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CURSO ON-LINE – ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS EM EXERCÍCIOS

P/ RECEITA FEDERAL
PROFESSOR: MARLOS FERREIRA

AULA 02:
MACROECONOMIA KEYNESIANA E POLÍTICA FISCAL.
POLÍTICA MONETÁRIA, INFLAÇÃO, CURVA DE PHILLIPS.

• SÍNTESE DE KEYNES E POLÍTICA FISCAL.

¾ Multiplicador fiscal ou keynesiano

1) Para uma economia fechada e sem governo:


Kt = - c/ 1 – c

2)Para uma economia fechada e com governo:


Kt = - c/ 1 – c( 1 – t)

3)Para uma economia aberta e com governo:


Kt = - c/ 1 – c( 1 – t) + m

*Modelo Keynesiano simplificado: (I = I0)


Dessa forma, temos para uma economia fechada, multiplicador dos gastos
autônomos:
K = 1/ 1 – c(1 – t)
Multiplicador da tributação:
Kt = - c/ 1 – c( 1 – t)

Caso a ESAF requisite também modelos derivados do Keynesianismo (


questões com esse “corte” são mais raras para a ESAF).
**Modelo Keynesiano derivado: I = I0 + dY, onde:
I = função investimento
I0 = investimento autônomo
d= propensão marginal a investir
Multiplicador dos gastos autônomos:
K = 1/ 1 – c( 1 – t) - d
Multiplicador da tributação:
Kt = - c / 1 – c( 1 – t) – d

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¾ q de Tobin
O q de Tobin é assim mensurado:
Valor de Mercado do Capital Instalado/ Custo de Reposição do Capital
Instalado.
Valor de q Viabilidade do Investimento/possibilidade de empreendimento
Q>1 Investimento concretizado
Q=1 Indiferente a concretização ou não do investimento
Q<1 Investimento não concretizado

¾ Política Fiscal

Política Fiscal Impostos/Carga Gastos


Tributária (receitas) (despesas
correntes e de
capital)
Expansionista
↓ ↑
Contracionista
↑ ↓

• SÍNTESE DE POLÍTICA MONETÁRIA, INFLAÇÃO E CURVA


DE PHILLIPS

¾ Multiplicador monetário ou bancário

O multiplicador da base monetária é extraído de:


m = M/B
Vale aqui registrar e entender algumas fórmulas (com as letras que costumam
aparecer) que muito contribuem na resolução das questões propostas pelas
bancas. Vamos a elas:

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M1 = PPP + DV onde:
M1 = total de meios de pagamento
PPP = papel moeda em poder do público ou moeda manual
DV = depósitos à vista nos bancos comerciais
c = PPP onde:
M1
c = taxa de retenção do público em relação ao total dos meios de pagamento
d = DV onde:
M1
d =proporção dos ativos monetários em forma de depósitos
c+ d = PPP + DV = PPP + DV = M1 = 1
M1 M1 M1 M1

r = encaixes bancários
DV
BM = PPP + encaixes = papel em circulação + reservas bancárias
m = M1
PP + r
Dividindo-se o numerador e denominador da fração por M1, temos:
m = M1/M1
PP/M1 + r/M1
m= 1/ c + r/M1
Lembre-se que:
r/D = r/D . D/M1 = r.d
M1/D
Retornando à fórmula do multiplicador dos meios de pagamento, temos que:
m = 1/ c + r.d
Como c + d = 1, temos que c = 1 – d. Logo,
m = 1/ 1 – d + r.d ou
m = 1/ 1 – d( 1 – r)

¾ Instrumentos de Política Monetária e Multiplicador


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Expansão da oferta Instrumento de Política Retração da oferta


monetária Monetária/ componente da monetária
base monetária
Compra/resgate de títulos Operações de mercado Venda de títulos públicos
públicos aberto
Queda compulsórios Recolhimento compulsórios Elevação compulsórios
Queda taxa de redesconto Taxa de Redesconto Elevação da taxa de
redesconto
Queda da razão Papel moeda/meios de Elevação da razão
pagamento
Elevação da razão Depósitos à vista/meios de Queda da razão
pagamento

¾ Inflação e Curva de Phillips

Figura 1. Curva de Phillips versão original.

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Na formulação original da curva de Phillips, temos:


π = -β(u - un)
π = taxa de inflação
u = taxa de desemprego (un = taxa natural de desemprego)
β = parâmetro positivo que mede a sensibilidade da inflação às variações na
taxa de desemprego
Figura 2. Curva de Phillips versão contemporânea.
π

un
u
A curva de Phillips demonstrada na equação abaixo é ampliada e com
expectativas racionais (versão contemporânea da curva de Phillips):
π = πe - β(u - un) + ε
onde:
π = taxa de inflação (πe = taxa esperada de inflação)

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u = taxa de desemprego (un = taxa natural de desemprego)


ε = choque aleatório de oferta
β = parâmetro que mede a sensibilidade da taxa de inflação aos desvios da
taxa de desemprego efetivo em relação à taxa natural.

¾ Inflação e Curva de Phillips

Tipo de Inflação Características Instrumento de correção


Demanda Excesso de consumo Elevação da taxa de juros
Oferta (custos) Aumento do custo de Política fiscal
produção contracionista
Inercial Indexação de preços e Desindexação plena da
salários; “memória economia
inflacionária”

QUESTÕES PROPOSTAS

01-(NCE/UFRJ- AGU-Economista – 2006) Aponte a afirmativa


correta em relação à Teoria Monetária de Keynes e aquelas derivadas
da tradição da Teoria Quantitativa da Moeda:
(A) a demanda por moeda para transação não figura na abordagem
neoclássica da demanda de moeda;
(B) a reconstrução da Teoria Quantitativa da Moeda formulada por
Friedman propõe que a política monetária não produz efeitos reais;
(C) segundo Keynes, a existência de demanda por moeda por
precaução justifica-se pelas expectativas de aferição de lucros em
decorrência da variação do preço dos títulos;
(D) para Keynes, a demanda por moeda para transação será tanto
menor quanto menor for o número de retiradas de contas
remuneradas por unidade de tempo;
(E) para Keynes, em certas circunstâncias, entre elas a presença de
um nível de taxas de juros suficientemente baixo, a demanda
especulativa de moeda torna-se infinitamente elástica.

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02-(NCE/UFRJ-Eletronorte-Economista-2006) Em relação ao
investimento, NÃO é correto afirmar que:
(A) o investimento aumenta à medida que a taxa de juros cai;
(B) um aumento no produto marginal do capital leva a um aumento
do investimento;
(C) de acordo com o modelo do acelerador, o investimento cresce
quanto mais aumenta a renda da economia;
(D) quando o produto marginal do capital for maior que a taxa de
juros real, as firma terão incentivo para aumentar seu investimento;
(E) sempre que o custo real do capital for maior que o produto
marginal do capital, as firmas terão incentivos para aumentar seu
estoque de capital.

03-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Partindo da identidade que


descreve a desagregação do Produto Interno Bruto (PIB) em seus
componentes de demanda agregada (numa economia fechada), Y = C
+ I + G, se subtrairmos de ambos os lados o consumo e a receita
tributária, teremos Sp = I + (G – T) e re-arrajando os termos,
teremos: Sp – I = G – T, sinalizando o efeito direto da existência de
um déficit público sobre a acumulação de riqueza do setor privado.
Qual o significado do contexto acima:
a) Isso significa que o setor privado está investindo
exponencialmente e o setor público recorre ao setor externo para
financiar os gastos a maior.
b) Isso significa que o setor privado está poupando mais que
investindo e o setor público arrecadando mais que poupando para
financiar os gastos do setor privado.
c) Isso significa que a diferença entre a renda do setor privado e o
seu gastos é alocada como déficit público.
d) Isso significa que haverá elevação do endividamento do setor
privado tendo, como contrapartida, aumento dos ativos do setor
público.
e) Isso significa que o setor privado está poupando mais que
investindo e o setor público gastando mais que arrecadando, ou seja,
o déficit público é financiado pelo setor privado.

04-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Segundo o modelo


Keynesiano simples, o impacto de exportações e importações se

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expressam, respectivamente, no numerador e denominador do


multiplicador keynesiano da seguinte forma:
Y = G + I + X / 1 – c( 1- t) + m , onde se tem:
Y = renda de equilíbrio; G = gastos do Governo; I = investimento
privado; X=exportações; c= propensão marginal a consumir; t =
propensão marginal a tributar; m = propensão marginal a importar.
Em uma economia aberta, a elevação das exportações e a redução do
coeficiente médio de importações afetam o nível de produto:
a) as exportações aumentam a demanda agregada, aumentando o
nível do produto, independentemente dos outros componentes da
demanda autônoma assim como as importações.
b) as exportações reduzem a demanda agregada enquanto que as
importações diminuem a demanda agregada, aumentando o
multiplicador keynesiano.
c) as exportações são vazamentos para o exterior, o que diminui o
multiplicador keynesiano.
d) as exportações aumentam a demanda agregada e o aumento do
produto depende do valor do multiplicador e das outras variáveis
autônomas ao passo que as importações representam maiores
vazamentos de demanda para o exterior, reduzindo o multiplicador.
e) as exportações não influenciam o aumento da demanda agregada,
pois não existe multiplicador das exportações ao passo que as
importações representam maiores vazamentos de demanda para o
exterior, reduzindo o multiplicador.

05-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Na Teoria Keynesiana surge


o chamado “paradoxo da poupança (da parcimônia)” estabelecendo
uma relação inversa entre a propensão a poupar de uma sociedade e
o nível de produto. Para uma economia fechada, sem transações com
o exterior, podemos estabelecer o seguinte significado para esse
teorema:
a) Uma propensão a poupar (1- c) mais significativa aumentaria o
impulso ao gasto privado numa proporção maior que aquele
observado para o consumo dos entes públicos.
b) Quanto maior a propensão marginal a poupar (1 – c), maior será
também a propensão marginal a consumir (c), o que garante maior
gasto e consumo privados, incrementando o nível de renda.
c) O consumo privado vai sofrer uma redução em razão da maior
propensão a poupar, o que garante maior nível do produto.
d) O consumo privado deve sofrer um revés em função da maior
propensão marginal a poupar e, conseqüente, redução da propensão
marginal a consumir, afetando negativamente o nível do produto.
e) Não existe “paradoxo da parcimônia” para os modelos
keynesianos.

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06-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Sobre o significado


macroeconômico do consumo induzido pela renda na teoria
keynesiana, o impacto do valor da propensão marginal a consumir
sobre o multiplicador e a Lei Psicológica de Keynes, marque a
assertiva correta:
a) A Lei Psicológica de Keynes estabelece que ganhos adicionais de
renda repercutem desfavoravelmente nos gastos de consumo
privado.
b) Quanto maior o consumo induzido pela renda, maior também será
a propensão marginal a poupar.
c) A propensão marginal a consumir é inversamente proporcional ao
valor do multiplicador keynesiano simples para uma economia
fechada.
d) O resultado estável e economicamente relevante para o
pensamento keynesiano ocorre quando a propensão marginal a
consumir for negativa e a coletividade destinar todo o ganho adicional
de renda para a poupança.
e) A Lei Psicológica de Keynes garante que a propensão marginal a
gastar está compreendida no intervalo entre 0 e 1, ou seja, os
aumentos de consumo pelo aumento de renda só cobrem uma parte
desse último aumento.

07-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Dentro do modelo


keynesiano, uma política fiscal expansionista pode ser executada
tanto pela alteração dos gastos como pela alteração da carga
tributária. Dentro do instrumental desse modelo, assinale a assertiva
que traça corretamente as características e/ou diferenças de cada
uma dessas alternativas de política fiscal.
a) O impacto da alteração do gasto público (G) é menor que aquele
observado com a redução dos tributos, pois a propensão marginal a
consumir se situa entre 0 e 1, amortecendo os efeitos do primeiro
instrumento.
b) A alteração de política tributária afeta diretamente a demanda
agregada ao reduzir a renda disponível para o consumo, componente
da demanda agregada.
c) Os parâmetros c, t e m afetam em maior ou menor proporção o
produto ou demanda agregada da economia via multiplicador.
d) Tanto a política de gasto quanto aquela de tributos afeta
indiretamente somente a demanda agregada da economia.
e) A alíquota do imposto (t) não é um dos parâmetros do
multiplicador da renda.
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08-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Dentro do modelo


keynesiano, o investimento tem papel e desempenho relevantes para
um país. Sobre essa variável significativa, assinale a alternativa
incorreta:
a) No investimento bruto, estão incluídas a demanda por bens de
capital, que elevará o estoque de capital da economia, bem como
uma parcela que apenas cubra a depreciação do capital existente.
b) Em um caso hipotético, no qual a depreciação é muito grande, um
valor elevado para o investimento bruto pode não se traduzir em
aumento significativo do estoque de capital, através de um
investimento líquido reduzido.
c) No modelo keynesiano simplificado, em uma economia fechada e
sem governo, o valor do investimento é amplificado pelo
multiplicador, seguindo a fórmula Y = I/(1 – c).
d) No modelo Keynesiano simplificado, em uma economia aberta, o
valor do investimento é amplificado pelo multiplicador, seguindo a
fórmula Y = I/(1- c) - m.
e) Um maior investimento representará uma maior acumulação de
capital e, conseqüentemente, a ampliação da capacidade produtiva
de um país ou do produto potencial de uma economia.

09-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) O Brasil vem apresentando


um excelente desempenho exportador nos últimos anos. Através dos
conhecimentos adquiridos em macroeconomia keynesiana, assinale a
alternativa correta sobre as razões macroeconômicas ligadas à
determinação do produto e do equilíbrio externo da economia.
a) As exportações representam vazamentos para o exterior, o que
diminui o valor da demanda agregada da economia.
b) O modelo keynesiano simplificado, em uma economia aberta,
admite um multiplicador superior àquele observado para uma
economia fechada em razão do vazamento para o exterior
proveniente das importações de bens e serviços.
c) O maior apetite das exportações garante maiores divisas para o
país, o que permite maior fluxo de importações e acentuada
dinamização da economia.
d) Pelo lado do produto interno do país, as exportações são o gasto
autônomo de maior expressão para qualquer nação.

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e) As exportações líquidas não devem ser tomadas como componente


da demanda agregada da economia.

10-(ESAF/ENAP-2006) Considere o modelo:


C = C0 + C(Yd)
Yd = Y – T
T = t.Y
Y=C+I+G
onde:
C = consumo;
C0 = consumo autônomo;
Yd = renda disponível;
T = impostos;
G = gastos do governo;
I = investimento agregado.
Com base nesse modelo, é incorreto afirmar que:
a) se t = 0, então o multiplicador dos gastos do governo será igual a
1.
b) o valor do multiplicador será de 1/1 – c(1 – t)
c) ΔY/ΔG = ΔY/ΔI
d) a renda de equilíbrio é igual a 1/1 – c(1 – t) . (C0 + I + G)
e) ΔY/ΔG = ΔY/ΔC0

11-(ESAF/ENAP-2006) Considere o seguinte modelo:


Y=C+I+G+X–M
C = Co + ⃠Y
M = Mo + βY
0 <β< ⃠ < 1
onde:
Y = produto agregado;
I = investimento agregado;
G= gastos do governo;
X = exportação de bens e serviços não fatores;
M = importação de bens e serviços não fatores;
C = consumo agregado;
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Co = consumo agregado autônomo;


Mo = importações autônomas.
Com base nessas informações, é incorreto afirmar que
a) quanto maior β, maior será ΔY/ΔG.
b) tanto ⃠ quanto β exercem influência sobre o multiplicador dos
gastos do governo.
c) ΔY/ΔG = ΔY/ΔI
d) ΔY/ΔC0 = ΔY/ΔG
e) o valor do multiplicador será igual a 1/(1 -⃠ + β).

12-(NCE/UFRJ-ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO-ANAC-
ECONOMISTA – 2007) Considerando o modelo Keynesiano
simplificado e uma economia fechada e com governo, onde a
propensão marginal a poupar é 1/3, não é correto afirmar que:
a) o multiplicador do orçamento equilibrado será igual a 1 quando o
aumento dos gastos do governo for financiado através de um
aumento idêntico da arrecadação tributária.
b) o multiplicador do orçamento equilibrado será nulo sempre que um
aumento nas transferências for financiado através de um aumento da
arrecadação tributária.
c) um aumento nas transferências realizadas pelo governo terá o
mesmo efeito de um aumento do investimento de mesmo montante.
d) caso o governo decida abrir esta economia e a propensão marginal
a importar desta seja positiva, os efeitos de um aumento do gasto do
governo sobre a renda se reduzirão, pois o multiplicador dos gastos
autônomos cairá.
e) se a alíquota do imposto de renda for 0,5, um aumento de R$ 3
milhões nos investimentos privados irá gerar um aumento de R$ 4,5
milhões no valor do produto.

13-(FCC-MPU/2007) No modelo keynesiano de determinação do


equilíbrio do produto, onde o consumo agregado é uma função linear
e crescente da renda, é correto afirmar que:
a) o produto estará em equilíbrio quando o investimento for igual à
poupança realizada.
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b) um aumento nos impostos tem maior poder de diminuir o produto


de equilíbrio que igual contração nos gastos do governo, tudo o mais
constante.
c) a propensão média a consumir é maior que a propensão marginal
a consumir, se o consumo autônomo for positivo.
d) a estabilidade do equilíbrio requer propensão marginal a consumir
maior que 1.
e) o multiplicador das exportações é maior que o multiplicador do
investimento.

14-(FCC-MPU/2007) No modelo keynesiano simples para uma


economia aberta e com governo, em que o investimento, a
tributação, os gastos do governo e as exportações são autônomas, as
propensões marginais a poupar e a importar são 0,25 e 0,15,
respectivamente. Supondo que o nível de investimento aumenta em
40, a renda também será aumentada em:
a) 500
b) 400
c) 267
d) 160
e) 100

15-(ESAF/ENAP-2006) Considere
A = 400 + 0,7Y – 3000i
i = 0,06
X = 250
M = 0,2Y
onde:
A = demanda agregada interna;
I = taxa de juros;
X = exportações;
M = importações.
Considerando a renda de equilíbrio, o saldo X – M será de
a) - 62
b) 62
c) 54
d)- 54
e) 12

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16-(CESPE/UNB/ FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/ICMS/AC –


2006) Com relação à função consumo, assinale a opção correta:
a) Quando a renda é igual a zero, o consumo também será igual a
zero.
b) A propensão média a consumir é dada pela relação entre o
acréscimo no consumo e o acréscimo na renda.
c) A propensão marginal a consumir é uma relação cujo valor se situa
entre 0 e 1.
d) Quando são considerados curtos intervalos de tempo, a propensão
marginal a consumir tende a variar continuamente.

17- Tendo em conta conceitos relativos ao sistema monetário,


assinale a afirmativa correta:
a) Quando um banco comercial adquire títulos da dívida pública
diretamente de outro banco comercial não ocorre variação no estoque
de meios de pagamento.
b) Quando um banco compra à vista um imóvel pertencente a uma
empresa não financeira, ocorre destruição de meios de pagamento.
c) Empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais determinam
aumento de igual montante nos meios de pagamento.
d) O setor bancário não cria meios de pagamento quando, por
exemplo, adquire bens ou serviços junto ao público, pagando em
moeda corrente.

18-(NCE/UFRJ-Eletronorte-Economista-2006) A Curva de
Phillips, que relaciona a taxa de inflação (Y) à taxa de desemprego
(X) pode ser representada, no curto prazo, por uma função do tipo:
(A) Y = aX, onde a > 0 e X > 0;
(B) Y = aX1/2, onde a > 0 e X > 0;
(C) Y = aX + b, onde a > 0, b > 0 e X > 0;
(D) Y = a(1/X) , onde a > 0 e X > 0;
(E) Y = aX2, onde a > 0 e X > 0.

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19-(NCE/UFRJ- AGU-Economista – 2006) Em relação à Curva de


Phillips, é INCORRETO afirmar que:
(A) o custo da redução do desemprego, medido em aumento de taxa
de inflação, será tanto menor quanto maior for a capacidade ociosa
da economia;
(B) de acordo com os monetaristas, a Curva de Phillips, a curto
prazo, seria vertical;
(C) uma curva de Phillips negativamente inclinada significa que uma
redução da tributação expandiria a demanda agregada, reduzindo o
desemprego, mas elevando a taxa de inflação;
(D) se as expectativas dos agentes econômicos forem racionais, a
Curva de Phillips será, tanto a longo quanto a curto prazo, vertical;
(E) a versão aceleracionista da Curva de Phillips foi desenvolvida por
autores monetaristas.

20-(ESAF/AFRF-2003) Considere
c: papel moeda em poder do público/meios de pagamentos
d: depósitos à vista nos bancos comerciais/meios de pagamentos
R: encaixe total dos bancos comerciais/depósitos à vista nos bancos
comerciais
m: multiplicador dos meios de pagamentos em relação à base
monetária
Com base nestas informações, é incorreto afirmar que, tudo o mais
constante:
a) quanto maior d, maior será m.
b) quanto maior c, menor será d.
c) quanto menor c, menor será m.
d) quanto menor R, maior será m.
e) c + d >c, se d for diferente de zero.

21-(ESAF/AFRF-2005) Suponha:
c = papel moeda em poder do público/M1
d=1–c
R = encaixes totais dos bancos comerciais/depósitos à vista
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M1= meios de pagamentos


B = base monetária
M1 = m.B
c=d
Considere que no período 1 o valor para R foi de 0,5 enquanto que no
período 2 esse valor passou para 0,6. Considerando que não houve
variações nos outros coeficientes de comportamento, pode-se afirmar
que o valor de m apresentou, entre os períodos 1 e 2:
a) uma queda de 4,100%
b) um aumento de 6,250%
c) uma queda de 6,250%
d) um aumento de 4,100%
e) uma queda de 8,325%

22-(ESAF/ENAP-2006) Com relação aos meios de pagamentos


adotados no Brasil, é incorreto afirmar que:
a) M1 é igual papel moeda em poder do público + depósitos à vista.
b) o M2 inclui as operações compromissadas registradas na Selic.
c) M2 inclui os depósitos especiais remunerados.
d) o M1 é o agregado monetário de maior liquidez.
e) o M4 inclui os títulos públicos de alta liquidez.

23-(VUNESP/CMSP-2007) Se os preços e os salários forem


flexíveis, a curva de Phillips com expectativas racionais será:
a) vertical.
b) horizontal.
c) positivamente inclinada.
d) negativamente inclinada.
e) elíptica.

24- (CESGRANRIO/INEA/2008) Na figura abaixo, as linhas AB e


CD mostram, respectivamente, as Curvas de Phillips de curto prazo e
de longo prazo de uma determinada economia.

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A respeito dessa figura, pode-se afirmar que


a) AB é a curva de demanda agregada da economia.
b) BD é o excesso de demanda agregada da economia.
c) CD se desloca para a posição AB à medida que as expectativas de
inflação se ajustam.
d) OD é a taxa natural de desemprego.
e) OE é a taxa natural de inflação.

25-(CESGRANRIO/INEA/2008) Uma política monetária expansiva


leva normalmente ao(a):
a) aumento da taxa de juros.
b) desvalorização da moeda doméstica se o regime for de câmbio
fixo.
c) redução da taxa de inflação.
d) acumulação de reservas internacionais se o regime for de câmbio
flutuante.

26-(CESGRANRIO/INEA/2008) O aumento do percentual da


reserva compulsória que o Banco Central exige dos bancos reduz a(o)
a) oferta de moeda.
b) demanda por bens públicos.
c) taxa de juros vigente na economia.
d) spread cobrado pelos bancos.
e) gasto do governo.

27-(CESGRANRIO/BNDES/2008) A Curva de Phillips de curto


prazo, representada por AB no gráfico abaixo, não é estável,
tornando-se, a longo prazo, vertical, como CD.

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Assim, pode-se afirmar que


a) a taxa natural de inflação é representada por E no gráfico.
b) a taxa natural de desemprego é representada por B no gráfico.
c) a inflação tende a desacelerar caso se mantenha continuamente a
taxa de desemprego em C.
d) AB altera sua posição na medida em que as expectativas de
inflação se ajustam.
e) AB altera sua posição na medida em que CD se desloca para a
direita.

28-(ESAF/STN-2008) Quanto às políticas monetárias e fiscais,


pode-se afirmar que:
a) a ampliação do prazo determinado pelo Banco Central dos
pagamentos das assistências financeiras à liquidez é uma política
monetária considerada restritiva.
b) a elevação dos depósitos compulsórios é considerada uma política
monetária restritiva.
c) a ampliação da carga tributária é considerada uma política fiscal
expansionista.
d) a venda de títulos públicos em poder do Banco Central é uma
política monetária considerada expansionista.
e) a ampliação dos gastos públicos é considerada uma política fiscal
restritiva.

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29-(ESAF-AFC-STN-2008) Considere os seguintes coeficientes de


comportamento monetário:
c = papel-moeda em poder do público/M1
d= depósitos à vista do público nos bancos comerciais/M1
R = encaixes totais dos bancos comerciais/depóstios à vista
Considerando M1= meios de pagamentos e B =base monetária, é
correto afirmar que:
a) B= c.R + d.M1, desde que D e R sejam positivos
b) se d =0, então M1/B será igual a zero.
c) quanto maior c, maior tende a ser o multiplicador dos meios de
pagamentos em relação à base monetária.
d) quanto maior R, maior tende ser M1/B.
e) dado que 0<c<1 e c +d =1, então M1 é maior do que B.

30-(CESPE/UNB- Analista Legislativo CÂMARA DOS


DEPUTADOS -2002) Durante longo tempo, o Brasil conviveu com
taxas de inflação elevadíssimas. Tal situação afetou por demais o
mecanismo tributário, gerando problemas e demandando
providências dos administradores públicos. No que se refere a esse
assunto, julgue os itens que se seguem.
a) A inflação atua como um tributo sobre os encaixes reais, afetando
relativamente mais as classes de maior poder aquisitivo. O resultado
é um aumento da progressividade do sistema, uma vez que os
segmentos de menor renda, geralmente assalariados, são os menos
atingidos.
b) Em uma situação de hiperinflação, a arrecadação tende a zero
porque ninguém desejará reter moeda.
c) A inflação é tratada como um imposto não apenas porque corrói os
encaixes monetários, mas porque a contrapartida disso é a receita do
governo, que arrecada o imposto inflacionário com a moeda que
emite para comprar bens e serviços do setor privado. Infere-se disso
que o financiamento do déficit público só pode ser feito por tributação
ou endividamento, visto que a emissão de moeda para esse fim pode
ser considerada forma alternativa de tributação.
d) Em uma situação de descontrole inflacionário, os três mecanismos
mais conhecidos de proteção do valor real da arrecadação são a
indexação do imposto a pagar, a redução do período de apuração do
imposto e a redução do período de recolhimento do imposto.

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31-(CESPE/UNB/ FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/ICMS/AC –


2006) Com relação aos salários e à inflação, assinale a opção
correta.
a) Se a produtividade da mão-de-obra empregada aumenta na
mesma proporção dos salários reais médios, o custo unitário da
produção não é afetado.
b) O aumento do custo de produção, resultante de reajustes salariais
para recomposição de seu poder aquisitivo, constitui fator causal
autônomo da inflação.
c) Quando uma empresa monopolista não repassa aos seus preços os
aumentos salariais dos empregados, reduzindo uma parcela de seus
lucros, ela gera inflação reprimida, retardando seus efeitos.
d) O lucro de uma empresa será reduzido quando a produtividade da
mão-de-obra aumentar em proporção maior que os salários da
empresa.

32-(CESPE/UNB/ FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/ICMS/AC –


2006) As empresas podem reagir a um aumento da demanda
agregada de várias maneiras. Em consonância com a reação a ser
adotada pelas empresas, a hipótese mais plausível consiste em:
a) diminuir a produção física, aumentando os preços, ampliando a
capacidade ociosa.
b) aumentar os preços sem aumentar a produção física, se os
recursos estiverem plenamente empregados.
c) aumentar a produção, diminuindo os preços, até atingir a
capacidade plena.
d) reduzir preços e produção, se as empresas estiverem operando a
plena capacidade.

33- (CESPE/UNB/TCE-AC-ECONOMISTA-2008) Considerando os


princípios básicos da teoria monetária e da inflação, assinale a opção
correta.

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a) Quando um indivíduo transfere fundos de sua conta de poupança


para a sua conta-corrente, a redução decorrente do agregado
monetário M1é compensada exatamente pelo aumento do agregado
M2.
b) Na presença de excesso de reservas, o multiplicador monetário se
eleva, aumentando, assim, as possibilidades de expansão monetária.
c) Retiradas em espécie da conta-corrente para financiar as despesas
de consumo dos correntistas de um banco comercial não alteram as
reservas do sistema bancário como um todo.
d) Um surto inflacionário provocado pela expansão das exportações,
em decorrência de um aumento exógeno da renda do resto do
mundo, constitui exemplo típico de inflação de demanda.

34- (CESPE/UNB/TCE-AC-ECONOMISTA-2008) As políticas


monetárias influenciam, significativamente, o desempenho da
economia. A respeito desse assunto, assinale a opção correta.
a) Quanto maior for o custo de oportunidade de detenção de moeda,
mais elevada será a demanda monetária.
b) Aumentos da taxa de redesconto e do coeficiente de reservas são
consistentes com a adoção de políticas monetária restritivas.
c) O uso de regras fixas para a expansão da oferta de moeda é
consistente com a visão keynesiana da política monetária.
d) O Banco Central pode utilizar a política monetária para estabilizar,
simultaneamente, as taxas de juros e a oferta monetária.
e) De acordo com a teoria quantitativa da moeda, a velocidade de
circulação da moeda, no curto prazo, é fortemente influenciada por
variações não antecipadas na renda dos agentes econômicos.

35-(ESAF-APO-SP-2009) A definição de meios de pagamento


corresponde ao conjunto de ativos utilizados para liquidar transações.
Com o avanço do sistema financeiro e do processo de inovações
financeiras, desenvolveram-se novas medidas de meios de
pagamento. Identifique, entre os agregados monetários abaixo
mencionados, aquele que sofre todo impacto da inflação
(monetização ou desmonetização).
a) M2.
b) M4.
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c) M2+quotas de fundo de renda fixa+operações compromissadas


registradas no SELIC.
d) M1.
e) M3.

36-(ESAF-APO-SP-2009) No que diz respeito à Política Monetária,


identifique a opção incorreta.
a) De acordo com a teoria da preferência pela liquidez, a taxa de
juros se ajusta para equilibrar a oferta e a demanda por moeda.
b) A curva de demanda agregada mostra a quantidade de bens e
serviços demandada a cada nível de preços.
c) Se a taxa de juros estiver acima da taxa de equilíbrio, haverá
excesso de oferta da moeda, forçando a queda na taxa de juros.
d) A taxa de juros real corresponde à taxa de juros nominal recebida,
descontada a perda de valor da moeda, isto é, a inflação no período
de aplicação.
e) Estabilizadores automáticos são alterações da política monetária
que estimulam a demanda agregada quando a economia entra em
recessão sem que os formuladores de políticas públicas tenham que
tomar qualquer ação deliberada.

37-(ESAF/AFRF – 2003) Considere as seguintes informações para


uma economia fechada e com governo:

Y = 1200; C = 100 + 0,7Y I = 200

Com base nessas informações, pode-se afirmar que, considerando o


modelo keynesiano simplificado, para que a autoridade econômica
consiga um aumento de 10% no produto agregado, os gastos do
governo terão de sofrer um aumento de:

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a) 60% b) 30% c) 20% d) 10% e) 8%

38- Classifique cada evento abaixo como Verdadeiro, caso tenda a


aumentar o multiplicador monetário, e como Falso, em caso
contrário:
a) Aumento da taxa de redesconto do Banco Central.
b) Redução percentual de papel-moeda sobre depósitos à vista.
c) Aumento da incerteza percebida pelos bancos quanto ao fluxo de
depósitos à vista.
d) Elevação das reservas compulsórias, supondo que as reservas
voluntárias são elevadas.

GABARITO DAS QUESTÕES PROPOSTAS

01-E 11-A 21-C 31-A

02-E 12-C 22-B 32-B

03-E 13-C 23-A 33-D

04-D 14-E 24-D 34-B

05-D 15-B 25-E 35-D

06-E 16-C 26-A 36-E

07-C 17-A 27-D 37-A

08-D 18-D 28-B 38-FVFF

09-C 19-B 29-E

10-A 20-C 30- FVVV

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QUESTÕES E COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES

01-(NCE/UFRJ- AGU-Economista – 2006) Aponte a afirmativa


correta em relação à Teoria Monetária de Keynes e aquelas derivadas
da tradição da Teoria Quantitativa da Moeda:
(A) a demanda por moeda para transação não figura na abordagem
neoclássica da demanda de moeda;
(B) a reconstrução da Teoria Quantitativa da Moeda formulada por
Friedman propõe que a política monetária não produz efeitos reais;
(C) segundo Keynes, a existência de demanda por moeda por
precaução justifica-se pelas expectativas de aferição de lucros em
decorrência da variação do preço dos títulos;
(D) para Keynes, a demanda por moeda para transação será tanto
menor quanto menor for o número de retiradas de contas
remuneradas por unidade de tempo;
(E) para Keynes, em certas circunstâncias, entre elas a presença de
um nível de taxas de juros suficientemente baixo, a demanda
especulativa de moeda torna-se infinitamente elástica.
Comentários:
A assertiva “A” está incorreta porque a abordagem neoclássica da
demanda por moeda é representada pela demanda por moeda motivo
transacional. É a parte da demanda por moeda dependente da renda,
única esfera importante para os monetaristas.
A assertiva “B” está incorreta porque a reconstrução da TQM por
Friedman sugere que a política monetária produz efeitos reais no
curto prazo, mantendo a dicotomia somente no longo prazo. Já para
os teóricos dos ciclos reais (TCR), os novos clássicos, é que a política
monetária não produz efeitos reais nem no curto prazo. São mais
clássicos do que nunca!
A assertiva “C” está incorreta porque as expectativas de aferição
de lucros em decorrência da variação do preço dos títulos são
justificadas por Keynes em razão da demanda por moeda motivo
especulação, inversamente proporcional à taxa de juros. A demanda
por moeda motivo precaução é dependente da renda para cobrir
alguma eventualidade ou um fato inesperado, como no caso de um
doença familiar ou aparecimento de um negócio de ocasião. É muito
pouco difundido na literatura econômica.
A assertiva “D” está incorreta porque a demanda por moeda para
transação será tanto maior quanto menor for o número de retiradas
de contas remuneradas por unidade de tempo. O motivo transacional
se aplica na cobertura das transações do dia-a-dia.
A assertiva “E” está correta porque é a situação fortemente
keynesiana também conhecida como armadilha da liquidez em que a
taxa de juros é tão baixa que o público prefere manter a moeda
ofertada na forma de encaixes reais. A curva LM torna-se horizontal
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(perfeitamente elástica), de modo que qualquer variação na oferta de


moeda não induz ninguém a preferir título à moeda e, portanto, não
traz qualquer efeito sobre a taxa de juros e sobre o nível de renda.

02-(NCE/UFRJ-Eletronorte-Economista-2006) Em relação ao
investimento, NÃO é correto afirmar que:
(A) o investimento aumenta à medida que a taxa de juros cai;
(B) um aumento no produto marginal do capital leva a um aumento
do investimento;
(C) de acordo com o modelo do acelerador, o investimento cresce
quanto mais aumenta a renda da economia;
(D) quando o produto marginal do capital for maior que a taxa de
juros real, as firma terão incentivo para aumentar seu investimento;
(E) sempre que o custo real do capital for maior que o produto
marginal do capital, as firmas terão incentivos para aumentar seu
estoque de capital.
Comentários:
As assertivas “B” e “D” estão corretas e a assertiva “E” está
incorreta porque se o produto marginal do capital excede o custo de
capital, o capital instalado gera lucro. Esse lucro torna desejável a
posse de empresas locadoras, o que aumenta o valor das ações
dessas empresas, implicando um valor mais alto para q. Já quando o
produto marginal do capital é menor do que o custo do capital, o
capital instalado registra prejuízo, o que representa um baixo valor
de mercado e um baixo valor de q. As firmas não terão incentivos
para aumentar seu estoque de capital.
A assertiva “A” está correta porque o nível de investimento é
inversamente relacionado com o patamar da taxa de juros. Dessa
forma, quando se tem um decréscimo na taxa de juros (preço do
capital), maior será a taxa de investimento em capital fixo,
residencial, comercial e governamental.
O custo do dinheiro (preço do dinheiro dado pela taxa de juros)
regula as novas decisões de investimento. O nível de investimento só
será viabilizado quando restar comprovado que o retorno esperado do
investimento for superior ao custo do dinheiro. Ou seja, se o
empreendimento for mais rentável que deixar o capital aplicado no
sistema financeiro, o investimento é viabilizado, novas contratações
irão surgir e o nível de atividade aumentará.
A assertiva “C” está correta porque a revolução keynesiana
fundou a macroeconomia moderna e deu origem a todo um conjunto
de modelos de crescimento e flutuação cíclica em cuja raiz está a
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interação entre dois mecanismos: o multiplicador e o acelerador. Tais


mecanismos, respectivamente, descrevem o efeito do investimento
autônomo sobre a expansão da demanda agregada e o efeito
induzido pela expansão da demanda agregada sobre a propensão a
investir.

03-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Partindo da identidade que


descreve a desagregação do Produto Interno Bruto (PIB) em seus
componentes de demanda agregada (numa economia fechada), Y = C
+ I + G, se subtrairmos de ambos os lados o consumo e a receita
tributária, teremos Sp = I + (G – T) e re-arrajando os termos,
teremos: Sp – I = G – T, sinalizando o efeito direto da existência de
um déficit público sobre a acumulação de riqueza do setor privado.
Qual o significado do contexto acima:
a) Isso significa que o setor privado está investindo
exponencialmente e o setor público recorre ao setor externo para
financiar os gastos a maior.
b) Isso significa que o setor privado está poupando mais que
investindo e o setor público arrecadando mais que poupando para
financiar os gastos do setor privado.
c) Isso significa que a diferença entre a renda do setor privado e o
seu gastos é alocada como déficit público.
d) Isso significa que haverá elevação do endividamento do setor
privado tendo, como contrapartida, aumento dos ativos do setor
público.
e) Isso significa que o setor privado está poupando mais que
investindo e o setor público gastando mais que arrecadando, ou seja,
o déficit público é financiado pelo setor privado.
Gabarito: “E”
Devemos nos lembrar em primeiro lugar que a economia é fechada,
ou seja, não se tem transações com o exterior, com o resto do
mundo. Daí, não podemos nos recorrer ao financiamento
internacional, ou seja, não se tem poupança externa (Se).
A diferença entre a renda do setor privado e o seu gasto será, então,
alocada no financiamento do setor público. Haverá uma elevação do
endividamento do agente deficitário (setor público) tendo, como
contrapartida, a elevação dos ativos ou riqueza do setor
superavitário, setor privado.

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04-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Segundo o modelo


Keynesiano simples, o impacto de exportações e importações se
expressam, respectivamente, no numerador e denominador do
multiplicador keynesiano da seguinte forma:
Y = G + I + X / 1 – c( 1- t) + m , onde se tem:
Y = renda de equilíbrio; G = gastos do Governo; I = investimento
privado; X=exportações; c= propensão marginal a consumir; t =
propensão marginal a tributar; m = propensão marginal a importar.
Em uma economia aberta, a elevação das exportações e a redução do
coeficiente médio de importações afetam o nível de produto:
a) as exportações aumentam a demanda agregada, aumentando o
nível do produto, independentemente dos outros componentes da
demanda autônoma assim como as importações.
b) as exportações reduzem a demanda agregada enquanto que as
importações diminuem a demanda agregada, aumentando o
multiplicador keynesiano.
c) as exportações são vazamentos para o exterior, o que diminui o
multiplicador keynesiano.
d) as exportações aumentam a demanda agregada e o aumento do
produto depende do valor do multiplicador e das outras variáveis
autônomas ao passo que as importações representam maiores
vazamentos de demanda para o exterior, reduzindo o multiplicador.
e) as exportações não influenciam o aumento da demanda agregada,
pois não existe multiplicador das exportações ao passo que as
importações representam maiores vazamentos de demanda para o
exterior, reduzindo o multiplicador.
Gabarito: “D”
Segundo o modelo keynesiano simples, numa economia aberta, a
elevação das exportações (X) e a redução do coeficiente médio de
importações (propensão marginal a importar (m) afetam o nível de
produto.
As exportações aumentam a demanda agregada, levando a uma
elevação do nível do produto, dependendo do valor do multiplicador e
dos outros componentes de demanda autônomos. Já as importações
representam vazamentos da demanda agregada para o exterior.
Assim, quanto maior a propensão a importar, que relaciona o impacto
no total das importações com a variação do produto, menor o
multiplicador Keynesiano, ou seja, maior o vazamento de demanda
para o exterior.
Por isso, é que o multiplicador para uma economia fechada no
modelo keynesiano simples é menor que aquele observado para uma
economia aberta, no mesmo modelo keynesiano simples.
K = 1/ 1 – c(1- t), para uma economia fechada e
K = 1/1 – c(1 – t) + m, para uma economia aberta.

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05-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Na Teoria Keynesiana surge


o chamado “paradoxo da poupança (da parcimônia)” estabelecendo
uma relação inversa entre a propensão a poupar de uma sociedade e
o nível de produto. Para uma economia fechada, sem transações com
o exterior, podemos estabelecer o seguinte significado para esse
teorema:
a) Uma propensão a poupar (1- c) mais significativa aumentaria o
impulso ao gasto privado numa proporção maior que aquele
observado para o consumo dos entes públicos.
b) Quanto maior a propensão marginal a poupar (1 – c), maior será
também a propensão marginal a consumir (c), o que garante maior
gasto e consumo privados, incrementando o nível de renda.
c) O consumo privado vai sofrer uma redução em razão da maior
propensão a poupar, o que garante maior nível do produto.
d) O consumo privado deve sofrer um revés em função da maior
propensão marginal a poupar e, conseqüente, redução da propensão
marginal a consumir, afetando negativamente o nível do produto.
e) Não existe “paradoxo da parcimônia” para os modelos
keynesianos.
Gabarito: “D”
Uma vez determinada a propensão marginal a consumir (c), tem-se
que a propensão marginal a poupar (1-c) é sua complementar, pois s
= 1 –c. Logo, quanto maior a propensão a poupar, menor a
propensão marginal a consumir. Uma maior propensão marginal a
poupar faria com que o impulso do gasto privado fosse menos
amplificado por um consumo reduzido, restringindo, assim, o nível de
produto.

06-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Sobre o significado


macroeconômico do consumo induzido pela renda na teoria
keynesiana, o impacto do valor da propensão marginal a consumir
sobre o multiplicador e a Lei Psicológica de Keynes, marque a
assertiva correta:

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a) A Lei Psicológica de Keynes estabelece que ganhos adicionais de


renda repercutem desfavoravelmente nos gastos de consumo
privado.
b) Quanto maior o consumo induzido pela renda, maior também será
a propensão marginal a poupar.
c) A propensão marginal a consumir é inversamente proporcional ao
valor do multiplicador keynesiano simples para uma economia
fechada.
d) O resultado estável e economicamente relevante para o
pensamento keynesiano ocorre quando a propensão marginal a
consumir for negativa e a coletividade destinar todo o ganho adicional
de renda para a poupança.
e) A Lei Psicológica de Keynes garante que a propensão marginal a
gastar está compreendida no intervalo entre 0 e 1, ou seja, os
aumentos de consumo pelo aumento de renda só cobrem uma parte
desse último aumento.
Gabarito: “E”
Na teoria Keynesiana, o consumo é tomado como um gasto induzido,
ou seja, varia de acordo com a variação do nível da renda. Assim, o
nível de produto é determinado por estímulos de gastos autônomos
(investimento – no modelo keynesiano simples -, gastos do governo e
exportações) que são multiplicados pela elevação do consumo
induzido.
Se o consumo induzido amplia os estímulos dos gastos autônomos,
quanto maior a propensão marginal a gastar dos receptores de
rendas ampliadas por esses estímulos autônomos, maior será o efeito
multiplicador. Esse efeito pode ser visulizado pelo multiplicador 1/ (1
– c) onde, quanto maior a propensão a consumir, menor o
denominador e, conseqüentemente, maior o multiplicador. Pode-se
observar também que neste tipo de análise só existe um resultado
estável e economicamente relevante se a propensão a gastar for
menor que 1, ou seja, se os aumentos de consumo pelo aumento da
renda cobrirem apenas uma parcela desse aumento. Para conseguir
um resultado estável do modelo, Keynes recorre a uma suposta “Lei
Psicológica Fundamental” que faria com que cada indivíduo não
consumisse integralmente a elevação de sua renda pessoal.

07-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Dentro do modelo


keynesiano, uma política fiscal expansionista pode ser executada
tanto pela alteração dos gastos como pela alteração da carga
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tributária. Dentro do instrumental desse modelo, assinale a assertiva


que traça corretamente as características e/ou diferenças de cada
uma dessas alternativas de política fiscal.
a) O impacto da alteração do gasto público (G) é menor que aquele
observado com a redução dos tributos, pois a propensão marginal a
consumir se situa entre 0 e 1, amortecendo os efeitos do primeiro
instrumento.
b) A alteração de política tributária afeta diretamente a demanda
agregada ao reduzir a renda disponível para o consumo, componente
da demanda agregada.
c) Os parâmetros c, t e m afetam em maior ou menor proporção o
produto ou demanda agregada da economia via multiplicador.
d) Tanto a política de gasto quanto aquela de tributos afeta
indiretamente somente a demanda agregada da economia.
e) A alíquota do imposto (t) não é um dos parâmetros do
multiplicador da renda.
Gabarito: “C”
Uma política de elevação dos gastos públicos (incremento das
despesas correntes e de capital do governo) tem um impacto direto
sobre a demanda agregada, como se observa pela identidade do
produto: Y =C + I + G + X – M. Assim, segundo a fórmula do
multiplicador K = 1/ 1 – c(1 – t) + m, essa elevação do gasto
resultará numa elevação ainda maior do produto num montante que
dependerá dos parâmetros c, t, m.
Já a modificação da política tributária, que se exprime
macroeconomicamente pela mudança da alíquota agregada dos
impostos t, tem um impacto indireto, ou seja, influencia a renda
líquida disponível para o consumo do setor privado. Formalmente,
essa alíquota é um dos parâmetros do multiplicador da renda. Um
menor valor da alíquota tributária, menor t, implicará a elevação do
multiplicador keynesiano.
O efeito da alteração do gasto direto é maior que da redução da
carga tributária, uma vez que aquele se exerce diretamente sobre a
demanda agregada, enquanto a redução da alíquota tributária é de
certa forma “amortecida” pela propensão a consumir menor que 1,
assumida no modelo keynesiano. Uma redução da carga tributária
representará, pois, uma elevação do consumo inferior a tal redução
de acordo com a propensão a consumir do setor privado.

08-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) Dentro do modelo


keynesiano, o investimento tem papel e desempenho relevantes para
um país. Sobre essa variável significativa, assinale a alternativa
incorreta:
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a) No investimento bruto, estão incluídas a demanda por bens de


capital, que elevará o estoque de capital da economia, bem como
uma parcela que apenas cubra a depreciação do capital existente.
b) Em um caso hipotético, no qual a depreciação é muito grande, um
valor elevado para o investimento bruto pode não se traduzir em
aumento significativo do estoque de capital, através de um
investimento líquido reduzido.
c) No modelo keynesiano simplificado, em uma economia fechada e
sem governo, o valor do investimento é amplificado pelo
multiplicador, seguindo a fórmula Y = I/(1 – c).
d) No modelo Keynesiano simplificado, em uma economia aberta, o
valor do investimento é amplificado pelo multiplicador, seguindo a
fórmula Y = I/(1- c) - m.
e) Um maior investimento representará uma maior acumulação de
capital e, conseqüentemente, a ampliação da capacidade produtiva
de um país ou do produto potencial de uma economia.
Gabarito: “D”
A assertiva A está correta porque a variável investimento bruto
corresponde à formação bruta de capital fixo mais a variação de
estoques deduzida a depreciação desse novo bem de capital.
IB = FBCF + Ve – Depreciação.
O que queremos deixar claro é que um nível favorável de
investimento se traduz em maiores oportunidades de emprego,
incremento da renda e elevação do nível de atividade e produto da
economia. De forma análoga, menores taxas de investimento
representam menor nível de emprego, atividade econômica em
desaceleração e decréscimo da renda da coletividade.
A assertiva B está correta porque o agregado investimento líquido,
que denota expressamente o efetivo de capacidade produtiva da
economia, é o mais correto, pois leva em conta a depreciação, o
desgaste do equipamento e da maquinaria produzidos durante o ano.
Todavia, dada a dificuldade de estimação da depreciação, opta-se
pelo cálculo do investimento bruto, em que os dados de estoques
adquiridos e novas plantas industriais são mais confiáveis. Dessa
forma, tem-se que: IL = IB – D onde:
IL = investimento líquido
IB = investimento bruto
D = depreciação
Assim, um valor expressivo da depreciação, nos remete a um
investimento líquido reduzido, isto é, dado o investimento bruto,
ceteris paribus (tudo o mais constante), quanto maior a depreciação,
menor a taxa de investimento líquida da economia.
A assertiva C está correta e a assertiva D está incorreta.
No modelo keynesiano, não existe o termo propensão marginal a
investir (d), pois a função keynesiana roga que os investimentos são
exógenos, ou seja, I = I0. Em modelos keynesianos derivados,
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ajusta-se a função investimento para I como função direta da renda,


ou seja,
I = I0 + dY, onde:
I = função investimento
I0 = investimento autônomo
d= propensão marginal a investir
Temos, portanto, dois modelos keynesianos, o simplicado(que é o
solicitado na questão) e o derivado (também analisado abaixo).
01) Modelo Keynesiano simplificado: (I = I0)
Dessa forma, temos para uma economia fechada, multiplicador dos gastos
autônomos:
K = 1/ 1 – c(1 – t)
Multiplicador da tributação:
Kt = - c/ 1 – c( 1 – t)
E, para uma economia aberta, multiplicador dos gastos autônomos:
Kt = 1/ 1 – c(1 – t) + m onde m= propensão marginal a importar
As assertivas C e D trazem o multiplicador como função da renda de equilíbrio.
Assim, Y = 1/ 1 – c(1 – t) e Y = 1/ 1 – c(1 – t) + m, mas como não existe a
função tributação, isto é, t = 0, fica reduzido a Y = 1/ 1 – c (para economia
fechada) e Y = 1/ 1 – c + m (para economia aberta).
02) Modelo Keynesiano derivado: I = I0 + dY, onde:
I = função investimento
I0 = investimento autônomo
d= propensão marginal a investir
Multiplicador dos gastos autônomos:
K = 1/ 1 – c( 1 – t) - d
Multiplicador da tributação:
Kt = - c / 1 – c( 1 – t) - d

A assertiva E está correta porque maior taxa de investimento


doméstica representa maior volume de bens de capital fixo, isto é,
mais imóveis, mais empreendimentos, novas plantas industriais,
novas rodovias, mais despesas de capital do governo, que
modernizam e ampliam a oferta de investimento, crescendo a
economia, movimentando a coletividade com novos empregos e
oportunidade além de mais renda e produto na economia.

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09-(UFF/PROVA DE SELEÇÃO-2006) O Brasil vem apresentando


um excelente desempenho exportador nos últimos anos. Através dos
conhecimentos adquiridos em macroeconomia keynesiana, assinale a
alternativa correta sobre as razões macroeconômicas ligadas à
determinação do produto e do equilíbrio externo da economia.
a) As exportações representam vazamentos para o exterior, o que
diminui o valor da demanda agregada da economia.
b) O modelo keynesiano simplificado, em uma economia aberta,
admite um multiplicador superior àquele observado para uma
economia fechada em razão do vazamento para o exterior
proveniente das importações de bens e serviços.
c) O maior apetite das exportações garante maiores divisas para o
país, o que permite maior fluxo de importações e acentuada
dinamização da economia.
d) Pelo lado do produto interno do país, as exportações são o gasto
autônomo de maior expressão para qualquer nação.
e) As exportações líquidas não devem ser tomadas como componente
da demanda agregada da economia.
Gabarito:”C”
Pelo lado do produto interno de um país, as exportações representam
um componente de gasto autônomo da demanda agregada.
Considerando o caso de uma economia aberta e com governo, temos:
Y = C + I + G + X – M. Assim, uma elevação desse componente tem
como conseqüência uma elevação do produto como um todo. Dentro
do modelo keynesiano de uma economia aberta e com governo, essa
elevação será superior à elevação das exportações, segundo o efeito
do multiplicador da renda keynesiana, que, nesse caso, tem como
fórmula 1/ 1 – c(1-t) + m.
Pelo lado do equilíbrio externo da economia, a elevação das
exportações tem um impacto positivo sobre a balança comercial e de
transações correntes, ou seja, representa um aporte de dólares que
será utilizado com os dispêndios de importação e de pagamentos de
outras obrigações do país em moeda estrangeira como: fretes,
seguros, juros sobre a dívida externa, dividendos etc.

10-(ESAF/ENAP-2006) Considere o modelo:


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C = C0 + C(Yd)
Yd = Y – T
T = t.Y
Y=C+I+G
onde:
C = consumo;
C0 = consumo autônomo;
Yd = renda disponível;
T = impostos;
G = gastos do governo;
I = investimento agregado.
Com base nesse modelo, é incorreto afirmar que:
a) se t = 0, então o multiplicador dos gastos do governo será igual a
1.
b) o valor do multiplicador será de 1/1 – c(1 – t)
c) ΔY/ΔG = ΔY/ΔI
d) a renda de equilíbrio é igual a 1/1 – c(1 – t) . (C0 + I + G)
e) ΔY/ΔG = ΔY/ΔC0
Gabarito:”A”
Apenas para ficar registrado e comprovado no modelo Keynesiano de
uma economia fechada, o consumo além de seu componente
autônomo, é função da renda disponível, que corresponde ao valor da
renda total menos a arrecadação de impostos. Logo, a função
consumo é dada por C = ´C + cYd, onde c é a propensão marginal a
consumir. A arrecadação tributária é uma função linear da renda (T =
ty) e o investimento bem como os gastos do governo são variáveis
exógenas. Resolvendo, temos:
Y = (C0 + cYd) + (I) + (G)
Y = C0 + c(Y - tY) + I + G
Y = C0 + cY - ctY + I + G
Y - cY + ctY = C0 + I + G
Y ( 1 - c(1 - t) = C0 + I + G
Y = 1.( C0+ I + G)/ 1 - c( 1 - t)
Portanto, o multiplicador é 1/ 1- c(1 - t).
As assertivas “B” e “D” estão corretas.
ΔY/ΔG = ΔY/ΔI representa o multiplicador keynesiano (fiscal) do
investimento ao passo que ΔY/ΔG = ΔY/ΔC0 sinaliza o multiplicador
keynesiano do consumo autônomo (gastos autônomos). Ambas são
variáveis da mesma função demanda agregada da economia DA = C
+ I + G de uma economia fechada. Logo, k = ΔY/ΔG = ΔY/ΔI =
ΔY/ΔC0.
As assertivas “C” e “E” estão corretas.
Se t= 0, logo o multiplicador keynesiano seria igual a 1/ 1- c. Senão
vejamos.
O multiplicador é 1/ 1- c(1 - t) = 1/ 1- c(1-0) = 1/ 1- c.1 = 1/ 1 – c.
A assertiva “A” está incorreta.
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11-(ESAF/ENAP-2006) Considere o seguinte modelo:


Y=C+I+G+X–M
C = Co + ⃠Y
M = Mo + βY
0 <β< ⃠ < 1
onde:
Y = produto agregado;
I = investimento agregado;
G= gastos do governo;
X = exportação de bens e serviços não fatores;
M = importação de bens e serviços não fatores;
C = consumo agregado;
Co = consumo agregado autônomo;
Mo = importações autônomas.
Com base nessas informações, é incorreto afirmar que
a) quanto maior β, maior será ΔY/ΔG.
b) tanto ⃠ quanto β exercem influência sobre o multiplicador dos
gastos do governo.
c) ΔY/ΔG = ΔY/ΔI
d) ΔY/ΔC0 = ΔY/ΔG
e) o valor do multiplicador será igual a 1/(1 -⃠ + β).
Gabarito:”A”
No caso de uma economia aberta, temos a presença de X e M onde
X: exportações exógenas
M: importações dependentes da renda: mY
O modelo completo, com o resto do mundo, é assim registrado:
Y = 1/ ( 1-⃠) . (C0 + I + G + X – βY)
Estamos admitindo que as exportações (X) são independentes e que
as compras (importações) (M) dependem, ou melhor, são induzidas
pela variável renda (Y).
Como no equilíbrio Y = DA e sendo DA = C + I + G + X – M
Temos:
Y = C0 + I + G + X - βY
Y - ⃠Y + βY = C0 + I + G + X
Y ( 1 – ⃠ + β) = C0 + I + G + X
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Y =1. C0 + I + G + X
1-⃠+β
Portanto, o multiplicador passa a ser:
K = 1
1-⃠+β
Observe que o multiplicador para a economia aberta é menor do que
o observado na economia fechada, considerando a mesma propensão
marginal a consumir e a mesma alíquota de imposto.
ΔY/ΔG = ΔY/ΔI representa o multiplicador keynesiano (fiscal) do
investimento ao passo que ΔY/ΔG = ΔY/ΔC0 sinaliza o multiplicador
keynesiano do consumo autônomo (gastos autônomos). Ambas são
variáveis da mesma função demanda agregada da economia DA = C
+ I + G de uma economia fechada.

12-(NCE/UFRJ-ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO-ANAC-
ECONOMISTA – 2007) Considerando o modelo Keynesiano
simplificado e uma economia fechada e com governo, onde a
propensão marginal a poupar é 1/3, não é correto afirmar que:
a) o multiplicador do orçamento equilibrado será igual a 1 quando o
aumento dos gastos do governo for financiado através de um
aumento idêntico da arrecadação tributária.
b) o multiplicador do orçamento equilibrado será nulo sempre que um
aumento nas transferências for financiado através de um aumento da
arrecadação tributária.
c) um aumento nas transferências realizadas pelo governo terá o
mesmo efeito de um aumento do investimento de mesmo montante.
d) caso o governo decida abrir esta economia e a propensão marginal
a importar desta seja positiva, os efeitos de um aumento do gasto do
governo sobre a renda se reduzirão, pois o multiplicador dos gastos
autônomos cairá.
e) se a alíquota do imposto de renda for 0,5, um aumento de R$ 3
milhões nos investimentos privados irá gerar um aumento de R$ 4,5
milhões no valor do produto.
Gabarito:”C”
Comentários:
Sabemos que o modelo keynesiano simplificado, que governa uma
economia fechada e com governo (Y = C + G + I), se traduz no
seguinte multiplicador:
K = 1/ 1 – c onde c= propensão marginal a consumir.
O consumo além de seu componente autônomo, é função da renda
disponível, que corresponde ao valor da renda total menos a
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arrecadação de impostos. Logo, a função consumo é dada por C = ´C


+ cYd, onde c é a propensão marginal a consumir. A arrecadação
tributária é uma função linear da renda (T = ty) e o investimento
bem como os gastos do governo são variáveis exógenas.
Sabemos também que s= 1- c = propensão marginal a poupar = 1/3.
Logo, c = 2/3.
A assertiva “A” está correta porque no caso especial de um
aumento de gastos governamentais com orçamento equilibrado, o
multiplicador é 1: a produção aumenta exatamente no mesmo valor
do aumento nos gastos financiados pelos impostos.
O multiplicador do orçamento equilibrado é o número pelo qual o
aumento em G deve ser multiplicado para obter o aumento na renda
de equilíbrio quando T aumenta na mesma magnitude que G. Uma
unidade monetária a mais de G aumenta a renda de equilíbrio em 1/
( 1 – PMgC) enquanto uma unidade monetária a mais de T diminui a
renda de equilíbrio em – PMgC vezes 1/(1 – PMgC). Quando
adicionamos estes dois efeitos, o multiplicador do orçamento
equilibrado é igual a 1:
1 + - PMgC = 1 – PMgC = 1
1 – PMgC 1 – PMgC 1 - PMgC
Por exemplo, se tanto os gastos do governo como a tributação
aumentam em $ 1.000, a renda de equilíbrio aumenta em $ 1.000.
A assertiva “B” é tida como correta pela banca que
provavelmente quis demonstrar que não existe multiplicador do
orçamento equilibrado diferente da unidade (1).
A assertiva “D” está correta porque o multiplicador dos gastos
autônomos numa economia aberta é menor do que em uma
economia fechada.
Apenas para ficar registrado e comprovado no modelo Keynesiano de
uma economia fechada, o consumo além de seu componente
autônomo, é função da renda disponível, que corresponde ao valor da
renda total menos a arrecadação de impostos. Logo, a função
consumo é dada por C = ´C + cYd, onde c é a propensão marginal a
consumir. A arrecadação tributária é uma função linear da renda (T =
ty) e o investimento bem como os gastos do governo são variáveis
exógenas. Resolvendo, temos:

Y = (´C + cYd) + (I) + (G)

Y = ´C + c(Y - tY) + I + G

Y = ´C + cY - ctY + I + G

Y - cY + ctY = ´C + I + G

Y ( 1 - c(1 - t) = ´C + I + G
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Y = 1.´(´C + I + G)/ 1 - c( 1 - t)

Portanto, o multiplicador é 1/ 1- c(1 - t).

No caso de uma economia aberta, temos a presença de X e M onde

X: exportações exógenas

M: importações dependentes da renda: mY

Temos:

Y = ´C + c(Y - tY) + I + G + X – mY

Y = ´C +cY - ctY + I + G + X - mY

Y - cY +ctY + mY = ´C + I + G + X

Y = 1. (´C + I + G + X)/ 1 - c( 1- t) + m

Portanto, o multiplicador passa a ser:

1/ 1 - c( 1 - t) + m.

Observe que o multiplicador para a economia aberta é menor do que


o observado na economia fechada, considerando a mesma propensão
marginal a consumir e a mesma alíquota de imposto.

A assertiva “E” está correta porque com t = 0,5 e c = 2/3 (dado


na questão), o multiplicador fiscal passa a ser:
K = 1/ 1 – c( 1- t)
K = 1/ 1 – 2/3.0,5
K = 1/ 1 – 0,333
K = 1/0,667
K = 1,5
Dessa forma, um aumento de R$ 3 milhões nos investimentos
privados acarretará um aumento de R$ 4,5 no produto de equilíbrio.
A assertiva “C” está incorreta porque um aumento nas
transferências realizadas pelo governo ( relacionadas com a função
tributação que é dependente da alíquota; função linear da renda T =
ty) não terá o mesmo efeito de um aumento do investimento ( função
exógena, independente) de mesmo montante.

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13-(FCC-MPU/2007) No modelo keynesiano de determinação do


equilíbrio do produto, onde o consumo agregado é uma função linear
e crescente da renda, é correto afirmar que:
a) o produto estará em equilíbrio quando o investimento for igual à
poupança realizada.
b) um aumento nos impostos tem maior poder de diminuir o produto
de equilíbrio que igual contração nos gastos do governo, tudo o mais
constante.
c) a propensão média a consumir é maior que a propensão marginal
a consumir, se o consumo autônomo for positivo.
d) a estabilidade do equilíbrio requer propensão marginal a consumir
maior que 1.
e) o multiplicador das exportações é maior que o multiplicador do
investimento.
Gabarito: “C”
A propensão média a consumir é representada por C/Y ao passo que
a propensão marginal a consumir é igual a ΔC/ΔY. Uma vez que o
consumo autônomo é positivo (C0 > 0), teremos C/Y > ΔC/ΔY, dada
uma função C = C0 + c.Y.
A assertiva “A” está incorreta porque a condição de equilíbrio se
faz presente quando o investimento planejado seja igual à poupança
realizada. O investimento realizado corresponde ao investimento
planejado (formação bruta de capital fixo) mais o vetor não
planejado, que são os estoques ou variação de estoques da
economia.
A assertiva “B” está incorreta porque o crescimento dos impostos
tem menor impacto que uma contração forte dos gastos públicos.
Senão vejamos:
A assertiva “D” está incorreta porque a propensão marginal a
consumir se situa sempre em um intervalo entre 0 e 1. No limite,
será igual a 1, quando todo o acréscimo nas disponibilidades de renda
for canalizado para o consumo.
A assertiva “E” está incorreta porque, em se tratando de gastos
autônomos, o mesmo multiplicador se aplica às exportações, ao
investimento, ao consumo autônomo e ao gastos do governo.

14-(FCC-MPU/2007) No modelo keynesiano simples para uma


economia aberta e com governo, em que o investimento, a
tributação, os gastos do governo e as exportações são autônomas, as
propensões marginais a poupar e a importar são 0,25 e 0,15,
respectivamente. Supondo que o nível de investimento aumenta em
40, a renda também será aumentada em:
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a) 500
b) 400
c) 267
d) 160
e) 100
Gabarito: “E”
Como a propensão marginal a poupar (1-c) é igual a 0,25, temos que
a propensão marginal a consumir (c) é igual a 0,75, pois PMgC +
PMgS = 1, ou seja, as propensões marginal a consumir e a poupar
são complementares. Lembre-se que as funções consumo e poupança
são funções espelho.
Sabemos que estamos lidando com uma economia aberta cuja
propensão marginal a importar foi dada igual a 0,15. Dessa forma,
resta-nos aplicar a fórmula do multiplicador keynesiano simplificado
para uma economia aberta:
K = 1/ 1-c(1- t) + m
Sabemos também que não há função tributação nessa questão. Logo,
t = 0.
K = 1/ 1 – 0,75(1 – 0) + 0,15
K = 1/ 0,25 + 0,15
K = 1/0,4
K = 2,5

15-(ESAF/ENAP-2006) Considere
A = 400 + 0,7Y – 3000i
i = 0,06
X = 250
M = 0,2Y
onde:
A = demanda agregada interna;
I = taxa de juros;
X = exportações;
M = importações.
Considerando a renda de equilíbrio, o saldo X – M será de
a) - 62
b) 62
c) 54
d)- 54
e) 12
Gabarito: “B”
A demanda agregada é resultado da despesa nacional, sendo
composta pelo consumo das famílias (C), investimento das empresas

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(I), gastos governamentais (G), transações com o resto do mundo ou


exportações líquidas (exportações menos importações).
A = C + I + G + X – M (1).
No equilíbrio macroeconômico, o nível de produto (renda) deve ser
igual ao nível das despesas dos agentes econômicos: Y = DA. A
renda nacional de equilíbrio é estabelecida através da vinculação
gradativa de cada uma das variáveis da função demanda agregada.
Temos a equação da demanda agregada interna A= 400 + 0,7Y –
3000i (2). Substituindo-se i = 0,06 em (2), vem:
400 + 0,7Y – 180.
Retornando à equação completa (1), vem:
Y = 400 + 0,7Y – 180 + 250 – 0,2Y
Y = 470 + 0,5Y
Y – 0,5Y = 470
0,5Y = 470
Y = 940.
O saldo da BC, ou seja, X – M = 250 – 0,2.940 = 250 – 188 = 62.

16-(CESPE/UNB/ FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/ICMS/AC –


2006) Com relação à função consumo, assinale a opção correta:
a) Quando a renda é igual a zero, o consumo também será igual a
zero.
b) A propensão média a consumir é dada pela relação entre o
acréscimo no consumo e o acréscimo na renda.
c) A propensão marginal a consumir é uma relação cujo valor se situa
entre 0 e 1.
d) Quando são considerados curtos intervalos de tempo, a propensão
marginal a consumir tende a variar continuamente.
Gabarito: “C”
Comentários:
A assertiva “A” está incorreta porque mesmo quando a renda (Y)
for nula, ou seja, o consumidor não possui fluxo de recursos nem
estoque de riqueza, a função consumo não será nula em razão do
consumo autônomo, independente, que constitui uma questão de
sobrevivência e não de padrão de vida. Ainda que o consumidor não
tenha recursos para sustentar esse consumo, ele consome através de
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doações de outros consumidores, por exemplo. São os “pedintes” em


último caso.
Veja a função consumo:
O consumo será considerado uma função linear da renda:
C = C0+ cy
C0 – consumo autônomo, independente da renda ( questão de
sobrevivência)
c – consume induzido ( questão de padrão de vida)
O coeficiente “ c” é denominado “ propensão marginal a consumir” (
PMgC), “ na margem”, “extra”, “adicional” e vem a ser o aumento do
consumo a cada aumento unitário da renda.
A assertiva “B” está incorreta e a assertiva “C” está correta
porque a propensão marginal a consumir (PMgC) entre 0 e 1 é uma
das três propriedades fundamentais da função consumo de Keynes.
Senão vejamos:
Primeira: a propensão marginal a consumir se situa entre 0 e 1. O
coeficiente “ c” é denominado “ propensão marginal a consumir” (
PMgC), “ na margem”, “extra”, “adicional” e vem a ser o aumento do
consumo a cada aumento unitário da renda.
Segunda: a propensão média a consumir cai quando a renda
aumenta (PMeC declinante). PMeC = C/Y é a propensão média a
consumir dada por aquela relação para diferentes níveis de renda.
A PMeC decresce continuamente à medida que aumenta a renda, com
o detalhe de que C aumenta menos do que proporcionalmente aos
aumentos de Y, pelo fato de c estar entre 0 e1.
Terceira: o consumo é determinado pela renda corrente.
A assertiva “D” está incorreta porque, ceteris paribus, a
propensão marginal a consumir não tende a varia continuamente
para curtos intervalos de tempo. Sabemos que a PMgC determina a
questão de padrão de vida e melhor padrão de vida ou consumo mais
ostensivo é proveniente de radicais alterações nos fluxos de rendas e
estoque de riqueza das famílias. E tais alterações não ocorrem da
noite para o dia. A não ser situações excepcionais como uma
herança, um ganho no mercado de loterias, etc.

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17- Tendo em conta conceitos relativos ao sistema monetário,


assinale a afirmativa correta:
a) Quando um banco comercial adquire títulos da dívida pública
diretamente de outro banco comercial não ocorre variação no estoque
de meios de pagamento.
b) Quando um banco compra à vista um imóvel pertencente a uma
empresa não financeira, ocorre destruição de meios de pagamento.
c) Empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais determinam
aumento de igual montante nos meios de pagamento.
d) O setor bancário não cria meios de pagamento quando, por
exemplo, adquire bens ou serviços junto ao público, pagando em
moeda corrente.
Gabarito: “ A“
Comentários:
A assertiva “A” está correta porque operações interbancárias não
afetam a variação no quantitativo de meios de pagamento. Criação
ou destruição de moeda só via transações entre setor bancário e
setor não-bancário da economia.
A assertiva “B” está incorreta porque ocorre criação de meios de
pagamento (monetização da economia) sempre que a transação é
realizada entre o setor bancário (no caso, banco comercial) e setor
não-bancário ( no caso, empresa não financeira) na condição de
compra de um haver não-monetário em contrapartida de moeda
manual ou escritural.
A assertiva “C” está incorreta porque o setor bancário é composto
pela autoridade monetária (BC) e pelos bancos comerciais. Operações
entre esses dois agentes são transações interbancárias, não
apresentando nenhum impacto sobre os meios de pagamento. Não
há, portanto, criação de meios de pagamento (monetização da
economia). Não se registram aqui transações entre setor bancário e
setor não-bancário, condição indispensável para a criação efetiva de
meios de pagamento.
A assertiva “D” está incorreta porque para que ocorra
monetização da economia (criação de meios de pagamento), faz-se
necessário que o setor bancário adquira algum haver não monetário
do setor não bancário da economia, pagando em moeda manual ou
depósitos à vista nos bancos comerciais.
Na situação em tela, bens ou serviços fornecidos pelo segmento não
bancário são tidos como haver não-monetário tendo como
contrapartida um pagamento em moeda corrente.

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18-(NCE/UFRJ-Eletronorte-Economista-2006) A Curva de
Phillips, que relaciona a taxa de inflação (Y) à taxa de desemprego
(X) pode ser representada, no curto prazo, por uma função do tipo:
(A) Y = aX, onde a > 0 e X > 0;
(B) Y = aX1/2, onde a > 0 e X > 0;
(C) Y = aX + b, onde a > 0, b > 0 e X > 0;
(D) Y = a(1/X) , onde a > 0 e X > 0;
(E) Y = aX2, onde a > 0 e X > 0.
A curva de Phillips advoga uma relação inversa (negativa) entre a
taxa de inflação e a taxa de desemprego. O trade-off entre inflação e
desemprego conduz a um sacrifício em que a sociedade convive com
uma inflação mais alta como remédio para uma política de combate
ao desemprego ou vice-versa.
Na formulação original da curva de Phillips, temos:
π = -β(u - un)
π = taxa de inflação (πe = taxa esperada de inflação)
u = taxa de desemprego (un = taxa natural de desemprego)
β = parâmetro positivo
A única alternativa que garante uma relação inversa entre as
variáveis X e Y é a assertiva “D”.

un
u

A assertiva “D” está correta.

19-(NCE/UFRJ- AGU-Economista – 2006) Em relação à Curva de


Phillips, é INCORRETO afirmar que:
(A) o custo da redução do desemprego, medido em aumento de taxa
de inflação, será tanto menor quanto maior for a capacidade ociosa
da economia;
(B) de acordo com os monetaristas, a Curva de Phillips, a curto
prazo, seria vertical;

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(C) uma curva de Phillips negativamente inclinada significa que uma


redução da tributação expandiria a demanda agregada, reduzindo o
desemprego, mas elevando a taxa de inflação;
(D) se as expectativas dos agentes econômicos forem racionais, a
Curva de Phillips será, tanto a longo quanto a curto prazo, vertical;
(E) a versão aceleracionista da Curva de Phillips foi desenvolvida por
autores monetaristas.
Comentários:
A assertiva “A” está correta. Conforme sugerido pela curva de
Phillips, o país poderia conviver com uma inflação mais alta e uma
taxa de desemprego mais baixa ou com uma inflação em ascensão às
custas de um desemprego mais acentuado. Seria uma questão de
preferência do condutor de política econômica escolher qual o mix de
inflação-desemprego.
A assertiva “B”está incorreta porque a versão original da curva de
Phillips – que deu origem ao menu de escolha entre desemprego e
inflação – sinaliza que, no curto prazo, há uma relação inversa entre
inflação e desemprego. O condutor de política econômica escolhe a
combinação de inflação e desemprego ao longo de uma curva de
Phillips de curto prazo.

un
u

A assertiva “C” está correta porque uma curva de Phillips


negativamente inclinada significa que uma redução da tributação
(redução do desemprego) requer uma cota de sacrifício em termos de
maiores patamares de inflação. A curva de Phillips no curto prazo
depende da expectativa inflacionária. Se a expectativa inflacionária
aumenta, a curva se desloca para a direita e a opção enfrentada pelo
formulador da política econômica piora: a inflação é mais alta para
qualquer nível de desemprego.
A assertiva “D” está correta porque a moderna curva de Phillips
originada com a teoria das expectativas demonstra que não há trade-
off entre inflação e desemprego. Como as pessoas ajustam suas
expectativas sobre a inflação permanentemente, a opção conflitiva
entre inflação e desemprego desaparece.
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un u

A assertiva “E” está correta porque a versão contemporânea da


curva de Phillips nada mais é do que a versão aceleracionista que
incorpora a questão das expectativas trazidas por autores
monetaristas como Friedman.

20-(ESAF/AFRF-2003) Considere
c: papel moeda em poder do público/meios de pagamentos
d: depósitos à vista nos bancos comerciais/meios de pagamentos
R: encaixe total dos bancos comerciais/depósitos à vista nos bancos
comerciais
m: multiplicador dos meios de pagamentos em relação à base
monetária
Com base nestas informações, é incorreto afirmar que, tudo o mais
constante:
a) quanto maior d, maior será m.
b) quanto maior c, menor será d.
c) quanto menor c, menor será m.
d) quanto menor R, maior será m.
e) c + d >c, se d for diferente de zero.
Gabarito:”C”
A equação c + d = 1 sinaliza que a proporção do papel moeda em
poder do público em relação ao total dos meios de pagamento é
complementar à proporção dos depósitos à vista nos meios de
pagamento. Isto é, os meios de pagamento estão parte como papel
moeda em circulação e parte depositada nos bancos comerciais.
As assertivas “B” e “E” estão corretas.
São instrumentos de incremento da base monetária:
i) redução da proporção do papel-moeda em poder do público face
aos meios de pagamento;
ii) aumento da proporção dos depósitos à vista face aos meios de
pagamento;
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iii) redução da relação encaixes/depósitos à vista dos bancos


comerciais.
Acompanhem pelo quadro abaixo todas as possibilidades de
expansão/retração da base monetária
Expansão da oferta Componente da base Retração da oferta
monetária monetária monetária
Queda da razão Papel moeda/meios de Elevação da razão
pagamento (c)
Elevação da razão Depósitos à vista/meios Queda da razão
de pagamento (d)
Queda Encaixes/depósitos à vista Elevação
(R)
As assertivas “A” e “D” estão corretas e a assertiva “C” está
incorreta.

21-(ESAF/AFRF-2005) Suponha:
c = papel moeda em poder do público/M1
d=1–c
R = encaixes totais dos bancos comerciais/depósitos à vista
M1= meios de pagamentos
B = base monetária
M1 = m.B
c=d
Considere que no período 1 o valor para R foi de 0,5 enquanto que no
período 2 esse valor passou para 0,6. Considerando que não houve
variações nos outros coeficientes de comportamento, pode-se afirmar
que o valor de m apresentou, entre os períodos 1 e 2:
a) uma queda de 4,100%
b) um aumento de 6,250%
c) uma queda de 6,250%
d) um aumento de 4,100%
e) uma queda de 8,325%
Gabarito:”C”
Da fórmula já conhecida, temos:
m= = 1_______ :
1 – (1-c) (1 – r)
Percebe-se que c =d e sendo d = 1-c, logo:
c = 1- c => 2c = 1 => c=1/2 => c = 0,5
É suficiente agora retornarmos à fórmula do multiplicador:
m= = 1_______ = 1,33333....
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1 – (1-0,5) (1 –0,5)
Assumindo que r = 0,6, temos:
m= = 1_______ = 1,25.
1 – (1-0,5) (1 –0,6)
A variação percentual de m é igual a:
(1,25/1,333333) – 1 = - 0, 0625 => queda de 6,25%.

22-(ESAF/ENAP-2006) Com relação aos meios de pagamentos


adotados no Brasil, é incorreto afirmar que:
a) M1 é igual papel moeda em poder do público + depósitos à vista.
b) o M2 inclui as operações compromissadas registradas na Selic.
c) M2 inclui os depósitos especiais remunerados.
d) o M1 é o agregado monetário de maior liquidez.
e) o M4 inclui os títulos públicos de alta liquidez.
Gabarito: “B”
Em regra, seguem as categorias monetárias para o BACEN:
M1 = PMP + DVbc
M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de
poupança + títulos
públicos
M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações
compromissadas
registradas no Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia)
M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez ( Letras do Tesouro
Nacional, Notas
do Banco Central).

23-(VUNESP/CMSP-2007) Se os preços e os salários forem


flexíveis, a curva de Phillips com expectativas racionais será:
a) vertical.
b) horizontal.
c) positivamente inclinada.
d) negativamente inclinada.
e) elíptica.
Gabarito: “A”
Comentários:
A curva de Phillips com expectativas racionais será vertical no longo
prazo em função dos agentes econômicos não se equivocam quanto
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ao valor efetivo da taxa de inflação relativamente ao seu valor


esperado. Elimina-se, assim, o trade-off entre inflação e desemprego,
situando-se este último no nível da taxa de desemprego natural.
A curva de Phillips demonstrada na equação abaixo é ampliada e com
expectativas racionais (versão contemporânea da curva de Phillips):
π = πe - β(u - un) + ε
onde:
π = taxa de inflação (πe = taxa esperada de inflação)
u = taxa de desemprego (un = taxa natural de desemprego)
ε = choque aleatório de oferta
β = parâmetro que mede a sensibilidade da taxa de inflação aos desvios da
taxa de desemprego efetivo em relação à taxa natural.

un u

24- (CESGRANRIO/INEA/2008) Na figura abaixo, as linhas AB e


CD mostram, respectivamente, as Curvas de Phillips de curto prazo e
de longo prazo de uma determinada economia.

A respeito dessa figura, pode-se afirmar que


a) AB é a curva de demanda agregada da economia.

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b) BD é o excesso de demanda agregada da economia.


c) CD se desloca para a posição AB à medida que as expectativas de
inflação se ajustam.
d) OD é a taxa natural de desemprego.
e) OE é a taxa natural de inflação.
Gabarito: “D”
A assertiva “A” está incorreta porque AB representa a curva de
Phillips de curto prazo em que se observa uma relação inversa
(negativa) entre os fenômenos inflação e desemprego. Menor taxa de
inflação implica maior nível de desemprego ou, alternativamente,
menor taxa de desemprego acarreta, invariavelmente, maior repique
inflacionário. É o custo de oportunidade inflação/desemprego.
A assertiva “B” está incorreta porque BD não representa excesso
de demanda agregada. Pontos abaixo da curva de demanda agregada
(que não está desenhada no gráfico em pauta) sinalizam contextos
de EDA (excesso de demanda agregada) em função do nível de
produto agora ser inferior à demanda agregada correspondente à
taxa de juros estipulada.
A assertiva “C” está incorreta porque CD (curva de Phillips de
longo prazo) já embute a questão do processo de formação de
expectativas racionais em que os agentes possuem todas as
informações disponíveis e compreendem o pleno funcionamento do
modelo que governa a economia. As expectativas de inflação se
ajustam e a taxa de desemprego permanece em seu ponto natural.
A assertiva “E” está incorreta porque não se presencia taxa
natural de inflação.
A assertiva “D” está correta porque OD mede a taxa natural de
desemprego que é aquela em que o nível de preços está igual ao
nível de preços esperado, que nesse caso é igual ao nível de preços
do período anterior. De maneira equivalente, dizemos que a taxa
natural de desemprego é a taxa onde a inflação corrente é igual à
inflação esperada.

25-(CESGRANRIO/INEA/2008) Uma política monetária expansiva


leva normalmente ao(a):
a) aumento da taxa de juros.
b) desvalorização da moeda doméstica se o regime for de câmbio
fixo.
c) redução da taxa de inflação.
d) acumulação de reservas internacionais se o regime for de câmbio
flutuante.
e) expansão da produção.
Gabarito: “E”
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As assertivas “A” e “C” estão incorretas porque uma política


monetária expansionista (expansão da liquidez da economia/aumento
da oferta de meios de pagamento) reduz a taxa de juros, aumenta as
oportunidades de emprego e renda em função de maiores
empréstimos ao setor privado, maiores disponibilidades de crédito e
reaquecimento da atividade econômica, isto, expansão da produção e
renda nacionais, o que gabarita a assertiva “E”. Em contrapartida,
existe a possível volta do processo inflacionário em razão de um
suposto excesso de meios de pagamento na economia.
A assertiva “B” está incorreta porque, em regime cambial fixo, os
investidores demandam uma quantidade maior de moeda estrangeira
que terá de ser atendida pelo Banco Central, devido ao seu
compromisso com a manutenção da taxa de câmbio fixa, se
desfazendo das reservas cambiais, o que compromete a oferta de
moeda até que a curva LM retorne à posição original, cessando a fuga
de capitais.
Essa operação torna-se inevitável, pois, caso contrário, a moeda
nacional sofreria uma desvalorização em virtude da maior demanda
por moeda estrangeira.
Para manter constante a taxa de câmbio, a oferta de moeda e a
curva LM devem voltar às suas posições iniciais.
A assertiva “D” está incorreta porque um aumento na oferta de
moeda exerce pressão, no sentido da baixa, sobre a taxa de juros
interna, aumenta a demanda por moeda estrangeira para remeter
capital ao exterior. É a famosa fuga de capitais rumo a praças mais
convidativas. Em se tratando de câmbio flutuante, enquanto as taxas
de juros locais estiverem abaixo das internacionais, a compra dos
títulos internacionais requer a troca de moeda doméstica por moeda
internacional, o que provoca uma desvalorização da moeda local. O
novo equilíbrio é atingido e a curva IS move-se endogenamente via
depreciação do câmbio até a sua interceptação com a curva LM a o
nível da taxa de juros internacional. A demanda agregada aumentou
como decorrência de uma elevação nas exportações líquidas
orientadas pela depreciação da moeda.

26-(CESGRANRIO/INEA/2008) O aumento do percentual da


reserva compulsória que o Banco Central exige dos bancos reduz a(o)
a) oferta de moeda.
b) demanda por bens públicos.
c) taxa de juros vigente na economia.
d) spread cobrado pelos bancos.
e) gasto do governo.
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Gabarito: “A”
O BACEN determina o percentual das reservas compulsórias que os
bancos comerciais devem manter depositadas em seus cofres,
definindo a proporção dos depósitos que pode ser facilmente
convertida em empréstimos, os chamados encaixes excedentes,
ponto crucial para a expansão do quantitativo monetário.
A fixação de um quantitativo de reservas/depósitos mínimo é um
instrumento mais conservador, muito ancorado na experiência,
feeling e prudência dos diretores do BACEN acostumados a períodos
de turbulência e crise anunciadas.
Quando o BACEN eleva a taxa de compulsórios com receio de uma
explosão do consumo e repique inflacionário, por exemplo, os
encaixes excedentes são menores, reduzindo o efeito multiplicador
dos meios de pagamento, fator determinante para a queda nas
disponibilidades de crédito. A oferta de meios de pagamento (M1=
PMP + DV) é reduzida.

27-(CESGRANRIO/BNDES/2008) A Curva de Phillips de curto


prazo, representada por AB no gráfico abaixo, não é estável,
tornando-se, a longo prazo, vertical, como CD.

Assim, pode-se afirmar que


a) a taxa natural de inflação é representada por E no gráfico.
b) a taxa natural de desemprego é representada por B no gráfico.
c) a inflação tende a desacelerar caso se mantenha continuamente a
taxa de desemprego em C.
d) AB altera sua posição na medida em que as expectativas de
inflação se ajustam.

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e) AB altera sua posição na medida em que CD se desloca para a


direita.
Gabarito:”D”
Aqui encontramos as duas versões da Curva de Phillips: a curva de
Phillips em sua versão original em que se tem um trade-off inflação-
desemprego, como retratado na curva AB. Ela funciona apenas
enquanto os agentes econômicos não se apercebem que a inflação
está se movendo permanentemente para patamares mais elevados.
Figura 1. Curva de Phillips versão original.

un
B u

A constatação de que a curva de Phillips original não mais funcionava


deu origem ao nascimento de uma segunda versão, que é a
contemporaneamente aceita em macroeconomia.
A curva de Phillips demonstrada abaixo é ampliada e com
expectativas racionais (versão contemporânea da curva de Phillips):
Figura 2. Curva de Phillips versão contemporânea.
π
D

un u
C

Na versão contemporânea da curva de Phillips, a possibilidade de


choques de oferta pode fazer a inflação sofrer forte repique, embora
a taxa de desemprego da economia se mantenha estável. Um choque
negativo de oferta provocará um deslocamento para cima da curva de
Phillips, implicando maior taxa de inflação, para uma mesma taxa de
desemprego.

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A assertiva “A” está incorreta porque não existe uma taxa natural
de inflação.
A assertiva “B” está incorreta porque a taxa natural de
desemprego está retratada por C no gráfico.
A assertiva “C” está incorreta porque a inflação tende a acelerar
caso se mantenha continuamente a taxa de desemprego em C.
A assertiva “D” está correta porque aqui se tem o que se prega
pela curva de Phillips versão contemporânea.
A assertiva “E” está incorreta porque AB se refere à curva de
Phillips de curto prazo, sem expectativas inflacionárias e sem
correspondência com movimentos inflacionários ou de inflação
esperada da curva de Phillips ampliada ou curva de Phillips versão
moderna.

28-(ESAF/STN-2008) Quanto às políticas monetárias e fiscais,


pode-se afirmar que:
a) a ampliação do prazo determinado pelo Banco Central dos
pagamentos das assistências financeiras à liquidez é uma política
monetária considerada restritiva.
b) a elevação dos depósitos compulsórios é considerada uma política
monetária restritiva.
c) a ampliação da carga tributária é considerada uma política fiscal
expansionista.
d) a venda de títulos públicos em poder do Banco Central é uma
política monetária considerada expansionista.
e) a ampliação dos gastos públicos é considerada uma política fiscal
restritiva.
Gabarito: B
Cuidado! A ESAF tem se especializado, mais recentemente, em
questões que combinam as políticas macroeconômicas: monetária e
fiscal.
A assertiva A está incorreta porque a ampliação do prazo
determinado pelo Banco Central dos pagamentos das assitências
financeiras à liquidez bem como dos limites operacionais e a redução
das restrições quanto ao tipo de títulos redescontáveis é uma política
monetária considerada expansionista.
A assertiva B está correta porque a elevação dos depósitos ou
recolhimentos compulsórios (montante que os bancos comerciais
devem manter depositadas em seus cofres, afetando a proporção dos
depósitos que pode ser facilmente convertida em empréstimos e os
encaixes excedentes, ponto crucial para a variação do quantitativo
monetário) é considerada uma política monetária restritiva
(contracionista).

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A assertiva D está incorreta porque a venda de títulos públicos em


poder do Banco Central é uma política monetária contracionista, uma
vez que os recursos recebidos reduzem a base monetária e, assim,
reduz-se a oferta de moeda, retirando liquidez da economia com a
consequente redução do apetite creditício, reduzindo abruptamente
os gastos com investimentos públicos e privados. Esse cenário gera
redução das reservas dos bancos comerciais, o que contrai o total dos
meios de pagamento da economia.

29-(ESAF-AFC-STN-2008) Considere os seguintes coeficientes de


comportamento monetário:
c = papel-moeda em poder do público/M1
d= depósitos à vista do público nos bancos comerciais/M1
R = encaixes totais dos bancos comerciais/depóstios à vista
Considerando M1= meios de pagamentos e B =base monetária, é
correto afirmar que:
a) B= c.R + d.M1, desde que D e R sejam positivos
b) se d =0, então M1/B será igual a zero.
c) quanto maior c, maior tende a ser o multiplicador dos meios de
pagamentos em relação à base monetária.
d) quanto maior R, maior tende ser M1/B.
e) dado que 0<c<1 e c +d =1, então M1 é maior do que B.
A assertiva A está incorreta porque o saldo da base monetária
corresponde ao somatório do saldo da moeda em poder do público
com o total das reservas bancárias, ou seja, B = c + R.
A assertiva B está incorreta porque se d=0, obviamente c =1, ou
seja, toda a moeda ofertada está na forma de papel moeda em poder
do público. É como se não existisse o sistema bancário, pois não há
depósitos, não havendo como multiplicar. Logo, o multiplicador é
igual a 1. Senão vejamos:
Km = 1/ 1 – d( 1 – r).
Substituindo d =1, vem:
Km = 1/ 1 – 0( 1 – r) = 1/ 1 = 1.
A assertiva C está incorreta porque quanto maior o c (proporção
do papel moeda em poder do público face aos meios de pagamento),
menor tende a ser o multiplicador dos meios de pagamentos em
relação à base monetária.
A assertiva D está incorreta porque quanto maior R (relação
encaixes/depósitos à vista dos bancos comerciais), menor tende a ser
o multiplicador dos meios de pagamentos em relação à base
monetária.
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A assertiva E está correta porque a equação c + d = 1 sinaliza


que a proporção do papel moeda em poder do público em relação ao
total dos meios de pagamento é complementar à proporção dos
depósitos à vista nos meios de pagamento. Isto é, os meios de
pagamento estão parte como papel moeda em circulação e parte
depositada nos bancos comerciais. Logo, o multiplicador monetário é
positivo, isto é, Km = M1/B.
Reconhecemos também que o multiplicador da base monetária é
dado por m = M1/B. Sendo o total de meios de pagamento um
múltiplo da base monetária (B), fruto do processo multiplicativo dos
empréstimos bancários, deduz-se que o multiplicador (m) dos meios
de pagamento é dado pela relação entre o total de M e a base
monetária B.

30-(CESPE/UNB- Analista Legislativo CÂMARA DOS


DEPUTADOS -2002) Durante longo tempo, o Brasil conviveu com
taxas de inflação elevadíssimas. Tal situação afetou por demais o
mecanismo tributário, gerando problemas e demandando
providências dos administradores públicos. No que se refere a esse
assunto, julgue os itens que se seguem.
a) A inflação atua como um tributo sobre os encaixes reais, afetando
relativamente mais as classes de maior poder aquisitivo. O resultado
é um aumento da progressividade do sistema, uma vez que os
segmentos de menor renda, geralmente assalariados, são os menos
atingidos.
b) Em uma situação de hiperinflação, a arrecadação tende a zero
porque ninguém desejará reter moeda.
c) A inflação é tratada como um imposto não apenas porque corrói os
encaixes monetários, mas porque a contrapartida disso é a receita do
governo, que arrecada o imposto inflacionário com a moeda que
emite para comprar bens e serviços do setor privado. Infere-se disso
que o financiamento do déficit público só pode ser feito por tributação
ou endividamento, visto que a emissão de moeda para esse fim pode
ser considerada forma alternativa de tributação.
d) Em uma situação de descontrole inflacionário, os três mecanismos
mais conhecidos de proteção do valor real da arrecadação são a
indexação do imposto a pagar, a redução do período de apuração do
imposto e a redução do período de recolhimento do imposto.
Gabarito: “FVVV”
Comentários:
A assertiva “A” está incorreta porque a inflação atua sobre os
encaixes reais, afetando relativamente mais as classes de menor
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poder aquisitivo, ou seja, os efeitos perversos perpassam


indistintamente todos os estratos da sociedade, atingindo de maneira
muito mais nefasta as camadas mais pobres. O resultado é um
aumento da regressividade do sistema, uma vez que os segmentos
de menor renda são os mais atingidos. É o pedreiro que paga a
mesma parcela de imposto na compra de um pão que o empresário
rentista!
Para os contribuintes que auferem ganhos de capitais (situação
bastante comum nos segmentos de maior poder aquisitivo) que não
são corrigidos pela inflação, uma correção monetária uniforme acaba
por beneficiá-los através da isenção do pagamento do imposto devido
em função dos ganhos reais. A carga tributária para esse grupo já
seria mais benevolente, assumindo o sistema tributário uma
característica bastante regressiva.
O fenômeno inflacionário no Brasil foi crônico, gravoso e causou uma
série de danos à economia e à sociedade brasileira ao longo do
tempo.
A assertiva “B” está correta porque em um cenário de inflação
galopante (hiperinflação), a arrecadação real tende a ser nula em
razão de nenhum agente querer reter moeda, já que esse ativo mais
líquido tem seu poder de compra depreciado diariamente a cada
momento em uma velocidade galopante. Somente aqueles mais
aquinhoados que conseguem se proteger da corrosão inflacionária via
operações bem sucedidas no mercado financeiro obtêm êxito na
proteção de seus ganhos, ou melhor, na redução de suas perdas
provenientes dos efeitos perversos da inflação.
A assertiva “C” está correta porque existem quatro caminhos mais
utilizados para a obtenção de receitas tributárias sendo que cada um
deles apresenta efeitos distintos sobre a atividade econômica:
a) emissão monetária;
b) empréstimos bancários;
c) venda de títulos públicos via operações do mercado aberto;
d) arrecadação de impostos, taxas e contribuições.
No que concerne à emissão pura de moeda, vale o registro da
vedação imposta pela Constituição Federal. Contudo, já foi
excessivamente utilizada pelos governos anteriores e era a opção
menos custosa, prática e objetiva para os cofres e objetivos públicos.
O governo financiava parte de seu déficit com a emissão monetária
ancorado na suposição de que o valor nominal do produto cresce e os
indivíduos necessitam de mais moda para atenderem à demanda
transacional por moeda.
O valor nominal do PIB pode sofrer incremento através de um
crescimento real do PIB ou via crescimento do nível de preços
(inflação).
Quando o crescimento se dá via aumento real do produto, o setor
público satisfaz à demanda por moeda emitindo moeda necessária e
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suficiente para atender essa demanda monetária. Não se tem


qualquer conotação inflacionária.
Já quando o crescimento ocorre via processo inflacionário, o governo
também emite moeda para atender à demanda por transações dos
agentes e essa emissão monetária “forçada” é conhecida no campo
das finanças públicas como senhoriagem.
A senhoriagem é tida como a receita do governo oriunda do processo
inflacionário de emissão de moeda, da seguinte forma:
%B = M + nM onde:
B = base monetária;
M= demanda por saldos monetários;
n=taxa de inflação.
Temos que a variação da base monetária pode ser provocada pela
expansão dos saldos monetários para a demanda transacional e pelo
incremento do quantitativo de moeda para compensar o processo
inflacionário, de sorte a manter constante o contexto de saldos
monetários reais.
O termo nM corresponde ao imposto inflacionário da literatura de
economia emprestada aqui às finanças públicas.
Daí, resultamos em duas hipóteses:
i) se a senhoriagem corresponde apenas ao aumento da base
monetária em função do crescimento real da produção de bens e
serviços;
ii) se a senhoriagem corresponde ao imposto inflacionário sem
crescimento da produção de bens e serviços.
No que tange aos empréstimos junto aos bancos, inúmeras
disposições legais impedem que o setor público contraia empréstimos
como forma de financiamento dos gastos.
Já as operações de mercado aberto em que se registram as vendas
de títulos públicos como forma de arrecadação são um instrumento
muito utilizado e complementar à tributação
O endividamento interno retira recursos da economia e reduz as
possibilidades de crédito bancário, elevando a taxa de juros, com
todas as conseqüências de desestímulo a novos empreendimentos,
quedas nas contratações e redução do nível de atividade.
Contudo, sabemos que quanto maior o endividamento público, maior
a necessidade de incrementar a taxa de remuneração dos títulos
públicos para torná-los mais atraentes ao público comprador.
Esse aumento na remuneração dos títulos provoca invariavelmente
novas elevações nos juros, o que leva a maiores despesas do setor
público com os pagamentos dos encargos financeiros da dívida
pública. A situação nada satisfatória do déficit redunda em novas
emissões de moeda, representando mais inflação no presente.
Além disso, prazos de vencimentos dos títulos e desembolso de juros
são fatores relevantes para o firme entendimento da questão. Títulos
com prazos maiores tendem a pagar maiores juros, mas, por outro
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lado, adiam a necessidade de desembolso imediato ou de


refinanciamento. Já os títulos de curto prazo, tendem a ser colocados
a juros menores, mas implicam em custos administrativos
substanciais na colocação do papel.
E, finalmente, a tributação a partir do aumento das alíquotas dos
tributos já existentes e da criação de novos representa a maior parte
da arrecadação dos cofres públicos.
A assertiva “D” está correta porque o governo aplicou formas de
indexação de suas receitas tributárias como a UFIR ( unidade fiscal
de referência) bem como tributos e contribuições sobre o
faturamento das empresas, gerando o efeito cascata e tornando o
sistema tributário ainda mais perverso e de qualidade técnica pior.
Com a aceleração da taxa de inflação a partir dos anos 80, os
governos passaram também a reduzir os prazos para o recolhimento
de impostos, contribuições e encargos sociais. Visavam impedir a
corrosão dos valores recebidos, que os economistas chamam de
"efeito Tanzi". Não se preocuparam os governantes com as
dificuldades que essa medida provocou para as empresas não apenas
do ponto de vista financeiro, em decorrência da acumulação dos
compromissos, mas, também, para a apuração dos valores e para a
elaboração dos procedimentos burocráticos necessários ao
pagamento dos tributos.

31-(CESPE/UNB/ FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/ICMS/AC –


2006) Com relação aos salários e à inflação, assinale a opção
correta.
a) Se a produtividade da mão-de-obra empregada aumenta na
mesma proporção dos salários reais médios, o custo unitário da
produção não é afetado.
b) O aumento do custo de produção, resultante de reajustes salariais
para recomposição de seu poder aquisitivo, constitui fator causal
autônomo da inflação.
c) Quando uma empresa monopolista não repassa aos seus preços os
aumentos salariais dos empregados, reduzindo uma parcela de seus
lucros, ela gera inflação reprimida, retardando seus efeitos.
d) O lucro de uma empresa será reduzido quando a produtividade da
mão-de-obra aumentar em proporção maior que os salários da
empresa.
Gabarito: “A”
Comentários:
A assertiva “A” está correta porque o custo de produção depende
basicamente dos fatores de produção capital ($) e mão-de-obra, dado

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o padrão de tecnologia constante. Dessa forma, se ocorre um


aumento salarial dos trabalhadores fruto de greves ou atuações
firmes dos sindicatos nas mesas de negociação com os patrões, mas,
em mesma proporção, observa-se ganhos de produtividade da mão-
de-obra (maior eficiência da produção, maior capitalização do
trabalho), pode-se concluir que o custo unitário de produção não
sofre alteração. O que o empresário ainda pode fazer, dependendo da
estrutura de mercado em que atua, é aumentar os preços dos bens
transacionados, aumentando seus lucros.
A assertiva “B” está incorreta porque o aumento do custo de
produção originado de reajustes salariais de seu poder aquisitivo
determina o que se convencionou chamar de inflação de custos ou de
oferta, pois é um fator determinado pelo lado dos produtores,
ofertantes, não sendo, portanto, autônomo, independente da
inflação.
A assertiva “C” está incorreta porque inflação reprimida é o
processo inflacionário gerado pelo congelamento dos preços por parte
do governo. O não repasse do aumento de custos da empresa
monopolista não é proveniente necessariamente da determinação
governamental. Muito provavelmente se dá em função de estratégia
corporativa.
A assertiva “D” está incorreta porque quando a produtividade da
mão-de-obra aumentar em proporção maior que os salários dos
trabalhadores, a eficiência do processo produtivo é ampliada e o lucro
da empresa será maior.

32-(CESPE/UNB/ FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/ICMS/AC –


2006) As empresas podem reagir a um aumento da demanda
agregada de várias maneiras. Em consonância com a reação a ser
adotada pelas empresas, a hipótese mais plausível consiste em:
a) diminuir a produção física, aumentando os preços, ampliando a
capacidade ociosa.
b) aumentar os preços sem aumentar a produção física, se os
recursos estiverem plenamente empregados.
c) aumentar a produção, diminuindo os preços, até atingir a
capacidade plena.
d) reduzir preços e produção, se as empresas estiverem operando a
plena capacidade.
Gabarito: “B”
Comentários:
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A assertiva “A” está incorreta porque um aumento de demanda


agregada não pode ser compatibilizado com uma queda de produção
(oferta). Tem-se dois cenários para a compatibilização desse maior
esforço de demanda. O primeiro consiste em aumentar a produção
até que se tenha alcançado a capacidade plena, sem comprometer o
nível de preços (a assertiva “C” está incorreta). Corresponde à
situação em que existe desemprego de fatores de produção, ou seja,
existem terra, capital e trabalho que não estão sendo empregados
pelas unidades produtivas e que podem ser acionados a qualquer
momento para aumentar a produção física de bens e serviços, em
resposta aos aumentos da demanda sem, todavia, variar o nível de
preços da economia.
E o segundo consiste em manter a oferta constante (já que se tem
capacidade plena dos fatores de produção), mas aumentar os preços
para reduzir a demanda agregada e alcançar o nível de equilíbrio (a
assertiva “B” está correta). Corresponde a uma situação de pleno
emprego dos fatores de produção, isto é, não existe capacidade
ociosa na economia. Como estamos diante de um emprego eficiente
de todos os recursos disponíveis, o produto não pode mais crescer
em resposta aos estímulos da demanda. Apenas o nível de preços
tende a subir, caracterizando o fenômeno inflacionário.
A assertiva “D” está incorreta porque se a economia estiver
operando a plena capacidade ( não há capacidade ociosa) é natural
que haja espaço para redução da produção, abrindo mais espaço
ainda para a demanda reprimida o que aumentaria
extraordinariamente os preços.

33- (CESPE/UNB/TCE-AC-ECONOMISTA-2008) Considerando os


princípios básicos da teoria monetária e da inflação, assinale a opção
correta.
a) Quando um indivíduo transfere fundos de sua conta de poupança
para a sua conta-corrente, a redução decorrente do agregado
monetário M1é compensada exatamente pelo aumento do agregado
M2.
b) Na presença de excesso de reservas, o multiplicador monetário se
eleva, aumentando, assim, as possibilidades de expansão monetária.
c) Retiradas em espécie da conta-corrente para financiar as despesas
de consumo dos correntistas de um banco comercial não alteram as
reservas do sistema bancário como um todo.
d) Um surto inflacionário provocado pela expansão das exportações,
em decorrência de um aumento exógeno da renda do resto do
mundo, constitui exemplo típico de inflação de demanda.
G a b a r i t o : “ D ”

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A assertiva “A” está incorreta porque, quando um indivíduo


transfere fundos de sua conta de poupança (M2) para a sua conta
corrente (M1), a redução decorrente do agregado monetário M2 é
compensada pelo aumento do agregado M1.
Em regra, adota-se pela autoridade monetária, o BC, as seguintes
categorias:
M1 = PMP + DVbc
M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de
poupança + títulos públicos
M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações
compromissadas registradas no Selic (Sistema Especial de Liquidação
e Custódia)
M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez ( Letras do Tesouro
Nacional, Notas do Banco Central).
A assertiva B está incorreta porque há uma relação inversa entre
o multiplicador e as taxas de retenção de moeda pelo público e de
reservas bancárias. A decisão do público de reter mais moeda em seu
poder, não depositando nos bancos comerciais, bem como o
incremento da taxa de reservas requeridas pelos bancos comerciais
diminui a quantidade de recursos na rede bancária para os bancos
emprestarem.
O agregado monetário M1 (soma de moeda em circulação e depósitos
à vista) depende tanto do estoque da base monetária quanto de dois
outros elementos: a razão reservas/depósitos dos bancos comerciais
e a razão moeda em circulação/depósitos em poder da população.
Um aumento na razão reservas/depósitos diminui o multiplicador,
porque reduz o montante de novos empréstimos que o sistema
bancário pode fornecer a partir de um depósito inicial. Isto, por sua
vez, reduz o valor dos novos depósitos subsequentes feitos pelo
público.
A assertiva C está incorreta porque retiradas em espécie da conta-
corrente (dv) para financiar as despesas de consumo dos correntistas
de um banco comercial alteram as reservas do sistema bancário para
cima, uma vez que as reservas são dadas pela razão r = encaixes
bancários/Dv ao passo que uma queda no denominador provoca
aumento do quociente.
A a s s e r t i v a “ D ” e s t á
c o r r e t a p o r q u e q uando a
demanda global cresce mais depressa do que a oferta global e a
economia chega perto do "pleno emprego", os trabalhadores
aumentam sua capacidade de organização e passam a exigir
aumentos reais de salários acima dos ganhos de produtividade
(inflação de demanda). Desvios da inflação com relação à meta
podem ser explicados fundamentalmente por choques de demanda,
que se resumem por reações de um ou mais componentes da
demanda agregada acima ou abaixo do que se imaginava
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inicialmente. É considerada o caso mais tradicional de inflação e


corresponde exatamente ao excesso de moeda na economia.
A política usada comumente em situações desse tipo tem sido aquela
ancorada em instrumentos que reduzam o apetite da demanda
agregada por bens e serviços. O setor público tem à disposição a
redução dos gastos do governo (despesas correntes e despesas de
capital), que tem um efeito multiplicador ferrenho na economia,
desencorajando o consumo e o investimento privado. Além disso,
pode-se utilizar do aumento da carga tributária sobre o consumo e a
produção de sorte a reduzir a renda disponível da coletividade. Sem
mencionar o manejo monetário com o instrumento sempre ativo da
taxa de juros, reduzindo as possibilidades de giro creditício e
expansão da renda.

34- (CESPE/UNB/TCE-AC-ECONOMISTA-2008) As políticas


monetárias influenciam, significativamente, o desempenho da
economia. A respeito desse assunto, assinale a opção correta.
a) Quanto maior for o custo de oportunidade de detenção de moeda,
mais elevada será a demanda monetária.
b) Aumentos da taxa de redesconto e do coeficiente de reservas são
consistentes com a adoção de políticas monetária restritivas.
c) O uso de regras fixas para a expansão da oferta de moeda é
consistente com a visão keynesiana da política monetária.
d) O Banco Central pode utilizar a política monetária para estabilizar,
simultaneamente, as taxas de juros e a oferta monetária.
e) De acordo com a teoria quantitativa da moeda, a velocidade de
circulação da moeda, no curto prazo, é fortemente influenciada por
variações não antecipadas na renda dos agentes econômicos.
Gabarito: B
A assertiva A está incorreta porque quanto maior for o custo de
oprtunidade de detenção de moeda, menos elevada será a demanda
monetária.
A demanda especulativa da moeda é a face da demanda por moeda
que se relaciona com a taxa de juros nominal de forma inversa, isto
é, quanto mais alta a taxa de juros, menor a demanda por moeda. A
taxa de juros serve, então, de balizador do custo de oportunidade
observado na demanda por encaixes reais versus demanda por
títulos. Será mais interessante para o agente da economia investir
seu estoque de riqueza (suas disponibilidades orçamentárias)
preponderantemente em títulos, que rendem juros, em detrimento
dos encaixes reais (moeda).

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Dessa forma, se o custo de oportunidade for alto de investimento em


moeda, já que os títulos pagam uma taxa bastante atraente em razão
de elevação da taxa de juros, a demanda por moeda será reduzida.
A a s s e r t i v a “ B ” e s t á
c o r r e t a p o r q u e s ã o
instrumentos de política monetária contracionista ou elementos de
decréscimo da base monetária:
i) operações de venda de títulos públicos;
ii) aumento da taxa de recolhimento dos compulsórios;
iii) aumento do redesconto;
Acompanhem pelo quadro abaixo todas as possibilidades de
expansão/retração da base monetária
Expansão da oferta Instrumento de Política Retração da oferta
monetária Monetária/ componente monetária
da base monetária
Compra/resgate de Operações de mercado Venda de títulos
títulos públicos aberto públicos
Queda compulsórios Recolhimento Elevação compulsórios
compulsórios
Queda redesconto Redesconto Elevação redesconto
A assertiva “C” está incorreta porque a fixação de regras para a
condução da política monetária, contribuindo para reduzir as
instabilidades macroeconômicas, é preceito dos adeptos da visão
monetarista e não da keynesiana. Para os primeiros, as regras
mantêm a estabilidade da economia e reduzem a intervenção do
governo na economia. Em tempo: uma política é implementada com
regras quando as autoridades de política econômica anunciam com
antecedência a reação que deverá ser adotada a várias situações
econômicas e assumem o compromisso de que é estabelecido. Já na
política discricionária, as autoridades de política econômica podem
agir de acordo com a circunstância e adotar o procedimento que
considerar mais adequado à situação. Além disso, cabe também
repisar que a política pode ser implementada segundo regras e, ao
mesmo tempo, ser passiva ou ativa. Por exemplo, se o governo
especificar uma regra de expansão monetária de 5% ao ano, tem-se
uma política monetária definida segundo o critério de regras mas de
execução passiva. Mas, de outra parte, se o governo estabelecer
como regra o seguinte critério: crescimento da oferta monetária em
5% para uma taxa de desemprego de 10%, mas para cada ponto
percentual de desemprego menor a oferta de moeda deve crescer
também de um ponto percentual, tem-se, então, uma regra ativa.
A assertiva “D” está incorreta porque sobre a posição e os
deslocamentos da curva LM, é criterioso observar que a posição da
citada curva depende da oferta de meios de pagamentos da
economia, ou seja, depende intrinsecamente da oferta de moeda na
economia ou do comportamento da liquidez da economia. É a tida
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política monetária utilizada para controlar a demanda agregada,


variável crucial na ótica keynesiana que determina o nível de
produção da economia.
Um aumento na oferta de moeda na economia (política monetária
expansionista) desloca a curva LM para baixo e para a direita,
provocando queda nos juros, incentivando mais investimento privado
e público, ampliando a demanda agregada e combatendo o
desemprego.

Na outra ponta, uma redução na oferta de moeda (política monetária


contracionista ou restritiva) desloca a curva LM para cima e para a
esquerda, ocasionando aumento da taxa de juros, o que determina a
queda do investimento privado e das compras públicas, gerando mais
desemprego e reduzindo a demanda agregada. Por outro lado,
combate a espiral inflacionária, procurando resgatar a estabilidade de
preços e salários.
A assertiva “E” está incorreta porque o primeiro sustentáculo da
TQM é a aceitação da teoria quantitativista, na qual a moeda é
neutra. Alterações no quantitativo de moeda só produzem resultados
nas variáveis nominais, não interferindo nas variáveis reais. A relação
entre o aumento na quantidade de moeda e a elevação dos preços
está contida na chamada teoria quantitativa da moeda (TQM). A TQM
( M.V = P.Q) roga que, no curto prazo, tanto a velocidade da moeda
(V) como o nível do produto (Q) são constantes e que qualquer
variação na quantidade de moeda (M) repercute em variação idêntica
no nível de preços (P). Em resumo: o nível de preços é função da
quantidade de moeda da economia. É a teoria monetarista da
inflação. A versão clássica roga crescimento dos preços e nenhum
efeito sobre a produção, pois o salário nominal ajusta-se à variação
do preço, mantendo constantes o salário real, o emprego e a
produção.

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35-(ESAF-APO-SP-2009) A definição de meios de pagamento


corresponde ao conjunto de ativos utilizados para liquidar transações.
Com o avanço do sistema financeiro e do processo de inovações
financeiras, desenvolveram-se novas medidas de meios de
pagamento. Identifique, entre os agregados monetários abaixo
mencionados, aquele que sofre todo impacto da inflação
(monetização ou desmonetização).
a) M2.
b) M4.
c) M2+quotas de fundo de renda fixa+operações compromissadas
registradas no SELIC.
d) M1.
e) M3.
Gabarito: D
Ocorre criação de moeda quando se verifica um incremento do
volume de meios de pagamento (moeda manual e/ou moeda
escritural). A monetização da economia terá espaço sempre que a
transação for realizada entre o setor bancário (no caso, banco
comercial) e setor não-bancário (no caso, empresa não financeira) na
condição de compra de um haver não-monetário em contrapartida de
moeda manual ou escritural.
E destruição de meios de pagamento sempre que a transação é
realizada entre o setor bancário e setor não-bancário na condição de
venda de um haver não-monetário em contrapartida de moeda
manual ou escritural. Nessa etapa, se promove o efeito inverso, ou
seja, a redução dos meios de pagamento.
A questão se refere a esses termos, mas deseja saber o impacto da
inflação sobre os meios de pagamentos, isto é, a inflação afeta o
poder de compra das pessoas, o poder aquisitivo da coletividade,
aquele que não consegue êxito na indexação do mercado financeiro.
Dessa forma, o impacto é brutal no M1 (papel moeda em poder do
público e depósitos à vista), agregado monetário de maior liquidez,
mas sem capacidade de rendimentos ou proteção do imposto
inflacionário.

36-(ESAF-APO-SP-2009) No que diz respeito à Política Monetária,


identifique a opção incorreta.
a) De acordo com a teoria da preferência pela liquidez, a taxa de
juros se ajusta para equilibrar a oferta e a demanda por moeda.
b) A curva de demanda agregada mostra a quantidade de bens e
serviços demandada a cada nível de preços.
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c) Se a taxa de juros estiver acima da taxa de equilíbrio, haverá


excesso de oferta da moeda, forçando a queda na taxa de juros.
d) A taxa de juros real corresponde à taxa de juros nominal recebida,
descontada a perda de valor da moeda, isto é, a inflação no período
de aplicação.
e) Estabilizadores automáticos são alterações da política monetária
que estimulam a demanda agregada quando a economia entra em
recessão sem que os formuladores de políticas públicas tenham que
tomar qualquer ação deliberada.
Gabarito: E
A assertiva A está correta porque a inclinação ascendente da curva
LM pode ser compreendida da seguinte forma: uma taxa mais alta de
juros reduz a demanda por moeda ao passo que o incremento da
demanda agregada aumenta a demanda por moeda. Por conseguinte,
para um certo nível de oferta de moeda (M/P), a demanda por moeda
só pode ser igual à oferta se qualquer aumento da taxa de juros (que
tende a reduzir a demanda por moeda) for compensado por um
aumento da demanda agregada (que tende a aumentar a demanda
por moeda).
Da mesma forma que na curva IS, na curva LM, pontos ao longo da
curva representam situações de equilíbrio no mercado monetário. Se
o mercado monetário estiver em equilíbrio, isto é, se a demanda (L)
for igual à oferta ( M/P), o mercado de títulos também deve estar em
equilíbrio.
A assertiva B está correta porque o modelo de demanda agregada
chamado modelo IS-LM é uma interpretação relevante da teoria
Keynesiana. Reside em uma forma útil de avaliar os efeitos das
políticas macroeconômicas sobre a demanda agregada.
O modelo IS-LM assume diversas combinações entre renda (Y) e taxa
de juros (i) que equilibram o mercados de bens e serviços da
economia assim como outra infinidade de pontos renda e taxa de
juros capazes de equilibrar o mercado de moedas. Mostra também a
quantidade de bens e serviços demandados a cada nível de preços (Y
= C + I + G).
A assertiva C está correta porque pontos à direita ou abaixo da
curva LM sinalizam EDM (excesso de demanda por moeda),
caracterizando excesso de oferta de títulos, isto é, os bancos
comerciais através de sua estratégia comercial não estão tendo
sucesso na captação de recursos sendo levados a incrementar a
rentabilidade dos títulos para que os agentes se sintam tentados a se
desfazer do ativo líquido, a moeda, em benefício dos títulos.
Já pontos à esquerda ou acima da citada curva sinalizam contextos
de EOM (excesso de oferta de moeda), o que caracteriza excesso de
demanda de títulos, pois todos os agentes da economia estão
aplicados em títulos públicos sendo que a única estratégia para
reconduzir ao equilíbrio é a queda na taxa de juros.
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A assertiva D está correta porque a taxa de juros real é aquela


taxa de juros nominal descontado o efeito da inflação ou correção
monetária do período.
A assertiva E está incorreta porque o IR assim como o seguro-
desemprego são dois estabilizadores automáticos e representam um
tipo de política fiscal que não registra nenhuma defasagem interna,
que é o intervalo que transcorre entre o choque econômico e a ação
política em resposta a esse choque. O sistema do IR reduz
automaticamente os impostos quando a economia se encontra em
recessão, sem mudança da legislação tributária, porque pessoas
físicas e jurídicas pagam menos impostos quando suas rendas
diminuem. Da mesma forma, o seguro-desemprego eleva
automaticamente as transferências quando a economia atravessa
uma recessão, uma vez que o desemprego aumenta.

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37-(ESAF/AFRF – 2003) Considere as seguintes informações para


uma economia fechada e com governo:

Y = 1200; C = 100 + 0,7Y I = 200

Com base nessas informações, pode-se afirmar que, considerando o


modelo keynesiano simplificado, para que a autoridade econômica
consiga um aumento de 10% no produto agregado, os gastos do
governo terão de sofrer um aumento de:

a) 60% b) 30% c) 20% d) 10% e) 8%

Bem, precisamos aqui ter em mente nossa tradicional fórmula de


identidade macroeconômica keynesiana para economia fechada, ou
seja, Y = C + I + G. Substituindo-se na equação apresentada pelos
valores, surge 1.200 = 100 + 0,7.1200 + 200 + G, o que nos
garante gastos governamentais iguais a 60.

Sabemos também que o produto/renda agregada é igual a 1200 e


admite-se incremento de 10%, gerando uma expansão de 120. Para
que o ritmo de atividade cresça 120, quanto deve aumentar a
variável G? Eis a questão.

Trazemos para a questão nosso velho conhecido multiplicador dos


gastos autônomos (k), dependente da propensão marginal a
consumir (c), dado pela fórmula k = 1/ ( 1-c). Alterando-se na
equação c por 0,7, surge um k = 3,3.

Dividindo o incremento da renda pelo multiplicador verificado, chega-


se ao resultado aparente da questão (36). Aparente, porque as
opções em pauta exigem números relativos (percentagens). Daí, o
resultado é 36/60, que é igual a 60%.

O examinador poderia ter colocado a opção 36% e muitos candidatos


se equivocariam e não teriam êxito nessa questão com grau de
dificuldade mediano!

A assertiva a está correta.

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38- Classifique cada evento abaixo como Verdadeiro, caso tenda a


aumentar o multiplicador monetário, e como Falso, em caso
contrário:
a) Aumento da taxa de redesconto do Banco Central.
Falso.
A taxa de redesconto é um dos instrumentos de política monetária.
Todavia, não afeta o multiplicador monetário. Lembrem-se que o
multiplicador monetário é dado pela fórmula:
Km = 1_______ , onde:
1 – d(1 – R)
Km = multiplicador monetário
d= depósitos à vista nos bancos comerciais/meios de pagamento
R= encaixe total dos bancos comerciais/depósitos à vista nos bancos
comerciais
R = r1+ r2+r3
r1 = encaixe em moeda corrente dos bancos comerciais/depósitos à
vista nos bancos comerciais
r2= depósito voluntário dos bancos comerciais no Banco
Central/depósitos à vista nos bancos comerciais
r3= depósito compulsório dos bancos comerciais no Banco
Central/depósitos à vista nos bancos comerciais

b) Redução percentual de papel-moeda sobre depósitos à vista.


Verdadeiro.
Lembre-se da fórmula da assertiva anterior. A maior percentagem de
meios de pagamento sob a forma de depósitos à vista, isto é, maior
d, eleva o multiplicador monetário (km).

c) Aumento da incerteza percebida pelos bancos quanto ao fluxo de


depósitos à vista.
Falso.
A percepção de desconfiança no sistema bancário e perturbações no
cenário internacional aumentam o temor da sociedade em relação a
uma possível “quebradeira” do sistema financeiro. As pessoas irão
reter mais papel-moeda, desestimulando os depósitos à vista. Em
razão desse comportamento de precaução, ocorrerá queda em d, o
que afeta diretamente o multiplicador monetário.

d) Elevação das reservas compulsórias, supondo que as reservas


voluntárias são elevadas.
Falso.

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A elevação das reservas voluntárias e compulsórias dos bancos


comerciais em relação aos depósitos à vista reduz o multiplicador
monetário. Vide fórmula já comentada, uma elevação de r2 e r3
provoca uma queda no multiplicador monetário Km.

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