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O cientista político Christopher Garman, diretor da consultoria política internacional Eurasia Foto: John Burwel /
Divulgação
Guliherme Evelin
29/10/2018 - 14:10 / 29/10/2018 - 20:03
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Possível é, mas é muito difícil. Esse govemo, mais do que qualquer outro,
vai depender da comunicação política das reformas necessárias. Esse será
não apenas um governo que não está disposto a usar os expedientes
tradicionais, mas também será um Congresso pouco reformista. Os
parlamentares que não conseguiram a reeleição, quase metade na Câmara
dos Deputados, votaram em maior peso a favor das reformas propostas
pelo governo Michel Temer do que os parlamentares que foram reeleitos.
Além disso, os que estão entrando agora no Congresso são mais sensíveis
às mídias sociais, estão ligados às corporações e, portanto, talvez não
tenham uma pré-disposição tão favorável a essas reformas. Portanto, a
A Época gostaria de enviar notificações das
capacidade do Bolsonaro de encaminhar
principais notícias para reformas
você. difíceis vai depender
de como ele vai vender as reformas perante a opinião pública, porque o
Congresso será mais sensível aoNÃO,
debate nas redes sociais
OBRIGADO
e às pesquisas de
ACEITO
opinião.
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A boa notícia é que o script já está pronto. Foi preparado pelo governo
Temer. No início, o argumento era econômico: é necessário apertar o
cinto hoje para poder ter um benefício previdenciário na frente; se não
fizer a reforma, caminha para a situação do Estado do Rio de Janeiro.
Depois do caso JBS, o argumento passou a ser de justiça social, do
combate aos privilégios: não é justo que um funcionário público possa se
aposentar aos 52 anos de idade, com uma aposentadoria plena, e o
trabalhador comum tenha que trabalhar muito mais anos e receber
pouco. O Bolsonaro vai ter que usar um pouco desse caminho e fazer uma
comunicação muito eficaz para convencer os parlamentares de que
aprovar a proposta dele não é politicamente tão custoso assim. Isso vai
ser muito importante para o governo dele, exatamente porque ele não
conta com o mesmo grau de lealdade dos parlamentares, já que não vai
distribuir cargos da mesma maneira que os governos anteriores. Essa é
uma variável chave.
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Acho que a pauta econômica não vai ser a principal pauta no início do
governo. Ele vai fazer uma pauta baseada em temas de segurança, em
paralelo com essa pauta fiscal. Ele tem que fazer isso, porque só ter uma
pauta para a Previdência é uma receita para ele perder apoio popular. Ele
precisa ser visto como minimamente popular para, de forma eficaz, fazer
essa estratégia de comunicação política. Existem três grandes variáveis: a
estratégia de comunicação política das reformas, o que ele vai fazer para
manter os índices de aprovação razoáveis no início do mandato e como
ele vai criar uma rede de articuladores no Congresso, que hoje ele não
tem. Ele conta com o Onyx Lorenzoni (deputado do DEM do Rio Grande
do Sul, indicado para ser o chefe da Casa Civil), o filho Eduardo
Bolsonaro, mas não tem uma linha de frente no Congresso. Ele vai ter que
construir isso nesses próximos meses.
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Acredito que ele vai abraçar uma proposta, sim. A pergunta é qual será a
reforma. Esse é o grande debate dentro da equipe dele. Você tem três
caminhos. Um é começar do zero e encampar uma reforma mais
ambiciosa do que a do presidente Michel Temer, como a que o Paulo
Guedes tem defendido, de transição de regime de repartição para de
capitalização. O problema é que partir do zero é politicamente mais
difícil, demora tempo e significa talvez colocar o projeto para votação no
segundo semestre do ano que vem, quando potencialmente o capital
político do presidente será menor. Acho essa estratégia muito arriscada. A
segunda estratégia é pegar a proposta do presidente Michel Temer, tentar
colocá-la para votação rapidamente, aceitando alterações que
enfraquecem a reforma, e ganhar tempo para uma segunda rodada de
reformas, lá na frente. A terceira opção é começar do zero com uma
reforma mínima.
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Por que acha que a lua de mel de Bolsonaro será curta? Quanto
tempo ela vai durar?
Não acho que ele vá começar com patamares de apoio muito elevados.
Nós estamos num ambiente altamente polarizado. O ponto de partida
dele é menor do que o de governos anteriores. Os primeiros governos de
Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma começaram com taxa de
avaliação de bom e ótimo próxima a 50% e de aprovação próxima a 60%.
Ele vai começar com uma avaliação em torno de 40% e de aprovação
próxima a 50%. A rejeição dele na campanha eleitoral girou em torno de
40%. Parte dos eleitores estão votando contra o PT, não particularmente a
favor dele.Além disso, o eleitor está muito insatisfeito com a qualidade
dos serviços públicos, como segurança, saúde, educação. Quem está na
linha de frente dessas demandas são os governos estaduais. E esses
serviços não vão melhorar tão rápido.
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Prevê choques entre a área
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econômica,
principais notícias para você. liderada pelo
Em que medida a Paulo Guedes, um economista
retórica bolsonarista liberal que defende
pode ser considerada NÃO, OBRIGADO ACEITO
fascista? privatizações em massa, e o
grupo dos generais, sensíveis
O que Bolsonaro deve à questão da soberania
conseguir mudar ou
não na segurança nacional?
pública
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Acho que ele vai encampar, sim, parte dessa agenda. A resistência à
privatização da Eletrobras pode ser demovida. Vai ter de ser encontrado
um desenho de privatização da empresa que contemple as ressalvas e as
preocupações estratégicas que o presidente eleito tem com relação ao
papel dos chineses no setor. Pode-se fazer isso através da implementação
de uma “golden share” ou fomentando um ambiente de competição. O
Brasil tem um desafio fiscal tremendo, e se você encampar um projeto de
reforma de Previdência modesto, a necessidade de encontrar receitas
adicionais será premente. O problema também é que privatizar empresas
é difícil. Não é fácil. A meta da equipe econômica do Bolsonaro de
privatizar um terço das estatais não me parece realista. Isso é um
processo difícil, que demora. Há questões a serem resolvidas com o
Tribunal de Contas da União (TCU), entre outras.
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