariate factor, all adjusted by the ANCOVA model to specify the
differences. It was resourced to stepwise regression to relate the explanatory
variables important to the study with the scores obtained of the SF36 scales.
RESULTS: The findings related to quality of life showed higher mean scores in the
physical functioning scale (81.35 ± 19.71) and limitations in the role-emotional (78.13
± 35.57) and worse results in vitality. It was rejected the hypothesis of equality
between the means of the professions in the following scales: physical functioning
(p=0.023), role-physical limitations (p=0.026), bodily pain (p<0.001), vitality (p=0,007)
and social functioning (p=0.037). The findings showed a significant correlation
(p<0.005) between quality of life and the variables: age, sex, income, alcohol
consumption, physical activity, working conditions, job motivation, satisfaction with
the profession, importance given to work and occupational stress. Among the
aspects related to work, the variables with the highest correlation with the SF-36
scales are: satisfaction with the profession and occupational stress.
CONCLUSIONS: The quality of the life of the professionals who work in the hospitals
studied is associated to the lifestyle, sociodemographic aspects and objective and
subjective factors related to the entry in the world of work and in the specific
institutional context reported in this study, highlighting the workers’ satisfaction in
their professions.
KEYWORDS: Quality of Life. Work. Worker’s Health. Public Hospitals.
Introduction
Brazilian Unified Health System (better known by the acronym SUS) health is
influenced by nutrition, habitation, sanitation, environment, work, income, education,
transportation, leisure and access to basic goods and services related to health and
quality of life2.
In this sense, work stands in a central position of the life of the social
individuals3 and falls as one of the determiners of the health-illness process of the
workers, either in a way of providing the necessary conditions to a healthy life, as in
promoting health problems, depending on the way that it is done4. In the capitalist
corporate model, illnesses related to work has been affecting many different kinds of
workers, including healthcare professionals, for whom this problem has been
acquiring a global amplitude5.
However, even with the magnitude of the negative impacts that work brings to
health, this is classified as a problem hard of measurement due to underreporting
and, in some cases, due to the difficulty in finding causal links between illness and
labor activity. This difficulty stems from, among other factors, the multicausality of the
health-illness process, since the profiles of illness and death of the workers result
from the interaction between the risk factors common to the community and the ones
inherent to work, what make their recognition more complex6.
From this perspective, the disclosure of the interfaces between work and
health-illness processes in professionals who work within the Brazilian public health
services does not dispense considering the current configurations of the working
environments, understanding them as one of the determinants of the standards of
health and life of these individuals.
Hence, according to the Federal Constitution from 1988 and the laws 8.080
and 8.142 from 1990, the Brazilian health policy must ensure the promotion,
prevention, recovery and rehabilitation of the people’s health, universally,
decentralized, integrated and with the participation of the people. Such policy
constitutes, alongside with social assistance and social security, the Brazilian Social
Welfare2,7,8.
The Brazilian sanitary reform, whereby the Unified Health System was
established, expresses the prominence of fight and claims of the working class and
represents significant progress in overcoming the privatist, excluding and fragmented
nature that marked the path of the health policy in the country. However, its
implementation is tensioned by the neoliberal refunctionalisation of the capitalist
69
State that spreads strongly in Brazil since the mid-nineties. In this context, the public
health is hindered by underfunding, segmentation of the policies constituents of the
social welfare, and a public-private relationship marked by the fostering of the
mercantile interests and dependence regarding the private service providers9.
Nevertheless, in the following decades after the implementation of SUS, which
happened in the nineties, many relevant achievements regarding the broaden of the
service’s network came, subsequently improving the population’s morbidity and
mortality profiles, notably in terms of reduction of child mortality, fertility rate and
increase in life expectancy. Nonetheless, there are still difficulties and inequalities in
the access to health services due to the limited capacity of assistance and low
appreciation for the professionals, among others circumstances that face the idea of
an inclusive social security underlain the sanitary reform project9-12.
In spite of such adverse conditions, the response to emergencies improve
expressively, especially from 1998 onwards, with the establishment of regulations
and the creation, in 2003, of the National Policy on Emergency Care. Between 2004
and 2008 priority was given, to the implementation and expansion of the Mobile First-
Aid Service (as known as SAMU). While, since 2009, funding has been focused on
the implementation of 24-hour emergency care units of medium complexity, aiming to
provide intermediate health services, between the primary health care and hospital
services, becoming a qualified base to stabilization of the users attended by SAMU12.
Even with the extension and diversification of the emergency care, though, still
difficulties remain caused by the incapacity of the Care to reach the needs of the
other levels of the service, subsequently accumulating demands in the services of
greater complexity, which cannot overcome problems such as lack of hospital beds,
overcrowding, inadequate working conditions and quantitative and qualitative
professional deficiency12,13.
Such difficulties affect in the everyday work of the professionals of public
hospitals of emergency care, subjecting them to the precariousness of work
conditions and complicating the efficiency in the population’s healthcare 12,13. This
situation, plus the risk of accidents in the healthcare services, work overload,
nighttime work, long work journeys, unpredicted and intense work pace, make the
work stressing and exhausting and lead to increase their susceptibility to illnesses 13.
Under this perspective, the assessment of the quality of life becomes an
important indicator of the health conditions of the workers. It is worth noting that the
70
Methods
* The biologic factors (genetic inheritance and biological process inherent to human
life), although not explored in this study, are considered fundamental determiners in
the health-illness process lived by humans, as well as their operating conditions
present this dynamic and multifaceted process.
To the data analysis, the descriptive statistic was used to verify the
frequencies and bivariate tests were applied to verify the homogeneity of the
distributions between the institutions and the correlation between the variables. The
Student T-test was applied to compare the means of the continuous quantitative
variables; and Chi-Squared test to the categorical variables. One-Way ANOVA was
used to compare the mean of each SF36 scale in the professional categories. Sidak’s
multiple comparisons test was used to reject the hypothesis of equality.
Many multivariate tests were applied and adjusted to the MANCOVA models,
resulting in a vector formed by the eight scales, as variable classification factors
categorized and correlated, and age as a covariate. All the models adjusted were
age-adjusted, since this multivariate test showed a significant association between
the average profile of the scales and the age (W=0.84; ρ<0.001). ANCOVA univariate
73
models were adjusted to detail the differences of the classification factors that
presented significant association to the response vector.
Finally, stepwise regression models were adjusted to correlate to the scores
obtained in the many SF36 scales to work conditions, motivation, satisfaction with the
profession, occupational stress and importance attributed to the work. To do so, the
following indicators were created: importance of the work in life, measured in an
ascending scale from 1 to 10; occupational stress, varying from 1 (very stressful) to 4
(not stressful); satisfaction with the profession, varying from 1 (not satisfied) to 4
(very satisfied); motivation in the hospital work, varying from 1 (not motivated) to 4
(very motivated); work conditions in the hospitals, an ascending score from 1 (very
bad) to 10 (very good) obtained by 49 – 9X/4, where X is the mean of the scores
result in 10 questions belonging to the assessment of work conditions: physical
structure, remuneration, hygiene and safety at work, possibility of professional
qualification, materials/supplies, medications, equipment, relationship with the users,
relationship in the professional team and relationship with the management. To all
statistic tests the significance level was considered 5% (ρ<0.05).
The study was approved by the Ethics in Research Committee of the State
University of Rio Grande do Norte (Protocol No. 111/2011). Meaning that the
investigation was designed and performed considering the ethical principles of
researches with human beings, according to the Resolution of the National Health
Council No. 466/2012. Hence, the participants were duly informed and, after their
agreement, they signed a Free and Clarified Consent Term (a form needed to
consent in a research with human beings with all the clarifications regarding the
research and the signed consent of the volunteers in participating).
Following on this introduction, this article considers the methodological steps,
followed by the presentation and discussion of the results and ends with an
explanation of the conclusions and considerations about the limits and contributions
of the study.
Results
The participants are mostly women (60.4%) in different age groups (between
24 and 68) and, in general, already work for a long time in the hospitals studied in
this research, given the fact that 46.4% work in the institutions for more than 10
74
years. This number goes to 81.9% if considered three or more years of insertion of
these professionals in the institutions researched.
The findings show that 21.7% of the respondents do not drink alcohol, 48.8%
claim to drink occasionally and 26.4% say they drink only during the weekends. A
more frequent use is not reported. About smoking, 4.2% are smokers, most of them
have never smoked (75.8%) and 15.8% overcame the addiction. Approximately half
the professionals practice physical activity regularly (50.6%); this percentage reduces
to 36.7% if the frequency considered is equal or higher than three times a week.
About the indicators related to the working life, Table 1 shows that there is a
significant difference between the institutions investigated only regarding the working
conditions (ρ=0.001), which were assessed as significantly worse in Hospital A
Hospital A Hospital B
Indicators p(*)
Standard Standard
N Mean N Mean
deviation deviation
Importance of the work (↑ Highest) 159 7.48 1.61 60 7.78 1.26 0.188
The SF36 results, presented in Table 2, showed lower average scores in the
scale vitality, and higher in physical functioning and limitations in the role-emotional.
Applying the Student T-test to compare the means of the scales no significant
difference was found between the hospitals in any of them (ρ>0.005).
Table 3 – Correlation between the scores of the SF36 scales and the variables *
considering objective/subjective aspects of the professional life, according to
stepwise regression models (α = 10%). Rio Grande do Norte, RN, 2012-2013.
**
Explanatory variables
Satisfaction
Occupational Work Importance of the
Scales Intercept with the
stress conditions work
profession
β ρ β ρ β ρ β ρ β ρ
Physical
85.003 <0.001 5.628 0.008 -2.841 0.003
functioning
Role-physical 2.39
61.461 <0.001 0.209
limitations 3
Bodily pain 48.493 <0.001 6.249 0.008
(*) Variables: Degree of importance of the work in life ↑ Higher; Stress in work ↑ Not
stressing; Level of satisfaction with the profession ↑ Very satisfied; Work conditions in
the hospital ↑ Very good; Motivation in work ↑ Very motivated
(**) The variable motivation in work, inserted during the step of composition of this
multivariate model, was not included according to stepwise selection criteria.
PF RP BP GH VT SF RE MH
Importance of the r -0.209 -0.022 -0.047 0.049 0.122 0.004 0.124 0.073
work ρ 0.003 0.762 0.516 0.493 0.089 0.959 0.085 0.312
r 0.110 0.092 0.160 0.251 0.325 0.269 0.236 0.325
Occupational stress
ρ 0.128 0.202 0.026 0.000 0.000 0.000 0.001 0.000
Satisfaction with the r 0.148 0.038 0.182 0.259 0.409 0.235 0.216 0.367
profession ρ 0.039 0.599 0.011 0.000 0.000 0.001 0.002 0.000
Motivation in the r 0.078 -0.002 0.095 0.112 0.234 0.166 0.136 0.161
hospital work ρ 0.279 0.976 0.186 0.121 0.001 0.021 0.059 0.025
r -0.067 0.089 0.025 0.113 0.252 0.256 0.273 0.295
Work conditions
ρ 0.355 0.215 0.729 0.118 0.000 0.000 0.000 0.000
(*) PF: Physical Functioning; RP: Role-Physical; BP: Bodily Pain; GH: General
Health; VT: Vitality; SF: Social Functioning; RE: Role-Emotional; MH: Mental Health.
N=194.
Yet, this variable was passed over from the model due to the selection
criterion, since it establishes a significant correlation to work conditions (r=0.456;
ρ<0.001), occupational stress (r=0.359; ρ<0.001) and satisfaction with the profession
(r=0.351; ρ<0.001), also for the fact of these variables have a higher correlation with
the scales.
Discussion
The data show that there is not a big difference between the institutions
concerning the health status of the professionals. The higher scores in physical
functioning scale and lower outcomes in vitality are consistent with other studies,
especially those not directed to individuals stricken by a specific disease 16, 20. In the
same way, the association between the scores measured in SF36 scales and
gender, resulting in higher scores for men, agree with many national and international
studies covering different population segments20,21,22,23.
Comparing to studies applied to the general population 20 and to nursing
professionals in a private hospital17, it is noticeable that the participants of this study
presented a better average score in role-emotional limitation. Although it is also
possible to identify lower average scores in physical functioning and general health.
79
Conclusion
The results allow us to conclude that the quality of life of the professionals who
work in the hospitals studied is associated to sociodemographic and professional
factors; life habits and objective and subjective labor aspects. Both work conditions
and motivation in the work, as much as satisfaction with the profession, are
significantly positively associated to the SF36 scales, ratifying the hypothesis
believed in this study.
It is important to highlight that, since it is a cross-sectional study, the results of
this research are not possible to induce causal relations. Moreover, it focused on
specific hospital environments, not allowing possible generalizations. In addition, the
work conditions discussed in the hospitals studied might have been changed, since
in the moment of the data collection was happening reforms in the physical structure.
We believe that the findings may bring a greater visibility to the problems
related to the work in the public hospitals of emergency care and their relation to the
health of the multiprofessional team, as much as help in the planning of strategies to
the promotion of the health of the professionals. Lastly, the realization of other
longitudinal investigations combining the assessment of the quality of life to clinical
indicators and biochemical parameters would be recommended, as a way of
ascertain causal relations between the work in healthcare and the possible illness
process of its workers.
Acknowledgements
We would like to extend our gratitude to the employees of the hospitals researched,
specially the professionals who participated in the research and/or helped in our
integration in those environment. To Sâmya Ramos for her important contributions in
the conception of this study; to Gláucia Russo for her reviews and suggestions
pointed throughout the research and during the creation of this manuscript; to José
81
Wilton Queiroz for the ratification of the statistical analysis; to Gilson Torres for his
critical review of the content; and Beatriz Pereira and Suênia Cruz, for their help
during the data collection.
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necessidades individuais e condições de trabalho. Rev Saúde Pública.
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mental de médicos: uma autoavaliação por egressos da Faculdade de Medicina
de Botucatu - UNESP. Rev Bras Epidemiol. 2011;14(2):264-75.
85
Introdução
O percurso do conhecimento acerca da saúde e da doença é perpassado por
diferentes perspectivas, abrangendo visões metafísicas, concepções pautadas no
pensamento religioso e conhecimentos alicerçados na racionalidade científica 1.
Estes últimos, por sua vez, oscilam entre uma perspectiva mais restrita aos aspectos
biológicos e naturais e outra que reconhece a saúde como processo multicausal, no
qual se interrelacionam, indissociavelmente, mecanismos biológicos e
determinações sociais.
Em meio a esse processo de construção dos conhecimentos e práticas no
campo da saúde, a ideia de multicausalidade da saúde-doença se dissemina no
século XX, com o reconhecimento de que os determinantes das doenças estão
relacionados ao agente etiológico, ao hospedeiro e ao meio ambiente. Nesse
contexto, o indivíduo passa a ser reconhecido como ser biopsicossocial. Entretanto,
o predomínio da racionalidade científica arraigada à objetividade e à fragmentação,
promove uma visão isolada dessas múltiplas causas2. Esse paradigma influenciou
fortemente o campo da saúde, fortalecendo o modelo biomédico, centrado na
doença e na medicalização.
Em sentido adverso às percepções biologicistas, a compreensão acerca dos
múltiplos determinantes do processo saúde-adoecimento, associada à ideia de
saúde como direito universal e dever do Estado, amplamente disseminada no Brasil
a partir de meados da década de 1980, impulsiona a reforma sanitária e a
incorporação desse ideário no âmbito da política de saúde brasileira, como reflexo
das lutas e conquistas da classe trabalhadora. Nessa perspectiva, o Sistema Único
de Saúde brasileiro se alicerça na compreensão de que a saúde é influenciada,
dentre outros fatores, por fatores como alimentação, moradia, saneamento, meio
ambiente, trabalho, renda, educação, transporte, lazer e acesso aos bens e serviços
essenciais3.
Consoante com essa concepção e, portanto, sem desconsiderar os diversos
aspectos que interferem na saúde, este estudo enfatiza o trabalho, considerando-o
elemento fundamental nesse processo, pela sua capacidade de viabilizar a
satisfação das necessidades humanas, bem como influenciar na construção da
socialização e da identidade dos indivíduos. Assim, pela sua centralidade na vida
social, influencia na saúde-adoecimento dos indivíduos, podendo impulsionar o
desgaste ou o fortalecimento da saúde4.
88
Métodos
Este artigo fundamenta-se em dados quantitativos produzidos por meio de
estudo transversal, efetivado em dois hospitais públicos integrantes da rede
hospitalar de urgência e emergência vinculada ao governo do Estado do Rio Grande
do Norte.
A amostra aglutina 240 participantes, dentre médicos, enfermeiros,
assistentes sociais, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos,
nutricionistas e terapeutas ocupacionais, integrantes de um universo de 857
profissionais. Os participantes foram contatados nas próprias instituições, por
acessibilidade, mediante os critérios de inclusão: a) atuar nas instituições mediante
relações de trabalho diversas; b) desempenhar profissões de nível superior que
envolvam relação direta com usuários. A participação na dinâmica da assistência
hospitalar em situação de ensino-aprendizagem foi considerada critério de exclusão,
por não se caracterizar como relação de trabalho.
A coleta dos dados ocorreu no período de novembro de 2012 a julho de 2013,
mediante aplicação de questionário estruturado, contemplando informações
sociodemográficas, laborais e hábitos relacionados à saúde.
Para avaliar o bem-estar psicológico dos profissionais, utilizou-se o
Questionário de Saúde Geral, em sua versão de 12 itens (QSG-12), o qual possibilita
identificar sinais de risco para o acometimento de doenças psiquiátricas não
severas. Trata-se de versão resumida e validada no Brasil do General Health
Questionnaire, composto de 60 questões (QSG-60), originalmente elaborado por
90
Resultados/discussão
boa e muito boa, 38,9% regular e 50,6% ruim e muito ruim. Não foi identificada
associação significativa entre a avaliação do salário e a instituição (p=0,121), o que
se mostra coerente, haja vista que os profissionais estão todos vinculados ao
governo estadual.
Em geral, os sujeitos acumulam outros compromissos laborais além do
trabalho nos hospitais investigados, de maneira que 69% dedicam acima de 40
horas ao trabalho e parte expressiva (45%) exerce a profissão em outros locais, sem
vínculo empregatício. Somado o tempo dedicado à totalidade dos compromissos
profissionais, parcela equivalente a 31% dos profissionais costuma passar mais de
60h semanais trabalhando.
Tangente às condições de trabalho, foram avaliados os seguintes aspectos:
equipamentos, materiais (insumos), medicamentos, estrutura física, higiene e
segurança no trabalho, remuneração, possibilidade de qualificação, além das
relações interpessoais estabelecidas com a gerência, os usuários e a equipe
multiprofissional. Os resultados foram calculados de maneira a compor um escore
médio abrangendo estes dez itens, variável de 1 (pior condição) a 10 (melhor
condição), de forma que a mensuração do total das avaliações resultou em média
equivalente a 5,48.
Referente à motivação, 56,3% dos profissionais afirmaram sentir-se pouco ou
nada motivados em relação ao trabalho, no âmbito dos hospitais abrangidos no
estudo. Tal resultado se aproxima da situação apresentada em estudo realizado com
enfermeiros de um hospital de urgência em Aracaju-SE, cujos dados apontaram que
60% dos pesquisados consideraram que as equipes de enfermagem não são
motivadas14.
Compreende-se que a motivação emerge de fatores intrínsecos aos seres
humanos, impulsionada por suas necessidades e expectativas, sendo influenciada
também pela interação de cada indivíduo com as condições do ambiente e as
situações vivenciadas. Nessa perspectiva, envolve fatores motivacionais - inerentes
aos sujeitos e às características da atividade laboral - e fatores higiênicos –
referentes ao ambiente de trabalho14-15. Por conseguinte, considerou-se relevante
apreender os aspectos laborais considerados motivadores, os quais estão
apresentados na Tabela 2.
93
Conclusão
Os achados desta pesquisa evidenciaram que cerca de um terço (32,5%) dos
profissionais que atuam nos hospitais investigados apresentou resultado condizente
com o risco ou o acometimento de Transtornos Mentais Comuns, o qual consiste em
um processo multifatorial, que envolve aspectos biológicos e determinações sociais,
incluindo-se a vivência nos ambientes de trabalho.
A incidência de TMC não se associou significativamente a fatores
sociodemográficos e hábitos relacionados à saúde. Não obstante, a relação entre
esses distúrbios e fatores relacionados ao trabalho foi confirmada neste estudo,
especialmente no que tange às condições de trabalho. Também foi encontrada
associação significativa entre a pontuação obtida no QSG12 e a renda familiar que,
na nossa sociedade, apresenta estreita relação com a vida laboral, já que resulta da
comercialização da força de trabalho. Esse dado aglutina o dinheiro obtido pelos
diversos partícipes da família e, nesse sentido, está relacionado, também, com a
vivência dos outros familiares no trabalho. Ressalta-se, ainda, que é relevante
considerar a relação entre a motivação no trabalho nos hospitais e a saúde mental,
pois ficou evidenciado que os níveis motivacionais apresentaram associação
significativa com as médias da pontuação neste instrumento utilizado para avaliação
da saúde psíquica.
Alguns aspectos merecem ser investigados mais profundamente em estudos
posteriores, como é o caso da interrelação entre TMC e profissão, pois, embora não
tenha se verificado associação significativa entre a presença desses transtornos e a
profissão, as médias de pontuação obtidas no QSG12 se diferenciaram entre as
categorias profissionais, apresentando-se mais elevadas entre médicos, cirurgiões-
dentistas e enfermeiros. Nesse sentido, aponta-se a necessidade de investigações
que esmiúcem as particularidades atinentes ao conteúdo das atividades de cada
profissão e suas interfaces com a saúde mental dos profissionais. Além disso,
suscita-se que a associação entre TMC e estresse também demande investigações
99
mais amiúde e que considerem outros estressores da vida diária, haja vista que a
vivência no ambiente ocupacional se soma a várias outras situações cotidianas
deflagradoras de estresse – no trânsito, nas relações familiares, dentre outras – as
quais podem impulsionar desconforto emocional e não foram contemplados neste
estudo.
Ressalva-se que, por se tratar de estudo transversal, não possibilita inferir
nexos causais, pois os resultados possuem a capacidade de identificar associações
entre as variáveis estudadas sem, contudo, apontar causalidade em tal relação.
Por fim, considera-se o estudo relevante pela sua capacidade de visibilizar a
existência de desgaste na saúde psíquica dos profissionais que atuam em hospitais
públicos de urgência e emergência no Rio Grande do Norte e, por consecutivo,
desvelar a necessidade de cuidados direcionados à saúde mental destes sujeitos.
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2225-34.
100
profissões que lidam com outros aspectos – sociais, psíquicos, nutricionais, dentre
outros – que interagem no processo de saúde-adoecimento, mas, muitas vezes, não
estão devidamente contempladas e valorizadas nesses espaços laborais.
A contribuição científica deste estudo se concentra, portanto, no fato de
contemplar diversas profissões, além de abranger a vivência no trabalho no que
tange aos aspectos objetivos relacionados às condições de trabalho, assim como
aspectos subjetivos presentes nas relações interpessoais que permeiam os
processos de trabalho e inerentes à relação dos sujeitos com a atividade e o
ambiente laboral.
Salienta-se que os dados produzidos neste estudo demonstraram a existência
de diferentes concepções de trabalho entre os profissionais, porquanto parte da
equipe o define como fonte de prazer, renda e garantia de sobrevivência; outra
parcela o conceitua como causador de estresse, sofrimento e desgaste físico e
mental; enquanto outros vislumbram ser essa atividade permeada por antagonismos
e contradições que a fazem impelir, concomitantemente, prazer e sofrimento.
Identificou-se, também, que os sujeitos enfatizam uma intrínseca relação
entre o trabalho e o processo de saúde-adoecimento humano, ao mesmo tempo em
que explicitam que sua atividade laboral tem impulsionado desgaste físico e
psíquico, ao desencadear ou intensificar estresse, ausência de hábitos saudáveis,
hipertensão arterial, distúrbios do sono, osteomusculares e gastrintestinais.
Nos espaços hospitalares investigados, os profissionais exercem suas
atividades em meio a condições de trabalho adversas no tocante a estrutura física,
remuneração, higiene e segurança no trabalho, possibilidade de qualificação e
disponibilidade de medicamentos, de materiais e de equipamentos.
O nível de estresse ocupacional é elevado, enquanto a motivação com o
trabalho no âmbito desses hospitais se apresenta reduzida. Tais condições se
interrelacionam com a qualidade de vida, ocorrendo concomitantemente à sua
fragilização. Entretanto, os profissionais relataram elevado grau de satisfação com a
profissão exercida, o que se associaram positivamente com os resultados do SF36,
admitindo identificá-lo como fator de proteção ao desgaste da qualidade de vida
relacionada à saúde.
Tangente à saúde mental, os dados oriundos do QSG12 demonstraram que
32,5% dos sujeitos apresentam resultados condizentes com a presença de
104
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APÊNDICES
1) Profissão: _______________________________________
2) Sexo:
( ) masculino ( ) feminino
3) Idade: ____________
5) Estado civil:
( ) solteiro ( ) casado ( ) separado/divorciado ( ) viúvo
6) Tem filhos?
( ) Não. ( ) Sim. Quantos?_____
7) Religião:
( )católica. ( )evangélica. ( )espírita. ( )nenhuma. ( )outra:____________________
9) Você fuma?
( ) Não, nunca fumei.
( ) Sim, fumo. Especifique a quantidade de cigarros/dia: ______________________
( ) Já fumei durante ____ anos, mas parei de fumar há aproximadamente_________
27) Existe relação entre seu trabalho e suas condições de saúde? Se sim, de
que forma ou que tipo de relação?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
28) Na sua opinião, o seu trabalho afeta sua saúde... (múltipla escolha):
( ) favoravelmente porque a remuneração lhe permite acesso a moradia, educação,
alimentação, saneamento, transporte, serviços de saúde, atividades de lazer...
( ) favoravelmente em decorrência da satisfação que sente em realizá-lo.
( ) favoravelmente por outros motivos. Especificar: __________________________
( ) desfavoravelmente devido ao estresse ocupacional.
( ) desfavoravelmente devido aos riscos de acidentes e acometimento de doenças.
( ) desfavoravelmente devido ao excesso de horas e/ou ao ritmo intenso de
atividades.
( ) desfavoravelmente por lidar constantemente com a dor, o sofrimento e a morte.
( ) desfavoravelmente devido ao trabalho noturno e/ou durante extensas jornadas.
( ) afeta desfavoravelmente devido à pressão em relação aos resultados.
( ) desfavoravelmente devido à falta de tempo para descanso, lazer e
relacionamentos.
( ) desfavoravelmente por outros motivos. Especificar:_______________________
34) No dia a dia do trabalho neste hospital, quais aspectos contribuem para
você se sentir... (múltipla escolha):
a) MOTIVADO: b) DESMOTIVADO:
( ) o conteúdo do trabalho em si; ( ) o conteúdo do trabalho em si;
( ) os resultados do trabalho; ( ) os resultados do trabalho;
( ) o quanto reconhecem/valorizam seu ( ) o quanto reconhecem/valorizam seu
trabalho; trabalho;
( ) a forma de organização do trabalho; ( ) a forma de organização do trabalho;
( ) as relações interpessoais; ( ) as relações interpessoais;
( ) as condições de trabalho; ( ) as condições de trabalho;
( ) a remuneração; ( ) a remuneração;
( ) o quanto o trabalho contribui para o seu ( ) o quanto o trabalho contribui para o seu
desenvolvimento pessoal/profissional; desenvolvimento pessoal/profissional;
( ) outros:_____________________________________ ( ) outros:_____________________________________
________________________________________________ ________________________________________________