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O Código Civil, em seu artigo 1145, versa que: “Se ao alienante não restarem bens suficientes
para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento
de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias
a partir de sua notificação”.
No artigo supracitado, os bens do alienante deverão ser insuficientes para solver os débitos.
Caso sejam suficientes, a eficácia será automática. Dispensando a necessidade de notificação
aos credores.
- Os débitos:
O Código Civil, em seu artigo 1146, versa que: “O adquirente do estabelecimento responde
pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente
contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um
ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do
vencimento”.
b) Débitos trabalhistas: a norma referente a esse tema está presente na CLT, no artigo
448, que versa: “A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não
afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados”. Apesar da confusão
conceitual entre os termos “empresa” e “estabelecimento”, constata-se que é
automática a transferência das obrigações trabalhistas ao adquirente do
estabelecimento.
- Os créditos:
A transmissão dos créditos é automática no contrato de trespasse. Para a produção dos efeitos
da cessão, deverá ter sido publicado o trespasse no órgão oficial, como versa o artigo 1149 do
Código Civil: “A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito
em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas
o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente”.
O Código Civil, em seu artigo 1147, versa que: “Não havendo autorização expressa, o alienante
do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subsequentes
à transferência”. É importante frisar que, não fica proibido o exercício da atividade
anteriormente exercida pelo empresário, a proibição é de fazer concorrência com o
adquirente, num prazo preestabelecido.