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Aula 01

Controle Externo da Administração Pública p/ TCE-SC - Auditor Fiscal Cont Externo -


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Professor: Hugo Mesquita


Controle Externo p/ TCE/SC
Auditor Fiscal de Controle Externo 2015
Prof. Hugo Mesquita
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Controle Interno e Externo ................................................................................... 3


Controle Interno ................................................................................................. 3
Controle Externo................................................................................................. 5
Sistemas de Controle Externo .......................................................................... 6
Competências ........................................................................................................ 7
Constituição Federal de 1988 ............................................................................. 7
Lei orgânica do TCE/SC ..................................................................................... 18
Municípios ........................................................................................................ 19
Resumo ............................................................................................................. 24
Exercícios comentados ........................................................................................ 26
Lista de exercícios ............................................................................................... 62
Gabaritos ............................................................................................................. 77

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Olá, pessoal! Como vão os estudos?!

Devo dizer que estou bastante empolgado com a resposta que obtive após
a aula demonstrativa, que mostra que vocês não estão para brincadeira!

Na aula de hoje estudaremos sobre os sistemas de controle interno e


externo e sobre as competências atribuídas aos Tribunais de Contas, com grande
enfoque no texto constitucional (art. 70 a 75), que abrange a maioria das
questões que normalmente são cobradas em provas de concurso no que se refere
ao Controle Externo.

Cada dia de estudo e privação é um passo dado para alcançar seu objetivo!
Siga a risca seu planejamento e tudo dará certo!

MOTIVAÇÃO!

Busque a motivação! Nos momentos de descanso eu sempre pensava


no contracheque, obviamente (rsrs), e no dia do resultado. Ficava projetando
meu nome na lista de aprovados... as pessoas ligando... o churrascão da
vitória... com a certeza de que estava fazendo minha parte e de que esse dia
chegaria.

Após as devidas injeções de ânimo vamos ao que interessa, afinal,


RAPADURA É DOCE, MAS NÃO É MOLE NÃO!

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Controle Interno e Externo.


Controle Interno e Externo

Controle Interno

Como vimos em nossa última aula, o controle interno é o controle exercido


por um Poder sobre ele mesmo (dentro de um mesmo Poder), no qual o
órgão/agente controlador integra o mesmo Poder do órgão/agente controlado.

Observe que, a partir deste momento, estamos nos referindo ao controle


interno previsto no artigo 74 da CF/88, e não mais aos controles administrativos
(controle hierárquico, por exemplo).

No citado artigo 74, a Constituição Federal obrigou os três Poderes


(Executivo, Legislativo e Judiciário) a manterem, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:

I. avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a


execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;

II. comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e


eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos
órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação
de recursos públicos por entidades de direito privado;

III. exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem


como dos direitos e haveres da União;

IV. apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Considero que os quatro incisos que acabamos de ver (finalidades),


constantes do artigo 74 da CF/88 (reproduzidos pelo artigo 62 da Constituição do

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Estado de Santa Catarina), são de memorização obrigatória, visto que são um


à à à à à à

Quanto ao inciso IV, frise-se que apesar de ser uma das finalidades dos
sistemas de controle interno apoiar o controle externo no exercício de sua missão
institucional, isso não se traduz em subordinação hierárquica, mas em atuação
conjunta e complementar dos sistemas de controle interno e externo.

Ainda no artigo 74, o § 1o estabelece que, ao tomarem conhecimento de


qualquer irregularidade/ilegalidade, os responsáveis pelo controle interno
darão ciência ao respectivo Tribunal de Contas, sob pena de responsabilidade
solidária. Observe que no decorrer do curso vamos estudando várias relações
entre o Controle Interno e o Tribunal de Contas. Já o § 2o estabelece que qualquer
cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma
da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da
União.

A Lei Orgânica do TCE/SC trata do controle interno em seus artigos 60 e 64,


reproduzindo as finalidades dispostas no texto constitucional. Além disso,
importante destacar que a LO-TCE/SC elenca algumas atividades que serão
desempenhadas pelos órgãos do sistema de controle interno, a saber:

 organizar e executar, por iniciativa própria ou por determinação do


Tribunal de Contas do Estado, programação de auditorias contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial nas unidades
administrativas sob seu controle, enviando ao Tribunal os respectivos
relatórios;

 realizar auditorias nas contas dos responsáveis sob seu controle,


emitindo relatório, certificado de auditoria e parecer; e

 alertar formalmente a autoridade administrativa competente para


que instaure tomada de contas especial sempre que tomar

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conhecimento de qualquer das ocorrências referidas no caput do art.


10 desta Lei.

Dessa forma, devemos memorizar o seguinte quadro:

FINALIDADES CONTROLE INTERNO:

AVALIAR  cumprimento das metas PPA e execução dos programas e orçamentos;

COMPROVAR  a legalidade e avaliar resultados (eficácia e eficiência);

EXERCER  controle das operações de crédito, avais, garantias, direito e haveres;

APOIAR  o controle externo.

Controle Externo

Como visto anteriormente, o controle externo é o controle exercido por


um Poder sobre outro (Poderes distintos), no qual o órgão/agente controlador
integra Poder distinto do órgão/agente controlado.

O controle externo, com vistas a uma auditoria governamental


efetivamente independente, é uma exigência do estado democrático de direito,
sendo realizado por Entidades Fiscalizadoras Superiores, no caso do Brasil, os
Tribunais de Contas.

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Embora o controle externo exista em todos os Estados democráticos do


mundo, não são todos eles estruturados na forma de Tribunal de Contas, mas
também na forma de Controladoria/Auditoria-Geral.

 Sistemas de Controle Externo

O sistema de Controladoria/Auditoria-Geral possui um caráter mais


opinativo e consultivo, sem poderes para aplicar sanções ou medidas coercitivas,
manifestando-se por meio de pareceres e recomendações monocráticas do
Controlador/Auditor-Geral, nomeado pelo Parlamento com mandato
previamente fixado. Dessa forma, percebe-se que esse sistema não possui caráter
jurisdicional, mas apenas fiscalizatório.

O sistema de Tribunal de Contas, por outro lado, possui caráter


jurisdicional, com poderes para aplicar sanções ou medidas coercitivas, sejam
elas pecuniárias ou não, manifestando-se por meio de decisões colegiadas. Dessa
forma, percebe-se seu caráter jurisdicional e fiscalizatório. Esse é o modelo
adotado no Brasil.

Não obstante as diferenças apresentadas, os sistemas se assemelham pelo


fato de ambos possuírem como principal função o exercício do controle externo;
serem parte da Administração Pública, apesar do alto grau de independência; e,
em regra, não encontrarem suas decisões sujeitas a revisão por outro
órgão/entidade.

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Controladoria-Geral Tribunal de Contas

Decisões monocráticas Decisões colegiadas

Opinativo/consultivo Sancionador

Fiscalizatório Fiscalizatório/jurisdicional

Competências dos Tribunais de Contas.


Competências

 Constituição Federal de 1988

Antes de iniciarmos o estudo das competências constitucionalmente


estabelecidas para os Tribunais de Contas, importa ressaltar o disposto no artigo
75 de nossa Carta Magna, que estabelece:

Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no


que couber, à organização, composição e fiscalização dos
Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem
como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.

Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os


Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete
Conselheiros.

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Temos aqui a aplicação do princípio da simetria constitucional ou


concêntrica, segundo o qual a autonomia dos Estados-Membros da Federação
Brasileira deve ser exercida dentro dos limites traçados pelo Poder
Constituintes, devendo ser observado nos demais âmbitos, no que couber, o
modelo federal.

Dessa forma, apesar de os artigos 70 a 74 tratarem da esfera federal


(União, TCU, Congresso Nacional, etc.), aplicam-se, no que couber, aos Estados e
Municípios.

A CF/88 estabelece, em seu artigo 70, que a fiscalização contábil,


financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida
pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle
interno de cada Poder.

Com uma leitura atenta do dispositivo colacionado podemos observar que


a titularidade do controle externo é do Congresso Nacional, e não do Tribunal de
Contas, que atua como auxiliar do Poder Legislativo no exercício de sua
competência constitucionalmente estabelecida. Observe, ainda, que a fiscalização
se dará sob os aspectos contábil, financeiro, orçamentário, patrimonial
(auditorias tradicionais legalidade/conformidade com relação à escrituração
contábil, gerência financeira, execução orçamentária e administração
patrimonial) e operacional (efetividade da gestão pública avaliação de
políticas públicas), observando a legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação de subvenções e renúncia de receitas.

Já o parágrafo único do mesmo artigo estabelece quem tem o dever de


prestar contas: qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou

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pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de


natureza pecuniária.

- Professor, uma empresa privada, que não integra a Administração Pública,


pode ter que prestar contas ao Tribunal de Contas?

Conforme acabamos de estudar, a resposta é sim! O critério para sabermos


se prestará contas ao Tribunal de Contas não é a pessoa, já que qualquer pessoa
pode ter que cumprir esse dever, mas se ela utiliza, arrecada, guarda, gerencia ou
administra dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais, no nosso caso, o
Estado de Santa Catarina responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações
de natureza pecuniária.

Fica a dica!
Prestará contas qualquer pessoa que
A fiscalização é C.O.F.O.P
G.A.G.A.U dinheiros, bens e valores
C ontábil
G uarde
O rçamentária
A rrecade
F inanceira
G erencie
O peracional

P atrimonial A dministre

U tilize

Em seu artigo 71 a CF/88 estabelece que o controle externo, a cargo do


Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do TCU, ao qual compete:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República,


mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de
seu recebimento;

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II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por


dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as
fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as
contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de
que resulte prejuízo ao erário público;

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de


pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações
para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que
não alterem o fundamento legal do ato concessório;

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado


Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades
administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais
entidades referidas no inciso II;

V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital


social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado
constitutivo;

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União


mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado,
ao Distrito Federal ou a Município;

VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por


qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre
resultados de auditorias e inspeções realizadas;

VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou


irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre
outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;

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IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências


necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;

X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a


decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos


apurados.

Vamos destrinchar as principais competências, com maior incidência em


provas...

Deve ficar clara a distinção feita pelo constituinte nos dois primeiros
incisos. O Tribunal de Contas aprecia por meio de parecer prévio as contas do
Chefe do Poder Executivo, entretanto julga as contas dos administradores e
demais responsáveis (G.A.G.A.U). ATENÇÃO! O Tribunal de Contas não julga as
contas do Chefe do Poder Executivo, apenas aprecia por meio de parecer prévio!
A competência exclusiva para julgar as contas do Presidente da República é do
Congresso Nacional, conforme artigo 49, inciso IX, da CF/88. No nosso caso, o
TCE/SC aprecia mediante parecer prévio as contas do Governador, que terá suas
contas julgadas pela Assembleia Legislativa. Essa questão é batida nas provas de
controle externo e você não vai errar, certo?!

Cabe observar que o Presidente da República possui prazo de 60 dias, após


aberta a sessão legislativa, para apresentar as contas referentes ao exercício
anterior ao Congresso Nacional, que, por sua vez, as enviará ao Tribunal de
Contas para a emissão do parecer prévio, que deverá ser elaborado no prazo de
60 dias de seu recebimento, podendo opinar pela aprovação (com ou sem
ressalvas) ou pela rejeição. Constitui crime de responsabilidade a omissão no
dever de prestar contas por parte do chefe do Poder Executivo. Além disso,
compete privativamente à Câmara dos Deputados proceder a tomada de contas
do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional
dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa

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Cabe aqui, ainda, fazer a distinção entre contas de governo e contas de


gestão. As contas de governo são as contas apresentadas pelo Chefe do Poder
Executivo, as quais estarão sujeitas ao parecer prévio do TC e ao julgamento
pelo Poder Legislativo (inciso I). Já as contas de gestão referem-se às contas dos
administradores e demais responsáveis, sujeitas ao julgamento pelo TC (inciso
II).

O inciso III traz a competência para apreciar, para fins de registro, a


legalidade dos atos de pessoal. No que diz respeito aos atos de admissão, o
Tribunal de Contas aprecia sua legalidade tanto na administração direta quanto
na indireta, excetuadas as nomeações para cargo em comissão (livre nomeação
e exoneração). No caso das concessões de aposentadorias, reformas e pensões,
o Tribunal de Contas não aprecia as melhorias posteriores que não alterem seu
fundamento legal, uma vez que, mantendo-se a fundamentação legal do ato, a
concessão é essencialmente a mesma. Um exemplo de melhoria posterior que
não altera o fundamento legal seria uma vantagem adquirida após o registro do
ato pelo respectivo Tribunal de Contas que foi estendida a toda a categoria a qual
pertence o servidor. Imagine o TCE/SC ter que apreciar novamente todos os atos
de aposentadoria e pensão a cada vez que alguma categoria obtivesse alguma
vantagem ou um novo plano de carreira? Inviável, não é mesmo?

A jurisprudência do STF firmou-se no sentido de considerar os atos de


aposentadoria, reforma e pensão como atos complexos1, se aperfeiçoando
apenas quando do registro pelo Tribunal de Contas. Nesse sentido, foi editada a
Súmula Vinculante no 3:

Súmula Vinculante no 3

Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o


contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou
1
Ato complexo: de
revogação necessita, para ser considerado
ato administrativo queperfeito (formado),
beneficie da manifestação
o interessado, de dois ouamais
excetuada
órgãos ou autoridades, sendo considerado como um único ato.
apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria,
reforma
Prof. e pensão.
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Dessa forma, quando da apreciação da legalidade do ato de concessão


inicial de aposentadoria, reforma e pensão, o Tribunal de Contas não é obrigado a
garantir o contraditório e a ampla defesa previamente à apreciação, entretanto,
segundo entendimento da Suprema Corte, passados 5 anos da concessão, o
Tribunal de Contas é obrigado a garantir o contraditório e a ampla defesa.

Outra competência que merece atenção é a do inciso VI, que atribuiu ao


TCU a fiscalização da aplicação de quaisquer recursos repassados pela União
mediante convênio, acordo, ajuste ou outro instrumento congêneres a Estado,
DF ou Município. Aqui, voltamos a tocar no ponto de que prestará contas ao TCU
qualquer pessoa que guarde, arrecade, gerencia, administre ou utilize bens ou
valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta,
assuma obrigações de natureza pecuniária. Dessa forma, o Estado de SC pode ter
que prestar contas ao TCU, além de prestar contas ao TCE/SC. Frise-se, o critério
aqui não é a pessoa, mas a origem dos bens ou valores. Outro ponto de relevo é
que a competência disposta no inciso VI se aplica apenas aos casos de
transferência voluntária. Nos casos de transferências constitucionais/legais,
como os Fundos de Participação dos Estados (FPE) e de Participação dos
Municípios (FPM), os recursos são apenas arrecadados e repassados pela União,
sendo, na verdade, dos Estados e Municípios, razão pela qual não se aplica o
inciso VI, sendo de competência do respectivo TCM ou TCE a fiscalização da
utilização de tais recursos.

O inciso VIII atribui ao TCU a competência para aplicar aos responsáveis,


em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções
previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional
ao dano causado ao erário. Observe que as sanções aplicáveis devem estar
previstas em lei, no nosso caso, na Lei Orgânica do TCE/SC, não podendo estar
prevista apenas no Regimento Interno. Veremos em aula futura as sanções
previstas em nossa LO-TCE/SC, que se encontram no Capítulo VIII (arts. 67 a 74).

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Para um melhor entendimento dos dispositivos, faremos uma análise


conjunta dos incisos IX e X, e dos §§ 1o e 2o, que tratam da sustação de atos e
contratos.

Os incisos IX e X estabelecem que compete ao Tribunal de Contas


determinar prazo para que o jurisdicionado adote as providências necessárias ao
exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade, mas, caso não seja atendido,
deverá sustar a execução do ato impugnado, comunicando a decisão ao Poder
Legislativo (Câmara e Senado). Assim, temos o seguinte procedimento: o TCU
constata a ilegalidade e assina prazo para que o órgão adote as providências;
caso atendido, encerra-se o procedimento; caso não atendido, o TCU susta a
execução do ato impugnado comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e
ao Senado Federal.

Já o procedimento para sustação de contratos é um pouco diferente,


conforme consta dos §§ 1o e 2o do artigo 71. O início do procedimento é o
mesmo, no qual o Tribunal de Contas constata a ilegalidade e determina prazo
para que o jurisdicionado adote as providências cabíveis. Entretanto, caso não
seja atendido, o Tribunal não poderá, inicialmente, sustar o contrato, como o faz
com os atos, uma vez que essa competência é atribuída ao Congresso Nacional.
Assim, caso o órgão não adote as providências necessárias, o Tribunal
comunicará o ocorrido ao CN, que sustará o contrato e solicitará ao Poder
Executivo as medidas cabíveis. Ainda, caso o Congresso Nacional ou o Poder
Executivo não adote as medidas necessárias no prazo de 90 dias, o Tribunal de
Contas decidirá a respeito da sustação do contrato. Dessa forma, temos o
seguinte procedimento: o TCU constata a ilegalidade e assina prazo para que o
órgão adote as providências; caso atendido, encerra-se o procedimento; caso não
atendido, o TCU comunicará o fato ao Congresso Nacional que, no prazo de 90
dias, sustará o contrato e solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as
providências necessárias; decorrido o prazo sem nenhuma providência, o TCU
decidirá a respeito.

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Susta
ATO - Prazo - não Comunica à
diretamente
Ilegalidade atendido CD e ao SF.
o ato

CN- 90 dias
para sustar e Sem
CONTRATO - Prazo - não Comunica ao
solicitar providências?
Ilegalidade atendido CN
providências TC decidirá
do Executivo

Os §§ 3º e 4º do artigo 71 da CF/88 estabelecem que as decisões do


Tribunal de Contas de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia
de título executivo (extrajudicial), e que o TCU encaminhará, trimestral e
anualmente, relatório de suas atividades ao Congresso Nacional.

No artigo 73, a Constituição disciplina a composição do Tribunal de Contas


da União, que será integrado por 9 Ministros, que serão escolhidos:

 um terço (3 Ministros) pelo Presidente da República, com aprovação


do Senado Federal, sendo dois alternadamente dentre auditores e
membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista
tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e
merecimento;

 dois terços (6 Ministros) pelo Congresso Nacional.

No nosso caso, a composição do TCE/SC encontra-se prevista no artigo 61


da Constituição do Estado de Santa Catarina, que assim dispõe:

Art. 61 O Tribunal de Contas do Estado, integrado por sete


Conselheiros, tem sede na cidade de Florianópolis, quadro

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próprio de pessoal e jurisdição em todo o território estadual,


exercendo, no que couber, a competência prevista no art. 83.

- Mas professor, 1/3 (previsão constitucional) de 7 é igual a 2,33... Como


fica?

Para resolver o problema, o Supremo Tribunal Federal editou a Súmula nº


653, determinando que, nos Tribunais de Contas Estaduais, 4 Conselheiros serão
escolhidos pela Assembleia Legislativa e 3 pelo Governador (um de livre escolha
e dois alternadamente entre auditores e membros do Ministério Público junto
ao Tribunal, segundo critérios de antiguidade e merecimento).

Assim, o § 2º do artigo 61 da Constituição estadual assim dispõe:

§ 2º Os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado serão


escolhidos:

I - três pelo Governador do Estado, com a aprovação da Assembleia


Legislativa, sendo dois alternadamente dentre auditores e membros
do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice
pelo Plenário, segundo os critérios de antiguidade e merecimento;

II - quatro pela Assembleia Legislativa.

No § 1º do artigo 61, a Constituição Estadual elenca os requisitos para


nomeação para Conselheiro, a saber:

 Brasileiro;
 Maior de 35 e com menos de 65 anos de idade;
 Idoneidade moral e reputação ilibada;

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 Notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e


financeiros ou de administração pública;
 Mais de dez anos de exercício de função ou atividade
profissional que exija os conhecimentos mencionados.

Os Ministros do TCU terão as mesmas prerrogativas, garantias,


impedimentos, subsídios, direitos e vantagens de Ministros do STJ. Já os
Conselheiros de TCE ou TCM, de Desembargadores do TJ estadual.

Além das competências previstas para os Tribunais de Contas, a


Constituição Federal atribuiu competências específicas para o Congresso
Nacional, Câmara dos Deputados, Senado Federal e Presidente da República, que
são de nosso interesse no estudo do controle externo. Abaixo apresento um
quadro com as competências relevantes a nosso estudo:

Julgar as contas do Presidente da


Competência exclusiva do CN
República

Proceder a tomada de contas do


Competência privativa da CD Presidente da República, se não
apresentadas no prazo de 60 dias.

Aprovar as indicações para Ministro do


Competência privativa do SF TCU (votação secreta arguição
pública)

Nomear os Ministros do TCU


Competência privativa do Presidente
da República Prestar, dentro de 60 dias, as contas ao
Congresso Nacional

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 Lei orgânica do TCE/SC

O artigo 1º da LO-TCE/SC estabelece as competências do Tribunal de


Contas do Estado de Santa Catarina, órgão autônomo e independente,
incumbido de auxiliar o controle externo a cargo da Assembleia Legislativa, na
forma estabelecida na Constituição do Estado.

Da leitura de seus incisos, observamos que as competências elencadas são,


em sua maioria, as mesmas constantes da Constituição Estadual, que remetem às
mesmas competências vistas na Constituição Federal.

Elencamos abaixo as competências dispostas no artigo 1º da LO-TCE/SC que


merecem destaque:

VI prestar, dentro de trinta dias, sob pena de responsabilidade, as


informações solicitadas pela Assembléia Legislativa, ou por qualquer de suas
comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial e
sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

VII emitir, no prazo de trinta dias, pronunciamento conclusivo sobre


matéria que seja submetida à sua apreciação pela Comissão Mista Permanente de
Deputados, nos termos do § 1º do art. 60 da Constituição Estadual;

XIV representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos


apurados, indicando o ato inquinado e, se for o caso, definindo responsabilidades,
inclusive as de Secretário de Estado ou autoridade de nível hierárquico
equivalente;

XV responder consultas de autoridades competentes sobre


interpretação de lei ou questão formulada em tese, relativas à matéria sujeita à
sua fiscalização; e

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XVI decidir sobre denúncia que lhe seja encaminhada por qualquer
cidadão, partido político, associação ou sindicato, e representação, na forma
prevista nesta Lei.

Aqui cabe apenas fazer um breve comentário a respeito do inciso XV, que
trata da consulta. Conforme consta do Regimento Interno do TCE/SC, a consulta
deve ser formulada em tese, versar sobre matéria de competência do Tribunal
de Contas, ser subscrita por autoridade competente, conter indicação precisa da
dúvida ou controvérsia suscitada e ser instruída com parecer da assessoria
jurídica do órgão ou entidade consulente, se existente. Importante observar que
as decisões proferidas em sede de consulta terão caráter normativo e força
obrigatória, importando em prejulgamento da tese, mas não do caso concreto.
Este último ponto é recorrente em provas, portanto fique atento!

Quanto às autoridades competentes, no âmbito estadual são os titulares


dos Poderes, Secretários de Estado, Procurador Geral de Justiça, Procurador
Geral do Estado, membros do Poder Legislativo e dirigentes das entidades da
indireta; no âmbito municipal são os Prefeitos, Presidentes de Câmaras
Municipais e dirigentes das entidades da indireta.

Há ainda inúmeras outras competências atribuídas aos Tribunais de Contas


por dispositivos legais e por entendimentos jurisprudenciais do STF, que
abordaremos nos exercícios e em nossa próxima aula.

 Municípios

O artigo 31 da Constituição Federal assevera como se dará a fiscalização


dos municípios:

Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder


Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos

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sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal,


na forma da lei.

§ 1º - O controle externo da Câmara Municipal será exercido


com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do
Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos
Municípios, onde houver.

§ 2º - O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre


as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará
de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da
Câmara Municipal.

§ 3º - As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias,


anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para
exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a
legitimidade, nos termos da lei.

§ 4º - É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de


Contas Municipais.

Em primeiro lugar, devemos observar que, para as demais esferas (União,


Estados e Distrito Federal) são mencionados os sistemas de controle interno dos 3
Poderes, enquanto para a esfera municipal é citada apenas o sistema de controle
interno do Poder Executivo municipal.

Outro ponto de relevo é que o parecer prévio do respectivo Tribunal de


Contas sobre as contas prestadas anualmente pelo Prefeito é praticamente
vinculante, uma vez que só deixará de prevalecer por decisão de 2/3 dos
membros da Câmara Municipal. No caso da União, Estados e Distrito Federal o
parecer prévio do Tribunal de Contas sobre as contas prestadas anualmente pelo
chefe do Poder Executivo deixa de prevalecer por decisão da maioria absoluta
dos membros da Casa Legislativa.

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Cabe, ainda, diferenciar Tribunal de Contas Municipal de Tribunal de


Contas dos Municípios. O Tribunal de Contas Municipal é exclusivo, próprio de
determinado município, como ocorre nos municípios de São Paulo e Rio de
Janeiro, sendo vedada a criação de novos Tribunais de Contas Municipais,
conforme o § 4º acima, mantendo-se os que já haviam sido criados quando da
promulgação da CF/88. Assim, O Tribunal de Contas Municipal pertence à
estrutura do Município respectivo (RJ ou SP). Já o Tribunal de Contas dos
Municípios é um tribunal de contas criado pelo Estado para a fiscalização de
todos os municípios do Estado. Assim, a exceção dos municípios do RJ e de SP, os
municípios serão fiscalizados pelo respectivo Tribunal de Contas Estadual (nosso
caso) ou pelo Tribunal de Contas dos Municípios, onde houver (atualmente, no
Brasil, existem 04 Tribunais de Contas dos Municípios, são eles: Ceará, Goiás, Pará
e Bahia).

Por último, cabe destacar que o Ministério Público junto ao Tribunal de


Contas não integra o Ministério Público, sendo organizado pela Lei Orgânica do
Tribunal de Contas (no nosso caso nos artigos 107 a 111). Entretanto, aos
membros do MPjTC aplicam-se os mesmo direitos, vedações e forma de
investidura dos membros do MP. O MPjTCE/SC é composto por um Procurador-
Geral, um Procurador-Geral Adjunto e três Procuradores, bacharéis em Direito,
escolhidos por meio de concurso público de provas e títulos.

Para finalizarmos a aula, trago uma das questões discursivas do concurso


para Auditor de Controle Externo do TCDF de 2011, com a respectiva resposta
com a qual consegui alcançar a nota máxima. O tema resume muito bem a
presente aula. A grande dificuldade é conseguir resumir todo o conteúdo em
apenas 20 linhas, razão pela qual o candidato deve ser bastante conciso e
objetivo na resposta. Observe que, após uma breve introdução, cada parágrafo
responde a um tópico da questão, de forma clara e objetiva, o que facilita a vida

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do examinador na hora de corrigir sua prova (e a sua, pela nota que será
atribuída! Rsrsrs), já que ele não precisará ficar procurando os pontos pedidos
pela banca examinadora.

Questão Discursiva (CESPE/ACE TCDF/2012 - Questão 1) - Redija um texto


dissertativo (máximo de 20 linhas) a respeito dos controles interno e externo no
setor público, desenvolvendo, necessariamente, os seguintes tópicos:

- controle interno: conceito e finalidade;

- formas de desenvolvimento do controle interno nas diversas esferas de governo;

- vinculação entre controle interno e externo.

Resposta:

Entre as várias classificações possíveis relacionadas ao controle no setor


público, destaca-se a que diferencia o controle interno e o externo.

O controle externo é exercido por um poder sobre outro, com poderes de


fiscalização e punição, e organizado por meio de Tribunais de Contas (no âmbito
financeiro). Já o controle interno é exercido pelo próprio poder sobre si mesmo,
possuindo um caráter mais consultivo. O controle interno tem por finalidade o
acompanhamento da gestão e a avaliação das políticas públicas, atuando,
normalmente, de forma prévia e concomitante, sem poderes para sancionar.

Cada poder, em cada esfera de governo, deve manter seu sistema de


controle interno, com exceção do legislativo municipal. Na esfera federal, por
exemplo, podemos citar a Controladoria Geral da União, responsável pelo controle
interno do Poder Executivo. Além disso, cada órgão possui seu departamento de
controle interno, responsável pelo acompanhamento dos processos da instituição.

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O controle externo e interno não são excludentes, mas complementares.


Dessa forma é possível a ocorrência de trabalhos em conjunto de ambos os
controles sobre a mesma instituição. Ainda, o controle interno, por não possuir
caráter sancionador, deve encaminhar ao controle externo quaisquer
irregularidades de que tenha conhecimento, sob pena de responsabilidade
solidária, auxiliando-o em sua missão institucional.

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Resumo
RESUMO
Resumo

Controladoria- Tribunal de Contas


Geral Contábil Guarde

Orçamentária Arrecade
Decisões Decisões colegiadas
monocráticas
Fiscalização
Financeira Qualquer pessoa
(C.O.F.O.P) Gerencie
(G.A.G.A.U)
Opinativo/consultivo Sancionador
Operacional Administre

Fiscalizatório Fiscalizatório/jurisdicional Patriomonial Utilize

TCU (9
Principais competências (CF/88) Ministros)
I apreciar as contas do PR Apreciar mediante parecer prévio - 60 dias
aprovação (com ou sem ressalvas) ou rejeição
PR (1/3 = 3) CN (2/3 = 6)
II julgar as contas dos demais responsáveis Julgar as contas do PR competência do CN

III apreciar, para fins de registro, os atos de pessoal Admissões (excetuados os cargos em comissão) e
2 entre Auditores e
aposentadorias, reformas e pensões Adm. Direta e membros do MPjTC
Indireta Atos complexos
VI fiscalizar a aplicação de recursos repassados mediante Apenas transferências voluntárias não se aplica a
convênio, acordo, ajuste... transf. Constitucionais/legais FPE/FPM TCE/SC (7
1 de livre
Conselheiros)
IX e X assinar prazo e sustar a execução do ato impugnado Sustação de atos e contratos (§§ 1o e 2o) escolha

Governador
ALESC (4)
(3)

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Sustação de Atos e Contratos

Susta
ATO - Prazo - não Comunica à
diretamente
Ilegalidade atendido CD e ao SF.
o ato

CN- 90 dias
para sustar e Sem
CONTRATO - Prazo - não Comunica ao
solicitar providências?
Ilegalidade atendido CN
providências TC decidirá
do Executivo

FINALIDADES CONTROLE INTERNO:


Julgar as contas do Presidente da República
Competência exclusiva do CN
AVALIAR  cumprimento das metas PPA e execução dos
programas e orçamentos;
Proceder a tomada de contas do Presidente
Competência privativa da CD
da República, se não apresentadas (60 dias).
COMPROVAR  a legalidade e avaliar resultados (eficácia e
eficiência);
Aprovar as indicações para Ministro do TCU
Competência privativa do SF
(votação secreta arguição pública) EXERCER  controle das operações de crédito, avais, garantias,
direito e haveres;
Competência privativa do Presidente da Nomear os Ministros do TCU + prestar, dentro
República de 60 dias, as contas ao Congresso Nacional APOIAR  o controle externo.

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EXERCÍCIOS COMENTADOS
Exercícios

1) (ESAF/ACI MPU/2004) São finalidades do sistema de controle interno do


Poder Executivo federal, exceto

a) avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos


programas de governo e dos orçamentos da União.

b) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à eficiência


da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da
administração pública federal, bem como da aplicação de recursos públicos por
entidades de direito privado.

c) prestar orientação aos administradores de bens e recursos públicos nos


assuntos pertinentes à área de competência do sistema de controle interno,
inclusive sobre a forma de prestar contas.

d) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres da União.

e) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Comentário: Questão que cobra o conhecimento do artigo 74 da CF/88:

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de


forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a


execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia


e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos

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órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação


de recursos públicos por entidades de direito privado;

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias,


bem como dos direitos e haveres da União;

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

As alternativas A, B, D e E correspondem, respectivamente aos incisos I, II,


III e IV. Dessa forma, a alternativa C não consta como uma das finalidades do
sistema de controle interno do Poder Executivo federal.

Gabarito: C

2) (ESAF/ACI MPU/2004) Podendo ser aferidos por indicadores de gestão, os


seguintes conceitos são fundamentais para a auditoria no Setor Público. Assinale,
portanto, a opção que indica a associação correta.

I - Expressa variação positiva da relação custo/benefício, na A) Legalidade


qual busca-se a otimização dos resultados na escolha dos
menores custos em relação aos maiores benefícios. Revela a
atenção da gestão com o bom uso qualitativo dos recursos
financeiros, por definição, escassos, desde a adequação da
proposta orçamentária das metas a serem atingidas,
passando pela coerência com respeito aos preços de
mercado, o desenvolvimento de fontes alternativas de
receita e a obtenção dos menores custos por produto
gerado.

II - É o grau de atingimento das metas fixadas para um B) Eficiência.


determinado objeto de uma ação em relação ao previsto, em

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um determinado período.

III - Consiste na aderência dos atos e fatos de gestão C) Economicidade.


praticados, aos normativos legais e técnicos que regem os
mesmos.

IV - É a medida da relação entre os recursos efetivamente D) Eficácia.


utilizados para a realização de uma meta, frente a padrões
estabelecidos. Mede, então, a utilização dos recursos de que
a unidade ou entidade dispõe para realizar um conjunto de
ações e operações que visam atingir um propósito de
trabalho previamente programado. A eficiência está
associada ao uso dos recursos disponíveis em relação aos
produtos e serviços finais elaborados.

A B C D

a) III IV II I

b) II III IV I

c) III I IV II

d) II IV I III

e) III IV I II

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Comentário: Conteúdo visto em nossa Aula 00, quanto ao controle de gestão da


Adm. Pública.

Como vimos, eficiência se refere à relação entre resultados obtidos e


recursos empregados; eficácia se relaciona com o cumprimento das metas
previamente estabelecidas, o resultado propriamente dito; a efetividade com o
cumprimento dos objetivos/efeitos em termos de impacto sobre o público alvo;
e a economicidade se relaciona com a relação custo/benefício. Já a legalidade
avalia a aderência dos atos e fatos às respectivas leis e regulamentos. Dessa
à à à àL à à à à àIII à àE à à à
à à IV à à E à à à à àI à à àE à à à à
item II. Observe que em todas as assertivas aparecem os termos que grifamos em
nossas definições. Ao fazer as questões, procure pelas palavras chave das
definições!

Gabarito: E

3) (FUNIVERSA/ACI Pref. Palmas TO/2005) Quanto às finalidades do Sistema


de Controle Interno, analise as assertivas abaixo:

I - Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, que visa a


comprovar a conformidade da sua execução.

II - Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência,


da gestão orçamentária, financeira e patrimonial, nos órgãos e entidades da
administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos e privados
por entidades de direito privado.

III - Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres da União.

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IV - Para atingir suas finalidades básicas, deverá exercer algumas atividades


básicas, entre elas a avaliação da gestão dos administradores públicos federais,
que visa a comprovar a legalidade e a legitimidade dos resultados quanto à
economicidade, eficiência e eficácia da gestão orçamentária, financeira,
patrimonial, de pessoal e demais sistemas administrativos e operacionais.

V - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer


irregularidade ou ilegalidade, poderão dela dar ciência ao Tribunal de Contas da
União.

Assinale a alternativa correta:

(A) I, III e IV são verdadeiras.

(B) I, III e IV são falsas.

(C) I e V são verdadeiras.

(D) II e III são falsas.

(E) II, IV e V são falsas.

Comentário: Mais uma questão que cobra o conhecimento das finalidades do


sistema de controle interno, que se encontram dispostas no artigo 74 da CF/88.

As assertivas I e III nos remetem aos incisos I e III, respectivamente, do artigo 74


da CF/88, sem qualquer ressalva.

A assertiva II nos remete ao inciso II do artigo 74, mas erra ao dizer que o sistema
de controle interno avaliará, também, a aplicação de recursos privados por
entidades de direito privado. Não faz sentido, a princípio, um órgão de controle
da Adm. Pública fiscalizar a aplicação de recursos privados, não é mesmo? É só
lembrarmos que esse tipo de recurso não se encontra na jurisdição das Cortes de
Contas.

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áà àIVà à à à à à à à à àN à à à
figura da comprovação da legalidade e da legitimidade dos resultados. Como
vimos, os resultados se inserem no âmbito do controle de gestão (eficiência,
eficácia, efetividade e economicidade), enquanto o controle de
legalidade/legitimidade tem por objetivo verificar se o ato foi praticado em
consonância com o ordenamento jurídico (legalidade) e se é compatível com o
interesse público (legitimidade). O examinador mistura os conceitos.

A assertiva V erra ao dizer que a ciência ao Tribunal de Contas da União de


qualquer irregularidade ou ilegalidade de que tenham tomado conhecimento os
responsáveis pelo controle interno é uma poderão à N à
verdade é uma obrigação, podendo os mesmo ser responsabilizados
solidariamente caso não o façam.

Gabarito: E

4) (FGV/ACI Finanças Públicas SAD PE/2008) De acordo com a Constituição


Federal, comprovar a legalidade e avaliar os resultados da gestão orçamentária,
financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, quanto
à eficácia e eficiência, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades
de direito privado é matéria que compete:

(A) ao Ministério Público de forma integrada com a Advocacia Geral da União.

(B) ao Sistema de Controle Interno de forma integrada pelos Poderes Executivo,


Legislativo e Judiciário.

(C) ao Tribunal de Contas em auxílio ao Congresso Nacional.

(D) ao Congresso Nacional com o apoio da Controladoria Geral da União.

(E) à Secretaria Federal de Controle e a Advocacia Geral da União.

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Comentário: A questão traz o disposto no inciso II do artigo 74 da CF/88, que


dispõe sobre a finalidade do sistema de controle interno, a ser mantido pelos
Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário federais, de forma integrada.

Gabarito: B

Maria, servidora pública do TJDFT, requereu aposentadoria no setor de recursos


humanos, tendo sido deferido e publicado o respectivo ato em 12/4/2003,
quando então passou a gozar do seu benefício de aposentadoria. Antes de
qualquer análise desse ato pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o setor de
controle interno do tribunal verificou que foi computado de forma inadequada
tempo de contribuição, motivo pelo qual Maria não poderia ter sido aposentada.

Acerca dessa situação hipotética, dos direitos e garantias fundamentais previstos


na Constituição Federal de 1988, dos atos administrativos e do regime jurídico
dos servidores públicos, julgue os itens seguintes.

5) (CESPE/Analista Judiciário Controle Interno - TJDFT/2008) Comunicado ao


TCU o fato de o cômputo do tempo de contribuição ter sido feito de forma
inadequada, o mesmo não poderia negar o registro e determinar o retorno de
Maria à atividade.

Comentário: Questão bastante tranquila e completamente errada. Como vimos,


compete ao TCU apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão
de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações
para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que
não alterem o fundamento legal do ato concessório. Dessa forma o TCU não só
poderia negar o registro do ato, como deve fazê-lo, já que Maria não fazia jus à
aposentadoria concedida.

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Gabarito: ERRADO

6) (CESPE/Analista Judiciário Controle Interno - TJDFT/2008) O TCU, na espécie,


ao negar registro, exerce atividade de auxiliar de controle externo do Congresso
Nacional.

Comentário: Apesar de o TCU atuar como auxiliar do Congresso Nacional no


exercício do controle externo, a Corte de Contas possui algumas competências
expressamente atribuídas pelo texto constitucional. A apreciação, para fins de
registro, dos atos de admissão de pessoal e de concessão de aposentadorias,
reformas e pensões é competência atribuída diretamente ao TCU (artigo 70,
inciso III, CF/88), e não ao Congresso Nacional. Não pode o Congresso Nacional
usurpar tal competência da Corte de Contas. Sendo assim, o TCU, nesse caso,
atua como titular da prerrogativa, e não como mero auxiliar.

Gabarito: ERRADO

7) (CESPE/Analista Judiciário Controle Interno - TJDFT/2008) O ato de


aposentadoria em questão é classificado como ato complexo, pois depende da
vontade do TJDFT e do TCU.

Comentário: Questão bastante tranquila para você que está acompanhando o


curso atentamente. De acordo jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o ato
de aposentadoria, reforma e pensão é ato do tipo complexo, se aperfeiçoando
apenas quando do registro pelo Tribunal de Contas.

Gabarito: CERTO

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8) (CESPE/TFCE TCU/2007) O TCU deve auxiliar o Congresso Nacional no


exercício do controle externo e da fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e
indireta.

Comentário: Excelente item para relembrarmos o disposto no artigo 70 e no


caput do artigo 71, ambos da CF/88:

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,


operacional e patrimonial da União e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será
exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo
sistema de controle interno de cada Poder.

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será


exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete:

Lembre-se que o Tribunal de Contas é órgão auxiliar (não é subordinado!)


do Congresso Nacional em sua competência de controle externo. Além disso, a
fiscalização é C.O.F.O.P e abrange as entidades da administração direta e indireta.
Essa questão deixa claro que a leitura dos diplomas legais (vale para todas as
matérias) é imprescindível: apenas com a leitura dos artigos mataríamos a
questão.

Gabarito: CERTO

9) (CESPE/TFCE TCU/2007) Os ministros do TCU, por integrarem o Poder


Judiciário, detêm as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos,
vencimentos e vantagens dos ministros do Superior Tribunal de Justiça.

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Comentário: A questão começa mal. Os Ministros do TCU de forma alguma


integram o Poder Judiciário! Apesar de serem tribunais, os Tribunais de Contas
são órgãos auxiliares do Poder Legislativo no exercício do controle externo, nada
tendo a ver com o Poder Judiciário. Entretanto, os Ministros do TCU possuem as
mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos
Ministros do STJ.

No caso dos Tribunais de Contas Estaduais, dos Municípios e do Distrito Federal,


os Conselheiros possuem as mesmas prerrogativas, impedimentos, vencimentos,
direitos e vantagens dos Desembargadores do Tribunal de Justiça. Essas
garantias e prerrogativas são: vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de
vencimentos.

Gabarito: ERRADO

10) (CESPE/Auditor Prefeitura Municipal de Vila Velha-ES/2008) Por força


constitucional, cada município brasileiro deve instituir um tribunal de contas
municipal.

Comentário: Muito pelo contrário! A Constituição Federal veda a criação de


Tribunais de Contas Municipais. Observe que a questão trata do Tribunal de
Contas Municipal, próprio de determinado município. Não há qualquer vedação
quanto a criação de Tribunais de Contas dos Municípios, que são criados pelo
Estado para a fiscalização de todos os seus municípios.

Gabarito: ERRADO

11) (CESPE/Auditor Prefeitura Municipal de Vila Velha-ES/2008) A Câmara


Municipal é responsável pelo controle externo do município, contando, para

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tanto, com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado, sem prejuízo da existência


de sistemas de controle interno.

Comentário: Lembre-se que a titularidade do controle externo é do Poder


Legislativo, no caso dos municípios, da Câmara Municipal, sendo auxiliado pelo
Tribunal de Contas Estadual caso não haja um Tribunal de Contas dos Municípios
ou do Município, como é o caso do Espírito Santo e de Santa Catarina.

Gabarito: CERTO

12) (CESPE/AFC TCE-AC/2009) O MP e a polícia, no curso de determinada


investigação, descobriram que um membro de um TCE fazia parte de uma
organização criminosa especializada em praticar crimes contra a administração
pública. Diante do farto acervo probatório reunido, esse membro do TCE foi
denunciado pelo MP por crime comum. Na situação hipotética acima, o órgão do
Poder Judiciário competente para julgar a autoridade denunciada pelo MP é o

a) STF.

b) Superior Tribunal de Justiça.

c) tribunal regional federal.

d) tribunal de justiça.

e) juiz de direito.

Comentário: Compete ao STJ processar e julgar, nos crimes comuns e nos de


responsabilidade, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do DF, bem
como dos Tribunais de Contas dos Municípios à à àI à à à à
CF/88). Os Ministros do TCU são processados e julgados pelo STF (art. 102, inciso
Ià à à àCF

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 Ministros do TCU  processados e julgados pelo STF


 Conselheiros  processados e julgados pelo STJ

Gabarito: B

I) As sindicâncias já instaladas no Senado incluem a que investiga as


empresas que intermediavam empréstimos consignados para servidores
e as auditorias do TCU sobre os contratos e a folha de pagamento da
instituição. As cobranças da sociedade por mais transparência
aumentam a pressão para que sejam divulgados todos os gastos da
Casa. O Globo, 28/6/2009, p. 8 (com adaptações).

II) As irregularidades que levam o TCU a retardar o início de obras


costumam estar associadas a manobras que fazem os preços e os
serviços, reais ou falsos, subir aos céus. Obras são interrompidas quando
as fiscalizações surpreendem alterações de projeto, materiais fora da
especificação ou descumprimento de cláusulas contratuais. Por fim, os
casos que comportam as medidas extremas do tribunal estão previstos,
com clareza, na legislação. Jânio de Freitas. In: Folha de S.Paulo,
28/6/2009, p. A11 (com adaptações).

Tendo os textos acima como referências iniciais e considerando o campo de


atuação do TCU no Brasil dos dias atuais, julgue os itens.

13) (CESPE/TFCE TCU/2009) As auditorias mencionadas no primeiro texto


inscrevem-se entre as competências do TCU, fixadas constitucionalmente, entre

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as quais está a de realizar, por iniciativa própria ou não, inspeções e auditorias de


natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial nas
unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

Comentário: Assertiva que traz o inciso IV do artigo 71 da CF/88:

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será


exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete:

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do


Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e
auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no
inciso II;

Gabarito: CERTO

14) (CESPE/TFCE TCU/2009) Do terço dos ministros do TCU cuja escolha


incumbe ao Presidente da República, apenas um é de sua livre escolha, pois os
demais são indicados entre os auditores e os membros do Ministério Público
junto ao tribunal.

Comentário: Questão em consonância com o artigo 73 da CF/88. Observe que os


indicados entre auditores e membros do MPjTC devem constar de lista tríplice,
segundo critérios de antiguidade e merecimento.

No caso do TCE/SC, 3 Conselheiros são indicados pelo Governador, com a


aprovação da Assembleia Legislativa, sendo um de livre escolha e dois
alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao

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Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Plenário, segundo os critérios de


antiguidade e merecimento.

Gabarito: CERTO

15) (CESPE/AFC TCE-AC/2009) Acerca das normas constitucionais para os


sistemas de controle interno e externo, assinale a opção correta.

a) Compete ao TCU sustar, de imediato, contratos comprovadamente lesivos ao


patrimônio público.

b) A aplicação das subvenções e as renúncias de receitas estão entre os atos


sujeitos à fiscalização do controle externo.

c) A empresa supranacional encontra-se sob a jurisdição dos órgãos de controle


externo, desde que a União detenha, de forma direta ou indireta, a maioria do
capital social dessa empresa, nos termos do seu tratado constitutivo.

d) Desde a sua posse, o auditor do TCU está investido das mesmas garantias e dos
mesmos impedimentos dos ministros daquele tribunal.

e) Os TCEs devem ser integrados por conselheiros em número definido nas


respectivas constituições estaduais, que, no entanto, não pode ultrapassar o
número de ministros do TCU.

Comentário: Não cabe ao TCU sustar contratos. Como vimos, tal competência é
do Congresso Nacional (vide procedimento p/ sustação de atos/contratos
constante do resumo). Alternativa A errada.

A alternativa B traz dois dos aspectos sujeitos à fiscalização C.O.F.O.P do controle


externo: legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas.

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A alternativa C tenta confundir o candidato com o disposto no inciso V do art. 71


da CF/88. Compete ao TCU fiscalizar as contas nacionais das empresas
supranacionais de cujo capital social a União participe, nos termos do tratado
constitutivo. Não há necessidade de que a União detenha a maioria do capital
social da empresa, mas apenas que ela participe. A fiscalização se aterá às contas
nacionais, obviamente.

O auditor Ministro-Substituto do TCU somente será investido das mesmas


garantias e impedimentos dos ministros da Corte quando em substituição.
Alternativa D errada.

A alternativa E está errada porque a própria CF/88 estabelece, no parágrafo único


do artigo 75, que os Tribunais de Contas Estaduais serão compostos por 07
Conselheiros.

Gabarito: B

16) (CESPE/Assessor Técnico Jurídico TCE-RN/2009) Se o TCE/RN, ao examinar


as contas do prefeito de Natal, emitisse parecer prévio pela sua rejeição, esse
parecer prevaleceria, exceto se a Assembleia Legislativa do estado, que é
responsável pelo julgamento das referidas contas, o rejeitasse por decisão de dois
terços de seus membros.

Comentário: ATENÇÃO! Não podemos nos deixar enganar pelos artifícios da


banca examinadora! A banca tenta chamar atenção para o quórum de 2/3 para
rejeição do parecer prévio, no caso dos municípios. Entretanto, afirma ser da
Assembleia Legislativa do Estado a competência para julgar as contas do
Prefeito, quando, na verdade, seria da respectiva Câmara Municipal. Olhos de
águia!

Gabarito: ERRADO

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17) (CESPE/Assessor Técnico Jurídico TCE-RN/2009) Se determinado município


não possuir, em sua estrutura administrativa, um TC, o órgão de controle externo
competente para julgar as contas desse município será, obrigatoriamente, o TCE.

Comentário: áà à à à à à obrigatoriamente à fique atento ao ver


este tipo de expressão restritiva em provas!). Como vimos, os municípios podem,
ainda, ser fiscalizados pelos Tribunais de Contas dos Municípios, órgão estadual,
caso dos estados da Bahia, Pará, Goiás e Ceará.

Gabarito: ERRADO

18) (CESPE/Assessor Técnico Jurídico TCE-RN/2009) O limite máximo de 65


anos de idade para nomeação de ministros e conselheiros dos TCs não é aplicável
no caso das vagas reservadas ao MP e aos auditores, uma vez que estes já são
servidores dos respectivos TCs.

Comentário: Os requisitos dispostos no artigo 73, § 1º, da CF/88 (artigo 82, § 1º,
da Lei Orgânica do Distrito Federal) para assumir o cargo de Ministro ou
Conselheiro em um Tribunal de Contas são: ser brasileiro, maior de 35 e com
menos de 65 anos de idade, com idoneidade moral e reputação ilibada, e
notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de
administração pública, com mais de dez anos de exercício de função ou atividade
profissional que exija os conhecimentos mencionados. Não há qualquer ressalva
no sentido apresentado na assertiva.

Gabarito: ERRADO

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19) (CESPE/Assessor Técnico Jurídico TCE-RN/2009) Caso determinada


assembleia legislativa solicite a realização de auditoria de natureza contábil,
financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial ao TCE, mas não seja
atendida, a própria assembleia poderá efetuar diretamente a auditoria.

Comentário: Conforme artigo 71 da CF/88, a competência para realizar


auditorias é dos Tribunais de Contas, não cabendo ao Poder Legislativo usurpar
tal competência, apesar de ser o titular do controle externo.

Gabarito: ERRADO

20) (CESPE/Assessor Técnico Jurídico TCE-RN/2009) Embora existam MPs junto


ao TCU e aos TCs dos estados e dos municípios, não há uma estrutura
administrativa única, que reúna todos os MPs junto aos TCs, como ocorre com o
MP comum.

Comentário: O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas não integra o MP


comum, sendo cada um geralmente organizado pela Lei Orgânica do respectivo
Tribunal de Contas. Entretanto, cabe lembrar que aos membros do MPjTC
aplicam-se os mesmos direitos, vedações e forma de investidura dos membros do
MP comum.

Gabarito: CERTO

21) (CESPE/Assessor Técnico Jurídico TCE-RN/2009) As decisões dos TCs devem


incidir sobre o mérito da gestão financeira, orçamentária, patrimonial, contábil e
operacional do poder público, sem, no entanto, tratar dos direitos subjetivos dos
agentes estatais e das demais pessoas envolvidas nos processos de contas.

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Comentário: Questão importante para observarmos que os TCs julgam contas, e


não pessoas! Dessa forma, não tratam sobre os direitos subjetivos dos agentes
estatais e das demais pessoas envolvidas nos processos de contas, mas apenas
das contas em si.

Gabarito: CERTO

22) (CESPE/Defensor Pública da Bahia/2010) No exercício do controle externo,


cabe ao Congresso Nacional julgar as contas dos administradores e demais
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e
indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas mantidas pelo poder
público federal.

Comentário: É do TCU a competência para julgar as contas dos administradores e


demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração
direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo
poder público federal. O Congresso Nacional possui competência para julgar as
contas do Presidente da República.

Gabarito: ERRADO

23) (FGV/Auditor da Receita Estadual SEAD-AP/2010) No conceito de controle


da administração pública, a comprovação da eficiência ou da oportunidade de um
ato diz respeito:

(A) ao controle hierárquico.

(B) ao controle finalístico.

(C) ao controle externo popular.

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(D) ao controle de mérito.

(E) ao controle preventivo.

Comentário: A conveniência e a oportunidade são atributos verificados no


controle de mérito, sendo o gabarito da questão.

O controle preventivo refere-se a uma classificação quanto ao momento de


exercício do controle, e não aos aspectos a serem controlados.

O controle finalístico é o controle exercido pela Administração Direta sobre as


entidades da Administração Indireta, enquanto o controle hierárquico decorre do
poder hierárquico, logo, da estrutura da própria administração pública (controle
interno).

Gabarito: D

24) (FGV/ACI SEFAZ-RJ/2011) Entre as atribuições do Tribunal de Contas, é


correto afirmar que se destaca

(A) julgar as contas do Chefe do Executivo, dos administradores e demais


responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e
indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder
Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público.

(B) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público, inclusive as nomeações para cargo de
provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias,
reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato concessório.

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(C) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade


de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras
cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário.

(D) assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias
ao exato cumprimento da lei, se verificada legalidade.

(E) sustar, se não atendido, a execução do ato ou contrato impugnado.

Comentário: Questão que trata das competências dos Tribunais de Contas,


estabelecidas no artigo 71 da CF/88.

A alternativa A tenta confundir o candidato com a competência para apreciar, por


meio de parecer prévio, as contas do Chefe do Poder Executivo (inciso I) e a
competência para julgar as contas dos administradores e demais responsáveis
(inciso II). Essa questão é muito batida em provas de Controle, mas tenho certeza
de que você não cairá nessa cilada!

Olhos de águia na alternativa B! A assertiva traz, aparentemente, o texto do


inciso III do artigo 71. Entretanto, a competência para apreciar, para fins de
registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal não inclui as nomeações
para cargo de provimento em comissão, como afirmado na alternativa. O texto
à à à à ...excetuadas as nomeações para cargo de
provimento em comissão...

A alternativa C traz o texto literal do inciso VIII do artigo 71, sendo o gabarito da
questão.

Olhos de águia na alternativa D! A questão está tentando pegar o candidato no


cansaço e na desatenção. A alternativa traz, aparentemente, o texto do inciso IX
do artigo 71. Entretanto, a banca troca a palavra ilegalidade por legalidade. Se
verificada a legalidade, não será necessário tomar nenhuma providência ao exato
cumprimento da lei, uma vez que ela já está sendo cumprida, não é mesmo?!

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O inciso X atribui aos TCs a competência para a sustação direta apenas de atos, e
não de contratos. A competência para sustação de contratos é do Poder
Legislativo (vide resumo). Dessa forma, errada a alternativa E.

Gabarito: C

25) (CESPE/TFCE TCU/2012) O cargo de Procurador-Geral do TCU pode ser


ocupado por procurador da República.

Comentário: Mais uma vez o examinador tenta levar o candidato a pensar que o
Ministério Público junto ao Tribunal de Contas integra o Ministério Público
comum. Mas você já está craque e sabe que não é verdade, não é mesmo?

Gabarito: ERRADO

26) (CESPE/ACE TCDF/2012) Cabe ao controle parlamentar apreciar a legalidade


dos atos de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial
do Poder Executivo, e não avaliar a economicidade de tais gastos e contas.

Comentário: Já vimos que os atos administrativos são avaliados não apenas


quanto a sua legalidade, mas também quanto a sua legitimidade e
economicidade.

Gabarito: ERRADO

27) (CESPE/ACE TCDF/2012) De acordo com o princípio de autotutela e o


sistema de controle existente, o Tribunal de Contas da União e o TCDF estão

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vinculados por uma relação de hierarquia, visando garantir o emprego efetivo do


recurso público.

Comentário: Não há qualquer relação de hierarquia entre os Tribunais de Contas.


A questão cita o princípio da autotutela no início apenas para confundir o
candidato, nada tendo a ver com a questão.

Gabarito: ERRADO

28) (CESPE/Procurador de Contas TCDF/2012) Os membros do MP junto ao TCU


ocupam cargos vitalícios, providos por concurso público específico; são titulares
dos mesmos direitos atribuídos aos membros do MP comum e sujeitos às mesmas
vedações a que estes se submetem.

Comentário: Questão perfeita! Observe que o cargo de Procurador do MPjTC é


provido por meio de concurso público específico, nada tendo a ver com o cargo
de Procurador do MP comum, a não ser pelos direito e vedações.

Gabarito: CERTO

29) (CESPE/Procurador de Contas TCDF/2012) As decisões dos TCs não são


imunes à revisão judicial, mas, quando imputarem débito ou multa, constituirão
título executivo extrajudicial.

Comentário: Como vimos, as decisões dos Tribunais de Contas que imputarem


débito ou multa terão eficácia de título executivo extrajudicial, conforme § 3º do
artigo 71 da CF/88. Ademais, as decisões dos TCs não são imunes à revisão
judicial, uma vez que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito, conforme artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal.
Entretanto, não pode o Poder Judiciário adentrar no mérito das decisões dos

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Tribunais de Contas, ou no que se refere aos aspectos técnicos, mas apenas


avaliá-las quanto à legalidade (contraditório, ampla defesa e devido processo
legal).

Gabarito: CERTO

30) (FCC/Auditor TCE-SP/2013) O controle externo, a cargo do Congresso


Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete

(A) apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República,


mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em noventa dias a contar de
seu recebimento.

(B) julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros,


bens e valores públicos da administração direta e indireta, excluídas as funda-
ções e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Federal, e as contas
daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que
resulte prejuízo ao erário público.

(C) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo
de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias,
reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato concessório.

(D) realizar, por iniciativa da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de


Comissão técnica ou de inquérito, vedada a iniciativa própria, inspeções e
auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e

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patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e


Judiciário.

(E) fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital


social a União participe, de forma direta ou indireta, independentemente dos
termos do tratado constitutivo.

Comentário: A alternativa A vai bem até dizer que o prazo para elaboração do
parecer prévio é de 90 dias, quando na verdade é de 60 dias.

Olhos de águia para a alternativa B. A assertiva traz o texto do inciso II do artigo


71 da CF/88, mas ao à à à à à à incluídas as
fundações... à à à à à excluídas as fundações...

A alternativa C traz o texto literal do inciso III do artigo 71 da Constituição Federal.

A alternativa D tenta confundir o candidato com o texto do inciso IV do mesmo


artigo. As inspeções e auditorias de natureza C.O.F.O.P podem ser realizadas por
iniciativa própria do Tribunal de Contas.

áà à Eà à à à independentemente dos termos do tratado


constitutivo àC à àVà à à à à à à à à
supranacionais de cujo capital a União participe serão fiscalizadas nos termos do
tratado constitutivo.

Gabarito: C

31) (FGV/Auditor - Fundação Pró-Sangue/2013)


Quanto ao controle na Administração Pública, analise as afirmativas a seguir.

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I. O Controle Externo das Administrações Direta e Indireta é de responsabilidade


de cada poder sob a responsabilidade central do Poder Legislativo por meio do
Tribunal de Contas.

II. Prestarão contas ao órgão de controle da administração pública somente as


pessoas jurídicas de caráter público ou a pessoa física que utilize, arrecade, gu
arde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos.

III. As competências dos Tribunais de Contas dos Estados são originárias na


Constituição Federal e são as mesmas conferidas ao Tribunal de Contas da União
, tão somente a jurisdição.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentário: A assertiva I está totalmente errada. Ela nos remete ao artigo 70 da


CF/88, que e à à a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e
indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das
subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional,
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. à
Dessa forma, o controle externo é de responsabilidade do Congresso Nacional,
sendo exercido com o auxílio do Tribunal de Contas.

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Conforme parágrafo único do mesmo artigo 70 d à CF à prestará contas


qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade,
guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a
União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza
pecuniária. Dessa forma, a restrição feita pela assertiva torna o item II errado,
uma vez que também prestam contas pessoas jurídicas de caráter privado que
guardem, arrecadem, gerenciem, administrem ou utilizem (G.A.G.A.U) dinheiros,
bens e valores públicos.

A assertiva III está em consonância com o disposto no artigo 75 da CF/88.

Gabarito: C

32) (FGV/Consultor Direito Constitucional - ALEMA/2013)


Nos termos da Constituição do Estado do Maranhão, a fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado e das entidades d
a administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economici
dade, aplicações das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pela Assem
bleia Legislativa, mediante controle externo e pelo sistema de controle interno
de cada Poder.

Sobre a composição do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão, nos ter


mos da Constituição estadual, assinale a afirmativa correta.

(A) Cinco integrantes são indicados pelo Governador do Estado.

(B) Quatro integrantes são indicados pela Assembleia Legislativa.

(C) Três integrantes são originários do Ministério Público.

(D) Dois integrantes são indicados por iniciativa popular.

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(E) Um integrante é egresso do Poder Legislativo.

Comentário: Os Tribunais de Contas Estaduais são compostos por 07


Conselheiros, cabendo ao Governador do Estado a escolha de 03, mediante
aprovação da Assembleia Legislativa, sendo 01 de livre nomeação e 02,
alternadamente, dentre Auditores e Membros do MPjTC, segundo lista tríplice
organizada obedecendo critérios de antiguidade e merecimento, e à Assembleia
Legislativa a escolha dos outros 04, após arguição pública. Sendo assim, nos resta
marcar a alternativa B.

Gabarito: B

33 (CESPE/ACE TCU/2013) São competências do TCU a análise técnico-jurídica e


o julgamento das contas prestadas anualmente pelo presidente da República e a
emissão de pareceres gerais.

Comentário: Como já vimos (e você já está craque...), o Tribunal de Contas não


julga as contas do Chefe do Poder Executivo, apenas aprecia por meio de parecer
prévio! A competência exclusiva para julgar as contas do Presidente da República
é do Congresso Nacional, conforme artigo 49, inciso IX, da CF/88.

Gabarito: ERRADO

34 (CESPE/ACE TCU/2013) Qualquer cidadão poderá denunciar irregularidades


ou ilegalidades perante o TCU.

Comentário: Questão que traz à baila o controle social consubstanciado no art.


74, § 2 à à CF à Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é
parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades
perante o Tribunal de Contas da União à

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Observe que a assertiva traz praticamente o texto literal do dispositivo


colacionado.

Gabarito: CERTO

35 (CESPE/ACE TCU/2013) Compete ao TCU auxiliar o Congresso Nacional a


exercer a fiscalização das contas nacionais das empresas supranacionais de cujo
capital a União participe, desde que a participação se dê de forma direta.

Comentário: A fiscalização se dará nas contas nacionais das empresas


supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou
indireta, nos termos do tratado constitutivo, nos termos do inciso V do artigo
71 da CF/88, tornando errada a parte final da assertiva.

Gabarito: ERRADO

36 (CESPE/ACE TCU/2013) Os responsáveis pela aplicação de quaisquer


recursos repassados pela União a municípios, estados e Distrito Federal, mediante
acordo, à exceção de convênio, estarão no âmbito da jurisdição do tribunal.

Comentário: A questão erra ao excepcionar os convênios. Observe o que consta


à à VIà à à à à CF à VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer
recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros
instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município

Apenas um breve comentário... foram duas questões que se apresentaram em


sequência na prova para Auditor de Controle Externo do TCU 2013 (uma prova
de alto nível de dificuldade) cobrando dispositivos subsequentes da CF/88 (incisos
V e VI do artigo 71).

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Recomendo, novamente, a leitura dos dispositivos legais trabalhados nas aulas


e constantes do edital, de todas as matérias!

Gabarito: ERRADO

37 (CESPE/ACE TCDF/2013) A fiscalização contábil e financeira dos órgãos e


entidades que compõem a estrutura do DF é exercida pela Câmara Legislativa
(CLDF), mediante controle externo, com o auxílio do TCDF, e pelo sistema de
controle interno dos Poderes Legislativo e Executivo.

Comentário: Questão em consonância com o caput do artigo 77 da LODF,


dispositivo simétrico (simetria constitucional/concêntrica) ao caput do artigo 70
da CF/88.

Gabarito: CERTO

38 (CESPE/ACE TCDF/2013) O controle pode ser classificado, quanto ao


momento do seu exercício, em prévio, simultâneo ou a posteriori. A exigência de
laudos de impacto ambiental, por exemplo, constitui uma forma de controle
simultâneo.

Comentário: Relembrando nossa Aula 0...

Controle prévio (a priori) é aquele que antecede o ato, com o objetivo de impedir
a prática ilegal ou contrária ao interesse público. O controle exercido previamente
possui caráter preventivo e orientador.

Controle concomitante (pari-passu) é aquele exercido durante a realização do


ato, com o objetivo de verificar sua regularidade. Possui caráter preventivo e
repressivo, a depender do momento da atividade administrativa.

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Controle subsequente (a posteriori) é aquele exercido após a conclusão do ato,


sendo uma das formas mais comuns de controle. Possui caráter corretivo e,
eventualmente, sancionador.

Dessa forma, fica claro que a exigência de laudos de impacto ambiental constitui
uma forma de controle prévio (a priori), já que constitui exigência para o
licenciamento de obras.

Gabarito: ERRADO

39 (CESPE/ACE TCDF/2013) O controle legislativo é tanto político quanto


financeiro. O controle financeiro, no âmbito parlamentar, é exercido por meio de
suas casas e respectivas comissões. Há comissões permanentes e temporárias,
entre as quais as CPIs. No caso do DF, cabe precipuamente à Comissão de
Economia, Orçamento e Finanças da Câmara Legislativa (CLDF) fiscalizar a
execução orçamentária e financeira.

Comentário: Questão que aborda o controle legislativo/parlamentar, estudado


em nossa Aula 0. O controle legislativo é basicamente dividido em controle
político e controle financeiro. O controle financeiro refere-se à fiscalização
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, disciplinada
nos artigos 70 a 75 da CF/88, que será exercida pelo Congresso Nacional,
mediante controle externo, com o auxílio do Tribunal de Contas, e pelo sistema
de controle interno de cada Poder. Importante destacar que, no âmbito
parlamentar, o controle financeiro é exercido por meio de suas Casas e
Comissões integrantes do Poder Legislativo, a exemplo das Comissões de
Orçamentos e das CPI`s. No Congresso Nacional, essa tarefa cabe principalmente
à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), que, no
DF, equivale à Comissão de Economia, Orçamento e Finanças da Câmara
Legislativa.

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Gabarito: CERTO

40 (CESPE/ACE TCDF/2013) Caso constate ilegalidade na execução de contrato


administrativo, o tribunal de contas deverá assinar prazo para a adoção das
providências necessárias ao cumprimento da lei, podendo sustar, se não
atendido, a execução do referido contrato.

Comentário: Lembre-se que não cabe ao Tribunal de Contas, inicialmente, sustar


diretamente contratos administrativos, uma vez que essa competência é
atribuída ao Poder Legislativo (no caso federal, ao Congresso Nacional). O TC
decidirá a respeito da sustação do contrato apenas no caso de o Poder Legislativo,
ou o Poder Executivo, não adotar as medidas necessárias no prazo de 90 dias.

Gabarito: ERRADO

41 (CESPE/ACE TCDF/2013) As competências constitucionais dos tribunais de


contas incluem a apreciação da legalidade dos atos de admissão de pessoal, para
fins de registro, e as nomeações para cargos de provimento em comissão.

Comentário: A à à à à à à à à ... e as nomeações para


cargos de provimento em comissão

C à à à IIIà à à à à CF à à à TC à à à
legalidade dos atos de admissão de pessoal, para fins de registro, excetuadas as
nomeações para cargos de provimento em comissão, que são de livre nomeação
e exoneração.

Gabarito: ERRADO

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42 (CESPE/ANALISTA CARGO 5 TCDF/2013) Constatando a existência de


ilegalidade em contrato firmado por uma secretaria do Governo do Distrito
Federal (GDF), o TCDF deverá sustar imediatamente a sua execução e comunicar a
decisão à CLDF, que deverá determinar as providências cabíveis, no prazo de 90
dias, para a regularização. Findo esse prazo, se a ilegalidade não tiver sido sanada,
o TCDF deverá decidir a respeito.

Comentário: Observe que a banca examinadora utiliza perfeitamente os prazos e,


aparentemente, adota o correto procedimento para a sustação de contratos. Mas
tenha atenção! Não caia nas armadilhas da banca! Observe que a assertiva
afirma que à ... o TCDF deverá sustar imediatamente a sua execução à à à à
execução do contrato. Entretanto, já vimos que não cabe ao Tribunal de Contas,
inicialmente, sustar diretamente contratos administrativos, uma vez que essa
competência é atribuída ao Poder Legislativo.

ATENÇÃO! Sustar imediatamente a execução e comunicar a decisão ao Poder


Legislativo é o procedimento para a sustação de ATOS, não de contratos!

Gabarito: ERRADO

43 (CESPE/ANALISTA CARGO 5 TCDF/2013) Ao auditor do TCDF que atue em


substituição a conselheiros caberão as mesmas garantias, prerrogativas e
impedimentos dos desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
dos Territórios.

Comentário: Como já vimos em questão anterior, o auditor terá as mesmas


garantias e impedimentos dos Ministros/Conselheiros da Corte de Contas quando
em substituição. Dessa forma, sabendo-se que os Conselheiros do TCDF se
equiparam, em garantias e impedimentos, aos Desembargadores do TJDFT
(Ministros do TCU Ministros do STJ), quando em substituição o auditor também
terá as mesmas garantias e impedimentos dos Desembargadores.

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Gabarito: CERTO

44 (CESPE/ANALISTA CARGO 5 TCDF/2013) O controle exercido pela


administração sobre as entidades da administração indireta, denominado tutela,
caracteriza-se como controle externo. Na realização desse controle, deve-se
preservar a autonomia da entidade, nos termos de sua lei instituidora.

Comentário: Questão que define com perfeição o controle finalístico (tutela ou


supervisão ministerial), exercido pela Administração Direta sobre a
Administração Indireta, como resultado da descentralização administrativa,
visando verificar objetivamente o atingimento das finalidades para as quais foi
criada a entidade, preservando-se a autonomia da mesma.

Surge, novamente, a polêmica quanto à classificação do controle finalístico como


sendo externo ou interno.

Como vimos em nossa Aula 0, Maria Sylvia Di Pietro e José dos Santos
Carvalho Filho entendem que o controle finalístico se enquadraria como
controle externo, apesar de integrarem o mesmo Poder. Por outro lado, para o
Prof. Celso Antônio Bandeira de Mello seria classificado como controle interno
(controle interno exterior), já que exercido por órgão integrante do mesmo Poder
do órgão controlado.

Entendo que a tutela seria um controle interno, na linha do Professor Celso de


M àE à à à à à jurisprudência à à CE“PEà à
se perfilar com a doutrina dos Profs. Di Pietro e Carvalho Filho, no sentido de
considerá-lo como controle externo.

Gabarito: CERTO

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45 (CESPE/PROCURADOR TC-PB/2013) No exercício do controle político da


administração pública, compete

A) às CPIs apurar irregularidades e determinar sanções.

B) ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que


exorbitem do poder regulamentar, sustando, se for o caso, seus efeitos
independentemente de prévia manifestação do Poder Judiciário.

C) ao Senado Federal ou à Câmara dos Deputados excetuadas suas comissões


convocar titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da
República.

D) privativamente ao Congresso Nacional e ao Senado Federal apreciar, a priori,


os atos do Poder Executivo.

E) ao Senado Federal dispor, por proposta do presidente da República, sobre


limites globais e condições para a operação de créditos externo e interno da
União, dos estados, dos municípios e do DF, exceto das autarquias.

Comentário: áà à áà à à à à à à CPI à à à
Observe que a CPI não possui poder sancionatório, mas apenas investigativo,
devendo encaminhar suas conclusões, se for o caso, ao Ministério Público
(artigo 58, § 3º, da CF/88).

A alternativa B está em consonância com o disposto no inciso V do artigo 48 da


CF/88.

A alternativa C erra ao excepcionar as comissões. Observe o disposto no artigo 50


à CF à A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas
Comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos
diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem,
pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando
crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada

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Andou mal a banca examinadora na elaboração da alternativa D, a meu ver. Uma


das hipóteses constitucionais de controle parlamentar direto é a competência
exclusiva do Congresso Nacional (artigo 49 incisos I, II, III, IV, XII, XIV, XVI e XVII)
ou privativa do Senado Federal (artigo 52 incisos III, IV, V e XI) para apreciar os
atos do Poder Executivo, mediante autorização ou aprovação. Observe que
há, sim, hipóteses de atuação prévia por parte do Poder Legislativo, nos casos em
que este autoriza determinado ato do Poder Executivo. Não obstante, da forma
como foi escrita a assertiva nos poderia levar a crer que todos os atos do Poder
Executivo são apreciados a priori pelo Poder Legislativo, necessitando de
autorização para serem praticados. Cabe destacar, ainda, que as competências do
artigo 49 da Carta Magna são exclusivas do Congresso Nacional, enquanto as do
artigo 52 são privativas do Senado Federal.

A alternativa E mistura os incisos VI e VII do artigo 52 da CF/88, que dispõe sobre


as competências privativas do Senado Federal:

VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o


montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;

VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito


externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de
suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal;

Gabarito: B

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Hoje ficamos por aqui.

Arrisco-me a dizer que a presente aula é a mais importante para nossa


prova, uma vez que daqui saem praticamente 50% das questões que vêm caindo
nos concursos pelo Brasil afora.

Na próxima aula terminaremos o estudo sobre as competências


infraconstitucionais e abordaremos as funções, a natureza jurídica, a eficácia das
decisões e a jurisdição dos Tribunais de Contas.

Em caso de dúvidas, fico à disposição no fórum.

FACA NA CAVEIRA e SANGUE NOS OLHOS!

Grande abraço e excelentes estudos!

Hugo Mesquita.

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LISTA DE EXERCÍCIOS
LISTA DE EX

ListaERCÍCIOS

1) (ESAF/ACI MPU/2004) São finalidades do sistema de controle interno do


Poder Executivo federal, exceto

a) avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos


programas de governo e dos orçamentos da União.

b) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à eficiência


da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da
administração pública federal, bem como da aplicação de recursos públicos por
entidades de direito privado.

c) prestar orientação aos administradores de bens e recursos públicos nos


assuntos pertinentes à área de competência do sistema de controle interno,
inclusive sobre a forma de prestar contas.

d) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres da União.

e) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

2) (ESAF/ACI MPU/2004) Podendo ser aferidos por indicadores de gestão, os


seguintes conceitos são fundamentais para a auditoria no Setor Público. Assinale,
portanto, a opção que indica a associação correta.

I - Expressa variação positiva da relação custo/benefício, na A) Legalidade


qual busca-se a otimização dos resultados na escolha dos
menores custos em relação aos maiores benefícios. Revela a
atenção da gestão com o bom uso qualitativo dos recursos
financeiros, por definição, escassos, desde a adequação da

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proposta orçamentária das metas a serem atingidas,


passando pela coerência com respeito aos preços de
mercado, o desenvolvimento de fontes alternativas de
receita e a obtenção dos menores custos por produto
gerado.

II - É o grau de atingimento das metas fixadas para um B) Eficiência.


determinado objeto de uma ação em relação ao previsto, em
um determinado período.

III - Consiste na aderência dos atos e fatos de gestão C) Economicidade.


praticados, aos normativos legais e técnicos que regem os
mesmos.

IV - É a medida da relação entre os recursos efetivamente D) Eficácia.


utilizados para a realização de uma meta, frente a padrões
estabelecidos. Mede, então, a utilização dos recursos de que
a unidade ou entidade dispõe para realizar um conjunto de
ações e operações que visam atingir um propósito de
trabalho previamente programado. A eficiência está
associada ao uso dos recursos disponíveis em relação aos
produtos e serviços finais elaborados.

A B C D

a) III IV II I

b) II III IV I

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c) III I IV II

d) II IV I III

e) III IV I II

3) (FUNIVERSA/ACI Pref. Palmas TO/2005) Quanto às finalidades do Sistema


de Controle Interno, analise as assertivas abaixo:

I - Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, que visa a


comprovar a conformidade da sua execução.

II - Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência,


da gestão orçamentária, financeira e patrimonial, nos órgãos e entidades da
administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos e privados
por entidades de direito privado.

III - Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres da União.

IV - Para atingir suas finalidades básicas, deverá exercer algumas atividades


básicas, entre elas a avaliação da gestão dos administradores públicos federais,
que visa a comprovar a legalidade e a legitimidade dos resultados quanto à
economicidade, eficiência e eficácia da gestão orçamentária, financeira,
patrimonial, de pessoal e demais sistemas administrativos e operacionais.

V - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer


irregularidade ou ilegalidade, poderão dela dar ciência ao Tribunal de Contas da
União.

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Assinale a alternativa correta:

(A) I, III e IV são verdadeiras.

(B) I, III e IV são falsas.

(C) I e V são verdadeiras.

(D) II e III são falsas.

(E) II, IV e V são falsas.

4) (FGV/ACI Finanças Públicas SAD PE/2008) De acordo com a Constituição


Federal, comprovar a legalidade e avaliar os resultados da gestão orçamentária,
financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, quanto
à eficácia e eficiência, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades
de direito privado é matéria que compete:

(A) ao Ministério Público de forma integrada com a Advocacia Geral da União.

(B) ao Sistema de Controle Interno de forma integrada pelos Poderes Executivo,


Legislativo e Judiciário.

(C) ao Tribunal de Contas em auxílio ao Congresso Nacional.

(D) ao Congresso Nacional com o apoio da Controladoria Geral da União.

(E) à Secretaria Federal de Controle e a Advocacia Geral da União.

Maria, servidora pública do TJDFT, requereu aposentadoria no setor de recursos


humanos, tendo sido deferido e publicado o respectivo ato em 12/4/2003,
quando então passou a gozar do seu benefício de aposentadoria. Antes de
qualquer análise desse ato pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o setor de

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controle interno do tribunal verificou que foi computado de forma inadequada


tempo de contribuição, motivo pelo qual Maria não poderia ter sido aposentada.

Acerca dessa situação hipotética, dos direitos e garantias fundamentais previstos


na Constituição Federal de 1988, dos atos administrativos e do regime jurídico
dos servidores públicos, julgue os itens seguintes.

5) (CESPE/Analista Judiciário Controle Interno - TJDFT/2008) Comunicado ao


TCU o fato de o cômputo do tempo de contribuição ter sido feito de forma
inadequada, o mesmo não poderia negar o registro e determinar o retorno de
Maria à atividade.

6) (CESPE/Analista Judiciário Controle Interno - TJDFT/2008) O TCU, na espécie,


ao negar registro, exerce atividade de auxiliar de controle externo do Congresso
Nacional.

7) (CESPE/Analista Judiciário Controle Interno - TJDFT/2008) O ato de


aposentadoria em questão é classificado como ato complexo, pois depende da
vontade do TJDFT e do TCU.

8) (CESPE/TFCE TCU/2007) O TCU deve auxiliar o Congresso Nacional no


exercício do controle externo e da fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e
indireta.

9) (CESPE/TFCE TCU/2007) Os ministros do TCU, por integrarem o Poder


Judiciário, detêm as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos,
vencimentos e vantagens dos ministros do Superior Tribunal de Justiça.

10) (CESPE/Auditor Prefeitura Municipal de Vila Velha-ES/2008) Por força


constitucional, cada município brasileiro deve instituir um tribunal de contas
municipal.

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11) (CESPE/Auditor Prefeitura Municipal de Vila Velha-ES/2008) A Câmara


Municipal é responsável pelo controle externo do município, contando, para
tanto, com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado, sem prejuízo da existência
de sistemas de controle interno.

12) (CESPE/AFC TCE-AC/2009) O MP e a polícia, no curso de determinada


investigação, descobriram que um membro de um TCE fazia parte de uma
organização criminosa especializada em praticar crimes contra a administração
pública. Diante do farto acervo probatório reunido, esse membro do TCE foi
denunciado pelo MP por crime comum. Na situação hipotética acima, o órgão do
Poder Judiciário competente para julgar a autoridade denunciada pelo MP é o

a) STF.

b) Superior Tribunal de Justiça.

c) tribunal regional federal.

d) tribunal de justiça.

e) juiz de direito.

I) As sindicâncias já instaladas no Senado incluem a que investiga as


empresas que intermediavam empréstimos consignados para servidores
e as auditorias do TCU sobre os contratos e a folha de pagamento da
instituição. As cobranças da sociedade por mais transparência
aumentam a pressão para que sejam divulgados todos os gastos da
Casa. O Globo, 28/6/2009, p. 8 (com adaptações).

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II) As irregularidades que levam o TCU a retardar o início de obras


costumam estar associadas a manobras que fazem os preços e os
serviços, reais ou falsos, subir aos céus. Obras são interrompidas quando
as fiscalizações surpreendem alterações de projeto, materiais fora da
especificação ou descumprimento de cláusulas contratuais. Por fim, os
casos que comportam as medidas extremas do tribunal estão previstos,
com clareza, na legislação. Jânio de Freitas. In: Folha de S.Paulo,
28/6/2009, p. A11 (com adaptações).

Tendo os textos acima como referências iniciais e considerando o campo de


atuação do TCU no Brasil dos dias atuais, julgue os itens.

13) (CESPE/TFCE TCU/2009) As auditorias mencionadas no primeiro texto


inscrevem-se entre as competências do TCU, fixadas constitucionalmente, entre
as quais está a de realizar, por iniciativa própria ou não, inspeções e auditorias de
natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial nas
unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

14) (CESPE/TFCE TCU/2009) Do terço dos ministros do TCU cuja escolha


incumbe ao Presidente da República, apenas um é de sua livre escolha, pois os
demais são indicados entre os auditores e os membros do Ministério Público
junto ao tribunal.

15) (CESPE/AFC TCE-AC/2009) Acerca das normas constitucionais para os


sistemas de controle interno e externo, assinale a opção correta.

a) Compete ao TCU sustar, de imediato, contratos comprovadamente lesivos ao


patrimônio público.

b) A aplicação das subvenções e as renúncias de receitas estão entre os atos


sujeitos à fiscalização do controle externo.

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c) A empresa supranacional encontra-se sob a jurisdição dos órgãos de controle


externo, desde que a União detenha, de forma direta ou indireta, a maioria do
capital social dessa empresa, nos termos do seu tratado constitutivo.

d) Desde a sua posse, o auditor do TCU está investido das mesmas garantias e dos
mesmos impedimentos dos ministros daquele tribunal.

e) Os TCEs devem ser integrados por conselheiros em número definido nas


respectivas constituições estaduais, que, no entanto, não pode ultrapassar o
número de ministros do TCU.

16) (CESPE/Assessor Técnico Jurídico TCE-RN/2009) Se o TCE/RN, ao examinar


as contas do prefeito de Natal, emitisse parecer prévio pela sua rejeição, esse
parecer prevaleceria, exceto se a Assembleia Legislativa do estado, que é
responsável pelo julgamento das referidas contas, o rejeitasse por decisão de dois
terços de seus membros.

17) (CESPE/Assessor Técnico Jurídico TCE-RN/2009) Se determinado município


não possuir, em sua estrutura administrativa, um TC, o órgão de controle externo
competente para julgar as contas desse município será, obrigatoriamente, o TCE.

18) (CESPE/Assessor Técnico Jurídico TCE-RN/2009) O limite máximo de 65


anos de idade para nomeação de ministros e conselheiros dos TCs não é aplicável
no caso das vagas reservadas ao MP e aos auditores, uma vez que estes já são
servidores dos respectivos TCs.

19) (CESPE/Assessor Técnico Jurídico TCE-RN/2009) Caso determinada


assembleia legislativa solicite a realização de auditoria de natureza contábil,
financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial ao TCE, mas não seja
atendida, a própria assembleia poderá efetuar diretamente a auditoria.

20) (CESPE/Assessor Técnico Jurídico TCE-RN/2009) Embora existam MPs junto


ao TCU e aos TCs dos estados e dos municípios, não há uma estrutura

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administrativa única, que reúna todos os MPs junto aos TCs, como ocorre com o
MP comum.

21) (CESPE/Assessor Técnico Jurídico TCE-RN/2009) As decisões dos TCs devem


incidir sobre o mérito da gestão financeira, orçamentária, patrimonial, contábil e
operacional do poder público, sem, no entanto, tratar dos direitos subjetivos dos
agentes estatais e das demais pessoas envolvidas nos processos de contas.

22) (CESPE/Defensor Pública da Bahia/2010) No exercício do controle externo,


cabe ao Congresso Nacional julgar as contas dos administradores e demais
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e
indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas mantidas pelo poder
público federal.

23) (FGV/Auditor da Receita Estadual SEAD-AP/2010) No conceito de controle


da administração pública, a comprovação da eficiência ou da oportunidade de um
ato diz respeito:

(A) ao controle hierárquico.

(B) ao controle finalístico.

(C) ao controle externo popular.

(D) ao controle de mérito.

(E) ao controle preventivo.

24) (FGV/ACI SEFAZ-RJ/2011) Entre as atribuições do Tribunal de Contas, é


correto afirmar que se destaca

(A) julgar as contas do Chefe do Executivo, dos administradores e demais


responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e
indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder

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Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público.

(B) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público, inclusive as nomeações para cargo de
provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias,
reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato concessório.

(C) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade


de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras
cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário.

(D) assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias
ao exato cumprimento da lei, se verificada legalidade.

(E) sustar, se não atendido, a execução do ato ou contrato impugnado.

25) (CESPE/TFCE TCU/2012) O cargo de Procurador-Geral do TCU pode ser


ocupado por procurador da República.

26) (CESPE/ACE TCDF/2012) Cabe ao controle parlamentar apreciar a legalidade


dos atos de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial
do Poder Executivo, e não avaliar a economicidade de tais gastos e contas.

27) (CESPE/ACE TCDF/2012) De acordo com o princípio de autotutela e o


sistema de controle existente, o Tribunal de Contas da União e o TCDF estão
vinculados por uma relação de hierarquia, visando garantir o emprego efetivo do
recurso público.

28) (CESPE/Procurador de Contas TCDF/2012) Os membros do MP junto ao TCU


ocupam cargos vitalícios, providos por concurso público específico; são titulares

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dos mesmos direitos atribuídos aos membros do MP comum e sujeitos às mesmas


vedações a que estes se submetem.

29) (CESPE/Procurador de Contas TCDF/2012) As decisões dos TCs não são


imunes à revisão judicial, mas, quando imputarem débito ou multa, constituirão
título executivo extrajudicial.

30) (FCC/Auditor TCE-SP/2013) O controle externo, a cargo do Congresso


Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete

(A) apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República,


mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em noventa dias a contar de
seu recebimento.

(B) julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros,


bens e valores públicos da administração direta e indireta, excluídas as funda-
ções e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público Federal, e as contas
daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que
resulte prejuízo ao erário público.

(C) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo
de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias,
reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato concessório.

(D) realizar, por iniciativa da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de


Comissão técnica ou de inquérito, vedada a iniciativa própria, inspeções e
auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário.

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(E) fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital


social a União participe, de forma direta ou indireta, independentemente dos
termos do tratado constitutivo.

31) (FGV/Auditor - Fundação Pró-Sangue/2013)


Quanto ao controle na Administração Pública, analise as afirmativas a seguir.

I. O Controle Externo das Administrações Direta e Indireta é de responsabilidade


de cada poder sob a responsabilidade central do Poder Legislativo por meio do
Tribunal de Contas.

II. Prestarão contas ao órgão de controle da administração pública somente as


pessoas jurídicas de caráter público ou a pessoa física que utilize, arrecade, gu
arde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos.

III. As competências dos Tribunais de Contas dos Estados são originárias na


Constituição Federal e são as mesmas conferidas ao Tribunal de Contas da União
, tão somente a jurisdição.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

32) (FGV/Consultor Direito Constitucional - ALEMA/2013)


Nos termos da Constituição do Estado do Maranhão, a fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado e das entidades d

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a administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economici


dade, aplicações das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pela Assem
bleia Legislativa, mediante controle externo e pelo sistema de controle interno
de cada Poder.

Sobre a composição do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão, nos ter


mos da Constituição estadual, assinale a afirmativa correta.

(A) Cinco integrantes são indicados pelo Governador do Estado.

(B) Quatro integrantes são indicados pela Assembleia Legislativa.

(C) Três integrantes são originários do Ministério Público.

(D) Dois integrantes são indicados por iniciativa popular.

(E) Um integrante é egresso do Poder Legislativo.

33 (CESPE/ACE TCU/2013) São competências do TCU a análise técnico-jurídica e


o julgamento das contas prestadas anualmente pelo presidente da República e a
emissão de pareceres gerais.

34 (CESPE/ACE TCU/2013) Qualquer cidadão poderá denunciar irregularidades


ou ilegalidades perante o TCU.

35 (CESPE/ACE TCU/2013) Compete ao TCU auxiliar o Congresso Nacional a


exercer a fiscalização das contas nacionais das empresas supranacionais de cujo
capital a União participe, desde que a participação se dê de forma direta.

36 (CESPE/ACE TCU/2013) Os responsáveis pela aplicação de quaisquer


recursos repassados pela União a municípios, estados e Distrito Federal, mediante
acordo, à exceção de convênio, estarão no âmbito da jurisdição do tribunal.

37 (CESPE/ACE TCDF/2013) A fiscalização contábil e financeira dos órgãos e


entidades que compõem a estrutura do DF é exercida pela Câmara Legislativa

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(CLDF), mediante controle externo, com o auxílio do TCDF, e pelo sistema de


controle interno dos Poderes Legislativo e Executivo.

38 (CESPE/ACE TCDF/2013) O controle pode ser classificado, quanto ao


momento do seu exercício, em prévio, simultâneo ou a posteriori. A exigência de
laudos de impacto ambiental, por exemplo, constitui uma forma de controle
simultâneo.

39 (CESPE/ACE TCDF/2013) O controle legislativo é tanto político quanto


financeiro. O controle financeiro, no âmbito parlamentar, é exercido por meio de
suas casas e respectivas comissões. Há comissões permanentes e temporárias,
entre as quais as CPIs. No caso do DF, cabe precipuamente à Comissão de
Economia, Orçamento e Finanças da Câmara Legislativa (CLDF) fiscalizar a
execução orçamentária e financeira.

40 (CESPE/ACE TCDF/2013) Caso constate ilegalidade na execução de contrato


administrativo, o tribunal de contas deverá assinar prazo para a adoção das
providências necessárias ao cumprimento da lei, podendo sustar, se não
atendido, a execução do referido contrato.

41 (CESPE/ACE TCDF/2013) As competências constitucionais dos tribunais de


contas incluem a apreciação da legalidade dos atos de admissão de pessoal, para
fins de registro, e as nomeações para cargos de provimento em comissão.

42 (CESPE/ANALISTA CARGO 5 TCDF/2013) Constatando a existência de


ilegalidade em contrato firmado por uma secretaria do Governo do Distrito
Federal (GDF), o TCDF deverá sustar imediatamente a sua execução e comunicar a
decisão à CLDF, que deverá determinar as providências cabíveis, no prazo de 90
dias, para a regularização. Findo esse prazo, se a ilegalidade não tiver sido sanada,
o TCDF deverá decidir a respeito.

43 (CESPE/ANALISTA CARGO 5 TCDF/2013) Ao auditor do TCDF que atue em


substituição a conselheiros caberão as mesmas garantias, prerrogativas e

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impedimentos dos desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e


dos Territórios.

44 (CESPE/ANALISTA CARGO 5 TCDF/2013) O controle exercido pela


administração sobre as entidades da administração indireta, denominado tutela,
caracteriza-se como controle externo. Na realização desse controle, deve-se
preservar a autonomia da entidade, nos termos de sua lei instituidora.

45 (CESPE/PROCURADOR TC-PB/2013) No exercício do controle político da


administração pública, compete

A) às CPIs apurar irregularidades e determinar sanções.

B) ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que


exorbitem do poder regulamentar, sustando, se for o caso, seus efeitos
independentemente de prévia manifestação do Poder Judiciário.

C) ao Senado Federal ou à Câmara dos Deputados excetuadas suas comissões


convocar titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da
República.

D) privativamente ao Congresso Nacional e ao Senado Federal apreciar, a priori,


os atos do Poder Executivo.

E) ao Senado Federal dispor, por proposta do presidente da República, sobre


limites globais e condições para a operação de créditos externo e interno da
União, dos estados, dos municípios e do DF, exceto das autarquias.

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GABARITOS
GABA

GabaritosRITOS

QUESTÃO GABARITO QUESTÃO GABARITO


01 C 23 D
02 E 24 C
03 E 25 ERRADO
04 B 26 ERRADO
05 ERRADO 27 ERRADO
06 ERRADO 28 CERTO
07 CERTO 29 CERTO
08 CERTO 30 C
09 ERRADO 31 C
10 ERRADO 32 B
11 CERTO 33 ERRADO
12 B 34 CERTO
13 CERTO 35 ERRADO
14 CERTO 36 ERRADO
15 B 37 CERTO
16 ERRADO 38 ERRADO
17 ERRADO 39 CERTO
18 ERRADO 40 ERRADO
19 ERRADO 41 ERRADO
20 CERTO 42 ERRADO
21 CERTO 43 CERTO
22 ERRADO 44 CERTO
45 B

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