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NOTA TÉCNICA
-I–
INTRODUÇÃO
1. Jornada de trabalho,
2. Intervalo intrajornada
3. Controle da compatibilidade de horários na acumulação
remunerada de cargos, empregos e funções,
4. Compensação de jornada e
5. Sobreaviso
Tem como fundamento legal para a sua edição os incisos II e III do art. 24 do
Anexo I do Decreto nº 9.035, de 24.4.17.
Jurídico Único dos Servidores Públicos (RJU), mais precisamente em seu art. 19,
assim redigido:
- II -
JORNADA DE TRABALHO
Capítulo II
Da jornada de trabalho
Seção I
Das regras gerais da jornada de trabalho
Art. 2º A jornada de trabalho dos servidores públicos
em exercício na Administração Pública Federal direta, autárquica
e fundacional será de no mínimo 6 (seis) e de no máximo 8 (oito)
horas diárias, até o limite de 40 (quarenta) horas semanais,
ressalvadas as jornadas previstas em legislação específica.
Parágrafo único. As viagens a serviço serão
consideradas como jornada regular.
Seção II
Do horário de funcionamento dos órgãos e entidades
da Administração Pública Federal direta, autárquica e
fundacional
Art. 3º O horário de funcionamento dos órgãos ou
entidades devIerá ser fixado por ato do Ministro de Estado e dos
dirigentes máximos de autarquias e fundações públicas federais.
Art. 4º A contagem da jornada de trabalho somente
ocorrerá a partir do início do horário de funcionamento do órgão
ou entidade.
Parágrafo único. Em casos excepcionais e
justificados, poderá ser autorizado pela chefia imediata o exercício
das atribuições do cargo por servidores públicos em horário
diverso ao do funcionamento do órgão ou entidade ou em finais de
semana.
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Seção IV
Do controle de frequência
Art. 7º É obrigatório o controle eletrônico de
frequência do servidor público em exercício na Administração
Pública Federal direta, autárquica e fundacional.
§ 1º O registro de frequência é pessoal e
intransferível, devendo ser realizado no início da jornada diária,
na saída e no retorno do intervalo para as refeições, e ao término
da jornada diária.
§ 2º Nos casos de ausência do registro de frequência
por esquecimento, problemas técnicos no equipamento ou
prestação de serviços externos, o servidor público deverá solicitar
que sua chefia imediata registre o horário não lançado, seguindo
os procedimentos fixados pelo órgão ou entidade.
§ 3º É vedada a aplicação de método que permita a
marcação com horários uniformes de frequência ("registro
britânico").
§ 4º Será admitida tolerância de até 15 (quinze)
minutos para o início da jornada de trabalho no controle
eletrônico de frequência.
Art. 8º No âmbito da Administração Pública Federal
direta, autárquica e fundacional somente serão dispensados do
controle eletrônico de frequência os ocupantes de cargos de:
I - Natureza Especial;
II- Grupo-Direção e Assessoramento Superiores -
DAS, iguais ou superiores ao nível 4;
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Art. 5º Os horários de início e término do intervalo para refeição serão fixados pela chefia
imediata, respeitados os limites mínimo de 1 (uma) hora e máximo de 3 (três) horas.
§ 1º É vedado o fracionamento do intervalo de refeição.
§ 2º O intervalo de que trata o caput é obrigatório aos servidores públicos que se submetam à
jornada de 8 (oito) horas diárias.
Art. 6° O intervalo para refeição não é considerado no cômputo das horas da jornada de
trabalho do servidor e não poderá ser utilizado para compensação de jornada, inclusive quando
decorrente de atrasos, ausências e saídas antecipadas.
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- III -
COMPENSAÇÃO DE JORNADA
O RJU, em seu art. 240, prevê que o servidor público pode associar-se
livremente ao sindicato com os direitos daí decorrentes:
Artigo 6
Do banco de horas
Art. 23. No interesse da Administração, como
ferramenta de gestão, os dirigentes máximos dos órgãos e
entidades poderão adotar o banco de horas para execução de
tarefas, projetos, programas, dentre outros, de relevância para o
serviço público.
§ 1º Nas situações de que trata o caput, serão
computadas como crédito as horas excedentes realizadas além da
jornada regular do servidor e as não trabalhadas como débito,
contabilizadas no sistema eletrônico de apuração de frequência
disponibilizado pelo Órgão Central do SIPEC.
§ 2º A permissão para realização de banco de horas é
facultada à Administração Pública e se dará em função da
conveniência, do interesse e da necessidade do serviço, não se
constituindo direito do servidor.
§ 3º Os órgãos e entidades que desejarem
implementar o banco de horas deverão utilizar o sistema de
controle eletrônico diário de frequência - SISREF, disponibilizado
pelo órgão central do SIPEC.
§ 4º Os órgãos e entidades que já possuem sistemas
próprios de controle eletrônico de frequência deverão integrar seus
sistemas ao SISREF para a adoção do banco de horas.
§ 5º Para fins de aferição do banco de horas, o sistema
de controle eletrônico diário de frequência - SISREF conterá as
seguintes funcionalidades:
I - compensação automática do saldo negativo de
horas apurado com o saldo positivo existente no banco de horas; e
II - consulta do quantitativo de horas acumuladas.
Art. 24. As horas excedentes à jornada diária devem
ser prestadas no interesse do serviço e computadas no banco de
horas, de forma individualizada, mediante prévia e expressa
autorização da chefia imediata, observados os seguintes critérios:
I - as horas de trabalho excedentes à jornada diária
não serão remuneradas como serviço extraordinário;
II - a chefia imediata deverá previamente, por meio do
SISREF, justificar a necessidade e informar a relação nominal dos
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§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII,
VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e
XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de
admissão quando a natureza do cargo o exigir. “
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da
jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
Artigo 7
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- IV -
PLANTÃO, ESCALA E TURNOS DE REVEZAMENTO
-V-
- VI –
SOBREAVISO
Súmula nº 229
SOBREAVISO. ELETRICITÁRIOS
Por aplicação analógica do art. 244, § 2º, da CLT, as horas de sobreaviso dos
eletricitários são remuneradas à base de 1/3 sobre a totalidade das
parcelas de natureza salarial.
[...]
Súmula nº 428
SOBREAVISO APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 244, § 2º DA CLT I - O uso
de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela
empresa ao empregado, por si só, não caracteriza o regime de
sobreaviso.
II - Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e submetido a controle
patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados,
permanecer em regime de plantão ou equivalente, aguardando a
qualquer momento o chamado para o serviço durante o período de
descanso.
receberá essas horas na razão de 2/3 (dois terços) do salário-hora. Ou seja, será
remunerado por estar à disposição do seu empregador.
Portanto, mais uma vez, somente por lei poderia haver a instituição de
sobreaviso ou prontidão na Administração Federal, mediante remuneração do
tempo à disposição. Daí porque inconstitucional a vedação contida no § 3º do
art. 30 da Norma sob análise.
- VII –
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Muito atenciosamente,
CLAUDIO SANTOS
OAB/DF n. 10.081
Assessoria Jurídica da FASUBRA-SINDICAL