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RELATÓRIO DE PESQUISA
MARCELO KROKOSCZ
MARICI SAKATA
ROGÉRIO MUGNAINI
DOROTEA FILL
SÃO PAULO
2013
APRESENTAÇÃO
Nesse relatório, que ora se apresenta, encontra-se uma primeira consolidação dos
dados obtidos, evidenciando resultados interessantes e pertinentes para futuras propostas
de ação, quer seja pelo Sistema Integrado de Bibliotecas, pela Pró-Reitoria de Pós-
Graduação ou quaisquer outras unidades USP interessadas na temática.
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 6
2 REVISÃO DA LITERATURA SOBRE PLÁGIO .................................................................................. 9
2.1 A ORIGEM DO PLÁGIO ......................................................................................................... 9
2.2 SIGNIFICADO DO PLÁGIO .................................................................................................. 10
2.3 TIPOS DE PLÁGIO .............................................................................................................. 11
2.4 FORMAS DE ENVOLVIMENTO COM O PLÁGIO ................................................................. 15
2.5 PLÁGIO E CONHECIMENTO COMUM ................................................................................ 16
3 O CENÁRIO DO PLÁGIO ACADÊMICO NA ATUALIDADE............................................................ 18
3.1 O PLÁGIO ACADÊMICO ...................................................................................................... 20
3.2 MOTIVOS DE OCORRÊNCIA DO PLÁGIO ACADÊMICO ...................................................... 24
3.3 O FENÔMENO DO PLÁGIO ENTRE PÓS-GRADUANDOS .................................................... 25
3.4 PERCEPÇÕES DOS PÓS-GRADUANDOS BRASILEIROS SOBRE O PLÁGIO ............................ 27
4 METODOLOGIA DE PESQUISA .................................................................................................. 29
4.1 DESCRIÇÃO DO INSTRUMENTO......................................................................................... 30
4.2 ASPECTOS ESTUDADOS DE ACORDO COM A REVISÃO DE LITERATURA ........................... 31
5 RESULTADOS ............................................................................................................................ 38
5.1 PERFIL DEMOGRÁFICO DOS RESPONDENTES (PARTE C: Q25 a Q30)................................ 38
5.2 PERCEPÇÕES TEÓRICAS E CONCEITUAIS (PARTE A: Q1 a Q14) ......................................... 40
5.3 CONHECIMENTOS SOBRE CITAÇÕES E REFERÊNCIAS (PARTE B: Q15 a Q24) ................... 45
6 DISCUSSÃO .............................................................................................................................. 51
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................... 54
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 56
APÊNDICE A – INSTRUMENTO DE PESQUISA .............................................................................. 62
APENDICE B – TABULAÇÃO DOS DADOS ..................................................................................... 70
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1 INTRODUÇÃO
brasileiras abordam a temática nas suas páginas eletrônicas oficiais de modo bastante
superficial comparado às melhores universidades internacionais ao redor do mundo
(KROKOSCZ, 2011). Além disso, o assunto vem se constituindo um tema de debate no meio
acadêmico (BIONDI, 2011; CAPES, 2011; CNPQ, 2011; FAPESP, 2011).
Cabe observar ainda que os dados obtidos não foram analisados exaustivamente,
havendo desta forma a possibilidade de que sejam aplicados testes estatísticos visando o
aprofundamento das conclusões até agora obtidas. Entretanto, isto não desmerece nada o
trabalho feito até este momento que diante da quase completa desinformação sobre a
temática do plágio traz inúmeras contribuições de ordem teórica e prática.
Boa leitura!
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“Commendo tibi, Quinctiane, nostros, Nostros dicere si tamen libelos possim, quos recitat tuus poeta.Si
de servitio gravi queruntur, assertor venias, satisque praestes, et cum se dominum vocatibille, dicas esse
meos, manuque missos. Hoc si terque qua terque clamitaris, Impones plagiário pudorem.”
(MARTIALIS, 1867)
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Plagiarius: 1. Est qui mancipia aliena sollicitat, cellat, supprimit, item qui
liberum hominem sciens emit, abducit, inuitum in servitude retinet. 2.
Transfertum as eum qui alieni libri se auctorem praedicat. V. Marcial.
(FORCELLINI, Lexicon Totius Latinitatis, 1940).
Plagiaire: [...] Personne qui utilize les ouvrages d´autrui en les démarquant
et en s´en appropriant le mérite. Contrefacteur, copiste, pillard, piller,
pirate. (LE ROBERT, Dictionnaire de La Langue Française, 1985).
2
De acordo com esta seção podem ser justificadas as seguintes questões do instrumento de pesquisa:
Q1; Q2.
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A definição do que é plágio pode até ser admitido como um tipo de conhecimento
que é compartilhado: de forma mais ou menos generalizada, as pessoas parecem saber que
plagiar significa copiar. Contudo, esta noção não é suficiente para caracterizar as
diferentes formas de manifestação do plágio.
fontes e entregar trabalhos feitos por outras pessoas (submitting someone else’s work).
(UNIVERSITY OF CAMBRIDGE, 2011).
Cabe observar que é possível ainda encontrar outras tipologias de plágio como o
caso do plágio de fontes (sources plagiarism) quando se reproduz as fontes de pesquisa
citadas por um autor sem indicar que se trata de citação de citação (MARTIN, 1994;
BADGE; SCOTT, 2009); além destes, o website Plagiarism.org apresenta uma lista com os
dez tipos mais comuns de plágio. (PLAGIARISM, 2013).
Então, ainda que o autor seja o mesmo, considera-se plágio de si mesmo quando
uma mesma obra é apresentada mais de uma vez, em situações diferentes sem que o
receptor do trabalho intelectual saiba que não se trata de produção original. É o tipo de
situação que pode ocorrer, por exemplo, quando um estudante entrega o mesmo trabalho
4
“You are a student at the Massachusetts Institute of Technology because of your demonstrated
intellectual ability and because of your potential to make a significant contribution to human thought
and knowledge.”
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“Do original work for each class. Don’t submit projects or papers that have been done for a previous
class.”
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para disciplinas diferentes com o objetivo de obter nota, quando um mesmo relatório de
pesquisa é submetido para revistas científicas distintas visando publicação ou quando
partes do mesmo trabalho acadêmico são apresentados a bancas de examinação diferentes
com o intuito de obtenção de novas titulações.
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De acordo com esta seção podem ser justificadas as seguintes questões do instrumento de pesquisa:
Q4; Q5; Q6.
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Portanto, mesmo que o plágio ocorra por uma falha técnica no reconhecimento
das fontes sem que tenha havido qualquer intenção de má-fé, no âmbito acadêmico
considera-se que a responsabilidade continua sendo do redator.
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De acordo com esta seção podem ser justificadas as seguintes questões do instrumento de pesquisa:
Q21; Q 22.
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Há certos tipos de informação cujas fontes não precisam ser citadas porque se
tratam de conhecimento comum, ou seja, são informações que fazem parte do senso
comum e que em geral as pessoas possuem conhecimento compartilhado.
Além dos assuntos comuns também podem ser utilizados ditados populares,
menção de acontecimentos e datas históricas. Da mesma forma, algumas expressões que
entraram para a história como “o estado sou eu”, “ser ou não ser: eis a questão” entre
outras, acabam sendo usadas sem que seus autores sejam mencionados porque se supõe
que em geral as pessoas já sabem quem são.
Contudo, esta é uma questão sútil que pode gerar dúvidas. Como saber se o
conhecimento é comum ou não? Neste caso cabe a abordagem esclarecedora feita por
Miguel Roig:
Imagine that we are writing a paper and in it we have a need to discuss the
movement of sodium and potassium ions across a cell’s membrane (see the
Martini and Bartholomew paragraph above). Surely, those ideas are not
common knowledge amongst college students and if they were expected to
use those concepts in a paper they would be required to provide a citation.
However, let’s suppose that the individual writing the paper was a
seasoned neuroscientist and that she intended to submit her paper for
publication to a professional journal. Would the author need to provide a
citation for that material? Not necessarily. Although for the non-scientist
the description of the concentration gradients of sodium and potassium
ions inside neurons may look sufficiently complex and unfamiliar, the
material is considered common knowledge amongst neuroscientists. It
would, indeed, be shocking to find a neuroscientist or biologist who was
not familiar with those concepts.
Portanto, nem tudo é plágio, mas o discernimento sobre o que pode ser
caracterizado conhecimento comum ou não é algo que pode gerar dúvidas. Neste caso, o
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compreensão do que é plágio. Entre esta bibliografia, podem ser destacadas as seguintes
obras: Student dishonesty and its control in college de William Bowers; Plagiarism,
education and prevention: a subject-driven case-based approach, de Cara Bradley;
Plagiarism: alchemy and remedy, de Bill Marsh; The plagiarism handbook: strategies for
preventing, detecting, and dealing with plagiarism de Robert A. Harris; Stop plagiarism: a
guide to understanding and prevention de Vibiana Bowman Cvetkovic e Katie Elson
Anderson.
Além disto, verifica-se uma série de iniciativas globais que denotam esforços de
pesquisa voltados para a investigação e compreensão do plágio no âmbito acadêmico. No
continente europeu, verifica-se que o enfrentamento do plágio vem sendo feito
sistematicamente há pelo menos uma década e um destaque neste processo é a realização
a cada dois anos da International Conference on Plagiarism que reúne pesquisadores do
mundo inteiro. Além disso, atualmente está em andamento um mapeamento sobre as
percepções de estudantes, professores e gestores sobre a ocorrência do plágio no velho
continente. Resultados preliminares deste projeto serão apresentados no evento Impacts
and Polices for Plagiarism in Higher Education Across Europe and Beyond (IPPHEAE) que
foi realizado na cidade de Brno, na Repúblicca Tcheca, em junho de 2013. No continente
australiano há uma publicação semestral intitulada International Journal for Educational
Integrity, dedicada exclusivamente à discussão de questões relacionadas à integridade
acadêmica como plágio, desonestidade, Códigos de Honra, etc.
Não obstante, trinta anos depois, o estudo feito por Bowers foi reproduzido e
constatou-se que os índices continuavam os mesmos, com pequenas oscilações
relacionadas à gênero e percepções quanto à definição de plágio (MCCABE; TREVINO,
1997). Desde essa época, os estudos realizados por McCabe e colegas têm evidenciado que
fatores externos; tais como existência de Códigos de Honra, cultivo de ambiente acadêmico
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confiável, existência de regras claras e punições, tamanho das instituições e turmas, entre
outros; exercem influência positiva na criação de um ambiente confiável entre os próprios
estudantes e em relação aos professores ( MCCABE; TREVINO; BUTTERFIELD, 2001; 2002;
MCCABE; PAVELA, 2005). Assim, do ponto de vista prático, a promoção da integridade
acadêmica entre estudantes requer a implementação de estratégias como “palestras
durante o processo de orientação, a criação de websites e orientações éticas nos manuais
de alunos e constar dos programas de ensino” (MCCABE; BUTTERFIELD; TREVINO, 2006,
p. 294, tradução nossa).
Embora o plágio seja um problema do âmbito dos direitos autorais, não se limita
apenas a este campo no qual é convencionalmente considerado uma infração de
propriedade intelectual. Acadêmicos e juristas concordam que esta concepção refere-se ao
aspecto de uso sem consentimento de obra alheia, mas não contempla aspectos
relacionados à reputação do autor e à dissimulação da autoria (HARRIS, 2001; POSNER,
2007). Green (2002) adequadamente observa que a concepção original de plágio remonta
aos primeiros séculos da era cristã, precedendo assim a subordinação moderna do termo
aos limites jurídicos os quais foram instituídos no início do século XVIII.
(and failed to attribute) a mere idea, a work that was not under copyright,
or only a small excerpt of someone else’s work would be guilty of
plagiarism but not copyright infringement. (GREEN, 2002, p. 201).
Whenever you do written work you must differentiate between your own
ideas and those, which you did not think of yourself, but which you have
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read elsewhere – in particular you must distinguish what you have written
from what you are quoting. You commit plagiarism in written work when
you use another person’s words, ideas or opinions without acknowledging
them as being from that other person. You do this when you copy the work
word-by- word (verbatim); or submit someone else’s work in a slightly
altered form (such as changing a word with one meaning to another word
with the same meaning); and you do not acknowledge the borrowing in a
way that shows from whom or where you took the words, ideas or
reasoning. You must provide references whenever you quote (use the exact
words), paraphrase (use the ideas of another person, in your own words)
or summarise (use the main points of another’s opinions theories or data.).
It does not matter how much of the other person’s work you use (whether
it is one sentence or a whole section), or whether you do it unintentionally
or on purpose; if you present the work as your own without acknowledging
that person, you are committing theft. You are taking someone else’s work
and passing it off as your own. Because of this, plagiarism is regarded as a
very serious offence and carries heavy penalties. (UNIVERSITY OF CAPE
TOWN, 2005)
No Brasil tais informações não são comumente encontradas nos websites das
universidades. Contudo, a Comissão de Avaliação de Casos de Autoria da Universidade
Federal Fluminense produziu uma cartilha com orientações práticas sobre o plágio na qual
considera que “o plágio acadêmico se configura quando um aluno retira, seja de livros ou
da Internet, ideias, conceitos ou frases de outro autor (que as formulou e as publicou), sem
lhe dar o devido crédito, sem citá-lo como fonte de pesquisa.” (UNIVERSIDADE FEDERAL
FLUMINENSE, 2008).
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De acordo com esta seção podem ser justificadas as seguintes questões do instrumento de pesquisa:
Q10; Q11
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Pesquisa feita por Ed et all (2010) com o intuito de investigar os índices e possíveis
causas para ocorrência do plágio entre pós-graduandos das áreas de ciências, tecnologia,
engenharia e ensino de ciências e matemática, verificou que o plágio é um problema
comum a todas as áreas e envolve principalmente estudantes que possuem a língua
inglesa como segundo idioma, é caracterizado geralmente como não intencional e decorre
de dificuldades pessoais na forma de usar a literatura primária na fundamentação teórica.
Além disto, é preciso reconhecer que a pressão por produtividade acadêmica como
meio de garantia de bolsas e aprovação curricular tem fomentado a ditadura do “publish or
perish” entre os membros da comunidade acadêmica, contribuindo para a banalização da
produção científica devido à inversão entre quantidade e qualidade (BIONDI, 2011).
Além dos fatores elencados aqui, tais como categorias de envolvimento (acidental
ou intencional), motivos de ocorrência (desconhecimento, erro, dificuldade com o idioma
internacional, pressão por produção, etc.), níveis de ocorrência (educação básica,
graduação, pós-graduação...), responsáveis envolvidos (aluno, professores, gestores,
instituições...) há outros aspectos envolvidos neste fenômeno tais como aspectos culturais,
políticas institucionais, formação autoral do pesquisador, entre outros, que são elementos
ainda inexplorados, mas que estão diretamente relacionados ao plágio. Assim, o que
parece suficientemente claro é que de fato o plágio é um fenômeno complexo sobre o qual
se tem pouco conhecimento e fazer coro com Schneider (1990) assumindo humildemente
que “talvez sejamos mais plagiários do que cremos e menos originais do que pensamos” e
suficientemente corajosos para reconhecer que as “Institutions are still poorly equiped to
deal with it” (MADDOX, 1995, p. 721). É neste sentido que o enfrentamento do plágio vem
sendo feito, com a clara concepção de que o “reconhecimento do problema é o começo da
solução” (PECORARI, 2003, p. 343, tradução nossa).
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4 METODOLOGIA DE PESQUISA
das Normas Técnicas para a elaboração de trabalhos Q20. Um determinado autor reutiliza partes
científicos. integrais de textos que tinha sido escrito e
publicado por ele anteriormente em um
novo trabalho que será submetido para
publicação inédita.
- Precisa citar a fonte
- Não precisa citar a fonte
Q21. Expressões e frases de obras que estão
em domínio público como “ser ou não ser:
eis a questão” ou “penso, logo existo”
quando utilizadas em um trabalho
acadêmico, o estudante:
- Precisa citar a fonte
- Não precisa citar a fonte
Aspectos estudados Justificativa Referencial Teórico Questões
Q23. Um estudante encontrou o seguinte
(PECORARI, 2003)
Verificar o grau de conhecimento dos estudantes fragmento de texto em uma fonte de
(FERREIRA; SANTOS, 2011)
pesquisados a respeito das Normas e Regras exigidas (FACHINI; DOMINGUES, 2008) pesquisa: “o conhecimento humano é
Conhecimento das para a elaboração de trabalhos científicos, (SILVA; DOMINGUES, 2008) criado e expandido através da interação
normas e regras de especialmente no que se refere às Normas Técnicas social entre o conhecimento tácito e o
prevenção de plágio para citações e referências. Objetivaram ainda conhecimento explícito. Chamamos esta
verificar se os estudantes pesquisados já tiveram interação de ‘conversão do conhecimento’”.
algum tipo de formação relacionada ao uso adequado Então ele decidiu usar somente a expressão
das Normas Técnicas para a elaboração de trabalhos “conversão do conhecimento” no trabalho
científicos. dele.
- Precisa citar a fonte
- Não precisa citar a fonte
Q24. Um estudante sintetiza no trabalho
que está redigindo uma informação sobre
uma pesquisa recente que foi divulgada
publicamente pela televisão.
- Precisa citar a fonte
- Não precisa citar a fonte
Aspectos estudados Justificativa Questões
Idade
Identificação do perfil dos participantes da pesquisa, tais como: idade, gênero, nacionalidade, Q25. Qual é a sua faixa etária?
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5 RESULTADOS
A faixa etária dos 3.497 participantes do estudo está majoritariamente entre os 26-
30 anos (40%), seguida das faixas etárias de 31 a 35 anos (21%) e de 20 a 25 anos (20%)
o que permite observar que 4/5 dos respondentes abrangem uma faixa etária com uma
variação máxima de 15 anos de idade (20 a 35 anos), caracterizando uma amostragem
jovem e compacta do ponto de vista etário.
Na terceira questão (Q3) foi apresentada uma afirmação que trata da reprodução
de fragmentos de outros textos, contudo fazendo a identificação da fonte em “lista de
referências no final do trabalho”. Neste caso, 63% dos respondentes concordaram que isto
caracteriza plágio, sendo que 26% concordaram plenamente com isto. Considerando-se
que de fato esta situação é considerada plágio pois, além da inclusão da fonte no final do
trabalho, nestes casos é necessária também a indicação (citação) da fonte no próprio texto
acrescido do uso de aspas e recuo devido à reprodução literal de partes do texto original.
Diante destas considerações, pode-se inferir que para 37% esta prática poderia ocorrer
devido à percepção de que este tipo de procedimento não caracteriza plágio. Observando-
se os resultados de outros estudos realizados sobre o plágio verifica-se que entre 30 a
50% dos trabalhos acadêmicos tem algum tipo de plágio (POSNER, 2007), entre eles
principalmente o plágio acidental (GREEN, 2002; ROIG, 2011).
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Outro fator que apareceu entre os motivos importantes para a ocorrência de plágio
foi a “ausência de normas de controle e punição da prática de plágio” que obteve 14,7%
das respostas. De fato, a banalização do plágio e a ausência de regras e sanções como, por
exemplo, a adoção de códigos de ética e a consideração do plágio e as consequências desta
prática já tiveram sua importância observada em outros estudos (MCCABE et al., 2001,
2002; MCCABE, D.; PAVELA, 2005).
feitos pelo próprio estudante. Considerando-se esta situação, verificou-se que 71,7% dos
respondentes consideram que isto é plágio (Q9).
Desta maneira, neste estudo foram realizadas algumas questões com o intuito de
verificar a percepção dos estudantes de pós-graduação quanto à precisão no uso de
citações e referências em trabalhos acadêmicos. Neste sentido, quando questionado se
“um estudante pode reescrever com suas próprias palavras uma reflexão de outro autor
sem citar a fonte” (Q16), a maioria dos respondentes assinalou adequadamente que não
(86,5%), pois de fato, a questão apresentada refere-se ao uso da paráfrase, o que, de
acordo com a literatura consultada e as convenções acadêmicas, embora não corresponda
a uma cópia literal de uma fonte original, ainda assim requer a atribuição adequada de
crédito, no caso com a devida indicação autoral (citação).
aspas ou recuo da margem do texto. Observou-se que 68,9% dos respondentes respondeu
NÃO, o que embora esteja correto reflete um grau de precisão menor comparado a questão
anterior. É um resultado que surpreende, pois se espera que haja mais clareza quanto à
inadequação da reprodução literal de uma fonte do que em relação ao uso de uma ideia ou
conteúdo original feito com as próprias palavras. Entretanto, pode-se supor que o segundo
período da questão que se refere à indicação da autoria (“[...] desde que indique a fonte
original [...]”) acabou influenciando a resposta SIM dos respondentes. Contudo, no caso da
reprodução literal, além da indicação da autoria é preciso que o fragmento copiado seja
destacado com o uso de aspas ou recuo, senão fica caracterizado o plágio. Este
desconhecimento ou imprecisão pode acontecer de forma involuntária, por negligência ou
desconhecimento das regras de escrita científica resultando na ocorrência de plágio
acidental, risco este, que no caso desta questão poderia ser atribuído aos 31,1% dos
respondentes que assinalaram SIM ou NÃO SEI.
Portanto, por meio deste conjunto de questões, parece ser necessário discutir a
falta de uniformidade e clareza dos participantes do estudo em relação ao que pode ser
caracterizado como conhecimento comum, bem como a implicação que isto tem em
relação a necessidade ou não do uso de citação das fontes. Observa-se que tal dificuldade
pode ser relacionada diretamente à ocorrência de plágio acidental.
adequação do ponto de vista da resposta esperada. Para 98,8% dos respondentes “Um
estudante que utiliza em seu trabalho uma imagem publicada originalmente em outro
material precisa citar a fonte.” Este resultado denota que é praticamente generalizada a
ideia de que a utilização de imagens extraídas de outros trabalhos precisa ter a fonte
reconhecida.
A questão vinte e três (Q23) aborda uma situação bastante específica e ainda não
muito divulgada na literatura e convenções acadêmicas. Refere-se a um tipo de plágio
chamado de Apt Phrase o que corresponde à reprodução de chavões, neologismos, novos
conceitos entre outros. Na questão apresentada os participantes são indagados sobre a
utilização de uma expressão criada originalmente e que é formada por três palavras
apenas (conversão do conhecimento) as quais correspondem a uma nova definição na área
das ciências sociais. Não obstante a especificidade da questão, para 72,3% dos
respondentes tal utilização “precisa ser citada” o que corresponde a resposta esperada.
6 DISCUSSÃO
Do ponto de vista de tais elementos demográficos, tendo como base a análise das
frequências relativas e absolutas das respostas obtidas, não foram observadas grandes
variações nas taxas de resposta principalmente em relação à Parte A (Q1 a Q14) do
questionário no qual foram abordadas as questões teóricas e conceituais sobre o plágio.
De acordo com os resultados obtidos as percepções dos respondentes são compartilhadas
de forma bastante homogênea sem variações significativas. Em relação à Parte B (Q15 a
Q24) do questionário na qual foram apresentadas questões práticas relacionadas ao
assunto, foi possível constatar um grau de precisão maior nas respostas dadas pelos
respondentes com as seguintes características: sexo feminino; faixa etária acima de 36
anos; cursando doutorado; da área das ciências da saúde.
ser desconsiderado, não se pode ignorar o fato de que motivos mais simples e práticos
foram apontados como elementos motivadores para a ocorrência do plágio e que por sua
vez, parecem ser muito mais fáceis de serem tratados.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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reasons and motivations for plagiarism. 9 CONTECSI - International Conference on
Information Systems and Technology Management. Anais... p.2851, 2012. São Paulo.
Prezado estudante:
Concordo Discordo
Concordo Indiferente Discordo
plenamente plenamente
2. Copiar literalmente (palavra por palavra) um parágrafo de um texto sem fazer qualquer
identificação da fonte consultada é plágio.
Concordo Discordo
Concordo Indiferente Discordo
plenamente plenamente
Concordo Discordo
Concordo Indiferente Discordo
plenamente plenamente
Concordo Discordo
Concordo Indiferente Discordo
plenamente plenamente
Concordo Discordo
Concordo Indiferente Discordo
plenamente plenamente
6. Durante a realização do seu curso de pós-graduação você conheceu algum colega que
cometeu PLÁGIO INTENCIONALMENTE na realização de trabalhos acadêmicos?
Sim, conheci
Não conheci
Concordo Discordo
Concordo Indiferente Discordo
plenamente plenamente
Concordo Discordo
Concordo Indiferente Discordo
plenamente plenamente
Concordo Discordo
Concordo Indiferente Discordo
plenamente plenamente
10. Entre os motivos abaixo, qual deles você considera que mais influencia a ocorrência do
plágio em trabalhos acadêmicos? Escolha a opção que considera MAIS IMPORTANTE.
Outros motivos
11. Em sua opinião qual ação é mais eficiente para prevenir o plágio nas atividades
acadêmicas?
Escolha a opção que considera MAIS ADEQUADA.
Ações educativas sobre a prevenção de plágio, tais como: aulas, palestras, seminários
etc.
Outros
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12. Em algum momento dos seus estudos realizados até aqui você aprendeu como se faz
citações e referências de textos/fontes de pesquisa que são utilizadas em trabalhos
acadêmicos?
Sim
Não
Concordo Discordo
Concordo Indiferente Discordo
plenamente plenamente
14. Assinale as ações adotadas pelas instituições de ensino superior nas quais você
estudou que tinham a finalidade de informar e orientar os estudantes para que o plágio
acadêmico fosse evitado.
Caso necessário, assinale mais de uma alternativa:
Não lembro de nenhuma atividade específica da instituição que tenha sido adotada
visando a informação e a orientação para que o estudantes evitassem a ocorrência de
plágio acadêmico.
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15. Um estudante pode utilizar em seu trabalho, sem fazer nenhuma identificação da fonte,
informações que são consideradas de conhecimento comum tais como acontecimentos,
fatos históricos e conhecimentos gerais de uma área?
Sim
Não
Não sei
16. Um estudante que está elaborando o texto de seu relato de pesquisa pode reescrever
com suas próprias palavras uma reflexão de outro autor sem citar a fonte?
Sim
Não
Não sei
17. Um estudante pode transcrever literalmente um texto de outra fonte sem colocá-lo
entre aspas ou em bloco recuado da margem, desde que indique a fonte original com o
sistema autor-data ou numérico?
Sim
Não
Não sei
19. Um estudante que utiliza em seu trabalho uma imagem publicada originalmente em
outro material.
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20. Um determinado autor reutiliza partes integrais de textos que tinha sido escrito e
publicado por ele anteriormente em um novo trabalho que será submetido para
publicação inédita.
21. Expressões e frases de obras que estão em domínio público como “ser ou não ser: eis a
questão” ou “penso, logo existo” quando utilizadas em um trabalho acadêmico, o
estudante:
22. Um estudante escreveu em seu trabalho, com suas próprias palavras que “Galileu
Galilei é considerado o pai da ciência moderna por ter desenvolvido o método
experimental”.
24. Um estudante sintetiza no trabalho que está redigindo uma informação sobre uma
pesquisa recente que foi divulgada publicamente pela televisão.
de 20 a 25 anos
de 26 a 30 anos
de 31 a 35 anos
de 36 a 40 anos
acima de 41 anos
Masculino
Feminino
Estudante de doutorado
Ciências Humanas
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Ciências da Saúde
Ciências Biológicas
Ciências Agrárias
Engenharias
Multidisciplinar
Brasil.
Outro (especifique)
Q6 Durante a realização do seu curso de pós-graduação você conheceu algum colega que
cometeu PLÁGIO INTENCIONALMENTE na realização de trabalhos acadêmicos?
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dez. 2013 – SIBiUSP e Pró-Reitoria de Pós-Graduação – dtsibi@usp.br
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Q14 Assinale as ações adotadas pelas instituições de ensino superior nas quais você
estudou que tinham a finalidade de informar e orientar os estudantes para que o plágio
acadêmico fosse evitado. Caso necessário, assinale mais de uma alternativa:
- Na instituição havia aula sobre o assunto plágio no programa de alguma das disciplinas do
curso.
- A instituição distribuía materiais impressos (guias, manuais, folhetos, cartazes) sobre o plágio
acadêmico.
- A instituição tinha uma página eletrônica com informações relacionadas ao plágio acadêmico.
- Não lembro de nenhuma atividade específica da instituição que tenha sido adotada visando a
informação e a orientação para que o estudantes evitassem a ocorrência de plágio acadêmico.
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Q15 Um estudante pode utilizar em seu trabalho, sem fazer nenhuma identificação da
fonte, informações que são consideradas de conhecimento comum tais como acontecimentos,
fatos históricos e conhecimentos gerais de uma área?
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Q16 Um estudante que está elaborando o texto de seu relato de pesquisa pode reescrever
com suas próprias palavras uma reflexão de outro autor sem citar a fonte?
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Q17 Um estudante pode transcrever literalmente um texto de outra fonte sem colocá-lo
entre aspas ou em bloco recuado da margem, desde que indique a fonte original com o
sistema autor-data ou numérico?
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Q19 Um estudante que utiliza em seu trabalho uma imagem publicada originalmente em
outro material.
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Q20 Um determinado autor reutiliza partes integrais de textos que tinha sido escrito e
publicado por ele anteriormente em um novo trabalho que será submetido para publicação
inédita.
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Q21 Expressões e frases de obras que estão em domínio público como “ser ou não ser: eis a
questão” ou “penso, logo existo” quando utilizadas em um trabalho acadêmico, o estudante:
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Q22 Um estudante escreveu em seu trabalho, com suas próprias palavras que “Galileu
Galilei é considerado o pai da ciência moderna por ter desenvolvido o método experimental”.
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Q24 Um estudante sintetiza no trabalho que está redigindo uma informação sobre uma
pesquisa recente que foi divulgada publicamente pela televisão.