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O APELO DO EVANGELlSTA POR UMA DECISAO

Billy Graham - O Dr. Graham é o fundador e presidente da


Associação Evangel/stica Bi//y Graham, com sede em Mineápolis,
Minnesota, Estados Unidos

Rogamos em Nome de Cristo


Quando comecei o meu ministério de evangelização, há mais de
trinta e cinco anos, eu ainda não havia lido nenhum livro acerca da
conversão. Todavia, eu mesmo a havia experimentado quando não
passava de um jovem rebelde de dezesseis anos de idade. Agora, mais
de quarenta anos mais tarde, o brilho e a glória daquele encontro com
Jesus Cristo permanecem inalterados pela página do tempo ou pela
maturidade.
Devido ao fato de estar disponível tamanha abundância de
informações nos clássicos da conversão, tão bem escritos, limitarei os
meus pensamentos em grande parte à decisão, da maneira como creio
que a Bíblia a ensina e ilustra; e da maneira como eu a tenho
observado pessoalmente acontecendo em muitas campanhas
evangelísticas por meio de cruzadas, rádio, filmes, televisão, literatura
e centenas de entrevistas pessoais em cerca de sessenta países e
diferentes civilizações. Toda semana recebemos em nosso escritório
centenas de narrativas de conversão não solicitadas, escritas por
pessoas cujas vidas foram de alguma forma mudadas como resultado
desses esforços evangelísticos.
Por exemplo, como eu disse na noite de abertura, tivemos um
resultado fenomenal com as nossas transmissões pela televisão.
Recentemente, depois de três noites na televisão com uma
apresentação simples do evangelho, no horário nobre, em todos os
Estados Unidos, recebemos mais de quatrocentas mil cartas. Milhares
delas relatavam experiências pessoais de conversão professada.
Várias coisas distinguem a pregação evangelística, mas uma das
mais importantes é que ela inclui um apelo por uma decisão - um
apelo para que homens e mulheres se decidam por Cristo. Nesta
manhã desejo falar brevemente a respeito do apelo e do lugar da
decisão no nosso ministério de evangelistas. Depois do nosso intervalo,
vocês terão a oportunidade de explorar este assunto mais
minuciosamente; portanto, o que eu quero dizer hoje será à guisa de
lastro.
1. Validade do apelo evangelístico

É válido ou legítimo fazer um apelo para que as pessoas


venham a Cristo?

Sim! Os métodos podem variar, mas o apelo evangelístico é


válido pelo menos por duas razões. Primeira, ele é válido porque o
Evangelho exige decisão; e segunda, ele é válido porque ele é
repetidamente ilustrado na Bíblia.
O Evangelho de Jesus Cristo exige decisão. Ele não é meramente
uma série de fatos aos quais uma pessoa pode prestar concordância
intelectual - é um chamado para o indivíduo sair do seu pecado e da
sua negligência de Deus, em arrependimento, e voltar-se para Cristo
em fé, aceitando-O como Senhor e Salvador. Quando isto acontece, a
pessoa experimenta a conversão.
Eu tenho estudado as obras de muitos teólogos a respeito do
assunto da conversão, e repetidamente tenho voltado a estudar os
ensinamentos da Bíblia acerca desse elemento. Os teólogos têm
debatido durante séculos a relação entre a soberania de Deus e a
responsabilidade do homem. Parece-me, todavia, que as duas
coisas são ensinadas nas Escrituras, e ambas agem na conversão.
Não posso explicá-lo nem entendê-lo inteiramente, mas a Bíblia diz
enfáticamente que na conversão Deus está em operação e o
homem precisa responder afirmativamente.
Deus está em operação na conversão. Precisamos lembrar
sempre que o Espírito Santo é o grande Comunicador e o grande
Agente de consolidação dos convertidos. Sem a obra sobrenatural
do Espírito não haverá o que chamamos de conversão. É o Espírito
Santo que ocasiona convicção de pecado. Ele aplica a verdade do
Evangelho. Jesus disse: "Quando ele vier, convencerá o mundo do
pecado, da justiça e do juízo"(João 16:8). É o Espírito Santo quem
propicia novo nascimento e nova vída. Jesus disse a Nicodemos
que quem não nascer "do Espírito" "não pode entrar no reino de
Deus" (João 3:5). A Bíblia diz que "não por obras de justiça
praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou
mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo" (Tito
3:5). Esta grande verdade deveria nos tornar cada vez mais
dependente de Deus em nosso trabalho de evangelização, sabendo
que, em última análise, é Deus quem transforma as vidas, e que
sem Ele somos totalmente ineficientes.
Mas também precisamos nos lembrar de que a Bíblia enfatiza a
necessidade da resposta positiva do homem ao Evangelho. A
conversão é mais do que um fenômeno psicológico - é a volta de todo
o homem para Deus. É uma entrega consciente a Cristo, incluindo
arrependimento e fé. No Evangelho, homens e mulheres são chamados
para abandonar todas as outras lealdades e seguir Jesus Cristo em
discipulado.
Gostaria de mencionar resumidamente um extenso
artigo que escrevi a respeito do assunto da conversão há alguns
anos, para The Ecumenical Review: The Ecumenical Review: “E sse
discipulado não é um apelo emocional para a pessoa se sentir triste
por causa dos pecados, e voltar-se para a justiça. Não é um apelo
intelectual para aceitar os ensinamentos de Jesus e imitar os Seus
exemplos. Não é um apelo religioso para se submeter a certos
rituais ou atos de penitência. É essencialmente um apelo pessoal de
auto-entrega incondicional à pessoa de Jesus Cristo... Toda a
reação ao Evangelho pode ser resumida como arrependimento para
com Deus e fé no Senhor Jesus Cristo" (The Ecumenical Review,
Julho de 1967).
Deus agiu em Jesus Cristo – e esse ato demanda uma resposta da
parte do homem pecador. É por isso que por toda a Bíblia
repetidamente encontramos a conclamação a uma decisão, e por essa
razão o chamado para a decisão é uma parte importante da nossa
pregação evangelística.
Desde Adão - "Onde estás?" em Gênesis 3 - até o apelo final do
Espirito e da Noiva em Apocalipse 22, a Bíblia é um convite só ecoando
e ressoando para que a humanidade perdida se volte para Deus.
Moisés fez um apelo quando disse: "Quem é do Senhor, venha até
mim" (Exodo 32:26).
Josué apelou para que Israel fizesse uma entrega definida:
"Escolhei hoje a quem sirvais" (Josué 24: 15). Quando o povo disse
que se decidia por Deus e O serviria, Josué o escreveu, e estabeleceu
uma grande pedra como testemunha da decisão popular.
E/ias defrontou-se com os falsos profetas de Baal e a incredulidade
do povo, no Monte Carmelo. "Então Elias disse a todo o povo: Chegai-
vos a mim. E todo o povo se chegou a Ele; 1:lias restaurou o altar do
Senhor, que estava em ruínas" (I Reis 18:30). Quando Deus consumiu
miraculosamente o sacrifício que estava sobre o altar, o povo reagiu:
"0 Senhor é Deus! O Senhor é Deus!" (I Reis 18: 39).
João Batista pregou no deserto, e multidões foram lá para ouvi-lo e
atender ao seu apelo ao arrependimento (Marcos 1 :5).
Jesus disse a Pedro e André: "Vinde após mim, e eu vos farei
pescadores de homens" (Mateus 4: 19).
Em Suas instruções aos Seus discípulos, Ele declarou abertamente
que quando eles fossem pregar o Evangelho, deveriam fazê-lo
claramente, para que os homens atendessem. "Portanto, todo aquele
que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante
de meu Pai que está nos céus; mas aquele que me negar diante dos
homens, também eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus"
(Mateus 10:32,33).
Toda pessoa que Jesus chamou, Ele chamou para declarar
publicamente a sua entrega, ou Ele lhe falou diante dos outros. Esta é
uma das razões pela qual eu peço às pessoas que façam uma decisão
pública. Isto não significa que toda pessoa que vem a Cristo virá em
algum lugar público. A maior cristã que conheço é minha esposa, e ela
não consegue se lembrar do dia ou da hora em que recebeu Cristo.
Mas em algum ponto da sua vida, ela tornou a sua entrega pública.
Quando Jesus estava indo de Jerusalém para Jericó, um cego chamado
Bartimeu clamou-lhe. Lemos: "Então parou Jesus e mandou que lho
trouxessem" (Lucas 18:40; veja também Marcos 10:46ss.). Jesus
poderia ter-se dirigido silenciosamente àquele homem, levá-lo a um
lado, mas ao contrário, chamou-o publicamente, à frente da multidão.
Diante de grande numero de pessoas, Jesus olhou para cima, viu
Zaqueu em uma árvore, e o chamou para descer publicamente (Lucas
19:5).
Os apóstolos seguiram o mesmo exemplo. No dia de Pentecostes:
recomendou ao povo que se arrependesse e cresse em Jesus, e três n
aceitaram a Cristo. Quando Paulo recordou o seu ministério em Éfeso
dizer: "Por três anos, noite e dia, não cessei de admoestar, com
lágrimas cada um" (Atos 20:31). Como resultado, uma forte igreja foi
estabelecida o povo atendeu com arrependimento e fé. Em II Coríntios
5:20 Pa ra: "De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo,
como se exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois,
rogamos que reconcilieis com Deus". Muitos outros exemplos poderiam
ser dados, pois o Evangelho sempre requer decisão. E é por isso que o
apelo por uma dec importante na obra de evangelização.
O apelo por uma decisão - o convite - não é, por conseguinte
simplesmente se acrescenta ao fim de um sermão evangelístico, "post-
scriptum". Pelo contrário, todo o sermão leva a ele. E não é apenas
válido fazer um apelo (quer seja público, de vez em quando, ou na
quietude do lar de alguém) - ele é essencial. Ele pode assumir muitas
formas, mas se as pessoas ouvem a mensagem e saem sem se
confrontar com um apelo claro e insofismável - "Que pensais vós do
Cristo?" (Mateus 22:42) - então falhamos na nossa proclamação do
Evangelho. Que Deus nos ajude a fazer esse uma decisão, de modo
claro, ousado e eficiente.

2. Preparação para o apelo

A preparação mais importante que podemos fazer para o apelo


preparação espiritual. Isto é verdade para tudo o que fizermos como
tas, sem dúvida, sim, pois se os nossos corações não estiverem
correndo de Deus, e as nossas vidas não forem puras, não podemos
esperar que abençoe o nosso ministério. Isto é verdade especialmente
em relação ao é da vez que faço um apelo, faço-o em uma atitude
interior de adoração sei que dependo totalmente de Deus.
Incidentalmente, este é o mor que me sinto drenado emocional, física
e espiritualmente. Esta é a parte do culto evangelístico que
freqüentemente me exaure fisicamente. Penso que uma das razões
para isto pode ser a terrível batalha espiritual que se desenvolve nos
corações de tanta gente. No meu caso, torna-se uma batalha espiritual
de tal proporções que algumas vezes penso que vou desmaiar. Há um
gemido interior, uma agonia em oração que eu não sou capaz de
expressar com palavras. Estou certo de que todo verdadeiro
evangelista sente o mesmo. Os nossos sermões devem ser banhados
em oração - as nossas reuniões devem ser cingidas de oração.
Repetidas vezes, em meu ministério, tenho visto Deus operar de
formas inusitadas, e só mais tarde descobri que o povo de Deus
naquela região estivera orando fervorosamente – algumas vezes por
anos. Alguns podem plantar a semente, e outros podem regá-la, "mas
o crescimento veio de Deus" (I Coríntios 3:6).
Mas eu quero falar mais diretamente a respeito do apelo
propriamente dito. Gostaria de começar dizendo algo em poucas
palavras a respeito dos objetivos de um apelo evangelístico.
a. Tornamos claro para os nossos ouvintes que o Evangelho exige
decisão. Eles não podem permanecer neutros em relação a Cristo.
b. Convidamos o povo para indicar naquele momento uma
resposta afirmativa ao chamado de Cristo que espera um
compromisso. Em alguns lugares em que a evangelização precisa ser
feita silenciosamente, essa indicação pode ser dada mediante um
aperto de mão, ou um aceno com a cabeça. Em outras situações, pode
ser a assinatura de um cartão, o levantar de uma das mãos, ou ainda
melhor (se a situação permitir) pedindo-lhes que cheguem até à frente
do auditório, ou a uma sala ao lado, para uma breve reunião posterior
de instrução. Eu tenho usado todos estes métodos de apelo. Conheço
alguns lugares onde tudo o que pude fazer foi pedir-lhes que
curvassem a cabeça durante alguns momentos de silêncio, e fizessem
a entrega em seus corações. Mas em minha experiência, isto tem sido
a exceção, e não a regra.
c. Identificamos e ajudamos a conservar os resultados da
pregação do Evangelho. É por isso que em nossas cruzadas, sempre
que possível, um conselheiro obtém o nome e endereço da pessoa que
foi à frente; assim pode haver um trabalho de consolidação daquela
decisão, de forma que o interessado será colocado em contato com
outros crentes. (Há vários anos, decidimos chamar as pessoas que
vêm à frente e respondem a um apelo, de "interessados", e não
"decididos" ou "convertidos", porque só Deus, o Espírito Santo,
realmente sabe o que está acontecendo em seus corações.)
d. O apelo pode ser um veículo de segurança e certeza para a
pessoa. Em anos futuros, essa pessoa poderá lembrar-se desse
momento importante, quando fez uma decisão pública por Cristo. E a
lembrança desse momento sempre as fará recordar o compromisso, o
voto de seguir a Jesus, e a Sua promessa de perdão.
e. As pessoas podem atender ao apelo por uma decisão devido a
várias razões. Podemos dirigir um sermão evangelístico exclusivamente
a pessoas que nunca se entregaram a Cristo, e o nosso apelo será
para que elas aceitem-na como seu Senhor e Salvador. No entanto, a
minha experiência tem sido – e sei que ela pode diferir da sua
experiência em sua situação - que muitas pessoas atenderão ao apelo
por várias outras razões. Podem ser crentes que se desviaram do
Senhor, e querem rededicar as suas vidas a Ele. Podem ser pessoas
que não estejam certas de estarem salvas, e estão procurando certeza.
Podem ser pessoas que desejem desesperadamente falar com alguém
acerca de um problema que tenham.
A minha experiência tende a ser mais com reuniões de massa. Mas
também tenho tido o privilégio de realizar cultos evangelísticos em
igrejas pequenas, e em algumas partes do mundo, no que
chamaríamos de reuniões "em cabanas", onde o povo de uma aldeia
se reúne. Nesse caso (como já indiquei), o método de apelo varia, sem
dúvida, de uma reunião minuciosamente organizada e controlada
como em um auditório ou em um estádio. Grande parte das minhas
primeiras pregações eu fiz em esquinas e praças, onde pedia ao povo
para levantar a mão, e para me procurar depois da oração final. E
também, como todos nós já experimentamos, há encontros
evangelísticos constantes individualmente. Muitas vezes, este é o
método mais difícil - suscitar a decisão de uma pessoa sozinha. Mas é
extremamente importante que tenhamos ousadia e coragem, se
formos guiados para fazê-lo, pelo Espírito Santo, e se as circunstâncias
o permitirem. Suponhamos que um vendedor não pedisse à pessoa
para "assinar na linha pontilhada" ou para concordar em dar-lhe um
aperto de mão quando estivesse vendendo um produto!
O que todas estas coisas têm a ver com a nossa preparação
para o apelo? Há poucos minutos eu disse que todo o sermão deve
ser dirigido no sentido do apelo. Tudo o que dizemos em nosso
sermão deve, direta ou indiretamente, apontar para o apelo que
faremos, propondo uma decisão. O sermão evangelístico leva a
pessoa a compreender quem é à luz da Palavra de Deus. Leva a
pessoa a compreender o que precisa fazer em resposta a Ela. Esta é
a razão pela qual muitas vezes tenho verificado que é bom
defrontar-me com as pessoas com o apelo por uma decisão no
decorrer do sermão.
Com isto eu não quero dizer que as chamo à frente várias vezes,
mas tal vez eu lhes faça perguntas no decorrer do sermão - e não
apenas no fim – tais como: "Você já confiou em Cristo, realmente?"
ou "Você tem certeza de que se morresse agora mesmo, iria para o
céu?" Ou talvez eu faça declarações que tornem claro que o
evangelho exige decisão, tais como: "Você não pode ficar neutro em
relação a Cristo", ou "Deixe Cristo entrar na sua vida agora mesmo,
e purificá-lo dos seus pecados e lhe dar um novo propósito na vida".
No decorrer do sermão, portanto, eu muitas vezes procuro tornar
claro que o evangelho requer decisão que inclui o intelecto, as
emoções, mas primordialmente a vontade. Todo o sermão deve
reforçar esse fato e apontar para a direção do apelo.
Pode ser também que em alguns sermões você deseje falar
das barreiras que algumas pessoas precisam vencer antes de
responder ao apelo para se entregar à Cristo. Algumas são barreiras
que os incrédulos têm em suas mentes - frequentemente, não
problemas intelectuais, tanto quanto problemas com a vontade, ou
por causa da pressão dos colegas, ou por causa de opiniões falsas
acerca de Deus, mas freqüentemente é uma relutância em
abandonar o pecado. Algumas são barreiras que alguns de vocês
podem estar enfrentando na própria situação em que estão,
provindas de pessoas que se recusam a responder ao apêlo porque
acham que não precisam fazê-lo - por exemplo, pelo fato de terem
sido batizadas, ou por serem membros de uma igreja (como
acontece em algumas partes dos Estados Unidos ou na Europa
Ocidental).
Freqüentemente pensamos na Europa ocidental e nos
Estados Unidos como fontes do cristianismo. Isto não é verdade.
Cristo nasceu, viveu, ensinou morreu. na parte do mundo que é a
intersecção da Asia, Africa e Europa. Em ermos históricos, o
cristianismo é uma fé oriental, e muitas vezes se adapta melhor ao
pensamento e ao estilo de vida oriental. Aqui na Europa ocidental, a
freqüência às igrejas é tão baixa e a influência da igreja tão fraca,
que deixam admirados os cristãos de lugares como África Oriental,
Nordeste da Índia, América Latina ou até mesmo da América do
Norte. A Europa ocidental tem se tornado um dos maiores campos
missionários do mundo.
Procuraremos sempre falar às necessidades das pessoas que nos
ouvem. Isto significa que precisamos entender as barreiras que
algumas delas enfrentam, e falar-lhes diretamente de forma que elas
se abram ao convite para aceitar a Cristo. Pode ser também que
desejemos falar - pelo menos limitadamente - a pessoas que precisam
atender a um apelo, não para uma entrega a Cristo pela primeira vez,
mas para se rededicarem, ou obterem certeza da salvação, ou por
alguma outra razão.

3. Método do apelo

Mencionarei apenas algumas coisas, porque sei que vocês


estarão discutindo este assunto em seus grupos de trabalho. E
também, estou certo de que se de alguma forma pudéssemos
perguntar a cada um de vocês como faz o apelo, cada um teria
métodos um pouquinho diferente dos outros!
Portanto, os métodos diferem e embora possamos aprender uns
dos outros, estou certo que sempre haverá elementos ou aspectos
especiais, por causa de coisas como diferenças culturais e a maneira
como pregamos.
Contudo, há várias diretrizes genéricas a respeito do apelo que
devemos fazer no fim de uma mensagem evangelística, conclamando
os ouvintes a uma decisão. Pelo menos duas são especialmente
importantes. Primeiro, torne claro aquilo em que as pessoas estão
sendo convidadas a crer. Segundo, torne claro o que as pessoas
devem fazer - ir à frente, levantar a mão, ir a uma sala separada (ou
qualquer outro método que esteja sendo usado), ou ir para casa e
fazer a sua entrega a Cristo.
Estou convencido de que precisamos tornar tão claro quanto
possível o fato de que estamos convidando pessoas para dedicarem as
suas vidas a Cristo como Seus discípulos. Este é o assunto central, e é
por isto que em minhas cruzadas eu não convido o povo para ir à
frente para se unir a uma organização ou a uma igreja, nem o convido
para ser batizado, ou qualquer outra razão, exceto receber a Cristo.
Não obstante, em algumas partes do mundo, isto faz parte do apelo. É
um privilégio nosso, como evangelistas, convidar pessoas para
tomarem a decisão mais importante de suas vidas - decisão que tem
conseqüências eternas. Tornemo-la tão clara quanto possível e
concentremo-nos nessa decisão.
Então, precisamos tornar claro o que estamos pedindo que as
pessoas façam, em termos de vir à frente, ou qualquer outro método
que seja. Isto não apenas evitará confusão, mas poderá remover uma
barreira em algumas mentes, porque muitas pessoas não farão nada
se acharem que estão enfrentando uma situação desconhecida. A
mecânica do apelo nunca deve ser uma barreira ou atravessar-se no
caminho das pessoas que estão vindo a Cristo.
O apelo geralmente consiste de pelo menos três elementos:
primeiro, haverá um convite para que as pessoas aceitem a Cristo,
mediante o arrependimento e a fé. Segundo, haverá uma breve
explicação da maneira como você está pedindo às pessoa que reajam.
Um terceiro elemento pode não fazer parte – falando estritamente –
do apelo, embora esteja intimamente relacionado com ele são as
palavras de aconselhamento pessoal que você pode dirigir às pessoas
que atenderam ao apelo. Freqüentemente, isso pode ser importante, e
na verdade será um apelo; porque nessas palavras você dá uma idéia
clara do evangelho, de maneira simples, talvez levando a pessoa a
fazer uma oração de dedicação ou entrega, e explicando-lhe o que
aconteceu, e como poderá agora, crescer espiritualmente.
Se possível, as pessoas que atendem ao apelo também devem
ter a oportunidade de conversar individualmente com alguém que
possa ajudá-las. Pode ser você, ou um pastor, ou conselheiros que
você tenha treinado, mas faça o possível para que elas tenham esse
contato pessoal. Durante muitos anos tivemos programas de
treinamento de conselheiros antes de uma cruzada. Muitas pessoas
nos relataram que esse foi o resultado mais importante da cruzada,
porque grande número de ganhadores de almas foi treinado para
levar pessoas a Cristo - não apenas durante a cruzada, mas nos anos
futuros.
É um grande privilégio ser usado por Deus para apontar às
pessoas o caminho para Jesus Cristo, e convidar homens e mulheres
a entregarem as suas vidas a Ele. Parte do dom do evangelista é o
dom de fazer o apelo de maneira direta, porém com sensibilidade.
Todavia, à semelhança de qualquer outro Dom que Deus nos dê, ele
precisa ser burilado e usado para a Sua Glória. Deus os abençoe e os
torne cada vez mais eficientes enquanto vocês chamam os pecadores
"das trevas para a sua maravilhosa luz" (I Pedro 2:9).
O APELO (I)
Brian Willersdorf - O Rev. Wil/ersdorf é presidente da Associação
Evangellstica Brian Willersdorf, com sede em Sydney, Austrália.

O Dr. Billy Graham acabou de nos falar, baseado em sua grande


experiência, a respeito de "O Apelo do Evangelista por Uma Decisão".
Neste simpósio, vamos estudar mais minuciosamente este assunto; e,
esperamos, ajudar uns aos outros a aumentar a nossa capacidade
nesta área importantíssima do ministério do evangelista.
Em primeiro lugar, permitam-me declarar novamente certos
princípios que precisam prefaciar qualquer metodologia com respeito à
maneira de se fazer um apelo evangelístico.

1. O nosso apelo precisa ter integridade teológica

Ao fazer um apelo, você precisa estar pessoalmente


convencido de que está preenchendo uma função bíblica. Vejamos
novamente Êxodo 32:26, onde Moisés clama: "Quem é do Senhor,
venha até mim", - e note também o resultado: "Então se ajuntaram a
ele todos os filhos de Levi".
Josué 24: 14-27 registra o apelo de Josué por uma decisão, e
a resposta do povo. Em I Reis 18:21, Elias requer do povo uma
decisão a favor ou contra Jeová.
Jesus, no decorrer de todo o Seu ministério, chamou pessoas
para segui-lo publicamente. A grande confissão de Pedra foi feita
publicamente. Por seu turno, ele, em Atos 2:38, 39, clamou
publicamente por arrependimento e batismo: "Com muitas outras
palavras deu testemunho, e exortava-os, dizendo: Salvai-vos desta
geração perversa" (Atos 2:40). O seu apelo foi tanto público quanto
intenso. Paulo, refletindo acerca do seu ministério em Éfeso, disse:
"Lembrando-vos de que por três anos, noite e dia, não cessei de
admoestar, com lágrimas, a cada um" (Atos 20:31 ).
Eu, pessoalmente, não tenho problemas com o fato de ser
uma função bíblica a conclamação de homens e mulheres ao
arrependimento e à fé. De fato, Paulo diz: "De sorte que somos
embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso
intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com
Deus" (II Coríntios 5:20).

Clifton J. Allen disse: "O apelo não é um truque para caçar


almas. Não é um amuleto para conseguir resultados. Não é um ritual
para confirmar a ortodoxia. É simplesmente o chamado de Cristo para
confrontar o povo com a oferta da Sua redenção, as demandas do Seu
senhorio e os privilégios do Seu serviço",

2. O nosso apelo precisa ter integridade pessoal

Não deveria ser necessário dizer, mas infelizmente precisa ser


dito que a evangelistas não podem enganar. O apelo não é a minha
tentativa de manipula uma reação positiva. Como representante de
Cristo, preciso deixar claro o chamado a Cristo, o chamado de Cristo, e
o preço desse chamado para mim.
Estou certo de que muitos oponentes do apelo evangelístico
estão reagindo ao mau uso emocional que tem sido feito de um
grande privilégio bíblico. Renovemos a nossa dedicação a uma
integridade pessoal ao realizar essa conclamação a uma decisão e
discipulado. Estou contente, também, pelo fato de Agostinho ter dito:
"Nenhum sistema pode ser julgado pelos seus abusos'. Que nós,
como evangelistas, façamos tudo o que pudermos para restaurar
integridade nesta área da proclamação do Evangelho.

3. O nosso apelo precisa ser reconhecido como uma obra do


Espírito Santo.

Está meridianamente claro em I Coríntios 2:9-16 que nenhum


homem recebe ou entende as coisas de Deus sem a ajuda e
assistência do Espírito Santo de Deus. No evento de cada proclamação,
reclamo para mim uma nova un ção e enchimento do Espírito Santo.
Sem Ele, as minhas palavras são da carne. Porém, da mesma forma
como eu preciso que Ele me capacite para "pregar a Palavra", o meu
auditório de uma ou de mil pessoas precisa que Ele "ilumine as mentes
dos que não crêem..."
O meu papel, como evangelista, é o de confrontar homens e
mulheres com todo o evangelho de Jesus Cristo, no poder do
Espírito...., mas é Deus quem salva... não eu.

4. Benefícios do apelo

a. Fazer uma decisão, especialmente de maneira pública,


reforça a decisão mental. Lembro-me que o Dr, Roy Fish disse: "Ela
finca uma estaca que permanecerá como recordação da lealdade que
prometi a Jesus Cristo". Sem dúvida, Isto estava por trás das
instruções de Deus à nação de Israel para tirar doze pedras do Mar
Vermelho e levantá-las como um monumento à graça salvadora de
Deus.
Faris D. Whitesell diz: "As emoções excitadas e os desejos
aguçados logo passarão, a não ser que se tome uma atitude imediata
em relação a eles; os bons impulsos são mais difíceis de gerar da
segunda vez do que da primeira, se a primeira não resultou em
nenhuma ação".
b. É um método historicamente provado. Note o impacto das
pessoas que atenderam ao apelo durante o ministério de Dwight L.
Moody e Billy Graham. Recentemente ouvi falar de um professor de
Escola Dominical que fora informado que estava para morrer, e que
tinha apenas algumas semanas de vida. Então, ele visitou cada um dos
seus alunos e convidou-os a aceitarem Cristo como Salvador antes que
ele morresse. Eles o fizeram. O último aluno que ele visitou era um
rapaz analfabeto de dezessete anos, que trabalhava em uma loja. Ele
também atendeu ao apelo do professor, e entregou a sua vida a Jesus
como Senhor. Então esse jovem decidiu que iria reunir alguns jovens
abandonados, e pediu a uma igreja que mandasse alguns professores
para falar de Cristo àqueles corações pobres e desamparados. Através
dos seus esforços e do seu convite ele reuniu 1.200 jovens que
voltaram todas as semanas para ouvir as histórias de Jesus. Certo
domingo os professores não compareceram, de forma que, embora
não soubesse ler nem escrever, ele contou algumas histórias bíblicas
que conhecia de cor. O impacto do que ele falou foi elétrico. De fato,
foi tão grande que a imprensa religiosa estampou uma notícia a
respeito das suas atividades nas favelas de Chicago.
Na Inglaterra, uma senhora que estava confinada ao leito de
enfermidade leu as notícias a respeito desse homem, e começou a orar
para que Deus o enviasse ao seu país, para ali ministrar o evangelho.
As suas orações foram respondidas. A pregação evangelística dele
causou um profundo impacto sobre um pastor batista, que mais tarde
pregou nos Estados Unidos, e encorajou um membro da igreja
presbiteriana a aceitar a Cristo - o que ele fez, e por sua vez levou um
jogador de beisebol a Cristo. Este, por seu turno, deixou o beisebol e
se tornou evangelista. E durante o seu ministério em uma comunidade
rural, ele sentiu a direção de desafiar a comissão local a orar
regularmente para que do meio deles se levantasse uma luz para as
nações.
A comissão aceitou o desafio, e começou a reunir-se para orar,
e a cada sábado lutou com Deus pedindo um derramamento do Seu
Espírito Santo em sua comunidade, de tal maneira que causasse um
impacto no mundo todo. Dois anos mais tarde, tendo-se reunido todas
as semanas para orar, eles convidaram outro evangelista para realizar
ali uma cruzada. No último versículo do apelo final, um rapazola que
morava em uma fazenda de gado leiteiro foi à frente para receber
Cristo como seu Salvador pessoal.
O moço analfabeto era D. L. Moody, o pastor batista era F. B.
Meyer, o presbiteriano era J. Wilbur Chapman, o jogador de beisebol
era Billy Sunday, e o filho do fazendeiro é Billy Graham. Todos
responderam a diferentes formas de apelo, mas que impacto eles têm
causado para Deus!

4. Então, como deve ser feito o apelo?

Lloyd Perry diz que há seis características obrigatórias do


apelo: Faça-a com clareza... com cuidado... com compaixão... com
convicção... com cortesia... e com confiança.
Reconhecendo que há uma grande diferença entre o papel do
evangelista que visita uma igreja e/ou região, e o de um pastor ou
líder que tem contato contínuo com um grupo de pessoas, permitam-
me sugerir vários métodos de se fazer o apelo para que as pessoas
respondam de modo positivo.
a. Fazendo silenciosamente, frase por frase, repetindo o que o
orador diz uma oração de entrega. Essa oração deve ser explicada
antes que o povo seja convidado a repeti-la, de forma que sintam que
é uma oração da sua própria vida para Deus.
b. Pedindo aos que querem fazer a decisão que permaneçam
depois que o restante da congregação sair. Seria bom ter conselheiros
de antemão, e anunciar que eles também permanecerão.
c. Distribuindo cartões a todos os presentes, e pedindo para
que todos e preencham com nome e endereço. Imprima nele,
também, uma declaração de decisão como "Eu gostaria de discutir
mais detalhadamente o que significa sei cristão", ou "Tenho
necessidades pessoais, e gostaria de receber uma visita de pastor," e
deixe um espaço ou quadrado para ser marcado. Aqui também,
explique claramente o que é esse cartão, e qual é a atitude que você
está esperam do dos ouvintes.
d. Chamando as pessoas a irem à frente durante o cântico de
um hino final. Billy Graham tem usado este método com grande
eficiência. Permita-me sugerir que se você vai fazer esse apelo, faça
também o trabalho de aconselha mento pessoal na igreja, salão ou
seja qual for o lugar da reunião.
Lembre sempre que é Deus quem salva. Temos a elevada
honra de se cooperadores de Deus. Lembre a todas as congregações
que a oferta de perdão e graça feita por Deus não termina com o fim
da reunião. Eu, pessoalmente aceitei a Cristo como meu Salvador em
meu dormitório. Mas logo depois fi. uma declaração pública daquela
entrega na Igreja Batista de Ashgrove.
O Dr. Ravi Zacharias sugeriu as seguintes razões pelas quais
uma pessoa pode atender ao apelo:
(i) Sensação de pecado
(ii) Medo de forças impessoais
iiiJ Segurança perdida
(iv) Ansiedade
(v) Enfado
(vi) Auto-perplexidade
(vii) Morte
(viii) Solidão
(ix) Algo que lhe falta
(x) Fome da verdade
(xl) Perda do significado de Deus
(xii) Desconfiança da vida e das pessoas
(xiii) Conflitos no lar
(xiv) Ressentimento contra dominação material
(xv) Desejo de mudança
(xvi) Atração do heroismo
(xvii) Anseio por maternidade
(xviii) Atração da vida de Cristo
(xix) O poder da cruz
Franklin Graham, escrevendo recentemente na revista
"DECISION", disse: "No Novo Testamento todos os que se achegaram
a Jesus o fizeram porque tinham necessidade".
O APELO (II)
Ford Philpot - o Dr. Philpot é presidente da Associação Evangel(stica
Ford Philpot, com sede em Lexington, Kentucky, Estados Unidos, e
apresentador do programa de televisão “História”

Para ser um discípulo eficiente, é necessário que se tenha


compreensão dos fatores básicos incluídos no ato de se tornar cristão.
Em seguida, encontramos uma breve discussão de alguns dos
elementos básicos que dele fazem parte.
1. A doutrina do pecado (Romanos 3: 10,23; 5: 12; Isaías 53:6)
Neste ponto, enfrentemos os fatos frios e duros da realidade
espiritual: "Não há justo, nem sequer um" (Romanos 3:10). "Pois
todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3:23). O
pecado é uma falta de conformidade ou uma transgressão à Lei de
Deus. O pecado pode manifestar-se em atos, atitudes ou omissão.
Todo pecado é primordialmente contra Deus (Salmo 51 :4). Ele separa
de Deus (Isaías 59:2). Ele incorre na ira de Deus (Romanos 1:18). Ele
produz culpa (Esdras 9:6). E ele produz escravidão (Romanos 7:14;
João 8:34; Romanos 6:16). A penalidade pelo pecado é a morte
espiritual (Romanos 6:23; Tiago 1: 15), a qual é necessária para
satisfazer as exigências da lei moral. O homem, em seu estado de
iniqüidade, não pode oferecer um sacrifício adequado. Essa penalidade
precisa ser paga na lei moral tanto quanto na lei civil. Jesus Cristo
morreu em nosso lugar (11 Coríntios 5: 15; Hebreus 2:9, João 3: 16).
Cristo satisfez todas as exigências de um sacrifício perfeito. Ele era um
homem verdadeiro (Gálatas 4:4, 5). Ele podia sofrer e morrer como
homem, pelos pecados do homem. Ele era Deus verdadeiro (Hebreus
1: 1-3), e assim sendo, as Suas ofertas possuíam um valor infinito. Ele
era perfeitamente santo e podia sofrer, não merecendo, pessoalmente,
nenhuma punição (11 Coríntios 5:21); e Ele sofreu voluntariamente
(João 10: 17, 18).
As conseqüências do nosso pecado na vida física e mental
podem permanecer conosco, mas a penalidade do pecado já foi paga;
e quando aceitamos este fato com a verdadeira fé em Cristo, estamos
perdoados e livres. Vivemos em uma sociedade complexa e perplexa,
onde muitas pessoas sinceras e confusas estão reivindicando salvação
através de "identificação por associação". A educação cristã, o
ambiente, a moralidade, as boas obras, o batismo, a observância de
sacramentos, o fato de ser membro de uma igreja, e até uma fé
intelectual em Cristo não fazem de uma pessoa um cristão. Não há
substituto para o ato de se enfrentar o pecado pessoal em nossa vida.
Salvação é um assunto individual.
Uma das maiores tragédias da Igreja durante muitas décadas
foi a sua tendência de refinar e camuflar o pecado, e a nossa
terminologia para "enfeitá-lo". Temos sido amáveis para com todo
mundo, e reticentes a respeito de invadir a sua pretensa privacidade.
Com um tapinha fraternal no ombro, e um pseudo-amor, fizemos
entrar milhares de pessoas na igreja, mas também numa eternidade
sem Cristo. O pecado em uma vida é semelhante a um tumor ou
câncer físico. Da mesma forma como o perito cirurgião empunha o seu
bisturi com ousadia e precisão para penetrar através da corrupção
supurada e alcançar o núcleo da enfermidade, também o conselheiro
exímio (com a ajuda do Espírito Santo) corta através de camadas de
detritos que rodeiam o coração e ajuda o interessado a reconhecer que
Cristo prometeu-lhe um novo coração.

2. A doutrina da convicção (Isaías 6:5; Lucas 5:8; Atos 16:29)

Ninguém vai ao médico enquanto não se sente fisicamente


doente. E também é evidente que ninguém busca a Deus enquanto
não está convencido do fato de que precisa dEle. Esta convicção é
realmente mais do que um reconhecimento de que as coisas não vão
bem em sua vida, e que poderiam ir melhor se ele se entregasse a
Deus. É a condição de estar inteira e absolutamente convencido pelo
Espírito Santo (João 16:8) de que não há esperança para ele neste
mundo ou no mundo por vir enquanto não permitir que Cristo se torne
o Senhor de toda a sua vida. Pecar contra esta convicção, recusando-
se continuamente a ceder, por fim causa desespero total, que leva às
trevas eternas.
3. A doutrina do arrependimento (Marcos 1: 15; Atos 3:9;
16:31; 20:20, 21; Lucas 13:3)
A alma que se arrepende chegou ao ponto em que reconhece
que está inteiramente indefesa, a não ser que se volte para um Deus
misericordioso que lhe perdoe completamente o passado e lhe oriente
no futuro. O genu íno arrependimento é caracterizado por certas pecu
liaridades:
a. Tristeza pelo pecado (e não meramente por suas
conseqüências) – II Coríntios 7: 1 O.
b. Renúncia do pecado (disposição de desistir para sempre dos
caminhos pecaminosos) - Isaías 55:7.
c. Disposição de fazer restituição (consertar, tanto quanto
possível, qual quer mal que tenha feito) - Exodo 22:3; Lucas 19:8.
A Bíblia mostra a importância do arrependimento, descrevendo-
o, registrando a oração de penitentes, dando exemplos de pessoas
sinceramente arrependidas, mostrando que o arrependimento foi
pregado pelos profetas, João Batista, Jesus Cristo e os apóstolos.
O arrependimento vem antes do perdão, e Deus não pode
perdoar uma pessoa que não admita sinceramente que é pecador aos
olhos de Deus e de transformar-se. Ela não pode mais julgar-se em
comparação à conduta dos outros, mas mediante os padrões de Cristo.
Ela precisa reconhecer que tem um coração simples: "Senhor, tem
misericordia de mim, pecador"; depois, aceita pela fé que Deus é
misericordioso. A definição de Deus pode ser dada em três palavras
simples: "Deus é amor".
Sabemos que o amor não guarda rancor e nem um espírito de
revide, mas perdoa e esquece, não só no presente, mas também para
o futuro. De toda dádivas que Deus deu ao homem, a maior e a dádiva
que os homens mais temem: o privilégio de se arrependerem, que não
é dada mais nada menos do que a oportunidade de apagar e deixar
limpa a velha lousa, e o maravilhoso privilégio de começar uma vida
nova com um novo Senhor, Cristo. Você pode per nisso como: "O
velho senhor morreu, e eis que o novo Senhor se tornou pessoal -
CRISTO".

4. A doutrina da confissão

Há muita controvérsia neste ponto. É necessário o pecador


"ir à frente em uma reunião pública para ser salvo? É necessário
confessar Cristo diante dos homens ou de Deus, ou dos dois, a fim
de ser salvo? Quantas dessas confissões são necessárias? Uma?
Muitas?
a. A confissão de Jesus como Senhor é necessária para a
salvação – Romanos 10:9.
b. A confissão a Deus salva a pessoa que faz a confissão. Pode
ser que seja feita num lugar secreto, no campo ou no santuário da
alma, inaudivelmene, mas em uma verdadeira comunicação da alma
com Deus.
c. A confissão aos homens salva os que a ouvem com fé. Este
testemunho tem a ver, não com a salvação da testemunha, mas com
a obediência. É um teste da sinceridade da sua profissão de fé
(Mateus 10:32, 33; Marcos 3:8; , 1 :8), uma vida recebida de Deus.
Tendo nascido de Deus, clamamos: ", Pai" (Romanos 8: 15), ou, como
no aramaico, "Papai, papai!"
A confissão não propicia uma razão para a salvação, mas prova a
sua realidade e serve para fortalecer aquele que confessa. Cada
confissão é um rompi mento de laços entre o novo convertido e a vida
antiga.
5. A doutrina da conversão (II Coríntios 5: 17; João 3:3; Atos
16:33)

Neste ponto em que a pessoa finalmente se vê como Deus a


vê, saindo verdadeiramente da vereda do pecado e entrando no
caminho da justiça de Deus, ocorre uma experiência que Cristo
chamou de "novo nascimento". Só nesse momento a pessoa pode
dizer de maneira apropriada que se torna parte do Reino de Deus.
Tudo o que foi dito acima propicia um maravilhoso clima e
uma forma de crescimento para este momento da conversão, mas a
Bíblia ensina que tudo será vazio e sem significado, se não conseguir
levar a pessoa a um nascimento definido no Reino (João 3:3). Até
mesmo o moço rico, que tinha todos esses fatores operando em sua
vida mais eficientemente do que na da maioria das pessoas, voltou
atrás sem vida eterna. Ele não conseguiu enfrentar este momento de
verdade e arrependimento. Os mandamentos de Deus, que são leis de
Deus, tratam exclusivamente do exterior. Eles se tornam uma força
restritiva em relação à conduta exterior do homem. O coração do
homem, todavia, sente-se restrito em relação ao mal apenas através
da sua consciência, ou amor. Portanto, é necessária a conversão do
coração do homem.
Uma das mais fortes passagens de toda a Bíblia é: "Porque,
assim como imagina em sua alma, assim ele é" (Provérbios 23:7). A
conversão não é um crescimento gradual até chegar a uma
experiência religiosa. O moço rico estivera crescendo na direção desse
momento, mas no instante final ele o rejeitou. Nicodemos estivera
crescendo e fora educado na direção desse momento, e Cristo
mostrou-lhe o caminho, que era nascer de novo.
Jesus mostrou-lhe que o fato de ser bom, ser religioso, e até
de guardar todos os mandamentos ainda deixava o homem na carne.
A conversão é uma decisão da vontade, e decisões não podem ser
graduais. As condições que levam às decisões podem ser gradativas,
mas elas precisam acontecer a um ponto definido no tempo. Isto é
verdade tanto teológica quanto psicologicamente. Não foi por acaso
que Cristo usou o termo "nascer de novo", pois Ele sabia que era a
criação de uma nova vida. Outra vez: podem passar-se muitas
semanas ou meses desde o momento da concepção até o nascimento,
mas se deve haver vida, seja física ou espiritual, precisa haver esse
momento do nascimento. A conversão é um ato da mente - vontade; e
um ato do coração - fé.

6. A doutrina da certeza (João 1: 12; 1 João 5: 11-13)

A Bíblia é clara ao dizer que a pessoa pode e deve ter


conhecimento da experiência da sua salvação. Mais uma vez, esta é
uma experiência que pode durar a eternidade, e todo o conselheiro ou
ministro cristão dedicado precisa, com amor, mas com ousadia
sustentada pela Palavra de Deus, guiar cada pessoa a encontrar a
realidade de Jesus Cristo.
Indubitavelmente, a melhor coisa em todo o mundo, uma
experiência íntima e pessoal de perdão de pecados e da realidade da
presença de Cristo, não pode existir em uma vida humana sem que
essa pessoa tenha um conhecimento definido, insofismável, desta
experiência (João 14:20).
Tome a ilustração de uma pessoa faminta, comendo até ficar
satisfeita. Se ela não soubesse que estava satisfeita, continuaria
comendo até morrer. Assim acontece com um homem debaixo da
convicção de pecado. Segue-se tão somente que se ele pode sentir
convicção, pode sentir conversão. Este é o Sentimento ao qual nos
referimos quando discutimos o ato de "sentir-se salvo.” O sentimento
de condenação é afastado, e em seu lugar vem a paz, que é o
resultado natural do fato de se ter acertado as contas com Deus,
mediante a “expiação". O interessado precisa ser Informado de que
somos salvos pela fé, e não somente pelos sentimentos (Efésios 2:8,
9). .
Enfatize, contudo, que os sentimentos sempre seguem a
obediência. Se há diferença entre nós e nosso próximo, temos uma
sensação de alienação. Ou, abordamos o nosso irmão com um espírito
de humildade, e fazemos a parte para consertar as coisas,
imediatamente nos "sentimos melhor". Assim é acontece em nosso
relacionamento com Deus. Os nossos pecados nos separam dEle. Ele
já fez o primeiro movimento, oferecendo-nos completo perdão, se tão
somente confessarmos que pecamos voluntariamente. Esta confissão,
através da fé de que Ele realmente perdoa, nos leva a um
relacionamento de conversão e comunhão com Ele.
Se fosse verdade, como diz alguém, que você jamais pode ter
certe, sua salvação nesta vida, teríamos que ignorar completamente
João 3: 16, 6.37; 1:12; I João 5:10-13. De fato, o Novo Testamento
seria invalidado, pc todo o propósito deste Livro de Deus é levar o
mundo a conhecer que deu o Seu Filho no Calvário para a redenção
do homem. Certamente, d de um sacrifício desses, Deus não deixaria
o homem em dúvida quanto à certeza da sua salvação.

7. A entrega

Quando fazemos o apelo, creio que ele precisa ser feito tanto
para a çabeça quanto para o coração. A mensagem precisa ser
racional, e apelar ao ir se e à mente da pessoa. Muitas vezes falamos
sem pensar, quando dizemos ao povo que precisa nascer de novo,
pensando que todos sabem exatamente o que estamos falando. A
verdade é que até mesmo em alguns dos países em que o cristianismo
é maioria, muita gente que tem freqüentado a igreja durante anos, e
ouvido sermão após sermão, ainda não sabe o que realmente significa
nascer de novo." A Bíblia não diz: "Quem crer em sua mente será
salvo” mas "Se... em teu coração creres... serás salvo".
.Lembro-me de uma ocasião quando estava pregando a
respeito de arrependimento, e durante o sermão veio à minha mente
a idéia de que quando Deus me criara, me dera uma mente e um
coração. Além disso, cheguei a conclusão de que eu podia mudar de
idéia, mas não podia mudar o meu coração. Então reconheci que não
podia mudar a minha mente, mas Deus podia. Assim, em essência, o
arrependimento pode ser realizado quando verificamos estamos
dispostos a mudar de idéia a respeito de nós mesmos e reconhecer
que somos pecadores e necessitamos de perdão, e nos arrependemos,
Cristo vem e muda os nossos corações. Isto é conversão!
Durante o apelo, precisamos tornar claro ao povo que ele não
precisa apresentar uma vida respeitável, boas obras ou propriedades,
mas simplesmente a sua necessidade; então, mediante a fé, eles
podem saber e crer que Jesus Cristo está disposto a perdoar-lhes e
fazer deles novas criaturas nEle. "Se com a tua boca confessares a
Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou
dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para
justiça, e com a boca se confessa a respeito da salvação. Porquanto a
Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido"
(Romanos 10: 9-11). "Porque: Todo aquele que invocar o nome do
Senhor, será salvo" (Romanos 10:13).
Finalmente, algo que é muito importante: não continue a
pregar depois que você sentir o clímax da mensagem pelo Espírito
Santo. Entre diretamente no apelo.
Algumas regras:
a. Seja sincero.
b. Tenha consciência do Espírito Santo.
(i) Seja sens/vel à hora em que Ele opera.
(ii) Deixe que Ele faça a obra.
(iii) Não fale individualmente.
c. Seja honesto.
d. Seja positivo.
e. Seja otimista.

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