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Vírus

Adelaide Almeida
Características gerais

 Partículas infecciosas incapazes de se replicarem


independentemente das células hospedeiras

 Tal como os plasmídeos podem conferir às células hospedeiras


novas características

 Ao contrário dos plasmídeos apresentam uma fase


extracelular ⇒ facilmente transmitidos de um hospedeiro
para outro

virião
Adelaide Almeida
Características gerais

 Fase extracelular - vírus é metabolicamente inerte

 Estrutura que transporta o


genoma viral de célula para
célula

 Fase intracelular ocorre a replicação do vírus, o vírus induz o


metabolismo do hospedeiro a produzir componentes virais

Adelaide Almeida
Estrutura dos
vírus

 Tamanho variável
 20 (Parvovirus) a ~300 nm (Poxvirus)
 vírus maiores - tamanho semelhante ao das bactérias mais
pequenas
 vírus mais pequenos - diâmetro ≈ a uma molécula de DNA

Adelaide Almeida
Estrutura dos vírus
Estrutura dos vírus

 Apresentam 2 componentes básicos:


 core, material genético- genoma
 cápside, capa proteica que
envolve o core
 protege o genoma
 dá forma ao vírus, responsável pela simetria
 pode conter enzimas que intervêm na penetração do vírus no hospedeiro
 estimula a resposta imune durante períodos de doença

Adelaide Almeida
Estrutura dos vírus

 Cápside subdividida em subunidades


proteicas individuais - capsómeros -
dispõem-se em padrões precisos e
repetitivos à volta do ácido nucleico

Adelaide Almeida
Alguns vírus apresentam
apenas um tipo de proteínas
Estrutura dos vírus na cápside, mas muitos
apresentam vários tipos
distintos de proteínas

 O conjunto core e cápside é designado por


nucleocápside

Adelaide Almeida
Estrutura dos vírus
 Forma variável
 forma de hélice - simetria helicoidal (vírus do mosaico
do tabaco)
 forma icosaédrica - simetria icosaédrica (vírus herpes
simplex)
 combinação de simetria helicoidal e icosaédrica -
complexos (alguns bacteriófagos)

Adelaide Almeida
Estrutura
dos vírus
 Simetria refere-se
à forma como as
unidades de proteína
estão disposta na
cápside
Estrutura dos vírus

 Muitos vírus são envolvidos por


uma membrana flexível - invólucro
 composta por uma bicamada lipídica com proteínas
 semelhante à membrana celular do hospedeiro, excepto no facto
de incluir componentes virais específicos
 é adquirida a partir da célula durante a replicação
 é diferente para cada tipo de vírus
 em alguns vírus (ex. vírus influenza) contem projecções funcionais
- “espinhos” - que, frequentemente, contêm enzimas implicadas
na adesão do vírus ao hospedeiro

Adelaide Almeida
Comum nos vírus animais

Estrutura dos vírus

? Qual é a função do invólucro num vírus


 Controla a especificidade da infecção viral
e em alguns aspectos a penetração viral

Adelaide Almeida
Estrutura dos vírus
Genoma
 Genoma de DNA ou RNA de cadeia dupla ou cadeia simples
 Alguns vírus de RNA traduzem a informação do RNA para o DNA
intermediário ⇒ enzima transpticase reversa (retrovirus)
 Em alguns vírus o genoma é fragmentado (ex. vírus influenza)
 Nos vírus icosaédricos o genoma é dobrado e condensado
 Nos vírus helicoidais o genoma está enrolado em forma helicoidal
 Genoma menor que o das bactérias
 Genomas maiores 190 pares de kilobases
 Alguns com genomas tão pequenos (menos que 5 genes)

Adelaide Almeida
Transpticase
reversa

Estrutura dos vírus

 Embora sem metabolismo próprio, alguns viriões possuem


enzimas que participam no processo de infecção
 polimerase RNA, transcreve o ácido nucleico para
mRNA no inícios da infecção viral
 transpticase reversa, traduz a informação do RNA
para o DNA intermediário nos retrovírus e do RNA
intermédio para o DNA no vírus da hepatite B

Adelaide Almeida
Estrutura dos vírus
 outras enzimas participam
na fase inicial da infecção e na
libertação dos vírus da célula
hospedeira
Exemplos:
 neurominadases, partem as ligações glicosídicas de
glicoproteínas e de glicolípidos, ajudando na libertação dos
vírus
 lisozima, abre pequenos buracos na parede celular das
células, facilitam entrada e saída dos vírus (lise)

Adelaide Almeida
Classificação dos vírus
 Classificação não tão desenvolvida como a dos organismos
celulares
 São classificados de acordo com:
 Hospedeiro
 Estrutura e composição do virião (genoma, presença
de invólucro, simetria da cápside, ciclo de infecção)
 Não é usado o sistema de classificação binomial
 Conhecidos pelos nomes vulgares (vírus da hepatite A,
vírus da imunodeficiência humana)

Adelaide Almeida
Virion Properties

Morphology Proteins
•virion size •number, size and functional activities
•virion shape of structural proteins
•presence or absence and nature •number, size and functional activities
of peplomers of non-structural proteins
•presence or absence of an •details of special functional
envelope activities of proteins: especially
•capsid symmetry and structure transcriptase, reverse transcriptase,
Antigenic Properties hemagglutinin, neuraminidase, and
•serologic relationships, fusion activities
especially as obtained in •amino acid sequence or partial
reference centers sequence
Physicochemical and Physical •glycosylation, phosphorylation,
Properties myristylation
•virion molecular mass (Mr) •epitope mapping
•virion buoyant density (in CsCl, Lipids
sucrose, etc.) •content, character, etc.
•virion sedimentation coefficient Carbohydrates
•pH stability •content, character, etc.
•thermal stability
•cation stability (Mg++, Mn++)
•solvent stability
•detergent stability
•irradiation stability
Genome
Molecular Properties Organization and Replication
•type of nucleic acid (DNA or RNA) •genome organization
•size of genome in kb/kbp •strategy of replication
•strandedness - single or double stranded •number and position of open reading
•linear or circular frames
•sense (+-sense, --sense, ambisense) •transcriptional characteristics
•number and size of segments •translational characteristics
•nucleotide sequence, or partial sequence •post-translational processing
•presence of repetitive sequence elements •site of accumulation of virion proteins
•presence of isomerization •site of virion assembly
•G+C ratio •site and nature of virion maturation and
•presence or absence, type of 5'-terminal cap release
•presence or absence of 5'-terminal
covalently-linked protein
•presence or absence of 3'-terminal poly (A)
tract

Biologic Properties

•natural host range


•mode of transmission in nature
•vector relationships
•geographic distribution
•pathogenicity, association with disease
•tissue tropisms, pathology, histopathology
Nucleic Acid Core Capsid Symmetry Virion: Enveloped or Naked Physical Type of Nucleic Acid Viral Family

DNA Icosahedral Naked


ss Parvoviridae
ds circular Papovaviridae
ds Adenoviridae

. . Enveloped ds Herpesviridae
. Complex Complex coats ds Poxviridae
. . . ds circular Hepadnaviridae
Picornaviridae
RNA Icosahedral Naked ss
Astroviridae
ss
Caliciviridae
ds segmented
Reoviridae
. . Enveloped ss Togaviridae
Flaviviridae
Unknown or complex Enveloped ss
Arenaviridae
. ss segmented
Coronaviridae
ss diploid
Retrobiridae

Helical Enveloped

ss segmented Bunyaviridae
 Nomes terminados em: ss Orthomyzoviridae
ss segmented Paramyxoviridae
.
ss Rhabdoviridae
 Famílias - viridae ss Bornaviridae
ss Flioviridae

 Sub-famílias – virinae Há 24 famílias de vírus


 Género - virus que infectam o homem
Replicação viral

 Utilizam o metabolismo do hospedeiro


 Genoma viral contém informação para:
 Assegurar a replicação do genoma viral
 Assegurar o empacotamento do genoma nos viriões
 Alterar a estrutura e/ou função da célula hospedeira
 Fases de replicação:
 adsorsão, penetração, biossíntese, maturação e libertação

Adelaide Almeida
Complexos glicoproteínas-
-polissacarídeos
Flagelos Proteínas
F-pili Glicoproteínas
Polissacarídeos
Adsorção
 Especificidade elevada
 A partícula viral transporta proteínas que interagem
com componentes específicos do hospedeiro - receptores
 Na ausência de receptores os vírus não adsorvem ao hospedeiro
 Se o receptor for alterado as células tornam-se resistentes
 Mutantes virais são capazes de adsorver a hospedeiros resistentes
 Os receptores, em geral, desempenham funções normais nas
células

Adelaide Almeida
Adsorção
 Muitos vírus animais (e de plantas) não apresentam locais
específicos de ligação, vírus entram passivamente através de:
 endocitose (fagocitose ou outros processos endocitóticos)
 fusão com a membrana citoplasmática

Adelaide Almeida
Penetração
 Depende da natureza do hospedeiro
 Células com ou sem parede

 Bacteriófagos - mecanismo de penetração muito complicado


Fago T4 (DNA dobrado, cauda longa e complexa com fibras)
 Adsorção através das fibras da cauda
 As fibras da cauda retraem e a cauda contacta com a bactéria
 Por acção enzimática formam-se pequenos buracos no hospedeiro
 A bainha da cauda retrai e o DNA é injectado

 Vírus animais – o virião entra todo na célula


Adelaide Almeida
Penetração
 Os hospedeiros - mecanismos de defesa contra a infecção viral
- Sistemas de restrição (enzimas que reconhecem e destroem
DNA estranho)
 Alguns vírus modificam o seu ácido nucleico para
ultrapassarem os sistemas de restrição
 Glucosidação
 Metilação
 Codificação de proteínas que inibem os sistemas de restrição
 Alguns hospedeiros apresentam sistemas múltiplos que
impedem a infecção por vírus que conseguem ultrapassar só
um dos mecanismos

Adelaide Almeida
Biossíntese
Produção de ácido nucleico e de proteínas
 Para produzir proteínas é necessário produzir mRNA
 mRNA é directamente traduzido em proteínas

Configuração positiva
 Vírus configuração positiva, ácido nucleico apresenta a mesma
configuração do mRNA
 Vírus configuração negativa, ácido nucleico apresenta configuração
oposta à do mRNA
 Vírus configuração positiva/negativa, ácido nucleico de cadeia dupla

Adelaide Almeida
Produção de ácido nucleico
 Produção mRNA depende: tipo de vírus e estrutura do genoma:

Vírus DNAds, síntese do mRNA como nas células não infectadas


(o mRNA representa uma cópia complementar de uma das 2
cadeias da dupla hélice de DNA produzida pela RNA polimerase)
Vírus DNAss, DNA é primeiro convertido a DNAds que serve
como molde para a síntese do mRNA pela RNA polimerase

 Para os vírus de RNA é necessário polimerase RNA-RNA


dependente (RNA polimerase da célula requer um molde DNA,
não copia RNA)
 Vírus RNAss de cadeia positiva, RNA é usado directamente como
mRNA, a polimerase primeiro produz cadeias complementares
negativas que usa como molde para produzir novas cadeias
positivas

Adelaide Almeida
 Vírus RNAss de cadeia negativa e RNAds, o RNA não é usado
como mRNA, mRNA tem que ser sintetizado de novo
 os vírus contem enzimas que são injectadas nas células juntamente
com o RNA genómico responsáveis pela transcrição
 a cadeia positiva complementar é sintetizada por estas enzimas e
usada como molde

 Retrovírus, (vírus RNAss), replicam-se através de DNA


intermediário - transcrição reversa – através de enzima viral
transpticase reversa
 apesar do RNA dos retrovírus ser de cadeia + não é usado como
mRNA
 O RNAss é copiado para DNAds (através de intermediário DNAss)
 O DNAds é usado como molde para a síntese do mRNA
RNAss → DNAss → DNAsd
Adelaide Almeida
Biossíntese
Produção de proteínas
 São sintetizadas após produção do mRNA
 Podem ser agrupadas em 2 categorias:
 proteínas iniciais
 sintetizadas logo após infecção
 responsáveis pela replicação do ácido nucleico do vírus
 produzidas em pequenas quantidades

 proteínas tardias
 sintetizadas mais tarde
 incluem as proteínas da cápside do vírus
 produzidas em grandes quantidades

Adelaide Almeida
Biossíntese

 Após infecção os vírus são responsáveis pelos


mecanismos de regulação do hospedeiro, pode ocorrer:
 sobreprodução de material genético
 inibição completa da síntese de macromoléculas do
hospedeiro
 síntese viral em simultâneo com a do hospedeiro

Adelaide Almeida
Maturação e
libertação

 Durante a maturação o ácido


nucleico e a cápside juntam-se para formar o virião
 A libertação dos vírus pode levar à destruição dos
hospedeiros - vírus sem involúcro - ou pode ocorrer por
gemulação - vírus com envelope
 a aquisição do invólucro dá-se na fase final da replicação
 proteínas do envelope são sintetizadas e incorporadas na
membrana nuclear ou na superfície da célula
 o vírus empurra a membrana, levando uma porção da
membrana consigo, o que resulta no invólucro
Adelaide Almeida
Curva de um ciclo de crescimento
síncrono

 Ilustras as diferentes
fases do ciclo de
replicação quando o
vírus infecta as células
hospedeiras

Adelaide Almeida
Lisogenia

 A infecção pode não resultar na produção


de novas partículas ou na lise celular
 O vírus pode integrar o seu DNA ou RNA (via DNA) no cromossoma
da célula - lisogenia
 Para os bacteriófagos o DNA no estado lisogénico é chamado de
profago
 Para os vírus animais (caso dos retrovírus) o DNA viral no
cromossoma é referido como provírus
 Em ambos os casos, o genoma viral codifica uma proteína repressora
que impede a activação dos genes necessários para a replicação

Adelaide Almeida
Lisogenia Conversão lisogénica

 A lisogenia pode ter várias implicações:


 Os vírus no estado lisogénico são imunes às defesas do corpo
(anticorpos não atingem os vírus dentro das células)
 O vírus é propagado cada vez que a célula se divide
 O profago e o provírus podem conferir novas propriedades à célula:
 quando um profago que codifica uma toxina infecta uma bactéria,
 toxina letal do Clostridium botulinum é codificada por um profago
 toxina da bactéria da difteria
 quando os linfócitos T transportam o vírus HIV, na forma
de provírus → SIDA
 quando ocorre transdução especializada → CANCRO

Adelaide Almeida
Bacteriófagos
 Grande diversidade de formas e
tamanhos
 Os mais estudados infectam bactérias
entéricas
 São conhecidos vírus que infectam
uma variedade de procariótas:
Bacteria e Archaea
 Alguns bacteriófagos apresentam
invólucro lipídico, mas a maior parte
não tem invólucro
 Alguns fagos são estruturalmente
muito complexos, cabeça e cauda
complexas

Adelaide Almeida
Microbiologia

Bacteriófagos
 Os bacteriófagos do grupo T tem
sido os fagos mais estudados,
principalmente os T-even (T2, T4,
T6)
 Vírus de DNA grandes e complexos
(com cabeça e cauda, sem invólucro)
 O seu ciclo de replicação em
Escherichia coli é usado como
modelo para os outros vírus

Adelaide Almeida
Microbiologia

Bacteriófagos
 Para os vírus de bactérias o
ciclo completa-se em 20-60
minutos (tempo de explosão) e
o número de explosão varia
entre 150 e 20.000
 Podem ser temperados (não
produtivos) ou líticos
(produtivos)

Adelaide Almeida
Microbiologia

Bacteriófagos
Bacteriófagos dsDNA icosaédricos
 O DNA é replicado directamente como nas células não
infectadas

 Simetria icosaédrica
 Principal constituinte da cápside é uma proteína simples com
60 cópias
 Nos vértices do icosaédro existem estruturas semelhantes
aos “espinhos”
 Contém quantidade limitada de informação
 Ex: Fago Ø X174 (infecta Escherichia coli)
Adelaide Almeida
Microbiologia

Bacteriófagos
Bacteriófagos filamentosos de ssDNA
 O ssDNA entra na célula e é convertido na forma replicativa
dsDNA, este origina as 2 formas de DNA: cadeias positivas e
negativas, a cadeia negativa forma uma cadeia complementar
que serve como mRNA
 Simetria helicoidal
 Fagos pequenos (6 nm Ø)
 Infectam apenas células F+ (adsorsão através dos F-pili

Adelaide Almeida
Microbiologia

Bacteriófagos
Bacteriófagos filamentosos de ssDNA
 Os fagos são libertados por extrusão através da parede
celular, processo que não destrói a bactéria
 Os vírus não se acumulam na célula, vão-se libertando
 O hospedeiro continua a crescer embora mais lentamente
 As placas fágicas correspondem a zonas de crescimento
reduzido no tapete celular
 Exemplos: Fago M13 e fagos fd

Adelaide Almeida
Microbiologia

Bacteriófagos
Bacteriófagos
filamentosos
 Exemplos:
Fago M13 e
fagos fd

Adelaide Almeida
Microbiologia

Bacteriófagos
Bacteriófagos dsDNA: vírus líticos
 A replicação ocorre normalmente como nas células não
infectadas

 Vírus líticos porque destroem o hospedeiro ao serem
libertados
 Inclui os bacteriófagos da série T (T1 a T7)
 Bacteriófagos T-even (T2, T4 e T6), fagos grandes com
estrutura e replicação complicadas

Adelaide Almeida
Microbiologia

Bacteriófagos
Bacteriófagos dsDNA: vírus líticos
Fago T4
 Um dos fagos mais extensivamente estudados
 Estruturalmente complexo
 Cabeça hexagonal (85 x 110 nm)
 Cauda complexa (25 x 110 nm), com bainha, prato basal,
pescoço de conecção com colar e fibras
 25 tipos de proteínas

Adelaide Almeida
Microbiologia

Redundância terminal

Bacteriófagos Circularmente permutado

Bacteriófagos dsDNA: vírus líticos


Fago T4
 Genoma com terminações repetidas (concatamer)
 DNA linear mas é representado em circulo devido a
permutação circular
 DNA 650 x maior que a cabeça
 DNA apresenta uma base única: 5-hidroxilmetilcitosina (em
vez de citosina) com os grupos hidroxil glicosilados

Adelaide Almeida
Microbiologia

Bacteriófagos
Bacteriófagos dsDNA:
 Fago T4

Adelaide Almeida
Microbiologia

Bacteriófagos
Bacteriófagos temperados
Fago lambda
 DNA de cadeia dupla mas nas extremidades apresenta uma
cauda de cadeia simples
 Cabeça com 64 nm Ø e cauda com 150 nm de comprimento com
uma fibra única ligada à cauda (23 nm comprimento), terminações
complementares → DNA forma circulo
 O DNA ao inserir-se no DNA do hospedeiro inactiva alguns genes

Adelaide Almeida
Microbiologia

Bacteriófagos
Bacteriófagos
temperados
 Fago lambda

Adelaide Almeida
Microbiologia

Bacteriófagos
Bacteriófagos RNA
 Muitos bacteriófagos apresentam genoma de RNA
 Os mais conhecidos apresentam RNA de cadeia simples com
configuração positiva
 O RNA funciona directamente como mRNA
 Através de uma enzima do vírus é sintetizada uma cadeia
complementar que serve como molde para a síntese do RNA viral
 Infectam apenas células F+
 Fagos bastante pequenos (26 nm)
 Simetria icosaédrica (180 cópias de proteína)
 Exemplo: Fago MS2
Adelaide Almeida
Microbiologia

Bacteriófagos
Bacteriófagos RNA
 Fago MS2

Adelaide Almeida
Microbiologia

Vírus animais
 Tamanho muito variável, suficientemente
grandes para serem observados ao MO até
muito pequenos, sendo até difícil a sua
observação ao ME
 Processo de infecção semelhante ao dos
fagos T-even, com algumas excepções
notáveis:  locais de adsorsão na membrana celular e não na
parede
 como não têm cauda os locais de ligação estão
distribuídos por toda a cápside
 o vírus entra por inteiro na célula (transporte
activo, endocitose ou fusão com a membrana)
 replicação no citoplasma e no núcleo
Adelaide Almeida
Microbiologia

Vírus animais
Microbiologia

Vírus animais
 A infecção viral em animais pode
causar diferentes efeitos sobre as
células hospedeiras
 Infecção lítica: destruição da célula
hospedeira
 Infecção persistente: (vírus com invólucro)
os viriões são libertados por um processo
lento semelhante à gemulação, a célula
produz vírus durante longos períodos de
tempo
 Infecção latente: há um desfasamento entre a infecção e a manifestação dos
sintomas, os sintomas aparecem esporadicamente quando o vírus sai da fase de
latência
 Transformação de células hospedeiras: células normais são transformadas em células
tumorais (células com crescimento incontrolável)

Adelaide Almeida
Microbiologia

Vírus animais
Microbiologia

Vírus animais - DNA


Microbiologia

Vírus animais - RNA


Microbiologia

Vírus animais
Vírus ssRNA cadeia positiva
 Existem muitos vírus animais de RNA de cadeia positiva
 Ex: Família Picornavirus (Poliovirus, Rhinovirus, Vírus da
hepatite A)
 São muito pequenos (30 nm Ø)
 Estrutura icosaédrica com 60 unidades morfológicas por virião
 O RNA do vírus funciona directamente como mRNA
 Processo de replicação ocorre no citoplasma

Adelaide Almeida
Microbiologia

Vírus animais
Vírus ssRNA cadeia positiva
(Poliovirus)

Adelaide Almeida
Microbiologia

Vírus animais
Vírus ssRNA cadeia negativa
 Inclui Rhabdovirus, Orthomixovirus
(vírus Influenza), vírus Ebola
 O RNA não funciona directamente
como mRNA
 RNA polimerase converte a
cadeia negativa numa cadeia
positiva que é usado como mRNA
 Orthomixovirus apresenta genoma
segmentado

Adelaide Almeida
Microbiologia

Vírus animais Epidemias


Vírus ssRNA cadeia negativa
de gripe
 Vírus Influenza
 Replicação ocorre no núcleo
 Vírus com invólucro, com espinhos
 Hemaglutinina (HA)
 Neuramidase (NA)
 Genoma segmentado (7-8 moléculas)
 Simetria helicoidal
 Polimórficos devido ao processo de
libertação (gemulação)
 Adsorção por endocitose
Microbiologia

Vírus animais
Vírus ssRNA cadeia negativa
 Vírus Influenza
Microbiologia

Vírus animais
Vírus ssRNA cadeia negativa
 Vírus Influenza
Vírus

Ortomixovírus (vírus influenza)

 Existem 3 tipos imunológicos:

 Vírus influenza tipo A altamente variável antigenicamente


 Homem e animais

 Vírus influenza tipo B pode exibir alterações antigénicas


 Homem

 Vírus influenza tipo C é antigenicamente estável


 Homem e suínos
Adelaide Almeida
Vírus

Vírus influenza
Alterações
Maioria dos súbitas nos
Genoma segmentos codifica
só uma proteína. antigénios da
superfície viral.
 RNA de cadeia simples,
segmentado:
 Tipos A e B - 8 segmentos
Explica as
 Tipo C - 7 segmentos características
 Implicações do genoma segmentado epidemiológicas
 Em células co-infectada por 2 vírus da doença.
diferentes de determinado tipo pode
haver mistura de segmentos –
reagrupamento genético Dificulta o
desenvolvimento
de vacinas.
Adelaide Almeida
Vírus

Glipoproteínas
 Apresentam 2 glicoproteínas no invólucro
– determinam a variação antigénica e a imunidade
do hospedeiro:
 Hemaglutinina – HA -(25% da proteína viral)
 Neuraminidase – NA -(5% da proteína viral)
 Usadas para a sub-tipagem dos vírus
 São conhecidos:
Em muitas combinações
 15 subtipos de HA (H1-H15) em animais, aves e seres
 9 subtipos de NA (N1-N9) humanos.

 Em humanos
 4 subtipos de HA (H1-H2, H3, H5)
 2 subtipos de NA (N1-N2) Adelaide Almeida
Vírus

Hemaglutinina

 Faz a ligação das partículas virais às células dos hospedeiros


 É contra esta proteína que são dirigidos os anticorpos
neutralizantes
 A variação da HA origina:
 Aparecimento de novas estirpes
 Epidemias de gripe

Adelaide Almeida
Vírus

Neuraminidase

 Também é importante na determinação do subtipo do vírus


 Actua no final da replicação do vírus
 Facilita a libertação das partículas virais da superfície das
células e evita a auto-agregação dos viriões
 É uma enzima sialidase, remove o ácido siálico dos
glicoconjugados
 Remove resíduos de ácido siálico das glicoproteínas virais
 É possível que ajude o vírus a tranpor a camada de muco das
vias respiratórias

Adelaide Almeida
Vírus

Distribuição dos subtipos das


proteínas Neuraminidase e
Hemaglutinina do vírus
Influenza A na natureza. Lima
et al., Vírus da Gripe, 2000

Adelaide Almeida
Vírus

Impulso antigénico e Não ocorrem em


outros agentes das
mudança antigénica vias respiratórias.

 Ocorrem alterações antigénicas frequentes em HA e em NA


 Os 2 antigénios sofrem variação independentemente um do
outro
Mutações no gene →
Impulso antigénico (“antigenic drift”) alterações na glicoproteína
 Alterações menores
Reagrupamento genético
Mudança antigénica (“antigenic shift”) em células co-infectadas.
 Alterações maiores
 Resultam no aparecimento de um novo subtipo
Adelaide Almeida
Vírus

Adelaide Almeida
Vírus

Dois
mecanismos que
geram
variações nos
antigénios de
superfície do
vírus Influenza.
(a) “drift”
antigénico. (b)
“shift”
antigénico.

Adaptado do
Goldsby et al.;
Kubby
Immunology,
2000.
Adelaide Almeida
Vírus

Impulso antigénico e
Reagrupamento dos genes
mudança antigénica das glicoproteínas.

 Os 3 tipos de vírus sofrem impulso antigénico


 Apenas o tipo A sofre mudança antigénica
 Tipos B e C são restritos a humanos
 Tipo A circula em populações de animais e aves
 O vírus influenza de mamíferos provém do reservatório influenza
das aves (15 subtipos de HA e 9 subtipos de NA)
 Os vírus influenza não sofrem alteração antigénica nas aves
 Vida curta
 Genes que causaram pandemias em humanos ainda permanecem
inalterados no reservatório de aves
Adelaide Almeida
Vírus

Replicação do vírus

Adelaide Almeida
Vírus

Infecções em seres humanos

 Porpagação de pessoa a pessoa (perdigoto, mãos, superfícies)


 Infecção das células do epitélio respiratório
 NA viral reduz a viscosidade do muco das vias respiratórias
(atige regiões inferiores do tracto)
 Ocorre destruição celular e descamação da mucosa das vias
respiratórias
 A lesão reduz a resistência aos invasores bacterianos
secundários:
 Estafilococos, estreptococos e Haemophilus influenza

Adelaide Almeida
Vírus

Infecções em seres humanos

 A infecção pode apresentar complicações: pneumonia e


síndrome de Reye
 Produção de interferon 1 dia após infecção, anticorpos após
1 semana
 A imunidade é específica do subtipo
 Resistência à infecção está relacionada com o anticorpo
dirigido a HA
 A redução da gravidade da doença e da capacidade de
transmitir o vírus por contacto está relacionada com
anticorpos dirigidos à NA

Adelaide Almeida
Vírus

Epidemiologia
 Subtipo C – doença respiratória, mas não epidemias
 Subtipo B – algumas vezes epidemias
 Subtipo A – atravessa continentes e causa epidemias em
todo o mundo – pandemias
 Gripe atinge pico no Inverno
 Vírus das aves são excretados nas fezez e tansmitido pela
água (migram de pássaros selvagens para pássaros
domésticos e porcos)
 Pequenos surtos ocorrem em forma de onda
 Período entre ondas 2-3 anos para subtipo A
 A cada 10-40 anos aparece um novo subtipo - pandemia

Adelaide Almeida
Vírus

Pandemias Excepção, estirpes


pandémicas resultaram
de reagrupamento –
 1918 (H1N1) – Gripe Espanhola entre aves e humanos.
 1957 (H2N2) – Gripe Asiática Porcos são reservatórios
mistos para
 1968 (H3N2) – Gripe de Hong Kong reagrupamento –
receptores para os 2
tipos de vírus.
Surtos
 1997 (H5N1) – Hong Kong Vírus das aves)
 18 casos, 6 mortes
 Vírus aparentemente não era transmitidos de humano para
humano
 Apresentavam os 8 segmentos de RNA dos vírus das aves –
reagrupamento genético entre vírus das aves e de humanos
inexistente Adelaide Almeida
Vírus

Pandemias

Adelaide Almeida
Microbiologia

Vírus animais
Vírus RNA de cadeia dupla - Reovírus
 O nome Reovirus resulta dos termos: respiratório, entérico e órgão
 Inclui o Rotavirus (maior causa de diarreia em crianças 6-24
meses)
 São os únicos vírus animais de RNA de cadeia dupla
 A cadeia dupla de RNA é inactiva como mRNA , o 1º passo na
replicação é a transcrição, usando a cadeia negativa como modelo,
para produzir mRNA

Replicação pelo método assimétrico (uma cadeia é usada como


modelo e o produto resultante serve como molde para produzir a
hélice dupla)
Microbiologia

Vírus animais
Vírus RNA de cadeia dupla
Reovírus
Microbiologia

Vírus animais
Vírus RNA de cadeia dupla - Reovírus
 Genoma com 10-12 moléculas de RNA
 A dificuldade em desenrolar a hélice dupla de RNA e a
susceptibilidade da cadeia simples à clivagem na célula limita o
tamanho da molécula de RNA
 A fragmentação do genoma em várias moléculas parece ser uma
adaptação para ultrapassar esta limitação
 A replicação ocorre exclusivamente no citoplasma
 Vírus sem invólucro
 Simetria icosaédrica (nucleocápside 60-80 nmØ)
 Cápside dupla
Microbiologia

Em países em desenvolvimento
3,5 milhões de mortes/ano de
Vírus animais crianças em idade pré-escolar.
Vírus

Já existe vacina.
Rotavírus
 Causa mais comum de diarreia em crianças
 Diarreia
Em lactentes e crianças a perda
 Febre intensa de líquidos pode ser fatal.
 Dor abdominal
60-70% dos casos de gastroenterite
 Vómitos aguda hospitalizados a nível mundial
são devidos a rotavírus.
 Desidratação
 Infeções em adultos também são importantes
 Infetam as microvilosidades do intestino delgado
 Codificam a enterotoxina NSP4
Primeira enterotoxina viral
 Não são cultiváveis descrita, induz a diarreia.
Microbiologia

Vírus animais
Vírus de DNA
 A maior parte dos vírus DNA contém cadeia dupla (um grupo
- Parvovirus - contém DNA de cadeia simples)
 As famílias principais são:
 Papovavirus
 Herpesvirus
 Poxvirus
 Adenovirus
 O mRNA é produzido a partir de uma das cadeias da dupla
hélice
 A replicação ocorre no núcleo com a excepção dos Poxvirus
Microbiologia

Vírus animais
Vírus de DNA
Microbiologia

Vírus animais
Vírus de DNA
Herpesvíros
 Causa uma grande variedade de doenças no homem e nos animais
 Herpes (Herpes simplex I e II)
 Varicela
 Zona
 Infecção mononucleosídica
 Linfoma (Epstein-Barr)
 Alguns Herpesviruses tem a capacidade de permanecer na célula,
por longos períodos, no estado latente

Adelaide Almeida
Microbiologia

Vírus animais
Vírus de DNA
Adenovírus
 Maior família de vírus icosaédricos
 Tem a característica única de infectar as
glândulas humanas (adenoides e amígdalas)
 Causam infecções respiratórias
 Tem sido isolados de indivíduos aparentemente
saudáveis

Adelaide Almeida
Microbiologia

Vírus animais
Retrovírus
 Vírus de RNA (2 moléculas de RNA de cadeia simples)
 O termo retro refere-se ao facto de apresentarem
replicação reversa
 Replicam-se através de DNA intermediário usando a
enzima transpticase reversa
 O RNA não é usado como mRNA embora pudesse ser

Adelaide Almeida
Microbiologia

Vírus animais
Retrovírus
 O processo de replicação pode ser sumarizada nos seguintes
passos:
 Entrada na célula
 Transcrição reversa de uma das moléculas RNA em ssDNA que é,
posteriormente, convertida em dsDNA pela transpticase reversa
 Integração da cópia DNA no genoma do hospedeiro Pode
permanecer
 Transcrição do DNA para mRNA e produção de
no estado
novo RNA viral latente
 Montagem do RNA em cápsides no citoplasma
 Gemulação com formação de invólucro na membrana citoplasmática
Adelaide Almeida
Microbiologia

Vírus animais
Retrovírus

Adelaide Almeida
Microbiologia

Vírus animais
Retrovírus
 O genoma ao integrar-se no ácido
nucleico do hospedeiro pode
introduzir neste genes estranhos
que podem alterar as células
 Primeiros vírus conhecidos que
provocam cancro
 Responsáveis pelo síndroma de
imunodeficiência adquirida (SIDA)

Adelaide Almeida
Vírus

Vírus da imunodeficiência humana


e lentivírus
 A SIDA representa um dos mais problemas importantes
problemas de saúde mundial do início do Sec. XXI
 A doença foi descoberta em 1981 e o HIV-1 foi isolado
em 1983
 Actualmente milhões de pessoas estão infectadas no
mundo inteiro
 A infecção permanece(?) por toda a vida
 O HIV pertence à sub-família Lentivirinae dos lentivírus

Adelaide Almeida
Vírus

Vírus da imunodeficiência humana e


lentivírus
 Há 2 tipos: HIV-1 e HIV-2
 HIV-1, presente em todo o mundo, na Índia 80% das
pessoas estão infectadas por este tipo
 HIV-2, presente principalmente na África e também na
Índia
 Algumas pessoas são infectadas pelos 2 tipos
 Pessoas infectadas só pelo HIV-2 vivem mais tempo que
as infectadas pelo HIV-1
 Possibilidade de transmissão de HIV-2 de mãe para filho
é muito rara
Adelaide Almeida
Vírus

Vírus da imunodeficiência humana e


lentivírus
 RNA mais complexo que o dos vírus transformadores
 Contém 3 genes necessários para a replicação – gal, pol e
env
 Até 6 genes adicionais - regulam a expressão viral e são
importantes na patogenia da doença
 Funções de outros genes ainda não estão definidas
 São observadas regiões divergentes em genomas de
indivíduos infectados

Adelaide Almeida
Vírus

Infecção por lentivírus


 Transmitido através de troca de líquidos orgânicos
 Sangue, sexo e nascimento responsáveis por quase todas as infecções
 Persistem(?) indefinidamente no hospedeiro
 Apresentam taxa elevada de mutação (“quase-espécies”)
 Infectam células totalmente diferenciadas que não sofrem mais
divisão (monócitos e macrófagos)
 Os monócitos transportam o vírus sem que seja reconhecido pelo
sistema imunitário
 Nos macrófagos a disseminação é restrita
 Infectam linfócitos
 Utilizam a molécula CD4 como receptor e quimiocinas como co-
receptor
Adelaide Almeida
Vírus

Infecção por Duração entre a infecção 1ª e


a viremia cerca 10 anos, sem
lentivírus tratamento morte após 2 anos.

 Após infecção 1º há um período de 4-11 dias entre a infecção


das mucosas e a viremia inicial
 Viremia ocorre entre 8-12 semanas (orgãos linfóides são
invadidos)
 Síndrome ≈ à mononucleose
 Decréscimo no nº células T CD4
 Resposta imune
 Diminuição de viremia
 Diminuição no decréscimo de células CD4
 Células infectadas persistem nos gânglios linfáticos
Adelaide Almeida
Vírus

Infecção por lentivírus


 O período de latência pode estender-se até 10 anos
 Aparecimento de sintomas constitucionais e doença clinicamente
aparente (infecções oportunistas e neoplasias)
 Níveis de vírus muito elevados no plasma
 HIV muito mais virulento e citopático que as partículas da fase
inicial
 Desvio de estirpes M-trópicas para T-trópicas

As consequências da disfunção das


células CD4+ pela infecção são
desvastadores – resposta imunitária.
Adelaide Almeida
Vírus

Infecção por lentivírus


Vírus

Manifestações clínicas

 Sintomas inespecíficos:
 Fadiga
 Erupção cutânea
 Cefaleia
 Náuseas
 Pesadelos
 Os sintomas mais graves são precedidos por:
 Diarreia, emagrecimento, placas brancas na língua, febre,
dificuldades respiratórias,…

Adelaide Almeida
Vírus

Infecções oportunistas
 A morte em pacientes infectados com HIV depende das infecções
oportunistas:
 Protozoários – Toxoplasma gondii, Isospora belli,
Cryptosporidium
 Fungos – Candida albicans, Cryptococcus neoformans,
Coccidioides immitis, Histoplasma capsulatum, Pneumocystis
carinii
 Bactérias – Mycobacterium avium, Mycobacterium tuberculosis,
Listeria monocytogenes, Nocardia asteroides, Salmonella,
Streptococcus
 Vírus – citomegalovírus, herpesvírus simples, vírus varicela-
zoster, adenovírus, poliomavírus, vírus hepatite B

Adelaide Almeida
Vírus

Cancro
 Pacientes com SIDA exibem acentuada pré-disposição ao
desenvolvimento de câncro:

 Linfoma não-Hodgkin
 Sarcoma de Kaposi
 Câncro cervical
 Câncro anogenital 20.000 vezes mais
comum em doentes com
 Linfoma de Hodgkin
SIDA

Adelaide Almeida
Vírus

Diagnóstico laboratorial

 A infecção por HIV pode ser


detectada por:
 Isolamento do vírus
 Determinação sorológica dos
anticorpos virais
 Determinação do ácido nucleico
ou dos antigénios virais

Adelaide Almeida
Vírus

Diagnóstico Carga viral plasmática – melhor indicador da


evolução clínica a longo prazo.
laboratorial
Contagens de linfócitos CD4 – melhor
indicador do risco a curto prazo
(desenvolvimento de infecções oportunistas).

Adelaide Almeida
Vírus

Epidemiologia

 A SIDA foi reconhecida em 1981 nos USA em homens


homosexuais
 Vinte anos mais tarde transformou-se numa epidemia mundial
 Em 2000 havia 50 milhões de infectados no mundo inteiro
 Em 2000 tinham morrido 16 milhões de pessoas (13 milhões
de crianças órfãs)
 Em África 1 em cada 3 pessoas está infectada (60% dos
infectados vivem em África)
 Há 6 milhões de novos infectados anualmente

Adelaide Almeida
Vírus

Epidemiologia

Adelaide Almeida
Vírus

Prevenção, tratamento e controle

Antivirais
 Grande número de antivirais aprovado para
tratamento da SIDA
 Inibidores nucleosídicos e não nucleosídicos da enzima TR
 Inibidores da enzima protease viral (antivirais potentes,
protease distinta da das células humanas)
 Combinação de agentes anti-retrovirais em 1996
 Terapia tríplice em lactentes
 Monoterapia - mutantes resistentes a fármacos
 Poliquimioterapia - retarda o aparecimento de mutantes (alvo
múltiplas etapas da replicação)
Adelaide Almeida
Vírus

Prevenção, tratamento e controle

Vacinas
 Maior esperança para o controle da SIDA
 Preventiva
 Terapêutica
 Dificuldades:
 Mutações rápidas do vírus
 Não se expressa em todas as células
 Vírus não é eliminado pela resposta imune após infecção 1ª
 Falta de modelo animal apropriado para o HIV

Adelaide Almeida
Vírus

Prevenção, tratamento e controle

Medidas de controle
 Evitar comportamentos de risco
 Não foi detectado nenhum caso de transmissão
por exposições comuns:
 Espirro
 Tosse
 Compartilha de refeições
 Contactos casuais
 Mosquitos

Adelaide Almeida
Vírus

Prevenção, tratamento e controle

Educação sanitária
 Projectos de educação
 Qualquer relação sexual (excepto
monogâmica entre pessoas negativas) deve
ser protegida com o uso de preservativo
 Não compartilhar agulhas ou seringas
 Mulheres potencialmente expostas devem
fazer um teste antes de engravidar (se +
devem evitar a gravidez)
 Mães infectadas devem evitar amamentar
os filhos
Adelaide Almeida
Microbiologia

Doenças causadas por vírus

 Viroses do sistema respiratório


 Adenovirus
 Influenza
 Rhinovirus

Adelaide Almeida
Microbiologia

Doenças causadas por vírus

 Viroses dermotrópicas
 Herpes simplex (herpes)
 Herpesviridae (varicela)
 Herpes zoster (zona)

Adelaide Almeida
Microbiologia

Doenças causadas por vírus


 Viroses viscerotrópicas
 Febre amarela
 Dengue
 Mononucleose infecciosa
 Hepatite A
 Hepatite B

Adelaide Almeida
Microbiologia

Doenças causadas por vírus


 Febres virais
 Febre hemorágica
 Febre de Lassa
 Ébola
 Hanta vírus

Adelaide Almeida
Doenças causadas por vírus de DNA
Family Sub-Family Genus Virus Disease

Herpesviridae Alphaherpesvirinae Simplexvirus herpes simplex type 1 (HHV-1) cold sores, stomatitis, encephalitis

herpes simplex type 2 (HHV-2) sexually-transmitted genital herpes

Varicellovirus varicella zoster virus (HHV-3) chicken pox, zoster (shingles)

Betaherpesvirinae Cytomegalovirus cytomegalovirus virus (HHV-5) mononucleosis, pneumonia etc.

Roseolovirus human herpes virus type 6, 7 exthanthem subitum

Gammaherpesvirinae Lymphocryptovirus Epstein Barr virus (HHV-4) mononucleosis, Burkitt's lymphoma

Rhadinovirus human herpes virus type 8 Kaposi's sarcoma?

Poxviridae Orthopoxvirus variola virus smallpox

Molluscipoxvirus molluscum contagiosum virus molluscum contagiosum

Adenoviridae Mastadenovirus human adenovirus pneumonia, conjunctivitis, cystitis, enteritis

Papovaviridae Papillomavirus papillomavirus warts / papillomas, cervical carcinoma

Polyomavirus BK virus no symptoms

JC virus usually no symptoms,

Parvoviridae Erythrovirus human parvovirus (B19) erythema infectiosum (fifth disease)


Doenças causadas por vírus de RNA
Family Genus Virus Disease

Plus-strand viruses

Picornaviridae Enterovirus poliovirus poliomyelitis

Coxsackievirus hand-foot-mouth disease, myocarditis

echovirus enteritis, meningitis

Rhinovirus rhinovirus common cold

Hepatovirus hepatitis A virus 'infectious' hepatitis

Togaviridae Rubivirus rubella virus rubella (German measles)

Alphavirus Eastern equine encephalitis virus mosquito-borne encephalitis

Flaviviridae Flavivirus yellow fever virus yellow fever

dengue virus dengue fever, hemorrhagic fever

West Nile virus mosquito-borne encephalitis

Hepacvirus hepatitis C virus hepatitis

Coronaviridae Coronavirus human coronavirus common cold

Caliciviridae Calicivirus Norwalk virus enteritis, diarrheal disease


Doenças causadas por vírus de RNA

Minus-strand viruses
Paramyxoviridae Rubulavirus mumps virus mumps
Morbillivirus measles virus measles (rubeola)
Pneumovirus respiratory syncytial virus pneumonia, bronchitis
Paramyxovirus human parainfluenza virus 1 pneumonia, bronchitis
Rhabdoviridae Lyssavirus rabies virus rabies
Filoviridae Filovirus Ebola virus hemorrhagic disease
Arenaviridae Arenavirus Lassa fever virus Lassa fever
Orthomyxoviridae Influenzavirus A influenza A influenza

Influenzavirus B influenza B influenza

Influenzavirus C influenza C influenza


Bunyaviridae Hantavirus Sin Nombre virus acute respiratory distress

Double-stranded viruses
Reoviridae Rotavirus rotavirus enteritis, diarrhea disease
Doenças causadas por vírus transpticase
reversos DNA-RNA

Family Genus Virus Disease

Retroviridae Lentivirus human immunodeficiency viruses AIDS

"BLV-HTLV retroviruses" human T-cell leukemia viruses T-cell leukemia

Hepadnaviridae Orthohepadnavirus hepatitis B virus hepatitis

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