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Material Teórico
Saúde e Qualidade de Vida
Revisão Textual:
Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos
Saúde e Qualidade de Vida
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Introduzir a temática da integralidade em saúde e compreender a
importância das ações educativas em saúde. Conhecer um pouco
do surgimento do SUS no Brasil e sua relação com este projeto
de integralidade. Conhecer o conceito de qualidade de vida, seu
surgimento e os aspectos que o determinam.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Saúde e Qualidade de Vida
Quando se trata de uma visão ampla do bem-estar, está ligada não só à esfera
do corpo propriamente, mas também às dimensões física e psíquica do corpo, à
dimensão social e econômica. Há, ainda, outros centros conceituais com os quais
podemos e precisamos dialogar relacionando-os dentro dessa temática.
Figura 1
Fonte: iStock/Getty Images
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A partir dos anos 1970, a ideia de promover a saúde surge como ponta de lança
da Saúde Pública, tornando-se, a partir de então, o seu modelo de atuação. O que
se entende por promoção de saúde é a formação da comunidade para a atuação
em prol de sua própria qualidade de vida, na melhoria das condições em que se
vive nessas espacialidades. Este processo se dá de forma coletiva, envolvendo os
diversos sujeitos, que são parte do próprio controle do processo mesmo, partindo
das noções de solidariedade, democracia, equidade e desenvolvimento. Devem ser
parceiros nessa empreitada os seguintes agentes: a comunidade em questão, a
família, o indivíduo e o Estado (MACHADO et al., 2007).
Figura 2
Fonte: iStock/Getty Images
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UNIDADE Saúde e Qualidade de Vida
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É fundamental para a realização desse tipo de trabalho a lógica da operação em
equipe, importante de ser tratada desde o período de formação dos profissionais
da saúde. Daí a necessidade do trabalho em equipe, promovido a partir do diálogo
permanente entre diferentes profissionais da saúde (de distintas áreas), a fim de
promover uma assistência holística.
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O Conceito de Qualidade de Vida
e seu Surgimento
A primeira vez em que a expressão “qualidade de vida” foi usada era 1964, e
Lyndon Johnson, presidente dos Estados Unidos, a pronunciou, para declarar que
os objetivos de um país não pode estar mediado pelos balanços bancários, mas sim
através da qualidade de vida proporcionada às pessoas.
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É por essa razão que uma avaliação da prosperidade feita de forma adequada
inclina-se à exigência da utilização dos indicadores de qualidade de vida e
sustentabilidade, além do desempenho econômico e seus indicadores próprios
(VEIGA, 2010, p.338).
“Medidas subjetivas de bem-estar fornecem informações-chave sobre
a qualidade de vida das pessoas. Por isso, as agências de estatística
precisarão pesquisar as avaliações que as pessoas fazem de sua vida, suas
experiências hedônicas e prioridades. Além disso, a qualidade de vida
também depende, é claro, das condições objetivas e das oportunidades.
Terão de melhorar as mensurações de oito dimensões cruciais: saúde,
educação, atividades pessoais, voz política, conexões sociais, condições
ambientais e insegurança (pessoal e econômica).” (VEIGA, 2010, p.338)
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A qualidade de vida vista sob a lente das contradições sociais
A maior parte da população do Brasil e do mundo vivem em condição de exclusão
social, tecendo uma complexa situação que não pode ser resolvida a partir de
políticas pontuais. Possui escala estrutural, demandando a articulação entre Estado
e Sociedade Civil na composição de estratégias macro e intersetoriais. As políticas
públicas de forma isolada são ineficientes, assim como as instâncias que gerem o
aparelho público (e também o privado). Este quadro gera a importância de que as
parcerias entre diferentes instâncias e instituições ocorram.
Analfabetismo e despolitização
Um dos aspectos importantes da consciência sobre a própria vida ou mesmo a
consciência dos grupos sociais sobre a sua condição dizem respeito à politização
ligada ao nível de instrução e acesso ao conhecimento dos códigos linguísticos.
A alienação à possibilidade de letramento aproxima as pessoas de uma realidade
de maior preconceito, hábitos que não promovem saúde e gestão coletiva dos
interesses etc.
Figura 4
Fonte: iStock/Getty Images
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UNIDADE Saúde e Qualidade de Vida
Explor
Na pesquisa de campo e na ação realizada pelos autores (WIMMER et al., 2006, p.151),
uma metodologia e um plano de ação foram desenvolvidos, a fim de atingir os objetivos do
projeto. Que tal refletirmos sobre alguns passos para a formação de um projeto como este?
Vamos fazê-lo em 5 passos.
Primeiro: abordar o conjunto do núcleo familiar, com estímulo à participação dos membros,
de modo a criar uma experiência de toda a família.
Segundo: trabalhar no sentido da integração entre diferentes famílias através de ações
educativas e culturais em âmbito coletivo, possibilitando a formação e o envolvimento da
comunidade em questão.
Terceiro: criar espaços de lazer e convivência, no sentido de fortalecer o vínculo entre as
pessoas e as famílias, laço muito importante para o incentivo à participação, sobretudo nos
problemas enfrentados pela comunidade (desemprego, saneamento básico, entre outros
que influenciam diretamente na qualidade de vida)
Quarto: promover o debate com as famílias acerca dos fatores que interferem em sua
qualidade de vida e dos possíveis caminhos de organização interna para buscar alcançar
esses direitos junto a instituições responsáveis e o Estado.
Quinta: participar e facilitar a organização da comunidade para a formação de parcerias com
instituições de âmbito público e privado, a fim de promover desenvolvimento econômico e
social para o território e a comunidade.
Espero que tenha feito bom proveito do estudo! Caso tenha interesse em se apro-
fundar mais, busque as referências do material complementar. Até a próxima unidade!
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Qualidade de vida dos enfermeiros das equipes de saúde da família: a relação das variáveis sociodemográficas
FERNANDES, Janielle Silva; MIRANZI, Sybelle de Souza Castro; IWAMOTO, Helena
Hemiko; TAVARES, Darlene Mara dos Santos; SANTOS, Claudia Benedita dos.
Qualidade de vida dos enfermeiros das equipes de saúde da família: a relação das variáveis
sociodemográficas. Texto & Contexto - Enfermagem, v.19, n.3, p.434-442, 2010.
https://goo.gl/jwTDK5
Qualidade de vida de estudantes de enfermagem: a construção de um processo e intervenções
OLIVEIRA, Raquel Aparecida de; CIAMPONE, Maria Helena Trench. Qualidade de vida
de estudantes de enfermagem: a construção de um processo e intervenções. Revista da
Escola de Enfermagem da USP, v.42, n.1, p.57-65, 2008.
https://goo.gl/VFBnyc
Leitura
Reflexões de idosos participantes de grupos de promoção de saúde acerca do envelhecimento e da qualidade de vida.
CARVALHO, Antônio Carlos Duarte de; TAHAN, Jennifer. Reflexões de idosos
participantes de grupos de promoção de saúde acerca do envelhecimento e da
qualidade de vida. Saúde e Sociedade, v.19, n.4, p.878-888, 2010.
https://goo.gl/AHCgNE
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Referências
CECCIM, R. B.; FERLA, A. A. Residência integrada em saúde: uma resposta
à formação e desenvolvimento profissional para a montagem do projeto de
integralidade da atenção à saúde. In: PINHEIRO, R.; MATTOS, R. A.; organizadores.
Construção da integralidade: cotidiano saberes e práticas em saúde. Rio de Janeiro:
IMS-UERJ/ABRAS-CO; 2003.
FLECK, M. P.; LEAL, O. F.; LOUZADA, S.; XAVIER, M.; CACHAMOVICH, E.;
VIEIRA, G. et al. Desenvolvimento da versão em português do instrumento de
avaliação de qualidade de vida da OMS (WHOQOL-100). Rev. Bras. Psiquiatr.
1999;21(1):21-8.
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