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Definição: termo clínico usado para definir proteinúria > 500 mg/dia em paciente
portador de DM. Esse conceito é incompleto, não envolve uma parte inicial que o paciente tem
nefropatia incipiente, onde ele não tem esses níveis de proteinúria.
DM maioria das vezes de longa duração (>10 a): o paciente normalmente para
desenvolver nefropatia é necessário que tenha pelo menos dez anos de doença. Quando ele
desenvolve um dano renal, quando o diabetes leva a uma dano renal, normalmente ele também
está levando simutaneamente danos em outros órgãos, principalmente retina. Então paciente
que desenvolve nefropatia você espera que ele tenha em uma frequência mais alta retinopatia
diabética.
Frequentemente acompanhada de retinopatia diabética e hipertensão arterial: a
hipetensão como causa da IR, porque a doença renal parenquimatosa á medida que vai havendo
fibrose renal, você vai tendo liberação de mediadores como aldosterona, angiotensina II,
principlamente e isso gera hipertensão.
Em relação á prevalência, um levantamento feito ano passado foi notificado que 8,7%
da população americana são diabéticos, no Brasil 25% são hipertensos.
Associado: diabetes está associada a várias complicações: doença cardiovascular,
AVC e doença vascular periférica, doença renal e a cegueira : uma das principais causas de
cegureira e amputação de membros tem como a diabetes como sua principal causa.
Já é a principal causa de ingresso em programa de diálise em países desenvolvidos ,
nos EUA metade dos pacientes que estão em diálise estão por causa da diabetes. No Brasil, esse
número é de 28%, mas com o crescimento de diabetes pode ser que chegamos a níveis perto
dos EUA. A chance do paciente diabético ter nefropatia diabética é de 30 a 40%, a chance de
paciente hipertensivo desenvolver nefroesclerose hipertensiva é menos de5% , a questão é que
se tem muito mais hipertenso do que diabético, então é por isso que temos mais pacientes
hipertensos como causa de IRC do que diabéticos.
Causas de IR: temos a hipertensão sendo a primeira, diabetes com 28% seguidas das
glomerulonefrites. ND - associada a aumento da mortalidade: DM sem ND: RR 2 vezes x pop
normal;quando o paciente tem DM com ND (proteinúria): 100 vezes x pop norm. o impacto é
catastrófico. A nefropatia diabética é tão deletéria porque denota um envolvimento
multissistêmico, quando lesa o rim pode ter certeza que o coração já tem um grau significante de
lesão, principalmente na coronária, então funciona como um marcador de agressividade de
diabetes.
A nefropatia diabética é dividida em estágios evolutivos:
Estadios evolutivos:
normoalbuminúria -------- nefropatia incipiente (microalbuminúria) -----
nefropatia clínica (proteinúria )(proteinúria + alteração de fç renal)------- IRCt
Paciente que tem diabetes tem que passar obrigatoriamente por todas essas fases.
Portanto QUANDO VOCE SE DEPARAR COM UM PACIENTE QUE TEM DIABETES E TEM
INSUFICIÊNCIA RENAL, ELE OBRIGATORIAMENTE DEVE TER PROTEINÚRIA. SE ELE TEM
DIABETES, IR E NÃO TEM PROTEINÚRIA, PODE PROCURAR OUTRA CAUSA, NÃO É
DIABATES PROVAVELMENTE. Porque para ele chegar na fase de IR ele tem que passar por
todas essas fases. IMPORTANTE.
I) Normoalbuminúria – fisiopatologia
Hiperfiltração
- É caracterizada pela hiperfiltração, então o excesso de glicose favorece o relaxamento da
arteríola aferente e permite a chegada maciça de sangue até o glomérulo e isso gera uma
hiperperfusão e uma hiperfiltração. Então a TFG se eleva a níveis superiores a 135ml/min de
clearence, o normal é até 120 ml/min. Isso poderia ser uma coisa boa mas não é, porque os
glomérulos não estão preparados para trabalharem sobre tamanha sobrecarga de pressão, aí
eles começam a lançar mão de mecanismos para se defenderem dessa pressão, gerando fibrose.
Então nesse momento:
Hiperperfusão:FPR(fluxo plasmático renal) TFG (>135 ml/min)
Pr hidráulica transcapilar glomerular : você vai ter uma pressão direta sobre a MB,
tendo aumento também da superfície. Essa fase se caracteriza pelo aumento dos glomérulos
tendo um aumento do tamanho renal. Então na fase inicial o rim está aumentado de tamanho e á
medida que a doença vai progredindo o rim vai diminuindo de tamanho, então o rim termina a
fase final com o rim de aproximadamente 10 cm. O PACIENTE DIABÉTICO FAZ IR COM O RIM
DE TAMANHO RENAL, ENQUANTO A POPULAÇÃO EM GERAL FAZ COM RIM ATROFIADO,
ISSO É UM DADO IMPORTANTE PARA SE FAZER DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL. Quando tem
um paciente diabético e hipertenso com o rim de tamanho normal, sugere que o dano seja pelo
diabetes.
Aumento da superfície de filtração
Histologia renal: normal- de uma forma geral não é feito biópsia em um paciente
diabético, porque não precisa, porque é uma doença bem caracterizada clinicamente, você
consegue identificar as fases evolutivas, o tempo para as alterações começarem a acontecer. A
biópsia se faz quando ocorre evolução atípica. Nesse momento a biópsia aqui é normal, pode ter
eventualmente o aumento do glomérulo.
II) Microalbuminúria ou Nefropatia Incipiente
O paciente passa a ter excreção aumentada de albumina. É aumentada de 30 a 300.
Eventualmente temos uma perda pequena de albumina, normalmente você perde e o túbulo
começa a recaptar e trazer de volta para a circulação. Quando a perda é excessiva a capacidade
de recaptação é limitada e você não consegue sustentar toda aquela albumina perdida. Então
essa situação, de perda maciça, se configura como quebra da barreira, a MBG perde a
capacidade de reter albumina na circulação. E isso acontece por dois mecanismos principais, um
deles é pela maior pressão que MBG é submetida, então ela é forçada literalmente a receber
algumas moléculas que por algum momento termina ultrapassando, ela é sustentada por
determinado tempo e depois essa albumina começa a ser empurrada literalmente através da
MBG. E outro mecanismo é que o excesso de glicose gera alterações de algumas citocinas que
vão levar a um dano na eletronegatividade da MBG e o paciente vai perder o sulfato de heparina,
responsável pela eletronegatividade da MB. A albumina não ultrapassa a MBG porque tem carga
negativa e a MBG também, e na hora que se aproxima elas se repelem e agora, que a pressão é
grande e não tem pressão negativa, ela consegue passar.
o Níveis aumentados de excreção de albumina (EA):
30 a 300 mg / 24 h
o Determinada pela quantidade filtrada e reabsorvida
o Aumento da albumina filtrada “quebra da barreira”
IV) IRC t
Na fase final o paciente tem IRC terminal, que desenvolve após 10 anos de
proteinúria 50 % IRC t em DM1 e 10 % IRC t em DM 2 . Por que essa diferença na
porcentagem? Porque no tipo 2 é aquele paciente que tem perfil diferente, é aquele obeso, que
desenvolve em uma tarde tardia e desenvolve com um impacto de DCV muito maior, é aquele
paciente que já tem chances de desenvolver DCV pelo sedentarismo, obesidade e soma-se a
isso o diabetes que ele desenvolve,então tem maior chance de DCV, então o paciente não chega
a essa fase porque acaba morrendo no caminho. Então a doença vai avançar e essa esclerose
tende a se expandir e perceba que as alças capilares ficam muito restritas, tendo uma redução
maciça delas, filtrando menos e o paciente tem mais retenção de ureia e creatinina,
desenvolvendo uma IR. Chega com uma completa esclerose, sem nenhuma passagem de
sangue pelo glomérulo, tendo hipertensão arterial.
Então você tem a relação entre a função e patologia, então na fase de hiperfiltração o
paciente tem expansão mesangial, na fase de micro tem espessamento da membrana basal e na
proteinúria tem esclerose glomerular que vai resultar na IR. O diabetes tem um curso evolutivo
muito conhecido, que varia muito pouco, por isso tem como saber a fase que ele está, não tem
salto evolutivo. Entao cuidado com os estádios evolutivos do slide 23, mas o início da doença o
paciente tem aumento da TFG e aumento do glomérulo renal. Com o passar do tempo o paciente
vai começar a ter a doença silenciosa e vai ter espessamento da membrana basal e expansão
mesangial. Depois de uns 10, 15 anos, ele vai ter elevação da pressão e normalização da
filtração glomerular, porque no início ela sobe e depois ela vai caindo. Mas aqui já está tendo de
fato queda. Após 15, 20 anos de doença quando o paciente tem nefropatia instalada, o paciente
tem hipertensão de fato, porque antes só aumentava, tem uma queda mais acentuada da filtração
glomerular, clearence abaixo de 90 e vai ter macroalbuminuria. Na fase final o apciente passa a
ter perda da função renal 3% por mês. Esse é o curso evolutivo da doença. Então se o paciente é
DM1, abriu a doença naquele momento e depois de 5 anos ele se apresenta com IR, pode ir atrás
que é outra doença, porque de quando a doença começa até a IR é cerca de 20 anos de doença.
ESSE CURSO EVOLUTIVO É MUITO IMPORTANTE. Diabetes não tem um curso tão rápido
assim. Causas para levar a isso que não seja diabetes são várias, pode ser uma glomerulopatia
como a Gesf, etc. SABER RECONHECER AS FASES É IMPORTANTE. DIABETES NÃO TEM
CURSO RÁPIDO, É DEMORADO.
Aqui é um gráfico para mostrar o que foi falado antes. Você tem nas fases iniciais,
nos primeiros anos de diabetes você tem a FG que vai para um clearence acima de 140, 160 e
com o passar dos anos começa a cair e chega a um momento que a filtração glomerular está
normal, já esteve alto antes e começa a cair ( na fase de microalbuminuria) e depois na fase de
instalada é que você vai ter queda para um clearence mais baixo. A albumina começa com o nível
de albumina abaixo de 500 mg e na fase de macro começa a ter uma ascensão de perda de
albumina até chegar em uma fase inicial que a albumina cai, a albuminúria cai e porque tem
queda na proteinúria? Porque não esta mais filtrando, porque o clearence de creatinina está lá
embaixo, abaixo de 10, a filtração está lá em baixo.
Fator hemodinâmico:
Hiperfiltração e hipertrofia glomerular, mesmo no paciente que tenha pressão arterial.
: PA normal, mas resistência < na A. aferente Pressão intraglomerular dano ao endotélio e
glomérulo + fatores de crescimento: TGF beta, VEGF, IG
Mesmo o paciente com pressão arterial normal excesso de glicose gera um dano no
interior do glomérulo, e esse dano gera a diminuição da resistência na artríola aferente assim vai
chegar mais sangue dentro do glomérulo e esse sangue gera aumento da pressão intraglomerular
que vai levar a um dano no glomérulo e endotélio, mediado por fatores já dito antes, como fatores
de crescimento. Algumas novidades que apareceram nos últimos anos. Foi observado que a
hiperglicemia juntamente com TGF beta e angiotensina II promovem a ativação do VEGF que
gera a liberação do óxido nítrico, um potente vasodilatador, e essa vasodilatação se dá sobretudo
na arteríola aferente, fazendo chegar mais sangue no glomérulo que vai resultar em hiperfiltração .
Uma outra coisa, foi identificada o papel da porenina, então pacientes que tem a atividade
aumentada de prorenina foi identificado que esses pacientes funcionavam como fator de risco
isolado. Alguns fatores pesam mais na hora de desenvolver nefropatia diabética e um deles é a
atividade aumentada de prorenina, então esse execesso da sua atividade promove a ativação do
MAPK que é um receptor resistente nas células que é a proteína kinase ativada por mitogenese
e essa mitogenese gera o estímulo de proliferação celular que vai resultar em fibrose. Ai ele
mostra um gráfico com o receptor de MAPK e ele gera uma cascata de reação intracelular que vai
ter como papel final a proliferação, o excesso de produção de colágeno que resulta em fibrose,
que é o que acontece no interior dos glomérulos. Foi identificado também que pacientes com
menor expressão de nefrinas tinha maior chance de desenvolver diabetes. É uma proteína
expressa pelos podócitos que compõe o slit diafragma que é uma membrana que se liga entre
um podócito e outro. Então quando se tem uma menor expressão de nefrinas, gera instabilidade
de membranas que está relacionada a uma consequência no ancoramento dos podocitos na MB
e isso vai gerar uma maior fluidez na MB favorecendo a passagem de alguns elementos entre
eles a albumina. Então essa menor expressão de nefrinas gera diretamente uma alteração na
MB. A cada dia que passa aparecem novos elementos dessa cascata e reação e se descobrem
que vários fatores levam auma maior chance de desenvolver diabetes. Não é um fator isolado. Aí
você tem o fator inicial que é o excesso de glicose que vai gerar nessa cascata toda quevai
resultar em fibrose e dano a MBG.
Quando você avalia um paciente com diabetes e você pergunta : você tem algum parente com
nefropatia dibética? Eu tenho um irmão em diálise, um pai que fez diálise e morreu, um primo que
fez transplante. Aí você sabe, que mesmo você utilizando o máximo de tratamento ainda assim
esse paciente tem uma chance maior de desenvolver nefropatia diabética quando comparado
com a população geral. Porque esse impacto genético é muito grande. Pacientes com halotipo
DD tem maior chance de desenvolve-la, mesmo com o tratamento melhor que se possa fazer.
Hoje já existe estudos genéticos voltados para tratamento genético, como se fosse um tratamento
personalizado, porque parece que usar IECA, BRA e controlar proteinúria, etc não parece ser
suficiente para esses pacientes.
Rastreamento
- Rastreamento após 5 anos de DM 1, pela curva evolutiva, nos primeiros anos não
tem nada, enatao não tem necessidade de fazer nas fases iniciais.
- Rastreamento ao diagnóstico no DM 2, porque não se sabe quando a doença se
instalou, ate porque a estatistica mostra que 20% ao diagnostico já tem microalbuminuria.
Como se faz o screening? É SUMÁRIO DE URINA. Ele vai funcionar como exame de
triagem. Se urina normal, posso excluir que esse paciente tem nefropatia diabética ? NÃO.
Porque o sumário não é sensível suficientemente para detectar microalbuminuria, ele detecta
macro ou proteinúria acima de 500 mg, normalmente. Então se paciente tem diabetes, fez SU e
deu normal, você pede microalbuminúria. Se no SU vier proteinúria: não precisa pedir
micro se o paciente está em uma fase maior que 500 mg. Então você tem que pedir para ele
é proteinuria de 24h.
O cuidado é com hematúria, que não faz parte da evolução do diabético, e pode ter
em até 30% dos casos, então quando se tem hematúria mais significativa, tem que pensar em
outras causas e eventualmente o paciente pode ter uma falsa proteinúria, quer dizer, em um SU o
paciente que fica muito tempo em pé e tem uma infecção urinária pode vir com proteinuria
positiva sem que de fato ele tenha, então quando tem essa dúvida se paciente tem uma infecção
urinária aí você pede uma cultura de urina para descatar a ItU. Na pratica se confirmou, aí você
fecha como o paciente tendo nefropatia diabética. Você faz a avaliação da TFG, pede creatinina e
o clearence de creatinina até para avaliar a eficácia da sua terapêutica. É importante que se
perceba e entenda que paciente em fase avançada de diabetes tem outras complicações, então
de uma forma geral não necessário em todos os casaos, mas em casos mais duvidosos é
importante avaliar se não tem lesão em outros órgãos, principalmente retina. 60% dos pacientes
com microalbuminúria tem retinopatia. 95% dos macroalbuminúria vão ter retiponatia. Quanto
maior o grau de lesão renal maior o grau de ter lesão na retina. A lesão renal representa lesão
sistêmica. Em relação a hipertensão, 80% dos pacientes com macroalbuminúria tem HAS.
Repetir a cada ano
Urina 1 e cultura de urina (descartar ITU)
Se ausência de PTU na urina 1 microalbuminúria
Ausência de HTU com PTU + PTU 24 h
Se micro ou macroalbuminúria TFG 1 X /ano
Avaliar ¯ TFG e eficácia da terapêutica
PREVENÇÃO PRIMÁRIA DO PACIENTE DIABÉTICO: controle do diabetes e da P.A.
De uma forma geral a caracterização clínica do paciente você consegue identificar
sem dificuldades e normalmente não querer biopsia. Você pede biopsia quando paciente
começa a desenvolver a nefropatia em tempo menor que 15, 20 anos, pode ser que ele
tenha outra doença. O normal do paciente com diabetes e proteinuria, hematuria é menos
comum, se tiver hematuria maciça não é diabetes, ai pede biópsia. A proteinura raramente
ultrapassa 5g, normalmente é abaixo do nível nefrótico e quando é nível nefrótico é de 3 a 5,
então se a proteinuria for acima disso, sinal de alerta, ele pode ter outra glomerulopatia, aí
pede biópsia. Essas situações são situações que se pede biópsia, porque esse quadro não é
muito típico de diabetes, e logicamente você usa o artifiício de pesquisar lesões em órgão- alvo,
porque na nefropatia instalada, 95% dos pacientes vão ter retinopatias. Se não tem, não e
nefropatia diabética que está causando a lesão renal. Se a pressão é normal, se o paciente não é
hipertenso, provavelmente é nefropatia, porque nessa fase, 80% dos pacientes terão HAS. O
tempo menor de doença me indica biópsia. Uma proteinúria de 8g, 10g me indica que esse
paciente provavelmente não tem diabetes ai tenho que pedir diabetes. Não tem critérios, é o olho
e o contato com o paciente que vai fazer pedir a biópsia. Mas é raro se pedir biópsia. A
proteinúria maciça indica pior prognóstico. 10:30
TRATAMENTO
O foco principal é controlar a glicemia, a pressão arterial e levar a uma redução de
proteína que vai minimizar a esclerose glomerular que o paciente vai desenvolver.
1. Controle glicêmico
HbA1c < 7,0% (<6,5%) : objetivar manter a HbA1c abaixo de 7. Abaixo de 6,5 traz
efeitos colaterais perigosos, então aqui é 7.
Prevenção primária: normo micro
Prevenção secundária: micro macro
macro IRC
Você faz o controle glicêmico tanto quando o obejtivo é fazer prevenção primária, ou
seja, paciente no inicio da doenla e sem micro ainda, você faz prevenção primária quando você
controla a glicemia dele, mas também faz quando ele já está em outras fases, como para evitar o
paciente de micro para macro e de macro para IR, que aí é a prevenção secundária. O controle
da glicemia promove o controle das complicações crônicas, então evita a instalação e progressão
em :76 % retinopatia, 60 % neuropatia, 54 % albuminúria e 39 % malbuminúria .
2. Controle da pressão arterial
O segundo alvo é o controle da pressão.
- Prevenção primária (hipertensos): fase anterior a microalbuminúria, é o paciente
com normoalbuminúria. Esse paciente voc~e vai tratar com o obejtivo de manter a PA < 130 X 80
mmHg: quando você faz esse controle ¯ 30 % o risco de aparecimento da microalbuminúria. Os
medicamentos mais adequados são : iECA DM1 e iECA ou BRA DM2, mas na prática
ambos poderiam ser utilizados em ambos os tipos.
Nos NORMOTENSOS (+NORMOALBUMIN): Não há evidências que sustente a
indicação de prevenir o que pode acontecer no futuro. Aqui só se faz a prevenção primária que é
controlar a glicemia.
- Prevenção secundária (microalbuminúria e proteinúria) : quando o paciente
está com microalbuminúria a indicação é a mesma da anterior, de IECA E BRA, mas aqui
mesmo sendo normotenso, só pelo fato de ter microalbuminúria, vai fazer IECA ou BRA
para o paciente, porque essas drogas evitam a chance da progressão da proteinúria. Se
for normotenso tem que medicar a dose com cautela, começa com dose baixa, reavalia
depois.
BCC – não dihidropiridínicos (verapamil e diltiazem): outra classe de medicamentos
que podem ser utilizados.
Em relação ao tratamento no gráfico mostra que o controle da proteína com captopril
comparado com o placebo é menor e o delta proteinúria na realidade com o tempo você vai ter
redução da proteinúria com o captopril enquanto com o placebo vai tender só aumentar com o
tempo.
Então, na prevenção secundária temos manter a pressão, independente da
intensidade da proteinúria o alvo é 130x80 mmhg. E com o controle da pressão você evita que
progrida a IR no paciente que já tem IR, então : progressão da IRC em 4 anos em DM 1 Cr < 2,5
(valor normal vai de 0,6 a 1,3) ¯ em 50 % a necessidade de diálise, transplante e mortalidade
em geral com o tratamento com essas drogas. Aí a prevenção da progressão da nefropatia clínica
é feita com as mesmas medicações, DM1: IECA e DM2 : IECA e BRA. 11:00
Em um estudo mostrou três grupos, um om placebo, outro usando alodipina e outro
usando irbesartan. Qual a chance desses pacientes todos dobrarem a creatinina que já tinham,
morrerem ou desenvolverem IRt? Quando o paciente utilizava placebo ou amlodipina que tem
efeito neutro, não tem efeito benéfico nenhum, a doença progrediu rápido, diferente com
irbesartan porque ele protegeu e esse grau de proteção foi na ordem de 20 a 23%. Em 4 anos ela
reduziu a chance de dobrar a creatinina, morrer e progredir para IRtC.
Não é raro se deparar com diabéticos e você quer baixar a proteinúria dele, medica a
dose máxima de IECA e não consegue baixar, será que vale a pena associar com outro
bloqueador ou IECA, que é o que a gente chama de duplo bloqueio, o bloqueio do sistema RAA?
Entao essa associação mostrou que piorava a função renal + aumenta risco de IRCdialítica, entao
é uma associação proscrita. NÃO PODE SER FEITA, em diabéticos. Pacientes que tem
nefropatia por IgA, isolada, até pode ser feito, mas em diabético NÃO. Posso fazer esse duplo
bloqueio com outras drogas? Posso, posso utilizar IECA ou BRA com espironolactona, que
promove redução na proteinúria, ela tem efeito aditivo baixando a proteinuria. Chegou uma droga,
o alisquireno, que é bloqueador direto da renina, com o nome comercial de rasilez, que apareceu
como esperança. Ele associado com losartan promoveu a redução da proteinúria em 20% e
promovia um benefício marginal na TFG, parecia melhorar um pouco. Mas o que aconteceu foi
que o estudo desse ano, ainda nem publicado, tiveram um resultado inesperado, os pacientes
diabéticos apresentaram maior _____, então no começo do ano saíram informativos
recomendando para não utilizarem essa combinação em diabéticos. Isolado em outras situações
pode, mas para baixar proteinúria esqueçam. Então sobram mesmo como opção para duplo
bloqueio: IECA ou BRA com espironolactona, mas com cuidado porque levam á retenção de
potássio. ALTO RISCO VASCULAR NÃO PODE ASSOCIAR IECA+ BRA,quando sem diabetes,
mas se baixo risco, vascular, como nefropatia por IgA, pode.
Em relação á restrição proteica é um pouco controverso. Estudos mostraram que
pacientes que tinham restrição portéica maior tinham uma redução na queda da FG menor do que
aqueles que tinham consumo normal de proteínas. Então a ADA reocmenda:
E que a redução quando forem fazer sejam com carne de ave e não carne bovina.
Então, finalizando: dislipidemia a meta é que haja a redução para abaixo de 100, e
em algumas situações, de forma controversa, em pcientes com alto risco cardiovascular, abaixo
de 70, mas de forma geral é abaixo de 100. Nos cardiopatas a estatinas promoveu benefício,
evitando o declínio da TFG, mas seu uso isolado, sem ser cardiopata e dislipidêmico não esta
comprovado que seja benéfico. É recomenado perder peso e fazer dieda hipossódica, cessar
tabagismo, atividade física e AAS para micro e macro albuminúria. Em relação aos
hipoglicemiantes: tem que ter cuidado de o clearence for abaixo de 30, de 30 a 50 a contra
indicação é relativa. Se o clearence for abaixo de 30 não fazer metformina e sulfaniuréias, porque
a primeira leva a acidose lática e um paciente que tem um clearence abaixo de 30,que já tem
uma IR, cursa com uma acidose metabólica, aí essa medicaão acentua mais isso e a segunda,
alguma delas são metabolizadas no rim, aí se você der uma glibenclamida, ela vai circular por
mais tempo, aí vai levar á hipoglicemia. Mas algumas sulfaniuréias tem metabolização parcial
hepática e renal, como a glimepirida, que é amaril, glicazida que e o Diamcron,etc e elas podem
ser utilizadas para clearence abaixo de de 30, até 10. A replaglinida pode ser utilizada para
clearence mais baixos, e as incretinas podem utilizar parece que até mesmo para pacientes em
diálise, com clearence abaixo de 10. A gente utiliza com segurança mesmo nesses pacientes com
clearence abaixo de 10 é a insulina, mas ela tem que ser reajustada em suas doses, clearence de
10 a 30 é a 75% da dose usual e se abaixo de 10, 50% da dose. ooooooooNão é raro o paciente
aparecer dizendo que está curado do diabetes, porque ele estava usando dose cada vez menores
da insulina, e quando o paciente fala isso para o nefrologista, a gente sabe que é porque o rim
dele foi para o espaço.
O 00:00