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CURITIBA/PR
2018
FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO BRAZ
VALÉRIA DA SILVA SANTOS AZEVEDO VIEIRA
CURITIBA/PR
2018
RESUMO
Mitigar riscos é uma das funções mais importantes em uma Instituição Financeira. Nesse viés, os
controles internos são indispensáveis, fato pelo qual se investe em pesquisa e desenvolvimento de
ferramentas e sistemas, que possam estruturar adequadamente um processo eficaz na mitigação do
risco operacional ao qual estão sujeitas as empresas. O que se pretende verificar com a análise da
bibliografia proposta é a relevância do controle interno para uma organização, e quais os benefícios
dele resultantes. A gestão eficiente das organizações passa pela melhoria contínua em seus
instrumentos de controle e segurança, e estar aderente às leis e normas é o chamado compliance,
objeto de qualquer empresa que queira ter a ética e a boa conduta como seus valores intrínsecos. O
presente artigo explana alguns conceitos básicos, traz um referencial de estrutura aceito e adotado
mundialmente, demonstra os estudos de vários especialistas da área e expõe visões complementares
em suas definições teóricas. Finaliza com uma breve consideração do aluno sobre sua vivência
cotidiana em uma instituição de grande porte do seguimento financeiro, onde a cultura de controle é
amplamente estimulada.
2. GESTÃO DE RISCO
3.1. Compliance
Uma instituição que pretende alcançar níveis cada vez maiores de segurança
em suas rotinas, recorre às práticas recomendadas nesses Acordos. Neste caso,
costuma-se dizer que está em compliance, que, segundo Assi (2012), nada mais é que
estar em conformidade com leis e regulamentos internos e externos.
Estar em compliance também diz respeito a seguir com rigor as leis e normas
de conduta existentes em cada país onde a Instituição mantenha operações e
negócios. A Febraban – Federação Brasileira dos Bancos (2018 p.7), diz que
compliance “transcende a ideia de conformidade, abrangendo aspectos de
governança, conduta, transparência e temas como ética e integridade”.
No Brasil, o Sistema Financeiro é composto de órgãos normativos e de controle,
aos quais as IF estão submetidas, e prestam conta regularmente sobre suas ações
para mitigação dos riscos (UNIBB, 2018). A principal regulamentação brasileira é dada
pela Resolução CMN 2554, de 24/09/1998, que dispõe sobre a implementação de
sistema de controles internos (BACEN, 2018). A partir desta resolução, o Banco
Central do Brasil determina que haja um maior cuidado nas atividades desenvolvidas
por qualquer instituição financeira, e que estas devem prezar pela lisura das suas
atividades, desde sistemas informatizados até seus negócios e procedimentos de
rotina, e que as normas regulamentares precisam ser seguidas de forma a mitigar os
riscos inerentes ao seu cotidiano.
Como Corbari & Macedo (2012, p.115) registram em seus estudos, “entre os
conceitos de risco, encontra-se o relacionado a fraudes, danos à reputação e falhas de
sistemas, e que são necessários procedimentos de rotina para reduzir a chance de
ocorrência de tais eventos, para que os efeitos advindos de prejuízos sejam os
menores possíveis”. A Unibb (2018) comenta que as Instituições Financeiras se
sujeitam diariamente a esses eventos, sendo necessária a gestão desse risco para se
garantir conformidade em seus procedimentos.
Existem diversas abordagens e sistemáticas para a gestão dos riscos nas IF, e
cada organização aplica o que melhor se adequa a sua realidade. Em todos os casos,
a gestão do risco operacional passa pelos controles internos.
5. CONTROLE DO RISCO
6. CONTROLES INTERNOS
Oliveira (2013, p.408) explica que controlar é comparar o resultado das ações,
com padrões previamente estabelecidos, com a finalidade de corrigi-las ou reforçá-las,
se necessário.
No caso dos controles internos, isso é feito dentro do ambiente corporativo.
Como é um universo bastante vasto, no presente trabalho serão destacados apenas
os mais comumente identificados pelas organizações:
- controles operacionais;
- controles gerenciais;
- controles financeiros;
- controles diretivos;
- controles de aplicação;
- controles de processamento;
- controles de atividades;
- controles de salvaguarda;
- controles antifraude.
Para cada um desses controles, cabe à organização um estudo a fim de definir
qual nível de proteção se deseja ter através da prevenção, correção e monitoramento
de eventos relacionados (UNIBB, 2018).
ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2018.