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Sumário
i
3.2.6 Ângulos Entre Vetores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
3.3 Produto Vetorial Entre Vetores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
3.3.1 Propriedades do Produto Vetorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
3.3.2 Expressão Cartesiana do Produto Vetorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
3.4 Duplo Produto Vetorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
3.5 Produto Misto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
3.5.1 Expressão Cartesiana do Produto Misto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
3.5.2 Interpretação Geométrica do Produto Misto . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
3.5.3 Volume de um tetraedro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
3.5.4 Propredades do Produto Misto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
4 Geometria Analítica no Espaço: Distância entre dois Pontos, Razão de Secção, Ponto
divisor, Ponto Médio, Estudo da reta e estudo do Plano 81
4.1 Noções iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
4.1.1 Distância entre Dois Pontos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
4.1.2 Razão de Secção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
4.1.3 Centro de Gravidade de um Triângulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
4.1.4 Centro de Gravidade de um Tetraedro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
4.2 Estudo da Reta no Espaço R3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
4.2.1 Equação Vetorial da Reta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
4.2.2 Equações Paramétricas da Reta r . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
4.2.3 Equações Simétricas da Reta r . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
4.2.4 Reta definida por dois pontos distintos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
4.2.5 Condição de Alinhamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
4.2.6 Ângulo Entre Retas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
4.2.7 Condição de Paralelismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
4.2.8 Condição de Perpendicularismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
4.2.9 Posições relativas entre duas retas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
4.3 Estudo do Plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
4.3.1 Equação Vetorial do Plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
4.3.2 Equações Paramétricas do Plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
4.3.3 Vetor Normal a um Plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
4.3.4 Determinação de um plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
ii
5.3.3 Assintotas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122
iii
Lista de Figuras
iv
2.14 Solução Geométrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
2.15 Representação Geométrica do Exemplo 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
2.16 Trapézio ABCD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
2.17 Vetores Coplanares - L.D. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
2.18 Vetores Não Coplanares - L.I. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
2.19 Vetor escrito em Relação à Base Canônica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
2.20 Resolução de exercício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
2.21 Resolução de exercício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
2.22 Resolução de exercício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
2.23 Resolução de exercício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
2.24 Figura Proposta Pelo Exercício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
2.25 Figura Proposta Para Resolução do Exercício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
2.26 Figura Proposta Para Resolução do Exercício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
v
4.14 Plano definido por três pontos não colineares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
4.15 Plano definido por uma reta e um ponto a ela não pertencente . . . . . . . . . . . . 96
4.16 Plano definido por duas retas concorrentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
4.17 Plano definido por duas retas paralelas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
4.18 Exercício resolvido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
4.19 Exercício resolvido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
4.20 Exercício resolvido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
vi
Lista de Tabelas
vii
Capítulo 1
1
Figura 1.1: produto cartesiano
2
1.2 Coordenadas Polares Plano R2
Vamos considerar uma semi-reta Ox~ de origem O de um plano. Ox
~ é chamada de eixo polar e O a
origem, chamada polo, juntos determinam o sistema polar.
Exercícios 1.2.1. Localize os pontos: P1 3, π3 , P2 3, π4 , P3 −4, 2π
3
, P4 2, −7π
4
, P5 2, −3π
4
e
P6 4, 5π
3
.
Resposta do Exercício:
De forma clara, um ponto do plano, em relação ao sistema polar, fica determinado pela inter-
secção de uma circunferência de centro O e raio r e a semi-reta de origem O e inclinação θ.
3
Figura 1.6: Localização de pontos em coordenadas polares
4
• P(6, 30o ).
Resposta:
Temos r = 6 e θ = 30o . Então:
√ √
x = rcosθ = 6cos30o = 6 23 = 3 3
y = rsenθ = 6sen30o = 6 21 = 3
√
Logo P(6, 30o ) ≈ P(3 3, 3).
• P(−3, 5π
6
).
Resposta:
Temos r = −3 e θ = 5π 6 √ √
x = rcosθ = −3cos 6 = −3(− 23 ) = 32 3
5π
y = rsenθ = −3sen 5π
6 √
= −3 12 = − 32
Logo P(−3, 5π
6
) ≈ P( 32 3, − 23 ).
• P(3, 3).
Resposta:
3) ⇒ x = 3 √
P(3, p e y = 3, então:
√ √ √
r = x2 + y2 = 32 + 32 = 9 + 9 = 18 = 3 2.
tanθ = 33 = 1 ⇒ θ = arctan1 = π4 .
√
Logo P(3, 3) ≈ P(3 2, π4 ).
√
• P(2, −2 3).
Resposta:
√ √
P(2, −2 3) ⇒ xq= 2 e y = −2 3, então:
p √ √ √
r = x2 + y2 = 22 + (−2 3)2 = 4 + 12 = 16 = 4.
√ √ √
tanθ = −22 3 = − 3 ⇒ θ = arctan(− 3) = π3 .
√
Logo P(2, −2 3) ≈ P(4, − π3 ).
5
1.4 Distância entre dois Pontos em Coordenadas Polares
Consideremos os pontos P1 (r1 , θ1 ) e P2 (r2 , θ2 ) em coordenadas polares, descrito no gráfico abaixo:
Queremos determinar a distância d entre os pontos P1 (r1 , θ1 ) e P2 (r2 , θ2 ). Note que OP1 P2 é um
triângulo e d é oposto ao ângulo θ2 − θ1 . Utilizando a lei dos cossenos temos:
q
2 2 2
dP1 P2 = r1 + r2 − 2r1 r2 cos(θ2 − θ1 ) ⇒ dP1 P2 = r12 + r22 − 2r1 r2 cos(θ2 − θ1 )
.
Exemplo:
Determine a distância entre os pontos P1 (−2, π3 ) e P2 (2, − π3 ).
Resposta:
q
dP1 P2 = r12 + r22 − 2r1 r2 cos(θ2 − θ1 )
r
π π
⇒ dP1 P2 = 22 + 22 − 2 · 2 · 2 · cos(− − )
3 3
r
2π
⇒ dP1 P2 = 4 + 4 − 8 · cos(− )
3
r
2π
⇒ dP1 P2 = 8 − 8 · cos(− )
3
r
1
⇒ dP1 P2 = 8 − 8 · (− )
2
√
⇒ dP1 P2 = 8 + 4
√
⇒ dP1 P2 = 12
6
Exercícios 1.4.1. 1. Localize os seguintes pontos: P1 (1, π3 ), P2 (−2, π4 ), P3 (5, 3π
4
), P4 (−3, 7π
4
)
e P5 (−3, π6 ).
b) P1 (−1, π6 ) e P2 (−2, π3 ).
c) P1 (2, π4 ) e P2 (−1, 5π
3
).
7
1.5 Sistema de eixos Coordenados no espaço R3 = R × R × R
Sejam x, y e z três retas perpendiculares entre si, concorrentes num ponto O. Desta forma determi-
namos um sistema de coordenadas cartesianas de eixos x, y e z e origem O, conforme é mostrado
na figura abaixo.
Os eixos coordenados, considerados dois a dois, definem os planos coordenados xOy, yOz e xOz.
Estes mesmos planos coordenados dividem o espaço em oito regiões chamadas de octantes.
8
Figura 1.10: Ponto no Espaço em Três Dimensões
Definição 1.6.1 (Octantes). As regiões do espaço definidas a partir dos sinais dos eixos coordena-
dos são denominados de octantes.
Octantes:
9
• 3o octante - Região do espaço relativa a oxy′ z: x > 0, y < 0 e z > 0
10
Exemplos:
Represente geometricamente os pontos e indique sua localização nos octantes:
A(0, 1, 1), B(−2, 0, 3), C(−3, −1, 0), D(1, 0, 0), E(0, 2, 0), F(0, 0, −3), G(2, 3, 2), H(2, −2, 3), I(−3, 2, −4),
J(−2, −3, −5) e L(2, −3, −1).
Respostas:
11
Figura 1.15: Pontos G, H, I e J
12
Conversão Entre Coordenadas Cartesianas Ortogonais e Coordenadas Polares.
Considerando um ponto P(x, y, z) em coordenadas cartesianas ortogonais, vamos estabelecer uma
relação entre essas coordenadas e as coordenadas polares ρ, α, β e γ.
• Consideremos o triângulo definido pelos pontos OPB retângulo em B. Pelo teorema de Pitá-
¯ 2 = OB
goras, temos: OP ¯ 2 + BP
¯ 2 ou seja ρ2 = d2 + z2 . (**)
p
• Substituindo (*) em (**) temos: ρ2 = x2 + y2 + z2 ou ainda ρ = x2 + y2 + z2
Observemos agora os triângulos definidos pelos pontos OAP, OCP e ORP, de modo que:
¯
OA x
• Em relação ao triângulo OAB: cosα = ¯
OP
= ρ
⇒ x = ρcosα.
¯
OC y
• Em relação ao triângulo OCP: cosβ = ¯
OP
= ρ
⇒ y = ρcosβ.
¯
OR z
• Em relação ao triângulo ORP: cosγ = ¯
OP
= ρ
⇒ y = ρcosγ.
Observe que:
x = ρcosα ⇒ x2 = ρ2 cos2 α
y = ρcosβ ⇒ y2 = ρ2 cos2 β
z = ρcosγ ⇒ z2 = ρ2 cos2 γ
Então;
13
ρ2 = ρ2 cos2 α + cos2 β + cos2 γ
ρ2
= cos2 α + cos2 β + cos2 γ
ρ2
Observação:
Os ângulos α, β e γ são chamados de ângulos diretores e os cossenos relativos a esses ângulos
são chamados de cossenos diretores. Pelo que foi mostrado acima, a soma dos quadrados dos
cossenos diretores é igual a 1.
Parâmetros Diretores
Definição 1.7.1. Sejam a, b e c três números reais. Se a, b e c são proporcionais aos cossenos
diretores de uma reta, dizemos que a, b e c são Parâmetros diretores desta reta.
Simbolicamente escrevemos:
a b c
= =
cosα cosβ cosγ
a2 b2 c2
= =
cos2 α cos2 β cos2 γ
a2 + b2 + c2 a2 b2 c2
= = =
cos2 α + cos2 β + cos2 γ cos2 α cos2 β cos2 γ
a2 + b2 + c2 a2 b2 c2
= = =
1 cos2 α cos2 β cos2 γ
a2 b2 c2
= = = a2 + b2 + c2
cos α cos β cos γ
2 2 2
Desta forma: q
a2 a2 a2 a
cos2 α
= a2 + b2 + c2 ⇒ cos2 α = a2 +b2 +c2
⇒ cosα = ± a2 +b2 +c2
⇒ cosα = ± √ .
a2 +b2 +c2
b
Analogamente, cosβ = ± √ e cosγ = ± √ .
a2 +b2 +c2 a2 +b2 +c2
14
1.8 Coordenadas Cilíndricas
As coordenadas cilíndricas são uma generalização das coordenadas polares do R2 . Isto é, às co-
ordenadas polares do plano R2 r e θ é acrescido da altura z. Desta forma um ponto do espaço em
coordenadas cilindricas é dado por P(r, θ, z).
15
1.9 Coordenadas Esféricas
Definição 1.9.1. Consideremos um ponto P(x, y, z) do R3 . Definimos as coordenadas esféricas
¯ ϕ o ângulo entre o eixo - z e OP
como sendo os números ρ, ϕ e θ, em que ρ é comprimento de OP,
¯
e θ o ângulo OP e o eixo - x.
16
• Pelo triângulo OPP′ : r = ρsenφ (ii)
• x = ρsenφcosθ
• y = ρsenφsenθ
Portanto:
x = ρsenφcosθ, y = ρsenφsenθ e z = ρcosφ constitui a relação entre essas coordernadas.
Note ainda a seguinte relação:
• z = ρcosφ ⇒ z2 = ρ2 cos2 φ
• x2 + y2 + z2 = ρ2 sen2 φcos
2
θ + ρ2 sen2 φsen2 θ + ρ2 cos2 φ
⇒ x2 + y2 + z2 = ρ2 sen2 φcos2 θ + sen2 φsen2 θ + cos2 φ
h i
⇒ x2 + y2 + z2 = ρ2 sen2 φ(cos2 θ + sen2 θ) + cos2 φ
h i
⇒ x2 + y2 + z2 = ρ2 sen2 φ(1) + cos2 φ
h i
⇒ x2 + y2 + z2 = ρ2 sen2 φ + cos2 φ
⇒ x 2 + y2 + z2 = ρ2
Ou seja:
x 2 + y2 + z2 = ρ2
17
Exemplos:
• x = rcosθ ⇒ x = 3cos 2π
3
x = 3 · (− 12 ) = − 32 .
√
3
√
• y = rsenθ ⇒ y = 3sen 2π
3
y = 3 · 2
= 3
2
· 3.
• z = 3. √
3 3 3
Logo, P(3, 2π
3
, 3) ≈ P( 2
, 2
, 3).
√ √ √
• x = ρ · senφ · cosθ ⇒ x = 2 · sen π3 · cos π4 x = 2 · 2
3
· 2
2
= 2
6
.
√ √ √
• y = ρ · senφ · senθ = 2 · sen π3 · sen π4 ⇒ y = 2 · 2
3
· 2
2
= 2
6
.
18
• z = ρ · cosφ ⇒ z = 2 · cos π3 = 2 · 1
2
= 1.
√ √
Logo, P(2, π4 , ππ3) ≈ P( 26 , 26 , 1).
→
3. Determine os cossenos diretores de OA, sendo A(4, −3, 0).
Resposta:
p p
ρ = x2 + y2 + z2 ⇒ ρ = (4)2 + (−3)2 + (0)2 = 5
x
• x = ρcosα ⇒ cosα = ρ
= 54
y
• y = ρsenβ ⇒ senβ = ρ
= − 53
z 0
• z = ρcosγ ⇒ cosγ = ρ
= 5
=0
4. Os parâmetros diretores de uma reta são os números −3, 6 e −2. Determine seus cossenos
diretores.
Resposta:
a −3
• cosα = √ = √ = − 73
a2 +b2 +c2 49
• cosβ = √ b = √6 = 6
a2 +b2 +c2 49 7
√ c −2
• cosα = = √ = − 72
a2 +b2 +c2 49
5. Uma reta faz um ângulo de 45o com o eixo - x e 135o com o eixo - z. Qual o ângulo que esta
faz com o eixo - y?
Resposta:
19
(cos45o )2 + cos2 β + (cos135o )2 = 1
√ √
2 2 2 2 2
⇒ ( ) + cos β + (− ) =1
2 2
2 2
⇒ + cos2 β + = 1
4 4
2
⇒ cos β = 0
⇒ cosβ = 0
⇒ β = arccos0
⇒ β = 90o
.
6. Localize os octantes onde estão situados os pontos cujas as coordenadas satisfazem as se-
guintes equações:
a) x − y = 0
b) x + y = 0
c) x − z = 0
d) |y| = z
Resposta:
a) x − y = 0 ⇒ x = y
Procuramos octantes em que a abscissa e a ordenada tenham o mesmo sinal. Ou seja: 1o , 4o ,
5o e 8o octantes.
b) x + y = 0 ⇒ x = −y
Procuramos octantes em que a abscissa e a ordenada tenham sinais contrários. Ou seja: 2o ,
3o , 6o e 7o octantes.
c) x − z = 0 ⇒ x = z
Procuramos octantes em que a abscissa e a cota tenham o mesmo sinal. Ou seja: 1o , 3o , 6o
e 8o octantes.
d)|y| = z ⇒ ±y = z ⇒ −y = z ou y = z.
Procuramos octantes em que a ordenada e a cota tenham o mesmo sinal ou sinais contrários.
Ou seja:
−y = z ⇒ 3o , 4o , 5o e 5o octantes.
y = z ⇒ 1o , 2o , 7o e 8o octantes.
ou seja: 1o , 2o , 3o , 4o , 5o , 6o , 7o e 8o octantes.
Respostas:
Como o segmento tem a mesma inclinação sobre os eixos, temos que α = β = γ, utilizando
a relação entre os cossenos diretores desses ângulos temos:
20
α = β = γ ⇒ cosα = cosβ = cosγ ⇒ cos2 α = cos2 β = cos2 γ
⇒ cos2 α + cos2 β + cos2 γ =q1 ⇒ 3cos2 α = 1
√
1 1 3
⇒ cos2 α = 3
⇒ cosα = 3
⇒ cosα = 3
√
3
logo cosα = cosβ = cosγ = 3
.
√
8. Determine as coordenadas do ponto P do segmento OP ¯ de comprimento 2 3, situado no 1o
octante e igualmente inclinado sobre os três eixos coordenados.
Resposta:
Do exercício anterior temos:
√ √
• x = ρcosα ⇒ x = 2 3 33 = 2
√ √
• y = ρcosα ⇒ y = 2 3 33 = 2
√ √
• z = ρcosα ⇒ z = 2 3 33 = 2
Logo P(2, 2, 2).
21
Exercícios Propostos:
Determine:
a)A × B
a)C × C
a)(A × B) ∩ (C × D)
3. Descreva os conjuntos:
a) 2 × R2
b) R2 × 4
c) (2 × R2 ) ∩ (R2 × 4)
4. Se A = 1, 2, 3, achar A2 = A × A.
5. Descrevan os conjuntos: o
a) A = (x, y, z) ∈ R3 |x ∈ R, y = 0 e z ∈ R
n o
b) B = (x, y, z) ∈ R3 |x ∈ R, y ∈ R e z = 3
n o
c) C = (x, y, z) ∈ R3 |x = 1, y = 3 e z ∈ R
n o
d) D = (x, y, z) ∈ R3 |x ∈ R, y = 3 e z ∈ R
n o
e) E = (x, y, z) ∈ R3 |x = −2, y ∈ R e z = 4
n o
f) F = (x, y, z) ∈ R3 |x = 0, y = 0 e z ∈ R
n o
g) G = (x, y, z) ∈ R3 | − 1 ≤ x ≤ 4, y ∈ R e z ∈ R
n o
h) H = (x, y, z) ∈ R3 |1 ≤ x ≤ 4, 2 ≤ y ≤ 5 e z = 4
n o
i) I = (x, y, z) ∈ R3 |1 ≤ x ≤ 4, 2 ≤ y ≤ 5 e z ∈ R
√ √
6. Dado o ponto P(2, 2 3, 4 3), situado no 1o octante, descreva esse ponto em coordenadas
polares, cilíndricas e esféricas.
7. Considere o segmento OP,¯ situado no 1o octante. Determine as coordenadas do ponto P sa-
bendo que são termos consecutivos de uma progressão aritmética de razão 3 e que a ordenada
é o quádruplo da abscissa. Resp.: 1, 4 e 5.
22
Capítulo 2
2.1 Vetores
Ao estudar física no curso médio, o aluno toma contato com grandezas que para serem definidas
necessitam do valor numérico como também da noção de direção e sentido. Como exemplo pode-
mos citar força, velocidade, deslocamenro e o impulso.
Essas grandezas são chamadas de grandezas vetoriais ou simplesmente vetores. Elas são repre-
sentadas geometricamente por um segmento de reta orientado. Podemos assim definir geometrica-
mente vetor.
Definição 2.1.1 (vetor). Dados dois pontos A e B o segmento de reta orientado de origem A e
→
extremidade B, indicado por AB, é denominado vetor.
Nesse contato inicial o aluno já toma conhecimento de como somar vetores, através da regra do
paralelogramo, e de como multiplicar um número real por vetor.
→ → →
• No caso do paralelogramo, a diagonal AD indica a soma dos vetores AB e AC
• A operação de multiplicação de um número real por um vetor resulta num outro vetor de
comprimento menor ou maior, de mesma direção e mesmo sentido, caso o número real seja
positivo, ou de mesma direção e sentido contrário, caso o número real seja negativo.
23
Figura 2.2: Regra do Paralelogramo
→
Notação: v = (x, y)
→
x e y são chamados de componentes canônicos ou coordenadas do vetor v .
Exemplo:
→ →
Se A(x, y) e B(x, y), v =AB= B − A = (3, −2). O par ordenado (3, −2) indica o transporte do ponto
A para o ponto B, deslocando-se paralelamente ao eixo-x, 3 unidades para a direita e −2 unidades
paralelamemte ao eixo y.
24
Definição 2.2.2 (Vetor no Espaço R3 ). Vetor no plano R3 é um terno ordenado (x, y, z) de números
reais.
Exemplo:
→ →
1. Se A(1, 2, 3) e B(2, −1, 3), quais as coordenadas do vetor v =AB?
Resposta:
→ →
v =AB= (xB − xA , yB − yA , zB − zA ) = (2 − 1, −1 − 2, 3 − 3) = (1, −3, 0), logo → v = (1, −3, 0).
→ →
2. Se A(−2, 1, 3) e B(5, 3, 1), quais as coordenadas do ponto P(x, y, z) tal que AP=AB.
→ →
Resposta: Sendo AP=AB temos que P − A = B − A o que implica em P = B, logo P(5, 3, 1).
→ →
Definição 2.2.3 (Equipolência). Dados os pontos A, B, C e D, os vetores AB e CD são denominados
→ →
equipolentes, escrevemos AB≈CD, quando possuem a mesma medida (comprimento), a mesma
direção e o mesmo sentido.
→ →
Simbolicamente escrevemos: AB≈CD
25
Figura 2.5: Equipolência de Vetores
26
Exercícios Resolvidos:
1. Dados os pontos A(a, b, 2), B(−1, 1, 3) e C(3, −2, 0) em que a e b são números reais, calcular
as coordenadas do ponto D para que ABCD seja nessa ordem um paralelogramo.
Resposta:
Seja ABCD um paralelogramo e consideremos D(x, y, z). geometricamente temos:
A−D = B−C
(a − x, b − y, 2 − z) = (−1 − 3, 1 − (−2), 3 − 0)
(a − x, b − y, 2 − z) = (−4, 3, 3)
a − x = −4, b − y = 3, 2 − z = 3
x = a + 4, y = b − 3, z = −1
logo D(a + 4, b − 3, −1)
2. Determinar os números reais a e b, se (a + b, a − b) = (7, 11)
Resposta:
A partir do conceito de par ordenado temos:
( + b, a − b) = (7, 11) ⇔ a + b = 7 e a − b = 11
(a
a + b = 7
a − b = 11
Adicionando as duas equações temos 2a = 18 o que implica em a = 9.
Substituindo este resultado na primeira equação chega-se que b = −2. O que conclui o
exercício.
27
Exemplo:
→ → → →
Dados os vetores v1 = (1, 2, −3) e v2 = (3, −2, 5), então v1 + v2 = (1 + 3, 2 + (−2), −3 + 5) = (4, 0, 2).
Observação:
A operação de adição de vetores é uma operação interna de V 3 , visto que s : V 3 × V 3 −→ V 3 .
Propriedades Operacionais:
→ → → →
1. Comutativa: v1 + v2 =v2 + v1 , ∀v1 , v2 ∈ V 3 .
→ → → → → →
2. Associativa: v1 + v2 + v3 = v1 + v2 + v3 , ∀v1 , v2 , v3 ∈ v3 .
→
3. Elemento Neutro: Existe um único vetor de V 3 , denominado vetor nulo e denotado por 0 , tal
→ → → → → →
que v + 0 = 0 + v = v , ∀ v ∈ V 3 .
→ → → → →
4. Vetor Oposto: para todo vetor v ∈ V 3 existe v′ tal que v + v′ = 0 .
→ → → → →
Note que, se v = (x, y, z), visto que v + v′ = 0 , temos que v′ = (−x, −y, −z).
Vetor Diferença
→ → → → →
Dados dois vetores v1 e v2 , existe um único vetor d denominado vetor diferença de v1 e v2 tal que
→ → → → → →
d =v1 − v2 o que implica em v1 = d + v2 .
Exemplo:
→ →
1. Sendo v1 = (1, 3) e v2 = (−2, 5), temos que:
→ →
• s =v1 + v2 = (1, 3) + (−2, 5) = (1 + (−2), 3 + 5) = (−1, 8).
→ →
• d =v1 − v2 = (1, 3) − (−2, 5) = (1 − (−2), 3 − 5) = (3, −2).
Geometricamente:
Observação:
Dados dois pontos A e B quaisquer do R3 , podemos dizer:
1. Vetores que possuem o mesmo comprimento, mesma direção mas sentido contrário são cha-
mados de vetores opostos.
→
2. 0 indica o vetor nulo.
→ → → → → → →
3. Os vetores AB e BA são opostos. Isto é, AB + BA= 0 ou BA= − AB.
28
Figura 2.8: Adição de Vetores
→ → → → → →
4. Dados dois vetores v1 e v2 , a operação de subtração v1 − v2 =v1 +(− v2 ) ou
→ → → → → →
v2 − v1 =v2 +(− v1 ), resulta da adição do vetor v1 com o oposto de v2 . Geometricamente
podemos encontrar os representantes desta operação unindo os pontos finais dos vetores por
um segmento que é orientado conforme o resultado exigido. Vejamos:
29
Leis do Cancelamento da Adição de Vetores
→ → → → → →
1. Se u + v = u + w então v =w.
→ → → → → →
2. Se u + v =w + v então u= v .
Exercícios Resolvidos
→ → → → → →
1. Se u + v =w então u=w − v .
→ → → → → → → → → → → → → → → →
Resposta: Sendo u + v =w⇔ ( u + v ) + (−v) =w +(−v) ⇔ u +( v + −v) =w − v ⇔ u + 0 =w
→ → → →
− v ⇔ u=w − v .
→ → → → →
2. ABCD é um quadrilátero. Se AD= BC= v e AB=w. Que tipo de quadrilátero é ABCD?
→ → → →
Determinar CD, BD e CA em termos de v e w.
Resposta:
→ → →
Sendo ABCD um quadrilátero com AD= BC= v temos que os lados AD e BC são paralelos,
→ → →
por esta razão AB=DC=w, isto é, AB e DC são paralelos, o que nos leva a concluir que
ABCD é um paralelogramo. Então:
→ → → → → → → → → → →
• AC=AB + BC=w + v . Mas CA=−AC= −(w + v ) = − w − v .
→ → → → →
• BD=AD − AB= v − w.
→ → → → → → → → → → → → → → → →
• AD + DC=AC⇒DC=AC − AD= v −( v − w) = v − v + w= 0 + w=w. Mas CD=
→ →
− DC= − w.
30
2.4 Multiplicação de um número real por um vetor
→
Definição 2.4.1. Dado um vetor v ∈ V 3 e um número real λ. O produto de um número real λ pelo
→ →
vetor v = (x, y, z), denotado por λ v , é o vetor das seguintes coordenadas:
→
λ v = λ(x, y, z) = (λx, λy, λz)
Consequências da definição:
→ →
• λ = 0, λ v = 0(x, y, z) = (0, 0, 0). ∀ v ∈ V 3 .
→
• λ , 0, λ v = λ (x, y, z) = (λx, λy, λz).
Exemplos:
→ →
1. Se λ = 3 e v = (−1, 2, 5), então λ v = 3 (−1, 2, 5) = (−3, 6, 15).
→ →
2. Se v = (1, −1, 4) e w= (2, 1, −1) e λ = 4 então:
→ →
λ v + w = 4 [(1, −1, 4) + (2, 1, −1)] = 4 (3, 0, 3) = (12, 0, 12).
Observação:
A operação de multiplicação de um número real por um vetor é uma operação externa, que pode
ser observada da seguinte forma:
f : R × V 3 −→ V 3
→ → →
λ, v −→m= λ v
31
2.4.1 Propriedades Operacionais da Multiplicação de um Escalar por um
Vetor
.
→ → → →
1. Associatividade: λ(µ v ) = (λµ) v = µ(λ v ), ∀λ, µ ∈ R e ∀ v ∈ V 3 .
2. Distributiva:
→ → → →
• (λ + µ) v = λ v +µ v , ∀λ, µ ∈ R v ∈ V 3 .
→ → → → → →
• λ u + v = λ u +λ v , ∀λ ∈ R ∀ u, v ∈ V 3 .
→ → →
3. Multiplicação de um vetor pelo escalar 1: 1 v = v , ∀ v ∈ V 3 .
Observação:
Exercícios Resolvidos:
→ → → →
1. Prove que se α v = β v e se v , 0 então α = β.
Resposta:
→ →
α v= β v⇔
→ → → →
α v +(−β v ) = β v +(−β v ) ⇔
→ → → →
α v −β v = β v −β v ⇔
→ →
(α − β) v = (β − β) v ⇔
→ →
(α − β) v = 0 v ⇔
→ → → →
(α − β) v = 0 , como v , 0
α−β=0 portanto, α = β
.
32
→ →
2. Calcule v , se v = 3(1, 0, 1) − 4(0, 1, 1) − 3(1, −1, 0).
Resposta:
→
v = 3(1, 0, 1) − 4(0, 1, 1) − 3(1, −1, 0)
→
v = (3, 0, 3) − (0, 4, 4) − (3, −3, 0)
→
v = (3 − 0 − 3, 0 − 4 − (−3), 3 − 4 − 0)
→
v = (0, −1, −1)
→ → → → → →
3. Dados os vetores v1 e v2 , pede-se determinar um vetor x∈ V 3 , tal que v1 =v2 −3 x.
Resposta:
→
Seja x= (a, b, c). Então:
→ → →
v1 =v2 −3 x
1
• 2 − 3a = 1 ⇒ −3a = 1 − 2 ⇒ −3a = −1 ⇒ a = 3
• −1 − 3b = 2 ⇒ −3b = 2 + 1 ⇒ −3b = 3 ⇒ b = − 33 = −1
• −3 − 3c = −1 ⇒ −3c = −1 + 3 ⇒ −3b = 2 ⇒ b = − 32
Portanto a = 31 , b = −1 e c = − 32
→ → → → → →
4. ABCD é um quadrilátero. Se AD= 3 v , BC= 2 v e AB=w, que tipo de quadrilátero é
→ → → → →
ABCD? Determinar DC, BD e CA em termos de v e w.
Resposta:
→ → → → → → → →
Sendo AD= 3 v , BC= 2 v e AB=w e ABCD um quadrilátero, temos que AD // BC
de comprimentos diferentes, o que indica que ABCD é um trapézio. Vejamos como fica a
solução geometricamente:
33
Figura 2.13: Trapézio ABCD
→ → → → →
• BD=AD − AB= 3 v − w.
→ → → → → → → → → →
• AC=AB + BC=w + 2 v . mas CA= − AC, então CA= − w −2 v .
→ → → → → → → →
• DC=AC − AD=w +2 v −3 v =w − v .
→ → →
5. Dados três ponto distintos do espaço R3 , A, B e C, mostre que AB − AC=CB.
Resposta:
→ → →
Dados os pontos A, B e C, fixando A, consideremos os vetores AB e AC. O vetor CB é
um vetor de origem C e extremidade B. Ou seja, é um vetor determinado a partir das extre-
→ → → → →
midades dos vetores AB e AC. Logo CB=AB − AC.
→ → → →
Considerando ABCD um paralelogramo, chamemos AB=v1 e AD=v2 . Como M e N são
pontos médios de AB e CD termos:
→ → →
1 1 →
• AM= MB= 2
AB= v.
2 1
→ → →
1 1 →
• DN=NC= 2
DC= v.
2 2
→ →
Queremos mostrar que AN= MC.
34
Figura 2.14: Solução Geométrica
De fato:
→ → → → →
• AN=AD + DN=v2 + 12 v1 .
→ → →
1 → →
• MC= MB + BC= v
2 1
+ v2 .
→ →
Logo AN= MC e portanto ABCD é um paralelogramo.
35
Exercícios
→
1. Calcular as coordenadas do vetor v = 3(1, 0, 1) − 2(0, 1, 1) − 3(−1, −1, 2).
→
Resp.: v = (6, 1, −5)
→ → →
2. Calcular as coordenadas do vetor x∈ V 3 , tal que 2 x +3(2, 1, 0) = 0 .
→
Resp.: x= − 23 (2, 1, 0)
→ →
3. Achar as coordenadas do vetor x −3(2, 1, −1) = 4 x.
→
x= (−2, −1, 1)
→ →
4. Determinar os vetores x e y pertencentes a V 3 que verificam o sistema:
→ →
x + 2 y = (0, 2, 1)
→
→
y − 2 x = (1, 2, −1)
→ →
Resp.: x= 51 (−2, −2, 3) e y = 51 (1, 6, 1)
→ → →
5. Dados os vetores u= (3, 2, 1), v = (−4, −3, 1) e w= (2, 1, 1), pede-se determinar os escalares
→ → → →
λ, µ e ν tais que: λ u +µ v +ν w= 0 .
Resp.: λ = µ = ν = 0
6. No plano R2 são dados os pontos O = (0, 0), A(1, 2), B(−2, 4), C(−3, 1) e D(3, 5). Se
→ → → → → → → →
OA, OB, OC e OD representam os vetores a, b , c e d , respectivamente, pede-se a
→ → → → → → → → → → →
representação geométrica dos vetores: a + b , a − b , ( a + b )+ c e ( a + b ) − ( c + d ).
→ → → → → → → →
7. Se a +2 b = c e a −3 b = 2 c, mostrar que a tem o mesmo sentido que c e sentido
→
contrário a b .
→ → → →
Resp.: a= 57 c; a= −7 b
→ → → → → → → →
1
8. No trapézio ABCD, da figura abaixo, AB= a, DC= 2 a, DA= b e BE= 3
BC. Expressar
→ → → →
os vetores AC e DE em função dos vetores a e b .
Resp.:
→ → →
AC= 2 a − b
→ → →
DE= 32 (2 a + b )
36
Figura 2.16: Trapézio ABCD
37
Definição 2.5.2 (Vetores Linearmente Independente e Linearmente Dependente). Dados os veto-
→ → →
res v1 , v2 , ..., vn n ≥ 1 e os escalares λ1 , λ2 , ..., λn , consideremos a seguinte combinação linear
igualada ao vetor nulo.
→ → → →
λ1 v1 +λ2 v2 +... + λn vn = 0
Vejamos:
→ → →
• Caso tenhamos λ1 = λ2 = ... = λn = 0 dizemos que os vetores v1 , v2 , ..., vn n ≥ 1 são
linearmente independente ou simplesmemnte LI.
→ → →
• Caso tenhamos n escalares não todos nulos, dizemos então que os vetores v1 , v2 , ..., vn n ≥ 1
são linearmente dependente ou simplesmente LD
Exemplos:
Verifique se os vetores listados nos itens abaixo são LI ou LD:
→ → →
1. a1 = (1, −1, 3), a2 = (−1, 1, −1) e a3 = (2, 0, 1).
→ → →
2. b1 = (1, −2, −1), b2 = (−1, 1, 0) e b3 = (1, 0, 1).
Resposta 1:
→ → →
Sejam os escalares λ1 , λ2 , λ3 e os vetores a1 , a2 e a3 tais que:
→ → → →
λ1 a1 +λ2 a2 +λ3 a3 = 0 ⇒ λ1 (1, −1, 3) + λ2 (−1, 1, −1) + λ3 (2, 0, 1) = (0, 0, 0)
⇒ (λ1 − λ2 + 2λ3 , −λ1 + λ2 , 3λ1 − λ2 + λ3 ) = (0, 0, 0)
pela igualdade de vetores, resulta em um sistema homogêneo. Claro que λ1 = λ2 = λ3 = 0 é
solução deste sistema. Queremos verificar se essa solução é única. Ou seja, se o determinante
associado ao sistema for diferente de zero, a solução é (0, 0, 0) conhecida como homogênea é única
→ → →
indicando que os vetores a1 = (1, −1, 3), a2 = (−1, 1, −1) e a3 = (2, 0, 1) são LI , caso o determi-
→ → →
nante associado ao sistema seja igual a zero a1 = (1, −1, 3), a2 = (−1, 1, −1) e a3 = (2, 0, 1) são
LD.
λ1 − λ2 + 2λ3 = 0
1 −1 2
−λ1 + λ2 = 0 ⇒ ∆ = −1 1 0 ⇒ ∆ = −4 , 0
3λ − λ + λ = 0
3 −1 1
1 2 3
→ → →
Pelo exposto λ1 = λ2 = λ3 = 0 logo os vetores a1 , a2 e a3 são LI.
Resposta 2:
→ → →
Sejam os escalares λ1 , λ2 , ..., λn e os vetores b1 , b2 e b3 tais que:
→ → → →
λ1 a1 +λ2 a2 +λ3 a3 = 0 ⇒ λ1 (1, −2, −1) + λ2 (−1, 1, 0) + λ3 (1, 0, 1) = (0, 0, 0)
⇒ (λ1 − λ2 + λ3 , −2λ1 + λ2 , −λ1 + λ3 ) = (0, 0, 0)
pela igualdade de vetores, resulta em um sistema homogêneo. Como já foi explicado no exemplo
anterior, que verificar se esse sistema tem ou não solução única. Vejamos:
38
λ1 − λ2 + λ3 = 0
1 −1 1
−2λ1 + λ2 = 0 ⇒ ∆ = −2 1 0 ⇒ ∆ = 0
λ
−λ
−1 0 1
1 + 3 = 0
Pelo exposto, além λ1 = λ2 = λ3 = 0 podemos ter algum λi , 0, i = 1, 2, 3 que conduz
→ → → → → → →
também a igualdade λ1 b1 +λ2 b2 +λ3 b3 = 0 . Logo os vetores b1 , b2 e b3 são LD.
2.5.1 Propriedades:
→
1. Um vetor v = 0 é linearmente dependente.
→ → → →
2. os vetores v1 , v1 , ..., vi , ..., v1 são LD se qualquer um deles for uma combinação linear dos
outros.
→ → → → → →
3. Dados os vetores v1 , v2 , ..., vi−1 , vi , vi+1 , ..., vn , se i destes vetores, 1 ≤ i ≤ n são L.D., então os
n vetores são L.D.
4. Dois vetores sao L.D. se, e somente se, são colineares ou paralelos.
→ → →
5. Três vetores v1 , v2 e v3 são L.D se, e somente se, são coplanares.
→ → →
6. Três vetores v1 , v2 e v3 são L.I se, e somente se, não estão no mesmo plano.
Observação:
Vamos nos concentrar em estudar vetores do espaço V 3 . por essa razão nessa observação vamos
citar exemplos geométricos de vetores de V 3 que são L.I. e L.D..
→
1. Dado um único vetor v de V 3 podemos dizer:
→ →
• O vetor nulo v = 0 é L.D.
→ →
• O vetor v , 0 é L.I.
→ → →
2. Os vetores v2 , v2 e v3 são L.D. se estão no mesmo plano.
39
Figura 2.17: Vetores Coplanares - L.D.
→ → →
3. Os vetores v1 , v2 e v3 são L.I. se estão no mesmo plano.
40
Exercícios Resolvidos:
→ →
1. Achar os valores de λ1 e λ2 para que os vetores v1 = (λ1 , 1, λ2 + 1) e v2 = (2, λ1 − 1, λ2 )
sejam paralelos.
λ1
de (1) temos que α = 2
, e em seguida substituindo esse resultado em (2), temos
λ1
1= 2
(λ1 − 1) ⇒ λ21 − λ1 − 2 = 0 ⇒ (λ1 − 2)(λ1 + 1) = 0
logo λ1 = 2 ou λ1 = −1
note que λ1 = 2 ⇒ α = 1 o que inviabiliza a solução, pois teríamos λ2 = λ2 + 1. Logo a
solução da questão é dada por λ1 = −1, λ2 = − 32 e α = − 21 .
→ → → →
2. Dados os vetores v1 = (1, −1, 3) e v2 = (−1, 1, −2), calcular λ ∈ R de modo que v1 +λ v2 seja
→
paralelo ao vetor v3 = (3, −3, 7).
Solução:
→ → → → →
v1 +λ v2 // v3 ⇒ v1 +λ v2 = µv3 , ou seja:
(1, −1, 3) + λ(−1, 1, −2) = µ(3, −3, 7)
Efetuando as operações, temos:
1 − λ = 3µ
−1 + λ = −3µ
3 − 3λ = 7µ
note que
3−2λ = 7µ ⇒ 3−2λ = 7( 33 )µ ⇒ 3−2λ = 73 (3µ) ⇒ 3−2λ = 73 (1−λ) ⇒ 9−6λ = 21−21λ
12
⇒ −6λ + 21λ = 21 − 9 ⇒ 15λ = 12 ⇒ λ = 15 ⇒ λ = 54 .
41
2.6 Base
Definição 2.6.1 (Base). Chamamos de Base de V 3 todo terno ordenado de vetores de V 3 que são
linearmente independente e que geram V 3 .
Exemplo:
n→ → →o → →
1. Verifique se o conjunto de vetores β = v1 , v2 , v3 com v1 = (1, 2, −1), v2 = (−1, 0, 1) e
→
v3 = (0, 1, −2) constitui-se uma base de V 3 .
Resposta:
→ → →
• Verifiquemos se os vetores v1 , v2 e v3 são L.I.
→ → →
Consideremos os escalares λ1 , λ2 , λ3 e os vetores v1 , v2 e v3 tais que:
→ → → →
λ1 v1 +λ2 v2 +λ3 v3 = 0 ⇒ λ1 (1, 2, −1) + λ2 (−1, 0, 1) + λ3 (0, 1, −2) = (0, 0, 0)
⇒ (λ1 − λ2 , 2λ1 + λ3 , −λ1 + λ2 − 2λ3 ) = (0, 0, 0)
ou seja:
λ − λ2 +
= 0 1 −1 0
1
2λ1 + + λ 3 = 0 ⇒ ∆ = 2 0 1 ⇒ ∆ = −4
−λ λ
− 2λ3 = 0
−1 1 −2
1 2
Isto indica que o sistema possui uma única solução, ou seja, a solução homogênea
→ → →
λ1 = λ2 = λ3 = 0. Logo os vetores v1 , v2 e v3 são L.I.
→ → → →
• vejamos se v1 , v2 e v3 geram V 3 . Para isso vamos considerar um vetor v = (x, y, z) de
→ → →
V 3 e verificar se v = (x, y, z) pode ser escrito como uma combinação linear de v1 , v2 e
→
v3 . Vejamos:
sejam os escalares α1 , α2 , e α3 tais que
→ → → →
α1 v1 +α2 v2 +α3 v3 = v ⇒ α1 (1, 2, −1) + α2 (−1, 0, 1) + α3 (0, 1, −2) = (x, y, z)
⇒ (α1 − α2 , 2α1 + α3 , −α1 + α2 − 2α3 ) = (x, y, z)
Pela igualdade de vetores, temos:
λ − λ2
+ = x 1 −1 0
1
2λ1 + + λ3 = y ⇒ ∆ = 2 0 1 ⇒ ∆ = −4
−λ + λ
− 2λ3 = z
−1 1 −2
1 2
x −1 0
∆
1 = −x − 2y − z ⇒ α1 = ∆α1 = −x−2y−z = x+2y+z
∆α1 = y 0 −4 4
z 1 −2
1 x 0
∆
1 = 3x − 2y − z ⇒ y = ∆α2 = 3x−2y−z = − 3x−2y−z
∆α2 = 2 y −4 4
−1 z −2
42
1 −1 x
∆α
∆α3 = 2 0 y = 2x + 2z ⇒ α2 = ∆3 = 2x+2z −4
= − x+z
2
−1 1 z
podemos então escrever que;
(x, y, z) = x+2y+z
4
(1, 2, −1) − 3x−2y−z
4
(−1, 0, 1) − x+z
2
(0, 1, −2)
ou seja:
→ → → → →
v = α1 v1 +α2 v2 +α3 v3 indica que o vetor v qualquer de V 3 , é combinação linear dos
→ → → → → →
vetores v1 , v2 e v3 ou que, v1 , v2 e v3 geram o espaço V 3 .
n→ → →o
Logo, os vetores são L.I. e geram V 3 , portanto β = v1 , v2 , v3 se constitui uma base de V 3
n→ → →o → →
2. Verifique se o conjunto de vetores β = u1 , u2 , u3 com u1 = (1, 0, 0), u2 = (2, 1, −1) e
→
u3 = (1, −1, 1) constitui-se uma base de V 3 .
Resposta:
→ → →
• Verifiquemos se os vetores u1 , u2 e u3 são L.I.
→ → →
Consideremos os escalares λ1 , λ2 , λ3 e os vetores u1 , u2 e u3 tais que:
→ → → →
λ1 u1 +λ2 u2 +λ3 u3 = 0 ⇒ λ1 (1, 0, 0) + λ2 (2, 1, −1) + λ3 (1, −1, 1) = (0, 0, 0)
⇒ (λ1 + 2λ2 + λ3 , λ2 − λ3 , −λ2 + λ3 ) = (0, 0, 0)
ou seja:
λ − 2λ2 + λ3 = 0
1 2 1
1
+ λ2 − λ3 = 0 ⇒ ∆ = 0 1 −1 ⇒ ∆ = 0
− λ2 + λ3 = 0
0 −1 1
Observação:n
→ → →o → → → →
Dada base β = v1 , v2 , v3 de V 3 e os escalares λ1 , λ2 e λ3 de forma que v = λ1 v1 +λ2 v2 +λ3 v3 ,
→
v = (λ1 , λ2 , λ3 )β indica as coordenadas do vetor v em relação a base β.
43
2.6.1 Base Canônica
Definição 2.6.2
n → →(Base Canônica). Chamamos de base canônica de V 3 ao terno ordenado de ve-
→o → → →
tores β0 = e1 , e2 , e3 , onde e1 = (1, 0, 0), e2 = (0, 1, 0) e e3 = (0, 0, 1), em que as coordena-
das de qualquer vetor em relação a essa base são suas próprias componentes. Isto é: O vetor
→ → → → →
v = (x, y, z) = x(1, 0, 0) + y(0, 1, 0) + z(0, 0, 1) ou seja v = x e1 +y e2 +z e3 ou ainda v = (x, y, z)β0 .
Exemplo:
→ n→ → →o →
O vetor v = (2, −4, 6) em relação à base canônica β0 = e1 , e2 , e3 é dado por: v = 2(1, 0, 0) −
→
→ → →
4(0, 1, 0) + 6(0, 0, 1) ou seja v = 2 e1 − 4 e2 +6 e3 .
Exercícios Resolvidos:
1. Mostre que o segmento de reta que os pontos médios de dois lados de um triângulo é paralelo
ao terceiro lado e é igual à metade desse terceiro lado.
Resposta:
→ →
Seja ABC um triângulo e M e N pontos médios de AC e BC respectivamente. Queremos
→ →
1
mostrar que MN= 2
AB.
→ → → →
1
• M ponto médio de AC então AM= MC= 2
AC.
44
Figura 2.20: Resolução de exercício
→ → → →
1
• N ponto médio de BC então BN=NC= 2
BC.
→ → → → → → →
• BC=AC − AB ⇒ BN=NC= 21 (AC − AB).
Veja que:
→ → → → → → →
MN + NC= MC ⇒ MN + 21 (AC − AB) = 1
2
AC
→ → → → → → → → →
⇒ MN + 21 AC − 12 AB= 1
2
AC ⇒ MN − 12 AB= 0 ⇒ MN= 1
2
AB.
→ → → →
1
Logo MN // AB e além disso MN= 2
AB, o que finaliza o exercício.
2. Prove que as diagonais de um paralelogramo encontram-se mutuamente nos seus pontos mé-
dios.
Resposta:
→ →
Seja ABCD um paralelogramo e M e N pontos médios de AC e BD respectivamente. Que-
remos mostrar que M = N.
Veja que:
→ → → → → → →
• AC=AB + AD ⇒ AM= MC= 12 (AB + AD).
→ → → → → → →
• BD=AD − AB ⇒ BN=ND= 12 (AD − AB)
• Suponhamos por absurdo que M , N. Nestas condições temos:
45
Figura 2.21: Resolução de exercício
→ → → → → →
AN=AB + BN=AB + 21 (AD − AB) =
→ → → → →
=AB + 21 AD − 12 AB= 1
2
AB + 12 AD=
→ →
= 12 (AB + AD) =
→
=AM.
→ →
Logo AN=AM ⇒ N − A = M − A portanto M = N.o que conclui o exercício.
3. Mostre que o segmento que une os pontos médios dos lados não-paralelos de um trapézio é
paralelo aos lado às bases, e sua medida é igual à semi-soma das base.
Resposta:
Seja ABCD um trapézio com AB//CD e, M e N são pontos médios dos lados AD e BC
→ → →
respectivamente. Queremos mostrar que MN= 21 (AB + DC).
Veja que:
→ → →
• AC=AD + DC.
→ → → → → → → →
• CB=AB − AC=AB −(AD + DC) = (1 − α) AB − AD.
46
→ → → → →
1 1
• CN=NB= 2
CB= 2
(1 − α) AB − AD .
→
Calculando MN temos:
→ → → →
MN= MD + DC + CN
→ → → →
1 1
= 2 AD +α AB + 2 (1 − α) AB − AD
→ → → → →
1
= 2
AD +α AB + 21 AB − 12 α AB − 21 AD
→ →
1
= 2
AB + 21 α AB
→ →
1
= 2
(AB +α AB)
→ →
1
= 2
(AB + DC)
o que conclui o exercício.
4. Mostre que o segmento que une os pontos médios das diagonais de um trapézio é paralelo às
bases, e sua medida é igual à semi-diferença das medidas de suas bases.
Resposta:
Seja ABCD um trapézio com AB//CD e, M e N são pontos médios das diagonais AC e BD
→ → →
respectivamente. Queremos mostrar que MN= 21 (AB − DC).
Veja que:
→ → → → → → → → → →
1
• AC=AD + DC ⇒ AM= MC= 2
AC= 21 (AD + DC) = 12 (AD +α AB).
→ → → → → → → →
1
• BD=AD − AB ⇒ BN=ND= 2
BD= 12 (AD − AB).
47
→ → → → →
=AB − 12 AD − 12 α AB + 21 AD − 12 AB
→ →
1
= 2
AB − 12 α DC
→ →
1
= 2
AB − 12 α AB
→ →
1
= 2
(− DC)
AB
O que conclui o exercício.
Resposta:
48
→ → → → → → →
1 3
• AC=AN + NC, AN= 4
AC e NC= 4
AC.
→ → →
• BC=AC − AB.
→ → → → →
1
• BN=AN − AB= 4
AC − AB.
→ → → → →
2
• CM=AM − AC= 3
AB − AC.
→ → → →
• CX= λ1 CM= λ1 ( 32 AB − AC).
→ → → →
• BX= λ2 BN= λ2 ( 41 AC − AB).
→ → → → → → →
BX= BC + CX ⇒ BX − CX − BC= 0 ,
→ → →
substituindo os valores de BX, BC e CX, temos:
→ → → → → → →
λ2 ( 14 AC − AB) − λ1 ( 23 AB − AC) − (AC − AB) = 0
→ → →
1 2
λ
4 2
− λ1 − 1 AC + 1 − λ2 − λ
3 1
AB= 0
1
λ1 + 14 λ2 = 1
( ( (
λ
4 2
+ λ1 − 1 = 0 4λ1 + λ2 = 4
⇒ ⇒
1 − λ2 − 32 λ1 = 0 − 32 λ1 − λ2 = −1 2λ1 + 3λ2 = 3
9
Resolvendo o sistema encontramos λ1 = 10
e λ2 = 52 .
Note que:
→ → →
CX=AX − AC
→ → →
⇒ AX=CX + AC
→ → →
⇒ AX= λ1 CM + AC
→ → → →
9 2
⇒ AX= (
10 3
AB − AC)+ AC
→ → → →
3 9
⇒ AX= 5
AB − 10
AC + AC
→ → →
3 1
⇒ AX= 5
AB + 10 AC
Ou seja,
→ →
3 1
X−A= 5
AB + 10 AC
Logo,
→ →
3 1
X = A+ 5
AB + 10 AC
49
→ → → → → →
6. Considere o triângulo ABC, e sejam CA= u, CB= v e w= u − 2 v , calcule α real para que
→ ↔
o ponto X = C + α w pertença a reta AB.
Resposta:
→ → → → →
Consideremos a reta r =AB e um ponto fora C fora desta reta, tal que CA= u, CB= v ,
→ → →
w= u − 2 v e X = C + α w. Conforme figura: Desta forma temos:
→ → → →
• X = C + α w ⇒ X − C = α w ⇒ CX= α w.
• CX = CA + AX
→ →
CX = u +λ BA
→ → →
CX = u +λ( u − v )
→ →
(1 + λ) u −λ v
→ →
• Mas CX= α w, então:
→ → →
(1 + λ) u −λ v = α w
→ → → → → →
(1 + λ) u −λ v = α( u −2 v ) = α u −2α v
→ → → →
(1 + λ) u −λ v = α u −2α v
O que nos leva o seguinte sistema:
(
1+λ = α
−λ = −2α
adicionando as duas equações, obtemos α = −1.
50
Exercícios Propostos:
→ → →
1)v1 = (1, 4, 0), v2 = (3, 12, 1) e v3 = (2, −2 − 1).
2)v1 = (2, 3, 1), v2 = (0, 1, 5) e v3 = (1, 4, 0).
→ → →
3)v1 = (−1, 2, 1), v2 = (2, −3, 1) e v3 = (3, −2, 4).
→ →
4)v1 = (1, 2, 3), v2 = (2, 4, 6) e v →
3 = (−1, −2, 5).
→ → →
5)v1 = (2, −3, −1), v2 = (0, −1, 5) e v3 = (−1, −4, 2).
→ → →
a) v1 = (3, 5, 1), v2 = (2, 0, 4) e v3 = (4, 0, 8).
→ → →
b) v1 = (−2, 3, −5), v2 = (0, 0, 3) e v3 = (4, −5, 1).
→ → →
c) v1 = (−1, −1, −1), v2 = (3, 3, 3) e v3 = (2, −1, 4).
→ → →
d) v1 = (1, −2, −2), v2 = (2, −1, −5) e v3 = (1, 2, 1).
→ → →
e) v1 = (1, 2, −1), v2 = (2, −1, −1) e v3 = (8, −2, −1).
→ → → → →
10. Dados os vetores v1 = (2x, x + y, x − y), v2 = (2, 1, 1) e v3 = (0, 1, −1). Mostre que v1 , v2 e
→
v3 são coplanares.
→ → → →
11. Dados os vetores v1 = (1, −1, 1), v2 = (2, 0, 1), e v3 = (3, 1, 1). Determine um vetor x de
→ → → → →
modo que x // v2 e v1 + x // v3 .
→ → → →
12. Dados os vetores v1 = (1, −1, 0), v2 = (3, −1, 1), v3 = (2, 2, 1), e v4 = (4, −3, 1). Determine
→ → → → → → →
um vetor x de modo que x + v1 // v2 e x + v3 // v4 .
51
→ → → →
13. Dados os vetores v1 = (3, 4, −1), v2 = (1, 0, −1), e v3 = (0, 1, 1). Determine dois vetores x e
→ → → → → → → →
y de modo que x + y =v1 sendo x coplanar com v2 e v3 e y paralelo ao vetor (1, −1, 1).
→ → →
14. ABC é um triângulo e D o ponto médio do lado BC. E é um ponto AC tal que AE= λ EC,
→ → → → → →
λ ∈ R. Calcular λ para que o vetor s = BA + CA +2 BC seja paralelo ao vetor m=DE.
2
15. Prove que as diagonais de um triângulo são concorrentes em um mesmo ponto a 3
de cada
uma, a partir do vértice.
52
Capítulo 3
Observação:
→ p
1. Como x2 + y2 + z2 ≥ 0 temos que v = x2 + y2 + z2 ≥ 0.
→ →
2. Dados os pontos A(xA , yA , zA ) e B(xB , yB , zB ), v =AB= B − A = (xB − xA , yB − yA , zB − zA ) temos
assim que:
→ → →
• A = B ⇒ v =AB= B − A = 0
→ →
• A , B ⇒ v =AB= B − A = (xB − xA , yB − yA , zB − zA ), então
→ → p
v = AB = (xB − xA )2 + (yB − yA )2 + (zB − zA )2
Exemplo
→
→ p √ √
Dado o vetor v = (−1, 2, 2) então v = (−1)2 + (2)2 + (2)2 = 1 + 4 + 4 = 9 = 3.
53
→
Definição 3.1.2 (Vetor Unitário). Um vetor u∈ V 3 é chamado de vetor unitário se, e somente se,
tem módulo igual a 1.
Exemplo:
→ √
3
1. O vetor u= ( 21 , 0, 2
) é unitário.
De fato:
→ q √ q q √
u = ( 1 )2 + (0)2 + ( 3 )2 = 1 + 3
= 4
= 1 = 1.
2 2 4 4 4
→ √
3
2. O vetor u= (− 21 , 2
) ∈ V 2 é unitário.
De fato:
→ q √ q q √
u = (− 1 )2 + ( 3 )2 = 1 + 3
= 4
= 1 = 1.
2 2 4 4 4
3.1.2 Versor
→ →
Definição 3.1.3 (Versor). Dado um vetor v ∈ V 3 , chamamos de Versor, ao vetor unitário u para-
→ →
lelo a v e de mesmo sentido que v .
→ → → →
Problema: Dado o vetor v , 0 , achar o versor associado vetor v , ou vetor unitário u tal que
→ →
u // v .
Resposta:
54
Figura 3.1: Definição de Versor
Exemplo:
→ →
Dado o vetor v = (1, 2, 1), verifique se v é unitário. Caso contrário determine o vetor unitário asso-
→
ciado a v .
Resposta:
→
→ p √ √ →
v = (1, 2, 1) ⇒ v = (1)2 + (2)2 + (1)2 = 1 + 4 + 1 = 6 claramente vemos que v não é
→
unitário. Sendo assim o vetor unitário associado a v trata-se do versor. Isto é:
→ →
u= →1 v = √1 (1, 2, 1) = ( √1 , √2 , √1 ).
v 6 6 6 6
55
3.2 Produto Escalar
→ →
Definição 3.2.1. Dados dois vetores v1 e v2 o número real obtido pelo produtoD →dos módulos dos
→ → →E
dois vetores pelo cosseno do ângulo formado por eles, indicado por v1 · v2 ou v1 , v2 , é chamado
de Produto escalar. Ou seja:
→ → D → → E → → → →
v1 · v2 = v1 , v2 = v1 v2 cos(v1 , v2 )
.
Observação:
→ → →
• θ = 0 indica que v1 e v2 tem o mesmo sentido.
→ →
• θ = πrad indica que v1 e v2 tem sentidos contrários.
π → →
• θ= 2
indica que v1 e v2 são ortogonais.
→ →
• AB=v1
→ →
• AC=v2
→ → → → →
• CB=AB − AC=v1 − v2
56
Figura 3.3: Ângulo Entre Vetores
57
Exemplo:
Dados os vetores
→ → → →
v1 = (−2, 52 , 10) e v2 = (−5, 5, 12 ) então v1 · v2 = (−2)(−5) + ( 52 )(5) + (10)( 12 ) = 10 + 2 + 5 = 17
Observação:
→ →
1. v1 · v2 = x1 x2 + y1 y2 + z1 z2 não depende de base fixada.
→ → → →
0 se v1 = 0 ou v2 = 0
→ →
2. v1 · v2 = → → → → → →
v1 v2 cosθ se v1 , 0 v2 , 0
→ → → → → →
v1·v2
3. v1 , 0 e v2 , 0 então cosθ = →
v1 v→2
.
→ →
→ 2
4. v1 · v1 = x1 x1 + y1 y1 + z1 z1 = x12 + y21 + z21 = v1 .
5. f : V 3 × V 3 −→ R
→ → → →
(v1 , v2 ) −→ n =v1 · v2
→ → → → →
6. Em relação aos vetores da base canônica β0 = e1 , e2 , e3 onde e1 = (1, 0, 0), e2 = (0, 1, 0) e
→
e3 = (0, 0, 1), temos
→ → → → → →
e1 · e2 =e2 · e3 =e3 · e1 = 0
e→ · e→ =e→ · e→ =e→ · e→ = 1
1 1 2 2 3 3
→ → → → →
1. v1 · v1 ≥ 0 e v1 · v1 = 0 ⇒ v1 = 0.
→ → → →
2. Comutativa: v1 · v2 =v2 · v1
→ → → → → → →
3. Distributiva em relsação à adição de vetores: v1 ·(v2 + v3 ) =v1 · v2 + v1 · v3
→ → → → → →
4. Associativa para a multiplicação por um escalar: v1 (λ v2 ) = (λ v1 ) v2 = λ(v1 · v2 )
58
Exercícios Resolvidos:
Prove que:
→ → →2 → → →2
1. (v1 + v2 )2 =v1 +2 v1 · v2 + v1
→ → → → → →
Demonstração. (v1 + v2 )2 = (v1 + v2 ) · (v1 + v2 )
→ → → →
= v1 · (v1 + v2 ) + v2 · (v1 + v2 )
= v21 + v1 · v2 + v2 · v1 + v22
= v21 + 2v1 · v2 + v22
→ → → → →2 →2
2. (v1 + v2 ) · (v1 − v2 ) =v1 − v1
→ → → → → → → → → →
Demonstração. (v1 + v2 ) · (v1 − v2 ) =v1 ·(v1 − v2 )+ v2 ·(v1 − v2 )
→2 → → → → →2
=v1 − v1 · v2 + v2 · v1 − v2
→2 →2
=v1 − v2
→ → → → → →
Definição 3.2.2 (Vetores Ortogonais). Dados dois vetores v1 e v2 , com v1 , 0 e v2 , 0 , dizemos
→ →
que v1 e v2 são ortogonais se seu produto escalar é igual a zero.
Simbolicamente escrevemos:
→ → → →
v1 ⊥ v2 ⇒ v1 · v2 = 0
Exemplos:
→ → → →
1. Os vetores v1 =OA= (3, 5) e v2 =OB= (−5, 3) são ortogonais.
De fato:
→ →
v1 · v2 = (3, 5) · (−5, 3) = (3)(−5) + (5)(3) = −15 + 15 = 0
→ → → →
2. Os vetores v1 =OA= (1, 2, 2) e v2 =OB= (2, −2, 1) são ortogonais.
Resposta:
De fato:
→ →
v1 · v2 = (1, 2, 2) · (2, −2, 1) = (1)(2) + (2)(−2) + (2)(1) = 2 − 4 + 2 = 0
→ → →
3. Determinar um vetor v1 = (x, y, z) ortogonal aos vetores v2 = (1, 1, 0) e v3 = (0, 1, 1).
Resposta:
→ →
v1 ⊥ v2 ⇒ (x, y, z) · (1, 1, 0) = 0 ou x + y = 0
→ →
v1 ⊥ v3 ⇒ (x, y, z) · (0, 1, 1) = 0 ou y + z = 0
59
Do resultado dos produtos, segui o seguinte sistema:
( (
x + y = 0 x = −y
⇒ ⇒ x = z, y = −z, z = z
y + z = 0 y = −z
→ →
Logo v1 = (x, y, z) = (z, −z, z) = z(1, −1, 1). Isto indica que todo vetor paralelo a v1 =
→ →
z(1, −1, 1) é ortogonal aos vetores v2 = (1, 1, 0) e v3 = (0, 1, 1), o que conclui o exercício.
→ → → →
4. Dados os vetores v1 = (1, 1, 0), v2 = (1, 0, 1) e v3 = (0, 1, −1), determine um vetor v4 = (x, y, z)
→ → →
coplanar aos vetores v1 e v2 e ortogonal v3 .
Resposta:
→ → → → → →
v4 é coplanar v2 e v2 ⇒ v4 = λ1 v1 +λ2 v2
→ → → →
v4 ⊥ v3 ⇒ v4 · v3 = 0
ou
seja:
→ → →
v4
= λ1 v1 +λ2 v2 → → → → → → →
→ → ⇒ (λ1 v1 +λ2 v2 )· v3 = 0 ⇒ λ1 (v1 · v3 ) + λ2 (v2 · v3 ) = 0
v4 · v3 =
0
Mas,
→ →
v1 · v3 = (1, 1, 0) · (0, 1, −1) = 1
→ →
v2 · v3 = (1, 0, 1) · (0, 1, −1) = −1
Então:
→ → → →
λ1 (v1 · v3 ) + λ2 (v2 · v3 ) = λ1 (1) + λ2 (−1) = 0 ⇒ λ1 − λ2 = 0 logo λ1 = λ2 .
Portanto,
→ → →
v4 = λ1 v1 +λ2 v2 = λ1 (1, 1, 0) + λ1 (1, 0, 1) = λ1 [(1, 1, 0) + (1, 0, 1)] = λ1 (2, 1, 1). Isto indica
→
que todo vetor paralelo a v4 satisfaz o exercício.
60
Figura 3.5: Interpretação Geométrica do exercício
q q
→ q → → →2 √ →2
→
Demonstração. λ v = (λ v )(λ v ) = λ v = λ v = ||λ|| v
2 2
→ → 2 → 2 → 2 → →
2. v1 + v2 = v1 + v2 ⇔ v1 ⊥ v2 .
→ → 2 → →
Demonstração. v1 + v2 = (v1 + v2 )2
→ → → →
= (v1 + v2 ) · (v1 + v2 )
→ → → → → →
=v1 (v1 + v2 )+ v2 (v1 + v2 )
→2 → → → → →2
v1 + v1 · v2 + v2 · v1 + v2
→2 → → →2 → → → →
v1 +2 v1 · v2 + v2 por hipótese v1 ⊥ v2 ou seja v1 · v2 = 0, logo:
→2 →2
v1 + v2 .
→ → → →
3. v1 · v2 ≤ v1 v2 . Desigualdade de Shwarz.
→ → → →
Demonstração. • Se v1 = 0 e v2 = 0 nada temos a fazer.
→ → → →
• sejam v1 , 0 e v2 , 0 vetores de V 3 λ ∈ R. Veja que:
→ → →2 → → →2
(v1 +λ v2 )2 ≥ 0 ⇒ v1 +2(v1 · v2 )λ + λ2 v2
Temos assim uma equação do segundo grau cuja variável é λ, e que claramente ∆ ≤ 0.
Logo:
61
→ → → → → → →2 →2 → → →2 →2
∆ = [2(v1 · v2 )]2 −4(v1q
)2 (v2 )2 ≤ 0 ⇒q4(v1 · v2 )2 −4 v1 v2 ≤ 0 ⇒ 4(v1 · v2 )2 ≤ 4 v1 v2
→2 →2 →2 →2
→ → → →
→ →
⇒ (v1 · v2 )2 ≤v1 v2 (v1 · v2 )2 ≤ v1 v2 ⇒ v1 · v2 ≤ |v1 | |v2 |.
→ → → →
4. v1 + v2 ≤ v1 + v2 . (Desigualdade de Minkowski)
→ →
Demonstração. Dados os vetores v1 e v2 de V 3 , temos:
→ → → → → →
(v1 + v2 )2 = (v1 + v2 )(v1 + v2 )
→ → → → → →
=v1 (v1 + v2 )+ v2 (v1 + v2 )
→2 → → →2
=v1 +2 v1 · v2 + v2
Sendo assim, utilizando a desigualdade de Shwarz, temos:
|v1 + v2 |2 = |v1 |2 +2(v1 ·v2 )+|v2 |2 ≤ |v1 |2 +2 |v1 · v2 |+|v2 |2 ≤ |v1 |2 +2 |v1 | |v2 |+|v2 |2 = (|v1 |+|v2 |)2
⇒
Portanto:
|v1 + v2 | ≤ |v1 | + |v2 |.
Geometricamente:
→ →
• − v = v .
Demonstração. De fato: q
→ q → q q →
− v = (− v ) · (− → → → →
2
→
2
v ) = (−1)(−1)( v ) · ( v ) = (1)( v ) = ( v ) = v .
62
→ → → →
• v1 − v2 ≥ v1 − v2 .
Demonstração.
→ → → Note que,
v1 = v1 − v2 + v2 = (v→1 − v→2 )+ v→2 ≤ v→1 − v→2 + v→2
→
ou seja, → → → → → → → → → → →
|v1 | ≤ v1 − v2 + v2 ⇒ v1 − v2 ≤ v1 − v2 ou v1 − v2 ≥ v1 − v2 .
Simbolicamente: → →
= j = → = 1
i k
→ → →
β = i , j , k é ortonormal ⇔ → → →
→ → →
⇔
i ⊥ j ,
j⊥k , k⊥ i
→ →
→ → → →
i · i = j· j = k·k = 1
→ → → → → →
i · j = j·k = k· i = 0
Exemplos:
Verifique se as bases abaixo, são ortonormais:
→ √
i = ( 21 , 23 )
→ →
1. β = i , j de V 2 tal que √ .
→j = (− 3 , 1 )
. 2 2
Resposta:
→ →
Temos que verificar se i e j são unitários e ortogonais.
• Vejamos
q se os vetores são unitários:
= ( 1 )2 + 3 = 1 + 3 = 4 = √1 = 1.
→ √ 2 q q
i 2 2 4 4 4
j = (− 3 )2 + 1 = 3 + 1 = 4 = √1 = 1
→ q √ q q
2
2 2 4 4 4
→
→
Logo i = j = 1
• Vejamos se os vetores são ortogonais:
→ → √ √ → →
3
+ ( 23 )( 12 ) = 0 ⇒ i ⊥ J
i · j = ( 21 )(− 2
)
→ → → →
→ →
Pelo exposto, temos que i = j = 1 e i ⊥ j , portanto β = i , j é uma base ortonormal
de V 2 .
63
→
i = ( √13 , √13 , √13 )
→ → →
→
2. β = i , j , k de V 3 tal que
j = ( √12 , 0, − √12 ) .
→
i = ( √1 , − √2 , √1 )
. 6 6 6
Resposta:
• Vejamos
q se os vetores são unitários:
→ = ( √1 )2 + ( √1 )2 + ( √1 )2 = 1 + 1 + 1 = 3 = √1 = 1.
q q
i 3 3 3 3
→ q 3 3 3
j = ( √1 )2 + 02 + (− √1 )2 = 1 + 0 + 1 = 2 = √1 = 1
q q
2 2 2 2 2
→ = ( √1 )2 + (− √2 )2 + ( √1 )2 = 1 + 4 + 1 = 6 = √1 = 1.
q q q
k
6 6 6 6 6 6 6
→
→ →
Logo i = j = k = 1
• Vejamos se os vetores são ortogonais:
→ → → →
i · j = ( √13 )( √12 ) + ( √13 )(0) + ( √13 )(− √12 ) = √1
6
+0− √1
6
= √1
6
− √1
6
=0 ⇒ i ⊥ j
→ → → →
j · k = ( √12 )( √16 ) + (0)(− √26 ) + (− √12 )( √16 ) = √1
12
+0− √1
12
= √1
12
− √1
12
=0 ⇒ j ⊥ k
→ → → →
k · i = ( √16 )( √13 ) + ( √13 )(− √26 ) + (− √12 )( √16 ) = √1
12
+0− √1
12
= √1
12
− √1
12
=0 ⇒ j ⊥ k
→ → →
Pelo exposto, concluímos que β = i , j , k é uma base ortonormal de V 3 .
→ → →
(v2 −λ v1 )⊥ v1 ⇒
→ → →
(v2 −λ v1 )· v1 = 0 ⇒
→ → → →
v2 · v1 −λ(v1 · v1 ) = 0 ⇒
64
Figura 3.7: Vetor Projeção
→2 → →
λ v1 =v1 · v2 ⇒
→ →
v1 · v2
λ= ⇒
→2
v1
→ →
v1 · v2
λ = 2
→
v1
Observe que:
→ →
v1 · v2 > 0 se θ < π2 ⇒ λ > 0
→ →
v1 · v2 < 0 se θ > π2 ⇒ λ < 0
→ →
→ → λ v1 indica o vetor que representa a projeção do vetor v2
π
v1 · v2 = 0 se θ = 2 ⇒ λ = 0
→
→
sobre o vetor v1 e λ v1 o comprimento da projeção deste vetor. Então:
→ → → v→1 ·v→2 → v→1 ·v→2
v2
pro j → = λ v1 = ||λ|| v1 = |v |2 v1 = →
v1 1 v1
→ → → →
→
tomando u= v→1 , temos que u é o versor associado ao vetor v1 ou seja u = 1 de onde
v 1
concluímos que:
→ → →
v2
pro j → = u · v2
v 1
.
Exemplo:
→ → → →
Dados os vetores v1 = (1, 3, −2) e v2 = (−2, 1, −1) determine o vetor projeção de v2 sobre v1 e o
comprimento desta projeção.
65
Resposta:
• vetor projeção:
→ →
v 1 · v2 = (1)(−2) + (3)(1) + (−2)(−1) = 7
→ 2 2 2 2
v1 = 1 + 3 + (−2) = 14
→ →
v1 ·v2 7 1
λ= → 2 = 14
= 2
v1
→
vetor projeção: λ v1 = 21 (1, 3, −2) = ( 12 , 23 , −1)
• comprimento → da projeção:
→
q √
pro jv→2 = λ v1 = ( 21 )2 + ( 32 )2 + (−1)2 = 12 14
v 1
Exemplo:
→ → → → → → → →
1. Dados
→os→ vetores v1 = 2 i − j + k e v2 = i + j + k escritos em relação à base ortonormal
→
β = i , j , k determine o ângulo entre esses vetores.
66
Resposta:
→ →
v1 · v2 =q(2)(1) + (−1)(1) + (1)(1) = 2
→ √
v1 = (2)2 + (−1)2 + (1)2 = 6
→ q √
v2 = (1)2 + (1)2 + (1)2 = 3
então: → →
v1 ·v2 √ √
√ 2√ 2 2
cosθ = → → = 6 3
= 3
⇒ θ = arccos( 3
)
v1 v2
→ → → →
observando a figura temos que v =v1 + v2 + v3 = (a, a, a)
→ →
v 1 · v =√a.a + 0.a + 0.a =√a
→
v = a + 0 + 0 = a2 = a
2 2 2
→1 √ √ √
v = a2 + a2 + a2 = 3.a2 = a 3
Então, √ √
→ →
v1· v a2√ 3 3
cosθ = v1 →
→ = (a)(a 3)
= 3
⇒ θ = arccos( 3
).
v
67
3.3 Produto Vetorial Entre Vetores
→ → →
→ →
Definição 3.3.1. Consideremos a base ortonormal β = i , j , k de V 3 . Dados os vetores v1 e v2
→ → → →
de V 3 definimos o produto vetorial entre os vetores v1 e v2 e indicamos v1 ∧ v2 como sendo://
→ → → → →
1. Se v1 e v2 forem Linearmente Dependente temos assim que v1 ∧ v2 = 0 .
→ →
2. Se v1 e v2 forem Linearmente Independente temos assim que:
→ → → →
• v1 ∧ v2 = v1 ||v2 || senθ indica a área do paralelogramo definido pelos vetores v1 e
→ → →
v2 , e θ é o ângulo entre v1 e v2 .
68
Figura 3.12: Produto Vetorial de Vetores L.I.
→ → → →
2. Anti-comutativa: v1 ∧ v2 ,v2 ∧ v1
→ → → →
3. Associativa: (m v1 ) ∧ (n v2 ) = mn(v1 ∧ v2 )
→ → → → → → →
4. Distributiva: (v1 + v2 )∧ v3 =v1 ∧ v3 + v2 ∧ v3
→ → → → → → →
5. Distributiva: (v1 ∧(v2 + v3 ) =v1 ∧ v2 + v1 ∧ v3
→ → → → → → → →
v1 ∧ v2 = x1 x2 ( i ∧ i ) + x1 y2 ( i ∧ j ) + x1 z2 ( i ∧ k )+
69
→ → → → → →
+y1 x2 ( j ∧ i ) + y1 y2 ( j ∧ j ) + y1 z2 ( j ∧ k )
→ → → → → →
+z1 x2 ( k ∧ i ) + z1 y2 ( k ∧ j ) + z1 z2 ( k ∧ k ) =
→ → →
= x1 x2 . 0 +x1 y2 . k +x1 z2 .(− j )+
→ → →
+y1 x2 .(− k ) + y1 y2 . 0 +y1 z2 . i
→ → →
+z1 x2 . j +z1 y2 .(− i ) + z1 z2 . 0
Resposta:
→ → →
→ →
i j k → → → → → → →
v1 ∧ v2 = 1 5 −3 = 10 i +3 j −5 k −2 j = 10 i + j −5 k
−1 0 2
70
→ → → → → → → →
2. Dados os vetores v1 = 2 i + j − k e v2 = 2 i +2 j − k ), determine os vetores unitários
→ →
ortogonais a v1 v2 .
Resposta:
→ → → →
Sabemos que v1 ∧ v2 é ortogonal a v2 e a v2 . Ou seja, qualquer versor de vetores paralelos a
→ →
v1 ∧ v2 é solução do problema. Então:
logo,
→ → →
u= ± v→1 ∧v→2 = ± √1 (1, 0, 2).
v1 ∧v2 5
3. Determine a área do triangulo de vértices A(1, 2, 5), B(−1, −2, 3) e C(2, −1, −1).
Resposta:
→ →
A área pedida é metade da área do paralelogramo definido pelos vetores AB e AC.
→
AB= B − A = (−2, −4, −2)
→
AC= C − A = (1, −3, −6)
→ → →
i j k = 18 → −14 →j +10 → = 2 √57
→
→
1
AT = 2 AB ∧ AC = −2 −4 −2
i k
1 −3 −6
71
Figura 3.15: Produto Vetorial - Exercício
→ → → → → → → → → → →
1. v2 // v3 ⇒ v2 ∧ v3 = 0 logo v1 ∧(v2 ∧ v3 ) =v1 ∧ 0 = 0 .
→ → → → → → → → → → →
2. Se v1 ⊥ v2 e v1 ⊥ v3 então v1 // v2 ∧ v3 ⇒ v1 ∧(v2 ∧ v3 ) = 0 .
Exercício Resolvido:
→ → →
Dados os vetores v1 = (1, −2, 1), v2 = (2, 0, 3) e v3 = (−1, 1, −1) calcule:
→ → →
a)v1 ∧(v2 ∧ v3 )
→ → →
b)(v1 ∧ v2 )∧ v3
Resposta:
→ → →
i j k
→ →
a) v2 ∧ v3 = 2 0 3 = 3 → − →j +2 →
i k
−1 1 −1
então,
→ → →
→ → →
i j k → → →
v1 ∧(v2 ∧ v3 ) = 1 −2 1 = −3 i −5 j −7 k
−3 −1 2
→ → →
→ →
i j k → → →
b) v1 ∧ v2 = 1 −2 1 = −6 i − j +4 k
2 0 3
então,
72
→ → →
i j k
→ → →
(v1 ∧ v2 )∧ v3 = −6 −1 4 = −7 → −10 →j −7 →
i k
−1 1 −1
Resposta:
h→ → →i → → → 1 2 3
v1 , v2 , v3 =v1 ·(v2 ∧ v3 ) = −1 3 1 = −20
2 −1 −2
73
3.5.2 Interpretação Geométrica do Produto Misto
Dados os pontos O, A, B, C e M do R3 , a partir do ponto O fixado façamos os seguintes vetores:
→ → → → → → → → →
OA=v1 , OB=v2 , OC=v3 e OM=v2 ∧ v3 , conforme figura abaixo.
Então,
→ →
• v2 ∧ v3 indica a área do paralelogramo base OBCD.
→
• Relativo ao triângulo OAH temos h indica a altura do paralelogramo base OBCD, então:
→
OH →
h → →
cosθ = → = → ⇒ h = v cosθ
OA v
h → → → i
→ → →
→ → →
• v1 , v2 , v3 =
v1 ·(v2 ∧ v3 )
= v2 ∧ v3 v1 cosθ = Abase h = V indica o volume do parale-
lepípedo OABCDEFG.
Exemplo:
Determine o volume do paralelepípedo definido pelos vetores v1 = (2, −3, −1), v2 = (1, −1, −1)
e v3 = (0, 1, 4).
Resposta:
h→ → →i → → → 2 −3 −1
v1 , v2 , v3 =v1 ·(v2 ∧ v3 ) = 1 −1 −1 = 21u.c.
0 1 4
74
3.5.3 Volume de um tetraedro
Observando a figura vemos que a seção plana BCEG divide o paralelepípedo em dois prismas
triângulares, que por cada um desses primas é equivalente a três tetraedros. Veja a figura abaixo:
Logo
1 h → → → i
Vtetraedro = v1 , v2 , v3
6
Exemplo:
Determine o volume do tetraedro P1 P2 P3 P4 , cujos vértices são: P1 (1, 1, −1), P2 (2, 2, −1), P3 (3, 1, −1)
e P4 (2, 3, 1).
Resposta:
→
v1 = P2 − P1 = (1, 1, 0)
→
v2 = P2 − P1 = (2, 0, 0)
→
v3 = P3 − P1 = (1, 2, 2)
h→ → →i → → → 1 1 0 h i
v1 , v2 , v3 =v1 ·(v2 ∧ v3 ) = 2 0 0 = −4 ⇒ Vtetraedro = 1 v→1 , v→2 , v→3 1 |−4| = 1 .4 = 2 u.c.
6 6 6 3
1 2 2
75
h→ → →i h→ → →i h→ → →i
4. v1 , v1 , v2 = v1 , v2 , v1 = v2 , v1 , v1 = 0
→ → h
→ → → → → → → →i
5. v + v1 , v2 , v3 = v , v2 , v3 + v1 , v2 , v3
h → → →i h→ → →i h→ → →i h→ → →i
6. m v1 , v2 , v3 = v1 , m v2 , v3 = v1 , v2 , m v3 = m v1 , v2 , v3 , ∀m ∈ R.
Exercícios Resolvidos:
→ → →
1. Determine o produto misto entre os vetores v1 = (1, −1, −5), v2 = (2, 1, −1) e v3 = (−3, 0, 1).
Resposta:
h → → → i 1 −1 −5
v1 , v2 , v3 = 2 1 −1 = −15
−3 0 1
2. Dados os pontos A(1, 2, 1), B(−5 − 3 − 4), C(−1, 1, −2) e D(0, 3, −4), determine o volume
do tetraedro de vértices ABCD.
Resposta:
→ → →
Fixando um dos pontos, digamos o ponto A, podemos determinar os vetores AB, AC e AD.
Isto é:
→
AB= B − A = (−6, −5, −5)
→
AC= C − A = (−2, −1, −3)
→
AD= D − A = (−1, 1, −5)
Então:
→ → → −6 −5 −5
1 1
VT = 2
AB, AC, AD = 2
−2 −1 −3 = 21 |2| = 12 2 = 1u.c.
−1 1 −5
3. Verifique se os pontos A(4, 0, −1), B(1, 1, 1), C(−1, 1, −4) e D(2, 1, 3) são coplanares.
Resposta:
→
Para que os pontos A, B, C e D sejam coplanares, o produto misto entre os vetores AB,
→ →
AC e AD é nulo. Vejamos:
→
AB= B − A = (−3, 1, 2)
→
AC= C − A = (−5, 1, −3)
76
→
AD= D − A = (−2, 1, 4)
e,
→ → −3 1 2
→
AB, AC, AD = −5 1 −3 = −1 , 0
−2 1 4
Logo, os pontos não são coplanares.
Exercícios Propostos:
→ →
1. Dados os vetores v1 = (2, −3, 1) e v2 = (−1, −2, −1), determine:
→ →
a) O comprimento da projeção do vetor v1 sobre o vetor v2 .
→ →
b) O vetor projeção do vetor v1 sobre o vetor v2 .
→ →
c) O ângulo entre os vetores v1 e v2 .
→ → →
2. Dados os vetores v1 = (2, −1, 3), v2 = (4, 5, 1) e v3 = (3, −1, m)
a) Calcular v~1 e v~2
→ → → → → →
AB · BC + BC · CA + CA · AB
.
77
7. Prove a relação de Euler:
→ → → → → →
BA · DC + AC · DB + CB · DA= 0
.
→ →
8. Dados os vetores v1 = (−4, −m, 7) e v2 = (−2m, m, 7),
→ →
a) determine m, de modo que v1 · v2 assuma o maior valor possível;
→ →
b) para esse valor de m, determinar o ângulo formado pelos vetores v1 e v2 .
→ →
9. Dados os vetores v1 = (1, −1, 2) e v2 = (2, 1, 5), calcular:
→ →
a) v1 ∧ v2
→ →
b) v2 ∧ v1
→ → →
10. Dados os vetores v1 = (1, −5, 0), v2 = (2, 1, 3) e v3 = (−2, −1, −3), calcular:
→ →
a) v1 ∧ v2
→ →
b) v1 ∧ v3
→ → →
c) v1 ∧(v2 ∧ v3 )
→ → →
d) (v2 ∧ v1 )∧ v3
→ →
e) calcular o seno do ângulo entre os vetores v1 e v2 .
→ →
11. Dados os vetores v1 = (4, 3, −2) e v2 = (−8, −3, 3), pede-se determinar o vetor unitário ~u,
→ →
paralelo e de mesmo sentido que o vetor v1 ∧ v2 .
~ = (3, 1, −2) e DB
12. Calcular a área do paralelogramo ABCD cujas diagonais são: AC ~ =
(1, −3, 4).
13. Calcular a área do triângulo cujos vértices são: A(1, 3, 2), B(2, −1, 1) e C(−1, 2, 3).
→ →
→ →
14. O ângulo entre os vetores v1 e v2 mede π3 rad. Se v1 = 1 e v2 = 2, calcular:
→ →
(2 v1 + v2 ) ∧ (v→1 −2 v→2 )
78
→ → →
15. Dados os vetores v1 = (1, 3, 2), v2 = (2, −1, 1) e v3 = (−1, 2, 3), determine:
h→ → →i
a) v1 , v2 , v3
h→ → →i
b) v3 , v1 , v2
h→ → →i
c) v2 , v1 , v3
16. Verifique se os pontos são coplanares: A(4, 5, 4), B(3, 4, 1), C(−2, 2, −1) e D(7, 9, 4).
17. Determine λ ∈ R2 para que os pontos A(λ, 3, 4), B(λ, −1, 8), C(−2, 2, −1) e D(λ, 2, 3)
sejam coplanares.
→ → → → → →
18. Achar o volume do paralelepípedo cujas arestas são os vetores v1 = i +2 j − k , v2 = 3 i
→ → → → → →
−2 j −3 k e v3 = − i − j +5 k .
19. Calcular a área do tetraedro ABCD, sendo A(1, 2, 1), B(0, 1, 5), C(−1, 2, 1) e D(2, 1, 3).
20. Dado o volume V = 5 do tetraedro ABCD, cujos vértices da base ABC são A(2, 1, −1),
B(3, 0, 1), C(2, −1, 3), determine o vértice D situado no eixo das ordenadas.
→ → → → → → → → → → → →
21. Dados os vetores v1 , v2 e v3 , tais que: v1 ∧ v2 + v2 ∧ v3 + v3 ∧ v1 = 0 . Provar que v1 , v2 e
→
v2 são coplanares.
→ →
24. Se P1 , P2 , P3 e P4 são vértices de um tetraedro determinado por v1 =OP1 = (1, −1, 0),
→ → → → → →
v2 =OP2 = (2, 1, −4), v3 =OP3 = (4, 1, −2) e v4 =OP4 = (−2, 2, 1), respectivamente, calcular:
a) Volume do tetraedro P1 P2 P3 P4 .
b) A área da face P2 P3 P4 .
c) O ângulo P1 P2 P3
79
d) O ângulo entre as faces P1 P2 P3 e P2 P3 P4
→
→ →
→ → → → → a b c
→ → → → → →
a, b , c p ∧ q = p · a p · b p · c
→ → → → → →
q·a q·b q·c
80
Capítulo 4
Nesta seção vamos apresentar alguns conceitos básico da geometria analítica no espaço R3 , como
razão de secção, Distância entre dois pontos, Ponto divisor, Ponto Médio e finalizamos com o
estudo da reta e do plano no espaço R3 .
81
Figura 4.1: Distância Entre Dois Pontos no Espaço R3
82
Figura 4.3: Razão de Secção no Plano R3
−xA
r= xxCB −xC
⇒ xC − xA = r(xB − xC )
⇒ xC − xA = rxB − rxC ⇒ (1 + r)xC = xA + rxB
⇒ xC = xA1+r +rxB
. Analogamente yC = yA1+r
+ryB
e zC = zA +rzB
1+r
, logo:
x + rx y + ry z + rz
A B A B A B
C= , ,
1+r 1+r 1+r
2. Coordenadas do ponto Médio M.
¯ na razão r = 1. Ou seja:
O ponto médio M(x M , y M , z M ) é ponto que secciona o segmento AB
x + x y + y z + z
A B A B A B
M= , ,
2 2 2
83
4.1.3 Centro de Gravidade de um Triângulo
Afirmação 4.1.3. Sejam A(xA , yA , zA ), B(xB , yB , zB ) e C(xC , yC , zC ) pontos do espaço R3 . O
Centro de Gravidade do Triângulo formados por estes pontos é dado por:
x + x + x y + y + y z + z + z
A B C A B C A B C
G , ,
3 3 3
Como P o ponto é genérico da reta reta r, a distância de P0 para P é variável. Desta forma
→ →
vamos considerar um vetor v paralelo à reta r e tomemos um dos representantes de v com ponto
inicial em P0 . Desta forma podemos dizer que:
→ → → → → →
P0 P // v ⇒ P0 P= λ v ⇒ P − P0 = λ v ⇒ P = P0 + λ v λ ∈ R
→
P = P0 + λ v , λ ∈ R Indica a equação vetorial da reta r.
84
Simbolicamente escrevemos:
→ →
r = P0 , v = P ∈ R3 |P − P0 = λ v , λ ∈ R
Observações:
→ → →
1. v é chamado de vetor diretor da reta r e v , 0 .
→
2. qualquer vetor não nulo paralelo a v é vetor diretor da reta r.
λ x = x0 + λ f
x − x 0 = f
→
y − y0 = λg logo, as equações paramétricas são: r = P0 , v = y = y0 + λg
z − z = λh
z = z + λh
0 0
x − x0 y − y0 z − z0
= =
f g h
Observações:
Se uma das coordenadas do vetor diretor for nula consideremos nulo o antecedente da razão
correspondente nas equações simétricas
→ →
v =P1 P2 = P2 − P1 = (x2 − x1 , y2 − y1 , z2 − z1 )
→
A reta r = [p1 , v] de equação vetorial P = P1 +λ v ou (x, y, z) = (x1 , y1 , z1 )+λ(x2 −x1 , y2 −y1 , z2 −z1 )
⇒ (x − x1 , y − y1 , z − z1 ) = λ(x2 − x1 , y2 − y1 , z2 − z1 ) pela igualdade de vetores temos que
85
x−x1 y−y1 z−z1 x−x1 y−y1 z−z1
λ= x2 −x1
= y2 −y1
= z2 −z1
ou simplesmente x2 −x1
= y2 −y1
= z2 −z1
1. Determine p e q para que os pontos A(4, −2, −3), B(p, q, 7) e C(4, 1, 2) estejam alinhados.
2. Detertmine a equação da reta que passa pelos pontos P1 = (1, 2, 6) e P1 = (−2, −1, −4).
v1 · v2 v1 · v2
cosθ = ⇒ θ = arccos
|v1 | |v2 | |v1 | |v2 |
86
Figura 4.6: Condição de Paralelismo
→ → → → f1 g1 h1
r1 //r2 , v1 // v2 ⇒ v1 = λ v2 ⇒ = =
f2 g2 h2
Exemplo:
Dada a reta r = [P1 (2, 3, 1), v1 = (3, 2, 1)], determine a equação da reta s do feixe de centro
P0 = (2, −3, 4) e paralela à reta r.
87
Figura 4.7: Condição de Perpendicularismo
→ f1 g1 h1
→ →
v1 , v2 , P 1 P 2 = f2 g2 h2 = 0
x2 − x1 y2 − y1 z 2 − z 1
Nestas condições r1 e r2 podem ser:
• Concorrentes: r1 ∩ r2 = {P}.
• Paralelas:r1 ∩ r2 = ∅
• Coincidentes ou Idênticas:r1 ∩ r2 = r1 = r2
h →i h →i
2. Retas Reversas: r1 = P1 , v1 e r2 = P2 , v2 não estão contidas no mesmo plano π. Logo
são reversas, e além disso, os vetores associados a essas retas são linearmente independentes,
ou seja: Dados os pontos P1 (x1 , y1 , z1 ), P2 (x2 , y2 , z2 ) e os vetores v1 ( f1 , g1 , h1 ), v2 ( f2 , g2 , h2 ),
temos:
→ f1 g1 h1
→ →
v1 , v2 , P 1 P 2 = f2 g2 h2 , 0
x2 − x1 y2 − y1 z 2 − z 1
88
Figura 4.9: Retas Reversas
h → →i
• Notação: π : P0 , v1 , v2
Observações:
89
partir da equação vetorial deste plano, temos:
→ →
P = P0 + λ1 v1 +λ2 v2 ou seja,
(x, y, z) = (x0 , y0 , z0 ) + λ1 ( f1 , g1 , h1 ) + λ2 ( f2 , g2 , h2 ), pela igualdade de vetores, temos a equação
vetorial do plano π:
x = x0 + λ1 f1 + λ2 f2
π: y = y0 + λ1 g1 + λ2 g2 λ1 , λ2 ∈ R
z = z + λh + λh
0 1 1 2 2
Exemplos:
1. Dados os pontos P0 (2, 3, −1), P1 (5, 2, −3) e P2 (1, −1, 1) não colineares, determine as equa-
ções vetorial e paramétricas do plano que passa por P0 , P1 e P2 .
Resposta:
→ →
• Fixando P0 , determinemos os vetores v1 = P0¯P1 = P1 − P0 = (3, −1, −2) e v1 = P0¯P2 =
P2 − P0 = (−1, −4, 2). Logo, a equação vetorial plano é dada por:
→ →
Resposta: Temos que obter o ponto fixado P0 e os vetores diretores do plano que são v1 e v2 .
→ →
As componentes de v1 são os coeficientes de λ1 enquanto às de v2 são os coeficientes de λ2 . Então
a equação vetorial é da forma: P = (−6, −1, 4) + λ1 (1, 7, −5) + λ2 (−1, −14, 2).
Exercícios Propostos:
Determine as equações vetoriais e paramétricas dos planos descritos abaixo.
→
1. O plano π passa pelos pontos P1 (1, 1, 0) e P2 (1, −1, −1) e é paralelo ao vetor v = (2, 1, 0).
2. O plano π passa pelos pontos P1 (1, 1, 2), P2 (−2, −3, −1) e P3 (2, −1, 0).
90
Simbolicamente:
→ →
→ →
→ n ⊥ v1
n · v1 = 0
n ⊥π ⇔ ⇔
→
n ⊥ v2
→
→
→
n · v2 = 0
→
Afirmação 4.3.1. O vetor n normal a um plano é ortogonal a qualquer vetor deste plano.
→ →
Demonstração. De fato: Sejam v1 e v2 vetores diretores do plano π e n vetor normal a π. Então
→ → → → →
n· v1 = 0 e n· v2 = 0. Por outro lado seja v = λ1 v1 +λ2 v2 um vetor do plano π. Multiplicando
→
ambos os lados da igualdade por n,temos:
→ → → → → → → → →
n · v = n λ1 v1 +λ2 v2 = λ1 n · v1 + λ2 n · v2 = 0
→
Logo n é ortogonal a qualquer vetor do plano π.
→
Afirmação 4.3.2. O vetor n normal a um plano é paralelo ao produto vetorial dos vetores diretores
deste plano.
→ → → → → → →
Demonstração. Seja β = i , j , k uma base ortogonal. Sejam n= a i +b j +c k o vetor normal
→ →
ao plano π e v1 = ( f1 , g1 , h1 ) e v2 = ( f2 , g2 , h2 ) os vetores diretores do plano π. Queremos provar
→ → →
que n // v1 ∧ v2 . Então:
→ →
→ → ( (
n ⊥ v1 n · v1 = 0
f1 a + g1 b + h1 c = 0 f1 a + g1 b = −h1 c
→ ⇒ ⇒ ⇒
→
n ⊥ v2
→
n · v2 = 0
→
f2 a + g 2 b + h 2 c = 0 f2 a + g2 b = −h2 c
Por cramer
temos;
f1 g1
∆=
f2 g2
g h1
1 ·
g
−h1 c g1 g1 h1 ∆a 2 h2
∆a = = · c ⇒ a = ∆ = · c
−h2 c g2 g2 h2 f1 g1
f2 g2
h f1
1 ·
f1 −h1 c h1 f1 ∆b h2
f2
∆b = = · c ⇒ b = ∆ = · c
f2 −h2 c h2 f2 f1 g1
f2 g2
91
g1 h1 · h1 f1 f1 g1
· ·
g2 h2 h2 f2 f2 g2
→
Desta forma podemos escrever, n= (a, b, c) = · c, · c, · c
f1 g1
f1 g1
f1
g1
f2 g2 f2 g2 f2 g2
!
c g1 h1 h1 f1 f1 g1
= · , ,
f
1
g1 g2 h2 h2 f2 f2 g2
f
2 g2
!
g h → h f → f g →
c 1 1 1 1
j 1 1
= · i +
h2 f2 f2 g2 k
f
1
g1 g2 h2
f
2 g2
→ → →
i j k
c
= · f1 g1 h1
f1 g1
f
g
f2 g2 h2
2 2
c → →
= · v1 ∧ v2
f1 g1
f2 g2
→ → →
Portanto n // v1 ∧ v2 .
Observação:
→ → →
O conjunto Ω = λ· n | n, 0 e λ ∈ R indica a direção normal do plano, ou seja, é o conjunto
de todos os vetores normais ao plano π.
Exemplo:
x = 1 − 2λ1 + 3λ2
Dado o plano π pelas equações paramétricas, π : y = 2 − λ1 − λ2 determine o con-
z = 3 − λ + 2λ
1 2
junto de todos os vetores normais a esse plano.
Resposta:
→ →
Claramente os vetores diretores do plano são v1 =
(−2, −1, −1) e v2 = (3, −1, 2). Logo, o vetor
→ →
→i j k
→ → →
normal ao plano π é dado por n=v1 ∧ v2 . Então, −2 −1 −1 = −3 → + →j +5 →= (−3, 1, 5)
i k
3 −1 2
Portanto o conjunto Ω dos vetores normais ao plano π é dado por: Ω = {λ(−3, 1, 5), λ ∈ R}.
92
Figura 4.12: Plano definido por um ponto fixo e o vetor normal
é a expressão procurada.
Exemplo:
→
Determine a equação de um plano definido pelo ponto P0 (−2, 1, 3) e pelo vetor normal v =
(1, −3, 2).
Resposta:
→ →
P0 P · n= 0 ⇒ (x − x0 , y − y0 , z − z0 ) · (a, b, c) = 0 ⇒ a(x − x0 ) + b(y − y0 ) + c(z − z0 ) = 0 ⇒
(1)(x − (−2)) + (−3)(y − 1) + (2)(z − 3) = 0 ⇒ x − 3y + 2z − 4 = 0. O que conclui o exercício.
Teorema 4.3.1. Todo plano tem equação geral da forma ax + by + cz + d = 0 com a, b e c não
simultaneamente nulos. Reciprocamente, toda equação da forma ax + by + cz + d = 0 com a, b
e c não simultaneamente nulos, representa um plano em que a, b e c são as coordenadas do
→
vetor n normal ao plano.
Demonstração. Seja π um plano definido pelo ponto P0 (x0 , y0 , z0 ) e pelos vetores diretores do
→ → →
plano v1 = ( f1 , g1 , h1 ) e v2 = ( f2 , g2 , h2 ). seja n um vetor ortogonal ao plano π. Tomemos
→ → →
n=v1 ∧ v2 .
Então:
~i ~j ~k
→ → → g1 h1 ~ f1 h1 ~ f1 g1 ~
n=v1 ∧ v2 = f1 g1 h1 =
·i - ·j + ·k
f g h g2 h2 f2 h2 f2 g2
2 2 2
g1 h1 ~ h1 f1 ~ f1 g1 ~
= ·i + ·j + ·k
2 g h
2 2 h f
2 2 2 f g
→ → →
= a i +b j +c k
93
Figura 4.13: Plano definido por um ponto e os vetores diretores
• P(x, y, z) ∈ π ⇔ ax + by + cz + d = 0. (i)
• P0¯ P = P − P0 = (x − x0 , y − y0 , z − z0 ). (iii)
Fazendo (i) − (ii) temos o seguinte resultado: a(x − x0 ) + b(y − y0 ) + c(z − z0 ) = 0. Este resultado
indica o seguinte produto escalar (a, b, c)·(x− x0 , y−y0 , z−z0 ) = 0 ⇒ (a, b, c)⊥(x− x0 , y−y0 , z−z0 ).
→
Sem perda de generalidades, podemos tomar n= (a, b, c). O que prova o teorema.
Exemplos:
1. Determine as equações vetorial, paramétricas e geral do plano que passa pelo ponto P0 (1, −1, −1)
→ →
e é paralelo aos vetores v1 = (2, 1, −3) e v2 = (−2, 3, 1).
Resposta:
• Equação vetorial:
→ →
P = P0 + λ1 v1 +λ2 v2 , ou seja, P = (1, −1, −1) + λ1 (2, 1, −3) + λ2 (−2, 3, 1).
94
• Equações paramétricas:
Da equação vetorial, temos: P = (1, −1, −1) + λ1 (2, 1, −3) + λ2 (−2, 3, 1), ou seja,
(x, y, z) = (1, −1, −1) + λ1 (2, 1, −3) + λ2 (−2, 3, 1) = (1 + 2λ1 − 2λ2 , −1 + λ1 + 3λ2 , −1 −
3λ1 + λ2 ), igualando coordenada a coordenada, temos as equações paramétricas:
x = 1 + 2λ1 − 2λ2
π: y = −1 + λ1 + 3λ2
z = −1 − 3λ + λ
1 2
• Equação geral:
→
determinemos inicialmente o vetor n normal ao plano π.
~ ~ ~
→ → → i j k → → → →
n=v1 ∧ v2 = 2 1 −3 = 10 i +4 j +8 k = (10, 4, 8), então n= (a, b, c) =
−2 3 1
→
(10, 4, 8). Substituindo as coordenadas do vetor normal n na equação geral ax + by +
cz + d = 0 temos:
10x + 4y + 8z + d = 0, (∗) mas P0 (1, −1, −1) ∈ π, então, substituindo P0 na equação (∗)
encontramos d = 2. Substituindo d = 4 na equação (∗) temos 10x + 4y + 8z + 2 = 0
ou 5x + 2y + 4z + 1 = 0, que indica a equação do plano π procurado.
x = 2 − λ1 − 2λ2
π: y = −1 + 2λ1 + 3λ2
z = 5 − λ − λ
1 2
Resposta:
Tomando as duas últimas equações, formamos um sistema de duas equações com as variáveis
λ1 e λ2 . Isto é:
( ( (
y = −1 + 2λ1 + 3λ2 y + 1 = 2λ1 + 3λ2 2λ1 + 3λ2 = y + 1
⇒ ou
z = 5 − λ1 − λ2 z − 5 = −λ1 − λ2 −λ1 − λ2 = z − 5
Resposta:
95
x = 31 + 13 λ1 − 31 λ2
π: y = λ1
− λ2
z =
indica as equações paramétricas do plano π.
Figura 4.15: Plano definido por uma reta e um ponto a ela não pertencente
→ →
Neste caso, fixando P1 ∈ r, os vetores diretores do plano são v1 e P1 P2 e vetor normal é
→ → →
dado por n=v1 ∧ P1 P2 .
96
3. Determinação de um plano dado duas retas r1 e r2 concorrentes, r1 ∩ r2 , ∅ .
→ → →
Neste caso o vetor normal é dado por n=v1 ∧ P1 P2 .
97
Exemplos:
1. Escreva a equação geral do plano π determinado pelos pontos não alinhados P1 (1, 1, 1),
P2 = (2, 5, −1) e P3 (1, 2, 7).
Resposta:
→ →
Precisamos inicialmente determinar os vetores diretores do plano. Fixando P1 temos v1 =P1 P2 =
→ →
P2 − P1 = (1, 4, −2) e v2 =P1 P3 = P3 − P1 = (0, 1, 6). De pósse desses vetores diretores do
→ → →
plano, podemos calcular o vetor normal do plano n=v1 ∧ v2 = (a, b, c), em que a, b e c
são os coeficientes de x, y e z da equação geral do plano. Vejamos:
~i ~j ~k →
→ → → → →
n=v1 ∧ v2 = 1 4 −2 = 26 i −6 j + k = (26, −6, 1).
0 1 6
substituindo esses valores na equação geral, temos 26x − 6y + z + d = 0. Como P1 ∈ π
substituindo as coordenadas de P1 em π, temos, 26(1) − 6(1) + (1) + d = 0, obtemos
d = −21. Portanto, concluimos que a equação do plano π é:
26x − 6y + z − 21 = 0
O que conclui o exercício.
2. Escreva a equação geral do plano π determinado pelo ponto A(3, −4, 3) e pela reta r :
→
P0 (−1, −2, 0) ; v = (2, 1, 1) .
Resposta:
→
Foi dada uma reta que passa pelo ponto P0 (−1, −2, 0) que tem vetor diretor v = (2, 1, 1) e
um ponto A(3, −4, 3) à reta não pertencente.
98
→ →
Desta forma, os vetores diretores do plano são v = (2, 1, 1) e P0 A= A − P0 = (4, −2, 3) e o
→ → →
vetor normal é n= v ∧ P0 A. Isto é:
~
i ~
j ~
k →
→ → → → →
n= v ∧ P0 A= 2 1 1 5 i −2 j −8 k
4 −2 3
substituindo esses valores na equação geral, temos 5x − 2y − 8z + d = 0. Como P0 ∈ π
substituindo as coordenadas de P0 em π, temos, 5(−1) − 2(−2) + 8(0) + d = 0 de obtemos
d = 1. Portanto, concluimos que a equação do plano π é:
5x − 2y − 8z + 1 = 0
O que conclui o exercício.
Resposta:
h → i h →
Foram dadas duas retas paralelas r1 : P1 (1, 2, 0) ; v1 = (−2, −1, 1) e r2 : P2 (−1, 3, 5) ; v2 = (−4, −2, 2
99
d = −10 é portanto, concluimos que a equação do plano π é:
−6x + 8y − 4z − 10 = 0 ou 3x − 4y + 2z + 5 = 0. O que conclui o exercício.
Resposta:
h → i h →
Foram dadas duas retas paralelas r1 : P0 (−1, 2, 1) ; v1 = (2, −1, 1) e r2 : P0 (−1, 2, 1) ; v2 = (−1, 3, 2)
100
Exercícios Propostos:
3. Determine o perímetro do triângulo formado pelos pontos P1 (1, 2, 3) P2 (−2, −1, 4) e P3 (−3, 5, 1).
4. Determine quanto a natureza triângulo cujos vértices são P1 (−3, 2, −1) P2 (2, 2, −3) e
P3 (−3, 6, −2).
5. Determine quanto à natureza, o triângulo cujos vertices são P1 (−3, 2, −1) P2 (2, 2, −3) e
P3 (−3, 6, −2).
6. Verifique se o ponto P1 (2, 2, 3) é equidistante dos pontos P2 (1, 4, −2) e P3 (3, 7, 5).
7. Verifique se os pontos P1 (1, −1, 1), P2 (2, −2, 2) e P3 (3, −3, 3) estão alinhados.
9. Determine as coordenadas dos pontos que dividem em três partes iguais o segmento de reta
de extremidades P1 (5, −1, 7) e P2 (−3, 3, 1).
10. Determine as coordenadas do ponto P(x, 4, z) sabendo que P ∈ P1¯P2 , dados P1 (7, 2, 1) e
P2 (10, 5, 7).
12. Determine as coordenadas do centro de gravidade do tetraedro de vértices P1 (1, 1, 1), P2 (1, −3, −5),
P3 (−3, 5, 4) e P4 (1, −5, 7).
13. Determine um termo de parâmetro diretor e os cossenos diretores da reta que passa pelos
pontos P1 (3, 5, 1), P2 (1, 2, 7).
14. Dado o triângulo de vértices P1 (−1, −2, 4), P2 (−4, −2, 0) e P3 (3, −2, 1) determine o
ângulo interno do vértice P2 , a altura relativa ao vértice P2 e a sua área.
• A reta no espaço R3
15. Estabelecer as equações vetoriais, paramétricas, simétricas e reduzidas das retas nos seguin-
tes casos:
101
b)determinada pelos pontos A(2, 1, 3) e B(3, 0, −2);
c)possui o ponto A(1, −2, 3) e é paralela à reta definida pelo ponto B(2, 0, 1) e pelo vetor di-
retor ~v = (2, −2, 3);
d)possui o ponto M(1, 5, −2) e é paralela à reta determinada pelos pontos A(5, −2, 3) e
B(−1, −4, 3);
→
e)possui o ponto A(2, 1, 0) e é paralela à reta de equação vetorial r : P0 (1, −2, −2); v = (4, −1, 2) ;
16. Determine as equações simétricas da reta que passa pelo baricentro do triângulo de vértices
A(3, 4, −1), B(1, 1, 0) e C(2, 4, 4) e é paralela à reta suporte do lado AB do triângulo.
17. Os vértices de um triângulo são O(0, 0, 0) , A(3, 4, 0) e B(1, 2, 2). Determine as equações
reduzidas da bissetriz interna do ângulo AB e determine sua interseção com o lado AB.
18. Os pontos de trisseção do segmento A(4, 3, 0) e B(−2, −3, 3) são M e N. Unindo-os ao ponto
P(0, −1, 0), obtêm-se as retas PM e PN . Calcule o ângulo formado pelas mesmas.
19. A reta forma um ângulo de 300 com a reta determinada pelos pontos A(0, 5, 2) e B(1, n−5, 0).
Calcular o valor de n.
20. Determine as equações da reta r definida pelos pontos A(2, −1, 4) e B = (2, 1, −5).
21. Determinar as equações paramétricas da reta t, que é perpendicular a cada uma das retas:
a) P = (2, −2, 1) − λ(1, 0, 0), e que passa pelo ponto P(2, 3, 5);
b) P = (1, −1, 1) − λ(2, 1, −1), e que passa pelo ponto P(2, −3, 1);
c) P = (2, −3, 3) − λ(1, 0, 0), e que passa pelo ponto P(3, 3, 4).
22. Estabeleça as equações paramétricas da reta traçada pelo ponto A(−1, 4, 5) e que é perpendi-
cular à reta r : P = (−2, 1, 1) + m(1, −1, 2).
102
23. Determine uma equação da reta r que passa pelo ponto A(2, −1, 3), e é perpendicular à reta
r : P = (1, 2, 3) + m(5, −1 − 1).
• O Plano
a) passa pelo ponto D(1, −1, 2) e é ortogonal ao vetor ~v = (2, −3, 1);
b) possui o ponto A(1, 2, 1) e é paralelo aos vetores ~v = (1, −2, −2) e ~v = (2, −1, −1) ;
f) passa pelo ponto E(1, 2, 2) e contém os vetores ~v = (2, −1, 1) e ~v = (−3, 1, 2);
25. Forme a equação do plano que possui um ponto M(2, 1, 3) e que é perpendicular à reta r :
P = (1, 2, 3) + λ(5, −1 − 1) .
26. Determinar a equação do plano que contém os pontos A(1, 2, 2) e B(3, 1, 2) e é perpendicular
ao plano π : 2x + yz + 8 − 0.
27. Determinar as equações paramétricas da reta que passa pelo ponto A(−1, 0, 0) e é paralela a
cada um dos planos π1 : 2x − y − z + 1 = 0 e π2 : x + 3y + z + 5 = 0.
28. Calcule o volume do tetraedro de vértices P1 (1, 2, 3), P2 (2, −2, 2), P3 (−2, −5, 6) e P1 (−1, −1, −5).
103
Capítulo 5
104
4. V ′ F = p indica o parâmetro (semi-corda focal mínima).
→
5. FP indica o Raio Vetor.
P
6. V F = 2
indica a relação notável.
8. e indica o eixo que passa pelo Foco e é perpendicular à diretriz (Eixo de Simetria).
Teorema 5.1.1. A equação da parábola com foco em (p, 0), tendo como diretriz a reta x = −p é
y2 = 4px.
2 2 2 2 2 2
Demonstração. dPF ¯ = dPd¯ =⇒ d ¯ = d ¯ ⇒ (xP − xF ) + (yP − yF ) = (xP − xd ) + (yP − yd ) ⇒
PF Pd
(x − p)2 + (y − 0)2 = (x + p)2 + (y − y)2 ⇒ x2 − 2xp + p2 + y2 = x2 + 2xp + p2 ⇒ y2 = 4px
Teorema 5.1.2. A equação da parábola com o foco (0, p), tendo como diretriz a reta y = −p é
x2 = 4py.
2 2 2 2 2 2
Demonstração. dPF ¯ = dPd¯ =⇒ d ¯ = d ¯ ⇒ (xP − xF ) + (yP − yF ) = (xP − xd ) + (yP − yd ) ⇒
PF Pd
(x − 0)2 + (y − p)2 = (x − x)2 + (y + p)2 ⇒ x2 + y2 − 2yp + p2 = y2 + 2yp + p2 ⇒ x2 = 4py
Observação:
1. Latus Rectum da parábola é a corda perpendicular ao eixo da parábola que passa pelo foco.
Exemplo:
105
Figura 5.3: Equação da Parábola
1. Ache a equação da parábola dado seu foco em (0, −3) e sua diretriz y = 3. Faça um esboço
do gráfico.
Resposta:
p = −3
x2 = 4(−3)y ⇒ x2 = −12y
Comprimento Latus Rectum |4(−3)| = |−12| = 12.
106
e o comprimento da latus rectum.
Resposta:
7
y2 = 4px ⇒ y2 = 7x ⇒ 4p = 7 p = 4
Logo a parábola abre-se para a direita.
Foco: F( 47 , 0)
Diretriz:x = − 74
Comprimento Latus Rectum = |4p| = 4 47 = 7.
Resposta.:
1 2 1
Sabemos que x = 4p y e do exercício temos que x = −y2 , então 4p = −1, de onde temos
1
que p = − 4 < 0 o que indica que a parábola abre-se para a esquerda, a além disso, temos:
Foco: F(− 14 , 0)
1
Diretriz: d = 4
figura
107
Figura 5.6: Translação de Eixos
(
x′ = x − h
⇒
y′ = y − k
Exemplo:
Resposta:
x2 + 6x − 8y + 17 = 0 ⇒ x2 + 6x = 8y − 17 ⇒ x2 + 6x + 9 = 8y − 17 + 9
⇒ (x − 3)2 = 8y − 8 ⇒ (x − 3)2 = 8(y − 1).
Fazendo:
( ′ ( ′
x = x + 3 x = x − (−3)
′ ⇒ Logo, em relação ao novo sistema, termos:
y = y − 1 y′ = y − 1
x′2 = 8y′ ⇒ y′ = 81 x2 .
Para calcular a diretriz, temos que x2 = 4py′ e x′2 = 8y′ , comparando as duas equações,
4p = 8, logo p = 2.
Desta forma temos que o foco da parábola está duas unidades acima e a diretriz duas unida-
des abaixo da origem do plano x′ y′ .
108
Figura 5.7: Gráfico do exercício
109
5.2.1 Elementos Principais da Elipse
1. F1 e F2 indicam os focos da elipse.
2. O Indica o centro.
110
⇒ x2 c2 − 2xca2 + a4 = a2 x2 − 2a2 xc + a2 c2 + a2 y2
⇒ x2 c2 − a2 x2 − a2 y2 = a2 c2 − a4
⇒ (c2 − a2 )x2 − a2 y2 = a2 (c2 − a2 )
⇒ −b2 x2 − a2 y2 = a2 (−b2 )
⇒ b2 x2 + a2 y2 = a2 b2 : a2 b2
e portanto:
x 2 y2
+ =1
a2 b2
Observação
1. Equação da elipse cujo eixo maior está sobre o eixo-y.
↔
• A1 A2 ⊂yy′
↔
• B1 B2 ⊂ xx′
• Origem em (0, 0)
x 2 y2
+ =1
b2 a2
2. Translação de Eixo:
111
Figura 5.11: Translação de Eixos
112
Teorema 5.2.1. O parâmetro de uma cônica é a semi-corda focal mínima.
¯ 1 + PF
• Por definição, PF ¯ 2 = 2a ⇒ PF
¯ 1 = 2a − PF
¯ 2 ⇒ PF
¯ 1 = 2a − P, (∗∗).
Substituindo (∗∗) em (∗) temos,
(2a − p)2 = p2 + 4c2 ⇒ 4a2 − 4ap + p2 = p2 + 4c2 ⇒ 4ap = 4a2 − 4c2 = 4(a2 − c2 ) ⇒
b2
4ap = 4b2 (: 4a) ⇒ p = a
Exemplos:
1. Traçar a elipse 9x2 + 4y2 = 36. Mostrar seus focos e seus vértices.
Resposta:
113
2
√
Desta forma
√ temos a = 9 a = 3 e b2 = 4 ⇒ b = 2. Mas, c2 = a2 − b2 ⇒ c2 = 9 − 4 = 5
⇒ c = 5. De onde podemos concluir que:
√ √ √ √ √
• F1 (0, − 5) e F2 (0, 5), além disso F1¯F2 = F2 − F1 = 5 − (− 5) = 2 5.
• A1 (0, −3) e A2 (0, 3), além disso A1¯A2 = A2 − A1 = 3 − (−3) = 6.
• B1 (−2, 0) e B2 (2, 0), além disso B1¯B2 = B2 − B1 = 2 − (−2) = 4.
b2 42
• Parâmetro: p = a
= 6
= 34 .
a
√ √
• Retas Diretrizes: e = = √3 ⇒ d1 = − ae = − √33 = − 5 e d2 = a
= 3
= 5.
c 5 e √3
5 5
Resposta:
• Centro
( ′ da Elipse: (
x = x − 2 x = x′ + 2 x′ y′
⇒ ⇒ O′ (2, −1) ⇒ + = 1.
y′ = y + 1 y = y′ − 1 22 12
• Focos e Vértices:
Da equação temos:
a2 = 4 ⇒ a = 2 e b2 = 1 ⇒ b = 1. Substituindo esses valores em a2 + b2 = c2 ou
114
√
seja, 4 = 1 + c2 ⇒ c = 3. Desta forma, temos.
Coordenadas dos Vértices: A1 (0, −1), A2 (4, −1), B1 (2, −2) e B2 (2, 0).
√ √
Coordenadas dos Focos: F1 (2 − 3, −1) e F2 (2 + 3, −1).
Figura
3. Dar uma equação do lugar geométrico dos pontos P tais que a soma das distâncias de P
aos pontos (−1, −2) e (−1, 4) seja 8.
Resposta:
115
Figura 5.16: Translação de Eixos
116
Figura 5.18: Elementos da Hipérbole
117
Figura 5.19: Equação Reduzida da Hipérbole
p 2 p 2
⇒ (x + c)2 + y2 = ±2a + (x − c)2 + y2
p
⇒ (x + c)2 + y2 = 4a2 ± 4a (x − c)2 + y2 + (x − c)2 + y2
p
⇒ x2 + 2xc + c2 + y2 = 4a2 ± 4a (x − c)2 + y2 + x2 − 2xc + c2 + y2
p
⇒ 4cx − 4a2 = ±4a (x − c)2 + y2 , (: 4)
p
⇒ cx − a2 = ±a (x − c)2 + y2
2 p 2
⇒ cx − a2 = ±a (x − c)2 + y2
⇒ x2 c2 − 2xca2 + a4 = a2 (x − c)2 + y2
⇒ x2 c2 − 2xca2 + a4 = a2 (x2 − 2xc + c2 + y2
⇒ x2 c2 − 2xca2 + a4 = a2 x2 − 2xca2 + c2 a2 + y2 a2
⇒ x2 c2 − a2 x2 − y2 a2 = c2 a2 − a4
⇒ (c2 − a2 )x2 − y2 a2 = c2 − a2 a2
⇒ b2 x2 − y2 a2 = b2 a2 , ou
⇒ b2 x2 − a2 y2 = a2 b2 , : a2 b2 ,
b2 x 2 a2 y2 a2 b2
⇒ a2 b2
− a2 b2
= a2 b2
118
portanto,
x 2 y2
− =1
a2 b2
Observação
↔
• A1 A2 ⊂yy′
↔
• B1 B2 ⊂ xx′
• Origem em (0, 0)
y2 x 2
− =1
a2 b2
2. Translação de Eixo:
119
Figura 5.21: Translação de Eixos
Exemplos:
Resposta:
120
c2 = a2 + b2 ⇒ 52 = 32 + b2 ⇒ b2 =2 16 ⇒ b = ±4.
2
A equação procurada é da forma ax2 − by2 = 1 Substituindo os valores na equação, temos
2 y2
a equação procurada x9 − 16 = 1.
• Excentricidade: e = ac , logo e = 53 .
2. Dada a equação da hipérbole 9x2 − 16y2 = 144 determine a medida do eixo real, a medida
do eixo imaginário e a distância focal.
Resposta:
• a = 4 ⇒ A1¯A2 = 2a = 8.
• b = 3 ⇒ B1¯B2 = 2b = 6.
• c = 5 ⇒ C1¯C2 = 2c = 25.
3. Determinar a medida do eixo real, a medida do eixo imaginário, a distância focal e as assin-
totas da hipérbole de equação y2 − x2 + 2y − 2x − 1 = 0
Resposta:
121
5.3.3 Assintotas
As assintotas são particularidades que só as hipérboles têm:
x2 y2
• A hipérbole de equação a2
− b2
= 1 tem as seguintes assíntotas:
y = − ab e y = ab .
y2 x2
• A hipérbole de equação a2
− b2
= 1 tem as seguintes assíntotas:
y = − ba e y = ba .
122
Exercícios 5.3.1. Dê a equação das parábolas nos exercícios de 1 a 9. Mostre seus focos, vértices
e diretrizes.
• Parábola
6. A parábola com vértice (0, 0), eixo x = 0 e passando por (3, 1).
8. A parábola com eixo x = 0, foco (0, −2) e passando por (2, 2).
10. −x2 + 2x + y = 0
11. y2 − 4y − x + 7 = 0
• Elipse
Nos exercícios de 1 a 6 trace as elipses, mostre seus eixos menor e maior e seu focos.
1. x2 + 4y2 = 16
3. 9x2 + y2 − 18x + 2y + 1 = 0
4. x2 + 8x + 2y2 + 12 = 0
5. 4x2 + y2 − 16x − 4y = 4
6. x2 + 2y2 = 14
123
7. Elipse de focos (−3, 0) e (3, 0) e eixo maior igual a 10.
• Hipérbole
Nos exercícios de 1 a 4 trace as hipérboles, mostre seus eixos menor e maior e seu focos.
4. Hipérbole de focos (0, 6) e (0, −6) e passa pelo ponto A(0, 4).
5. x2 − y2 = 1
6. y2 − x2 = 1
7. 5x2 − 4y2 = 20
124
Referências Bibliográficas
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Hall, 2005.
[2] LIMA, P. DE B., Curso Básico de Vetores - uma iniciação a algebra linear, São Paulo, Co-
manhia Editora Nacional, 1972.
[3] LIMA, P. DE B., Elementos de Geometria Analítica, São Paulo, Comanhia Editora Nacional,
1969.
[4] FEITOSA, M., Calculo Vetorial e Geometria Analítica, Editora Atlas, São Paulo 1976.
[5] MACHADO, A. DOS S., Algebra Linear e Geometria Analítica, Editora Atual, São Paulo
1980.
[6] GONÇALVES, Z. M., Geometria Analítica no Espaço, Livros Técnicos e Científicos, Rio de
Janeiro 1978.
[7] MURDOCH, D. C., Geometria Analítica,Livros Técnicos e Científicos Ltda, Rio de Janeiro
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[8] BLASI. F., Exercícios de Geometria Analítica, Campinas - Papiro, São Paulo 1984.
125