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É uma honra para o Conselho Mundial da Paz tomar a palavra nesta Conferência de
Solidariedade com o Povo e a Juventude Síria, no quadro da missão conjunta com a Federação
Mundial da Juventude Democrática que mais uma vez visita este país resistente.
Por meio de resoluções aprovadas em suas assembleias de 2012 e 2016 e por seus órgãos
diretivos, o CMP tem expressado seu irredutível compromisso no apoio aos esforços pela paz
na Síria e a solidariedade ao povo e sua liderança.
Sob a liderança do governo do Presidente Bashar Al-Assad, o povo sírio resistiu heroicamente
e conquistou importantes vitórias políticas e diplomáticas, concertou significativas alianças
internacionais e alcançou sucessivos êxitos militares. Auguramos que a vitória seja completa
e definitiva e que o país obtenha a paz e a estabilidade.
A luta do povo sírio e suas vitórias reforçam a esperança para todo o mundo e são importante
contribuição às lutas dos povos contra o imperialismo e suas políticas de agressão e guerra.
Damasco é a capital da resistência, onde em meio a tanto sofrimento o povo se manteve firme,
na defesa irredutível da sua nação.
Na resolução da nossa última Assembleia, realizada na cidade brasileira de São Luís,
destacamos que a ação do imperialismo no Oriente Médio tem como objetivo o
desmantelamento dos Estados Nacionais nesta região. A ofensiva iniciada após os ataques
de 11 de setembro de 2001, com os bombardeios sobre o Afeganistão, teve prosseguimento
com a guerra de destruição do Iraque e, logo em seguida, o desmantelamento da Líbia e o
conflito provocado na Síria. O caos gerado por essa ofensiva culminou com a guerra total no
país pelas grandes potências e seus aliados do Oriente Médio.
Além do heroísmo de seu povo e do valor demonstrado pelo Exército Sírio e seus aliados, a
solução do conflito na Síria depende em grande medida de iniciativas diplomáticas em que
prevaleçam os princípios consagrados da Carta das Nações Unidas e do direito internacional.
São válidas e auspiciosas as iniciativas diplomáticas para resolver o conflito na Síria, desde
que não imponham condicionamentos nem violem a autodeterminação do povo sírio e o direito
de escolher seu governo, seu sistema político e os rumos para o futuro do país, como nos
afirmou o Chanceler da nação árabe-síria Dr. Walid Muallem ontem em encontro com a missão
de solidariedade internacional.
O Conselho Mundial da Paz defende a paz na Síria, sua soberania e diálogo nacional, a
unidade do seu povo e a legitimidade das suas instituições. A exigência de derrocar o governo
legítimo da Síria é parte integrante da estratégia do imperialismo de promover as chamadas
“mudanças de regime” que, com suas peculiaridades, são realizadas em todas as regiões do
mundo.
Opomo-nos igualmente à tentativa de isolar diplomaticamente a Síria e impor sanções que
punem o povo com a desestabilização da economia e os decorrentes problemas sociais.
O ataque imperialista, com mais de 100 mísseis, e com os EUA, Grã-Bretanha e França se
autoproclamando no papel de “promotores, juízes e carrascos”, despertou o protesto enérgico
dos defensores da paz e da grande maioria dos povos do mundo.
O CMP nunca teve a menor dúvida sobre os objetivos dos imperialistas no Oriente Médio.
Notamos em particular que o ataque em causa foi apoiado pela OTAN e pela União Europeia,
blocos que em suas primeiras declarações, concordaram com o contexto, o espírito e a
substância da bárbara agressão imperialista.
Nenhuma força internacional, seja um governo ou uma coalizão de países, tem o direito de
violar a soberania nacional da Síria, a autodeterminação e os direitos de seu povo. Tampouco
de decidir que tipo de governo deve ter o país e quem deve ser o mandatário. Somente o povo
sírio tem esta prerrogativa.
O CMP apoia irredutivelmente a luta do povo sírio pela retirada estadunidense do território
nacional e o fim das tentativas de, pela ingerência e pela força, estabelecer-se um governo
submisso aos interesses dos Estados Unidos.
As acumuladas vitórias do valente povo sírio inspiram esperança em todos os povos em luta
no mundo todo e reforçam a convicção de que o imperialismo, por mais que seja forte e cruel,
com sua lista enorme de crimes contra a humanidade, pode e será e derrotado. Este é o
exemplo que a nação-síria nos dá.