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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

SISTEMA INTEGRADO DE BIBLIOTECAS

RELATÓRIO DE PESQUISA

PERCEPÇÕES DOS ALUNOS PÓS-GRADUANDOS DA USP


SOBRE A OCORRÊNCIA DE PLÁGIO EM TRABALHOS
ACADÊMICOS

SUELI MARA SOARES PINTO FERREIRA

MARCELO KROKOSCZ

EDSON LUIZ RICCIO

MARICI SAKATA

ROGÉRIO MUGNAINI

NELMA ZUBEK VALENTE

ELIZABETH ADRIANA DUDZIAK

DOROTEA FILL

SÃO PAULO

2013
APRESENTAÇÃO

Temas como ética na pesquisa, plágio e outros relacionados com a integridade


acadêmica passaram a ser foco de atenção das bibliotecas acadêmicas frente à
imensurável quantidade de informação disponível na web, em contrapartida à facilidade
de acesso e cópia, revalorizando ainda mais seu papel educacional e formativo.

Nesse sentido, o SIBiUSP implementou seu Programa Integridade em Pesquisa


visando promover o desenvolvimento de uma política institucional de ética e integridade
em pesquisa, sobretudo a pesquisa bibliográfica, a partir da proposição de diretrizes
relacionadas ao respeito aos direitos autorais e à propriedade intelectual, por meio de
ações integradas de conscientização e prevenção, em conjunto com os demais órgãos da
Universidade. Várias são as ações que o SIBiUSP tem desenvolvido nesse sentido, as quais
abrangem desde cursos diversos sobre redação científica, direitos autorais, até a aquisição
e oferta de serviços e software de prevenção e de detecção de plágio.

Dentre suas ações, o SIBiUSP coordenou um estudo realizado por um grupo de


docentes e servidores técnico-administrativos, em parceria com a Pró-Reitoria de Pós-
Graduação da USP, intitulado “Percepções dos pós-graduandos da Universidade de São
Paulo sobre a ocorrência de plágio no ambiente universitário”, mediante aplicação de
questionário online.

A proposta deste estudo foi conhecer as percepções dos pós-graduandos sobre a


prática do plágio em trabalhos e atividades acadêmicas, visando contribuir de modo
instrumental para o planejamento de estratégias institucionais que levem a ações efetivas
de prevenção do plágio acadêmico, conscientização da comunidade em torno dos direitos
autorais e estímulo à integridade e ética em pesquisa na Universidade de São Paulo.

Nesse relatório, que ora se apresenta, encontra-se uma primeira consolidação dos
dados obtidos, evidenciando resultados interessantes e pertinentes para futuras propostas
de ação, quer seja pelo Sistema Integrado de Bibliotecas, pela Pró-Reitoria de Pós-
Graduação ou quaisquer outras unidades USP interessadas na temática.

Nossos agradecimentos aos professores, alunos e servidores que participaram


dessa pesquisa e, em especial, ao prof. Dr. Vahan Agopyan, em nome de quem agradeço a
todos os assessores e assistentes da Pró-Reitoria de Pós-Graduação que apoiaram esse
estudo.
RESUMO

Projeto de pesquisa desenvolvido por grupo de docentes e funcionários da USP,


coordenado pelo Sistema Integrado de Bibliotecas, em parceria com a Pró-Reitoria de Pós-
Graduação da USP. O objetivo do estudo é conhecer as percepções dos estudantes de pós-
graduação da Universidade de São Paulo sobre a ocorrência de plágio no ambiente
acadêmico, mediante levantamento de caráter exploratório realizado a partir da aplicação
de questionário online com amostra não probabilística. A partir da análise dos resultados
e elaboração do relatório de pesquisa, espera-se contribuir de modo instrumental para o
planejamento de estratégias institucionais que levem a ações efetivas de prevenção do
plágio acadêmico, conscientização da comunidade em torno dos direitos autorais e
estímulo à integridade e ética em pesquisa. Obteve-se um conjunto de dados de 3.497
estudantes de pós-graduação da USP, que responderam de forma espontânea ao
instrumento de pesquisa, disponibilizado pela internet, com trinta questões. De acordo
com os resultados obtidos, constatou-se que os estudantes possuem noções espontâneas e
superficiais sobre o plágio, principalmente do ponto de vista teórico e conceitual.
Entretanto, é noção compartilhada de que o problema existe e ocorre por diferentes
razões, sejam elas de caráter ético, caso do plágio deliberado com o intuito de obter
melhores resultados, bem como devido a dificuldades pessoais relacionadas à redação
científica caso, por exemplo, da ineficiência na indicação de autoria e na identificação das
fontes (citações e referências) da forma requerida pelas convenções o que pode,
consequentemente, levar a ocorrência do plágio acidental, ou seja, modalidade na qual a
configuração da fraude não se dá por má fé, mas por imperícia técnica no uso das fontes
consultadas. De fato, observou-se que os estudantes que admitiram terem recebido tais
orientações técnicas são os que se sentem mais capacitados para evitarem o plágio
acadêmico. Contudo, admite-se que, embora o reforço e incentivo às ações desta natureza
sejam importantes, considerando-se os resultados obtidos, acredita-se ser urgente o
desenvolvimento e a implementação de ações institucionais com a finalidade de informar
e orientar a comunidade educativa, haja vista a alegação de mais da metade dos
respondentes de não lembrarem de já ter visto tais ações institucionais previamente.
Portanto, embora o treinamento técnico relacionado à normalização seja pré-requisito
importante no processo de elaboração de trabalhos de pesquisa, tal ação é insuficiente
para que o plágio acadêmico seja evitado se não se tem esclarecido o que o configura,
quais são as implicações relacionadas à sua ocorrência e como evitá-lo. Ou seja, há uma
série de aspectos que dimensionam o plágio como um problema que pode se manifestar
no trabalho acadêmico, uma vez que está relacionado a uma série de fatores imbricados,
entre eles, o papel e o comprometimento da instituição de ensino para que este problema
seja evitado ou, ao menos, minimizado. Tais resultados poderão subsidiar distintas
tomadas de decisão e ações institucionais para prevenção do plágio acadêmico junto ao
SIBiUSP e à Pró-Reitoria de Pós-Graduação.
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Uso de fontes equivocadas por acadêmicos ...................................................................... 26


Tabela 2 – Distribuição do público participante da pesquisa pela área de conhecimento da
pós-graduação e por gênero ................................................................................................................. 39
Tabela 3 – Percepção dos estudantes a respeito do aprendizado de normalização
bibliográfica e sua função didática de prevenir o plágio acadêmico ................................... 41
Tabela 4 – Motivos relacionados com a ocorrência de plágio .......................................................... 42
Tabela 5 – Ações consideradas eficientes para a prevenção do plágio ........................................ 43
Tabela 6 – Percepção dos estudantes sobre situação de autoplágio ............................................. 48
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 6
2 REVISÃO DA LITERATURA SOBRE PLÁGIO .................................................................................. 9
2.1 A ORIGEM DO PLÁGIO ......................................................................................................... 9
2.2 SIGNIFICADO DO PLÁGIO .................................................................................................. 10
2.3 TIPOS DE PLÁGIO .............................................................................................................. 11
2.4 FORMAS DE ENVOLVIMENTO COM O PLÁGIO ................................................................. 15
2.5 PLÁGIO E CONHECIMENTO COMUM ................................................................................ 16
3 O CENÁRIO DO PLÁGIO ACADÊMICO NA ATUALIDADE............................................................ 18
3.1 O PLÁGIO ACADÊMICO ...................................................................................................... 20
3.2 MOTIVOS DE OCORRÊNCIA DO PLÁGIO ACADÊMICO ...................................................... 24
3.3 O FENÔMENO DO PLÁGIO ENTRE PÓS-GRADUANDOS .................................................... 25
3.4 PERCEPÇÕES DOS PÓS-GRADUANDOS BRASILEIROS SOBRE O PLÁGIO ............................ 27
4 METODOLOGIA DE PESQUISA .................................................................................................. 29
4.1 DESCRIÇÃO DO INSTRUMENTO......................................................................................... 30
4.2 ASPECTOS ESTUDADOS DE ACORDO COM A REVISÃO DE LITERATURA ........................... 31
5 RESULTADOS ............................................................................................................................ 38
5.1 PERFIL DEMOGRÁFICO DOS RESPONDENTES (PARTE C: Q25 a Q30)................................ 38
5.2 PERCEPÇÕES TEÓRICAS E CONCEITUAIS (PARTE A: Q1 a Q14) ......................................... 40
5.3 CONHECIMENTOS SOBRE CITAÇÕES E REFERÊNCIAS (PARTE B: Q15 a Q24) ................... 45
6 DISCUSSÃO .............................................................................................................................. 51
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................... 54
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 56
APÊNDICE A – INSTRUMENTO DE PESQUISA .............................................................................. 62
APENDICE B – TABULAÇÃO DOS DADOS ..................................................................................... 70
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1 INTRODUÇÃO

No início de 2011 a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível


Superior (CAPES) divulgou para todas as instituições de ensino públicas e privadas
brasileiras recomendações relacionadas à adoção de “políticas de conscientização e
informação sobre a propriedade intelectual, adotando procedimentos específicos que
visem coibir a prática do plágio [...]” (CAPES, 2011). No mesmo ano o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo (FAPESP) estabeleceram diretrizes relacionadas à integridade nas
práticas de pesquisa destacando orientações específicas em relação a más condutas como
a fabricação ou invenção de dados, falsificação de resultados e plágio na elaboração dos
relatórios de pesquisa. (CNPq, 2011; FAPESP, 2011).

A apropriação ou apresentação indevida de obras alheias de caráter técnico,


artístico, literário e científico, entre outras, caracteriza uma fraude autoral que é praticada
desde a antiguidade, mas que vem repercutindo de modo alarmante sobretudo depois do
advento das novas tecnologias de informação e comunicação, caso dos processadores
eletrônicos de texto e da rede mundial de computadores.

No meio acadêmico o plágio adquire contornos específicos que diferem da forma


geralmente abordada no âmbito jurídico, sendo comum a observação na literatura de que
o plágio acadêmico não é um problema de propriedade intelectual. Um exemplo ilustrativo
disto é o caso do autoplágio, ou seja, a reprodução de obras de própria autoria sem a
devida citação e referências, caso este observado e orientado nas diretrizes nacionais do
CNPq e da FAPESP, mas também constatável na literatura e em outras diretrizes
institucionais. Além do caso do autoplágio, também configura uma preocupação das
instituições de ensino o comércio de trabalhos acadêmicos e o compartilhamento de
trabalhos entre grupos de amigos.

Devido a tais especificidades é possível verificar, sobretudo do ponto de vista da


literatura internacional, um aumento da produtividade científica e das publicações
relacionados ao plágio acadêmico nas últimas décadas visando ampliar a compreensão
sobre o fenômeno e como enfrenta-lo não só entre estudantes, mas até mesmo entre
pesquisadores profissionais (KOOCHER; KEITH-SPIEGEL, 2010). Contudo, do ponto de
vista nacional, já foi observado que a produção científica ainda é incipiente (KROKOSCZ,
2012), bem como já foi constatado que as melhores instituições de ensino superior
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brasileiras abordam a temática nas suas páginas eletrônicas oficiais de modo bastante
superficial comparado às melhores universidades internacionais ao redor do mundo
(KROKOSCZ, 2011). Além disso, o assunto vem se constituindo um tema de debate no meio
acadêmico (BIONDI, 2011; CAPES, 2011; CNPQ, 2011; FAPESP, 2011).

Considerando este contexto e o interesse em ampliar a compreensão sobre o


fenômeno do plágio entre os estudantes de pós-graduação da Universidade de São Paulo,
este estudo foi delineado com o escopo de responder a seguinte questão de pesquisa:
Quais são as percepções que os estudantes de pós-graduação da USP têm sobre a
ocorrência do plágio em trabalhos acadêmicos? O principal objetivo em relação a esta
pergunta é obter um conjunto de dados que permitam: i) identificar as representações e
opiniões que os estudantes têm em relação ao plágio; ii) analisar tais percepções
considerando-se as convenções e diretrizes encontradas na literatura e
institucionalizadas. Espera-se alcançar tais objetivos procedendo-se especificamente com
ações de pesquisa que visem: i) identificar o perfil dos respondentes; ii) identificar as
percepções que os participantes do estudo têm sobre os aspectos teóricos e conceituais
sobre o plágio; iii) examinar o conhecimento prático dos respondentes em relação a
situações ou afirmações relacionadas a procedimentos de reconhecimento de fontes de
pesquisa.

Sendo assim, o presente estudo é apresentado como uma proposta de elevada


relevância por corresponder a uma necessidade candente no meio acadêmico mundial a
qual está diretamente relacionada à qualidade da produção científica no que diz respeito a
integridade da elaboração dos relatórios de pesquisa de qualquer área acadêmica. Além
disto, trata-se de uma preocupação que extrapola os interesses locais ou domésticos, pois
devido a necessidade e até mesmo exigência da internacionalização da produtividade
científica, a qualidade dos relatórios de pesquisa apresenta-se como um dos elementos
considerados como pré-requisitos indispensáveis.

Espera-se que a partir dos resultados deste levantamento exploratório seja


possível ampliar a compreensão local sobre a problemática relacionada ao plágio obtendo
a partir daí condições mínimas que poderão contribuir de modo instrumental para
tomadas de decisões institucionais estratégicas que visem: 1) o fortalecimento de ações
que já são adotadas e precisam ser mantidas para o combate do plágio; 2) a escolha e
implementação de medidas que ainda não são adotadas, mas que podem auxiliar de modo
efetivo a prevenção e o controle da prática do plágio acadêmico.
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Finalmente, cabe observar que o presente relatório de pesquisa está elaborado de


acordo com a estrutura requerida para trabalhos científicos. Desta forma, na seção a
seguir será apresentada uma revisão da literatura nacional e internacional relacionada ao
plágio de acordo com o repertório de publicações acadêmicas (primárias) e editoriais
(secundárias), sem prejuízo da consideração das publicações e diretrizes institucionais
divulgadas por órgãos de pesquisa e instituições de ensino.

Na terceira seção deste trabalho, será descrito detalhadamente quais foram os


procedimentos metodológicos adotados para a obtenção dos dados de pesquisa, tais como
tipo de pesquisa, definição da amostra, instrumento de investigação adotado, entre outros
aspectos. Depois desta seção, serão apresentados os principais resultados observados com
a correspondente discussão. Nas considerações finais são elencadas as principais
constatações e algumas sugestões de encaminhamento a partir de então.

Cabe observar ainda que os dados obtidos não foram analisados exaustivamente,
havendo desta forma a possibilidade de que sejam aplicados testes estatísticos visando o
aprofundamento das conclusões até agora obtidas. Entretanto, isto não desmerece nada o
trabalho feito até este momento que diante da quase completa desinformação sobre a
temática do plágio traz inúmeras contribuições de ordem teórica e prática.

Boa leitura!
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2 REVISÃO DA LITERATURA SOBRE PLÁGIO

2.1 A ORIGEM DO PLÁGIO

No século II a. C. o direito romano tinha uma legislação específica para um tipo de


crime que consistia no sequestro de pessoas livres que eram tornadas escravas. Com o
intuito de coibir esta apropriação fraudulenta da vida alheia, foi criada a Lex Fabia de
Plarigriis (MANSO, 1987). Entretanto, o conceito de plagiarius (sequestrador) que era
atribuído às pessoas que se apropriavam da vida alheia foi aplicado também a quem se
apropriava de obra alheia, como por exemplo, poemas. O registro disto na história cabe ao
poeta romano Marcus Valerius Martialis que reiteradas vezes refere-se, em sua obra, a
uma categoria de falsos poetas que declamavam os poemas de Marcial como se fossem
deles (LEITE, 2008). De fato, no livro I, nos Epigrama 29 e 53, pode-se constatar que o
poeta romano recorre às autoridades romanas queixando-se de um certo Fidentine ao
qual chama de “plagiário” porque estava “sequestrando” seus poemas. (MARTIALIS, 1867).

Eu lhe recomendo meus versos, Quintiano, se é que eu posso denominá-


los assim, desde que eles são recitados por certo poeta que se diz seu
amigo. Se (meus versos) se queixam de sua penosa escravidão, seja o seu
defensor e o seu apoio; e se esse outro (poeta) se diz ser seu dono,
declare que (os versos) são meus e que eu os publiquei. Se isto é
proclamado repetidas vezes, você imporá vergonha ao plagiário.1
(MANSO, 1987, p.11-12).

Contudo, o plágio só passou a ser considerado oficialmente uma fraude autoral


com o surgimento da primeira Lei de Direitos Autorais, o Estatuto de Anne, em 1710,
quando a ideia de autor como proprietário de uma obra foi instituída oficialmente
(CHARTIER, 1999).

A partir de então, o plágio é entendido como um crime enquadrado nas


legislações de Direitos Autorais que existem ao redor do mundo e que no Brasil é a Lei
9610/98. Em suma, tais legislações resguardam os direitos de pessoas físicas ou jurídicas
que conceberam originalmente obras intelectuais, artísticas, comerciais, tecnológicas,
entre outras, coibindo que as mesmas venham a ser apropriadas indevidamente por

1
“Commendo tibi, Quinctiane, nostros, Nostros dicere si tamen libelos possim, quos recitat tuus poeta.Si
de servitio gravi queruntur, assertor venias, satisque praestes, et cum se dominum vocatibille, dicas esse
meos, manuque missos. Hoc si terque qua terque clamitaris, Impones plagiário pudorem.”
(MARTIALIS, 1867)
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outros, prática chamada de contrafação na lei brasileira de acordo com a qual os


responsáveis por tal prática ficam “sujeitos às sanções civis e penais cabíveis” (BRASIL,
1998).

2.2 SIGNIFICADO DO PLÁGIO2

De acordo com o Dicionário Houaiss (2009), plágio é o “ato ou efeito de plagiar;


apresentação feita por alguém, como de sua própria autoria, de trabalho, obra intelectual
etc. produzido por outrem”, definição semelhante a que é encontrada no Dicionário
Aurélio: “Assinar ou apresentar como seu (obra artística ou científica de outrem). Imitar
(trabalho alheio)” (FERREIRA, 1986, p. 249).

Na tese de doutorado defendida por Lilian Christofe (1996), a pesquisadora cita


também as seguintes acepções sobre o termo de acordo com dicionários internacionais:

Plagium: vol d´homme, plagiat. Emprunt du gr. plágion. De lá: plagiarius


(clas.) qui mancipium uel pecus alienum distrahit seducendo (...); qui
induce pueros et seducit servos. Le sens de “plagiaire” apparait dans
Martial I, 53. (ERNOUT, A.; MEILLET, A. Dictionnaire Etymologique de La
Langue Latine. Paris, Klinksieck, 1951).

Plagiarius: 1. Est qui mancipia aliena sollicitat, cellat, supprimit, item qui
liberum hominem sciens emit, abducit, inuitum in servitude retinet. 2.
Transfertum as eum qui alieni libri se auctorem praedicat. V. Marcial.
(FORCELLINI, Lexicon Totius Latinitatis, 1940).

Plagiaire: [...] Personne qui utilize les ouvrages d´autrui en les démarquant
et en s´en appropriant le mérite. Contrefacteur, copiste, pillard, piller,
pirate. (LE ROBERT, Dictionnaire de La Langue Française, 1985).

Plàgion (pl.àgi): appropriazione dell’opera o di parte di un opera artística,


letteraria o scientifica altrui, per spacciarla como propria/ p. est. Anche
l’opera plagiata/ T. stor. Reato di chi comprava um uomo libero i lo teneva
o vendeva per servo, o di chi traficava e persuadiva alla fuga il servo
altrui./ T. giur. Reato di chi sottopone alcuno al próprio potere, in
completa soggezione. (PALAZZI, F. Dizionario dela Lingua Italiana, 1980).
(apud CHRISTOFE, 1996, p. 22-23).

Fica evidenciada, em todas essas concepções, a noção de que o termo plágio é


utilizado para se referir à utilização/apropriação de obra alheia feita por outros de forma
fraudulenta, isto é, sem que o autor original seja identificado ou recompensado.

2
De acordo com esta seção podem ser justificadas as seguintes questões do instrumento de pesquisa:
Q1; Q2.
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2.3 TIPOS DE PLÁGIO 3

A definição do que é plágio pode até ser admitido como um tipo de conhecimento
que é compartilhado: de forma mais ou menos generalizada, as pessoas parecem saber que
plagiar significa copiar. Contudo, esta noção não é suficiente para caracterizar as
diferentes formas de manifestação do plágio.

Na literatura é possível encontrar uma tipologia vasta sobre modos de ocorrência


do plágio: no Brasil, há autores que falam em palimpsesto e pastiche (SCHNEIDER, 1990),
meio plágio (ORLANDI, 2002), plágio cru (DEMO, 2011), plágio integral, parcial e
conceitual (GARSCHAGEM, 2006) entre outros. Entretanto, observando a literatura
internacional (MARTIN, 1994; HARRIS, 2001; LOUI, 2002; ROIG, 2011; entre outros) e
principalmente as orientações relacionadas ao plágio disponíveis nos websites de
instituições de ensino superior encontramos as seguintes tipologias utilizadas.

UNIVERSIDADE NACIONAL AUTÔNOMA DO MÉXICO (MEXICO): apresenta uma


lista de tipos de fraudes e plágios, da qual constam: autoplágio (auto plagio por
duplicacion) caso de um mesmo trabalho apresentado mais de uma vez pelo próprio autor
sem citar a si mesmo; autoria paga (autoría por pago) quando o trabalho apresentado foi
feita por um prestador de serviço autoral; citação incorreta (citación incorrecta) que
consiste no uso inadequado das fontes utilizadas; plágio voluntário ou intencional (plagio
voluntario, deliberado o intencional) quando alguém deliberadamente apresenta obra
alheia como própria; plágio acidental ou involuntário (plagio involuntário, accidental, por
ignorância o inconsciência) quando não se sabe usar as fontes corretamente, fazendo
citações e referências (UNIVERSIDAD NACIONAL AUTÓNOMA DE MÉXICO, 2013).

UNIVERSIDADE DE STANFORD (ESTADOS UNIDOS): são identificados


claramente dois tipos: o plágio literal palavra por palavra (Word by Word) e o plágio
paráfrase (paraphrase) que consiste na reprodução de um conteúdo original com outras
palavras. Em ambos os casos ocorre algum tipo de falha no processo de identificação das
fontes (STANFORD UNIVERSITY, 2013).

UNIVERSIDADE CAMBRIDGE (INGLATERRA): apresenta os seguintes tipos:


reprodução literal (quoting verbatim) sem identificação da fonte; elaboração de paráfrase
(paraphrasing) sem indicação da fonte; utilização de ideias de outra pessoa (using ideias)
sem indicação da fonte; recortar e colar (cutting and pasting) da internet sem indicar as
3
De acordo com esta seção podem ser justificadas as seguintes questões do instrumento de pesquisa:
Q3; Q7; Q8; Q9; Q16; Q17; Q19; Q20; Q23; Q24.
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fontes e entregar trabalhos feitos por outras pessoas (submitting someone else’s work).
(UNIVERSITY OF CAMBRIDGE, 2011).

GHENT UNIVERSITY (ALEMANHA): considera o plágio uma fraude que consiste


na apresentação de uma fonte ou parte dela como original e própria sem dar créditos à
fonte. A universidade observa que pode acontecer com textos, imagens, músicas, bases de
dados, ideias ou linhas de raciocínio (UNIVERSITEIT GENT, 2012).

UNIVERSIDADE DE HONG KONG (CHINA): reconhece a forma mais comum de


plágio é a reprodução de outras fontes (copying) sem atribuição de créditos; paráfrase
(paraphrasing or adopting an ideia) que consiste na utilização de ideias ou adaptação de
conteúdos alheios requer a identificação das fontes. A universidade também mantém o
padrão evidenciado em outras instituições quanto ao plágio acidental ou intencional: “For
the offence of plagiarism, it is unnecessary to show an intention to cheat. Whether you intend
to cheat is a matter of motive, which will only be relevant in considering the appropriate
sanction” (THE UNIVERSITY OF HONG KONG, [2013]).

UNIVERSIDADE DE PRETÓRIA (ÁFRICA DO SUL): a universidade africana adota a


mesma ideia de plágio das instituições ao redor do mundo. Considera plágio trabalhos
entregues como próprios, mas que foram feitos por outras pessoas ou reproduzido de
outros trabalhos sem a devida atribuição de créditos. Além disso, a universidade elenca os
seguintes tipos de plágio:

The Ghost Writer: The writer turns in another’s work, word-for-word, as


his/her own. The Photocopy: The writer copies significant portions of text
straight from a single source, without alteration. The Potluck Paper: The
writer tries to disguise plagiarism by copying from several different
sources, tweaking the sentences to make them fit together while retaining
most of the original phrasing. The Poor Disguise: Although the writer has
retained the essential content of the source, he/she has altered the paper’s
appearance slightly by changing key words and phrases. The Labo[u]r of
Laziness: The writer takes the time to paraphrase most of the paper from
other sources and makes it all fit together, instead of spending the same
effort on original work. The Self-Stealer: The writer ‘borrows’ generously
from his/her previous work, violating policies concerning the expectation
of originality adopted by most academic institutions. The Forgotten
Footnote: The writer mentions an author’s name for a source, but neglects
to include specific information on the location of the referenced material.
This often masks other forms of plagiarism by obscuring source locations.
The Misinformer: The writer provides inaccurate information regarding
the sources, making it impossible to find them. (UNIVERSITY OF
PRETORIA, 2011, grifos do autor).

Analisando todas estas concepções somadas às outras já verificadas no trabalho


precedente feito por Krokoscz (2011), nota-se que quase não há dispersão na forma como
as instituições de ensino superior no mundo inteiro posicionam-se em relação ao plágio.
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Em síntese, destacamos os tipos mais comuns de plágio de acordo com as instituições e


ensino superior:

Quadro 1 – Tipos de plágio mais comuns no meio acadêmico.

Tipologia internacional Descrição


Word for Word Plagiarism - Reprodução literal de um texto original sem utilização de aspas ou recuo e
Plágio literal tampouco identificação da fonte.
Paraphrasing Plagiarism - Reprodução das ideias de uma fonte original com palavras diferentes da fonte
Plágio paráfrase original, mas sem identificá-la.
Mosaic Plagiarism – Reprodução sem identificação de fragmentos de fontes diferentes que são
Plágio mosaico misturados com palavras, conjunções, preposições para que o texto tenha
sentido.
Apt phrase Plagiarism – Reprodução de expressões, chavões ou frases de efeito elaboradas por outros
Plágio de chavão autores.
Collusion Plagiarism – Apresentação de trabalhos como sendo próprios, mas que na verdade foram
Plágio conluio cedidos por outros (amigos, colegas, parentes...) ou comprados.
Self-plagiarism – Reprodução de trabalhos próprios já apresentados em outras circunstâncias
Auto-plágio sem esta identificação com o intuito de obtenção de vantagens diferentes
(notas, publicações, etc.)

Fonte: adaptado pelos autores.

Cabe observar que é possível ainda encontrar outras tipologias de plágio como o
caso do plágio de fontes (sources plagiarism) quando se reproduz as fontes de pesquisa
citadas por um autor sem indicar que se trata de citação de citação (MARTIN, 1994;
BADGE; SCOTT, 2009); além destes, o website Plagiarism.org apresenta uma lista com os
dez tipos mais comuns de plágio. (PLAGIARISM, 2013).

Em suma, observando as orientações dadas pelas universidades e os tipos mais


comuns de plágio discutidos pela literatura, encontramos os cinco tipos elencados no
quadro acima. Entre eles, os que merecem um pouco mais de esclarecimento referem-se
ao apt phrase e ao autoplágio.

O plágio de chavão (apt phrase) se refere à reprodução de expressões-chave ou


conceitos criados originalmente os quais servem para nomear uma teoria ou um conjunto
de ideias (CONCORDIA UNIVERSITY, 2000; GEORGETOWN UNIVERSITY, [2013]). Como
exemplo, pode-se citar o caso da utilização da expressão “marcador somático” apresentada
pelo cientista Antonio Damásio em seu livro “O erro de Descartes”.

Em relação ao autoplágio, é comum encontrar na literatura e na prática


acadêmica internacional orientações para que seja evitado. É o que pode ser verificado no
manual sobre integridade acadêmica elaborado para os estudantes do Instituto de
Tecnologia de Massachusetts. Observa-se preliminarmente que o discente passou a fazer
parte de tal instituição por causa de sua competência intelectual e “do potencial de fazer
uma contribuição significativa para o pensamento e conhecimento humanos”
Pesquisa “Percepções dos alunos pós-graduandos da USP sobre a ocorrência de plágio em trabalhos acadêmicos”,
dez. 2013 – SIBiUSP e Pró-Reitoria de Pós-Graduação – dtsibi@usp.br
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(MASSACHUSETTS INSTITUTE OF TECHNOLOGY, 2012, p. 2, tradução nossa)4. Mais


adiante, o documento assevera que a base da excelência acadêmica é a honestidade e,
portanto, são traçadas uma série de recomendações que devem ser seguidas pelos
acadêmicos, entre elas: “Faça trabalhos originais para cada disciplina. Não entregue
projetos ou trabalhos que tenham sido feitos para disciplinas
anteriores”(MASSACHUSETTS INSTITUTE OF TECHNOLOGY, 2012, p.3, tradução nossa)5.

Portanto, a compreensão de tais observações requer a consideração de certa


especificidade: no âmbito acadêmico, o problema do autoplágio não é algo relacionado à
reprodução, mas à repetição, o que claramente está destacado pela Comissão de
Integridade de Pesquisa do CNPq: o “autoplágio consiste na apresentação total ou parcial
de textos já publicados pelo mesmo autor, sem as devidas referências aos trabalhos
anteriores” (CNPq, 2011).

Embora o Código de Boas Práticas Científicas da Fundação de Amparo à Pesquisa


de São Paulo (FAPESP) não mencione o termo autoplágio, estabelece claramente as
seguintes diretrizes como desvios de integridade científica:

2.2.3. Em um trabalho científico, pressupõe-se que toda ideia ou


formulação verbal, oral ou escrita, que seja nele utilizada e não seja
evidentemente de domínio público na área de pesquisa em questão, seja
uma contribuição original dos pesquisadores indicados como autores do
trabalho. Se não for esse o caso, a ideia ou formulação deve ser
expressamente creditada, no trabalho, a seus autores,
independentemente de já ter sido por eles divulgada em trabalho
científico.

2.2.4. Todo pesquisador que submeta a um veículo de publicação


trabalho científico idêntico, ou substancialmente semelhante, a trabalho
também submetido a outro veículo, ou já publicado em outro veículo,
deve declarar expressamente o fato ao editor do veículo no momento da
submissão.

2.2.5. Todo pesquisador que publicar trabalho científico idêntico, ou


substancialmente semelhante, a trabalho já publicado deve mencionar
expressa e destacadamente o fato no texto do trabalho. (FAPESP, 2011).

Então, ainda que o autor seja o mesmo, considera-se plágio de si mesmo quando
uma mesma obra é apresentada mais de uma vez, em situações diferentes sem que o
receptor do trabalho intelectual saiba que não se trata de produção original. É o tipo de
situação que pode ocorrer, por exemplo, quando um estudante entrega o mesmo trabalho

4
“You are a student at the Massachusetts Institute of Technology because of your demonstrated
intellectual ability and because of your potential to make a significant contribution to human thought
and knowledge.”
5
“Do original work for each class. Don’t submit projects or papers that have been done for a previous
class.”
Pesquisa “Percepções dos alunos pós-graduandos da USP sobre a ocorrência de plágio em trabalhos acadêmicos”,
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para disciplinas diferentes com o objetivo de obter nota, quando um mesmo relatório de
pesquisa é submetido para revistas científicas distintas visando publicação ou quando
partes do mesmo trabalho acadêmico são apresentados a bancas de examinação diferentes
com o intuito de obtenção de novas titulações.

Portanto, o autoplágio é um tipo de fraude acadêmica que é caracterizado mais


pela falta de transparência do responsável frente a terceiros do que pela apropriação
indevida de texto alheio, o que neste caso, não existe, pois o próprio autor é que reutiliza
sua obra fazendo uma duplicação de um trabalho anterior. Trata-se de um procedimento
considerado no meio acadêmico como uma das “três maiores chagas da publicação
[científica] moderna” juntamente com o hábito de fazer submissões simultâneas para
publicação em revistas diferentes e a prática do plágio. (ERRAMI; GARNER, 2008, p.397).

É fraude acadêmica porque não corresponde à conotação convencional e até


mesmo jurídica no que se refere ao direito autoral. Tal especificidade é facilmente
constatável, pois é inconcebível considerar como autoplágio uma cantora que canta a
mesma música inúmeras vezes, o escritor que publica várias edições do mesmo livro ou
até mesmo o pintor que eventualmente pudesse reproduzir várias vezes a mesma tela.
Entretanto, é comumente inaceitável no meio intelectual que um acadêmico apresente
trabalhos idênticos ou semelhantes em diferentes situações sem que isto seja claramente
informado.

2.4 FORMAS DE ENVOLVIMENTO COM O PLÁGIO 6

Além dos tipos de plágio, entre as orientações relacionadas ao plágio no âmbito


acadêmico, uma observação recorrente diz respeito à forma de ocorrência, isto é, se há ou
não intencionalidade na realização do plágio.

A observação é pertinente porque embora o plágio possa acontecer de forma


intencional e deliberada quando alguém age de má fé, também pode ocorrer por uma falha
no processo de reconhecimento das fontes utilizadas, o que denota a possibilidade de
ocorrência acidental do plágio.

Insufficient clarity or lack of conciseness is typically unintentional and


relatively easy to remedy by standard educational or editorial steps. Lapses
in the accuracy of what is reported (e.g., faulty observations, incorrect

6
De acordo com esta seção podem ser justificadas as seguintes questões do instrumento de pesquisa:
Q4; Q5; Q6.
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interpretation of results) are also assumed to be most often unintentional


in nature, but such lapses, even if unintentional, can have significant
undesirable consequences if not corrected. Intentional lapses in integrity,
even if seemingly minor, are by far the most serious type of problem
because such misconduct runs contrary to the primary goal of the scientific
enterprise, which is the search for truth.

In scientific writing, perhaps the most widely recognized unethical lapse is


plagiarism. Plagiarism can occur in many forms and some of the more
subtle instances, while arguably unethical in nature, may not be classified
as scientific misconduct by federal agencies such as the National Science
Foundation (NSF) or the Office of Research Integrity (ORI). Nevertheless,
the ethical professional is expected to operate at the highest levels of
scientific integrity and, therefore, must avoid all forms of writing that
could be conceptualized as plagiarism. (ROIG, 2011).

Interessante observar que este tipo de preocupação com o plágio acidental é


parte integrante nos códigos de conduta científica, conforme observado por Green (2002)

Some ethical codes prohibit only “intentional” or “knowing” plagiarism.


Others prohibit plagiarism that is either “intentional” or “unintentional”N
— that is, they treat plagiarism as a kind of “strict liability” offense.
Finally, a large number of codes (surely, a majority) prohibit unattributed
copying without specifying what, if any, form of mensrea is required.52
Moreover, as we shall see, most newspapers and magazines do not even
have a written code of conduct.53 Thus, when some people think about
plagiarism, they are assuming that it requires an intentional or knowing
act. Others are thinking about conduct that is inadvertent, though perhaps
recklessly or negligently so. (GREEN, 2002, p. 181-182).

Tal noção consta também das diretrizes estabelecidas para a integridade


acadêmica no Brasil conforme apontado pela FAPESP (2012):

Entende-se por má conduta científica toda conduta de um pesquisador


que, por intenção ou negligência, transgrida os valores e princípios que
definem a integridade ética da pesquisa científica e das relações entre
pesquisadores, tal como os formulados neste código.

Portanto, mesmo que o plágio ocorra por uma falha técnica no reconhecimento
das fontes sem que tenha havido qualquer intenção de má-fé, no âmbito acadêmico
considera-se que a responsabilidade continua sendo do redator.

2.5 PLÁGIO E CONHECIMENTO COMUM7

É comum encontrar nas orientações relacionadas ao plágio, esclarecimentos


relacionadas àquilo que é chamado de conhecimento comum e, consequentemente,

7
De acordo com esta seção podem ser justificadas as seguintes questões do instrumento de pesquisa:
Q21; Q 22.
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dispensa a necessidade de reconhecimento de fontes (UNIVESITY OF CAMBRIDGE, 2011;


HARVARD UNIVERSTY, 2013).

Há certos tipos de informação cujas fontes não precisam ser citadas porque se
tratam de conhecimento comum, ou seja, são informações que fazem parte do senso
comum e que em geral as pessoas possuem conhecimento compartilhado.

Por exemplo, em geral, as pessoas podem escrever sobre o aquecimento global,


liderança empresarial, riscos em investimentos, entre outros. Se assim não fosse, seria
impossível exigir a elaboração de redações por estudantes e tampouco os jornalistas
poderiam exercer a profissão.

Além dos assuntos comuns também podem ser utilizados ditados populares,
menção de acontecimentos e datas históricas. Da mesma forma, algumas expressões que
entraram para a história como “o estado sou eu”, “ser ou não ser: eis a questão” entre
outras, acabam sendo usadas sem que seus autores sejam mencionados porque se supõe
que em geral as pessoas já sabem quem são.

Contudo, esta é uma questão sútil que pode gerar dúvidas. Como saber se o
conhecimento é comum ou não? Neste caso cabe a abordagem esclarecedora feita por
Miguel Roig:

Imagine that we are writing a paper and in it we have a need to discuss the
movement of sodium and potassium ions across a cell’s membrane (see the
Martini and Bartholomew paragraph above). Surely, those ideas are not
common knowledge amongst college students and if they were expected to
use those concepts in a paper they would be required to provide a citation.
However, let’s suppose that the individual writing the paper was a
seasoned neuroscientist and that she intended to submit her paper for
publication to a professional journal. Would the author need to provide a
citation for that material? Not necessarily. Although for the non-scientist
the description of the concentration gradients of sodium and potassium
ions inside neurons may look sufficiently complex and unfamiliar, the
material is considered common knowledge amongst neuroscientists. It
would, indeed, be shocking to find a neuroscientist or biologist who was
not familiar with those concepts.

In sum, the question of whether the information we write about constitutes


common knowledge is not easily answerable and it depends on several
factors, such as who the author is, who the readers are, and the
expectations of each of these groups. Given these considerations, we
recommend that authors abide by the following guideline: When in doubt
as to whether a concept or fact is common knowledge, provide a citation.
(ROIG, 2011, p. 14-15).

Portanto, nem tudo é plágio, mas o discernimento sobre o que pode ser
caracterizado conhecimento comum ou não é algo que pode gerar dúvidas. Neste caso, o
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que comumente é recomendado é que se faça a identificação do autor. Assim, o excesso é a


garantia da precisão.

3 O CENÁRIO DO PLÁGIO ACADÊMICO NA ATUALIDADE

A ocorrência do plágio no âmbito acadêmico vem se tornando uma preocupação no


âmbito da pesquisa brasileira. Neste sentido, a Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (2011) recomendou que todas as instituições de ensino superior
do país adotem políticas de conscientização e informação sobre o plágio em trabalhos
acadêmicos; o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (2011) e a
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (2011) divulgaram cartilhas com
esclarecimentos, orientações e recomendações relacionadas às condutas éticas na
produção científica.

Concomitante a isto, resultados de pesquisas nacionais têm evidenciado que a


abordagem das principais universidades locais sobre o assunto é ainda incipiente e a
produção científica brasileira sobre o assunto ainda está em nível inicial. Estas
constatações resultam de um mapeamento da produção científica sobre o plágio no Brasil
que identificou a ocorrência de 49 trabalhos, distribuídos nas categorias de teses,
dissertações, artigos, trabalhos apresentados em eventos e editorias publicados em
periódicos. A maior parte destes trabalhos são ensaios ou reflexões teóricas que não
trazem evidências empíricas que permitam a caracterização do plágio no Brasil
(KROKOSCZ, 2012). Em relação à abordagem acadêmica, um levantamento e análise das
estratégias adotadas pelas melhores instituições de ensino superior de cada um dos cinco
continentes ao redor do mundo, e que estão disponibilizadas nas páginas eletrônicas das
melhores universidades destes continentes, mostrou que as três melhores universidades
brasileiras fazem muito pouco em relação ao plágio acadêmico comparado ao que é feito
na Europa, Austrália e América do Norte (KROKOSCZ, 2011).

Entretanto, além de tais abordagens institucionais é possível constatar um volume


considerável de trabalhos de pesquisa relacionados ao plágio acadêmico entre a literatura
internacional. Inicialmente é facilmente verificável uma extensa bibliografia relacionada
ao assunto proveniente destes três continentes abordando questões já consolidadas, caso
da tipologia de ocorrência do plágio, bem como debates e tendências atuais envolvendo o
plágio no meio acadêmico, caso da influência de aspectos culturais nos modos de
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compreensão do que é plágio. Entre esta bibliografia, podem ser destacadas as seguintes
obras: Student dishonesty and its control in college de William Bowers; Plagiarism,
education and prevention: a subject-driven case-based approach, de Cara Bradley;
Plagiarism: alchemy and remedy, de Bill Marsh; The plagiarism handbook: strategies for
preventing, detecting, and dealing with plagiarism de Robert A. Harris; Stop plagiarism: a
guide to understanding and prevention de Vibiana Bowman Cvetkovic e Katie Elson
Anderson.

Além disto, verifica-se uma série de iniciativas globais que denotam esforços de
pesquisa voltados para a investigação e compreensão do plágio no âmbito acadêmico. No
continente europeu, verifica-se que o enfrentamento do plágio vem sendo feito
sistematicamente há pelo menos uma década e um destaque neste processo é a realização
a cada dois anos da International Conference on Plagiarism que reúne pesquisadores do
mundo inteiro. Além disso, atualmente está em andamento um mapeamento sobre as
percepções de estudantes, professores e gestores sobre a ocorrência do plágio no velho
continente. Resultados preliminares deste projeto serão apresentados no evento Impacts
and Polices for Plagiarism in Higher Education Across Europe and Beyond (IPPHEAE) que
foi realizado na cidade de Brno, na Repúblicca Tcheca, em junho de 2013. No continente
australiano há uma publicação semestral intitulada International Journal for Educational
Integrity, dedicada exclusivamente à discussão de questões relacionadas à integridade
acadêmica como plágio, desonestidade, Códigos de Honra, etc.

Em relação ao continente americano, destaca-se o trabalho seminal realizado por


William Bowers (1964 apud MCCABE; TREVINO; BUTTERFIELD, 2001) que consistiu de
um levantamento feito com mais de 5.000 estudantes de 99 diferentes universidades
americanas e permitiu identificar que cerca de 75% desta amostra admitia ter se
envolvido em algum tipo de desonestidade acadêmica, entre elas o plágio. A partir de
então, foram feitos muitos outros estudos, contudo em geral concentraram-se na
caracterização dos fatores individuais que influenciavam tais comportamentos, tais como
delineamento do perfil dos envolvidos, motivos de ocorrência das atitudes desonestas
(MCCABE; TREVINO; BUTTERFIELD, 2001).

Não obstante, trinta anos depois, o estudo feito por Bowers foi reproduzido e
constatou-se que os índices continuavam os mesmos, com pequenas oscilações
relacionadas à gênero e percepções quanto à definição de plágio (MCCABE; TREVINO,
1997). Desde essa época, os estudos realizados por McCabe e colegas têm evidenciado que
fatores externos; tais como existência de Códigos de Honra, cultivo de ambiente acadêmico
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confiável, existência de regras claras e punições, tamanho das instituições e turmas, entre
outros; exercem influência positiva na criação de um ambiente confiável entre os próprios
estudantes e em relação aos professores ( MCCABE; TREVINO; BUTTERFIELD, 2001; 2002;
MCCABE; PAVELA, 2005). Assim, do ponto de vista prático, a promoção da integridade
acadêmica entre estudantes requer a implementação de estratégias como “palestras
durante o processo de orientação, a criação de websites e orientações éticas nos manuais
de alunos e constar dos programas de ensino” (MCCABE; BUTTERFIELD; TREVINO, 2006,
p. 294, tradução nossa).

Portanto, pode-se considerar que o plágio é um assunto que há anos se constitui


como objeto de preocupação e estudos na comunidade acadêmica, em relação ao qual já se
estabeleceram alguns consensos, reconheceram-se equívocos no enfrentamento, bem
como vem sendo implementados esforços permanentes para que seja melhor
compreendido. Diante de tal cenário, depreende-se a constatação que do ponto de vista
brasileiro, o conhecimento que se tem do plágio, o universo de pesquisas realizadas, a
bibliografia consolidada e as iniciativas de enfrentamento do plágio ainda podem ser
caracterizadas como um conjunto incipiente que requer aprofundamento e ampliação.

3.1 O PLÁGIO ACADÊMICO

Embora o plágio seja um problema do âmbito dos direitos autorais, não se limita
apenas a este campo no qual é convencionalmente considerado uma infração de
propriedade intelectual. Acadêmicos e juristas concordam que esta concepção refere-se ao
aspecto de uso sem consentimento de obra alheia, mas não contempla aspectos
relacionados à reputação do autor e à dissimulação da autoria (HARRIS, 2001; POSNER,
2007). Green (2002) adequadamente observa que a concepção original de plágio remonta
aos primeiros séculos da era cristã, precedendo assim a subordinação moderna do termo
aos limites jurídicos os quais foram instituídos no início do século XVIII.

Moreover, whereas plagiarism can occur when a writer fails to


acknowledge the source of facts, ideas, or specific language, copyright
infringement occurs only when specific language is copied or used in a
derivative work. To put it another way, the rule against plagiarism departs
from the fundamental concept in copyright law that only the “expression”
and not the “idea” or “facts” that underlie such expression is protected. In
addition, whereas certain limited uses of copyrighted material are exempt
from infringement claims under the “fair use” doctrine, plagiarism has no
analogous exception; it can occur whenever a writer uses even a small
excerpt of someone else’s work. Accordingly, one who intentionally copied
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(and failed to attribute) a mere idea, a work that was not under copyright,
or only a small excerpt of someone else’s work would be guilty of
plagiarism but not copyright infringement. (GREEN, 2002, p. 201).

Além disso, considera-se plágio a reprodução de uma obra que já esteja em


domínio público, mas cujo autor original não é citado. “Conversely, an author can violate
copyright without plagiarizing by quoting, with proper attribution, an amount of material
that exceeds the “fair use” standard for copyright.” (LOUI, 2002, p. 531).

Importa ressaltar ainda que no âmbito acadêmico é convencional a


recomendação de que mesmo não havendo a reprodução literal de uma fonte, desde que a
ideia ou conceito original tenha sido reescrito é preciso que o autor original seja
reconhecido. E também há certos tipos de plágio como o conluio, no qual se entrega como
se fosse próprio um trabalho feito por um amigo, um trabalho que tenha sido comprado ou
até mesmo o mesmo autor entrega o mesmo trabalho em situações diferentes com o
objetivo de obter notas, títulos ou vantagens diferentes. Nestes tipos de fraude autoral não
há aplicabilidade da lei seja porque o autor é a mesma pessoa, porque é um amigo ou um
vendedor. Estes casos são definidos pela literatura internacional como collusion e self-
plagiarism, dois tipos de plágio que serão abordados mais à frente e que são casos típicos
de plágio no âmbito acadêmico.

Academicamente o plágio é analisado como um problema relacionado à falta de


integridade (desonestidade) e não simplesmente uma infração de direitos autorais, como
pode ser constatado nas diretrizes relacionadas à conduta científica. Por exemplo:

Research misconduct means fabrication, falsification, or plagiarism in


proposing, performing, or reviewing research, or in reporting research
results. (a) Fabrication is making up data or results and recording or
reporting them. (b) Falsification is manipulating research materials,
equipment, or processes, or changing or omitting data or results such that
the research is not accurately represented in the research record. (c)
Plagiarism is the appropriation of another person’s ideas, processes,
results, or words without giving appropriate credit. (d) Research
misconduct does not include honest error or differences of opinion. (U.S.
DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES, 2005, p.28386)

Research misconduct includes fabrication, falsification, plagiarism or


deception in proposing, carrying out or reporting the results of research,
and failure to declare or manage a serious conflict of interest. It includes
avoidable failure to follow research proposals as approved by a research
ethics committee, particularly where this failure may result in
unreasonable risk or harm to humans, animals or the environment. It also
includes the wilful concealment or facilitation of research misconduct by
others. (AUSTRALIAN GOVERNMENT, 2007, p. 10.1)

Unacceptable conduct includes each of the following: Fabrication: This


includes the creation of false data or other aspects of research, including
documentation and participant consent. Falsification: This includes the
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inappropriate manipulation and/or selection of data, imagery and/or


consents. Plagiarism: This includes the general misappropriation or use of
others’ ideas, intellectual property or work (written or otherwise), without
acknowledgement or permission. (RESEARCH COUNCIL UK, 2011, p.7, grifo
do autor).

Esta orientação vem sendo adotada pelas principais agências de fomento à


pesquisa no Brasil, como é o caso da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo (FAPESP) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq). Nas diretrizes estabelecidas por estas instituições verifica-se que:

Plágio: consiste na apresentação, como se fosse de sua autoria, de


resultados ou conclusões anteriormente obtidos por outro autor, bem
como de textos integrais ou de parte substancial de textos alheios sem os
cuidados detalhados nas Diretrizes. Comete igualmente plágio quem se
utiliza de ideias ou dados obtidos em análises de projetos ou
manuscritos não publicados aos quais teve acesso como consultor,
revisor, editor, ou assemelhado. (CNPq, 2011).

Entende-se por má conduta científica toda conduta de um pesquisador


que, por intenção ou negligência, transgrida os valores e princípios que
definem a integridade ética da pesquisa científica e das relações entre
pesquisadores, tal como os formulados neste código. A má conduta
científica não se confunde com o erro científico cometido de boa fé nem
com divergências honestas em matéria científica. [...] As más condutas
graves mais típicas e frequentes são as seguintes: (a) A fabricação, ou
afirmação de que foram obtidos ou conduzidos dados, procedimentos ou
resultados que realmente não o foram. (b) A falsificação, ou
apresentação de dados, procedimentos ou resultados de pesquisa de
maneira relevantemente modificada, imprecisa ou incompleta, a ponto
de poder interferir na avaliação do peso científico que realmente
conferem às conclusões que deles se extraem. (c) O plágio, ou utilização
de ideias ou formulações verbais, orais ou escritas, de outrem sem dar-
lhe por elas, expressa e claramente, o devido crédito, de modo a gerar
razoavelmente a percepção de que sejam ideias ou formulações de
autoria própria. (FAPESP, 2011, p.10).

Além disso, é possível constatar nos websites das melhores universidades ao


redor do mundo a disponibilização de informações e orientações relacionadas ao plágio
acadêmico, como exemplo podemos citar:

• Exemplo do continente asiático

If after the conferral of the degree, the university discovers plagiarism or


fraud in the student’s thesis or dissertation, original creative work,
exhibition or written report and technical report, the student shall be
ordered to return the certificate of graduation and complete the
withdrawal process from the university. (NATIONAL TAIWAN
UNIVERSITY, 2004).

• Exemplo do continente africano

Whenever you do written work you must differentiate between your own
ideas and those, which you did not think of yourself, but which you have
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read elsewhere – in particular you must distinguish what you have written
from what you are quoting. You commit plagiarism in written work when
you use another person’s words, ideas or opinions without acknowledging
them as being from that other person. You do this when you copy the work
word-by- word (verbatim); or submit someone else’s work in a slightly
altered form (such as changing a word with one meaning to another word
with the same meaning); and you do not acknowledge the borrowing in a
way that shows from whom or where you took the words, ideas or
reasoning. You must provide references whenever you quote (use the exact
words), paraphrase (use the ideas of another person, in your own words)
or summarise (use the main points of another’s opinions theories or data.).
It does not matter how much of the other person’s work you use (whether
it is one sentence or a whole section), or whether you do it unintentionally
or on purpose; if you present the work as your own without acknowledging
that person, you are committing theft. You are taking someone else’s work
and passing it off as your own. Because of this, plagiarism is regarded as a
very serious offence and carries heavy penalties. (UNIVERSITY OF CAPE
TOWN, 2005)

• Exemplo do continente americano

In academic writing, it is considered plagiarism to draw any idea or any


language from someone else without adequately crediting that source in
your paper. It doesn't matter whether the source is a published author,
another student, a Web site without clear authorship, a Web site that sells
academic papers, or any other person: Taking credit for anyone else's work
is stealing, and it is unacceptable in all academic situations, whether you
do it intentionally or by accident. (HARVARD UNIVERSITY, 2011).

• Exemplo do continente europeu

Plagiarism is the copying or paraphrasing of other people’s work or ideas


into your own work without full acknowledgement. All published and
unpublished material, whether in manuscript, printed or electronic form, is
covered under this definition. (UNIVERSITY OF OXFORD, 2013).

• Exemplo do continente australiano

Plagiarism is copying, paraphrasing or summarising, without appropriate


acknowledgement, the words, ideas, scholarship and intellectual property
of another person. This remains plagiarism whether or not it is with the
knowledge or consent of that other person. Plagiarism has also taken place
when direct use of others' words is not indicated, for example by inverted
commas or indentation, in addition to appropriate citation of the source.
(THE AUSTRALIAN NATIONAL UNIVERSITY, 2011).

No Brasil tais informações não são comumente encontradas nos websites das
universidades. Contudo, a Comissão de Avaliação de Casos de Autoria da Universidade
Federal Fluminense produziu uma cartilha com orientações práticas sobre o plágio na qual
considera que “o plágio acadêmico se configura quando um aluno retira, seja de livros ou
da Internet, ideias, conceitos ou frases de outro autor (que as formulou e as publicou), sem
lhe dar o devido crédito, sem citá-lo como fonte de pesquisa.” (UNIVERSIDADE FEDERAL
FLUMINENSE, 2008).
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Portanto, fica evidenciado que existe uma compreensão compartilhada sobre o


que é plágio e que na perspectiva acadêmica não é algo que se limita simplesmente a um
problema de direitos autorais ou propriedade intelectual. Trata-se de um procedimento
que prejudica a honestidade acadêmica que é a condição fundamental para o processo de
edificação do conhecimento científico.

Uma das características essenciais da ciência é o compromisso com a verdade,


entendida, sobretudo na perspectiva da correspondência entre o que se diz e o que as
coisas são. Portanto, aspectos como validade e confiabilidade científica são exigências
inegociáveis na construção do conhecimento pautado na verdade. Então, ações acadêmicas
fraudulentas como falsificação dados, fabricação de resultados ou fraudes e trapaças
autorais são práticas inaceitáveis conforme é declarado pelas instituições de ensino ao
redor do mundo.

3.2 MOTIVOS DE OCORRÊNCIA DO PLÁGIO ACADÊMICO 8

Os motivos que levam estudantes e pesquisadores a cometerem plágio tem sido


objeto de diversos estudos (MCCABE, D.; TREVINO, L., 1997; MAXWELL; CURTIS;
VARDANEGA, 2008; POWER, 2009; CURTIS; POPAL, 2011; SAUTHIER et al., 2011).

O que tem sido observado é que o problema do plágio é um fenômeno complexo


que não se limita ao sujeito diretamente envolvido. Também tem a ver com os professores,
os gestores e as instituições. Por exemplo, nos Estados Unidos, após o primeiro grande
levantamento de opiniões sobre integridade acadêmica e plágio realizado em 1964, foram
adotadas medidas para o enfrentamento do plágio e outros tipos de desonestidades
considerando-se aspectos pessoais. Contudo, passados trinta anos, verificou-se que em
alguns casos, os índices de ocorrência de fraudes acadêmicas tinha inclusive aumentado. A
partir de então, passou-se a considerar no enfrentamento de tais problemas fatores
externos tais como influência de amigos, cultura institucional, adoção de códigos de ética,
etc. (MCCABE et al., 2001, 2002; MCCABE, D.; PAVELA, 2005).

Contudo, há um elenco de fatores que tem sido considerados e pesquisados com o


objetivo de ampliar a compreensão e o enfrentamento do plágio acadêmico. Entre eles
podem ser elencados dificuldades com o idioma inglês (SOWDEN, 2005;VASCONCELOS et

8
De acordo com esta seção podem ser justificadas as seguintes questões do instrumento de pesquisa:
Q10; Q11
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al., 2009); diferenças culturais (MAXWELL; CURTIS; VARDANEGA, 2008); facilidade de


acesso à informação na internet (TOWNLEY; PARSELL, 2005) e desempenho acadêmico
(CURTIS; POPAL, 2011). Além destes, são citados por Curtis e Popal (2011): “some of
the reasons students plagiarise include inexperience (Landau, Druen, & Arcuri, 2002),
immaturity (Deikhoff et al., 1996), differences in cultural practices (Zobel &
Hamilton, 2002), and personality (de Bruin & Rudnick, 2007)”

No Brasil, estudos relacionados aos motivos de ocorrência de plágio entre


estudantes e pesquisadores encontraram alegações como “falta de tempo”
(VALENTE et al., 2012) e “dificuldades com o idioma inglês” (VASCONCELOS et al.,
2009).

3.3 O FENÔMENO DO PLÁGIO ENTRE PÓS-GRADUANDOS 9

Apesar da abrangência e aprofundamento do conhecimento e dos estudos


internacionais sobre a ocorrência de atitudes desonestas e plágio no ambiente acadêmico,
os pesquisadores admitem que ainda se sabe pouco sobre a incidência e caracterização
sobre isto entre alunos de pós-graduação (MCCABE; BUTTERFIELD; TREVINO, 2006; ED et
al., 2010).

Pesquisa feita por Ed et all (2010) com o intuito de investigar os índices e possíveis
causas para ocorrência do plágio entre pós-graduandos das áreas de ciências, tecnologia,
engenharia e ensino de ciências e matemática, verificou que o plágio é um problema
comum a todas as áreas e envolve principalmente estudantes que possuem a língua
inglesa como segundo idioma, é caracterizado geralmente como não intencional e decorre
de dificuldades pessoais na forma de usar a literatura primária na fundamentação teórica.

Resultado de estudo recente em várias universidades americanas sugere que entre


pós-graduandos da área de negócios as atitudes desonestas, como o caso do plágio, são
mais comuns que entre os acadêmicos de outras áreas: “Thirty-three percent of the
graduate business students admitted to such “cut and paste” plagiarism compared to only
22% for nonbusiness students (t = 5684, df = 4867, p < .001)” (MCCABE; BUTTERFIELD;
TREVINO, 2006, p.300). Além disto, confirmou-se a relação que há entre o aumento da
desonestidade acadêmica e fatores externos, como por exemplo, a banalização de tais
9
De acordo com esta seção podem ser justificadas as seguintes questões do instrumento de pesquisa:
(Q13).
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práticas entre colegas e a percepção de ausência de normas e regras institucionais


(MCCABE; BUTTERFIELD; TREVINO, 2006). Entretanto, iniciativas que tenham o
envolvimento de gestores, professores e alunos, como por exemplo, a criação de Códigos
de Honra mais centrados na promoção da integridade acadêmica do que na detecção e
punição, ou mesmo iniciativas que visem o desenvolvimento de um ambiente acadêmico
calcado em valores éticos, são mais eficazes para a prevenção do envolvimento dos alunos
em atividades desonestas, dentre elas o plágio (MCCABE; BUTTERFIELD; TREVINO, 2006).

Contudo, a literatura reconhece que uma modalidade comum de ocorrência do


plágio no âmbito acadêmico tem a ver com o desconhecimento dos tipos de plágio, formas
de ocorrência ou falta de capacidade técnica na implementação das regras e convenções
durante o processo de elaboração de um trabalho de pesquisa. Por exemplo, pode-se citar
a investigação feita com 17 estudantes de pós-graduação das áreas de ciências,
engenharia, humanidades e ciências sociais e teve por escopo comparar textos escritos por
estes acadêmicos com as fontes originais utilizadas (PECORARI, 2003).

O estudo constatou que, com exceção de um participante, todos os outros


demonstraram incapacidade em fazer adequadamente o reconhecimento da utilização de
uma fonte que é consultada por meio de outra, caso da citação de citação.

The connection between unacknowledged secondary citation and


plagiarism may not be immediately obvious, but one effect of this form of
citation may be to make it appear that the writer consulted a number of
primary sources instead of fewer secondary ones, masking the fact that it
was the source author’s diligence and creativity that brought various
voices together to speak on a given topic (PECORARI, 2003).
Além disto, o estudo evidenciou falhas no processo autoral dos acadêmicos nos
aspectos que se referem à reprodução literal da fonte consultada sem a utilização de aspas
e a apresentação de trechos textuais sem a indicação da autoria, embora constasse a
referência no final do trabalho. Esta situação foi verificada em “seventy-three passages
among 16 writing samples were like Fig. 1 in that they lacked a citation to their source
altogether” (PECORARI, 2003, p. 330).

Na tabela abaixo o estudo apresenta uma síntese da recorrência de equívocos


cometidos pelos acadêmicos no processo de construção textual o que denota falta de
clareza no uso de fontes, o que consequentemente pode ser caracterizado como plágio.

Tabela 1 – Uso de fontes equivocadas por acadêmicos


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Fonte: (PECORARI, 2003, p. 334).

Não obstante tais constatações é importante ressaltar que os participantes do


estudo não consideravam que pudesse haver plágio em seus trabalhos. “[…] these writers
presented a profile of diligent, motivated, and engaged students; and second, that they made
no apparent efforts to conceal their source use strategies” (PECORARI, 2003, p. 334).

Diante de tais constatações e pressupostos, a discussão defendida pelo estudo é


que tais casos de ocorrência de plágio não intencional que denotam falhas na forma de uso
das fontes consultadas, precisa ser enfrentado com medidas pedagógicas tais como o
ensino e a capacitação da arte da escrita científica.

3.4 PERCEPÇÕES DOS PÓS-GRADUANDOS BRASILEIROS SOBRE O PLÁGIO

No Brasil, uma investigação visando discutir as concepções de estudantes de pós-


graduação de uma universidade pública sobre plágio e habilidades de escrita científica,
além de constatar o desconhecimento dos participantes do estudo quanto ao conceito de
plágio, o estudo verificou a existência de problemas relacionados ao reconhecimento das
fontes consultadas bem como em relação à qualidade das paráfrases elaboradas
(FERREIRA; SANTOS, 2011).

Tais observações são reiteradas pelos resultados encontrados em um estudo de


levantamento de opinião feito com estudantes de pós-graduação de uma universidade do
sul do país. Os autores constataram que embora os estudantes tivesse declarado saber o
que constitui plágio, isto se trata de um tipo de conhecimento intuído sem relação com o
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processo de aprendizado acadêmico. Contudo, os resultados de pesquisa evidenciaram


que os participantes não tinham domínio das regras de citação de fontes consultadas o que
leva os autores a recomendarem a intensificação dos estudos de metodologia científica e a
contemplação de temas como o plágio nos programas de ensino desta matéria (FACHINI;
DOMINGUES, 2008).

Os mesmos resultados foram encontrados em uma pesquisa feita com pós-


graduandos Lato sensu de uma instituição privada do Oeste do Paraná. Os estudantes
demonstraram ter clareza sobre o conceito de plágio, contudo “demonstraram despreparo
e falta de conhecimento em relação à forma correta de utilização de conteúdos produzidos
por outros autores” (SILVA; DOMINGUES, 2008, p.132).

Entretanto, há de se considerar ainda que o plágio também é um problema


historicamente vinculado à prática fraudulenta da autoria. Neste sentido, não se pode
ignorar que o problema também se manifesta de forma intencional, movido pelo ímpeto
de má fé com vistas à obtenção de privilégios particulares. Destes interesses é que se
mantém e desenvolve um amplo negócio paralelo à academia que consiste na compra e
venda de trabalhos acadêmicos.

Além disto, é preciso reconhecer que a pressão por produtividade acadêmica como
meio de garantia de bolsas e aprovação curricular tem fomentado a ditadura do “publish or
perish” entre os membros da comunidade acadêmica, contribuindo para a banalização da
produção científica devido à inversão entre quantidade e qualidade (BIONDI, 2011).

Além dos fatores elencados aqui, tais como categorias de envolvimento (acidental
ou intencional), motivos de ocorrência (desconhecimento, erro, dificuldade com o idioma
internacional, pressão por produção, etc.), níveis de ocorrência (educação básica,
graduação, pós-graduação...), responsáveis envolvidos (aluno, professores, gestores,
instituições...) há outros aspectos envolvidos neste fenômeno tais como aspectos culturais,
políticas institucionais, formação autoral do pesquisador, entre outros, que são elementos
ainda inexplorados, mas que estão diretamente relacionados ao plágio. Assim, o que
parece suficientemente claro é que de fato o plágio é um fenômeno complexo sobre o qual
se tem pouco conhecimento e fazer coro com Schneider (1990) assumindo humildemente
que “talvez sejamos mais plagiários do que cremos e menos originais do que pensamos” e
suficientemente corajosos para reconhecer que as “Institutions are still poorly equiped to
deal with it” (MADDOX, 1995, p. 721). É neste sentido que o enfrentamento do plágio vem
sendo feito, com a clara concepção de que o “reconhecimento do problema é o começo da
solução” (PECORARI, 2003, p. 343, tradução nossa).
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4 METODOLOGIA DE PESQUISA

Diante da maior complexidade metodológica, e muitas vezes custo, para realização


de uma amostragem probabilística, métodos não probabilísticos representam uma
alternativa satisfatória, desde que não haja necessidade de se estimar com precisão os
parâmetros populacionais.
Uma questão crucial na realização da amostragem é o delineamento da população
de interesse. Tratando-se de pesquisas de opinião pública online este problema é ainda
mais grave, uma vez que parte da população não tem acesso à internet, resultando em
mais uma dificuldade de mensuração da taxa de respostas (BAKER et al., 2010).
No caso desta pesquisa, tal problema tem menor relevância, do ponto de vista do
acesso à internet, uma vez que todos os alunos de pós-graduação da USP podem fazê-lo
dentro da instituição. E quanto ao acesso à população de interesse, tampouco representa
um problema, pelo fato de se ter utilizado o "mailing list" de todos os alunos matriculados.
Apesar de se acreditar que variáveis tais como gênero, área de pesquisa dos
estudantes ou nível do curso (mestrado ou doutorado) possam influenciar as opiniões e
motivações em relação ao plágio, não se optou pela amostragem por cotas. Contudo, a
possibilidade de se avaliar a proporção de respondentes segundo cada um destes estratos
permitirá a avaliação criteriosa deste aspecto metodológico.
Diante do exposto, optou-se, portanto, pela utilização de amostragem por
conveniência, por se tratar de um estudo exploratório, cuja natureza provê ao pesquisador
uma maior familiaridade com o problema de pesquisa em perspectiva (MATTAR, 2005).
A população da pesquisa englobou 22.438 estudantes de pós-graduação,
matriculados na Universidade de São Paulo (USP), em dezembro de 2012. A decisão de
delimitar o universo da pesquisa aos alunos de pós-graduação levou em consideração a
maior vivência acadêmica e melhor domínio das normas bibliográficas desse público em
relação aos alunos de graduação. Cogita-se, posteriormente, expandir a pesquisa a outros
seguimentos da instituição, tais como: alunos de graduação, docentes, pesquisadores e
funcionários.
Adotou-se a ferramenta SurveyMonkey (http://pt.surveymonkey.com/) para a
criação do questionário online pela facilidade de elaboração e acesso ao formulário,
oferecendo também recursos complementares como a emissão de relatórios da pesquisa.
A etapa preliminar da pesquisa consistiu de uma avaliação do questionário por um
grupo de sete estudantes, que observaram aspectos como o tempo despendido para as
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respostas, extensão do questionário, grau de dificuldade das respostas e clareza dos


enunciados.
A divulgação da pesquisa e o convite à participação se efetivaram por meio de
mensagem de e-mail, contendo o link de acesso ao questionário, encaminhada pelo
Departamento de Informática da Universidade a todos os alunos de pós-graduação da USP.
Após um período de três semanas, encaminhou-se novo lembrete aos alunos para reforçar
a participação. O período de coleta iniciou em 21 de novembro de 2012 e finalizou em 30
de janeiro de 2013, contabilizando 71 dias de disponibilidade do formulário online.
Durante este período foram obtidas as respostas de 3.497 participantes o que equivale a
15,58% da população estudada.

4.1 DESCRIÇÃO DO INSTRUMENTO

A formulação do instrumento de pesquisa, apresentado no Apêndice, abrangeu


cenários diversificados da ocorrência de plágio em ambiente universitário, favorecendo a
identificação de fatores que contribuem para a formação da percepção dos estudantes em
relação ao tema tratado.
As opções de resposta foram concebidas para estimular a livre manifestação de
opinião dos estudantes em relação ao plágio e a identificação do nível de conhecimento
das normas de citações e referências bibliográficas, finalizando com a indicação do perfil
demográfico dos participantes. A estrutura do questionário se compõe de 30 questões de
múltipla escolha, contendo três perguntas com opções de respostas abertas para o
monitoramento das ideias dos respondentes. Ao planejar o desenho do formulário, optou-
se pela utilização de uma sequência lógica de apresentação das questões, que foram
agrupadas em três partes: Parte A – Escala de opinião/atitudes - Questões de 1 a 14; Parte
B – Conhecimento sobre citações e referências - Questões de 15 a 24; Parte C –
Informações demográficas - Questões de 25 a 30. Cada uma dessas partes agrupava os
aspectos definidos para o estudo de acordo com a revisão feita da literatura, e estão
descritos a seguir.
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4.2 ASPECTOS ESTUDADOS DE ACORDO COM A REVISÃO DE LITERATURA

Quadro 2 – Relação dos aspectos estudados e referencial teórico descrito na literatura

Aspectos estudados Justificativa Referencial teórico Questões

(DICIONÁRIO HOUAISS, 2009)


Identificar o grau de conhecimento dos pesquisados Q1. Plágio é: “Assinar ou apresentar como
(FERREIRA, 1986)
acerca do significado e caracterização do Plágio, para (CHRISTOFE, 1996) seu (obra artística ou científica de
verificar se os estudantes possuem ou não a noção (PALAZZI, 1980 apud CHRISTOFE, 1996) outrem). Imitar (trabalho alheio)”.
correta do que é Plágio. As respostas poderão (GREEN, 2002)
(LOUI, 2002)
contribuir para verificar se a percepção dos
(U.S. DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN
Conceito e definição estudantes pesquisados condiz com a definição e SERVICES, 2005) Q2. Copiar literalmente (palavra por
de plágio conceito de plágio aceito pela comunidade científica e (AUSTRALIAN GOVERNMENT, 2007) palavra) um parágrafo de um texto sem
acadêmica. Comparados e cruzados com as respostas (RESEARCH COUNCIL UK, 2011) fazer qualquer identificação da fonte
(CNPq, 2011)
de outras categorias de questões permitirão também consultada é plágio.
que se observe a conduta e atitude dos estudantes
pesquisados em relação à ocorrência de plágio no
meio acadêmico investigado podendo indicar até que Q3. Redigir um parágrafo utilizando
ponto o desconhecimento ou falta de noção do que se frases de outros textos, apresentando as
configura como plágio poderia justificar a eventual fontes consultadas somente na lista de
ocorrência de plágio entre os estudantes pesquisados. referências no final do trabalho é plágio.

Aspectos estudados Justificativa Referencial Teórico Questões

(ROIG, 2011), (GREEN, 2002),


Verificar a percepção dos estudantes sobre as Q4. Considerando que o plágio acidental
(FAPESP (2012), (MCCABE et al., 2001),
modalidades de ocorrência de plágio. As respostas a (MCCABE, D.; TREVINO, L., 1997), (MCCABE et pode ocorrer quando os estudantes
estas questões poderão auxiliar na identificação da al., 2006), utilizam conteúdos alheios mas, por não
atitude/conduta dos estudantes pesquisados em (ED et al., 2010), (PECORARI, 2003). saberem como deve ser feita
relação ao plagio, permitindo que se identifique se o corretamente a indicação do autor e
plágio ocorre de forma acidental ou intencional. identificação da fonte utilizada, acabam
Modalidades de apresentando tais conteúdos como se
ocorrência de fossem próprios embora sejam de outras
plágio pessoas...
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Em sua opinião, os estudantes costumam


cometer plágio acidental em trabalhos
acadêmicos durante seus estudos
universitários?
Q5. Em algumas situações os estudantes
podem cometer plágio intencional, isto é,
utilizam conteúdos de outra pessoa e
apresentam como se fossem próprios, por
exemplo: compram trabalhos prontos,
utilizam trabalhos de colegas, copiam e
colam em seu trabalho conteúdos da
internet feitos por outras pessoas...

Em sua opinião, os estudantes costumam


cometer plágio intencional em trabalhos
acadêmicos durante seus estudos
universitários?
Q6. Durante a realização do seu curso de
pós-graduação você conheceu algum
colega que cometeu plágio
intencionalmente na realização de
trabalhos acadêmicos?
Aspectos estudados Justificativa Referencial Teórico Questões
Q7. Um estudante entregou um trabalho
(SCHNEIDER, 1990), (ORLANDI, 2002),
Identificar o grau de conhecimento dos pesquisados no qual mais da metade do conteúdo foi
(DEMO, 2011)
sobre os diferentes tipos de plágio. Os resultados (GARSCHAGEM, 2006), (MARTIN, 1994), transcrito de um trabalho científico feito
poderão contribuir para o entendimento da (HARRIS, 2001), (LOUI, 2002), (ROIG, 2011), anteriormente por ele. Na nova versão
atitude/conduta dos pesquisados em relação aos (UNIVERSIDAD NACIONAL AUTÓNOMA DE foram modificados apenas alguns itens
MÉXICO, 2013), (STANFORD UNIVERSITY,
diferentes tipos de plágio. como data, nome da disciplina, introdução
2013), (UNIVERSITY OF CAMBRIDGE, 2011),
Q3, Q17 e Q19 – plágio literal (UNIVERSITEIT GENT, 2012) e conclusão. Em nenhum momento foi
Q16 – paráfrase (THE UNIVERSITY OF HONG KONG, 2013), esclarecido que o conteúdo do trabalho
Tipos de plágio Q20 - auto-plágio, (UNIVERSITY OF PRETORIA, 2011), era praticamente o mesmo de outro
(KROKOSCZ, 2011), (BADGE; SCOTT, 2009)
Q23 – chavão, trabalho que foi feito pelo mesmo
(PLAGIARISM, 2013), (CONCORDIA
Q24 – paráfrase estudante... Em sua opinião, ocorreu
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UNIVERSITY, 2000), (GEORGETOWN plágio no trabalho do estudante?


UNIVERSITY, 2013), (MASSACHUSETTS
INSTITUTE OF TECHNOLOGY, 2012), (CNPq,
Q8. Suponha que um determinado
2011) estudante tivesse que entregar um
trabalho acadêmico nos próximos dias e
então pedisse a ajuda de alguns amigos e
conseguisse obter um trabalho com a
mesma temática que já tinha sido feita e
entregue por um deles. O estudante
entrega esse mesmo trabalho, apenas
substituindo o nome do autor e da
instituição. Isto é plágio?
Q9. Um determinado estudante precisa
entregar seu trabalho acadêmico e
conhece um lugar que vende trabalhos
prontos. Ele compra e entrega como se
tivesse sido feito por ele. Isto é plágio?

OBS: Além das Questões 7, 8 e 9, com


relação à tipologia de plágio, podem ser
justificadas as seguintes questões do
instrumento de pesquisa: Q3; Q16; Q17;
Q19; Q20; Q23; Q24.
Aspectos estudados Justificativa Referencial Teórico Questões
Q10. Entre os motivos abaixo, qual deles
(MCCABE, D.; TREVINO, L., 1997)
Identificar a percepção dos estudantes pesquisados você considera que mais influencia a
(MAXWELL; CURTIS; VARDANEGA, 2008)
sobre as principais motivações para a ocorrência do (POWER, 2009) ocorrência do plágio em trabalhos
plágio acadêmico. O conhecimento das razões e (CURTIS; POPAL, 2011) acadêmicos?
motivações para a ocorrência do plágio pode servir (SAUTHIER et al., 2011)
(MCCABE et al., 2001, 2002)
de subsídio para o estabelecimento de ações e Escolha a opção que considera MAIS
(MCCABE, D.; PAVELA, 2005)
Motivação para a medidas no sentido de evitar ou minimizar o (SOWDEN, 2005) IMPORTANTE.
ocorrência de problema. (MAXWELL; CURTIS; VARDANEGA, 2008); - Hábito comum entre estudantes
plágio (TOWNLEY; PARSELL, 2005) universitários.
(VALENTE et al., 2012)
- Desconhecimento das regras de indicação
(VASCONCELOS et al., 2009)
(BIONDI, 2011) e identificação das fontes consultadas.
- Desejo de obter bons resultados
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acadêmicos (notas, conceitos...)


independente dos meios.
- Falta de tempo para realizar os trabalhos
acadêmicos solicitados.
- Dificuldade para escrever textos.
- Ausência de normas de controle e punição
da prática do plágio.
- Facilidade de copiar da internet.
- Outros motivos
Aspectos estudados Justificativa Plataforma Teórica Questões
(U.S. DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN Q11. Em sua opinião qual ação é mais
SERVICES, 2005)
Verificar a existência ou não de ações e/ou diretrizes eficiente para prevenir o plágio nas
(AUSTRALIAN GOVERNMENT, 2007)
voltadas à prevenção do plágio nas instituições de (RESEARCH COUNCIL UK, 2011) atividades acadêmicas?
ensino superior nas quais os estudantes pesquisados (CONSELHO NACIONAL DE Escolha a opção que considera mais
tenham realizado sua formação acadêmica e também DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E adequada.
TECNOLÓGICO, 2011a) - Ações educativas sobre a prevenção de plágio, tais
visando levantar a percepção dos próprios estudantes
(NATIONAL TAIWAN UNIVERSITY, 2004) como: aulas, palestras, seminários etc.
Ações institucionais sobre as ações mais eficientes para a prevenção do (UNIVERSITY OF CAPE TOWN, 2005) - Ações diagnósticas para verificação de plágio por
preventivas Plágio acadêmico. (HARVARD UNIVERSITY, 2011) meio de software de prevenção de plágio.
(UNIVERSITY OF OXFORD, 2013) - Ações corretivas e punitivas aplicadas com mais rigor
(THE AUSTRALIAN NATIONAL UNIVERSITY, na instituição.
2011) - Ações institucionais: código de ética; manuais de
(UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, orientação; apresentação de políticas institucionais.
2008) - Considero desnecessário qualquer tipo de ação.
(MASSACHUSETTS INSTITUTE OF - Outros
TECHNOLOGY, 2012)
(MCCABE et al., 2001, 2002; MCCABE, D.;
Q12. Em algum momento dos seus estudos
PAVELA, 2005). realizados até aqui você aprendeu como se
(MCCABE, D. L. et al., 2006) faz citações e referências de textos/fontes
de pesquisa que são utilizadas em trabalhos
acadêmicos?
Q14. Assinale as ações adotadas pelas
instituições de ensino superior nas quais
você estudou que tinham a finalidade de
informar e orientar os estudantes para que
o plágio acadêmico fosse evitado. Caso
necessário, assinale mais de uma
alternativa.
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Aspectos estudados Justificativa Referencial Teórico Questões


Q12. Em algum momento dos seus estudos
(PECORARI, 2003)
Verificar o grau de conhecimento dos estudantes realizados até aqui você aprendeu como se
(FERREIRA; SANTOS, 2011)
pesquisados a respeito das Normas e Regras exigidas (FACHINI; DOMINGUES, 2008) faz citações e referências de textos/fontes
para a elaboração de trabalhos científicos, (SILVA; DOMINGUES, 2008) de pesquisa que são utilizadas em trabalhos
especialmente no que se refere às Normas Técnicas acadêmicos?
para citações e referências. Objetivaram ainda Q13. Os estudantes de pós-graduação estão
Conhecimento das verificar se os estudantes pesquisados já tiveram capacitados para evitarem o plágio em
normas e regras de algum tipo de formação relacionada ao uso adequado trabalhos acadêmicos.
prevenção de plágio das Normas Técnicas para a elaboração de trabalhos Q15. Um estudante pode utilizar em seu
científicos. trabalho, sem fazer nenhuma identificação
da fonte, informações que são consideradas
de conhecimento comum tais como
acontecimentos, fatos históricos e
conhecimentos gerais de uma área?
Q16. Um estudante que está elaborando o
texto de seu relato de pesquisa pode
reescrever com suas próprias palavras uma
reflexão de outro autor sem citar a fonte?
Q17. Um estudante pode transcrever
literalmente um texto de outra fonte sem
colocá-lo entre aspas ou em bloco recuado
da margem, desde que indique a fonte
original com o sistema autor-data ou
numérico?
Aspectos estudados Justificativa Referencial Teórico Questões
Q18. Um estudante que utiliza em seu
(PECORARI, 2003)
Verificar o grau de conhecimento dos estudantes trabalho um ditado popular.
(FERREIRA; SANTOS, 2011)
pesquisados a respeito das Normas e Regras exigidas - Precisa citar a fonte
(FACHINI; DOMINGUES, 2008)
- Não precisa citar a fonte
para a elaboração de trabalhos científicos, (SILVA; DOMINGUES, 2008)
Conhecimento das especialmente no que se refere às Normas Técnicas Q19. Um estudante que utiliza em seu
normas e regras de para citações e referências. Objetivaram ainda trabalho uma imagem publicada
prevenção de plágio verificar se os estudantes pesquisados já tiveram originalmente em outro material.
- Precisa citar a fonte
algum tipo de formação relacionada ao uso adequado - Não precisa citar a fonte
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das Normas Técnicas para a elaboração de trabalhos Q20. Um determinado autor reutiliza partes
científicos. integrais de textos que tinha sido escrito e
publicado por ele anteriormente em um
novo trabalho que será submetido para
publicação inédita.
- Precisa citar a fonte
- Não precisa citar a fonte
Q21. Expressões e frases de obras que estão
em domínio público como “ser ou não ser:
eis a questão” ou “penso, logo existo”
quando utilizadas em um trabalho
acadêmico, o estudante:
- Precisa citar a fonte
- Não precisa citar a fonte
Aspectos estudados Justificativa Referencial Teórico Questões
Q23. Um estudante encontrou o seguinte
(PECORARI, 2003)
Verificar o grau de conhecimento dos estudantes fragmento de texto em uma fonte de
(FERREIRA; SANTOS, 2011)
pesquisados a respeito das Normas e Regras exigidas (FACHINI; DOMINGUES, 2008) pesquisa: “o conhecimento humano é
Conhecimento das para a elaboração de trabalhos científicos, (SILVA; DOMINGUES, 2008) criado e expandido através da interação
normas e regras de especialmente no que se refere às Normas Técnicas social entre o conhecimento tácito e o
prevenção de plágio para citações e referências. Objetivaram ainda conhecimento explícito. Chamamos esta
verificar se os estudantes pesquisados já tiveram interação de ‘conversão do conhecimento’”.
algum tipo de formação relacionada ao uso adequado Então ele decidiu usar somente a expressão
das Normas Técnicas para a elaboração de trabalhos “conversão do conhecimento” no trabalho
científicos. dele.
- Precisa citar a fonte
- Não precisa citar a fonte
Q24. Um estudante sintetiza no trabalho
que está redigindo uma informação sobre
uma pesquisa recente que foi divulgada
publicamente pela televisão.
- Precisa citar a fonte
- Não precisa citar a fonte
Aspectos estudados Justificativa Questões

Idade
Identificação do perfil dos participantes da pesquisa, tais como: idade, gênero, nacionalidade, Q25. Qual é a sua faixa etária?
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formação acadêmica, área de conhecimento cursada na pós-graduação e também a atividade


profissional dos pesquisados. O conhecimento do perfil dos pesquisados pode permitir um Q26. Qual é o seu sexo?
Gênero
melhor embasamento para a análise e discussão dos resultados a partir dos cruzamentos
possíveis entre as respostas obtidas nos diferentes grupos de questões (categorias de análise) Q27. Qual é seu nível de pós-graduação?
Nível escolar e as correspondentes informações demográficas dos estudantes pesquisados.
Q28. Qual é a área de conhecimento da sua
Área de
pós-graduação?
conhecimento
Q29. Em que país você residiu a maior parte
País de residência da sua vida?

Q30. Qual é sua situação ocupacional neste


Situação
momento?
ocupacional
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5 RESULTADOS

5.1 PERFIL DEMOGRÁFICO DOS RESPONDENTES (PARTE C: Q25 a Q30)

A faixa etária dos 3.497 participantes do estudo está majoritariamente entre os 26-
30 anos (40%), seguida das faixas etárias de 31 a 35 anos (21%) e de 20 a 25 anos (20%)
o que permite observar que 4/5 dos respondentes abrangem uma faixa etária com uma
variação máxima de 15 anos de idade (20 a 35 anos), caracterizando uma amostragem
jovem e compacta do ponto de vista etário.

Em relação ao sexo dos respondentes, houve a participação maior de mulheres


(56%) comparado ao público masculino (44%), números muito similares a proporção
maior de estudantes de doutorado (56%) comparada aos estudantes de mestrado
acadêmico (43%) e de mestrado profissional (1%). Também constatou-se que em todos os
níveis acadêmicos o número de homens participantes do estudo foi menor que o número
de mulheres, entretanto esta representatividade é variável olhando-se as áreas de
conhecimento. Por exemplo, no caso das Ciências da Saúde, o público participante foi
majoritariamente feminino (26,4%) enquanto que na área das Ciências Exatas e da Terra
prevaleceu o público masculino (20,4%). Considerando-se estas duas áreas de
conhecimento em relação ao total da amostragem, constatou-se que o número de
respondentes da área das Ciências da Saúde tem maior representatividade na amostra
(19,7%) seguido pela área de Ciências humanas (16,4%), Ciências exatas e da terra
(13,8%), Ciências biológicas (12,8%) e Engenharias (11,3%). As outras áreas tiveram
número de participantes inferior a 10%. Na tabela a seguir podem ser verificados
detalhadamente o número de participantes do estudo considerando-se o sexo e as áreas
de conhecimento.
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Tabela 2 – Distribuição do público participante da pesquisa pela área de


conhecimento da pós-graduação e por gênero

Fonte: elaborado pelos autores.

Do ponto de vista demográfico, a amostra estudada também foi caracterizada


quanto à situação ocupacional dos respondentes. A maior parte deles estuda em tempo
integral com bolsa (59,4%) ou sem bolsa (8,8%). As outras partes dos respondentes ou
trabalha em tempo parcial (15%) ou trabalha em tempo integral (16,8%).
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Para fins de análise do ponto de vista demográfico, também se perguntou para


cada respondente em qual país residiu na maior parte da sua vida sendo que 96,4% disse
ter residido no Brasil e 3,6% em outros países o que corresponde a 127 respondentes,
sendo que entre estes, 92 indicaram algum país da América do Sul (Colômbia, Argentina,
Perú, Bolívia entre outros).

5.2 PERCEPÇÕES TEÓRICAS E CONCEITUAIS (PARTE A: Q1 a Q14)

Na primeira parte do instrumento de pesquisa (PARTE A) foram feitas 14 questões


aos respondentes as quais indagaram sobre conhecimentos relacionados à definição e
tipologia de plágio bem como noções quanto às normas, regras e orientações relacionadas
ao assunto.

As duas primeiras questões (Q1 e Q2) abordaram o assunto de forma genérica e


consideraram os aspectos mais comumente entendidos em relação ao plágio, isto é, o que
é plágio e em quais circunstâncias ocorre. Em relação a definição, na Q1 foi apresentada a
descrição do verbete plágio que consta do dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
(1986, p. 249): Plágio é “Assinar ou apresentar como seu (obra artística ou científica de
outrem). Imitar (trabalho alheio)”. Assinalaram concordância com esta definição 97,2%
dos respondentes, índice semelhante a taxa de concordância obtido na Q2 que foi de
97,3% em relação a afirmativa “copiar literalmente (palavra por palavra) um parágrafo de
um texto sem fazer qualquer identificação da fonte consultada é plágio.”

Na terceira questão (Q3) foi apresentada uma afirmação que trata da reprodução
de fragmentos de outros textos, contudo fazendo a identificação da fonte em “lista de
referências no final do trabalho”. Neste caso, 63% dos respondentes concordaram que isto
caracteriza plágio, sendo que 26% concordaram plenamente com isto. Considerando-se
que de fato esta situação é considerada plágio pois, além da inclusão da fonte no final do
trabalho, nestes casos é necessária também a indicação (citação) da fonte no próprio texto
acrescido do uso de aspas e recuo devido à reprodução literal de partes do texto original.
Diante destas considerações, pode-se inferir que para 37% esta prática poderia ocorrer
devido à percepção de que este tipo de procedimento não caracteriza plágio. Observando-
se os resultados de outros estudos realizados sobre o plágio verifica-se que entre 30 a
50% dos trabalhos acadêmicos tem algum tipo de plágio (POSNER, 2007), entre eles
principalmente o plágio acidental (GREEN, 2002; ROIG, 2011).
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Esta questão sobre o plágio acidental foi investigada especificamente na quarta


questão (Q4) e de acordo com 65,4% dos participantes no estudo, “os estudantes
costumam cometer plágio acidentalmente em trabalhos acadêmicos ... por não saberem
como deve ser feita corretamente a indicação do autor e identificação da fonte utilizada”.
Não obstante, questionados se "em algum momento dos seus estudos realizados até aqui
você aprendeu como se faz citações e referências de textos/fontes de pesquisa que são
utilizadas em trabalhos acadêmicos” (Q12), 87,3% dos respondentes disseram ter
recebido tal formação, porém 62,4% dos respondentes concordam que estão capacitados
para evitarem o plágio em trabalhos acadêmicos (Q13). No cruzamento das respostas
obtidas na questão doze (Q12) e na questão 13 (Q13), observou-se que 97,6% dos
respondentes que concordam plenamente que os estudantes de pós-graduação estão
capacitados para evitarem o plágio (Q13) admitem ter aprendido como se faz citações e
referências.

Tabela 3 – Percepção dos estudantes a respeito do aprendizado de normalização


bibliográfica e sua função didática de prevenir o plágio acadêmico

Fonte: elaborado pelos autores.

Considerando-se estes dados parece razoável concluir que o aprendizado das


regras de citação e referências é um diferencial correlacionado com a percepção de que se
está capacitado para evitar a ocorrência do plágio. Corroborando tais resultados,
constatou-se que o desconhecimento de tais regras, a dificuldade para escrever textos e o
desejo de obter bons resultados acadêmicos constam dos principais motivos apresentados
pelos respondentes como razões importantes que mais influenciam na ocorrência de
plágio em trabalhos acadêmicos (Q10).
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Tabela 4 – Motivos relacionados com a ocorrência de plágio

Fonte: elaborado pelos autores.

Em relação aos motivos de ocorrência do plágio (Q10), cabe destacar que o


principal motivo apontado pelos respondentes, isto é, o “desejo de obter bons resultados
acadêmicos (notas, conceitos...) independente dos meios” coincide com a razão mais
frequentemente encontrada em outros estudos (CURTIS; POPAL, 2011; HARRIS, 2001;
MAXWELL; CURTIS; VARDANEGA, 2008; MCCABE, D.; TREVINO, L., 1997; POWER, 2009;
SAUTHIER et al., 2011). Este dado empírico contrasta com o senso comum de que o plágio
é um ato comum entre os estudantes ou por que se trata de uma prática relacionada as
facilidades de acesso e uso da informação disponível na internet.
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Outro fator que apareceu entre os motivos importantes para a ocorrência de plágio
foi a “ausência de normas de controle e punição da prática de plágio” que obteve 14,7%
das respostas. De fato, a banalização do plágio e a ausência de regras e sanções como, por
exemplo, a adoção de códigos de ética e a consideração do plágio e as consequências desta
prática já tiveram sua importância observada em outros estudos (MCCABE et al., 2001,
2002; MCCABE, D.; PAVELA, 2005).

Investigando-se as ações mais eficientes para prevenir a ocorrência do plágio nas


atividades acadêmicas (Q11), observou-se neste levantamento que as chamadas “ações
institucionais como adoção de códigos de ética e manuais de orientação” foram
consideradas as medidas mais adequadas para a prevenção do plágio de acordo com
20,2% dos respondentes e a aplicação mais rigorosa de medidas corretivas e punitivas foi
apontada como a ação mais adequada por 18,5% dos respondentes. Entretanto, de acordo
com 41% dos participantes deste levantamento a ação mais eficiente para a prevenção do
plágio são aquelas de caráter educativo que visam a prevenção da ocorrência do plágio,
tais como aulas, palestras, seminários, etc...

Tabela 5 – Ações consideradas eficientes para a prevenção do plágio

Fonte: elaborado pelos autores.


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Porém, indagados sobre as “ações adotadas pelas instituições de ensino superior


nas quais você estudou que tinham a finalidade de informar e orientar os estudantes para
que o plágio acadêmico fosse evitado. Caso necessário, assinale mais de uma alternativa”
(Q14), 67,7% dos respondentes declarou “não lembrar de nenhuma atividade específica
da instituição que tenha sido adotada visando a informação e a orientação para que o
estudantes evitassem a ocorrência de plágio acadêmico”. De acordo com 14,4% dos
respondentes “a instituição tinha regulamentos, regras e sanções claramente divulgadas
aos alunos” e para 14,3% “na instituição havia aula sobre o assunto plágio no programa de
alguma das disciplinas do curso.”

Neste levantamento também foi investigada a percepção dos estudantes de pós-


graduação sobre a ocorrência do plágio intencional, como por exemplo, quando acontece a
reprodução de conteúdos da internet feitos por outras pessoas sem o devido
reconhecimento da fonte original ou também quando são entregues trabalhos feitos por
colegas ou comprados de outros autores. Em relação a esta questão (Q4), 71,5% dos
respondentes manifestaram concordância com a ocorrência desta prática denotando que
de acordo com a percepção dos estudantes é mais comum a ocorrência do plágio
intencional do que do acidental. Contudo, 22,2% dos respondentes declararam ter
conhecido algum colega que cometeu plágio intencionalmente durante a realização do
curso de pós-graduação (Q6). Portanto, embora haja a percepção de que o plágio
intencional é mais comum entre os estudantes do que o plágio acidental, o índice de alunos
que de fato constataram a ocorrência de tal prática entre os colegas é bastante inferior
(22,2%) ao número percebido (71,5%). Considerando-se a relação entre a opinião dos
respondentes sobre a ocorrência de plágio intencional (Q5) e a constatação da ocorrência
de plágio intencional entre os colegas (Q6), os dados obtidos permitem observar que
91,2% dos respondentes que concordam com a ocorrência de plágio intencional de fato
conheceram algum colega que cometeu tal prática (Q5 x Q6).

Em relação ao plágio intencional, foi apresentada a seguinte situação que


caracteriza tal prática para que os respondentes opinassem em relação a ela: “Suponha
que um determinado estudante tivesse que entregar um trabalho acadêmico nos próximos
dias e então pedisse a ajuda de alguns amigos e conseguisse obter um trabalho com a
mesma temática que já tinha sido feita e entregue por um deles. O estudante entrega esse
mesmo trabalho, apenas substituindo o nome do autor e da instituição. Isto é plágio?”
(Q8). De acordo com as resposta obtidas, 91,1% dos respondentes consideram este
procedimento plágio. Outra prática considerada plágio deliberado é o caso da compra de
trabalhos acadêmicos feitos por outras pessoas que são entregues como se tivessem sido
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feitos pelo próprio estudante. Considerando-se esta situação, verificou-se que 71,7% dos
respondentes consideram que isto é plágio (Q9).

5.3 CONHECIMENTOS SOBRE CITAÇÕES E REFERÊNCIAS (PARTE B: Q15 a


Q24)

A prevenção da ocorrência do plágio seja acidental ou intencional está diretamente


relacionada ao uso adequado das fontes de pesquisa conforme estabelecido nas
convenções acadêmicas. Embora haja diversas convenções que estabelecem as diretrizes
para o reconhecimento das fontes utilizadas em um trabalho acadêmico como, por
exemplo, a Associação Brasileira de Normas Técnicas, a American Psychological
Association, o International Committee of Medical Journal Editors entre outras, em geral
todas elas estabelecem parâmetros em relação à correta indicação da autoria, o que é
chamado de citação no texto e a correspondente identificação do documento (fonte)
original, chamada de referência e que é apresentada em uma lista no final de uma seção,
trabalho, artigo, livro entre outros. Portanto, o reconhecimento adequado de uma fonte de
pesquisa requer simultaneamente a citação e a referência.

Desta maneira, neste estudo foram realizadas algumas questões com o intuito de
verificar a percepção dos estudantes de pós-graduação quanto à precisão no uso de
citações e referências em trabalhos acadêmicos. Neste sentido, quando questionado se
“um estudante pode reescrever com suas próprias palavras uma reflexão de outro autor
sem citar a fonte” (Q16), a maioria dos respondentes assinalou adequadamente que não
(86,5%), pois de fato, a questão apresentada refere-se ao uso da paráfrase, o que, de
acordo com a literatura consultada e as convenções acadêmicas, embora não corresponda
a uma cópia literal de uma fonte original, ainda assim requer a atribuição adequada de
crédito, no caso com a devida indicação autoral (citação).

Em outra questão (Q17), os respondentes foram indagados sobre a reprodução


literal de um texto original: “Um estudante pode transcrever literalmente um texto de
outra fonte sem colocá-lo entre aspas ou em bloco recuado da margem, desde que indique
a fonte original com o sistema autor-data ou numérico?” Neste caso, a resposta esperada
seria NÃO, pois no caso de reprodução literal isto precisa ser mostrado por meio do uso de
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aspas ou recuo da margem do texto. Observou-se que 68,9% dos respondentes respondeu
NÃO, o que embora esteja correto reflete um grau de precisão menor comparado a questão
anterior. É um resultado que surpreende, pois se espera que haja mais clareza quanto à
inadequação da reprodução literal de uma fonte do que em relação ao uso de uma ideia ou
conteúdo original feito com as próprias palavras. Entretanto, pode-se supor que o segundo
período da questão que se refere à indicação da autoria (“[...] desde que indique a fonte
original [...]”) acabou influenciando a resposta SIM dos respondentes. Contudo, no caso da
reprodução literal, além da indicação da autoria é preciso que o fragmento copiado seja
destacado com o uso de aspas ou recuo, senão fica caracterizado o plágio. Este
desconhecimento ou imprecisão pode acontecer de forma involuntária, por negligência ou
desconhecimento das regras de escrita científica resultando na ocorrência de plágio
acidental, risco este, que no caso desta questão poderia ser atribuído aos 31,1% dos
respondentes que assinalaram SIM ou NÃO SEI.

Este índice de imprecisão quanto ao reconhecimento de fontes aumenta em


relação à necessidade de identificar fontes de pesquisa consideradas como de
conhecimento comum. Na literatura e nas orientações acadêmicas relacionadas ao plágio
um tipo de informação convencionalmente aceita como de uso livre e que não requer
citação e nem referência refere-se ao que é chamado de conhecimento comum, ou seja,
acontecimentos e fatos históricos, ditados populares ou conhecimento gerais de uma área.
Neste sentido, não se requer que seja citada a fonte quando se fala sobre o que caracteriza
o conhecimento científico, sobre o que foi a Revolução Científica ou o que é o efeito estufa.

Em relação ao conhecimento comum, foi apresentada a seguinte questão aos


respondentes: “Um estudante pode utilizar em seu trabalho, sem fazer nenhuma
identificação da fonte, informações que são consideradas de conhecimento comum tais
como acontecimentos, fatos históricos e conhecimentos gerais de uma área?” (Q15). A
resposta esperada nesta questão era SIM e obteve um percentual de 55,3% dos
respondentes. Entretanto, 30,9% responderam não e 13,8% responderam “não sei”.

Nas orientações sobre plágio encontradas nos websites de universidade


internacionais sobre o conhecimento comum e a dispensa da necessidade de
reconhecimento de fontes, é frequente encontrar observações quanto à possíveis dúvidas
em relação a natureza “comum” de um determinado conhecimento. Nestes casos, a
orientação costumeiramente encontrada é que na dúvida a fonte seja citada e identificada.
Isto quer dizer que as implicações quanto a resposta NÃO nesta questão não parecem ser
mais graves, pois, neste caso, reiteram que tais informações não podem ser usadas sem
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identificação, o que corresponde ao reconhecimento das fontes coincidindo assim com as


orientações quanto à necessidade deste procedimento nos casos de dúvidas quanto à
natureza “comum” ou não do conhecimento utilizado. Contudo, o mesmo não pode ser dito
em relação ao percentual dos respondentes que responderam “não sei” (13,8%) e que
correspondem a um grupo que declaradamente assumiu uma fragilidade de convicção ou
no mínimo falta de clareza em relação a isto. Embora não se possa inferir o que tais
sujeitos acabam fazendo na prática, tal indicação de dúvida sinaliza a necessidade de
esclarecimentos quanto ao que caracteriza o conhecimento comum.

A falta de clareza quanto ao que caracteriza o conhecimento comum pode ser


corroborado considerando-se as respostas dadas a questão dezoito (Q18) na qual
perguntou-se sobre a utilização de ditados populares em trabalhos acadêmicos, os quais
também são considerados conhecimento comum. Neste caso, 82,1% dos respondentes
assinalou corretamente de acordo com o que é convencionado, que “não é preciso citar a
fonte”. Entretanto, a Q21 refere-se a outro aspecto relacionado ao conhecimento comum
que são os conteúdos considerados em “domínio público”. Nesta questão novamente
percebe-se a falta de homogeneidade nas respostas: 56,4% consideram necessário citar a
fonte enquanto que 43,6% dos respondentes disseram não ser necessário citar a fonte.
Considerando-se a literatura e as orientações convencionadas em relação ao plágio
acadêmico, conteúdos em domínio público que caracterizam conhecimento comum não
precisam ser citados.

Uma situação semelhante que caracteriza o conhecimento comum foi apresentada


na Q22: “Um estudante escreveu em seu trabalho, com suas próprias palavras que ‘Galileu
Galilei é considerado o pai da ciência moderna por ter desenvolvido o método
experimental’”. Novamente, por se tratar de um conhecimento considerado comum no
âmbito científico por estar referido a algo historicamente consensuado a resposta
esperada era de que “não é necessário citar a fonte”, o que foi respondido por 57% dos
participantes enquanto que 43% consideraram ser necessário “citar a fonte”.

Portanto, por meio deste conjunto de questões, parece ser necessário discutir a
falta de uniformidade e clareza dos participantes do estudo em relação ao que pode ser
caracterizado como conhecimento comum, bem como a implicação que isto tem em
relação a necessidade ou não do uso de citação das fontes. Observa-se que tal dificuldade
pode ser relacionada diretamente à ocorrência de plágio acidental.

Apesar do percentual elevado dos participantes que adequadamente assinalaram a


resposta esperada na (Q18), foi na questão dezenove (Q19) que houve o maior índice de
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adequação do ponto de vista da resposta esperada. Para 98,8% dos respondentes “Um
estudante que utiliza em seu trabalho uma imagem publicada originalmente em outro
material precisa citar a fonte.” Este resultado denota que é praticamente generalizada a
ideia de que a utilização de imagens extraídas de outros trabalhos precisa ter a fonte
reconhecida.

Na questão vinte (Q20) os participantes foram instados a responderem sobre uma


questão polêmica e até mesmo contraditória relacionada a ideia de plágio que não
obstante, faz parte das convenções e diretrizes institucionais tanto da literatura quanto
das diretrizes de universidades, de agências de pesquisa e de diretrizes editoriais de
periódicos científicos. A questão abordou o autoplágio, isto é a reutilização que o próprio
autor original faz de sua produção intelectual em situações diferentes, caso, por exemplo,
da reprodução de textos idênticos em trabalhos disciplinares ou em outras publicações
científicas. Diante da seguinte afirmativa “um determinado autor reutiliza partes integrais
de textos que tinha sido escrito e publicado por ele anteriormente em um novo trabalho
que será submetido para publicação inédita”, 92,8% dos respondentes assinalaram que “é
preciso citar a fonte”. Embora a questão do autoplágio soe como contraditória pois não se
refere a apropriação da obra de UM OUTRO AUTOR, no âmbito científico esta prática é
reprovável por representar uma fraude autoral que pode ter o escopo de obter vantagens
diferentes com o mesmo trabalho (caso por exemplo, da entrega do mesmo trabalho em
disciplinas diferentes ou publicações idênticas em periódicos diferentes) ao mesmo tempo
em que não contribui para o avanço do conhecimento científico. (ERRAMI; GARNER, 2008;
FAPESP, 2011; MASSACHUSETTS INSTITUTE OF TECHNOLOGY, 2012).

Apesar do índice elevado de participantes que nesta questão respondeu


adequadamente a necessidade de “citar a fonte”, uma questão semelhante sobre
autoplágio tinha sido feita anteriormente no mesmo formulário. Na questão dezessete
(Q7) foi apresentada para os respondentes a seguinte situação: “Um estudante entregou
um trabalho no qual mais da metade do conteúdo foi transcrito de um trabalho científico
feito anteriormente por ele. Na nova versão foram modificados apenas alguns itens como
data, nome da disciplina, introdução e conclusão. Em nenhum momento foi esclarecido
que o conteúdo do trabalho era praticamente o mesmo de outro trabalho que foi feito pelo
mesmo estudante... Em sua opinião, ocorreu plágio no trabalho do estudante?” As
respostas obtidas distribuíram-se da seguinte forma:

Tabela 6 – Percepção dos estudantes sobre situação de autoplágio


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Fonte: elaborado pelos autores.

Observa-se que nesta questão o índice de concordância com a ocorrência de plágio


(que nesta situação caracteriza o autoplágio) foi de 47,9%, número bastante inferior às
respostas dadas na questão 20 (92,8%) que trata do mesmo assunto.

Uma possibilidade de análise desta divergência de resposta pode ser inferida


considerando-se a especificidade das questões. Por um lado, na (Q7) o autoplágio aparece
relacionado a uma questão interna, qual seja, a reutilização de um mesmo trabalho com a
finalidade de entrega a uma disciplina acadêmica. Por outro lado, na (Q20) a reutilização
de partes de um mesmo trabalho aparece vinculada a ideia de publicação, o que confere
uma dimensão externa ao trabalho.

A questão vinte e três (Q23) aborda uma situação bastante específica e ainda não
muito divulgada na literatura e convenções acadêmicas. Refere-se a um tipo de plágio
chamado de Apt Phrase o que corresponde à reprodução de chavões, neologismos, novos
conceitos entre outros. Na questão apresentada os participantes são indagados sobre a
utilização de uma expressão criada originalmente e que é formada por três palavras
apenas (conversão do conhecimento) as quais correspondem a uma nova definição na área
das ciências sociais. Não obstante a especificidade da questão, para 72,3% dos
respondentes tal utilização “precisa ser citada” o que corresponde a resposta esperada.

Esta precisão de resposta esperada também foi verificada na frequência das


respostas dadas a (Q24) que indaga sobre a necessidade de citar a fonte no caso de
“sintetizar em um trabalho acadêmico uma informação sobre uma pesquisa recente
divulgada publicamente pela televisão”. Para 89,8% dos respondentes é preciso citar a
fonte neste caso, procedimento considerado adequado em situações como esta por tratar
da utilização de dados de outras pesquisas.
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6 DISCUSSÃO

Este levantamento de caráter exploratório permitiu identificar as percepções que


uma amostra não-probabilística dos estudantes da pós-graduação da USP têm em relação
à ocorrência do plágio no meio acadêmico. Foi considerada como referencial para análise
dos resultados obtidos a literatura internacional e nacional bem como as diretrizes e
recomendações de universidades e de agências de pesquisa. A partir de tais orientações,
foi elaborado um instrumento de pesquisa com trinta questões as quais permitiram a
investigação das seguintes percepções: conceito e definição de plágio; modalidades de
ocorrência e tipos de plágio; razões de ocorrência; ações institucionais preventivas;
normas e regras adotadas em relação ao plágio. Além disto, o instrumento permitiu a
identificação do perfil dos respondentes de acordo com as seguintes características: idade,
gênero, nível escolar, área do conhecimento, situação ocupacional e país de residência.

Quanto ao perfil demográfico dos respondentes, a partir dos resultados obtidos


constatou-se uma amostragem predominante na faixa etária dos 20 aos 35 anos,
caracterizada por um número pouco maior de mulheres. Entre os participantes do estudo
também havia pouco mais da metade de estudantes de doutorado em relação aos alunos
dos programas de mestrado, todos eles pertencentes as diversas áreas de conhecimento. A
maioria dos respondentes foram alunos brasileiros com dedicação integral e bolsistas.

Do ponto de vista de tais elementos demográficos, tendo como base a análise das
frequências relativas e absolutas das respostas obtidas, não foram observadas grandes
variações nas taxas de resposta principalmente em relação à Parte A (Q1 a Q14) do
questionário no qual foram abordadas as questões teóricas e conceituais sobre o plágio.
De acordo com os resultados obtidos as percepções dos respondentes são compartilhadas
de forma bastante homogênea sem variações significativas. Em relação à Parte B (Q15 a
Q24) do questionário na qual foram apresentadas questões práticas relacionadas ao
assunto, foi possível constatar um grau de precisão maior nas respostas dadas pelos
respondentes com as seguintes características: sexo feminino; faixa etária acima de 36
anos; cursando doutorado; da área das ciências da saúde.

Em relação às percepções estudadas de acordo com a Parte A (Q1 a Q14) do


questionário de pesquisa, pode-se constatar que do ponto de vista conceitual os
respondentes possuem clareza em relação ao que configura plágio. Entretanto, o grau de
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esclarecimento e certeza sobre a caracterização do plágio tende a diminuir quando se


considera as especificidades do meio acadêmico no que diz respeito, por exemplo, as
exigências quanto ao uso adequado de citações e de referências como procedimentos
necessários para se evitar a ocorrência de plágio conforme consta da literatura sobre o
assunto consultada para este estudo.

Esta fragilidade relacionada as regras de normalização apareceu corroborada pela


manifestação da concordância dos respondentes de que a modalidade de plágio acidental
costuma ocorrer entre os estudantes. Mas além do plágio acidental, os respondentes
manifestaram concordância ainda maior em relação à ocorrência do plágio intencional,
sendo que 1/5 dos respondentes manifestou ter conhecido algum colega que
deliberadamente cometeu tal prática. Entretanto, cabe observar que embora de acordo
com a literatura a estimativa do índice de plágio entre os estudantes esteja entre 30% a
50%, os resultados obtidos não são suficientes para afirmar um índice de ocorrência de
plágio de 20% de acordo com este estudo, pois além de vieses como o fato dos
respondentes estarem falando sobre outros sujeitos e não sobre si mesmos, não há
condições de saber se cada respondente ao referir-se a algum colega que tenha plagiado
não estavam pensando no mesmo sujeito. Contudo, em relação ao plágio intencional, os
resultados obtidos neste estudo permitiram constatar que, de acordo com os
respondentes, práticas de fraude autoral tais como a compra de trabalhos acadêmicos,
entrega de trabalhos feitos por colegas ou até mesmo “baixados” da internet são
consideradas plágio correspondendo assim a literatura consultada.

Uma outra constatação importante deste levantamento foi quanto às motivações


que podem ser consideradas mais importantes para a ocorrência do plágio. O motivo com
o maior índice de respostas foi o “desejo de obter bons resultados acadêmicos”, razão esta
já observada pela literatura. Entretanto, embora tal motivação esteja relacionada às
demandas e interesses individuais de cada estudante que em vista de um determinado
objetivo é capaz de recorrer aos meios disponíveis, sejam eles aceitáveis ou não, aspecto
sobre o qual cabe uma discussão e reflexão ética importante e necessária, as outras
motivações apresentadas como importantes para a ocorrência do plágio não podem ser
desconsideradas. Também foram apontadas como motivações importantes para a
ocorrência de plágio a dificuldade para escrever textos, a ausência de normas de controle e
punição para a prática do plágio e o desconhecimento das regras de identificação das
fontes de pesquisa. Tais razões demonstram dificuldades técnicas e operacionais que
influenciam diretamente na ocorrência do plágio de acordo com os participantes no
estudo. Embora o problema ético esteja diretamente relacionado ao assunto e não possa
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ser desconsiderado, não se pode ignorar o fato de que motivos mais simples e práticos
foram apontados como elementos motivadores para a ocorrência do plágio e que por sua
vez, parecem ser muito mais fáceis de serem tratados.

Apesar de terem apontado tais dificuldades técnicas, os respondentes do estudo


admitiram ter recebido formação relacionada ao uso adequado de fontes de pesquisa,
contudo o índice de concordância diminuiu quando perguntados se sentiam-se
suficientemente capacitados para evitarem o plágio em trabalhos acadêmicos. Entretanto,
no cruzamento das respostas verificou-se que os sujeitos que responderam ter recebido
formação em relação ao uso de fontes de pesquisa são os mesmos que se sentem mais
capacitados para evitarem o plágio, evidenciando assim que tais orientações são
necessárias e eficazes.

Analisando-se os resultados obtidos em relação às práticas preventivas em relação


ao plágio acadêmico, de acordo com os resultados obtidos, as ações institucionais de
caráter educativo e de orientação foram consideradas mais adequadas do que o uso de
medidas diagnósticas e adoção de ações punitivas. Entretanto, questionados sobre quais
ações já tinham sido adotadas pelas instituições de ensino na qual já tinha estudado, mais
da metade dos respondentes afirmou “não lembrar de nenhuma atividade específica em
relação ao combate do plágio” o que denota que o conhecimento e as percepções que
foram adquiridas sobre o assunto resultaram da experiência empírica individual.

Por ser um conhecimento espontâneo sobre o assunto, desvinculado de padrões


convencionados, conclui-se que embora as noções teóricas e conceituais dos respondentes
estejam minimamente adequadas, quando se apresentam questões práticas relacionadas à
ocorrência do plágio como, por exemplo, a clareza quanto ao uso de citações e referências,
o esclarecimento sobre o que não é plágio (conhecimento comum) e o que caracteriza o
autoplágio, o índice de precisão e adequação das respostas não mantém a homogeneidade
considerando-se os parâmetros convencionados pela literatura. Infere-se que uma razão
importante relacionada a isto é justamente a falta do estabelecimento de orientações que
institucionalmente estabeleçam as diretrizes do que caracteriza o plágio e como evita-lo.
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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este levantamento de caráter exploratório feito com uma amostra de 3.497


estudantes de pós-graduação da Universidade de São Paulo, os quais participaram
espontaneamente do estudo por meio do preenchimento de um questionário com trinta
questões disponibilizado na internet, embora não seja representativo da população
estudada devido à característica não-probabilística da amostra, permitiu a identificação de
algumas percepções consideradas necessárias e suficientes para o estabelecimento de
noções preliminares sobre o que se entende em relação ao plágio acadêmico,
considerando-se as diretrizes encontradas na literatura nacional e internacional, bem
como nas orientações estabelecidas por universidades e agências de pesquisa.

De acordo com os resultados obtidos constatou-se que os estudantes possuem


noções espontâneas e superficiais sobre o plágio, principalmente do ponto de vista teórico
e conceitual. Entretanto, é noção compartilhada de que o problema existe e ocorre por
diferentes razões, sejam elas de caráter ético, caso do plágio deliberado com o intuito de
obter melhores resultados, bem como devido a dificuldades pessoais relacionadas à
redação científica caso, por exemplo, da ineficiência na indicação de autoria e na
identificação das fontes (citações e referências) da forma requerida pelas convenções o
que pode consequentemente levar a ocorrência do plágio acidental, ou seja, modalidade na
qual a configuração da fraude não se dá por má fé, mas por imperícia técnica no uso das
fontes consultadas.

De fato, observou-se que os estudantes que admitiram terem recebido tais


orientações técnicas são os que se sentem mais capacitados para evitarem o plágio
acadêmico. Contudo, admite-se que, embora o reforço e incentivo às ações desta natureza
sejam importantes, considerando-se os resultados obtidos acredita-se ser necessário
implementar ações institucionais mais efetivas, sistêmicas e regulares com o intuito de
informar, orientar e conscientizar a comunidade universitária acerca da ocorrência de
plágio e como preveni-lo.

Portanto, embora o treinamento técnico relacionado à normalização seja pré-


requisito importante no processo de elaboração de trabalhos de pesquisa, isto é
insuficiente para que o plágio acadêmico seja evitado se não se tem esclarecido o que o
configura e quais são as implicações relacionadas à sua ocorrência.
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Considera-se que os resultados já obtidos poderão servir de subsídio para o


desenvolvimento de distintas ações acadêmicas visando divulgar mais o tema e apoiar de
maneira mais efetiva ações educativas no âmbito da USP. Certamente, dentre as ações
fáceis e rápidas de serem implementadas pelo SIBiUSP, pela Pró-Reitoria de Pós-
Graduação ou por ambas, está a publicação de manuais, cursos, folhetos diversos ou
mesmo a implementação de um hotsite com os principais conceitos, exemplos,
orientações, links de interesse, ou seja, um espaço que possa servir de referência e
consulta a interessados ou desejosos de respostas a dúvidas na área.

Dentre as pesquisa encontradas na literatura, observa-se uma tendência em


analisar o padrão de uso e citação de fontes impressas versus o padrão de uso e citação de
fontes eletrônicas, as quais aparentemente são consideradas livres das prerrogativas de
citação e autoria. Talvez um aprofundamento dessa pesquisa ora finalizada possa ser nesta
direção.

A ampliação desta pesquisa abrangendo outros perfis universitários como os


alunos de graduação ou mesmo os docentes e servidores técnico-administrativos também
pode ser uma possibilidade.
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APÊNDICE A – INSTRUMENTO DE PESQUISA

Prezado estudante:

Estamos realizando um estudo sobre “Percepções dos pós-graduandos da Universidade de


São Paulo sobre a ocorrência de plágio no ambiente universitário”. O estudo é realizado
por um grupo de docentes e funcionários da USP, coordenado pelo Sistema Integrado de
Bibliotecas em parceria com a Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP. O objetivo é
conhecer as percepções dos pós-graduandos sobre a prática do plágio em trabalhos e
atividades acadêmicas.
Solicitamos sua colaboração para responder a este questionário, o que não levará mais de
10 minutos. Assumimos o compromisso de manter a confidencialidade sobre a sua
participação e esclarecemos que as respostas fornecidas serão analisadas coletivamente, o
que torna desnecessário a identificação pessoal ou nominal.
Data final para preenchimento do questionário: 15 de dezembro de 2012.
Agradecemos pela sua atenção e participação e colocamo-nos à sua disposição para os
esclarecimentos que forem necessários pelo email: dtsibi@usp.br
Sua participação é fundamental. Colabore!

1. Plágio é: “Assinar ou apresentar como seu (obra artística ou científica de outrem).


Imitar (trabalho alheio)”.

Concordo Discordo
Concordo Indiferente Discordo
plenamente plenamente

2. Copiar literalmente (palavra por palavra) um parágrafo de um texto sem fazer qualquer
identificação da fonte consultada é plágio.

Concordo Discordo
Concordo Indiferente Discordo
plenamente plenamente

3. Redigir um parágrafo utilizando frases de outros textos, apresentando as fontes


consultadas somente na lista de referências no final do trabalho é plágio.

Concordo Discordo
Concordo Indiferente Discordo
plenamente plenamente

4. Considerando que o PLÁGIO ACIDENTAL pode ocorrer quando os estudantes utilizam


conteúdos alheios mas, por não saberem como deve ser feita corretamente a indicação do
autor e identificação da fonte utilizada, acabam apresentando tais conteúdos como se
fossem próprios embora sejam de outras pessoas... Em sua opinião, os estudantes
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costumam cometer PLÁGIO ACIDENTALMENTE em trabalhos acadêmicos durante seus


estudos universitários?

Concordo Discordo
Concordo Indiferente Discordo
plenamente plenamente

5. Em algumas situações os estudantes podem cometer PLÁGIO INTENCIONALMENTE, isto


é, utilizam conteúdos de outra pessoa e apresentam como se fossem próprios, por
exemplo: compram trabalhos prontos, utilizam trabalhos de colegas, copiam e colam em
seu trabalho conteúdos da internet feitos por outras pessoas...Em sua opinião, os
estudantes costumam cometer PLÁGIO INTENCIONALMENTE em trabalhos acadêmicos
durante seus estudos universitários?

Concordo Discordo
Concordo Indiferente Discordo
plenamente plenamente

6. Durante a realização do seu curso de pós-graduação você conheceu algum colega que
cometeu PLÁGIO INTENCIONALMENTE na realização de trabalhos acadêmicos?

Sim, conheci

Não conheci

7. Um estudante entregou um trabalho no qual mais da metade do conteúdo foi transcrito


de um trabalho científico feito anteriormente por ele. Na nova versão foram modificados
apenas alguns itens como data, nome da disciplina, introdução e conclusão. Em nenhum
momento foi esclarecido que o conteúdo do trabalho era praticamente o mesmo de outro
trabalho que foi feito pelo mesmo estudante...Em sua opinião, ocorreu plágio no trabalho
do estudante?

Concordo Discordo
Concordo Indiferente Discordo
plenamente plenamente

8. Suponha que um determinado estudante tivesse que entregar um trabalho acadêmico


nos próximos dias e então pedisse a ajuda de alguns amigos e conseguisse obter um
trabalho com a mesma temática que já tinha sido feita e entregue por um deles. O
estudante entrega esse mesmo trabalho, apenas substituindo o nome do autor e da
instituição. Isto é plágio?

Concordo Discordo
Concordo Indiferente Discordo
plenamente plenamente

9. Um determinado estudante precisa entregar seu trabalho acadêmico e conhece um lugar


que vende trabalhos prontos. Ele compra e entrega como se tivesse sido feito por ele. Isto
é plágio?
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Concordo Discordo
Concordo Indiferente Discordo
plenamente plenamente

10. Entre os motivos abaixo, qual deles você considera que mais influencia a ocorrência do
plágio em trabalhos acadêmicos? Escolha a opção que considera MAIS IMPORTANTE.

Hábito comum entre estudantes universitários.

Desconhecimento das regras de indicação e identificação das fontes consultadas.

Desejo de obter bons resultados acadêmicos (notas, conceitos...) independente dos


meios.

Falta de tempo para realizar os trabalhos acadêmicos solicitados.

Dificuldade para escrever textos.

Ausência de normas de controle e punição da prática do plágio.

Facilidade de copiar da internet.

Outros motivos

11. Em sua opinião qual ação é mais eficiente para prevenir o plágio nas atividades
acadêmicas?
Escolha a opção que considera MAIS ADEQUADA.

Ações educativas sobre a prevenção de plágio, tais como: aulas, palestras, seminários
etc.

Ações diagnósticas para verificação de plágio por meio de software de prevenção de


plágio.

Ações corretivas e punitivas aplicadas com mais rigor na instituição.

Ações institucionais: código de ética; manuais de orientação; apresentação de


políticas institucionais.

Considero desnecessário qualquer tipo de ação.

Outros
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12. Em algum momento dos seus estudos realizados até aqui você aprendeu como se faz
citações e referências de textos/fontes de pesquisa que são utilizadas em trabalhos
acadêmicos?

Sim

Não

13. Os estudantes de pós-graduação estão capacitados para evitarem o plágio em


trabalhos acadêmicos.

Concordo Discordo
Concordo Indiferente Discordo
plenamente plenamente

14. Assinale as ações adotadas pelas instituições de ensino superior nas quais você
estudou que tinham a finalidade de informar e orientar os estudantes para que o plágio
acadêmico fosse evitado.
Caso necessário, assinale mais de uma alternativa:

A instituição tinha regulamentos, regras e sanções claramente divulgadas aos alunos.

Na instituição havia aula sobre o assunto plágio no programa de alguma das


disciplinas do curso.

A instituição distribuía materiais impressos (guias, manuais, folhetos, cartazes) sobre


o plágio acadêmico.

A Instituição promovia palestras sobre o plágio acadêmico.

A instituição tinha uma página eletrônica com informações relacionadas ao plágio


acadêmico.

Não lembro de nenhuma atividade específica da instituição que tenha sido adotada
visando a informação e a orientação para que o estudantes evitassem a ocorrência de
plágio acadêmico.
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15. Um estudante pode utilizar em seu trabalho, sem fazer nenhuma identificação da fonte,
informações que são consideradas de conhecimento comum tais como acontecimentos,
fatos históricos e conhecimentos gerais de uma área?

Sim

Não

Não sei

16. Um estudante que está elaborando o texto de seu relato de pesquisa pode reescrever
com suas próprias palavras uma reflexão de outro autor sem citar a fonte?

Sim

Não

Não sei

17. Um estudante pode transcrever literalmente um texto de outra fonte sem colocá-lo
entre aspas ou em bloco recuado da margem, desde que indique a fonte original com o
sistema autor-data ou numérico?

Sim

Não

Não sei

18. Um estudante que utiliza em seu trabalho um ditado popular.

Precisa citar a fonte

Não precisa citar a fonte

19. Um estudante que utiliza em seu trabalho uma imagem publicada originalmente em
outro material.
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Precisa citar a fonte

Não precisa citar a fonte

20. Um determinado autor reutiliza partes integrais de textos que tinha sido escrito e
publicado por ele anteriormente em um novo trabalho que será submetido para
publicação inédita.

Precisa citar a fonte

Não precisa citar a fonte

21. Expressões e frases de obras que estão em domínio público como “ser ou não ser: eis a
questão” ou “penso, logo existo” quando utilizadas em um trabalho acadêmico, o
estudante:

Precisa citar a fonte

Não precisa citar a fonte

22. Um estudante escreveu em seu trabalho, com suas próprias palavras que “Galileu
Galilei é considerado o pai da ciência moderna por ter desenvolvido o método
experimental”.

Precisa citar a fonte

Não precisa citar a fonte

23. Um estudante encontrou o seguinte fragmento de texto em uma fonte de pesquisa: “o


conhecimento humano é criado e expandido através da interação social entre o
conhecimento tácito e o conhecimento explícito. Chamamos esta interação de ‘conversão
do conhecimento’”. Então ele decidiu usar somente a expressão “conversão do
conhecimento” no trabalho dele.

Precisa citar a fonte

Não precisa citar a fonte


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24. Um estudante sintetiza no trabalho que está redigindo uma informação sobre uma
pesquisa recente que foi divulgada publicamente pela televisão.

Precisa citar a fonte

Não precisa citar a fonte

25. Qual é a sua faixa etária?

de 20 a 25 anos

de 26 a 30 anos

de 31 a 35 anos

de 36 a 40 anos

acima de 41 anos

26. Qual é o seu sexo?

Masculino

Feminino

27. Qual é seu nível de pós-graduação?

Estudante de mestrado profissional

Estudante de mestrado acadêmico

Estudante de doutorado

28. Qual é a área de conhecimento da sua pós-graduação?

Ciências Humanas
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Ciências Sociais Aplicadas

Linguística, Letras e Artes

Ciências da Saúde

Ciências Biológicas

Ciências Agrárias

Ciências Exatas e da Terra

Engenharias

Multidisciplinar

29. Em que país você residiu a maior parte da sua vida?

Brasil.

Outro (especifique)

30. Qual é sua situação ocupacional neste momento?

Estudante em tempo integral com bolsa

Estudante em tempo integral sem bolsa

Trabalho em tempo parcial

Trabalho em tempo integral


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APENDICE B – TABULAÇÃO DOS DADOS

Q1 Plágio é: “Assinar ou apresentar como seu (obra artística ou científica de outrem).


Imitar (trabalho alheio)”. -
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Q2 Copiar literalmente (palavra por palavra) um parágrafo de um texto sem fazer


qualquer identificação da fonte consultada é plágio. -
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Q3 Redigir um parágrafo utilizando frases de outros textos, apresentando as fontes


consultadas somente na lista de referências no final do trabalho é plágio. -
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Q4 Considerando que o PLÁGIO ACIDENTAL pode ocorrer quando os estudantes utilizam


conteúdos alheios mas, por não saberem como deve ser feita corretamente a indicação do
autor e identificação da fonte utilizada, acabam apresentando tais conteúdos como se fossem
próprios embora sejam de outras pessoas... Em sua opinião, os estudantes costumam
cometer PLÁGIO ACIDENTALMENTE em trabalhos acadêmicos durante seus estudos
universitários? -
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Q5 Em algumas situações os estudantes podem cometer PLÁGIO INTENCIONALMENTE,


isto é, utilizam conteúdos de outra pessoa e apresentam como se fossem próprios, por
exemplo: compram trabalhos prontos, utilizam trabalhos de colegas, copiam e colam em seu
trabalho conteúdos da internet feitos por outras pessoas... Em sua opinião, os estudantes
costumam cometer PLÁGIO INTENCIONALMENTE em trabalhos acadêmicos durante seus
estudos universitários? -
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Q6 Durante a realização do seu curso de pós-graduação você conheceu algum colega que
cometeu PLÁGIO INTENCIONALMENTE na realização de trabalhos acadêmicos?
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Q7 Um estudante entregou um trabalho no qual mais da metade do conteúdo foi


transcrito de um trabalho científico feito anteriormente por ele. Na nova versão foram
modificados apenas alguns itens como data, nome da disciplina, introdução e conclusão. Em
nenhum momento foi esclarecido que o conteúdo do trabalho era praticamente o mesmo de
outro trabalho que foi feito pelo mesmo estudante... Em sua opinião, ocorreu plágio no
trabalho do estudante? -
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Q8 Suponha que um determinado estudante tivesse que entregar um trabalho acadêmico


nos próximos dias e então pedisse a ajuda de alguns amigos e conseguisse obter um trabalho
com a mesma temática que já tinha sido feita e entregue por um deles. O estudante entrega
esse mesmo trabalho, apenas substituindo o nome do autor e da instituição. Isto é plágio? -
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Q9 Um determinado estudante precisa entregar seu trabalho acadêmico e conhece um


lugar que vende trabalhos prontos. Ele compra e entrega como se tivesse sido feito por ele.
Isto é plágio? -
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Q13 Os estudantes de pós-graduação estão capacitados para evitarem o plágio em


trabalhos acadêmicos. -
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Q14 Assinale as ações adotadas pelas instituições de ensino superior nas quais você
estudou que tinham a finalidade de informar e orientar os estudantes para que o plágio
acadêmico fosse evitado. Caso necessário, assinale mais de uma alternativa:

- A instituição tinha regulamentos, regras e sanções claramente divulgadas aos alunos.

- Na instituição havia aula sobre o assunto plágio no programa de alguma das disciplinas do
curso.

- A instituição distribuía materiais impressos (guias, manuais, folhetos, cartazes) sobre o plágio
acadêmico.

- A Instituição promovia palestras sobre o plágio acadêmico.

- A instituição tinha uma página eletrônica com informações relacionadas ao plágio acadêmico.

- Não lembro de nenhuma atividade específica da instituição que tenha sido adotada visando a
informação e a orientação para que o estudantes evitassem a ocorrência de plágio acadêmico.
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Q15 Um estudante pode utilizar em seu trabalho, sem fazer nenhuma identificação da
fonte, informações que são consideradas de conhecimento comum tais como acontecimentos,
fatos históricos e conhecimentos gerais de uma área?
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Q16 Um estudante que está elaborando o texto de seu relato de pesquisa pode reescrever
com suas próprias palavras uma reflexão de outro autor sem citar a fonte?
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Q17 Um estudante pode transcrever literalmente um texto de outra fonte sem colocá-lo
entre aspas ou em bloco recuado da margem, desde que indique a fonte original com o
sistema autor-data ou numérico?
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Q18 Um estudante que utiliza em seu trabalho um ditado popular.


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Q19 Um estudante que utiliza em seu trabalho uma imagem publicada originalmente em
outro material.
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Q20 Um determinado autor reutiliza partes integrais de textos que tinha sido escrito e
publicado por ele anteriormente em um novo trabalho que será submetido para publicação
inédita.
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Q21 Expressões e frases de obras que estão em domínio público como “ser ou não ser: eis a
questão” ou “penso, logo existo” quando utilizadas em um trabalho acadêmico, o estudante:
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Q22 Um estudante escreveu em seu trabalho, com suas próprias palavras que “Galileu
Galilei é considerado o pai da ciência moderna por ter desenvolvido o método experimental”.
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Q23 Um estudante encontrou o seguinte fragmento de texto em uma fonte de pesquisa: “o


conhecimento humano é criado e expandido através da interação social entre o conhecimento
tácito e o conhecimento explícito. Chamamos esta interação de ‘conversão do
conhecimento’”. Então ele decidiu usar somente a expressão “conversão do conhecimento” no
trabalho dele.
Pesquisa “Percepções dos alunos pós-graduandos da USP sobre a ocorrência de plágio em trabalhos acadêmicos”,
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Q24 Um estudante sintetiza no trabalho que está redigindo uma informação sobre uma
pesquisa recente que foi divulgada publicamente pela televisão.

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