Está en la página 1de 47
719 cadernos de teatro J. CHAIKIN: UMA TEORIA ABERTA DE _REPRESENTACAO — E. Blumenthal MARTINS PENA: UMA VISAO DE SEUS PERSONAGEN M. Pierson AMOR DE D. PERLIMPLIM COM BELISA, EM SEU JARDIM — F. Garcia Lorca DOS JORNAIS: IONESCO E BOB WILSON CADERNOS DE TEATRO N. 79 ‘outubro-novembro-dezembro-1978 Publicagio @’O TABLADO patrocinada pelo Servigo Nacional de Teatro — DAC — FUNARTE, 6rpi0 do Ministério de Educago e Cultura Redardo e Pesquisa d’'O TABLADO Diretor-responsével — Joo Sércto Marneno Nunes Diretor-executivo — Mania Cana MAcHADO Diretor-tesoureiro — Eppy Rezexos NuNes Redatores — BERNARDO JABLONSKI, GUIDA VIANNA € ‘Canara LvRa Secretéria — Suvta Fucs Redagio: © TABLADO ‘Ay. Lineu de Paula Machado, 795 - ZC 20 Rio de Janeiro — 22.470 — Brasil 0: textos publicados nos CADERNOS DE TEATRO 4 paderio ser representados mediante autorizaclo da Sociedade Brasileira de Autores Teatras (SBAT) ‘Av. Almirante Barroso, 97 Rio de Janeiro MARTINS PENA: UMA VISAO DE SEUS PERSONAGENS Coun M. Pierson Embora as farsas ou comédias realistas de Martins Pena tenham sido objeto de estudo, nio tem sido dada a atencdo devida a seus personagens (ou caso se prefira dizer, estere6tipos) como uma base importante na tradi- ‘cdo da comédia realista no Brasil. Antes de iniciar nosso exame, contudo, seria bom revisar certos desenvolvimen- 10s s6cio-historicos que influenciaram Martins Pena, tanto como sua época (0 mpeto original de interesse no drama moderne no Brasil foi a transmigracao da Corte Portuguesa para 0 Rio de Janeiro em 1808, a fim de fugir dos exércitos de Na- poledo. Os portugueses estavam muito mais préximos geo- ‘Braficamente do que 0s brasileiros dos centros de idéias Iiterérias na Europa que, com respeito ao drama do sé- culo XIX, tanto em Portugal como no Brasil, represen- tados principalmente pela Franca. Nao é de se surpreen- der que os dramaturgos portugueses mesmo estando, qua- se sempre, com anos de atraso em relacio a seus colegas franceses, tivessem uma influéncia continua no Brasil, no ‘ltimo século. Se Portugal sempre parecia um pouco atra- sado no uso de novas idsias € técnicas, os brasileiros 0 ‘cram ainda mais, porque muitas inovacbes eram filtradas por Portugal. F correto afirmar que o teatro brasileiro em eral, desde os primérdios até a 1" Guerra Mundial, nunca se libertou do dominio portugués. Esse dominio por parte de Portugal no se limitava ‘aos dramaturgos e suas pecas, mas inclufa as companhias de atores também, A primeira companhia portuguesa de atores que incluia a famosa atriz. Ludovinha Soares, veio para o Brasil em 1829 com a ajuda de D. Pedro I. Esta fra apenas a primeira de uma longa série de companhias estrangeiras, portuguesas © outras, que vieram executar ‘suas pecas no Brasil © se concentravam principalmente no jd reconstruido teatro de Sio Pedro.

También podría gustarte