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Alimento muito consumido na dieta mediterrânea, o azeite de oliva é considerado um
dos responsáveis pela grande longevidade e menor risco de doenças cardíacas da
população dessa região, que é banhada pelo mar Mediterrâneo.
O óleo de oliva é obtido a partir dos frutos da oliveira, mais conhecidos como azeitona.
A oliveira é uma árvore originária da região mediterrânea, daí o grande consumo de
azeite de oliva por essa população.
– Não refinado:
óleos de oliva não refinados não passam pelo processo de refino químico, e o processo
de produção consiste apenas na extração e engarrafamento. Para manter a qualidade do
produto, nesse caso os produtores tem que usar frutos em excelentes condições e
selecionadas, pois não são retirados possíveis produtos de contaminação e oxidação.
Esse tipo não suporta o aquecimento, se oxidando com maior facilidade que o refinado.
Os azeites virgens e extra virgens são tipos não refinados.
– Extra virgem:
o azeite extra virgem conserva o sabor da oliva intacto, sendo feito com grande cuidado
durante todo o processo produtivo. Se o óleo não apresenta “defeitos” de sabor e
preenche alguns requisitos químicos que evidenciam sua qualidade ele pode ser então
classificado como extra virgem. É o tipo que apresenta menor acidez (menos que 0,8%)
e é considerado o mais saudável por ter a maior quantidade de nutrientes.
– Virgem:
também é um óleo não refinado, porém de qualidade um pouco inferior ao extra virgem
e com índice de acidez um pouco maior, de até 2%.
O azeite pode ser usado em diversas aplicações, desde cosméticos, na culinária, até no
tratamento e prevenção de muitas doenças como diabetes, doenças cardíacas,
osteoporose, depressão e câncer.
O seu consumo frequente traz muitos benefícios à saúde, contendo grande quantidade
de gorduras boas e antioxidantes. Mais pesquisas devem ser realizadas para
conseguirmos entender o amplo espectro de propriedades que o azeite pode conter, pois
seu potencial é bastante grande.
O azeite contém ainda uma quantidade muito grande de vitamina E e vitamina K, 100
mL fornece 72% e 75% das necessidades diárias dessas vitaminas. A quantidade de
antioxidantes além da vitamina E também é grande, incluindo compostos como
oleocantal e oleuropeína.
Veja a seguir para que serve o azeite de oliva com relação a saúde e boa forma.
1) Saúde do Coração
O consumo de azeite ajuda a manter o coração jovem. Com o tempo, o coração, artérias
e veias também sofrem um processo de envelhecimento. Pesquisadores espanhóis
descobriram que o azeite ajuda a manter a função cardíaca na velhice.
Pode ainda prevenir infartos. Um estudo com mais de 7000 pessoas acima de 65 anos na
França, demonstrou que o grupo com maior consumo de azeite apresentou risco 41%
menor de ter ataque cardíaco.
Assim, o consumo regular de azeite pode manter sua saúde cardiovascular forte e
resistente mesmo contra os efeitos do avanço da idade. Considerando que doenças do
coração são a maior causa de morte no mundo, o azeite pode ser um excelente aliado no
combate à mortalidade.
Essa deposição se dá pela oxidação do LDL, assim, além de diminuir seus níveis, o
azeite ainda é capaz de evitar sua deposição por conter grandes quantidades de
antioxidantes.
3) Construção muscular
4) Perda de peso
Em dietas cetogênicas, o azeite é uma excelente fonte de gorduras, que nesse caso,
devem ser ingeridas em grandes quantidades para substituir o fornecimento de energia a
partir dos carboidratos que são ingeridos em baixíssimas quantidades nesse tipo de
dieta.
5) Diabetes tipo II
Um estudo científico demonstrou que a dieta mediterrânea, rica em azeite, foi capaz de
reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo II em 50% em relação a dietas de baixa
gordura, derrubando por terra uma antiga teoria de que uma alimentação rica em
gordura é fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas. Isso demonstra
que mais importante que a quantidade de lipídeos na dieta é o tipo e qualidade dessas
gorduras. Sendo uma fonte de gorduras extremamente saudáveis o azeite pode, assim,
também ser extremamente benéfico na adoção de uma alimentação mais saudável e
prevenção do diabetes.
6) Prevenção do Câncer
A dieta mediterrânea, que inclui a ingestão de grandes quantidades de azeite de oliva, já
demonstrou seu poder em prevenir uma grande quantidade de doenças entre elas vários
tipos de câncer.
No caso do câncer de mama, descobriu-se que o azeite extra virgem é capaz de ativar
uma cascata de sinalização celular que reduz a atividade de um oncogene, evitando o
dano do DNA.
Mais estudos precisam ser realizados para entender o potencial do azeite ao exerce esse
papel protetor.
7) Prevenção de osteoporose
O azeite portanto, apresenta grande potencial para ser utilizado no auxílio na prevenção
e tratamento da doença.
Estudo publicado por uma universidade da Espanha indicou que o azeite tem papel
protetor contra o desenvolvimento de depressão. Durante seis anos 12000 voluntários
foram acompanhados e o grupo que consumiu azeite de oliva como fonte principal de
gorduras teve risco 48% menor em desenvolver depressão do que o grupo que consumiu
altas quantidades de gorduras trans, sendo que a quantidade de gordura trans estava
diretamente ligada à probabilidade de ter a doença.
Concluímos portanto, que o azeite é ainda um excelente alimento para a saúde mental.
9) Efeito anti-inflamatório
Devido à ação antioxidante do azeite de oliva, ele evita os danos do estresse oxidativo
também sobre as células da pele, ajudando no combate aos sinais da idade e
proporcionando uma pele mais jovem e saudável. A vitamina E e outros componentes
são os responsáveis por essa ação.
Uso na culinária
Pelo fato de as formas extra virgens sofrerem oxidação e com isso perda de nutrientes
com facilidade quando aquecidas, uma alternativa para cozinhar com azeite de oliva é
utilizar formas mais refinadas, que suportam temperaturas mais altas. Mesmo sendo
mais refinado, o azeite de oliva ainda é uma opção mais saudável para frituras e outros
pratos quentes que outros óleos convencionais, como por exemplo o óleo de soja,
comumente utilizado no Brasil.
Ao usar no tempero de saladas ou quando adicionar o azeite frio aos pratos, sem dúvida
prefira o extravirgem.
Conclusão
Outras referências:
1. Beauchamp, Gary K., et al. “Phytochemistry: ibuprofen-like activity in extra-
virgin olive oil.” Nature 437.7055 (2005): 45-46.
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3. Covas, María-Isabel, et al. “The Effect of Polyphenols in Olive Oil on Heart
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(2006): 333-341.
4. Tripoli, Elisa, et al. “The phenolic compounds of olive oil: structure, biological
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5. Covas, María-Isabel. “Olive oil and the cardiovascular system.”
Pharmacological Research 55.3 (2007): 175-186.
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