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Teoria e exercícios comentados


Prof. Décio Terror Aula 6

Aula 6: Sintaxe: transitividade e regência de nomes e verbos;


emprego do sinal indicativo de crase.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Regência nominal 1
2. Regência de verbos importantes 2
3. Regência com pronomes relativos 17
4. Crase 38
5. O que devo tomar nota como mais importante? 61
6. Lista de questões para revisão 62
9. Gabarito 79

Olá!
Espero que seu estudo esteja rendendo bastante e que vocês continuem
muito motivados!!!!
Vimos na aula de sintaxe da oração que regência é o mesmo que
transitividade, lembra?!!!
Nesta aula, trabalharemos a regência (transitividade) e a crase.
Comecemos pela Regência Nominal.
Substantivos, adjetivos e advérbios podem, por regência nominal, exigir
complementação precedida de preposição. Esse termo preposicionado ocupa a
função sintática de complemento nominal.
Veja alguns:
acostumado a, com curioso de, por
afável com, para desgostoso com, de
afeiçoado a, por desprezo a, de, por
aflito com, por devoção a, por, para, com
alheio a, de devoto a, de
ambicioso de dúvida em, sobre, acerca de
amizade a, por, com empenho de, em, por
amor a, por falta a, com, para
ansioso de, para, por imbuído de, em
apaixonado de, por imune a, de
apto a, para inclinação a, para, por
atencioso com, para incompatível com
aversão a, por junto a, de
ávido de, por preferível a
conforme a propenso a, para
constante de, em próximo a, de
constituído com, de, por respeito a, com, de, por, para
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contemporâneo a, de situado a, em, entre


contente com, de, em, por último a, de, em
cruel com, para único a, em, entre, sobre
Agora os verbos...
Regência de verbos importantes
Agradar
Transitivo direto, com o sentido de “fazer agrado”, “fazer carinho”.
Ela agradou o filho.
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ser agradável”.
O assunto não agradou ao homem.
Ajudar, satisfazer, presidir, preceder: transitivos diretos ou indiretos, com
a preposição a.
Satisfiz as exigências. ou Satisfiz às exigências.

Amar, estimar, abençoar, louvar, parabenizar, detestar, odiar, adorar,


visitar: transitivos diretos.
Estimo o colega. Adoro meu filho.

Aspirar
Transitivo direto quando significa “sorver”, “inspirar”, “levar o ar aos pulmões”.
Aspiramos o ar frio da manhã.
Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “desejar”, “almejar”.
Ele aspira ao cargo.
Assistir
É Transitivo direto no sentido de “dar assistência”, “amparar”.
O médico assistiu o paciente.
Mas também é aceito como transitivo indireto, com a preposição a, neste
mesmo sentido:
O médico assistiu ao paciente.
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ver”, “presenciar”.
Meu filho assistiu ao jogo.
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “caber”, “competir”.
Esse direito assiste ao réu.
Intransitivo, com a preposição em, com o sentido de “morar”.
Seu tio assistia em um sítio.
Neste sentido, admite o advérbio “onde”: Este é o local onde assisto (onde
moro).

Avisar, informar, prevenir, certificar, cientificar


São normalmente transitivos diretos e indiretos, admitindo duas construções.
Avisei o gerente do problema.
Avisei-o do problema.
Avisei ao gerente o problema.
Avisei-lhe o problema.
Avisei o gerente de que havia um problema.
Avisei ao gerente que havia um problema.

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Cuidado! Veja que tanto o objeto direto quanto o indireto podem ser expressos
também por pronomes oblíquos átonos ou orações subordinadas substantivas.

Atender:
Transitivo direto, podendo ser também transitivo indireto no sentido de dar
atenção a, receber alguém, seguir, acatar:
Não costuma atender os meus conselhos.
O ministro atendeu os funcionários que o aguardavam.
Não atendeu a observação que lhe fizeram.
Transitivo indireto no sentido de responder, prestar auxílio a:
Os bombeiros atenderam a muitos chamados.
O médico atendeu aos afogados na praia.
Chegar:
Intransitivo, no sentido de movimento a um destino, exigindo a preposição “a”.
Com ideia de movimento de um lugar origem, usa-se a preposição “de”. Deve-
se evitar a preposição “em”, muito usada na linguagem coloquial, mas não é
admitida na norma culta.
Cheguei a Fortaleza. Cheguei de Fortaleza.
Esse verbo admite o advérbio “aonde” ou a locução “para onde”, não
admitindo apenas “onde”.
Transitivo indireto, quando transmite valor de limite:
Seu estudo chegou ao extremo do entendimento.

Chamar
Transitivo direto com o sentido de “convocar”.
Chamei-o aqui.
Transitivo direto ou indireto, indiferentemente, com o sentido de “qualificar”,
“apelidar”; nesse caso, terá um predicativo do objeto (direto ou indireto),
introduzido ou não pela preposição de.
Chamei-o louco.
Chamei-o de louco.
Chamei-lhe louco.
Chamei-lhe de louco.
A palavra louco, nos dois primeiros exemplos, é predicativo do objeto direto;
nos dois últimos, predicativo do objeto indireto.

Custar
Intransitivo, quando indica preço, valor.
Os óculos custaram oitocentos reais.
Obs.: adjunto adverbial de preço ou valor: oitocentos reais.
Transitivo indireto, com a preposição a, significando “ser custoso”, “ser difícil”;
com esse sentido, normalmente estará seguido de um infinitivo, sendo a
oração deste o sujeito do verbo custar.
Custou ao aluno entender a explicação do professor.

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A expressão “entender a explicação do professor” é sujeito oracional e “ao


aluno” é o objeto indireto.

Esquecer, lembrar, recordar:


Transitivos diretos, sem os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos)
Ele esqueceu o livro.
Lembrou a situação.
Recordou o fato.
Transitivos indiretos com pronomes oblíquos átonos, exigindo preposição de.
Ele se esqueceu do livro.
Lembrou-se da situação.
Recordou-se do fato.
No sentido figurado, há ainda a possibilidade de o sujeito do verbo
"esquecer" não ser uma pessoa, mas uma coisa:
Esqueceram-me as palavras de elogio.
Esqueceu-se verificar o número da placa.

Essa mesma regência vale para "lembrar", isto é, há na língua o registro


de frases como "Não me lembrou esperá-la", em que "lembrar" significa "vir à
lembrança". O sujeito de "lembrou" é "esperá-la", ou seja, esse fato (o ato de
esperá-la) não me veio à lembrança.
Os verbos Lembrar e recordar também podem ser transitivos diretos e
indiretos.
Lembrei ao aluno o dia do teste.

Implicar
Transitivo direto quando significa “pressupor”, “acarretar”.
Seu estudo implicará aprovação.
Transitivo direto e indireto, com a preposição em, quando significa “envolver”.
Implicaram o servidor no processo.
Transitivo indireto, com a preposição com, quando significa “demonstrar
antipatia”, “perturbar”.
Sempre implicava com o vizinho.

Morar, residir, situar-se, estabelecer-se


Pedem adjuntos adverbiais com a preposição em, e não a.
Morava na Rua Onofre da Silva.
Cabe aqui observar que o vocábulo “onde” não pode receber preposição com
este verbo. A estrutura “aonde moro” está errada gramaticalmente, o correto
é: onde moro.

Namorar: transitivo direto.


Ela namorou aquele artista.

Obedecer e desobedecer: transitivos indiretos, com a preposição a.


Obedeço ao comando. Não desobedeçamos à lei.

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Pedir, implorar, suplicar: transitivos diretos e indiretos, com a preposição a


(mais raramente, para)
Pediu ao dirigente uma solução.
Só admitem a preposição para quando existe a palavra licença (ou
sinônimos), clara ou oculta.
Ele pediu para sair. (ou seja: pediu licença para)

Perdoar e pagar
Transitivos diretos, se o complemento é coisa.
Perdoei o equívoco. Paguei o apartamento
Transitivos indiretos, com a preposição a, se o complemento é pessoa.
Perdoei ao amigo. Paguei ao empregado.
Pode aparecer os dois complementos, sendo o verbo transitivo direto e
indireto.
O Brasil pagou a dívida ao FMI.
O FMI perdoará a dívida aos países pobres.

Note que, se no último exemplo retirássemos a preposição “a” e


inseríssemos a preposição de, o verbo passa a ser apenas transitivo direto e o
termo preposicionado passa a ser o adjunto adnominal que caracteriza o
núcleo deste termo. Veja:
O FMI perdoará a dívida dos países pobres.
VTD + OD
Preferir
Transitivo direto: Prefiro biscoitos.
Transitivo direto e indireto, com a preposição a.
Prefiro vinho a leite.
Cuidado, pois o verbo “preferir” não aceita palavras ou expressões de
intensidade, nem do que ou que. Assim, está errada a construção como
“Prefiro mais vinho do que leite”.

Presidir: transitivo direto ou indireto:


O chefe presidiu a cerimônia. O chefe presidiu à cerimônia.

Proceder
Intransitivo, com o sentido de “agir”:
Ele procedeu bem.
Intransitivo, com o sentido de “justificar-se”:
Isso não procede.
Intransitivo, com o sentido de “vir”, “originar-se”; pede a preposição de.
A balsa procedia de Belém.
Neste sentido admite o advérbio “donde” ou a locução “de onde”:
Venho de onde ficou minha infância. (=donde)
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “realizar”, “dar
andamento”.
Ele procedeu ao inquérito.

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Querer
Transitivo direto, significando “desejar, ter intenção de, ordenar, fazer o favor
de".
Ele quer a verdade.
Transitivo indireto, significando “gostar, ter afeição a alguém ou a alguma
coisa". É normal o advérbio “bem” ficar subentendido ou explícito. Assim, é
exigida a preposição a.
A mãe quer muito ao filho. (...quer bem ao filho)

Referir-se:
Transitivo indireto, com a preposição a:
O palestrante referiu-se ao problema.
Transitivo direto, no sentido narrar, contar:
Ele referiu o ocorrido.

Responder
Transitivo direto, em relação à própria resposta dada.
Responderam que estavam bem.
Transitivo indireto, em relação à coisa ou pessoa que recebe a resposta.
Respondi ao telegrama.
Às vezes, aparece como transitivo direto e indireto:
Respondemos aos parentes que iríamos.

Simpatizar e antipatizar: transitivo indireto, regendo preposição com sem


pronome oblíquo.
Simpatizo com Madalena.
A construção “Simpatizo-me com Madalena” está errada”, pois não pode haver
pronome oblíquo átono.

Visar
Transitivo direto quando significa “pôr o visto”, “rubricar”.
Ela visou as folhas.
Transitivo direto quando significa “mirar”.
Visavam um ponto na parede.
Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “pretender”,
“almejar”.
Visava à felicidade de todos.
Aqui não é aceito o pronome "lhe" como complemento, empregando-se,
assim, as formas "a ele" e "a ela".
Algumas gramáticas aceitam a regência deste verbo na acepção de
“pretender, almejar” como verbo transitivo direto, quando logo após houver
um verbo no infinitivo. “O programa visa facilitar o acesso ao ensino gratuito.”

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Observações importantes:
a) Alguns verbos transitivos indiretos, mesmo pedindo a preposição a, não
admitem o pronome lhe como objeto. Veja alguns importantes.

Assistiu ao filme. Assistiu-lhe. (errado) Assistiu a ele. (certo)


Aspiro à promoção. Aspiro-lhe. (errado) Aspiro a ela. (certo)
Visava ao concurso. Visava-lhe. (errado) Visava a ele. (certo)
Aludi ao preconceito. Aludi-lhe. (errado) Aludi a ele. (certo)
Anuiu ao pedido. Anuiu-lhe. (errado) Anuiu a ele. (certo)
Procedeu ao inquérito. Procedeu-lhe. (errado) Procedeu a ele. (certo)
Presidimos à reunião. Presidimos-lhe. (errado) Presidimos a ela. (certo)

b) Quando o complemento verbal é o mesmo para dois ou mais verbos, estes


devem possuir a mesma regência verbal. Assim, construções como “Fui e
voltei de Salvador” transmite erro gramatical. A regência do verbo “Fui” exige
a preposição “a”, e a do verbo “voltei” exige preposição “de”. Portanto,
deveremos corrigir para:
“Fui a Salvador e voltei de lá”
Veja outros casos:

Gostei e comprei o carro. Gostei do carro e o comprei.


Conheci e não simpatizei com Carlos. Conheci Carlos e não simpatizei com ele.

Construção viciosa Construção gramaticalmente correta

Questão 1: MPE RJ 2016 Analista (banca FGV)


“que vise à promoção de políticas de controle”; nesse segmento de texto 1
emprega-se corretamente a regência do verbo visar, que muda de sentido
conforme seja transitivo direto ou transitivo indireto.
O verbo abaixo em que NÃO ocorre a mesma possibilidade de dupla regência
e duplo sentido é:
a) aspirar;
b) assistir;
c) carecer;
d) chamar;
e) precisar.
Comentário: O verbo “visar”, no sentido de mirar, apontar, é transitivo
direto; no sentido de almejar, ter por objetivo, é transitivo indireto:
O soldado visou o alvo.
O aluno visa ao cargo público.
O mesmo ocorre com os verbos “aspirar”, “assistir”, “chamar” e
“precisar”.
O verbo “aspirar”, no sentido de inalar, é transitivo direto; no sentido de
ter por objetivo, é transitivo indireto:

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Nós aspiramos muita fumaça.


Nós aspiramos ao cargo público.
O verbo “assistir”, no sentido de ajudar, é transitivo direto; no sentido
de ver, é transitivo indireto:
O médico assiste o paciente.
O pai assistiu ao parto.
O verbo “chamar”, quando no sentido de convocar, é transitivo direto;
no sentido de denominar, pode ser transitivo direto ou transitivo indireto:
Ana chamou seu irmão.
Ana chamou a seu irmão de intolerante.
Ana chamou seu irmão de intolerante.
O verbo “precisar”, no sentido de dar precisão sobre medida, é transitivo
direto; no sentido de necessidade, é transitivo indireto:
O pedreiro precisou os cálculos da quantidade de massa.
O pedreiro precisou de mais massa.
Porém, o verbo “carecer” apresenta-se apenas como transitivo indireto,
por isso a alternativa (C) é a que devemos marcar. Veja:
O amigo carece de suas palavras.
Gabarito: C

Questão 2: DPE MT 2015 – Analista (banca FGV)


Deixar recipientes com água no chão
Nunca deixe as garrafas e galões usados para armazenar água no chão, local
por onde passa insetos e naturalmente é mais sujo do que outras partes da
casa. Prefira deixar os recipientes em locais mais altos, como bancadas ou em
cima da mesa, do que em locais próximos ao chão, para evitar possível
contaminação da água.
“Prefira deixar os recipientes em locais mais altos, como bancadas ou em cima
da mesa, do que em locais próximos ao chão, para evitar possível
contaminação da água”.
Nesse segmento, uma substituição que está de acordo com a norma culta da
língua é
(A) prefira / prefere.
(B) em cima / encima.
(C) do que / a.
(D) ao chão / do chão.
(E) da água / com água.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois cabe o verbo no imperativo
afirmativo “prefira”, o qual transmite um conselho. Não cabe um verbo no
presente do indicativo (“prefere”), o qual transmitiria apenas uma afirmação.
A alternativa (B) está errada, pois não existe um suposto advérbio
“encima”.
A alternativa (C) está correta, pois o verbo “prefere” é transitivo direto e
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indireto. O seu objeto indireto deve ser precedido da preposição “a”. A forma
como se encontra no texto está errada. Não cabe a expressão comparativa
“do que” diante do verbo “preferir”.
A alternativa (D) também está correta, pois o adjetivo “próximo” admite
a regência nominal com a preposição “a” ou com a preposição “de” (próximo
“a” ou “de”).
A alternativa (E) está errada, pois “da água” tem valor paciente. Assim,
é o complemento nominal de “contaminação”: evitar que a água seja
contaminada. Assim, cabe apenas a preposição “de”. A preposição “com”
significaria o meio utilizado para contaminar algo. Assim, haveria mudança
brusca do sentido.
E agora? Duas alternativas estão corretas. O que fazer?
A intenção da questão é corrigir o que está errado no texto. A banca
vacilou no pedido da questão. Ela queria a alternativa que corrigisse o texto.
Isso ocorre na alternativa (C), como afirmado anteriormente.
Gabarito: C

Questão 3: TJ BA 2015 – Analista Judiciário (banca FGV)


O segmento do texto em que a preposição DE é empregada em razão da
exigência de algum termo anterior é:
(A) “O cigarro é um dos produtos DE consumo mais vendidos no mundo”;
(B) “Comanda legiões DE compradores leais”;
(C) “os fabricantes orgulham-se DE ter lucros impressionantes”;
(D) “a vida DOS fumantes americanos é reduzida”;
(E) “cinco milhões DE anos”.
Comentário: A preposição que é exigida por termo anterior caracteriza a
regência. A regência verbal ocorre quando um verbo rege uma preposição. A
regência nominal ocorre quando um nome rege uma preposição.
Na alternativa (A), a preposição “de” ocorreu por iniciar o adjunto
adnominal. Assim, o termo preposicionado “DE consumo” não é resultado de
uma regência, mas apenas por ser caracterizador do substantivo “produtos”.
Na alternativa (B), a preposição “de” ocorreu por iniciar o adjunto
adnominal. Assim, o termo preposicionado “DE compradores leais” não é
resultado de uma regência, mas apenas por ser caracterizador do substantivo
“legiões”.
A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “orgulham” é transitivo direto
e indireto, o pronome “se” é o objeto direto e “DE ter lucros impressionantes”
é a oração subordinada substantiva objetiva indireta, a qual é precedida da
preposição “de”, que foi exigida por esse verbo.
Na alternativa (D), a preposição “de” ocorreu por iniciar o adjunto
adnominal. Assim, o termo preposicionado “DOS fumantes americanos” não é
resultado de uma regência, mas apenas por ser caracterizador do substantivo
“vida”.
Na alternativa (E), a preposição “de” ocorreu por iniciar o adjunto
adnominal. Assim, o termo preposicionado “DE anos” não é resultado de uma
regência, mas apenas por ser caracterizador do substantivo “milhões”.

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Gabarito: C

Questão 4: TJ RJ 2014 – Analista Judiciário (banca FGV)


Estamos no trânsito de São Paulo, ano 2030. E não é preciso apertar os
cintos: nosso carro agora trafega sozinho pelas ruas, salvo de acidentes,
graças a um sistema que o mantém em sincronia com os demais veículos lá
fora. O volante, item de uso opcional, inclina-se de um lado para outro como
se fosse manuseado por um fantasma. Mas ninguém liga pra ele - até porque
o carro do futuro está cheio de novidades bem mais legais. Em vez dos
tradicionais quatro assentos, o que temos agora é uma verdadeira sala de
estar, com poltronas reclináveis, mesa no centro e telas de LED. As velhas
carrocerias de aço foram substituídas por redomas translúcidas, com
visibilidade total para o ambiente externo. Se você preferir, é possível torná-la
opaca e transformar o carro em um ambiente privado, quase como um quarto
ambulante. Como o sistema de navegação é autônomo, basta informar ao
computador aonde você quer ir e ele faz o resto. Resta passar o tempo da
forma que lhe der na telha: lendo, trabalhando, assistindo ao seu seriado
preferido ou até dormindo. A viagem é agradável e silenciosa.
(Superinteressante, novembro de 2014).
O segmento do texto em que a preposição destacada faz parte de um adjunto
e NÃO é solicitada obrigatoriamente por nenhum termo anterior é:
a) “Estamos no trânsito de São Paulo”;
b) “salvo de acidentes”;
c) “em sincronia com os demais veículos lá fora”;
d) “assistindo ao seu seriado preferido”;
e) “basta informar ao computador”.
Comentário: A questão nos chama atenção a respeito da diferença dos
complementos verbal ou nominal em relação ao adjunto adnominal.
Note que os complementos verbal ou nominal são exigidos por um verbo
ou nome anterior, já o adjunto adnominal é o termo que caracteriza o
substantivo anterior.
Assim, a alternativa (A) é a correta, pois a locução adjetiva “de São
Paulo”, que ocupa a função de adjunto adnominal, caracteriza o substantivo
“trânsito”. Assim, a preposição “de” não é exigida pelo substantivo “trânsito”,
não há regência nominal. É a própria locução adjetiva que possui a estrutura
“preposição + substantivo”.
Na alternativa (B), há caso de regência nominal, haja vista que a
preposição “de” é exigida pelo adjetivo “salvo”. Assim, “de acidentes” é o
complemento nominal.
Na alternativa (C), há caso de regência nominal, haja vista que a
preposição “com” é exigida pelo substantivo “sincronia”. Assim, “de acidentes”
é o complemento nominal.
Na alternativa (D), há caso de regência verbal, haja vista que a
preposição “a” é exigida pelo verbo “assistindo”. Assim, “ao seu seriado
preferido” é o objeto indireto.
Na alternativa (E), há caso de regência verbal, haja vista que a
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preposição “a” é exigida pelo verbo “informar”. Assim, “ao computador” é o


objeto indireto.
Gabarito: A

Questão 5: Conder 2013 Administrador (banca FGV)


A norma culta é respeitada nas frases a seguir, à exceção de uma. Assinale
a.
(A) “Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela
primeira vez, cheguei em casa e bati na minha máquina”.
(B) “Sabendo que ela aguentaria sem reclamar, como sempre, a pobrezinha”.
(C) “Outra coisa: ele é mais inteligente que você”.
(D) “Sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que sabe”.
(E) “Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem
a usa não vale com ele”.
Comentário: O problema de regência se encontra na alternativa (A), pois o
verbo “chegar” rege a preposição “a”, e não “em”. Assim, a construção correta
é:
“Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela primeira
vez, cheguei a casa e bati na minha máquina”.
Você verá adiante que a palavra “casa”, sem nenhuma caracterização,
não admite crase. Além disso, a expressão “bati na maquina” transmite a ideia
de dar pancadas, golpes em alguma coisa ou alguém. Essa interpretação tem
coerência na frase.
As demais frases não apresentam dificuldades na regência e estão
corretas.
Gabarito: A

Questão 6: Detran 2013 – Assistente de Trânsito (banca FGV)


Assinale a frase em que a preposição a (à) não corresponde a uma
necessidade de regência de um termo anterior.
(A) respeito às faixas de pedestre.
(B) reclamações à parte.
(C) obedecer a regras básicas de trânsito.
(D) persuadir condutores e transeuntes a andar na linha.
(E) associadas à promulgação do novo CBT.
Comentário: A questão cobra se a preposição “a” é exigida pela regência do
nome ou verbo anterior, ou se ela inicia uma expressão adverbial.
Na alternativa (A), a preposição “a” foi exigida pelo substantivo
“respeito”. Assim, a preposição “a” ocorreu por regência de um termo
anterior.
A alternativa (B) é a correta, pois não há termo anterior que exija a
preposição “a”. Ela é empregada na oração por iniciar o adjunto adverbial “à
parte”.
Na alternativa (C), a preposição “a” foi exigida pelo verbo transitivo
indireto “obedecer”. Assim, a preposição “a” ocorreu por regência de um

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termo anterior.
Na alternativa (D), a preposição “a” foi exigida pelo verbo transitivo
direto e indireto “persuadir”. Assim, a preposição “a” ocorreu por regência de
um termo anterior.
Na alternativa (E), a preposição “a” foi exigida pelo adjetivo
“associadas”. Assim, a preposição “a” ocorreu por regência de um termo
anterior.
Gabarito: B

Questão 7: Pol Civil MA 2012 – Auxiliar de Perícia Médica Legal (banca FGV)
“Sem conseguir entrar no mercado de trabalho”. Assinale a alternativa na qual
a mudança de verbo produz um erro de regência (uso equivocado de
preposição).
(A) Sem conseguir participar do mercado de trabalho.
(B) Sem conseguir aspirar ao mercado de trabalho.
(C) Sem conseguir investir no mercado de trabalho.
(D) Sem conseguir visualizar o mercado de trabalho.
(E) Sem conseguir entregar-se o mercado de trabalho.
Comentário: A alternativa (E) é a errada, pois “entregar-se” rege a
preposição “em”. Veja a correção:
Sem conseguir entregar-se no mercado de trabalho.
Gabarito: E

Questão 8: BNDES 2013 Administrador (banca Cesgranrio)


Fragmento do texto: Por outro lado, como a vida muda e a mudança é
inerente à existência, impedir a mudança é impossível. Daí resulta que a
sociedade termina por aceitar as mudanças, mas apenas aquelas que de
algum modo atendem a suas necessidades e a fazem avançar.
No Texto, o verbo atender ( . 4) exige a presença de uma preposição para
introduzir o termo regido.
Essa mesma exigência ocorre na forma verbal destacada em:
(A) “Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas
tendem a aceitar algumas afirmações como verdades indiscutíveis.”
(B) “Introduziram-se as ideias não só de evolução como de revolução.”
(C) “Inúmeras descobertas reafirmam a indiscutível tese de que a mudança
é inerente à realidade tanto material quanto espiritual,”
(D) “Por outro lado, como a vida muda e a mudança é inerente à existência,
impedir a mudança é impossível.”
(E) “Daí resulta que a sociedade termina por aceitar as mudanças, ”
Comentário: Esta é uma questão simples, porque basicamente nos leva a
observar que o verbo “atenda”, na linha 4, é seguido da preposição “a”, a qual
inicia o termo regido “a suas necessidades”. Bom, nós temos apenas que
achar um verbo em negrito nas alternativas que também seja seguido da
preposição “a”.
A alternativa (A) é a correta, pois “tendem” é verbo transitivo indireto e

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exigiu a preposição “a”, que inicia o termo regido “a aceitar algumas


afirmações”.
As demais alternativas possuem verbos transitivos diretos e os termos
subsequentes não são iniciados pela preposição “a”, mas pelo artigo definido
feminino “a” (ou “as”).
Não se pode confundir a preposição “a” (palavra que não se flexiona)
com o artigo definido feminino “a” (palavra que se flexiona). Para ficar mais
fácil compreender, vou flexionar no plural os artigos que estão no singular e
deixar em destaque os artigos que já se encontram no plural. Confirme:
“Introduziram-se as ideias.”
“reafirmam a indiscutível tese” ou “reafirmam as indiscutíveis teses”
“impedir a mudança” ou “impedir as mudanças”
“aceitar as mudanças“
Gabarito: A

Questão 9: Pref Porto Velho-RO 2012 Administrador (banca Consulplan)


“Quando a democracia surgiu na Grécia...” Assinale a alternativa na qual o
verbo apresenta, na oração proposta, transitividade análoga idêntica ao da
frase anterior.
A) Esse argumento não procede.
B) O professor informou ao diretor sobre sua decisão.
C) Chamei por você.
D) Não abdicarei de meus direitos.
E) Ansiava pelo dia de amanhã.
Comentário: O verbo “surgiu” é intransitivo, pois “na Grécia” é o adjunto
adverbial de lugar. Note que “a democracia” é o sujeito.
A alternativa (A) é a correta, pois “procede” também é verbo
intransitivo.
Na alternativa (B), o verbo “informou”, neste contexto, é transitivo
indireto, o termo “ao diretor” é o objeto indireto e “sobre sua decisão” é o
adjunto adverbial de assunto.
Na alternativa (C), o verbo “Chamei”, neste contexto, é transitivo
indireto, e o termo “por você” é o objeto indireto.
Na alternativa (D), o verbo “abdicarei” é transitivo indireto, e o termo
“de meus direitos” é o objeto indireto.
Na alternativa (E), o verbo “Ansiava” é transitivo indireto, e o termo
“pelo dia de amanhã” é o objeto indireto.
Gabarito: A

Questão 10: Prefeitura C.V. 2010 Contador (banca Consulplan)


NÃO há erro de regência verbal em:

A) Altos salários são dados os jogadores, sem terem ficado nos bancos
escolares.
B) Falta de punição implica violência.
C) Muitos preferem, como ídolos, pessoas sem princípios morais do que

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pessoas honestas.
D) Todos assistem os programas de televisão que só apresentam tragédias.
E) O povo esquece, rapidamente, dos crimes que abalam a sociedade.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “dar” é transitivo
direto e indireto. Assim, alguém dá altos salários aos jogadores. Porém, nesta
alternativa, a oração está na voz passiva e o agente não está explícito.
Por isso, o que era objeto direto na voz ativa (“Altos salários”) passa a
ser o sujeito paciente, e o objeto indireto “aos jogadores” deve permanecer
com a preposição “a” (Altos salários são dados aos jogadores).
A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “implicar” está empregado no
sentido de trazer como consequência. Assim, é transitivo direto e “violência” é
o objeto direto.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “preferem” é transitivo direto
e indireto e não admite intensificadores ou expressões comparativas. Assim, o
correto é:

“Muitos preferem, como ídolos, pessoas sem princípios morais a pessoas


honestas.”

A alternativa (D) está errada, pois o verbo “assistem” está empregado


no sentido de “ver”, “observar”. Assim, é transitivo indireto e exige a
preposição “a”: Todos assistem aos programas de televisão”.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “esquece” não possui o
pronome oblíquo átono “se”. Assim, é transitivo direto e não admite a
preposição “de”:
O povo esquece, rapidamente, os crimes que abalam a sociedade.
Gabarito: B

Questão 11: Prefeitura S.L. 2010 Agente Adm (banca Consulplan)


Assinale a afirmativa que apresenta INCORREÇÃO quanto à regência:
A) Pedro está alheio a tudo. B) Não abdicarei dos meus direitos.
C) O convite não lhe agradou. D) Ele tem aversão à altura.
E) Agradeci os diretores.
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o adjetivo “alheio” exige
preposição “a”. Assim, “a tudo” é o complemento nominal.
A alternativa (B) está correta, pois o verbo “abdicarei” é transitivo
indireto e exige a preposição “de”. Assim, “dos meus direitos” é o objeto
indireto.
A alternativa (C) está correta, pois o verbo “agradou”, no sentido de ser
agradável, satisfazer, é transitivo indireto e exige o objeto indireto “lhe” (não
agradou a alguém).
A alternativa (D) está correta, pois o substantivo “aversão” exige a
preposição “a”. Assim, “à altura” é o complemento nominal.
A alternativa (E) é a errada, pois o verbo “Agradeci” é transitivo indireto
e exige a preposição “a”: “Agradeci aos diretores”.
Gabarito: E

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Questão 12: BNDES 2010 Analista de Sistemas (banca Cesgranrio)


Observe o trecho a seguir.
“...que o sucesso de ontem não nos garante o sucesso de amanhã.”
Das passagens transcritas abaixo, qual verbo em destaque apresenta
transitividade igual à do verbo destacado acima?
(A) “„a gente leva da vida a vida que a gente leva.‟”
(B) “A visão pessoal tem o poder de dar sentido às coisas,”
(C) “afinal para quem não sabe aonde vai qualquer caminho serve.”
(D) “Outras ganham fôlego no início, mas acabam desistindo.”
(E) “Mas é assim que a vida segue.”
Comentário: O verbo “garante” é transitivo direto e indireto, pois o termo “o
sucesso de amanhã” é o objeto direto e “nos” é o objeto indireto. Assim,
devemos achar nas alternativas a mesma transitividade verbal.
A alternativa (A) apresenta o verbo transitivo direto “leva”, o sujeito “a
gente”, e o objeto direto é o pronome relativo “que”, o qual retoma o termo “a
vida”. Assim, entendemos que a gente leva a vida.
A alternativa (B) é a correta, pois apresenta o verbo transitivo direto e
indireto “dar”, o objeto direto “sentido” e o objeto indireto “às coisas”.
A alternativa (C) apresenta o verbo intransitivo “vai” e o adjunto
adverbial de lugar “aonde”.
A alternativa (D) apresenta o verbo transitivo direto “ganham”, o objeto
direto “fôlego” e o adjunto adverbial de tempo “no início”.
A alternativa (E) apresenta o verbo intransitivo “segue” e “a vida” é o
sujeito.
Gabarito: B

Questão 13: BNDES 2011 Engenheiro (banca Cesgranrio)


A frase em que o uso da preposição destacada NÃO constitui caso de regência
verbal ou nominal é:
(A) “Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa,”
(B) “temos que nos conscientizar de que estamos juntos...”
(C) “dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.”
(D) “...que, para ser feliz com a outra pessoa,”
(E) “Você aprende a gostar de você,”
Comentário: O uso de preposição no caso de regência verbal ocorre quando
os verbos transitivos exigem seus complementos e os intransitivos exigem
preposição que precede o adjunto adverbial preso, conforme vimos na aula de
sintaxe da oração. O uso da preposição em caso de regência nominal ocorre
quando o nome exige o complemento nominal.
A alternativa (A) apresenta regência verbal, pois o verbo transitivo
direto e indireto “depositamos” exige o objeto direto “muita confiança” e o
objeto indireto “em uma pessoa”.
A alternativa (B) apresenta regência verbal, pois o verbo transitivo
direto e indireto “conscientizar” exige o objeto direto “nos” e a oração
subordinada substantiva objetiva indireta “de que estamos juntos”.

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A alternativa (C) apresenta regência nominal, pois o adjetivo “dispostas”


exige a oração subordinada substantiva completiva nominal “a dividir
objetivos comuns, alegrias e vida”
A alternativa (D) não apresenta regência verbal, pois o termo “com a
outra pessoa” é o adjunto adverbial solto (ver aula de sintaxe da oração), o
qual tem valor de modo. Note, portanto, que este termo não é exigido pelo
verbo.
A alternativa (E) apresenta a regência verbal, pois o verbo transitivo
indireto “gostar” exige o objeto indireto “de você”.
Gabarito: D

Questão 14: Banco do Brasil 2012 Escriturário (banca Cesgranrio)


A frase em que a presença ou ausência da preposição está de acordo com a
norma-padrão é:
(A) A certeza que a sorte chegará para mim é grande.
(B) Preciso de que me arranjem um emprego.
(C) Convidei à Maria para vir ao escritório.
(D) A necessidade que ele viesse me ajudar me fez chamá-lo.
(E) Às dez horas em ponto, estarei à sua casa
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o substantivo “certeza” rege
a preposição “de”, a qual deve iniciar a oração subordinada substantiva
completiva nominal “de que a sorte chegará para mim”. Veja a correção:
A certeza de que a sorte chegará para mim é grande.
A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “Preciso” é transitivo indireto
e rege a preposição “de”. Assim, a oração “de que me arranjem um emprego”
é subordinada substantiva objetiva indireta e está corretamente precedida da
preposição “de”.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “Convidei” é transitivo direto
e não admite a preposição “a”. Assim, devemos retirar o sinal indicativo de
crase. Note que a oração posterior transmite valor adverbial de finalidade.
Veja a correção:
Convidei a Maria para vir ao escritório.
A alternativa (D) está errada, pois o substantivo “necessidade” rege a
preposição “de”, a qual deve iniciar a oração subordinada substantiva
completiva nominal “de que ele viesse me ajudar”. Veja a correção:
A necessidade de que ele viesse me ajudar me fez chamá-lo.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “estar” é intransitivo e rege a
preposição “em”, e não “a”. Assim, o correto é:
Às dez horas em ponto, estarei em sua casa.
Gabarito: B

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Questão 15: Prefeitura C.V. 2010 Fiscal (banca Consulplan)


Assinale a alternativa INCORRETA quanto à regência:
A) Ela estava descontente com a reciclagem do lixo.
B) O político não se simpatizou com as inovações tecnológicas.
C) Estamos habituados a resolver os problemas.
D) É um direito que lhe assiste.
E) Chamei a Paulo de tolo.
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o adjetivo “descontente”
exige a preposição “com”. Assim, “com a reciclagem” é o complemento
nominal.
A alternativa (B) é a errada, pois o verbo “simpatizou” é transitivo
indireto, exige a preposição “com”, mas não admite a presença do pronome
pessoal oblíquo “se”. Corrigindo...
O político não simpatizou com as inovações tecnológicas.
A alternativa (C) está correta, pois “habituados” exige a preposição “a” e
“resolver” não exige.
A alternativa (D) está correta, pois o verbo “assiste”, no sentido de
caber, competir, é transitivo indireto, em que a coisa é o sujeito, e a pessoa e
o objeto indireto. Assim, o sujeito é o pronome relativo “que”, o qual retoma o
substantivo “direito” e o objeto indireto é “lhe”.
A alternativa (E) está correta, pois o verbo “chamar”, no sentido de
denominar, pode ser transitivo direto ou indireto, seguido de predicativo do
objeto. Veja as possibilidades: Chamei a Paulo de tolo.
Chamei a Paulo tolo.
Chamei Paulo de tolo.
Chamei Paulo tolo.
Gabarito: B

Regência com pronomes relativos

Como visto na aula de sintaxe do período composto por subordinação


adjetiva, o pronome relativo é uma palavra que inicia as orações subordinadas
adjetivas e pode ser antecedido de preposição. Isso depende do verbo da
oração adjetiva e da função sintática do pronome relativo. Por isso é
importante visualizarmos quais são os pronomes relativos mais empregados.
que: retoma coisa ou pessoa
o/a qual: retoma coisa ou pessoa
quem: retoma pessoa
cujo: relação de posse
onde: retoma lugar
quando: retoma tempo

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Pronomes relativos e suas funções sintáticas:


Sujeito:
O homem, que é um ser racional, aprende com seus erros.
oração subordinada adjetiva
oração principal

Sempre se deve partir do verbo para entender a função sintática dos


termos. Assim, há o verbo de ligação “é”, o predicativo “um ser racional”; logo,
falta o sujeito, que é o pronome relativo “que”. Onde se lê “que”, entende-se
“homem”, então se pode ter a seguinte estrutura:
O homem é um ser social.
Como se pode substituir “que” por “o qual” e suas variações,
dependendo da palavra que foi retomada, teremos:
O homem, o qual é um ser racional, aprende com seus erros.
Abaixo serão listadas outras funções do pronome relativo e suas
possibilidades de substituição:
Objeto direto:
Esta é a casa que amamos.
a qual amamos.
OD VTD

Objeto indireto:
Esta é a casa de que gostamos.
(de + a qual)
da qual gostamos.
OI VTI

Objeto indireto:
Esta é a casa a que nos referimos.
(a + a qual)
à qual nos referimos.
OI VTI
Complemento nominal:
Esta é a casa a que fizemos referência.
(a + a qual)
à qual fizemos referência.
CN VTD + OD

Na função de adjunto adverbial, o pronome relativo “que” deve ser


preposicionado tendo em vista transmitir os seus valores circunstanciais,
normalmente os de tempo e lugar. Quando transmite valor de lugar, pode
também ser substituído pelo pronome relativo “onde”.
A preposição “em” é de rigor quando o verbo intransitivo transmite
processo estático (Estar em algum lugar, nascer em algum lugar). Porém, se
transmitir lugar de destino, regerá preposição “a” (vai a algum lugar, vai para
algum lugar); se transmitir lugar de origem, regerá a preposição “de” (vir de

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algum lugar). Pode ainda, na ideia de desenvolvimento do deslocamento, ser


regido pela preposição “por” (passar por algum lugar).
Veja:
Adjunto adverbial de lugar (estático: com preposição “em”):
Esta é a casa onde moramos.
em que moramos.
(em + a qual)
na qual moramos.
Adj Adv. lugar VI

Adjunto adverbial de lugar (destino: com preposição “a”):


Esta é a casa aonde chegamos.
a que chegamos.
(a + a qual)
à qual chegamos.
Adj Adv. lugar VI

Adjunto adverbial de lugar (destino: com preposição “para”):


Esta é a casa para onde vamos.
---------------
(para + a qual)
para a qual vamos.
Adj Adv. lugar VI

Observação: Não se usa pronome relativo “que” antecedido de preposição com


duas ou mais sílabas. Deve-se transformá-lo em “o qual” e suas variações.
Assim, temos “mediante o qual”, “perante o qual”, “segundo o qual”,
“conforme o qual”, “sobre o qual”, “para o qual” etc.

Adjunto adverbial de lugar (origem: com preposição “de”):


Esta é a casa de onde viemos. (ou donde)
de que viemos
(de + a qual)
da qual viemos.
Adj Adv. lugar VI

Observação: Soa mais agradável a construção “da qual”, mas “de que”
também está correta.
Adjunto adverbial de lugar (desenvolvimento do trajeto: com preposição
“por”):
Esta é a casa por onde passamos.
por que passamos
(por + a qual)
pela qual passamos.
Adj Adv. lugar VI

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“A empresa cujos funcionários reuniram-se ontem deflagrará a greve.”


(certo)
Antes de passarmos para as questões de prova, é importante observarmos a
diferença entre a regência da oração subordinada substantiva e da oração
subordinada adjetiva. Assim, vamos à regência nas orações adjetivas.
Verifique se as frases estão corretas.
a) As pessoas a quais sempre obedeci são extremamente falsas.
b) A mala cujo a chave perdi está no guarda-volumes.
c) O caso o qual estamos estudando ocorreu em São Paulo.
d) A empresa cujos os funcionários conversei ontem deflagrarão a greve.
e) Os funcionários da empresa de quem se falou ontem deflagrarão a greve.
f) Os funcionários da empresa com o qual conversei ontem deflagrarão a greve.
g) Vivemos uma época muito difícil, onde a violência impera.
h) A cidade onde nasci fica no Vale do Paraíba.
i) A casa em que cheguei era magnífica.
j) O jogo ao qual assisti foi disputadíssimo.
k) A vendedora que discuti foi muito mal-educada.
l) Os relatórios do caso que aspiro desapareceu da pasta.
m) Renato encontrou as irmãs de quem confiamos.
n) A pessoa a quem eles dedicaram a vitória também foram vencedores.
o) A empresa perante cujo gerente testemunhei faliu.
p) A causa pela qual luto é nobilíssima.
q) O poeta sobre cujos livros conversamos ontem está em Londrina.
r) Os livros a cujas páginas me referi esclarecem complexos tópicos.
s) O bairro por onde caminhei não proporciona segurança.
t) O bairro aonde moro não proporciona segurança.
Observou? Agora veja as frases já corrigidas.

a) As pessoas às quais sempre obedeci são extremamente falsas.


b) A mala cuja chave perdi está no guarda-volumes.
c) O caso o qual estamos estudando ocorreu em São Paulo.
d) A empresa com cujos funcionários conversei ontem deflagrará a greve.
e) Os funcionários da empresa de quem se falou ontem deflagrarão a greve.
f) Os funcionários da empresa com os quais conversei ontem deflagrarão a
greve.
g) Vivemos uma época muito difícil, em que a violência impera.
h) A cidade onde nasci fica no Vale do Paraíba.
i) A casa a que cheguei era magnífica.
j) O jogo ao qual assisti foi disputadíssimo.
k) A vendedora com quem discuti foi muito mal-educada.
l) Os relatórios do caso a que aspiro desapareceram da pasta.
m) Renato encontrou as irmãs em quem confiamos.
n) A pessoa a quem eles dedicaram a vitória também foi vencedora.
o) A empresa perante cujo gerente testemunhei faliu.
p) A causa pela qual luto é nobilíssima.

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q) O poeta sobre cujos livros conversamos ontem está em Londrina.


r) Os livros a cujas páginas me referi esclarecem complexos tópicos.
s) O bairro por onde caminhei não proporciona segurança.
t) O bairro onde moro não proporciona segurança.
Bom, agora vamos comparar as orações substantivas com as adjetivas.
Verifique que, quando há preposição antecedendo oração adjetiva, é um verbo
ou um nome posterior que a exige. Quando há preposição antes da oração
substantiva, é o verbo ou nome anterior que a exige.
Sublinhe a oração subordinada e diga se é substantiva ou adjetiva.
a) Importante é aquilo de que não se pode fugir.
b) É importante que você busque seus objetivos.
c) Urge que o Brasil distribua melhor a renda.
d) Convém que ele venha.
e) A mim convém aquilo de que gostas.
f) Consideraram que o trabalho foi ruim.
g) Consideraram o trabalho que teve maior nota.
h) Eles necessitaram de que nós os ajudássemos.
i) Eles necessitaram da ajuda à qual nos referimos.
j) Eles tiveram necessidade de que os ajudassem.
k) Eles tiveram necessidades as quais nunca tivemos.
l) A verdade é que precisamos muito de estudo.
m) Verdade é aquilo de que o Brasil sempre necessitou na política.

Agora veja as respostas.


a) Importante é aquilo de que não se pode fugir.
(oração subordinada adjetiva – “de que” é objeto indireto)
b) É importante que você busque seus objetivos.
(oração subordinada substantiva subjetiva)
c) Urge que o Brasil distribua melhor a renda.
(oração subordinada substantiva subjetiva)
d) Convém que ele venha.
(oração subordinada substantiva subjetiva)
e) A mim convém aquilo de que gostas.
(oração subordinada adjetiva – “de que” é objeto indireto)
f) Consideraram que o trabalho foi ruim.
(oração subordinada substantiva objetiva direta)
g) Consideraram o trabalho que teve maior nota.
(oração subordinada adjetiva – “que” é sujeito)
h) Eles necessitaram de que nós os ajudássemos.
(oração subordinada substantiva objetiva indireta)
i) Eles necessitaram da ajuda à qual nos referimos.
(oração subordinada adjetiva – “à qual” é objeto indireto)

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j) Eles tiveram necessidade de que os ajudassem.


(oração subordinada substantiva completiva nominal)
k) Eles tiveram necessidades as quais nunca tivemos.
(oração subordinada adjetiva – “as quais” é objeto direto)
l) A verdade é que precisamos muito de estudo.
(oração subordinada substantiva predicativa)
m) Verdade é aquilo de que o Brasil sempre necessitou na política.
(oração subordinada adjetiva – “de que” é objeto indireto)
Partamos, agora, para as questões!
Questão 16: TJ PI 2015 – Analista Judiciário (banca FGV)
A oração adjetiva abaixo sublinhada que deveria vir introduzida com um
pronome relativo precedido de preposição é:
(A) “lidar com situações emergenciais e atuar em casos que venham a causar
transtornos nos principais corredores viários de uma cidade”.
(B) “O aumento progressivo da frota de veículos provoca congestionamentos
que muitas vezes impedem que os procedimentos planejados de
emergência sejam adotados”.
(C) “O gerenciamento de acidentes de trânsito, como a velocidade que se
desfaz o local de uma batida numa via estrutural”.
(D) “Situações como obras, fechamento de ruas e de faixas de tráfego,
enchentes, alagamentos das vias e quedas de encostas e árvores, que
impedem a circulação normal de veículos”.
(E) “Podemos fazer analogia com um infarto e um AVC, que impedem o fluxo
de sangue...”.
Comentário: Na alternativa (A), o pronome relativo “que” ocupa a função de
sujeito. Por isso não está precedido de preposição. Para ficar mais fácil
compreender, basta perceber que a locução verbal “venham a causar” é
transitiva direta, e o termo “transtornos” é o objeto direto.
Na alternativa (B), o pronome relativo “que” também ocupa a função de
sujeito. Por isso não está precedido de preposição. O verbo “impedem” é
transitivo direto e a oração posterior é subordinada substantiva objetiva
direta.
A alternativa (C) é a que precisa de preposição antes do pronome
relativo, pois este ocupa a função de adjunto adverbial de modo.
Note que o verbo “desfaz” é transitivo direto, o pronome “se” é
apassivador e o termo “o local” é o sujeito paciente. Assim, podemos fazer a
seguinte pergunta: o local de uma batida é desfeito como?
Dessa forma, o pronome relativo “que” deve ser precedido da
preposição “com” e entendemos que o local de uma batida é desfeito com
certa agilidade, com velocidade na desobstrução da via. Veja a correção:
“O gerenciamento de acidentes de trânsito, como a velocidade com que se
desfaz o local de uma batida numa via estrutural”.
Na alternativa (D), o pronome relativo “que” ocupa a função de sujeito.
Por isso não está precedido de preposição. O verbo “impedem” é transitivo
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direto e “a circulação normal de veículos” é o objeto direto.


Na alternativa (E), o pronome relativo “que” também ocupa a função de
sujeito. Por isso não está precedido de preposição. O verbo “impedem” é
transitivo direto e “o fluxo de sangue” é o objeto direto.
Gabarito: C

Questão 17: ISS Niterói 2015 – Fiscal de Tributos (banca FGV)


“As casas em que passamos tão pouco tempo são repletas de objetos”.
Nesse período, o pronome relativo está precedido da preposição “em”, devido
à regência do verbo “passar”.
A frase abaixo em que a preposição está mal-empregada em face da norma
culta tradicional é:
a) O cargo a que aspiramos deve ser ocupado urgentemente.
b) Os assuntos sobre que discutimos não eram tão sérios.
c) O grande trabalho em que isso implica deve ser avaliado.
d) A obra a que se dedicou foi bem construída.
e) O ideal por que lutou é dos mais nobres.
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o verbo “aspirar”, no sentido
de almejar, é transitivo indireto e rege a preposição “a”, por isso “a que”
ocupa a função de objeto indireto.
A alternativa (B) está correta, pois o verbo “discutir” é intransitivo, e a
expressão “sobre que” é o adjunto adverbial de assunto (discutir sobre algum
assunto).
A alternativa (C) é a errada, pois o verbo “implicar”, no sentido de
“acarretar”, é transitivo direto e não admite a preposição “em”. Assim, o
pronome “isso” é o sujeito, o verbo “implica” é transitivo direto e o pronome
“que” é o objeto direto. Veja a correção:
O grande trabalho que isso implica deve ser avaliado.
A alternativa (D) está correta, pois o verbo “dedica” é transitivo direto e
indireto, o pronome reflexivo “se” é o objeto direto e “a que” é o objeto
indireto. O sujeito desse verbo ficou subentendido e o contexto não o
identificou.
A alternativa (E) está correta, pois o verbo “lutou”, neste contexto, é
transitivo indireto e o termo “por que” é o objeto indireto. O sujeito desse
verbo ficou subentendido e o contexto não o identificou.
Gabarito: C

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Questão 18: C Municipal Caruaru-PE 2015 Analista Legislativo (banca FGV)

Nesse mesmo período, assinale a opção que indica o erro que contraria a
norma culta da Língua Portuguesa.
a) a ausência de um verbo de ligação no termo “Se eleito”.
b) o emprego de uma forma simples de futuro – transformarei – em lugar de
uma perífrase, de caráter mais coloquial: “vou transformar”.
c) o uso inadequado do verbo “transformar”, numa frase em que o sentido
exigiria outro verbo.
d) a ausência da preposição “em” antes do pronome relativo “que”, exigida
pelo verbo “trafegar”.
e) a má utilização da expressão “terá orgulho” em relação aos automóveis,
quando deveria ligar-se aos motoristas.
Comentário: Na alternativa (A), não há erro, pois a ausência do verbo de
ligação não implica erro gramatical. Na realidade, tal verbo está subentendido.
Assim, preserva-se a norma culta.
Na alternativa (B), não há erro, pois o verbo “transformarei” e a locução
verbal “vou transformar” têm o mesmo sentido e ambos estão de acordo com
a norma culta.
Na alternativa (C), não há erro, pois o sentido do verbo “transformar”
está coerente com o contexto.
A alternativa (D) é a que deve ser marcada, pois o verbo “trafegar” é
intransitivo e o adjunto adverbial de lugar “que” deve ser precedido da
preposição “em” (trafegar no sistema viário). Assim, a forma correta é a
seguinte:
... num sistema viário em que todo automóvel terá orgulho de trafegar!
Na alternativa (E), não há erro, pois a expressão “terá orgulho” se
refere, numa linguagem figurada, às pessoas que dirigem o automóvel. Assim,
não há erro gramatical.

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Gabarito: D

Questão 19: TJ SC 2015 – Assistente Social (banca FGV)


A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à regência (nominal e
verbal) recomendada pela norma culta é:
(A) O deputado insistia em dizer que o tema principal do projeto seria “o
transporte ferroviário”, com o que discordava a grande maioria.
(B) Enquanto a Espanha participava de uma discussão no grupo dos países
de fala hispânica, do qual não pediu para integrar, a situação dos demais
era tranquila.
(C) Em busca de rápido enriquecimento, os médicos escolhem
cuidadosamente aonde trabalhar, dando prioridade à locais de mais fácil
acesso.
(D) Um grupo da comunidade vizinha encontrou um carro de bebê deixado
por outro morador inconsciente com a limpeza do local.
(E) O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao
descanso, o amor ao interesse e à aventura, a tranquilidade.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “discordava” rege a
preposição “de”. Note que o pronome demonstrativo “o” precede o pronome
relativo “que” e retoma toda a informação anterior. Sintaticamente, ele é o
aposto recapitulativo, sobre o qual comentamos em nossa aula de sintaxe da
oração. Veja a correção:
O deputado insistia em dizer que o tema principal do projeto seria “o
transporte ferroviário”, do que discordava a grande maioria.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “integrar” é transitivo direto e
seu objeto direto não é precedido da preposição “de”. Veja a correção:
Enquanto a Espanha participava de uma discussão no grupo dos países de fala
hispânica, o qual não pediu para integrar, a situação dos demais era
tranquila.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “escolhem” não rege a
preposição “a”. Assim, devemos excluir tal preposição de “aonde”. Além disso,
o verbo “dando” rege a preposição “a”, mas o substantivo masculino plural
“locais” não admite o artigo “a”, por isso não pode haver crase.
Em busca de rápido enriquecimento, os médicos escolhem cuidadosamente
onde trabalhar, dando prioridade a locais de mais fácil acesso.
A alternativa (D) está errada, pois o adjetivo “inconsciente” rege a
preposição “de”. Veja a correção:
Um grupo da comunidade vizinha encontrou um carro de bebê deixado por
outro morador inconsciente da limpeza do local.
A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “preferir” é transitivo direto e
indireto. Há uma sequência de objetos direto e indireto, respectivamente. Mas
preste atenção, pois o autor, por estilo, preferiu trocar a ordem dos últimos
complementos verbais. Assim, “à aventura” é o objeto indireto e “a

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tranquilidade” é o objeto direto. (preferir a tranquilidade à aventura). É claro


que a vírgula entre os dois termos seria uma incorreção gramatical, porém tal
vírgula não foi alvo da questão, além de ela poder ser entendida como
omissão do verbo “preferir”, tendo em vista a ênfase na troca dos termos.
O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao descanso, o
amor ao interesse e à aventura, a tranquilidade.
O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao descanso, o
amor ao interesse e à aventura (preferir) a tranquilidade.
Gabarito: E

Questão 20: Pref Osasco 2014– Analista (banca FGV)


No texto, entre os elementos coesivos sublinhados, podem ser substituídos
por “quando” os conectores destacados em:
(A) “(...) saudade dos tempos em que o Brasil sediou (...)”;
(B) “(...) atual padrão Fifa em que poucos têm acesso aos jogos”;
(C) “(...) com conforto incomparável ao que se via no passado”;
(D) “(...) matriculados no que hoje chamamos de ensinos (...)”;
(E) “(...) de meados do século passado com a de agora (...).
Comentário: Neste contexto, basta perceber que o pronome relativo
“quando” só pode retomar tempo. Assim, a alternativa (A) é a correta. Como
vimos na parte teórica, podemos substituir “quando” por “em que” e por “nos
quais”.
Note que a alternativa (E) também possui uma expressão temporal
(“meados do século passado”), porém não há pronome relativo que o retoma.
Há apenas a preposição “com”.
Gabarito: A

Questão 21: ALMA 2013 – Consultor Legislativo - nível superior (banca FGV)
Assinale a alternativa em que a preposição sublinhada é fruto da ligação com
um termo posterior (e não anterior).
(A) “O máximo de punição a que está sujeito é submeter se...”.
(B) “Identificado por câmeras do sistema de segurança...”.
(C) “...que não deixam dúvidas sobre a autoria do assassinato...”.
(D) “...levado a um centro de recolhimento...”.
(E) “...aplicação de medidas „socioeducativas‟”.
Comentário: A regência fruto da ligação com um termo posterior ocorre nas
orações subordinadas adjetivas, pois a preposição se apresenta motivada pela
regência do nome ou do verbo que se encontra após o pronome relativo.
A alternativa (A) é a correta, pois, na oração subordinada adjetiva
“a que está sujeito”, a preposição “a” é exigida pelo adjetivo “sujeito”, termo
posterior.
Na alternativa (B), a preposição “por” é exigida pelo particípio
“Identificado”, termo anterior.
Na alternativa (C), a preposição “do” é exigida pelo substantivo
“autoria”, termo anterior.

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Na alternativa (D), a preposição “a” é exigida pelo particípio “levado”,


termo anterior.
Na alternativa (E), a preposição “de” é exigida pelo substantivo
“aplicação”, termo anterior.
Gabarito: A

Questão 22: INEA 2013 – Administrador (banca FGV)


No segmento “Isto significa combinar um conjunto de políticas não só para o
durante os riscos e situações de desastres, o que avançamos bem, mas
também e principalmente para o antes e o depois dos mesmos”, há um erro
de construção, por omissão da preposição EM antes de “o que avançamos
bem” (no que avançamos bem).
Assinale a alternativa que apresenta um erro no emprego da preposição antes
de pronome relativo.
(A) Os desastres a que nos referimos ocorreram há um ano.
(B) As verbas de que foram reparadas as pontes são federais.
(C) Os problemas de que se ocuparam dizem respeito aos reparos.
(D) Os perigos com que se depararam são variados.
(E) As soluções por que lutaram demoraram a chegar.
Comentário: A própria questão aponta o erro na frase, pois se entende que
alguém avança bem em alguma coisa, por isso deveria haver a preposição
“em” antes do pronome relativo “que”. Veja como é o correto:
...no que avançamos bem...
A alternativa (A) está correta, pois “nos referimos” é um verbo
pronominal, que exige a preposição “a”. Confirme:
Os desastres a que nos referimos ocorreram há um ano.
A alternativa (B) é a errada, pois a locução verbal “foram reparadas”
não admite a preposição “de”, neste contexto, mas “com”. Confirme:
As verbas com que foram reparadas as pontes são federais.
A alternativa (C) está correta, pois se entende que alguém se ocupa de
alguma coisa. Assim, o verbo exige a preposição “de”. Confirme:
Os problemas de que se ocuparam dizem respeito aos reparos.
A alternativa (D) está correta, pois se entende que alguém se depara
com alguma coisa. Assim, o verbo exige a preposição “com”. Confirme:
Os perigos com que se depararam são variados.
A alternativa (E) está correta, pois se entende que alguém luta por
alguma coisa. Assim, o verbo exige a preposição “por”. Confirme:
As soluções por que lutaram demoraram a chegar.
Gabarito: B

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Questão 23: SUDENE 2013 – Agente Administrativo (banca FGV)


“A crise que o país atravessa...”. Nesse segmento temos uma oração adjetiva
não precedida de preposição porque o verbo “atravessar” não a exige.
Assinale a alternativa em que a frase apresenta erro quanto à regência.
(A) A crise a que o país assiste é muito grave.
(B) Os remédios de que o Brasil necessita são de conhecimento público.
(C) Os problemas com que nos deparamos são os de sempre.
(D) Os argumentos a que nos opomos são falsos.
(E) As soluções com que sugerimos não foram aceitas.
Comentário: A questão apresenta somente períodos com orações adjetivas,
para que possamos trabalhar a regência. Na frase do pedido da questão,
entendemos que o país atravessa uma crise. Assim, o verbo é transitivo
direto, o termo “o país” é o sujeito e o pronome relativo “que” é o objeto
direto, por isso não é precedido de preposição. Veja:
“A crise que o país atravessa...”
OD + sujeito + VTD

A alternativa (A) está correta, pois o verbo “assiste”, no sentido de ver,


observar, é transitivo indireto e exige a preposição “a”, o termo “o país” é o
sujeito e “a que” é o objeto indireto. Veja:
“A crise a que o país assiste é muito grave...”
OI + sujeito + VTI

A alternativa (B) está correta, pois o verbo “necessita” é transitivo


indireto e exige a preposição “de”, o termo “o Brasil” é o sujeito e “de que” é
o objeto indireto. Veja:
“Os remédios de que o Brasil necessita são de conhecimento público.”
OI + sujeito + VTI

A alternativa (C) está correta, pois o verbo pronominal “nos deparamos”


é transitivo indireto e exige a preposição “com”, há sujeito oculto (“nós”) e
“com que” é o objeto indireto. Veja:
“Os problemas com que nos deparamos são os de sempre.”
OI VTI

A alternativa (D) está correta, pois o verbo pronominal “nos opomos” é


transitivo indireto e exige a preposição “a”, há sujeito oculto (“nós”) e “a que”
é o objeto indireto. Veja:
“Os argumentos a que nos opomos são falsos.”
OI + VTI

A alternativa (E) é a errada, pois o verbo “sugerimos” é transitivo direto,


por isso não exige preposição. Há sujeito oculto (“nós”) e o pronome relativo
“que” é o objeto direto. Assim, devemos eliminar a preposição “com”. Veja:
“As soluções que sugerimos não foram aceitas.”
OD + VTD
Gabarito: E

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Questão 24: CBTU 2014 Administrador (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Todo escritor é útil ou nocivo, um dos dois. É nocivo se
escreve coisas inúteis, se deforma ou falsifica (mesmo inconscientemente)
para obter um efeito ou um escândalo; se se conforma sem convicção a
opiniões nas quais não acredita.
Com base no trecho “[...] se conforma sem convicção a opiniões nas quais
não acredita.”, é correto afirmar que
A) o elemento “a” pode ser substituído por “com”.
B) a expressão “nas quais” pode ser substituída por “às quais”.
C) ao eliminar a expressão “sem convicção”, a regência verbal sofre
alteração.
D) é obrigatória a substituição de “a” por “às”; já que, neste caso, ocorre
obrigatoriedade da crase.
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois quem se conforma
normalmente se conforma com algo. Vale notar que o autor utilizou a
preposição “a” (conforma-se a algo). Esta alternativa apenas pediu que
utilizássemos a preposição “com”, a qual é a mais utilizada. Isso está correto.
Compare:
...se se conforma sem convicção a opiniões nas quais não acredita.
...se se conforma sem convicção com opiniões nas quais não acredita.
A alternativa (B) está errada, pois a expressão pronominal relativa “nas
quais” pode ser substituída por “em que”. Não podemos substituir a
preposição “em”, regida pelo verbo “acredita” (acredita em alguma coisa),
pela preposição “a”. Assim, não cabe a regência acredita a alguma coisa,
concorda?!
A alternativa (C) está errada, porque a expressão “sem convicção” é
apenas um adjunto adverbial, o qual não é exigido pelo verbo e não faz
diferença na regência do verbo.
A alternativa (D) está errada, pois o substantivo “opiniões” está sendo
tomado de valor geral, por isso está sem artigo “as”. Pode haver a
substituição da preposição “a” pela forma “às”, neste caso o artigo “as”
determina e especifica o substantivo “opiniões”. O erro na alternativa é
afirmar que a palavra “às” é obrigatória.
Gabarito: A

Questão 25: Prefeitura Cascavel 2014 Agente de Apoio (banca Consulplan)


Indique a alternativa que apresenta uma paráfrase adequada quanto à
correção, de acordo com a norma padrão, e a preservação do sentido para o
trecho “Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação a que
têm acesso [...]”.
A) Os jovens são fascinados às pequenas doses de informação a que têm
acesso [...].
B) Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação que têm
acesso [...].
C) Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação às que têm
acesso [...].

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D) Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação às quais


têm acesso [...].
E) Os jovens são fascinados diante de pequenas doses de informação a qual
têm acesso [...].
Comentário: Alguém é fascinado por algo, e não a algo ou diante de algo.
Assim, as alternativas (A) e (E) estão erradas.
Alguém tem acesso a alguma coisa, por isso o pronome relativo “que”
deve ser precedido da preposição “a” e a alternativa (B) está errada.
Alguém tem acesso a alguma coisa, por isso o pronome relativo “que”
deve ser precedido da preposição “a”, e não do vocábulo “às”. Assim,
alternativa (C) está errada.
A alternativa (D) é a correta, pois houve apenas a substituição do
pronome relativo “que” por “as quais”. Como há a preposição “a”, cabe a
crase em “às quais”. Note que as demais palavras se mantiveram as
mesmas.
Gabarito: D

Questão 26: FINEP 2011 Analista (banca Cesgranrio)


Cada período abaixo é composto pela união de duas orações.
Em qual deles essa união está de acordo com a norma padrão?
(A) A exposição que o pesquisador se referiu foi prorrogada por mais um
mês.
(B) Mora em Recife o pesquisador que os postais estão sendo expostos.
(C) Os estúdios em que eram elaborados os postais ficavam na Europa.
(D) Foi impressionante o sucesso cuja exposição de cartões-postais alcançou.
(E) O assunto que o pesquisador se interessou traz uma marca de
romantismo.
Comentário: Esta questão basicamente trabalha o emprego do pronome
relativo e a regência. Então, devemos localizar os verbos de cada oração,
delimitar as orações (como principal e subordinada adjetiva) e verificar a
regência.
A alternativa (A) está errada, porque o verbo pronominal “se referiu” é
transitivo indireto e rege a preposição “a” (alguém se referiu a algo). Assim, a
expressão “a que” é o objeto indireto. Veja a correção:
A exposição a que o pesquisador se referiu foi prorrogada por mais um mês.
A alternativa (B) está errada, porque há uma relação de posse entre
“pesquisador” e “postais” (postais do pesquisador). Lembre-se de que,
quando usamos o pronome relativo “cujos”, a preposição “de” fica
subentendida. Assim, não cabe o pronome relativo “que”, mas “cujos”. Veja
abaixo que a expressão “cujos postais” é o sujeito:
Mora em Recife o pesquisador cujos postais estão sendo expostos.
A alternativa (C) é a correta, pois “os postais” é o sujeito, “eram
elaborados” é uma locução verbal da voz passiva e o termo “em que” é o
adjunto adverbial de lugar. Observe:

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Os estúdios em que eram elaborados os postais ficavam na Europa.


A alternativa (D) está errada, porque não há uma relação de posse
entre “sucesso” e “exposição”. Não entendemos aí a expressão “exposição do
sucesso”, concorda? Assim, devemos trocar o pronome relativo “cuja” por
“que”. Este pronome relativo está na função de objeto direto, o qual retoma o
substantivo “sucesso”, o verbo “alcançou” é transitivo direto e o termo “a
exposição de cartões-postais” é o sujeito (a exposição de cartões-postais
alcançou o sucesso). Veja a correção:
Foi impressionante o sucesso que a exposição de cartões-postais alcançou.
A alternativa (E) está errada, porque o verbo pronominal “se interessou”
é transitivo indireto e rege a preposição “por” (alguém se interessou por
algo). Assim, a expressão “por que” é o objeto indireto. Veja a correção:
O assunto por que o pesquisador se interessou traz uma marca de
romantismo.
ou
O assunto pelo qual o pesquisador se interessou traz uma marca de
romantismo.
Gabarito: C

Questão 27: FINEP 2011 Técnico (banca Cesgranrio)


Dentre os períodos compostos abaixo, qual foi elaborado de acordo com a
norma-padrão da língua?
(A) Entrei e saí do escritório hoje correndo.
(B) O relatório que te falei está em cima da mesa.
(C) Esse é o colega que dei meu endereço novo.
(D) O manual por que aprendeu a usar a máquina é ruim.
(E) A ilha que eu mudei minha residência oficial é grande.
Comentário: A alternativa (A) explora o que já foi comentado no início da
aula sobre o mesmo termo regido com verbos de regências diferentes. Note
que o verbo “Entrei” rege a preposição “em” (Entrei onde? Entrei em algum
lugar). Já o verbo “saí” rege a reposição “de” (Saí de onde? Saí de algum
lugar). Assim, cada verbo deverá ter seu respectivo adjunto adverbial, pois
eles são iniciados por preposição diferente. Veja:
Entrei no escritório e saí de lá hoje correndo.
A alternativa (B) está errada, porque o verbo “falei”, neste contexto, é
transitivo indireto, o pronome “te” é o objeto indireto (falei a ti, falei a
alguém). Note que não entendemos que alguém falou o relatório a alguém,
mas falou sobre o relatório a alguém, falou do relatório a alguém. Assim, as
expressões “sobre o relatório” ou “do relatório” são adjuntos adverbiais de
assunto. Veja esse valor do adjunto adverbial na nossa aula de sintaxe da
oração. Dessa forma, devemos inserir a preposição “sobre” ou “de” diante do
pronome relativo. Veja a correção:

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O relatório sobre o qual te falei está em cima da mesa.


O relatório de que te falei está em cima da mesa.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “dei” é transitivo direto e
indireto, o termo “meu endereço novo” é o objeto direto e o pronome relativo
“que” deve ser precedido da preposição “a”, formando o objeto indireto. O
ideal é o uso do pronome relativo “quem”, haja vista a retomada de uma
pessoa. Veja as duas possibilidades:
Esse é o colega a que dei meu endereço novo.
Esse é o colega a quem dei meu endereço novo.
A alternativa (D) é a correta, pois se entende que alguém aprendeu a
usar a máquina por meio do manual. Assim, “por que” é o adjunto adverbial
de meio. Para ficar mais fácil compreender, basta trocarmos “que” por “o
qual”. Veja:
O manual por que aprendeu a usar a máquina é ruim.
O manual pelo qual aprendeu a usar a máquina é ruim.
A alternativa (E) está errada, pois se entende que alguém mudou sua
residência oficial para algum lugar. Assim, o pronome relativo deve receber a
preposição “para”, o que força o uso do pronome relativo “a qual” ou “onde”,
pois vimos que o pronome relativo “que” não admite ser precedido de
preposição de duas ou mais sílabas. Veja a correção:
A ilha para a qual eu mudei minha residência oficial é grande.
A ilha para onde eu mudei minha residência oficial é grande.
Gabarito: D

Questão 28: BNDES 2010 Técnico (banca Cesgranrio)


Em relação à regência nominal ou verbal, qual a frase em que NÃO se
emprega o pronome relativo precedido de preposição?
(A) O físico ______ frase sempre me recordo quebrou paradigmas com sua
nova forma de pensar.
(B) A conferência ______ assistimos marcou o início de uma nova etapa em
nossa vida.
(C) Era impossível aceitar as provocações ______ foram submetidos durante
o discurso.
(D) As provações ________ estamos expostos são importantes para
descobrirmos novas oportunidades.
(E) Os obstáculos _______ transpusemos ao longo da vida profissional nos
ajudaram a atingirmos o sucesso.
Comentário: Lembre-se de que é importante grifar a oração subordinada
adjetiva, depois verificar o verbo, descobrindo quem é seu sujeito e seus
complementos. O pronome relativo não precedido de preposição normalmente
ocupa as funções de sujeito, objeto direto ou predicativo. Já o objeto indireto,
complemento nominal e o adjunto adverbial devem ser precedidos de
preposição.
Na alternativa (A), a oração subordinada adjetiva “___ frase sempre me

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recordo” apresenta o verbo pronominal “me recordo”, o qual rege a


preposição “de”. Assim, há o sujeito oculto “eu” e o objeto indireto “de cuja”.
Veja:
“O físico de cuja frase sempre me recordo quebrou paradigmas com sua nova
forma de pensar.”
Na alternativa (B), a oração subordinada adjetiva “___ assistimos”
apresenta o verbo transitivo indireto “assistimos”, o qual rege a preposição
“a”. Assim, há o sujeito oculto “nós” e o objeto indireto “a que”. Veja:
“A conferência a que assistimos marcou o início de uma nova etapa em nossa
vida.”
Na alternativa (C), a oração subordinada adjetiva “___ foram
submetidos durante o discurso” apresenta a locução verbal “foram
submetidos”, a qual rege a preposição “a”. Assim, devemos inserir a
preposição antes do objeto indireto: “a que”. Veja:
“Era impossível aceitar as provocações a que foram submetidos durante o
discurso.”
Veja que o sujeito da locução verbal “foram submetidos” não está
expresso nesta frase. Assim, entendemos que tal sujeito encontra-se em outra
frase dentro do texto, ou então tal sujeito é indeterminado.
Na alternativa (D), a oração subordinada adjetiva “___ estamos
expostos” apresenta o verbo de ligação “estamos”, o sujeito oculto “nós” e o
predicativo “expostos”, o qual rege a preposição “a”. Assim, devemos inserir a
preposição antes do complemento nominal: “a que”. Veja:
“As provações a que estamos expostos são importantes para descobrirmos
novas oportunidades.”
A alternativa (E) é a correta, pois o pronome relativo “que” é o objeto
direto do verbo transitivo direto “transpusemos”. Note que o sujeito é oculto:
“nós”. Veja:
“Os obstáculos que transpusemos ao longo da vida profissional nos ajudaram
a atingirmos o sucesso.”
Gabarito: E

Questão 29: MAPA – 2010 – Economista (banca Fundação Dom Cintra)


Das alterações feitas abaixo na redação do trecho “O processo de globalização
e a mundialização aos quais as organizações têm sido submetidas”, está
INCORRETA, quanto ao emprego do pronome relativo, de acordo com as
normas de regência, a seguinte:
A) O processo de globalização e a mundialização dos quais as organizações
têm sido vítimas.
B) O processo de globalização e a mundialização sobre os quais as
organizações têm tido alguma influência.
C) O processo de globalização e a mundialização com cujos parâmetros as
organizações procuram imitar.

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D) O processo de globalização e a mundialização para os quais as


organizações têm voltado sua atenção.
E) O processo de globalização e a mundialização por cujos princípios as
organizações procuram guiar-se.
Comentário: Como a questão já nos orientou dizendo que devemos achar o
erro de regência que envolve o pronome relativo, basta sublinharmos a oração
posterior a este pronome, depois achar o verbo desta oração adjetiva, procurar
o sujeito e complementos, até encontrarmos a função desse pronome. Vamos
lá!!
A alternativa (A) está correta, pois a oração “dos quais as organizações
têm sido vítimas” possui a estrutura verbal “têm sido”, a qual se encontra
flexionada no plural, porque seu sujeito é “as organizações”. Esta estrutura
verbal possui o verbo principal “sido”, o qual é verbo de ligação. Assim, o
substantivo “vítimas” é o predicativo do sujeito.
Esse substantivo exige o complemento nominal (vítima de alguma coisa).
Assim, o termo “dos quais” é o complemento nominal e retoma dois processos:
o da globalização e o da mundialização (vítima dos processos de globalização
e de mundialização).
... dos quais as organizações têm sido vítimas.
CN + sujeito + VL + predicativo

A alternativa (B) está correta, pois a estrutura verbal “têm tido” é


transitiva direta, o sujeito é “as organizações”, o objeto direto é “alguma
influência” e o termo “sobre os quais” é o complemento nominal (influência
sobre alguma coisa):
... sobre os quais as organizações têm tido alguma influência.
CN + sujeito + VTD + objeto direto

A alternativa (C) é a errada, pois a estrutura verbal “procuram imitar” é


transitiva direta (alguém procura imitar algo), o sujeito é “as organizações”, o
objeto direto é “cujos parâmetros”, por isso devemos retirar a preposição
“com”:
... cujos parâmetros as organizações procuram imitar.
objeto direto + sujeito + VTD

Lembre-se de que o pronome relativo “cujos” retoma o termo anterior


subentendendo a preposição “de”. Assim, ao lermos “cujos parâmetros”,
podemos entender “parâmetros dos processos de globalização e de
mundialização”.
A alternativa (D) está correta, pois a estrutura verbal “têm voltado” é
transitiva direta e indireta, o sujeito é “as organizações”, o objeto direto é “sua
atenção” e o termo “para os quais” é o objeto indireto (têm voltado sua
atenção para os processos):
...para os quais as organizações têm voltado sua atenção.
objeto indireto + sujeito + VTDI + objeto direto

A alternativa (E) está correta, pois a estrutura verbal “procuram guiar” é


transitiva direta, o pronome “se” é reflexivo na função de objeto direto (guiar a
si mesmo), e o termo “por cujos princípios” é o adjunto adverbial de meio (o

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meio pelo qual as organizações se guiam):


...por cujos princípios as organizações procuram guiar-se.
adjunto adverbial de meio + sujeito + VTD+objeto direto
Gabarito: C

Questão 30: IBGE 2011 Agente (banca Cesgranrio)


A regência verbal está correta na seguinte alternativa
A) As pessoas chegam nas casas de repouso com algum familiar.
B) A família avisou ao enfermeiro a idade avançada do paciente.
C) O filho se esquece que o pai idoso lhe criou com dificuldades.
D) O abandono aos idosos implica em estado depressivo.
E) O médico procedeu os exames do paciente idoso.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “chegam” é
intransitivo e transmite ideia de movimento a um destino. Assim, exige a
preposição “a”: As pessoas chegam às casas de repouso...
A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “avisou” é transitivo direto e
indireto (avisar algo a alguém). Assim, o termo “a idade” é o objeto direto e
“ao enfermo” é o objeto indireto.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “esquece” é transitivo
indireto por possuir o pronome pessoal oblíquo átono “se”. Assim, a oração
posterior deve ser iniciada com a preposição “de”.
Além disso, perceba que o verbo “criou” é transitivo direto. Assim, não
admite o pronome “lhe”, mas “o”. Veja:
O filho se esquece de que o pai idoso o criou com dificuldades.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “implica”, no sentido de
trazer como consequência, é transitivo direto:
O abandono aos idosos implica estado depressivo.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “procedeu”, no sentido de dar
início, dar andamento, é transitivo indireto e exige preposição “a”:
O médico procedeu aos exames do paciente idoso.
Gabarito: B

Questão 31: Prefeitura C.V. 2010 Oficial Adm (banca Consulplan)


Assinale a afirmativa correta quanto à regência:
A) Ele não obedece os mais velhos.
B) Aspiramos o perfume das flores.
C) A firma toda não se simpatizou com a nova diretoria.
D) Esta é a cidade que mais gosto.
E) Ele custará muito para me entender.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “obedece” é
transitivo indireto e exige a preposição “a”: Ele não obedece aos mais velhos.
A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “aspiramos”, no sentido de

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Como o verbo “Vim” exige preposição “de”, se a oração permanecer


somente com essa preposição, é sinal de que, com o verbo “Fui”, também
permanecerá só a preposição “a” (Vim de Sergipe Fui a Sergipe).
Mas, se o verbo “Vim” estiver seguido de preposição mais artigo “da”, é
sinal de que, com o verbo “Fui”, também ocorrerá preposição mais artigo “à”
(Vim da Bahia Fui à Bahia).
Entretanto, você vai notar que, às vezes, queremos enfatizar,
determinar, especificar esses topônimos que não admitem o artigo. Quando
colocamos uma locução adjetiva ou algum outro determinante que o
caracterize, naturalmente receberá artigo. Havendo verbo que exija a
preposição “a”, ocorrerá a crase.
Veja:
Viajamos a Brasília, depois fomos a São Paulo.
(Viemos de Brasília ... de São Paulo)
Viajamos à Brasília de Juscelino, depois fomos à São Paulo da garoa.
(Viemos da Brasília de Juscelino ... da São Paulo da garoa)
Portanto, sem decoreba, ok? Temos que entender o uso. Vamos a outros
casos.
c. A palavra casa normalmente admite artigo (a casa é linda; comprei a casa
de meus sonhos; pintei a casa de azul etc). Porém, quando há um sentido de
deslocamento para ou do “próprio lar”, ela não admite artigo. Mas isso não
será problema para nós, pois usamos isso intuitivamente. Vamos lá:
Você diz: “vim de casa” ou “vim da casa”?
Você diz: “vou para casa” ou “vou para a casa”?
Se é seu próprio lar, é natural dizer, “vim de casa”, “vou para casa”.
Porém, quando essa casa não é a sua, naturalmente e intuitivamente, coloca-
se um determinante nesse substantivo e obrigatoriamente inserimos artigo.
Tudo isso para mostrar que a casa não é a nossa. Está em dúvida? Então veja:
Você diz “vim de casa da Luzia” ou “vim da casa da Luzia”?
Você diz “vou para casa da Luzia” ou “vou para a casa da Luzia”?
Naturalmente usamos as segundas opções, correto?
Sabemos que isso não proporciona a crase. Mas, se enxergamos que a
preposição “para” tem o mesmo valor da preposição “a”; na sua substituição,
podemos ter crase.
Veja:
Vou para casa. Vou para a casa da Amélia.
a+a
Vou a casa. Vou à casa da Amélia.
O bom filho volta a casa todos os dias.
O bom filho volta à casa dos pais todos os dias.

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Note que se pode determinar a palavra “casa” colocando letra inicial


maiúscula (Casa). Assim, essa palavra passa a ter outra denotação: sinônimo
de Câmara dos Deputados ou representação de uma instituição. Dessa forma,
poderá ocorrer a crase:
Prestar à Casa as devidas homenagens.
d. Seguindo a mesma ideia do item anterior, a palavra “terra” admite artigo
normalmente.
A terra é boa! Ele vive da terra!
Assim, haverá crase:
O agricultor dedica-se à terra.
Não há crase quando a palavra terra está em contraposição a “a bordo”.
Isso porque não dizemos “ao bordo”. Não pode haver artigo nesta expressão:
Os marinheiros voltaram a terra depois de um mês no mar. (estavam a bordo)
Mas, se determinamos essa palavra, passamos a ter artigo e,
consequentemente, crase. Veja:
Viajou em visita à terra dos antepassados.
Quando os astronautas voltarão à Terra? (a letra maiúscula determina)
e. Na locução à uma, significando “unanimemente, conjuntamente”, haverá
crase. Veja:
Os sindicalistas responderam à uma: greve já!
Vimos a estrutura de um verbo ou nome que exige preposição “a”.
Agora, veremos a locução adverbial que não é exigida pelo verbo, mas possui
a estrutura interna com a preposição.
Exemplo: Estive aqui de manhã.
Note que a locução adverbial “de manhã” ocorreu sem exigência do
verbo, pois poderíamos dizer “Estive aqui.” Esta locução tem uma composição
própria: de + manhã. Se essa estrutura fosse composta por preposição “a”
seguida de nome feminino que admitisse artigo “a”, haveria crase.
Exemplo: Estive aqui à noite.
Assim, vamos à estrutura da locução adverbial:
preposição + artigo + nome

à noite
à tarde à noite à direita às claras
às escondidas à toa à beça à esquerda
às vezes às ocultas à chave à escuta
à deriva às avessas às moscas à revelia
à luz à larga às ordens às turras

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Deve-se dar especial destaque às locuções adverbiais de tempo, que


especificam o momento de um evento, com o núcleo expresso com o
substantivo hora(s), o qual recebe o artigo definido “a”, “as”.
à meia-noite, à uma hora às duas horas às três e quarenta.
Não se pode confundir com a indicação de tempo generalizado ou tempo
futuro:
Isso acontece a qualquer hora. Estarei lá daqui a duas horas.
Veja a diferença nas frases a seguir:
A aula acabará a uma hora. (uma hora após o momento da fala)
A aula acabará à uma hora. (terminará às 13 horas ou à uma hora da madrugada)
A aula acabara há uma hora. (a aula acabou uma hora antes)
No último caso, não há locução adverbial, o verbo “há” marca tempo
decorrido. Vimos isso na concordância, lembra?
Nas expressões que demarcam início e fim de evento, o paralelismo deve
ser conservado. Se o primeiro dos termos não possui artigo a, o segundo
também não terá. Se o primeiro tiver, o segundo receberá a crase:
A reunião será de 9 a 10 horas. A reunião será das 9 às 10 horas.
Note: se o início do evento não recebeu artigo, o término também não
receberá. (de 9 a 10 horas).
Se o início do evento recebeu artigo, o término também receberá. (das 9
às 10 horas).
Merece destaque a locução adverbial de modo à moda de. Ela pode
estar expressa ou subentendida; por isso, deve-se tomar muito cuidado:
Pedimos uma pizza à moda da casa.
Atrevia-se a escrever à Drummond. (à moda de)
Pedimos arroz à grega. (à moda)
Não confunda com as expressões frango a passarinho, bife a cavalo,
as quais não possuem crase por não transmitirem modo.

Haverá crase também nas locuções prepositivas, que são sempre


nocionais e iniciam locução adverbial:
à beira de à sombra de à exceção de à força de
à frente de à imitação de à procura de à semelhança de
à custa de às custas de
O uso do acento grave é opcional nas locuções adverbiais que indicam
meio ou instrumento, desde que o substantivo seja feminino: barco a (à) vela;
escrever a (à) máquina; escrever a (à) mão; fechar a porta a (à) chave;
repelir o invasor a (à) bala. Normalmente, os bons autores têm preferido sem
a crase. Tudo isso depende da intenção comunicativa. O instrumento ou o
meio podem ser especificados ou não com o artigo “a”.

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Nas locuções adverbiais com palavras repetidas não haverá crase, pois
os substantivos estão sendo tomados de maneira geral, sem artigo definido:
cara a cara; frente a frente, etc.
A crase é obrigatória nas locuções conjuntivas adverbiais proporcionais à
medida que, à proporção que:
À medida que estudamos, vamos entendendo a matéria.
À proporção que as aulas ocorrem, os assuntos vão se acumulando.
Perceba uma diferença muito importante: “às vezes” e “as vezes”.
Às vezes você me olha diferente.
Note que, neste caso, não há precisão de momento, entende-se “de vez
em quando, por vezes, algumas vezes. Assim, há uma locução adverbial de
tempo e há crase.
Porém, podemos utilizar esta estrutura sem crase, quando há uma
especificação do momento:
As vezes que te vi, fiquei extasiado.
Neste caso, este termo será especificado por um termo adjetivo ou
oração adjetiva. Portanto, tome cuidado!
CRASE FACULTATIVA
Emprega-se facultativamente o acento indicativo de crase quando é
opcional o uso da preposição a, ou do artigo definido feminino.
Casos em que a crase é facultativa:
a. A preposição “a” é facultativa depois da preposição “até”:
O visitante foi até a sala do Diretor.
O visitante foi até à sala do Diretor.
A sessão prolongou-se até à meia-noite.
A sessão prolongou-se até a meia-noite.
b. O artigo definido é facultativo diante de pronome possessivo. Mas, para a
crase ser facultativa, esse pronome possessivo deve ser feminino singular.
Refiro-me à minha amiga.
Crase facultativa
Refiro-me a minha amiga.
Refiro-me às minhas amigas. Crase obrigatória
Refiro-me a minhas amigas. Crase proibida

c. O artigo definido é facultativo diante de nome próprio de pessoa. Se o nome


for feminino e o verbo exigir preposição, a crase será facultativa:
Refiro-me à Madalena.
Refiro-me a Madalena.
Observação: Tratando-se de pessoa célebre com a qual não se tenha
intimidade, geralmente não se usa o artigo nem o acento indicativo de crase,
salvo nos casos em que o nome esteja acompanhado de especificativo.
O orador fez uma bela homenagem a Rachel de Queiroz.
O orador fez uma bela homenagem à Rachel de Queiroz de O quinze.
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Nas gramáticas, são elencados os casos em que a crase será proibida.


Para isso, basta apenas relembrarmos a estrutura-padrão da crase.
Agora, vamos praticar!
Questão 32: MPE RJ 2016 Analista (banca FGV)
No texto 1, há quatro ocorrências do acento grave indicativo da crase: “vise à
promoção de políticas de controle”(1), “tornando-os inacessíveis à grande
massa populacional”(2), “Além disso, à medida que as cidades crescem”(3) e
“que às vezes não contam com saneamento básico”(4).
Os casos de crase que correspondem à união de preposição + artigo definido
são:
a) 1 e 2;
b) 1 e 4;
c) 2 e 3;
d) 3 e 4;
e) todos eles.
Comentário: Esta é uma questão bem controversa, porque na realidade
todas as ocorrências apresentam preposição “a” e artigo definido, o que seria
natural ter a alternativa (E) como a correta.
A questão foi mal bolada, porque a intenção da banca era que o
candidato marcasse as alternativas que apresentassem a regência verbal e
nominal, isto é, um verbo ou nome que exigissem a preposição “a” e um
substantivo que admitisse o artigo “a”/”as”.
Primeiro, vamos ao comentário de cada ocorrência.
Na ocorrência 1, o verbo “vise” rege a preposição “a” e o substantivo
“promoção” é precedido do artigo “a”.
Na ocorrência 2, o adjetivo “inacessíveis” rege a preposição “a” e o
substantivo “massa” é precedido do adjetivo “grande” e do artigo “a”.
Na ocorrência 3, ocorre a locução conjuntiva “à medida que”, cuja crase
é formada pela preposição “a” e o artigo “a”. Se não houvesse a preposição
“a” ou o artigo “a”, não haveria crase.
Da mesma forma, na ocorrência 4, ocorre a locução adverbial “às vezes”
cuja crase é formada pela preposição “a” e artigo “as”. Se não houvesse a
preposição “a” ou o artigo “as”, não haveria crase.
Bom, mas a banca foi categórica e não anulou a questão, tampouco
mudou o gabarito.
Na realidade, ela só queria que o candidato marcasse a alternativa que
apresentasse a preposição “a” exigida por um verbo ou nome, e o artigo “a”
precedendo o substantivo feminino.
Assim, a alternativa correta é a (A).
Gabarito: A

Questão 33: DPE MT 2015 – Analista (banca FGV)


Diminuir a higiene pessoal
Deixar de escovar os dentes, de lavar a louça ou de dar descarga, acumulando
sujeira no corpo e em casa, não são as melhores formas de economizar água,

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porque não adianta optar por isso em troco da saúde. O ideal é economizar
usando um copo com água na escovação, diminuindo a louça usada para
cozinhar (levar à panela à mesa em vez de usar um refratário) e usar água de
reuso no vaso sanitário.
“levar à panela à mesa em vez de usar um refratário”
Nesse segmento do texto, sobre o emprego da crase, assinale a afirmativa
correta.
(A) O emprego dos acentos graves estão corretos, embora por razões
distintas.
(B) Só o primeiro caso de emprego da crase está correto.
(C) Nenhum dos acentos graves deveria ser empregado.
(D) Os empregos dos acentos estão corretos devido a motivos idênticos.
(E) Só o segundo caso do emprego da crase está correto.
Comentário: O verbo “levar”, neste contexto, é transitivo direto. O termo “a
panela” é o objeto direto, o qual não é preposicionado, por isso não deve
receber crase.
A expressão “à mesa” é o adjunto adverbial de lugar, o qual deve ser
precedido da preposição “a”. Como o substantivo “mesa” é precedido do artigo
“a”, ocorre a crase.
Assim, a alternativa (E) é a correta.
Gabarito: E

Questão 34: TJ BA 2015 – Técnico Judiciário (banca FGV)


“A Lua Cheia entra em sua fase Crescente no signo de Gêmeos e vai
movimentar tudo o que diz respeito à sua vida profissional e projetos de
carreira. Os próximos dias serão ótimos para dar andamento a projetos que
começaram há alguns dias ou semanas. Os resultados chegarão
rapidamente”.
O texto mostra exemplos de emprego correto do “a” com acento grave
indicativo da crase – “diz respeito à sua vida profissional”. A frase abaixo
em que o emprego do acento grave da crase é corretamente empregado é:
a) o texto do horóscopo veio escrito à lápis;
b) começaram à chorar assim que leram as previsões;
c) o horóscopo dizia à cada leitora o que devia fazer;
d) o leitor estava à procura de seu destino;
e) o astrólogo previa o futuro passo à passo.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois não pode haver crase diante
de substantivo masculino.
A alternativa (B) está errada, pois não pode haver crase diante de
verbo.
A alternativa (C) está errada, pois não pode haver crase diante do
pronome indefinido “cada”.
A alternativa (D) é a correta, pois a locução adverbial “à procura”,
estruturalmente, é precedida da preposição “a” e o substantivo “procura” é

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precedido do artigo “a”. Assim, há crase.


A alternativa (E) está errada, haja vista que, diante de palavras
repetidas, não há crase. Além disso, são palavras masculinas.
Gabarito: D

Questão 35: DPE RJ 2014– Técnico (banca FGV)


“A gestão é fragmentada, educação para um lado e saúde para outro,
habitação submetida à especulação imobiliária, saneamento à espera de
recursos que vão para as grandes obras de fachada”.
Nesse segmento do texto há duas ocorrências do acento grave indicativo da
crase; sobre esse emprego pode-se afirmar com correção que
(A) nas duas ocorrências a justificativa do emprego da crase é rigorosamente
a mesma.
(B) só na segunda ocorrência há a junção da preposição a com o artigo
definido feminino singular a.
(C) na segunda ocorrência ocorre a junção da preposição a com um pronome
demonstrativo a.
(D) na segunda ocorrência, a crase é devida à presença de uma locução
prepositiva formada com uma palavra feminina.
(E) na primeira ocorrência, o emprego do acento grave é devido à
necessidade de esclarecer uma possível ambiguidade.
Comentário: A questão pede o motivo de cada ocorrência de crase no trecho.
Na primeira ocorrência, o adjetivo “submetida” rege a preposição “a” e o
substantivo “especulação” é precedido do artigo “a”. Assim, houve crase por
regência nominal.
Na segunda ocorrência, há a locução prepositiva “à espera de”, a qual é
precedida da preposição “a” e o substantivo “espera” é precedido do artigo
“a”. Dessa forma, sabemos que a segunda ocorrência da crase não foi por
regência, mas por ser uma locução prepositiva de base feminina.
Assim, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D

Questão 36: Câmara Municipal Recife 2014 – Assistente Adm (banca FGV)
“Isso se dá graças à tecnologia da informação”; nesse caso, o acento grave
indicativo da crase representa:
(A) a união de dois artigos definidos;
(B) a junção de duas preposições;
(C) a combinação de um artigo e um pronome demonstrativo;
(D) a união de uma preposição com um artigo definido;
(E) a combinação de uma preposição com um pronome demonstrativo.
Comentário: A locução prepositiva “graças a” termina com a preposição “a”,
e o substantivo “tecnologia” é precedido do artigo “a”. Assim, a alternativa (D)
é a correta.
Gabarito: D

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Questão 37: Pref Osasco 2014– Agente de Trânsito (banca FGV)


“Análise nas Despesas, mensalmente analise todas as despesas dando ênfase
àquelas com maior oscilação no período”.
Nesse segmento, a utilização do acento grave no demonstrativo “aquelas”
representa:
(A) um erro de regência, pois não há necessidade do acento;
(B) um erro de acentuação gráfica, já que não há regra que o justifique;
(C) uma junção do artigo definido A com a primeira vogal de “aquelas”;
(D) uma junção da preposição A com a primeira vogal de “aquelas”;
(E) uma junção do demonstrativo A com a primeira vogal de “aquelas”.
Comentário: O verbo “dando” é transitivo direto e indireto, o termo “ênfase”
é o objeto direto e o termo “àquelas com maior oscilação no período” é o
objeto indireto. Assim, o verbo “dando” exigiu a preposição “a” e o pronome
“aquelas” é iniciado com vogal “a”. Assim, a crase está correta.
Gabarito: D

Questão 38: DPE RJ 2014– Superior (banca FGV)


Há, no texto, três ocorrências do acento grave indicativo da crase
I. “...dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer”
II. “Os xópis são civilizações à parte... ”
III. “...pode vê-las como ataque (...) à civilização dos xópis”.
As ocorrências em que o acento grave da crase é resultante da junção de uma
preposição solicitada por um termo anterior + artigo definido são:
(A) I-II-III. (B) apenas I-II. (C) apenas I-III.
(D) apenas II-III. (E) apenas II.
Comentário: A questão pede a crase resultante de regência verbal ou
nominal (isto é, preposição solicitada por um termo anterior).
Na frase I, a preposição “a” é resultante do adjetivo “dedicadas”, o qual
rege a preposição “a”. Como o substantivo “compras” é precedido do artigo
“as”, ocorre a crase.
Na frase II, a crase ocorre tendo em vista a estrutura da locução
adverbial, a qual é iniciada pela preposição “a” e o substantivo “parte” é
precedido de artigo “a”. Tal preposição não é regida por um termo anterior.
Na frase III, a preposição “a” é resultante do substantivo “ataque”, o
qual rege a preposição “a”. Como o substantivo “civilização” é precedido do
artigo “a”, ocorre a crase.
Assim, a alternativa (C) é a correta.
Gabarito: C

Questão 39: Prefeitura de João Pessoa-PB 2014– Agente (banca FGV)


Fragmento do texto: Aracy de Almeida contava que, nos anos 30, se reunia
com Noel Rosa, Mário Reis e outros artistas na Taberna da Glória e, quando a
noite avançava e o cansaço chegava, mandavam um moleque à farmácia
buscar "um bujãozinho de cocaína da Merck suíça", que era vendido
legalmente no Brasil até 1937.

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(....) Drogas sempre existiram, mas quando e como o consumo abusivo


virou uma epidemia comportamental? Talvez nos anos 60, quando os hippies
promoveram a cultura do LSD e da maconha, que eram associados ao ócio e à
improdutividade, ao comportamento antissocial e à sensualidade pagã. A
reação conservadora veio, nos Estados Unidos, com Nixon e a "guerra às
drogas", que Reagan transformou em política de Estado, com os resultados
desastrosos que se conhece e que fizeram tantos países repensar essa
estratégia. Hoje a venda de maconha "medicinal" é livre em vinte estados
americanos. Como no início do século XX.
No texto, observamos três ocorrências do emprego do acento grave indicativo
da crase:
I. "...mandavam um moleque à farmácia..."
II. "...que eram associados ao ódio e à improdutividade..."
III. "...associados (...) ao comportamento antissocial e à sensualidade pagã".
Nesses casos, ocorre a junção da preposição "a" + artigo definido "a". Os
termos dessas frases que exigem a presença da preposição "a" são,
respectivamente,
a) moleque / associados / comportamento.
b) mandavam / associados / associados.
c) mandavam / ódio / antissocial.
d) moleque / ódio / comportamento
e) moleque / associados / comportamento.
Comentário: A questão nos cobra a estrutura da crase, trabalhada no início
dessa aula. Basta observarmos quem regeu a preposição “a” e quem admitiu
a presença do artigo “a”.
Na frase I, o verbo “mandavam” é transitivo direto e indireto, em que o
termo “um moleque” é o objeto direto e “à farmácia” é o objeto indireto.
Sabemos que o objeto indireto tem preposição exigida pelo verbo. Assim, é o
verbo “mandavam” que devemos escolher dentre as alternativas. Dessa
forma, eliminamos as alternativas (A), (D) e (E).
Na oração abaixo, notamos que o pronome relativo “que” é o sujeito, o
verbo “eram” é de ligação e “associados” é o predicativo. A expressão “ao ócio
e à improdutividade, ao comportamento antissocial e à sensualidade pagã” é o
complemento nominal composto, o qual completa o sentido do predicativo
“associados”.
que eram associados ao ócio e à improdutividade, ao comportamento
antissocial e à sensualidade pagã.
Veja que as frases II e III recuperam a mesma oração, apenas
diferenciando uma primeira parte do complemento nominal composto de uma
segunda.
Assim, fica fácil perceber que a alternativa correta é a (B).
Gabarito: B

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Questão 40: ALEMA 2013 Consultor Legislativo (banca FGV)


“...é submeter se, por três anos, à aplicação de medidas „socioeducativas‟; ...o
caso remete à barbárie de que foi vítima...”; “...distinguir entre o certo e o
errado à luz das regras sociais”.
Com relação ao emprego do acento grave indicativo da crase nessas três
frases, é correto afirmar que
a) as três ocorrências exemplificam o mesmo emprego do acento grave.
b) as duas primeiras ocorrências exemplificam um caso de acento grave
diferente do da última ocorrência.
c) as duas últimas ocorrências exemplificam um caso de acento grave
diferente do da primeira ocorrência.
d) as três ocorrências do emprego do acento grave indicativo da crase
exemplificam casos distintos.
e) a primeira e a terceira ocorrência exemplificam o mesmo caso de emprego
do acento grave indicativo da crase.
Comentário: A questão pede o motivo da crase. Assim, no primeiro
segmento, ocorre crase, porque o verbo “submeter-se” rege a preposição “a”,
e o substantivo “aplicação” admite o artigo “a”. Dessa forma, houve crase, por
regência verbal. Veja:
“...é submeter se, por três anos, à aplicação de medidas „socioeducativas‟...”
No segundo segmento, o verbo “remete” rege a preposição “a” e o
substantivo “barbárie” admite o artigo “a”. Dessa forma, houve novamente
crase por regência verbal. Veja:
“...o caso remete à barbárie de que foi vítima...”
No terceiro segmento, houve crase, porque a preposição “a” inicia o
adjunto adverbial “à luz”. Assim, não houve regência verbal, mas apenas a
estrutura adverbial é que precisa da preposição “a”.
“...distinguir entre o certo e o errado à luz das regras sociais”
Assim, a alternativa (B) é a correta, pois as duas primeiras ocorrências
exemplificam um caso de crase por regência verbal. Já a última crase ocorreu
pela estrutura adverbial, e não por regência.
Gabarito: B

Questão 41: SUDENE 2013 – Agente Administrativo (banca FGV)


Assinale a alternativa em que o emprego do acento grave indicativo da crase
ocorre por razão distinta da dos demais.
(A) “… e não recebe em troca serviços públicos à altura”.
(B) “Acrescentar o adjetivo hediondo à corrupção de pouco adianta…”
(C) “…recentemente incorporadas à economia formal”.
(D) “…dar respostas concretas e rápidas às demandas feitas nas ruas…”
(E) “…dar respostas concretas e rápidas às demandas feitas nas ruas e não
às questões que ninguém fez”.

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Comentário: Novamente, a questão pede o motivo da crase. Assim,


basicamente, devemos verificar se a preposição “a” ocorre por regência ou por
razões semânticas.
Na alternativa (A), ocorre crase, mas a preposição “a” não é exigida por
regência verbal ou nominal, mas simplesmente inicia um adjunto adnominal
constituído de preposição “a” e do substantivo “altura” precedido do artigo
“a”. Neste caso, não há adjunto adverbial, porque a expressão “à altura”
caracteriza “serviços públicos”.
Na alternativa (B), ocorre crase, por regência verbal, pois o verbo
transitivo direto e indireto “Acrescentar” (acrescentar alguma coisa a outra)
rege a preposição “a” e o substantivo “corrupção” admite o artigo “a”.
Na alternativa (C), ocorre crase, por regência nominal, pois o adjetivo
“incorporadas” (incorporadas a alguma coisa) rege a preposição “a” e o
substantivo “economia” admite o artigo “a”.
Na alternativa (D), ocorre crase, por regência verbal, pois o verbo
transitivo direto e indireto “dar” (dar alguma coisa a alguém) rege a
preposição “a” e o substantivo “demandas” admite o artigo “as”.
Na alternativa (E), ocorre crase, por regência verbal, pois o verbo
transitivo direto e indireto “dar” (dar alguma coisa a alguém) rege a
preposição “a” e o substantivo “questões” admite o artigo “as”.
Dessa forma, a única alternativa que apresenta crase por motivo
diferente é a (A).
Gabarito: A

Questão 42: CODERN 2014 Técnico (banca Consulplan)


Indique a alternativa em que o sinal indicativo de crase é facultativo.
A) O padre se referiu àquele fato.
B) Eles foram até à casa do caboclo.
C) O estudante foi à cidade comprar mantimentos.
D) “... os três sentaram-se à mesa para tomar café...”
E) “À noite, o caboclo acordou, foi ao queijo e comeu-o.”
Comentário: Na alternativa (A), a crase é obrigatória, haja vista que “se
referiu” rege a preposição “a”, a qual se junta à vogal “a” do pronome
demonstrativo “aquele”.
A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “foram” rege a preposição “a”,
a qual transmite o valor de destino (ir a algum lugar). Tal preposição pode ser
omitida quando da presença da preposição “até”, a qual transmite um limite
(ir até um lugar). Assim, por motivo de ênfase, pode-se empregar as duas
preposições numa mesma oração (ir até a um lugar). Porém, o autor pode
omitir a preposição “a”, pois a ideia de limite expressa pela preposição “até”
automaticamente faz subentender a ideia de lugar de destino. Dessa forma, a
crase é facultativa.
Na alternativa (C), a crase é obrigatória, haja vista que “foi” rege a
preposição “a”, a qual se junta ao artigo “a” que precede o substantivo
feminino “cidade”.
Na alternativa (D), a crase é obrigatória, haja vista que “sentaram-se”
rege a preposição “a”, a qual se junta ao artigo “a” que precede o substantivo
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feminino “mesa”.
Na alternativa (E), a crase é obrigatória, haja vista que a locução
adverbial “À noite” é constituída da preposição “a”, a qual se junta ao artigo
“a” que precede o substantivo feminino “noite”.
Gabarito: B

Questão 43: MAPA 2014 Administrador (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Raciocinar não é algo que aprendemos na solidão, mas
algo que inventamos ao nos comunicar e nos confrontar com os semelhantes:
toda razão é fundamentalmente conversação. “Conversar” não é o mesmo que
ouvir sermões ou atender a vozes de comando. Só se conversa – sobretudo só
se discute – entre iguais. Por isso o hábito filosófico de raciocinar nasce na
Grécia, junto com as instituições políticas da democracia. Ninguém pode
discutir com Assurbanipal ou com Nero, e ninguém pode conversar
abertamente em uma sociedade em que existem castas sociais inamovíveis.
[...] Afinal de contas, a disposição a filosofar consiste em decidir-se a tratar os
outros como se também fossem filósofos: oferecendo-lhes razões, ouvindo as
deles e construindo a verdade, sempre em dúvida, a partir do encontro entre
umas e outras.
[...] Oferecemos nossa opinião aos outros para que a debatam e por sua
vez a aceitem ou refutem, não simplesmente para que saibam “onde estamos
e quem somos”. E é claro que nem todas as opiniões são igualmente válidas:
valem mais as que têm melhores argumentos a seu favor e as que melhor
resistem à prova de fogo do debate com as objeções que lhe sejam colocadas.
Em uma oração, os termos se relacionam entre si em uma relação de
dependência. A partir de tal aspecto, analise as assertivas a seguir e
identifique a correta.
A) Em “atender a vozes” (1º§), “a” pode ser substituído por “às” sem que
haja alteração de sentido.
B) Em “algo que inventamos ao nos comunicar” (1º§), “ao” pode ser
substituído por “à” se “nos” for eliminado.
C) Em “Oferecemos nossa opinião aos outros” (2º§), a preposição é
obrigatória, de acordo com o termo regente.
D) Em “consiste em decidir-se” (1º§), “em” estabelece a mesma relação vista
no uso da locução “por intermédio de”.
Comentário: Na alternativa (A), originalmente não há crase, haja vista que
“atender” rege a preposição “a”, mas o substantivo plural “vozes” não é
precedido do artigo “as”. Assim, o autor utilizou o substantivo “vozes” com
valor generalizante. Ao inserirmos o artigo “as” diante de tal substantivo,
naturalmente passamos a dar a ele um valor semântico mais específico.
Assim, a substituição de “a” por “às” é gramaticalmente possível, porém isso
faz mudar sensivelmente o sentido.
Na alternativa (B), não caberá crase, pois a omissão de “nos” faz com
que a crase ficaria diante do verbo “comunicar”, e sabemos que não pode
haver crase antes de verbo.
A alternativa (C) é a correta, pois “Oferecemos” é transitivo direto e

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indireto, “nossa opinião” é o objeto direto e “aos outros” é o objeto indireto.


Como sabemos que o objeto indireto é exigido pelo verbo, é correto afirmar
que a preposição “a” é obrigatória, de acordo com o termo regente
“Oferecemos”.
Na alternativa (D), o verbo “consiste” rege a preposição “em”, a qual
não possui valor semântico, muito menos apresenta o mesmo sentido de “por
intermédio de”.
Gabarito: C

Questão 44: MAPA 2014 Agente de Inspeção Sanitária (banca Consulplan)


As frases das seguintes alternativas foram extraídas do texto e alteradas.
Assinale aquela que apresenta problema no que tange à regência e/ou uso do
acento indicador de crase.
A) D. Luiz passou a coroa a Luis Maria.
B) Durante as manifestações de junho, D. Luiz (neto de Luis Maria)
recomendou a seguidores que não fossem às ruas.
C) Em 1823, o patriarca da independência, José Bonifácio de Andrada e
Silva, apresentou o projeto de levar a capital à Fortaleza, distante de
ataques de corsários no litoral.
D) Essa não seria a única ameaça, já que houve um racha na linhagem real
em 1908, quando D. Pedro de Alcântara renunciou ao direito dinástico por
se casar com uma reles condessa.
Comentário: A questão cobra onde houve erro no uso do acento indicativo de
crase.
A alternativa (A) está correta, pois não cabe crase diante do substantivo
masculino “Luis”.
A alternativa (B) está correta, pois não cabe crase diante do substantivo
masculino “seguidores”. Além disso, o verbo “fossem” rege a preposição “a” e
o substantivo feminino plural “ruas” é precedido do artigo “as”.
A alternativa (C) é a errada, pois o nome da cidade “Fortaleza” não é
precedido de artigo “a”, motivo pelo qual não cabe crase.
A alternativa (D) está correta, pois “renunciou” rege a preposição “a” e o
substantivo “direito” é precedido do artigo “o”, por isso há a combinação “ao”.
Gabarito: C

Questão 45: Pref Guarapuava 2014 Agente Controle Interno (banca Consulplan)
No texto "A proibição da cobrança já constava em regulamento de TV por
assinatura que entrou em vigor em junho. O texto confuso do documento,
porém, dava margem à diferentes interpretações - a ABTA, por exemplo,
entendeu que poderia continuar cobrando a mesma coisa.", o uso do acento
grave está:
a) Incorreto, pois está regido pela palavra “interpretações”, que se encontra
no feminino.
b) Incorreto, pois não ocorre artigo na construção "dava margem a diferentes
interpretações".

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c) Correto, pois ocorre artigo na construção "dava margem a diferentes


interpretações".
d) Correto, pois o "a" que antecede um termo no plural é sempre craseado.
Comentário: No texto, não cabe crase, haja vista que “interpretações” é um
substantivo plural e não está precedido do artigo “as”. Houve apenas a
preposição “a”, exigida pelo verbo “dava”. Assim, a única alternativa possível
como resposta é a (B).
Gabarito: B

Questão 46: Pref Guarapuava 2014 Agente Controle Interno (banca Consulplan)
No trecho “(...) poderíamos considerá-lo abusivo e afeto, então, às sanções
previstas na lei”, o acento grave ocorre pelo mesmo condicionamento sintático
de:
a) Vamos sempre às praias mais tranquilas.
b) Todos os doces daquela confeitaria são feitos à mão.
c) Existe nas aves uma hierarquia de acesso à comida.
d) O voo parte de Brasília às 22h.
Comentário: No trecho do pedido da questão, o adjetivo “afeto” rege a
preposição “a” e o substantivo “sanções” é precedido do artigo “as”. Assim, há
crase por haver uma regência nominal.
Agora, temos que verificar qual, dentre as alternativas, apresenta o
mesmo motivo de crase.
A alternativa (A) apresenta crase, tendo em vista que o verbo “Vamos”
rege a preposição “a” e o substantivo “praias” está sendo precedido do artigo
“as”. Assim, houve crase por regência verbal.
A alternativa (B) apresenta crase, tendo em vista que a locução
adverbial “à mão” é constituída da preposição “a”, seguida do substantivo
feminino “mão”, o qual é precedido do artigo “a”. Assim, não houve crase por
regência, mas simplesmente por estrutura adverbial.
A alternativa (C) é a correta, pois o adjetivo “acesso” rege a preposição
“a” e o substantivo “comida” é precedido do artigo “a”. Assim, há crase por
haver novamente uma regência nominal.
A alternativa (D) apresenta crase, tendo em vista que a locução
adverbial “às 22h” é constituída da preposição “a”, seguida da denominação
de horas “22h”, a qual é precedida do artigo “as”. Assim, não houve crase por
regência, mas simplesmente por estrutura adverbial.
Gabarito: C

Questão 47: Pref Natal 2013 Professor (banca Consulplan)


Buraco negro gigante confunde cientistas
Uma nova descoberta astronômica está confundindo cientistas que se
dedicam _______ vasculhar diferentes galáxias e sistemas solares.
Um grupo de astrônomos identificou um buraco negro gigante – o
segundo mais pesado já observado da Terra – em uma galáxia menor até do
que _______ que costumam abrigar formações desse tipo, bastante
modestas.

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[...]
Os buracos negros são formações extremamente densas e com uma
força gravitacional fortíssima que atrai e “engole” até a luz que está a seu
redor.
Um “buraco negro médio” poderia ter uma massa equivalente _______
1.000 sóis, mas ser menor que a Terra.
Acredita-se que haja uma dessas formações no centro de todas as
grandes galáxias.
A galáxia NGC 1277 está a 220 milhões de anos-luz de distância da
Terra, mas aparece nas imagens de alta resolução feitas pelo telescópio
Hubble.
“Em geral fazemos um modelo da galáxia (que estamos estudando) e
calculamos todas as órbitas possíveis das estrelas (que pertencem a ela)”,
explicou Van den Bosch _______ BBC. “É como montar um quebra-cabeça,
analisamos essas órbitas (possíveis) para tentar reproduzir uma galáxia que
tem as mesmas velocidades estelares que medimos (com ajuda do
telescópio).”
[...]
(Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1193115-buraco-negro-gigante-
confunde-cientistas.shtml>. Adaptado.)
Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente o texto
anterior.
A) à / a / a / à
B) à / às / à / a
C) a / as / a / à
D) a / as / à / a
Comentário: Para resolver esta questão, basta trabalharmos por lacunas e
depois vamos eliminando as alternativas erradas até chegarmos à certa.
A primeira lacuna não pode ser preenchida por “à”, tendo em vista que
antes de verbo não cabe artigo “a”. Assim, já eliminamos as alternativas (A) e
(B).
Segundo as alternativas restantes, (C) e (D), a segunda lacuna deve ser
preenchida pelo artigo “as”, o qual faz subentender o substantivo plural
“galáxias”.
A terceira lacuna não admite crase, tendo em vista que “sóis” é um
substantivo masculino. Assim, já eliminamos a alternativa (D), restando a (C)
como correta.
Gabarito: C

Questão 48: BNDES 2013 Administrador (banca Cesgranrio)


Segundo a norma-padrão, o sinal indicativo da crase não deve ser utilizado no
seguinte trecho:
“Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas
tendem a aceitar algumas afirmações”.
A mesma justificativa para essa proibição pode ser identificada em:

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(A) “É natural que isso aconteça, quando mais não seja porque as certezas
nos dão segurança e tranquilidade. Pô-las em questão equivale a tirar o
chão de sob nossos pés.”
(B) “Com o desenvolvimento do pensamento objetivo e da ciência, aquelas
certezas inquestionáveis passaram a segundo plano, dando lugar a um
novo modo de lidar com as certezas e os valores.”
(C) “a visão inovadora veio ganhando terreno e, mais do que isso,
conquistando posições estratégicas, o que tornou possível influir na
formação de novas gerações, menos resistentes a visões
questionadoras.”
(D) “Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros erros: o de
achar que quem defende determinados valores estabelecidos está
indiscutivelmente errado.”
(E) “Uma comunidade cujos princípios e normas mudassem a cada dia
seria caótica e, por isso mesmo, inviável”.
Comentário: Em “tendem a aceitar” não pode haver crase, porque há
apenas uma preposição, pois não se admite artigo “a” antes de verbo. Assim,
devemos encontrar a mesma justificativa numa das alternativas, isto é,
preposição “a” seguida de verbo.
A alternativa (A) é a correta, tendo em vista que “equivale a tirar”
também apresenta a preposição “a” e em seguida um verbo, o qual não
admite ser precedido de artigo “a”. Assim, a crase é proibida.
A alternativa (B) apresenta apenas a preposição “a” e é seguida de um
numeral masculino (“segundo”) e um substantivo masculino (“plano”). A crase
também é proibida, mas a justificativa é diferente do pedido da questão.
A alternativa (C) apresenta apenas a preposição “a”, pois é seguida do
substantivo feminino plural “visões”, sem a presença do artigo “as”. A crase
também é proibida, mas a justificativa é diferente do pedido da questão.
A alternativa (D) apresenta apenas a preposição “a” e é seguida de um
pronome masculino (“outros”) e um substantivo masculino (“erros”). A crase
também é proibida, mas a justificativa é diferente do pedido da questão.
A alternativa (E) apresenta apenas a preposição “a” e é seguida de um
pronome invariável (“cada”) e um substantivo masculino (“dia”). A crase
também é proibida, mas a justificativa é diferente do pedido da questão.
Gabarito: A

Questão 49: Liquigás 2013 Técnico (banca Cesgranrio)


Em “e pode levar à frustração”, o uso do sinal indicativo da crase é obrigatório
de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa.
Essa obrigatoriedade se verifica na palavra destacada em:
(A) O consumo desmedido geralmente tem como resultado a desestabilização
econômica.
(B) Os danos causados ao meio ambiente multiplicam os efeitos negativos a
vida humana.
(C) O problema do consumidor exagerado é que ele é levado a comprar para
seguir a moda.

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(D) Somos persuadidos a gastar o dinheiro que não temos em coisas de que
não precisamos.
(E) Vários consumidores confirmaram a preferência pela compra de produtos
supérfluos.
Comentário: Na alternativa (A), não cabe crase, pois o verbo “tem” é
transitivo direto e o termo “desestabilização econômica” é o objeto direto, o
qual é iniciado penas pelo artigo definido “a”.
Na alternativa (B), deve haver crase, pois o verbo “multiplicam” é
transitivo direto e indireto, o termo “os efeitos negativos” é o objeto direto e
“a vida humana” é o objeto indireto, o qual é iniciado pela preposição “a”.
Como o substantivo “vida” está determinado pelo adjetivo “humana”, há
artigo definido “a”. Assim, deve haver crase. Veja a correção:
Os danos causados ao meio ambiente multiplicam os efeitos negativos à vida
humana.
Na alternativa (C), não cabe crase, porque não pode haver artigo “a”
antes de verbo. Além disso, o verbo “seguir” é transitivo direto e o termo “a
moda” é o objeto direto, o qual é iniciado apenas pelo artigo definido “a”.
Na alternativa (D), não cabe crase, porque não pode haver artigo “a”
antes de verbo.
Na alternativa (E), não cabe crase, pois o verbo “confirmaram” é
transitivo direto e o termo “a preferência” é o objeto direto, o qual é iniciado
apenas pelo artigo definido “a”.
Gabarito: B

Questão 50: ESF 2012 Médico (banca Consulplan)


O acento grave foi devidamente utilizado em
A) Para que o Brasil se desenvolva, uma educação de qualidade deve ser
oferecida à todos os jovens.
B) Os números se referem à estudantes das escolas particulares e públicas de
todas as regiões do Brasil.
C) Richard Feynman, prêmio Nobel de Física, começou à observar o
desempenho dos estudantes brasileiros a partir de 1950.
D) As escolas brasileiras devem se preparar à partir de agora para oferecerem
aos jovens uma educação de qualidade.
E) Eles chegaram à escola no momento em que os alunos estavam na sala de
aula sem nenhuma atividade.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois não pode haver crase diante
de palavra masculina (“todos”).
A alternativa (B) está errada, pois não pode haver crase, quando o
vocábulo “a” está no singular e o substantivo posterior está no plural. Isso
indica que há apenas preposição.
A alternativa (C) está errada, pois não pode haver crase diante de verbo
(“observar”).
A alternativa (D) está errada, pois não pode haver crase diante de verbo
(“partir”).

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A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “chegaram” rege a preposição


“a” e o substantivo “escola” admite o artigo “a”. Por isso, há crase.
Gabarito: E

Questão 51: Campos RJ 2012 Analista Legislativo Procurador (banca Consulplan)


Na frase “É o caminho que levará à formação de cidadãos conscientes.”,
observa-se a utilização do sinal indicativo de crase. A utilização desse sinal é
obrigatória em
A) O homem visitou a fábrica de automóveis.
B) A educação é fundamental para a formação do indivíduo.
C) O ser humano precisa aprender a fazer as suas escolhas de forma
consciente.
D) As pessoas se referem a relação entre o pensamento e a ação.
E) O professor fez uma advertência a sua aluna.
Comentário: Não alternativa (A), não deve haver acento indicativo de crase,
pois o verbo “visitou” é transitivo direto e o termo “a fábrica de automóveis” é
o objeto direto, o qual está iniciado apenas do artigo “a”.
Não alternativa (B), não deve haver acento indicativo de crase, pois há
apenas o artigo “a”, já que tal vocábulo é precedido da preposição “para”.
Não alternativa (C), não deve haver acento indicativo de crase, pois não
cabe artigo “a” diante de verbo (“fazer”). Além disso, o verbo “fazer” é
transitivo direto e o termo “as suas escolhas” é o objeto direto, o qual está
iniciado apenas do artigo “as”.
A alternativa (D) é a correta, pois “se referem” rege a preposição “a” e o
substantivo “relação” admite o artigo “a”. Por isso, deve haver acento
indicativo de crase.
Não alternativa (E), o acento indicativo de crase é facultativo, pois
“advertência” rege a preposição “a” e o substantivo “aluna” admite o artigo
“a”, porém o pronome possessivo “sua” pode omitir o artigo “a”.
Gabarito: D

Questão 52: Campos-RJ 2012 Técnico Legislativo-Informática (banca Consulplan)


Em “se encaixam feito luva às situações” o uso do acento indicador de crase é
A) facultativo, pois antecede palavra feminina.
B) facultativo, pois compõe uma locução feminina.
C) indevido, pois o substantivo “situações” está no plural.
D) obrigatório, pois “às situações” tem função de adjunto adnominal.
E) obrigatório, pois ocorre exigência de preposição e “situações” admite o
artigo “as”.
Comentário: O verbo “encaixam” rege a preposição “a” e o substantivo
“situações” é precedido do artigo “as”, por isso o uso do acento indicador de
crase é obrigatório.
Observação: Esta questão originalmente foi anulada por um erro de digitação
na alternativa (E), que estava assim redigida: “...admite o artigo „a‟”. Para
aproveitarmos a questão, modifiquei “a” por “as”.
Gabarito: E
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Questão 53: Pref N. Iguaçu-RJ 2012 Assistente Adm (banca Consulplan)


“... explicava à professora por que havia faltado tanto tempo...” Assinale a
alternativa em que também deve ocorrer o acento grave indicador da crase.
A) Ficamos a rezar por um milagre.
B) Os documentos não fazem referência a nada.
C) O diretor recorreu a uma de suas secretárias.
D) A empresa estava a beira da falência.
E) O pai pediu a todos que fizessem silêncio.
Comentário: As alternativas (A), (B), (C) e (E) não admitem acento indicador
de crase, porque as palavras “rezar”, “nada”, “uma” e “todos” não podem ser
precedidas de artigo “a”. Assim, há apenas preposição “a”.
A alternativa (D) é a correta, pois a locução adverbial “à beira”
apresenta preposição “a” em sua estrutura e o artigo “a” precede o
substantivo “beira”. Por isso, deve haver acento indicador de crase.
Gabarito: D

Questão 54: Pref Vila Rica-MT 2012 Escriturário (banca Consulplan)


Assinale a alternativa em que o sinal indicativo de crase é facultativo.
A) “... só puderam se desenvolver na Terra graças à nossa grande lua...”
B) “... planetas semelhantes à Terra e com vida...”
C) As viagens à Lua foram interrompidas.
D) Os cientistas se referiram à influência que a Lua exerce sobre a Terra.
E) A Lua que vemos brilhar, à noite, no céu, possui propriedades incontáveis.
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois “graças” rege a preposição
“a” e “lua” admite o artigo “a”; porém há o pronome possessivo “nossa”, o
qual admite facultativamente o artigo “a”. Por isso o acento indicativo de
crase também é facultativo.
Na alternativa (B), o acento indicativo de crase é obrigatório, tendo em
vista que “semelhantes” rege a preposição “a” e o substantivo “Terra” é
precedido do artigo “a”.
Na alternativa (C), o acento indicativo de crase é obrigatório, tendo em
vista que “viagens” rege a preposição “a” e o substantivo “Lua” é precedido do
artigo “a”.
Na alternativa (D), o acento indicativo de crase é obrigatório, tendo em
vista que “se referiram” rege a preposição “a” e o substantivo “influência” é
precedido do artigo “a”.
Na alternativa (E), o acento indicativo de crase é obrigatório, pois a
locução adverbial “à noite” apresenta preposição “a” em sua estrutura e o
artigo “a” precede o substantivo “noite”. Por isso, deve haver acento indicativo
de crase.
Gabarito: A

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Questão 1: MPE RJ 2016 Analista (banca FGV)


“que vise à promoção de políticas de controle”; nesse segmento de texto 1
emprega-se corretamente a regência do verbo visar, que muda de sentido
conforme seja transitivo direto ou transitivo indireto.
O verbo abaixo em que NÃO ocorre a mesma possibilidade de dupla regência
e duplo sentido é:
a) aspirar;
b) assistir;
c) carecer;
d) chamar;
e) precisar.

Questão 2: DPE MT 2015 – Analista (banca FGV)


Deixar recipientes com água no chão
Nunca deixe as garrafas e galões usados para armazenar água no chão, local
por onde passa insetos e naturalmente é mais sujo do que outras partes da
casa. Prefira deixar os recipientes em locais mais altos, como bancadas ou em
cima da mesa, do que em locais próximos ao chão, para evitar possível
contaminação da água.
“Prefira deixar os recipientes em locais mais altos, como bancadas ou em cima
da mesa, do que em locais próximos ao chão, para evitar possível
contaminação da água”.
Nesse segmento, uma substituição que está de acordo com a norma culta da
língua é
(A) prefira / prefere.
(B) em cima / encima.
(C) do que / a.
(D) ao chão / do chão.
(E) da água / com água.

Questão 3: TJ BA 2015 – Analista Judiciário (banca FGV)


O segmento do texto em que a preposição DE é empregada em razão da
exigência de algum termo anterior é:
(A) “O cigarro é um dos produtos DE consumo mais vendidos no mundo”;
(B) “Comanda legiões DE compradores leais”;
(C) “os fabricantes orgulham-se DE ter lucros impressionantes”;
(D) “a vida DOS fumantes americanos é reduzida”;
(E) “cinco milhões DE anos”.

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Questão 4: TJ RJ 2014 – Analista Judiciário (banca FGV)


Estamos no trânsito de São Paulo, ano 2030. E não é preciso apertar os
cintos: nosso carro agora trafega sozinho pelas ruas, salvo de acidentes,
graças a um sistema que o mantém em sincronia com os demais veículos lá
fora. O volante, item de uso opcional, inclina-se de um lado para outro como
se fosse manuseado por um fantasma. Mas ninguém liga pra ele - até porque
o carro do futuro está cheio de novidades bem mais legais. Em vez dos
tradicionais quatro assentos, o que temos agora é uma verdadeira sala de
estar, com poltronas reclináveis, mesa no centro e telas de LED. As velhas
carrocerias de aço foram substituídas por redomas translúcidas, com
visibilidade total para o ambiente externo. Se você preferir, é possível torná-la
opaca e transformar o carro em um ambiente privado, quase como um quarto
ambulante. Como o sistema de navegação é autônomo, basta informar ao
computador aonde você quer ir e ele faz o resto. Resta passar o tempo da
forma que lhe der na telha: lendo, trabalhando, assistindo ao seu seriado
preferido ou até dormindo. A viagem é agradável e silenciosa.
(Superinteressante, novembro de 2014).
O segmento do texto em que a preposição destacada faz parte de um adjunto
e NÃO é solicitada obrigatoriamente por nenhum termo anterior é:
a) “Estamos no trânsito de São Paulo”;
b) “salvo de acidentes”;
c) “em sincronia com os demais veículos lá fora”;
d) “assistindo ao seu seriado preferido”;
e) “basta informar ao computador”.

Questão 5: Conder 2013 – Administrador (banca FGV)


A norma culta é respeitada nas frases a seguir, à exceção de uma. Assinale
a.
(A) “Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela
primeira vez, cheguei em casa e bati na minha máquina”.
(B) “Sabendo que ela aguentaria sem reclamar, como sempre, a pobrezinha”.
(C) “Outra coisa: ele é mais inteligente que você”.
(D) “Sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que sabe”.
(E) “Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem
a usa não vale com ele”.

Questão 6: Detran 2013 – Assistente de Trânsito (banca FGV)


Assinale a frase em que a preposição a (à) não corresponde a uma
necessidade de regência de um termo anterior.
(A) respeito às faixas de pedestre.
(B) reclamações à parte.
(C) obedecer a regras básicas de trânsito.
(D) persuadir condutores e transeuntes a andar na linha.
(E) associadas à promulgação do novo CBT.

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Questão 7: Pol Civil MA 2012 – Auxiliar de Perícia Médica Legal (banca FGV)
“Sem conseguir entrar no mercado de trabalho”. Assinale a alternativa na qual
a mudança de verbo produz um erro de regência (uso equivocado de
preposição).
(A) Sem conseguir participar do mercado de trabalho.
(B) Sem conseguir aspirar ao mercado de trabalho.
(C) Sem conseguir investir no mercado de trabalho.
(D) Sem conseguir visualizar o mercado de trabalho.
(E) Sem conseguir entregar-se o mercado de trabalho.

Questão 8: BNDES 2013 Administrador (banca Cesgranrio)


Fragmento do texto: Por outro lado, como a vida muda e a mudança é
inerente à existência, impedir a mudança é impossível. Daí resulta que a
sociedade termina por aceitar as mudanças, mas apenas aquelas que de
algum modo atendem a suas necessidades e a fazem avançar.
No Texto, o verbo atender ( . 4) exige a presença de uma preposição para
introduzir o termo regido.
Essa mesma exigência ocorre na forma verbal destacada em:
(A) “Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas
tendem a aceitar algumas afirmações como verdades indiscutíveis.”
(B) “Introduziram-se as ideias não só de evolução como de revolução.”
(C) “Inúmeras descobertas reafirmam a indiscutível tese de que a mudança
é inerente à realidade tanto material quanto espiritual,”
(D) “Por outro lado, como a vida muda e a mudança é inerente à existência,
impedir a mudança é impossível.”
(E) “Daí resulta que a sociedade termina por aceitar as mudanças, ”

Questão 9: Pref Porto Velho-RO 2012 Administrador (banca Consulplan)


“Quando a democracia surgiu na Grécia...” Assinale a alternativa na qual o
verbo apresenta, na oração proposta, transitividade análoga idêntica ao da
frase anterior.
A) Esse argumento não procede.
B) O professor informou ao diretor sobre sua decisão.
C) Chamei por você.
D) Não abdicarei de meus direitos.
E) Ansiava pelo dia de amanhã.

Questão 10: Prefeitura C.V. 2010 Contador (banca Consulplan)


NÃO há erro de regência verbal em:
A) Altos salários são dados os jogadores, sem terem ficado nos bancos
escolares.
B) Falta de punição implica violência.
C) Muitos preferem, como ídolos, pessoas sem princípios morais do que
pessoas honestas.

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D) Todos assistem os programas de televisão que só apresentam tragédias.


E) O povo esquece, rapidamente, dos crimes que abalam a sociedade.

Questão 11: Prefeitura S.L. 2010 Agente Adm (banca Consulplan)


Assinale a afirmativa que apresenta INCORREÇÃO quanto à regência:
A) Pedro está alheio a tudo. B) Não abdicarei dos meus direitos.
C) O convite não lhe agradou. D) Ele tem aversão à altura.
E) Agradeci os diretores.

Questão 12: BNDES 2010 Analista de Sistemas (banca Cesgranrio)


Observe o trecho a seguir.
“...que o sucesso de ontem não nos garante o sucesso de amanhã.”
Das passagens transcritas abaixo, qual verbo em destaque apresenta
transitividade igual à do verbo destacado acima?
(A) “„a gente leva da vida a vida que a gente leva.‟”
(B) “A visão pessoal tem o poder de dar sentido às coisas,”
(C) “afinal para quem não sabe aonde vai qualquer caminho serve.”
(D) “Outras ganham fôlego no início, mas acabam desistindo.”
(E) “Mas é assim que a vida segue.”

Questão 13: BNDES 2011 Engenheiro (banca Cesgranrio)


A frase em que o uso da preposição destacada NÃO constitui caso de regência
verbal ou nominal é:
(A) “Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa,”
(B) “temos que nos conscientizar de que estamos juntos...”
(C) “dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.”
(D) “...que, para ser feliz com a outra pessoa,”
(E) “Você aprende a gostar de você,”

Questão 14: Banco do Brasil 2012 Escriturário (banca Cesgranrio)


A frase em que a presença ou ausência da preposição está de acordo com a
norma-padrão é:
(A) A certeza que a sorte chegará para mim é grande.
(B) Preciso de que me arranjem um emprego.
(C) Convidei à Maria para vir ao escritório.
(D) A necessidade que ele viesse me ajudar me fez chamá-lo.
(E) Às dez horas em ponto, estarei à sua casa

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Questão 15: Prefeitura C.V. 2010 Fiscal (banca Consulplan)


Assinale a alternativa INCORRETA quanto à regência:
A) Ela estava descontente com a reciclagem do lixo.
B) O político não se simpatizou com as inovações tecnológicas.
C) Estamos habituados a resolver os problemas.
D) É um direito que lhe assiste.
E) Chamei a Paulo de tolo.

Questão 16: TJ PI 2015 – Analista Judiciário (banca FGV)


A oração adjetiva abaixo sublinhada que deveria vir introduzida com um
pronome relativo precedido de preposição é:
(A) “lidar com situações emergenciais e atuar em casos que venham a causar
transtornos nos principais corredores viários de uma cidade”.
(B) “O aumento progressivo da frota de veículos provoca congestionamentos
que muitas vezes impedem que os procedimentos planejados de
emergência sejam adotados”.
(C) “O gerenciamento de acidentes de trânsito, como a velocidade que se
desfaz o local de uma batida numa via estrutural”.
(D) “Situações como obras, fechamento de ruas e de faixas de tráfego,
enchentes, alagamentos das vias e quedas de encostas e árvores, que
impedem a circulação normal de veículos”.
(E) “Podemos fazer analogia com um infarto e um AVC, que impedem o fluxo
de sangue...”.

Questão 17: ISS Niterói 2015 – Fiscal de Tributos (banca FGV)


“As casas em que passamos tão pouco tempo são repletas de objetos”.
Nesse período, o pronome relativo está precedido da preposição “em”, devido
à regência do verbo “passar”.
A frase abaixo em que a preposição está mal-empregada em face da norma
culta tradicional é:
a) O cargo a que aspiramos deve ser ocupado urgentemente.
b) Os assuntos sobre que discutimos não eram tão sérios.
c) O grande trabalho em que isso implica deve ser avaliado.
d) A obra a que se dedicou foi bem construída.
e) O ideal por que lutou é dos mais nobres.

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Questão 18: C Municipal Caruaru-PE 2015 Analista Legislativo (banca FGV)

Nesse mesmo período, assinale a opção que indica o erro que contraria a
norma culta da Língua Portuguesa.
a) a ausência de um verbo de ligação no termo “Se eleito”.
b) o emprego de uma forma simples de futuro – transformarei – em lugar de
uma perífrase, de caráter mais coloquial: “vou transformar”.
c) o uso inadequado do verbo “transformar”, numa frase em que o sentido
exigiria outro verbo.
d) a ausência da preposição “em” antes do pronome relativo “que”, exigida
pelo verbo “trafegar”.
e) a má utilização da expressão “terá orgulho” em relação aos automóveis,
quando deveria ligar-se aos motoristas.

Questão 19: TJ SC 2015 – Assistente Social (banca FGV)


A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à regência (nominal e
verbal) recomendada pela norma culta é:
(A) O deputado insistia em dizer que o tema principal do projeto seria “o
transporte ferroviário”, com o que discordava a grande maioria.
(B) Enquanto a Espanha participava de uma discussão no grupo dos países
de fala hispânica, do qual não pediu para integrar, a situação dos demais
era tranquila.
(C) Em busca de rápido enriquecimento, os médicos escolhem
cuidadosamente aonde trabalhar, dando prioridade à locais de mais fácil
acesso.
(D) Um grupo da comunidade vizinha encontrou um carro de bebê deixado
por outro morador inconsciente com a limpeza do local.
(E) O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao
descanso, o amor ao interesse e à aventura, a tranquilidade.
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Questão 20: Pref Osasco 2014– Analista (banca FGV)


No texto, entre os elementos coesivos sublinhados, podem ser substituídos
por “quando” os conectores destacados em:
(A) “(...) saudade dos tempos em que o Brasil sediou (...)”;
(B) “(...) atual padrão Fifa em que poucos têm acesso aos jogos”;
(C) “(...) com conforto incomparável ao que se via no passado”;
(D) “(...) matriculados no que hoje chamamos de ensinos (...)”;
(E) “(...) de meados do século passado com a de agora (...).

Questão 21: ALMA 2013 – Consultor Legislativo - nível superior (banca FGV)
Assinale a alternativa em que a preposição sublinhada é fruto da ligação com
um termo posterior (e não anterior).
(A) “O máximo de punição a que está sujeito é submeter se...”.
(B) “Identificado por câmeras do sistema de segurança...”.
(C) “...que não deixam dúvidas sobre a autoria do assassinato...”.
(D) “...levado a um centro de recolhimento...”.
(E) “...aplicação de medidas „socioeducativas‟”.

Questão 22: INEA 2013 – Administrador (banca FGV)


No segmento “Isto significa combinar um conjunto de políticas não só para o
durante os riscos e situações de desastres, o que avançamos bem, mas
também e principalmente para o antes e o depois dos mesmos”, há um erro
de construção, por omissão da preposição EM antes de “o que avançamos
bem” (no que avançamos bem).
Assinale a alternativa que apresenta um erro no emprego da preposição antes
de pronome relativo.
(A) Os desastres a que nos referimos ocorreram há um ano.
(B) As verbas de que foram reparadas as pontes são federais.
(C) Os problemas de que se ocuparam dizem respeito aos reparos.
(D) Os perigos com que se depararam são variados.
(E) As soluções por que lutaram demoraram a chegar.

Questão 23: SUDENE 2013 – Agente Administrativo (banca FGV)


“A crise que o país atravessa...”. Nesse segmento temos uma oração adjetiva
não precedida de preposição porque o verbo “atravessar” não a exige.
Assinale a alternativa em que a frase apresenta erro quanto à regência.
(A) A crise a que o país assiste é muito grave.
(B) Os remédios de que o Brasil necessita são de conhecimento público.
(C) Os problemas com que nos deparamos são os de sempre.
(D) Os argumentos a que nos opomos são falsos.
(E) As soluções com que sugerimos não foram aceitas.

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Questão 24: CBTU 2014 Administrador (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Todo escritor é útil ou nocivo, um dos dois. É nocivo se
escreve coisas inúteis, se deforma ou falsifica (mesmo inconscientemente)
para obter um efeito ou um escândalo; se se conforma sem convicção a
opiniões nas quais não acredita.
Com base no trecho “[...] se conforma sem convicção a opiniões nas quais
não acredita.”, é correto afirmar que
A) o elemento “a” pode ser substituído por “com”.
B) a expressão “nas quais” pode ser substituída por “às quais”.
C) ao eliminar a expressão “sem convicção”, a regência verbal sofre
alteração.
D) é obrigatória a substituição de “a” por “às”; já que, neste caso, ocorre
obrigatoriedade da crase.

Questão 25: Prefeitura Cascavel 2014 Agente de Apoio (banca Consulplan)


Indique a alternativa que apresenta uma paráfrase adequada quanto à
correção, de acordo com a norma padrão, e a preservação do sentido para o
trecho “Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação a que
têm acesso [...]”.
A) Os jovens são fascinados às pequenas doses de informação a que têm
acesso [...].
B) Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação que têm
acesso [...].
C) Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação às que têm
acesso [...].
D) Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação às quais
têm acesso [...].
E) Os jovens são fascinados diante de pequenas doses de informação a qual
têm acesso [...].

Questão 26: FINEP 2011 Analista (banca Cesgranrio)


Cada período abaixo é composto pela união de duas orações.
Em qual deles essa união está de acordo com a norma padrão?
(A) A exposição que o pesquisador se referiu foi prorrogada por mais um
mês.
(B) Mora em Recife o pesquisador que os postais estão sendo expostos.
(C) Os estúdios em que eram elaborados os postais ficavam na Europa.
(D) Foi impressionante o sucesso cuja exposição de cartões-postais alcançou.
(E) O assunto que o pesquisador se interessou traz uma marca de
romantismo.

Questão 27: FINEP 2011 Técnico (banca Cesgranrio)


Dentre os períodos compostos abaixo, qual foi elaborado de acordo com a
norma-padrão da língua?
(A) Entrei e saí do escritório hoje correndo.

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(B) O relatório que te falei está em cima da mesa.


(C) Esse é o colega que dei meu endereço novo.
(D) O manual por que aprendeu a usar a máquina é ruim.
(E) A ilha que eu mudei minha residência oficial é grande.

Questão 28: BNDES 2010 Técnico (banca Cesgranrio)


Em relação à regência nominal ou verbal, qual a frase em que NÃO se
emprega o pronome relativo precedido de preposição?
(A) O físico ______ frase sempre me recordo quebrou paradigmas com sua
nova forma de pensar.
(B) A conferência ______ assistimos marcou o início de uma nova etapa em
nossa vida.
(C) Era impossível aceitar as provocações ______ foram submetidos durante
o discurso.
(D) As provações ________ estamos expostos são importantes para
descobrirmos novas oportunidades.
(E) Os obstáculos _______ transpusemos ao longo da vida profissional nos
ajudaram a atingirmos o sucesso.

Questão 29: MAPA – 2010 – Economista (banca Fundação Dom Cintra)


Das alterações feitas abaixo na redação do trecho “O processo de globalização
e a mundialização aos quais as organizações têm sido submetidas”, está
INCORRETA, quanto ao emprego do pronome relativo, de acordo com as
normas de regência, a seguinte:
A) O processo de globalização e a mundialização dos quais as organizações
têm sido vítimas.
B) O processo de globalização e a mundialização sobre os quais as
organizações têm tido alguma influência.
C) O processo de globalização e a mundialização com cujos parâmetros as
organizações procuram imitar.
D) O processo de globalização e a mundialização para os quais as
organizações têm voltado sua atenção.
E) O processo de globalização e a mundialização por cujos princípios as
organizações procuram guiar-se.

Questão 30: IBGE 2011 Agente (banca Cesgranrio)


A regência verbal está correta na seguinte alternativa
A) As pessoas chegam nas casas de repouso com algum familiar.
B) A família avisou ao enfermeiro a idade avançada do paciente.
C) O filho se esquece que o pai idoso lhe criou com dificuldades.
D) O abandono aos idosos implica em estado depressivo.
E) O médico procedeu os exames do paciente idoso.

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Questão 31: Prefeitura C.V. 2010 Oficial Adm (banca Consulplan)


Assinale a afirmativa correta quanto à regência:
A) Ele não obedece os mais velhos.
B) Aspiramos o perfume das flores.
C) A firma toda não se simpatizou com a nova diretoria.
D) Esta é a cidade que mais gosto.
E) Ele custará muito para me entender.

Questão 32: MPE RJ 2016 Analista (banca FGV)


No texto 1, há quatro ocorrências do acento grave indicativo da crase: “vise à
promoção de políticas de controle”(1), “tornando-os inacessíveis à grande
massa populacional”(2), “Além disso, à medida que as cidades crescem”(3) e
“que às vezes não contam com saneamento básico”(4).
Os casos de crase que correspondem à união de preposição + artigo definido
são:
a) 1 e 2;
b) 1 e 4;
c) 2 e 3;
d) 3 e 4;
e) todos eles.

Questão 33: DPE MT 2015 – Analista (banca FGV)


Diminuir a higiene pessoal
Deixar de escovar os dentes, de lavar a louça ou de dar descarga, acumulando
sujeira no corpo e em casa, não são as melhores formas de economizar água,
porque não adianta optar por isso em troco da saúde. O ideal é economizar
usando um copo com água na escovação, diminuindo a louça usada para
cozinhar (levar à panela à mesa em vez de usar um refratário) e usar água de
reuso no vaso sanitário.
“levar à panela à mesa em vez de usar um refratário”
Nesse segmento do texto, sobre o emprego da crase, assinale a afirmativa
correta.
(A) O emprego dos acentos graves estão corretos, embora por razões
distintas.
(B) Só o primeiro caso de emprego da crase está correto.
(C) Nenhum dos acentos graves deveria ser empregado.
(D) Os empregos dos acentos estão corretos devido a motivos idênticos.
(E) Só o segundo caso do emprego da crase está correto.

Questão 34: TJ BA 2015 – Técnico Judiciário (banca FGV)


“A Lua Cheia entra em sua fase Crescente no signo de Gêmeos e vai
movimentar tudo o que diz respeito à sua vida profissional e projetos de
carreira. Os próximos dias serão ótimos para dar andamento a projetos que
começaram há alguns dias ou semanas. Os resultados chegarão
rapidamente”.
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O texto mostra exemplos de emprego correto do “a” com acento grave


indicativo da crase – “diz respeito à sua vida profissional”. A frase abaixo
em que o emprego do acento grave da crase é corretamente empregado é:
a) o texto do horóscopo veio escrito à lápis;
b) começaram à chorar assim que leram as previsões;
c) o horóscopo dizia à cada leitora o que devia fazer;
d) o leitor estava à procura de seu destino;
e) o astrólogo previa o futuro passo à passo.

Questão 35: DPE RJ 2014– Técnico (banca FGV)


“A gestão é fragmentada, educação para um lado e saúde para outro,
habitação submetida à especulação imobiliária, saneamento à espera de
recursos que vão para as grandes obras de fachada”.
Nesse segmento do texto há duas ocorrências do acento grave indicativo da
crase; sobre esse emprego pode-se afirmar com correção que
(A) nas duas ocorrências a justificativa do emprego da crase é rigorosamente
a mesma.
(B) só na segunda ocorrência há a junção da preposição a com o artigo
definido feminino singular a.
(C) na segunda ocorrência ocorre a junção da preposição a com um pronome
demonstrativo a.
(D) na segunda ocorrência, a crase é devida à presença de uma locução
prepositiva formada com uma palavra feminina.
(E) na primeira ocorrência, o emprego do acento grave é devido à
necessidade de esclarecer uma possível ambiguidade.

Questão 36: Câmara Municipal Recife 2014 – Assistente Adm (banca FGV)
“Isso se dá graças à tecnologia da informação”; nesse caso, o acento grave
indicativo da crase representa:
(A) a união de dois artigos definidos;
(B) a junção de duas preposições;
(C) a combinação de um artigo e um pronome demonstrativo;
(D) a união de uma preposição com um artigo definido;
(E) a combinação de uma preposição com um pronome demonstrativo.

Questão 37: Pref Osasco 2014– Agente de Trânsito (banca FGV)


“Análise nas Despesas, mensalmente analise todas as despesas dando ênfase
àquelas com maior oscilação no período”.
Nesse segmento, a utilização do acento grave no demonstrativo “aquelas”
representa:
(A) um erro de regência, pois não há necessidade do acento;
(B) um erro de acentuação gráfica, já que não há regra que o justifique;
(C) uma junção do artigo definido A com a primeira vogal de “aquelas”;
(D) uma junção da preposição A com a primeira vogal de “aquelas”;
(E) uma junção do demonstrativo A com a primeira vogal de “aquelas”.
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Questão 38: DPE RJ 2014– Superior (banca FGV)


Há, no texto, três ocorrências do acento grave indicativo da crase
I. “...dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer”
II. “Os xópis são civilizações à parte... ”
III. “...pode vê-las como ataque (...) à civilização dos xópis”.
As ocorrências em que o acento grave da crase é resultante da junção de uma
preposição solicitada por um termo anterior + artigo definido são:
(A) I-II-III. (B) apenas I-II. (C) apenas I-III.
(D) apenas II-III. (E) apenas II.

Questão 39: Prefeitura de João Pessoa-PB 2014– Agente (banca FGV)


Fragmento do texto: Aracy de Almeida contava que, nos anos 30, se reunia
com Noel Rosa, Mário Reis e outros artistas na Taberna da Glória e, quando a
noite avançava e o cansaço chegava, mandavam um moleque à farmácia
buscar "um bujãozinho de cocaína da Merck suíça", que era vendido
legalmente no Brasil até 1937.
(....) Drogas sempre existiram, mas quando e como o consumo abusivo
virou uma epidemia comportamental? Talvez nos anos 60, quando os hippies
promoveram a cultura do LSD e da maconha, que eram associados ao ócio e à
improdutividade, ao comportamento antissocial e à sensualidade pagã. A
reação conservadora veio, nos Estados Unidos, com Nixon e a "guerra às
drogas", que Reagan transformou em política de Estado, com os resultados
desastrosos que se conhece e que fizeram tantos países repensar essa
estratégia. Hoje a venda de maconha "medicinal" é livre em vinte estados
americanos. Como no início do século XX.
No texto, observamos três ocorrências do emprego do acento grave indicativo
da crase:
I. "...mandavam um moleque à farmácia..."
II. "...que eram associados ao ódio e à improdutividade..."
III. "...associados (...) ao comportamento antissocial e à sensualidade pagã".
Nesses casos, ocorre a junção da preposição "a" + artigo definido "a". Os
termos dessas frases que exigem a presença da preposição "a" são,
respectivamente,
a) moleque / associados / comportamento.
b) mandavam / associados / associados.
c) mandavam / ódio / antissocial.
d) moleque / ódio / comportamento
e) moleque / associados / comportamento.

Questão 40: ALEMA 2013 Consultor Legislativo (banca FGV)


“...é submeter se, por três anos, à aplicação de medidas „socioeducativas‟; ...o
caso remete à barbárie de que foi vítima...”; “...distinguir entre o certo e o
errado à luz das regras sociais”.
Com relação ao emprego do acento grave indicativo da crase nessas três
frases, é correto afirmar que

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a) as três ocorrências exemplificam o mesmo emprego do acento grave.


b) as duas primeiras ocorrências exemplificam um caso de acento grave
diferente do da última ocorrência.
c) as duas últimas ocorrências exemplificam um caso de acento grave
diferente do da primeira ocorrência.
d) as três ocorrências do emprego do acento grave indicativo da crase
exemplificam casos distintos.
e) a primeira e a terceira ocorrência exemplificam o mesmo caso de emprego
do acento grave indicativo da crase.

Questão 41: SUDENE 2013 Agente Administrativo (banca FGV)


Assinale a alternativa em que o emprego do acento grave indicativo da crase
ocorre por razão distinta da dos demais.
(A) “… e não recebe em troca serviços públicos à altura”.
(B) “Acrescentar o adjetivo hediondo à corrupção de pouco adianta…”
(C) “…recentemente incorporadas à economia formal”.
(D) “…dar respostas concretas e rápidas às demandas feitas nas ruas…”
(E) “…dar respostas concretas e rápidas às demandas feitas nas ruas e não
às questões que ninguém fez”.

Questão 42: CODERN 2014 Técnico (banca Consulplan)


Indique a alternativa em que o sinal indicativo de crase é facultativo.
A) O padre se referiu àquele fato.
B) Eles foram até à casa do caboclo.
C) O estudante foi à cidade comprar mantimentos.
D) “... os três sentaram-se à mesa para tomar café...”
E) “À noite, o caboclo acordou, foi ao queijo e comeu-o.”

Questão 43: MAPA 2014 Administrador (banca Consulplan)


Fragmento do texto: Raciocinar não é algo que aprendemos na solidão, mas
algo que inventamos ao nos comunicar e nos confrontar com os semelhantes:
toda razão é fundamentalmente conversação. “Conversar” não é o mesmo que
ouvir sermões ou atender a vozes de comando. Só se conversa – sobretudo só
se discute – entre iguais. Por isso o hábito filosófico de raciocinar nasce na
Grécia, junto com as instituições políticas da democracia. Ninguém pode
discutir com Assurbanipal ou com Nero, e ninguém pode conversar
abertamente em uma sociedade em que existem castas sociais inamovíveis.
[...] Afinal de contas, a disposição a filosofar consiste em decidir-se a tratar os
outros como se também fossem filósofos: oferecendo-lhes razões, ouvindo as
deles e construindo a verdade, sempre em dúvida, a partir do encontro entre
umas e outras.
[...] Oferecemos nossa opinião aos outros para que a debatam e por sua
vez a aceitem ou refutem, não simplesmente para que saibam “onde estamos
e quem somos”. E é claro que nem todas as opiniões são igualmente válidas:
valem mais as que têm melhores argumentos a seu favor e as que melhor
resistem à prova de fogo do debate com as objeções que lhe sejam colocadas.

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Em uma oração, os termos se relacionam entre si em uma relação de


dependência. A partir de tal aspecto, analise as assertivas a seguir e
identifique a correta.
A) Em “atender a vozes” (1º§), “a” pode ser substituído por “às” sem que
haja alteração de sentido.
B) Em “algo que inventamos ao nos comunicar” (1º§), “ao” pode ser
substituído por “à” se “nos” for eliminado.
C) Em “Oferecemos nossa opinião aos outros” (2º§), a preposição é
obrigatória, de acordo com o termo regente.
D) Em “consiste em decidir-se” (1º§), “em” estabelece a mesma relação vista
no uso da locução “por intermédio de”.

Questão 44: MAPA 2014 Agente de Inspeção Sanitária (banca Consulplan)


As frases das seguintes alternativas foram extraídas do texto e alteradas.
Assinale aquela que apresenta problema no que tange à regência e/ou uso do
acento indicador de crase.
A) D. Luiz passou a coroa a Luis Maria.
B) Durante as manifestações de junho, D. Luiz (neto de Luis Maria)
recomendou a seguidores que não fossem às ruas.
C) Em 1823, o patriarca da independência, José Bonifácio de Andrada e
Silva, apresentou o projeto de levar a capital à Fortaleza, distante de
ataques de corsários no litoral.
D) Essa não seria a única ameaça, já que houve um racha na linhagem real
em 1908, quando D. Pedro de Alcântara renunciou ao direito dinástico por
se casar com uma reles condessa.

Questão 45: Pref Guarapuava 2014 Agente Controle Interno (banca Consulplan)
No texto "A proibição da cobrança já constava em regulamento de TV por
assinatura que entrou em vigor em junho. O texto confuso do documento,
porém, dava margem à diferentes interpretações - a ABTA, por exemplo,
entendeu que poderia continuar cobrando a mesma coisa.", o uso do acento
grave está:
a) Incorreto, pois está regido pela palavra “interpretações”, que se encontra
no feminino.
b) Incorreto, pois não ocorre artigo na construção "dava margem a diferentes
interpretações".
c) Correto, pois ocorre artigo na construção "dava margem a diferentes
interpretações".
d) Correto, pois o "a" que antecede um termo no plural é sempre craseado.

Questão 46: Pref Guarapuava 2014 Agente Controle Interno (banca Consulplan)
No trecho “(...) poderíamos considerá-lo abusivo e afeto, então, às sanções
previstas na lei”, o acento grave ocorre pelo mesmo condicionamento sintático
de:
a) Vamos sempre às praias mais tranquilas.
b) Todos os doces daquela confeitaria são feitos à mão.
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c) Existe nas aves uma hierarquia de acesso à comida.


d) O voo parte de Brasília às 22h.

Questão 47: Pref Natal 2013 Professor (banca Consulplan)


Buraco negro gigante confunde cientistas
Uma nova descoberta astronômica está confundindo cientistas que se
dedicam _______ vasculhar diferentes galáxias e sistemas solares.
Um grupo de astrônomos identificou um buraco negro gigante – o
segundo mais pesado já observado da Terra – em uma galáxia menor até do
que _______ que costumam abrigar formações desse tipo, bastante
modestas.
[...]
Os buracos negros são formações extremamente densas e com uma
força gravitacional fortíssima que atrai e “engole” até a luz que está a seu
redor.
Um “buraco negro médio” poderia ter uma massa equivalente _______
1.000 sóis, mas ser menor que a Terra.
Acredita-se que haja uma dessas formações no centro de todas as
grandes galáxias.
A galáxia NGC 1277 está a 220 milhões de anos-luz de distância da
Terra, mas aparece nas imagens de alta resolução feitas pelo telescópio
Hubble.
“Em geral fazemos um modelo da galáxia (que estamos estudando) e
calculamos todas as órbitas possíveis das estrelas (que pertencem a ela)”,
explicou Van den Bosch _______ BBC. “É como montar um quebra-cabeça,
analisamos essas órbitas (possíveis) para tentar reproduzir uma galáxia que
tem as mesmas velocidades estelares que medimos (com ajuda do
telescópio).”
[...]
(Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1193115-buraco-negro-gigante-
confunde-cientistas.shtml>. Adaptado.)
Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente o texto
anterior.
A) à / a / a / à
B) à / às / à / a
C) a / as / a / à
D) a / as / à / a

Questão 48: BNDES 2013 Administrador (banca Cesgranrio)


Segundo a norma-padrão, o sinal indicativo da crase não deve ser utilizado no
seguinte trecho:
“Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas
tendem a aceitar algumas afirmações”.
A mesma justificativa para essa proibição pode ser identificada em:
(A) “É natural que isso aconteça, quando mais não seja porque as certezas
nos dão segurança e tranquilidade. Pô-las em questão equivale a tirar o

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chão de sob nossos pés.”


(B) “Com o desenvolvimento do pensamento objetivo e da ciência, aquelas
certezas inquestionáveis passaram a segundo plano, dando lugar a um
novo modo de lidar com as certezas e os valores.”
(C) “a visão inovadora veio ganhando terreno e, mais do que isso,
conquistando posições estratégicas, o que tornou possível influir na
formação de novas gerações, menos resistentes a visões
questionadoras.”
(D) “Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros erros: o de
achar que quem defende determinados valores estabelecidos está
indiscutivelmente errado.”
(E) “Uma comunidade cujos princípios e normas mudassem a cada dia
seria caótica e, por isso mesmo, inviável”.

Questão 49: Liquigás 2013 Técnico (banca Cesgranrio)


Em “e pode levar à frustração”, o uso do sinal indicativo da crase é obrigatório
de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa.
Essa obrigatoriedade se verifica na palavra destacada em:
(A) O consumo desmedido geralmente tem como resultado a desestabilização
econômica.
(B) Os danos causados ao meio ambiente multiplicam os efeitos negativos a
vida humana.
(C) O problema do consumidor exagerado é que ele é levado a comprar para
seguir a moda.
(D) Somos persuadidos a gastar o dinheiro que não temos em coisas de que
não precisamos.
(E) Vários consumidores confirmaram a preferência pela compra de produtos
supérfluos.

Questão 50: ESF 2012 Médico (banca Consulplan)


O acento grave foi devidamente utilizado em
A) Para que o Brasil se desenvolva, uma educação de qualidade deve ser
oferecida à todos os jovens.
B) Os números se referem à estudantes das escolas particulares e públicas de
todas as regiões do Brasil.
C) Richard Feynman, prêmio Nobel de Física, começou à observar o
desempenho dos estudantes brasileiros a partir de 1950.
D) As escolas brasileiras devem se preparar à partir de agora para oferecerem
aos jovens uma educação de qualidade.
E) Eles chegaram à escola no momento em que os alunos estavam na sala de
aula sem nenhuma atividade.

Questão 51: Campos-RJ 2012 Analista Legislativo-Procurador (banca Consulplan)


Na frase “É o caminho que levará à formação de cidadãos conscientes.”,
observa-se a utilização do sinal indicativo de crase. A utilização desse sinal é
obrigatória em

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Teoria e exercícios comentados
Prof. Décio Terror Aula 6

A) O homem visitou a fábrica de automóveis.


B) A educação é fundamental para a formação do indivíduo.
C) O ser humano precisa aprender a fazer as suas escolhas de forma
consciente.
D) As pessoas se referem a relação entre o pensamento e a ação.
E) O professor fez uma advertência a sua aluna.

Questão 52: Campos-RJ 2012 Técnico Legislativo-Informática (banca Consulplan)


Em “se encaixam feito luva às situações” o uso do acento indicador de crase é
A) facultativo, pois antecede palavra feminina.
B) facultativo, pois compõe uma locução feminina.
C) indevido, pois o substantivo “situações” está no plural.
D) obrigatório, pois “às situações” tem função de adjunto adnominal.
E) obrigatório, pois ocorre exigência de preposição e “situações” admite o
artigo “as”.

Questão 53: Pref N. Iguaçu-RJ 2012 Assistente Adm (banca Consulplan)


“... explicava à professora por que havia faltado tanto tempo...” Assinale a
alternativa em que também deve ocorrer o acento grave indicador da crase.
A) Ficamos a rezar por um milagre.
B) Os documentos não fazem referência a nada.
C) O diretor recorreu a uma de suas secretárias.
D) A empresa estava a beira da falência.
E) O pai pediu a todos que fizessem silêncio.

Questão 54: Pref Vila Rica-MT 2012 Escriturário (banca Consulplan)


Assinale a alternativa em que o sinal indicativo de crase é facultativo.
A) “... só puderam se desenvolver na Terra graças à nossa grande lua...”
B) “... planetas semelhantes à Terra e com vida...”
C) As viagens à Lua foram interrompidas.
D) Os cientistas se referiram à influência que a Lua exerce sobre a Terra.
E) A Lua que vemos brilhar, à noite, no céu, possui propriedades incontáveis.

Questão 55: Pref Barra Velha-SC 2012 Advogado (banca Consulplan)


“... um ano e tanto depois da chegada do primeiro pastor alemão àquela
casa, ...” A ocorrência de crase no segmento anterior ocorre devido à
A) fusão do artigo “a” com o pronome “aquela”.
B) fusão da preposição “a” com o pronome “aquela”.
C) colocação do pronome “aquela” diante de “casa”.
D) especificação atribuída ao cachorro.
E) substituição do artigo “a” pelo pronome “aquela”.

Questão 56: Pref Uberlândia-MG 2012 Advogado (banca Consulplan)


Acerca da regência verbal, no trecho “... a ameaça que o PL 84 representa ao
direito à privacidade e liberdade na rede...”, é correto afirmar que

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Teoria e exercícios comentados
Prof. Décio Terror Aula 6

A) a ocorrência de preposição em “ao direito” deve-se à presença do verbo


“representa”.
B) a ocorrência de crase deve-se à presença do verbo “representa”.
C) substituindo “privacidade” por “regalias” mantém-se o sinal indicador de
crase.
D) “representa o direito à privacidade” é uma reescrita que mantém a
correção e o sentido.
E) a indicação de crase em “à privacidade” deve-se à presença de “direito”.

1. C 2. C 3. C 4. A 5. A 6. B 7. E 8. A 9. A 10. B
11. E 12. B 13. D 14. B 15. B 16. C 17. C 18. D 19. E 20. A
21. A 22. B 23. E 24. A 25. D 26. C 27. D 28. E 29. C 30. B
31. B 32. A 33. E 34. D 35. D 36. D 37. D 38. C 39. B 40. B
41. A 42. B 43. C 44. C 45. B 46. C 47. C 48. A 49. B 50. E
51. D 52. E 53. D 54. A 55. B 56. E

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