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SUMÁRIO PÁGINA
1. Regência nominal 1
2. Regência de verbos importantes 2
3. Regência com pronomes relativos 17
4. Crase 38
5. O que devo tomar nota como mais importante? 61
6. Lista de questões para revisão 62
9. Gabarito 79
Olá!
Espero que seu estudo esteja rendendo bastante e que vocês continuem
muito motivados!!!!
Vimos na aula de sintaxe da oração que regência é o mesmo que
transitividade, lembra?!!!
Nesta aula, trabalharemos a regência (transitividade) e a crase.
Comecemos pela Regência Nominal.
Substantivos, adjetivos e advérbios podem, por regência nominal, exigir
complementação precedida de preposição. Esse termo preposicionado ocupa a
função sintática de complemento nominal.
Veja alguns:
acostumado a, com curioso de, por
afável com, para desgostoso com, de
afeiçoado a, por desprezo a, de, por
aflito com, por devoção a, por, para, com
alheio a, de devoto a, de
ambicioso de dúvida em, sobre, acerca de
amizade a, por, com empenho de, em, por
amor a, por falta a, com, para
ansioso de, para, por imbuído de, em
apaixonado de, por imune a, de
apto a, para inclinação a, para, por
atencioso com, para incompatível com
aversão a, por junto a, de
ávido de, por preferível a
conforme a propenso a, para
constante de, em próximo a, de
constituído com, de, por respeito a, com, de, por, para
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Português para IBGE
Teoria e exercícios comentados
Prof. Décio Terror Aula 6
Aspirar
Transitivo direto quando significa “sorver”, “inspirar”, “levar o ar aos pulmões”.
Aspiramos o ar frio da manhã.
Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “desejar”, “almejar”.
Ele aspira ao cargo.
Assistir
É Transitivo direto no sentido de “dar assistência”, “amparar”.
O médico assistiu o paciente.
Mas também é aceito como transitivo indireto, com a preposição a, neste
mesmo sentido:
O médico assistiu ao paciente.
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ver”, “presenciar”.
Meu filho assistiu ao jogo.
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “caber”, “competir”.
Esse direito assiste ao réu.
Intransitivo, com a preposição em, com o sentido de “morar”.
Seu tio assistia em um sítio.
Neste sentido, admite o advérbio “onde”: Este é o local onde assisto (onde
moro).
Cuidado! Veja que tanto o objeto direto quanto o indireto podem ser expressos
também por pronomes oblíquos átonos ou orações subordinadas substantivas.
Atender:
Transitivo direto, podendo ser também transitivo indireto no sentido de dar
atenção a, receber alguém, seguir, acatar:
Não costuma atender os meus conselhos.
O ministro atendeu os funcionários que o aguardavam.
Não atendeu a observação que lhe fizeram.
Transitivo indireto no sentido de responder, prestar auxílio a:
Os bombeiros atenderam a muitos chamados.
O médico atendeu aos afogados na praia.
Chegar:
Intransitivo, no sentido de movimento a um destino, exigindo a preposição “a”.
Com ideia de movimento de um lugar origem, usa-se a preposição “de”. Deve-
se evitar a preposição “em”, muito usada na linguagem coloquial, mas não é
admitida na norma culta.
Cheguei a Fortaleza. Cheguei de Fortaleza.
Esse verbo admite o advérbio “aonde” ou a locução “para onde”, não
admitindo apenas “onde”.
Transitivo indireto, quando transmite valor de limite:
Seu estudo chegou ao extremo do entendimento.
Chamar
Transitivo direto com o sentido de “convocar”.
Chamei-o aqui.
Transitivo direto ou indireto, indiferentemente, com o sentido de “qualificar”,
“apelidar”; nesse caso, terá um predicativo do objeto (direto ou indireto),
introduzido ou não pela preposição de.
Chamei-o louco.
Chamei-o de louco.
Chamei-lhe louco.
Chamei-lhe de louco.
A palavra louco, nos dois primeiros exemplos, é predicativo do objeto direto;
nos dois últimos, predicativo do objeto indireto.
Custar
Intransitivo, quando indica preço, valor.
Os óculos custaram oitocentos reais.
Obs.: adjunto adverbial de preço ou valor: oitocentos reais.
Transitivo indireto, com a preposição a, significando “ser custoso”, “ser difícil”;
com esse sentido, normalmente estará seguido de um infinitivo, sendo a
oração deste o sujeito do verbo custar.
Custou ao aluno entender a explicação do professor.
Implicar
Transitivo direto quando significa “pressupor”, “acarretar”.
Seu estudo implicará aprovação.
Transitivo direto e indireto, com a preposição em, quando significa “envolver”.
Implicaram o servidor no processo.
Transitivo indireto, com a preposição com, quando significa “demonstrar
antipatia”, “perturbar”.
Sempre implicava com o vizinho.
Perdoar e pagar
Transitivos diretos, se o complemento é coisa.
Perdoei o equívoco. Paguei o apartamento
Transitivos indiretos, com a preposição a, se o complemento é pessoa.
Perdoei ao amigo. Paguei ao empregado.
Pode aparecer os dois complementos, sendo o verbo transitivo direto e
indireto.
O Brasil pagou a dívida ao FMI.
O FMI perdoará a dívida aos países pobres.
Proceder
Intransitivo, com o sentido de “agir”:
Ele procedeu bem.
Intransitivo, com o sentido de “justificar-se”:
Isso não procede.
Intransitivo, com o sentido de “vir”, “originar-se”; pede a preposição de.
A balsa procedia de Belém.
Neste sentido admite o advérbio “donde” ou a locução “de onde”:
Venho de onde ficou minha infância. (=donde)
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “realizar”, “dar
andamento”.
Ele procedeu ao inquérito.
Querer
Transitivo direto, significando “desejar, ter intenção de, ordenar, fazer o favor
de".
Ele quer a verdade.
Transitivo indireto, significando “gostar, ter afeição a alguém ou a alguma
coisa". É normal o advérbio “bem” ficar subentendido ou explícito. Assim, é
exigida a preposição a.
A mãe quer muito ao filho. (...quer bem ao filho)
Referir-se:
Transitivo indireto, com a preposição a:
O palestrante referiu-se ao problema.
Transitivo direto, no sentido narrar, contar:
Ele referiu o ocorrido.
Responder
Transitivo direto, em relação à própria resposta dada.
Responderam que estavam bem.
Transitivo indireto, em relação à coisa ou pessoa que recebe a resposta.
Respondi ao telegrama.
Às vezes, aparece como transitivo direto e indireto:
Respondemos aos parentes que iríamos.
Visar
Transitivo direto quando significa “pôr o visto”, “rubricar”.
Ela visou as folhas.
Transitivo direto quando significa “mirar”.
Visavam um ponto na parede.
Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “pretender”,
“almejar”.
Visava à felicidade de todos.
Aqui não é aceito o pronome "lhe" como complemento, empregando-se,
assim, as formas "a ele" e "a ela".
Algumas gramáticas aceitam a regência deste verbo na acepção de
“pretender, almejar” como verbo transitivo direto, quando logo após houver
um verbo no infinitivo. “O programa visa facilitar o acesso ao ensino gratuito.”
Observações importantes:
a) Alguns verbos transitivos indiretos, mesmo pedindo a preposição a, não
admitem o pronome lhe como objeto. Veja alguns importantes.
indireto. O seu objeto indireto deve ser precedido da preposição “a”. A forma
como se encontra no texto está errada. Não cabe a expressão comparativa
“do que” diante do verbo “preferir”.
A alternativa (D) também está correta, pois o adjetivo “próximo” admite
a regência nominal com a preposição “a” ou com a preposição “de” (próximo
“a” ou “de”).
A alternativa (E) está errada, pois “da água” tem valor paciente. Assim,
é o complemento nominal de “contaminação”: evitar que a água seja
contaminada. Assim, cabe apenas a preposição “de”. A preposição “com”
significaria o meio utilizado para contaminar algo. Assim, haveria mudança
brusca do sentido.
E agora? Duas alternativas estão corretas. O que fazer?
A intenção da questão é corrigir o que está errado no texto. A banca
vacilou no pedido da questão. Ela queria a alternativa que corrigisse o texto.
Isso ocorre na alternativa (C), como afirmado anteriormente.
Gabarito: C
Gabarito: C
termo anterior.
Na alternativa (D), a preposição “a” foi exigida pelo verbo transitivo
direto e indireto “persuadir”. Assim, a preposição “a” ocorreu por regência de
um termo anterior.
Na alternativa (E), a preposição “a” foi exigida pelo adjetivo
“associadas”. Assim, a preposição “a” ocorreu por regência de um termo
anterior.
Gabarito: B
Questão 7: Pol Civil MA 2012 – Auxiliar de Perícia Médica Legal (banca FGV)
“Sem conseguir entrar no mercado de trabalho”. Assinale a alternativa na qual
a mudança de verbo produz um erro de regência (uso equivocado de
preposição).
(A) Sem conseguir participar do mercado de trabalho.
(B) Sem conseguir aspirar ao mercado de trabalho.
(C) Sem conseguir investir no mercado de trabalho.
(D) Sem conseguir visualizar o mercado de trabalho.
(E) Sem conseguir entregar-se o mercado de trabalho.
Comentário: A alternativa (E) é a errada, pois “entregar-se” rege a
preposição “em”. Veja a correção:
Sem conseguir entregar-se no mercado de trabalho.
Gabarito: E
A) Altos salários são dados os jogadores, sem terem ficado nos bancos
escolares.
B) Falta de punição implica violência.
C) Muitos preferem, como ídolos, pessoas sem princípios morais do que
pessoas honestas.
D) Todos assistem os programas de televisão que só apresentam tragédias.
E) O povo esquece, rapidamente, dos crimes que abalam a sociedade.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “dar” é transitivo
direto e indireto. Assim, alguém dá altos salários aos jogadores. Porém, nesta
alternativa, a oração está na voz passiva e o agente não está explícito.
Por isso, o que era objeto direto na voz ativa (“Altos salários”) passa a
ser o sujeito paciente, e o objeto indireto “aos jogadores” deve permanecer
com a preposição “a” (Altos salários são dados aos jogadores).
A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “implicar” está empregado no
sentido de trazer como consequência. Assim, é transitivo direto e “violência” é
o objeto direto.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “preferem” é transitivo direto
e indireto e não admite intensificadores ou expressões comparativas. Assim, o
correto é:
Objeto indireto:
Esta é a casa de que gostamos.
(de + a qual)
da qual gostamos.
OI VTI
Objeto indireto:
Esta é a casa a que nos referimos.
(a + a qual)
à qual nos referimos.
OI VTI
Complemento nominal:
Esta é a casa a que fizemos referência.
(a + a qual)
à qual fizemos referência.
CN VTD + OD
Observação: Soa mais agradável a construção “da qual”, mas “de que”
também está correta.
Adjunto adverbial de lugar (desenvolvimento do trajeto: com preposição
“por”):
Esta é a casa por onde passamos.
por que passamos
(por + a qual)
pela qual passamos.
Adj Adv. lugar VI
Nesse mesmo período, assinale a opção que indica o erro que contraria a
norma culta da Língua Portuguesa.
a) a ausência de um verbo de ligação no termo “Se eleito”.
b) o emprego de uma forma simples de futuro – transformarei – em lugar de
uma perífrase, de caráter mais coloquial: “vou transformar”.
c) o uso inadequado do verbo “transformar”, numa frase em que o sentido
exigiria outro verbo.
d) a ausência da preposição “em” antes do pronome relativo “que”, exigida
pelo verbo “trafegar”.
e) a má utilização da expressão “terá orgulho” em relação aos automóveis,
quando deveria ligar-se aos motoristas.
Comentário: Na alternativa (A), não há erro, pois a ausência do verbo de
ligação não implica erro gramatical. Na realidade, tal verbo está subentendido.
Assim, preserva-se a norma culta.
Na alternativa (B), não há erro, pois o verbo “transformarei” e a locução
verbal “vou transformar” têm o mesmo sentido e ambos estão de acordo com
a norma culta.
Na alternativa (C), não há erro, pois o sentido do verbo “transformar”
está coerente com o contexto.
A alternativa (D) é a que deve ser marcada, pois o verbo “trafegar” é
intransitivo e o adjunto adverbial de lugar “que” deve ser precedido da
preposição “em” (trafegar no sistema viário). Assim, a forma correta é a
seguinte:
... num sistema viário em que todo automóvel terá orgulho de trafegar!
Na alternativa (E), não há erro, pois a expressão “terá orgulho” se
refere, numa linguagem figurada, às pessoas que dirigem o automóvel. Assim,
não há erro gramatical.
Gabarito: D
Questão 21: ALMA 2013 – Consultor Legislativo - nível superior (banca FGV)
Assinale a alternativa em que a preposição sublinhada é fruto da ligação com
um termo posterior (e não anterior).
(A) “O máximo de punição a que está sujeito é submeter se...”.
(B) “Identificado por câmeras do sistema de segurança...”.
(C) “...que não deixam dúvidas sobre a autoria do assassinato...”.
(D) “...levado a um centro de recolhimento...”.
(E) “...aplicação de medidas „socioeducativas‟”.
Comentário: A regência fruto da ligação com um termo posterior ocorre nas
orações subordinadas adjetivas, pois a preposição se apresenta motivada pela
regência do nome ou do verbo que se encontra após o pronome relativo.
A alternativa (A) é a correta, pois, na oração subordinada adjetiva
“a que está sujeito”, a preposição “a” é exigida pelo adjetivo “sujeito”, termo
posterior.
Na alternativa (B), a preposição “por” é exigida pelo particípio
“Identificado”, termo anterior.
Na alternativa (C), a preposição “do” é exigida pelo substantivo
“autoria”, termo anterior.
à noite
à tarde à noite à direita às claras
às escondidas à toa à beça à esquerda
às vezes às ocultas à chave à escuta
à deriva às avessas às moscas à revelia
à luz à larga às ordens às turras
Nas locuções adverbiais com palavras repetidas não haverá crase, pois
os substantivos estão sendo tomados de maneira geral, sem artigo definido:
cara a cara; frente a frente, etc.
A crase é obrigatória nas locuções conjuntivas adverbiais proporcionais à
medida que, à proporção que:
À medida que estudamos, vamos entendendo a matéria.
À proporção que as aulas ocorrem, os assuntos vão se acumulando.
Perceba uma diferença muito importante: “às vezes” e “as vezes”.
Às vezes você me olha diferente.
Note que, neste caso, não há precisão de momento, entende-se “de vez
em quando, por vezes, algumas vezes. Assim, há uma locução adverbial de
tempo e há crase.
Porém, podemos utilizar esta estrutura sem crase, quando há uma
especificação do momento:
As vezes que te vi, fiquei extasiado.
Neste caso, este termo será especificado por um termo adjetivo ou
oração adjetiva. Portanto, tome cuidado!
CRASE FACULTATIVA
Emprega-se facultativamente o acento indicativo de crase quando é
opcional o uso da preposição a, ou do artigo definido feminino.
Casos em que a crase é facultativa:
a. A preposição “a” é facultativa depois da preposição “até”:
O visitante foi até a sala do Diretor.
O visitante foi até à sala do Diretor.
A sessão prolongou-se até à meia-noite.
A sessão prolongou-se até a meia-noite.
b. O artigo definido é facultativo diante de pronome possessivo. Mas, para a
crase ser facultativa, esse pronome possessivo deve ser feminino singular.
Refiro-me à minha amiga.
Crase facultativa
Refiro-me a minha amiga.
Refiro-me às minhas amigas. Crase obrigatória
Refiro-me a minhas amigas. Crase proibida
porque não adianta optar por isso em troco da saúde. O ideal é economizar
usando um copo com água na escovação, diminuindo a louça usada para
cozinhar (levar à panela à mesa em vez de usar um refratário) e usar água de
reuso no vaso sanitário.
“levar à panela à mesa em vez de usar um refratário”
Nesse segmento do texto, sobre o emprego da crase, assinale a afirmativa
correta.
(A) O emprego dos acentos graves estão corretos, embora por razões
distintas.
(B) Só o primeiro caso de emprego da crase está correto.
(C) Nenhum dos acentos graves deveria ser empregado.
(D) Os empregos dos acentos estão corretos devido a motivos idênticos.
(E) Só o segundo caso do emprego da crase está correto.
Comentário: O verbo “levar”, neste contexto, é transitivo direto. O termo “a
panela” é o objeto direto, o qual não é preposicionado, por isso não deve
receber crase.
A expressão “à mesa” é o adjunto adverbial de lugar, o qual deve ser
precedido da preposição “a”. Como o substantivo “mesa” é precedido do artigo
“a”, ocorre a crase.
Assim, a alternativa (E) é a correta.
Gabarito: E
Questão 36: Câmara Municipal Recife 2014 – Assistente Adm (banca FGV)
“Isso se dá graças à tecnologia da informação”; nesse caso, o acento grave
indicativo da crase representa:
(A) a união de dois artigos definidos;
(B) a junção de duas preposições;
(C) a combinação de um artigo e um pronome demonstrativo;
(D) a união de uma preposição com um artigo definido;
(E) a combinação de uma preposição com um pronome demonstrativo.
Comentário: A locução prepositiva “graças a” termina com a preposição “a”,
e o substantivo “tecnologia” é precedido do artigo “a”. Assim, a alternativa (D)
é a correta.
Gabarito: D
feminino “mesa”.
Na alternativa (E), a crase é obrigatória, haja vista que a locução
adverbial “À noite” é constituída da preposição “a”, a qual se junta ao artigo
“a” que precede o substantivo feminino “noite”.
Gabarito: B
Questão 45: Pref Guarapuava 2014 Agente Controle Interno (banca Consulplan)
No texto "A proibição da cobrança já constava em regulamento de TV por
assinatura que entrou em vigor em junho. O texto confuso do documento,
porém, dava margem à diferentes interpretações - a ABTA, por exemplo,
entendeu que poderia continuar cobrando a mesma coisa.", o uso do acento
grave está:
a) Incorreto, pois está regido pela palavra “interpretações”, que se encontra
no feminino.
b) Incorreto, pois não ocorre artigo na construção "dava margem a diferentes
interpretações".
Questão 46: Pref Guarapuava 2014 Agente Controle Interno (banca Consulplan)
No trecho “(...) poderíamos considerá-lo abusivo e afeto, então, às sanções
previstas na lei”, o acento grave ocorre pelo mesmo condicionamento sintático
de:
a) Vamos sempre às praias mais tranquilas.
b) Todos os doces daquela confeitaria são feitos à mão.
c) Existe nas aves uma hierarquia de acesso à comida.
d) O voo parte de Brasília às 22h.
Comentário: No trecho do pedido da questão, o adjetivo “afeto” rege a
preposição “a” e o substantivo “sanções” é precedido do artigo “as”. Assim, há
crase por haver uma regência nominal.
Agora, temos que verificar qual, dentre as alternativas, apresenta o
mesmo motivo de crase.
A alternativa (A) apresenta crase, tendo em vista que o verbo “Vamos”
rege a preposição “a” e o substantivo “praias” está sendo precedido do artigo
“as”. Assim, houve crase por regência verbal.
A alternativa (B) apresenta crase, tendo em vista que a locução
adverbial “à mão” é constituída da preposição “a”, seguida do substantivo
feminino “mão”, o qual é precedido do artigo “a”. Assim, não houve crase por
regência, mas simplesmente por estrutura adverbial.
A alternativa (C) é a correta, pois o adjetivo “acesso” rege a preposição
“a” e o substantivo “comida” é precedido do artigo “a”. Assim, há crase por
haver novamente uma regência nominal.
A alternativa (D) apresenta crase, tendo em vista que a locução
adverbial “às 22h” é constituída da preposição “a”, seguida da denominação
de horas “22h”, a qual é precedida do artigo “as”. Assim, não houve crase por
regência, mas simplesmente por estrutura adverbial.
Gabarito: C
[...]
Os buracos negros são formações extremamente densas e com uma
força gravitacional fortíssima que atrai e “engole” até a luz que está a seu
redor.
Um “buraco negro médio” poderia ter uma massa equivalente _______
1.000 sóis, mas ser menor que a Terra.
Acredita-se que haja uma dessas formações no centro de todas as
grandes galáxias.
A galáxia NGC 1277 está a 220 milhões de anos-luz de distância da
Terra, mas aparece nas imagens de alta resolução feitas pelo telescópio
Hubble.
“Em geral fazemos um modelo da galáxia (que estamos estudando) e
calculamos todas as órbitas possíveis das estrelas (que pertencem a ela)”,
explicou Van den Bosch _______ BBC. “É como montar um quebra-cabeça,
analisamos essas órbitas (possíveis) para tentar reproduzir uma galáxia que
tem as mesmas velocidades estelares que medimos (com ajuda do
telescópio).”
[...]
(Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1193115-buraco-negro-gigante-
confunde-cientistas.shtml>. Adaptado.)
Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente o texto
anterior.
A) à / a / a / à
B) à / às / à / a
C) a / as / a / à
D) a / as / à / a
Comentário: Para resolver esta questão, basta trabalharmos por lacunas e
depois vamos eliminando as alternativas erradas até chegarmos à certa.
A primeira lacuna não pode ser preenchida por “à”, tendo em vista que
antes de verbo não cabe artigo “a”. Assim, já eliminamos as alternativas (A) e
(B).
Segundo as alternativas restantes, (C) e (D), a segunda lacuna deve ser
preenchida pelo artigo “as”, o qual faz subentender o substantivo plural
“galáxias”.
A terceira lacuna não admite crase, tendo em vista que “sóis” é um
substantivo masculino. Assim, já eliminamos a alternativa (D), restando a (C)
como correta.
Gabarito: C
(A) “É natural que isso aconteça, quando mais não seja porque as certezas
nos dão segurança e tranquilidade. Pô-las em questão equivale a tirar o
chão de sob nossos pés.”
(B) “Com o desenvolvimento do pensamento objetivo e da ciência, aquelas
certezas inquestionáveis passaram a segundo plano, dando lugar a um
novo modo de lidar com as certezas e os valores.”
(C) “a visão inovadora veio ganhando terreno e, mais do que isso,
conquistando posições estratégicas, o que tornou possível influir na
formação de novas gerações, menos resistentes a visões
questionadoras.”
(D) “Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros erros: o de
achar que quem defende determinados valores estabelecidos está
indiscutivelmente errado.”
(E) “Uma comunidade cujos princípios e normas mudassem a cada dia
seria caótica e, por isso mesmo, inviável”.
Comentário: Em “tendem a aceitar” não pode haver crase, porque há
apenas uma preposição, pois não se admite artigo “a” antes de verbo. Assim,
devemos encontrar a mesma justificativa numa das alternativas, isto é,
preposição “a” seguida de verbo.
A alternativa (A) é a correta, tendo em vista que “equivale a tirar”
também apresenta a preposição “a” e em seguida um verbo, o qual não
admite ser precedido de artigo “a”. Assim, a crase é proibida.
A alternativa (B) apresenta apenas a preposição “a” e é seguida de um
numeral masculino (“segundo”) e um substantivo masculino (“plano”). A crase
também é proibida, mas a justificativa é diferente do pedido da questão.
A alternativa (C) apresenta apenas a preposição “a”, pois é seguida do
substantivo feminino plural “visões”, sem a presença do artigo “as”. A crase
também é proibida, mas a justificativa é diferente do pedido da questão.
A alternativa (D) apresenta apenas a preposição “a” e é seguida de um
pronome masculino (“outros”) e um substantivo masculino (“erros”). A crase
também é proibida, mas a justificativa é diferente do pedido da questão.
A alternativa (E) apresenta apenas a preposição “a” e é seguida de um
pronome invariável (“cada”) e um substantivo masculino (“dia”). A crase
também é proibida, mas a justificativa é diferente do pedido da questão.
Gabarito: A
(D) Somos persuadidos a gastar o dinheiro que não temos em coisas de que
não precisamos.
(E) Vários consumidores confirmaram a preferência pela compra de produtos
supérfluos.
Comentário: Na alternativa (A), não cabe crase, pois o verbo “tem” é
transitivo direto e o termo “desestabilização econômica” é o objeto direto, o
qual é iniciado penas pelo artigo definido “a”.
Na alternativa (B), deve haver crase, pois o verbo “multiplicam” é
transitivo direto e indireto, o termo “os efeitos negativos” é o objeto direto e
“a vida humana” é o objeto indireto, o qual é iniciado pela preposição “a”.
Como o substantivo “vida” está determinado pelo adjetivo “humana”, há
artigo definido “a”. Assim, deve haver crase. Veja a correção:
Os danos causados ao meio ambiente multiplicam os efeitos negativos à vida
humana.
Na alternativa (C), não cabe crase, porque não pode haver artigo “a”
antes de verbo. Além disso, o verbo “seguir” é transitivo direto e o termo “a
moda” é o objeto direto, o qual é iniciado apenas pelo artigo definido “a”.
Na alternativa (D), não cabe crase, porque não pode haver artigo “a”
antes de verbo.
Na alternativa (E), não cabe crase, pois o verbo “confirmaram” é
transitivo direto e o termo “a preferência” é o objeto direto, o qual é iniciado
apenas pelo artigo definido “a”.
Gabarito: B
Questão 7: Pol Civil MA 2012 – Auxiliar de Perícia Médica Legal (banca FGV)
“Sem conseguir entrar no mercado de trabalho”. Assinale a alternativa na qual
a mudança de verbo produz um erro de regência (uso equivocado de
preposição).
(A) Sem conseguir participar do mercado de trabalho.
(B) Sem conseguir aspirar ao mercado de trabalho.
(C) Sem conseguir investir no mercado de trabalho.
(D) Sem conseguir visualizar o mercado de trabalho.
(E) Sem conseguir entregar-se o mercado de trabalho.
Nesse mesmo período, assinale a opção que indica o erro que contraria a
norma culta da Língua Portuguesa.
a) a ausência de um verbo de ligação no termo “Se eleito”.
b) o emprego de uma forma simples de futuro – transformarei – em lugar de
uma perífrase, de caráter mais coloquial: “vou transformar”.
c) o uso inadequado do verbo “transformar”, numa frase em que o sentido
exigiria outro verbo.
d) a ausência da preposição “em” antes do pronome relativo “que”, exigida
pelo verbo “trafegar”.
e) a má utilização da expressão “terá orgulho” em relação aos automóveis,
quando deveria ligar-se aos motoristas.
Questão 21: ALMA 2013 – Consultor Legislativo - nível superior (banca FGV)
Assinale a alternativa em que a preposição sublinhada é fruto da ligação com
um termo posterior (e não anterior).
(A) “O máximo de punição a que está sujeito é submeter se...”.
(B) “Identificado por câmeras do sistema de segurança...”.
(C) “...que não deixam dúvidas sobre a autoria do assassinato...”.
(D) “...levado a um centro de recolhimento...”.
(E) “...aplicação de medidas „socioeducativas‟”.
Questão 36: Câmara Municipal Recife 2014 – Assistente Adm (banca FGV)
“Isso se dá graças à tecnologia da informação”; nesse caso, o acento grave
indicativo da crase representa:
(A) a união de dois artigos definidos;
(B) a junção de duas preposições;
(C) a combinação de um artigo e um pronome demonstrativo;
(D) a união de uma preposição com um artigo definido;
(E) a combinação de uma preposição com um pronome demonstrativo.
Questão 45: Pref Guarapuava 2014 Agente Controle Interno (banca Consulplan)
No texto "A proibição da cobrança já constava em regulamento de TV por
assinatura que entrou em vigor em junho. O texto confuso do documento,
porém, dava margem à diferentes interpretações - a ABTA, por exemplo,
entendeu que poderia continuar cobrando a mesma coisa.", o uso do acento
grave está:
a) Incorreto, pois está regido pela palavra “interpretações”, que se encontra
no feminino.
b) Incorreto, pois não ocorre artigo na construção "dava margem a diferentes
interpretações".
c) Correto, pois ocorre artigo na construção "dava margem a diferentes
interpretações".
d) Correto, pois o "a" que antecede um termo no plural é sempre craseado.
Questão 46: Pref Guarapuava 2014 Agente Controle Interno (banca Consulplan)
No trecho “(...) poderíamos considerá-lo abusivo e afeto, então, às sanções
previstas na lei”, o acento grave ocorre pelo mesmo condicionamento sintático
de:
a) Vamos sempre às praias mais tranquilas.
b) Todos os doces daquela confeitaria são feitos à mão.
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Português para IBGE
Teoria e exercícios comentados
Prof. Décio Terror Aula 6
1. C 2. C 3. C 4. A 5. A 6. B 7. E 8. A 9. A 10. B
11. E 12. B 13. D 14. B 15. B 16. C 17. C 18. D 19. E 20. A
21. A 22. B 23. E 24. A 25. D 26. C 27. D 28. E 29. C 30. B
31. B 32. A 33. E 34. D 35. D 36. D 37. D 38. C 39. B 40. B
41. A 42. B 43. C 44. C 45. B 46. C 47. C 48. A 49. B 50. E
51. D 52. E 53. D 54. A 55. B 56. E