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Conferência Internacional de Solidariedade ao Povo e à Juventude Síria

Missão Internacional de Solidariedade à Síria do Conselho Mundial da Paz e da Federação


Mundial da Juventude Democrática | Damasco, Síria, 30 de outubro de 2018
Fala da Presidenta do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes

Queridas companheiras, queridos companheiros,

É uma honra para o Conselho Mundial da Paz tomar a palavra nesta Conferência de
Solidariedade com o Povo e a Juventude Síria, no quadro da missão conjunta com a Federação
Mundial da Juventude Democrática que mais uma vez visita este país resistente.

Os meios de comunicação a serviço do imperialismo procuram justificar a tragédia que


acometeu o povo sírio como se ela tivesse começado com as manifestações supostamente
democráticas da mal denominada "primavera árabe", em 2010. Apresentam aquilo que se
transformou num conflito a serviço de interesses antinacionais como a livre manifestação
democrática.

Desde que se iniciaram as ações desestabilizadoras com o uso da violência e do terrorismo


há sete anos na Síria, apoiamos o povo sírio em enfática e irredutível oposição à agressão, à
tentativa de isolamento diplomático, à ingerência e à guerra midiática e militar contra o país.

Por meio de resoluções aprovadas em suas assembleias de 2012 e 2016 e por seus órgãos
diretivos, o CMP tem expressado seu irredutível compromisso no apoio aos esforços pela paz
na Síria e a solidariedade ao povo e sua liderança.

A realização da reunião do Comitê Executivo do CMP em 2009 em Damasco e de já duas


missões de solidariedade conjuntas com a FMJD; a nossa presença em Teerã na Conferência
Internacional sobre o conflito na Síria, em 2012; o pronunciamento que fizemos na Conferência
dos Países Não Alinhados de 2016, em Caracas, abordando também o conflito na Síria; assim
como a nova reunião do nosso Comitê Executivo no último fim de semana em Damasco
revelam a dimensão que tem a nação árabe-síria no conjunto da nossa atividade.
Nestes dias em que temos a honra de visitar a heroica Damasco, ressaltamos que não há
palavras suficientes para descrever a ignomínia da agressão contra a Síria e seu povo durante
sete longos anos, a devastação e o sofrimento causados pelas potências imperialistas.

Ao reiterar nossa solidariedade, é também com esperança que observamos os avanços


significativos conquistados pelo povo sírio, seu governo e seu exército. Congratulamo-nos com
o povo sírio e sua liderança pelos esforços que fazem para recuperar o país após a destruição
e a desestabilização e para derrotar a ofensiva terrorista e imperialista que vitimou tantos
milhões de pessoas inocentes. A estas, às suas famílias e a todo o povo sírio, prestamos nossa
sincera homenagem.

Sob a liderança do governo do Presidente Bashar Al-Assad, o povo sírio resistiu heroicamente
e conquistou importantes vitórias políticas e diplomáticas, concertou significativas alianças
internacionais e alcançou sucessivos êxitos militares. Auguramos que a vitória seja completa
e definitiva e que o país obtenha a paz e a estabilidade.

A agressão à Síria enquadra-se no contexto mais abrangente da política imperialista de


reconfiguração do Oriente Médio para cumprir os objetivos e a agenda do imperialismo
estadunidense, propiciar o saque dos recursos das nações e o controle geoestratégico de
importantes rotas. As potências imperialistas não medem custos e esforços para assegurar
esses objetivos. Para este fim, contam com sua poderosa máquina de guerra, a Organização
do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), sob a liderança dos EUA, e com fiéis aliados regionais
que promovem inclusive seus próprios interesses geoestratégicos, como os governos sionistas
e belicistas de Israel, as monarquias reacionárias do Golfo e uma parte da oposição doméstica
antipatriótica e ambiciosa pelo poder.

A luta do povo sírio e suas vitórias reforçam a esperança para todo o mundo e são importante
contribuição às lutas dos povos contra o imperialismo e suas políticas de agressão e guerra.
Damasco é a capital da resistência, onde em meio a tanto sofrimento o povo se manteve firme,
na defesa irredutível da sua nação.
Na resolução da nossa última Assembleia, realizada na cidade brasileira de São Luís,
destacamos que a ação do imperialismo no Oriente Médio tem como objetivo o
desmantelamento dos Estados Nacionais nesta região. A ofensiva iniciada após os ataques
de 11 de setembro de 2001, com os bombardeios sobre o Afeganistão, teve prosseguimento
com a guerra de destruição do Iraque e, logo em seguida, o desmantelamento da Líbia e o
conflito provocado na Síria. O caos gerado por essa ofensiva culminou com a guerra total no
país pelas grandes potências e seus aliados do Oriente Médio.

Tais governos trabalharam para desestabilizar e derrubar o governo legítimo do Presidente


Bashar Al Assad, patrocinando grupos fundamentalistas e terroristas de variados matizes. A
ofensiva imperialista e a ocupação estadunidense do Iraque possibilitaram a propagação do
chamado Estado Islâmico.

As forças da paz e democráticas, como o CMP e a FMJD, têm se levantado permanentemente


em apoio à luta pela soberania, a paz e por uma saída política para a crise que se arrasta há
tantos anos. De forma expressiva, parlamentares e parte importante da população dos países
agressores também já se manifestaram contra o crime há muito preparado e cometido por
seus governos.

Além do heroísmo de seu povo e do valor demonstrado pelo Exército Sírio e seus aliados, a
solução do conflito na Síria depende em grande medida de iniciativas diplomáticas em que
prevaleçam os princípios consagrados da Carta das Nações Unidas e do direito internacional.
São válidas e auspiciosas as iniciativas diplomáticas para resolver o conflito na Síria, desde
que não imponham condicionamentos nem violem a autodeterminação do povo sírio e o direito
de escolher seu governo, seu sistema político e os rumos para o futuro do país, como nos
afirmou o Chanceler da nação árabe-síria Dr. Walid Muallem ontem em encontro com a missão
de solidariedade internacional.

O Conselho Mundial da Paz defende a paz na Síria, sua soberania e diálogo nacional, a
unidade do seu povo e a legitimidade das suas instituições. A exigência de derrocar o governo
legítimo da Síria é parte integrante da estratégia do imperialismo de promover as chamadas
“mudanças de regime” que, com suas peculiaridades, são realizadas em todas as regiões do
mundo.
Opomo-nos igualmente à tentativa de isolar diplomaticamente a Síria e impor sanções que
punem o povo com a desestabilização da economia e os decorrentes problemas sociais.

Sistematicamente, esforços diplomáticos são inviabilizados pelas ações agressivas do


imperialismo estadunidense e seus aliados e na busca de assegurar a presença militar norte-
americana no país, anunciada pelo presidente dos EUA. Foi o que aconteceu em abril deste
ano, com o bombardeio de alvos sírios sob o falso pretexto de punir a Síria pelo suposto uso
de armas químicas.

O ataque imperialista, com mais de 100 mísseis, e com os EUA, Grã-Bretanha e França se
autoproclamando no papel de “promotores, juízes e carrascos”, despertou o protesto enérgico
dos defensores da paz e da grande maioria dos povos do mundo.

O CMP nunca teve a menor dúvida sobre os objetivos dos imperialistas no Oriente Médio.
Notamos em particular que o ataque em causa foi apoiado pela OTAN e pela União Europeia,
blocos que em suas primeiras declarações, concordaram com o contexto, o espírito e a
substância da bárbara agressão imperialista.

Nenhuma força internacional, seja um governo ou uma coalizão de países, tem o direito de
violar a soberania nacional da Síria, a autodeterminação e os direitos de seu povo. Tampouco
de decidir que tipo de governo deve ter o país e quem deve ser o mandatário. Somente o povo
sírio tem esta prerrogativa.

O CMP apoia irredutivelmente a luta do povo sírio pela retirada estadunidense do território
nacional e o fim das tentativas de, pela ingerência e pela força, estabelecer-se um governo
submisso aos interesses dos Estados Unidos.

As acumuladas vitórias do valente povo sírio inspiram esperança em todos os povos em luta
no mundo todo e reforçam a convicção de que o imperialismo, por mais que seja forte e cruel,
com sua lista enorme de crimes contra a humanidade, pode e será e derrotado. Este é o
exemplo que a nação-síria nos dá.

Viva a Síria, viva a solidariedade e viva a paz!

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