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Imobiliária é condenada a devolver arras em

dobro por distrato de compra de imóvel


Posted by: update imobiliário on: abril 3, 2013
 Em: responsabilidade civil (indenização)
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O juiz da 7ª Vara da Fazenda Pública do DF condenou a Beiramar Imóveis a devolver, em dobro, as
arras (sinal) pagas por uma cliente, que teve frustrada a compra de um apartamento no Guará II.
De acordo com a sentença, ficou evidenciada a responsabilidade da imobiliária (assumida em razão
de sua atividade econômica) pela desistência do negócio.
A autora contou que selecionou o imóvel no site da imobiliária e foi à empresa para fechar o
negócio. Ao ser atendida, foi informada que o apartamento estava totalmente desembaraçado, mas
que havia outros clientes interessados na compra, sendo aconselhada a providenciar o sinal no
valor de R$ 23.550,00 o mais rápido possível. Por esse motivo, a cliente disse que vendeu seu
carro por preço abaixo do mercado e pagou as arras no dia 27/8/2007.
Porém, segundo a autora, dias depois a imobiliária lhe telefonou informando que a negociação não
seria mais concretizada, pois a proprietária do apartamento não desejava mais vendê-lo. O distrato
foi realizado no dia 10 de setembro de 2007, no qual a imobiliária devolveu o valor do sinal.
Inconformada, a autora entrou na Justiça pleiteando a condenação da imobiliária ao pagamento de
danos morais por conta da não realização do sonho da casa própria, bem como danos materiais
correspondente ao valor do sinal devolvido, que deveria ser pago em dobro.
A Beiramar pediu a improcedência dos pedidos alegando que não era parte legítima para constar
no polo passivo da demanda, já que a venda não se concretizara por desistência da proprietária do
imóvel. E a proprietária, por sua vez, alegou que o negócio foi entabulado sem sua ciência, pois a
autorização dada à imobiliária, à época, para vender o imóvel, estava vencida e não fora renovada.
Na sentença, o juiz julgou improcedente o pedido de danos morais e procedente os danos
materiais. Segundo o magistrado, o argumento da Beiramar de que seria mera intermediadora do
negócio não prospera. “Destaco tratar-se de questão relacionada à responsabilidade objetiva da
empresa que presta os serviços de venda imobiliária, com base na teoria do risco negocial, pois
aufere lucro da atividade que realiza (art. 14, CDC). Embora a proposta de compra trate apenas da
desistência da compradora, que perderia o sinal se desistisse da compra, interpreta-se (com base
no art. 47 do CDC) que há a possibilidade de desistência também do vendedor, como houve,
havendo assim as mesmas consequências jurídicas. Isto é, a aplicação do art. 420 do CC/02, que
no presente caso consubstancia-se no pagamento em dobro do valor dado em arras, abatido do
valor que já foi restituído”, concluiu.
Cabe recurso da sentença.
Processo: 2007 01 1 126238-8
Fonte: TJDFT

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