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Renato Miranda 1
Abstract – Athletic training is a process aimed at breaking the internal balance of the human
organism and thus to improve the athlete’s performance. However, training stress may result
in negative responses such as overtraining syndrome. This maladaptation can be avoided by
monitoring the effects of training using psychological, physiological and biochemical variables.
1 Universidade Federal No consensus exists regarding the efficiency of some markers, but studies are unanimous that
de Juiz de Fora, Faculdade s single marker is unable to monitor and prevent this syndrome. Further studies are necessary
de Educação Física e to clarify doubts and to broaden the knowledge about this topic, which is of marked interest to
Desportos, Juiz de Fora, researchers involved in high performance sports. Thus, the purpose of this review of the speciali-
MG, Brasil.
zed literature was to discuss how psychological, physiological and biochemical markers, such as
Recebido em 26/08/08
mood state, overtraining score, resting heart rate variability and creatine kinase, are associated
Revisado em 01/10/08 with training load and overtraining.
Aprovado em 13/02/09 Key words: Trainning; Markers; Performance.
Figura 1. Adaptação do diagrama da SAG para o treinamento esportivo. Fonte: Livro Construindo um atleta vencedor: Uma
abordagem psicofísica do esporte, 2008 p. 93. Autorizado pelos autores.
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disfunções no sistema nervoso autônomo, distúr- marcador confiável, simples e específico para mo-
bios do sono e do apetite, alterações de humor, nitorar regularmente a resposta do atleta à carga
depressão, entre outros2,4-7,12-14. de treinamento2,10 e para diagnosticar o overre-
Poucos estudos indicaram uma descrição aching e o overtraining nos estágios iniciais7,10,13
precisa do processo do overtraining para entender ,pois nenhum parâmetro isolado é suficiente para
o padrão de adaptações positivas e negativas às avaliá-los e predizê-los14. Assim, o monitoramento
cargas de treinamento16. Fatores como a monoto- do treinamento de atletas de elite deveria envolver
nia dos treinamentos, o excesso de pressão e de uma avaliação multivariada para mensurar a adap-
competições podem contribuir para o overtrai- tação a certas cargas de treino9.
ning, mas o principal fator causal dessa síndrome Os sintomas associados ao overtraining podem
é a recuperação inadequada2,17. ser divididos em quatro categorias de avaliação: psi-
A recuperação pode ser definida como a com- cológicos, fisiológicos, bioquímicos e imunológicos2
pensação do estado de déficit de um organismo ou o e, de acordo com Smith4, a utilização de marcadores
restabelecimento do estado homeostático17. Devido às dessas quatro categorias juntos, é a melhor forma
tensões, preocupações e altas expectativas por sucesso de monitorar o treinamento.
que o cenário do alto nível competitivo reverbera, são Mediante isso, o objetivo dessa revisão é abor-
observadas falhas na aplicação da metodologia de dar, a partir dos dados da literatura especializada,
treinamentos de atletas, principalmente, com relação como os marcadores psicológico, fisiológico e bio-
aos intervalos de recuperação. O repouso adequado químico, especificamente, estado de humor, escore
após o exercício intenso pode ser importante para do questionário de overtraining, variabilidade da
melhorar a recuperação psicológica e fisiológica do frequência cardíaca (VFC) em repouso e creatina
atleta18. Quanto maior a demanda do treinamento, quinase plasmática (CK), relacionam-se com a
maior a necessidade de recuperação do atleta2. demanda de treinamento e o overtraining.
Quando os períodos de recuperação dos atletas
não são adequados e as cargas são aumentadas Estado de humor e o exercício
desproporcionalmente, a rotina do atleta pode se
tornar cada vez mais extenuante6 e muitas das al- Os marcadores psicológicos têm sido largamente
terações fisiológicas associadas com o treinamento utilizados na tentativa de avaliar os efeitos das
físico podem ser revertidas ao overtraining1. cargas de treino19. Métodos como o Perfil de Estado
Diferenças interindividuais no potencial de de Humor (POMS), Questionário de Estresse-
recuperação, capacidade de realizar o exercício, Recuperação (REST-Q), Escala de Percepção do
estressores não relacionados especificamente ao esforço de Borg (RPE) têm sido utilizados para o
treinamento (família, estudos, trabalho e outros) acompanhamento e monitoramento dos treina-
e a tolerância ao estresse podem explicar porque mentos17.
os atletas apresentam respostas diferentes para as As relações entre as dimensões do humor,
mesmas cargas de treinamento11. o rendimento esportivo e a monitorização do
Os fatores associados ao overtraining podem treinamento têm sido motivo de preocupações e,
prejudicar a saúde do atleta e afastá-lo momentane- consequentemente, de investigações na área da psi-
amente de treinamentos e competições, podendo cologia do esporte e das atividades físicas20. Muitos
comprometer completamente a carreira do mesmo. estudos têm avaliado o estado de humor através do
Admite-se que a principal causa desta síndrome é o POMS – Profile of Mood States21 que mede o estres-
tempo inadequado de recuperação. A relação direta se psicológico através de suas seis escalas – tensão/
entre recuperação e estresse da carga de treino refor- ansiedade, depressão, raiva, vigor, fadiga e confusão
ça a necessidade da periodização dos programas de mental. Desta maneira, este método constitui-se
treinamento para que os resultados sejam alcançados em uma das medidas mais completas para avaliar
sem comprometer a saúde e a integridade psicofísica e os efeitos do estresse da carga de treinamentos em
social do atleta, que é o foco principal do processo. variáveis psicológicas.
Grandes aumentos e diminuições no volume
Estudos com Marcadores e na intensidade do treinamento de resistência
da carga de treinamento têm sido encontrados, estando associados com
mudanças nos pontos da fadiga e vigor do POMS
Apesar dos avanços nas pesquisas com as cargas em um padrão dose-resposta18. Estudos que têm
de treinamento, ainda não foi identificado um observado a relação entre o exercício e a condição
psicológica concluíram que o exercício intenso afeta afirmativas em 6 escalas (rendimento, psicológico,
negativamente o estado de humor22. fisiológico, nutricional, social e imunológico) e as
Experimentos com atletas de resistência têm respostas pela escala de Likert de 0 a 3 (0-nunca,
revelado que a atividade física pode tanto melhorar 1- às vezes, 2- frequentemente e 3- sempre).
quanto piorar a fadiga e a energia do humor, e o O escore do questionário SFMS parece estar
efeito depende do volume e da intensidade de estí- correlacionado com marcadores do dano muscular
mulo do treinamento19,20. As alterações no estado de como a creatina quinase (CK) e a miosina5 e com
humor são relacionadas tanto à prática regular de a viscosidade plasmática13,25 e pode escanear e de-
atividades físicas quanto aos diferentes momentos tectar precocemente a síndrome do overtraining,
de treinamento e competições esportivas. No estu- favorecendo a recuperação do atleta24.
do de Halson et al.12, foi constatada uma alteração Este questionário é uma ferramenta que vem
no estado de humor em ciclistas em resposta ao sendo usada há pouco tempo e parece ser capaz
treinamento intenso. Uma relação inversa, mas de detectar os efeitos negativos do treinamento,
não estatisticamente significativa, entre o vigor podendo ser utilizado para o controle das cargas
e a fadiga, avaliados pelo POMS, foi observada de treino. Assim, a utilização do questionário de
nos estudos de Baumert et al.8 e Silva et al.20 com overtraining merece mais estudos, associando-o
corredores e triatletas. Buchheit et al.23, em seu a outras variáveis e com atletas brasileiros para
estudo com indivíduos jovens em diferentes níveis verificar a sua aplicação nesta população.
de condicionamento, não encontraram diferença
significativa no estado de humor ou no nível de Variabilidade da frequência
fadiga entre os indivíduos sedentários, moderada- cardíaca (vfc) e o exercício
mente treinados e altamente treinados.
O estresse provocado pelo treinamento influen- O estresse fisiológico do treinamento é o principal
cia positiva ou negativamente o estado mental do aspecto associado ao overtraining2. Nos últimos
atleta. Algumas variáveis psicológicas são mais anos, tem-se observado um aumento no interesse
responsivas a esse estresse e podem ser avaliadas pela forma como o sistema cardiovascular reage ao
através de questionários. Esse procedimento, apesar estresse do exercício27 e pelo uso de mensurações
de algumas limitações como a subjetividade das não-invasivas para examinar a função autonômica
respostas, pode ajudar no controle dos efeitos da cardíaca (simpática e parassimpática)28.
carga de treino, otimizando o aprimoramento da A VFC tem o potencial de avaliar, de forma
condição física e auxiliando na prevenção de efeitos não-invasiva, a oscilação temporal dos intervalos
negativos como a síndrome do overtraining. R-R através de métodos específicos no domínio do
tempo e da frequência27,29,30. Métodos no domínio
Escore do questionário do tempo como o SDNN (Desvio padrão de todos
de overtraining e o exercício os intervalos R-R), RMSSD (Raiz quadrada da mé-
dia das diferenças sucessivas ao quadrado, entre R-R
O questionário de overtraining SFMS (Société adjacentes) e o pNN50 (Percentagem das diferenças
Française de Médicine du Sport)24 foi desenvolvido sucessivas entre os intervalos R-R que são > 50 ms)
para quantificar os sintomas clínicos iniciais da e no domínio da frequência como o componente
síndrome do overtraining25,visto que apresenta uma HF (Componente espectral de alta frequência
relação direta com cargas elevadas de treinamento5. (0,15 – 0,4 Hz)) apresentam grande correlação com
Este instrumento é capaz de medir o estresse psi- o sistema nervoso parassimpático, sendo, assim,
cofisiológico e ajuda a avaliar o grau de sobrecarga utilizados como marcadores dessa porção do sis-
em atletas submetidos a programas de treinamento tema nervoso autônomo. Com relação ao sistema
intenso, através de 54 perguntas respondidas como nervoso simpático, ainda não há um consenso sobre
sim ou não, sendo avaliado através do escore de res- alguma variável que possa ser usada para marcar
postas positivas24,25. De acordo com Varlet-Marie et especificamente a sua influência27. A avaliação da
al.5, este questionário é uma ferramenta importante VFC pode ser feita através da plotagem de Poincaré,
no diagnóstico da síndrome do overtraining. na qual cada intervalo R-R é plotado em função
Devido a sua utilização em diversos estudos, este do intervalo prévio e permite uma análise visual
questionário já foi traduzido para a língua portugue- da atividade do sistema nervoso autônomo, sendo
sa (Brasil)26 e está em processo avançado de valida- que quando a alça parassimpática é dominante, o
ção com algumas modificações como a divisão das escaterograma tem uma forma elíptica e quando
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o simpático é dominante, observa-se uma forma Uma quantidade moderada de exercício é su-
estreita de plotagem31. Um exemplo deste modelo ficiente para aumentar o índice vagal relacionado
pode ser observado na Figura 2, através da qual é à VFC23. Mas, de acordo com Mourot et al.34, um
possível observar uma diferença entre dois atletas programa de treinamento intenso ou suficientemente
na resposta adaptativa ao treinamento. longo parece ser necessário para induzir mudanças
A função neurocardíaca pode ser mensurada significativas na VFC, no entanto, a característica do
através da VFC, pois esta variável fisiológica é treinamento (constante, intermitente ou intervalado
capaz de quantificar, através de uma estimativa e a intensidade, duração e frequência das sessões de
indireta29, a interação entre as alças simpática e treino) que provavelmente causam estas mudan-
parassimpática do nodo sinoatrial8,28,31,32. Assim, a ças, permanece obscura. Se o exercício intenso for
VFC tem sido um dos parâmetros utilizados para acompanhado de uma recuperação insuficiente, o
quantificar o estresse gerado pelo exercício, visto balaço autonômico pode ser alterado, apresentando
que reflete a resposta do sistema nervoso autônomo uma diminuição do tônus parassimpático e princi-
relativo às alterações de cargas, execuções sucessi- palmente uma elevação do tônus simpático, o que,
vas e fadiga8,15,28,29,31. associado a outros parâmetros, pode caracterizar o
Sabe-se que o treinamento de resistência overtraining29. Baumert et al.8 avaliaram o impacto
melhora a função cardiorrespiratória30 e aumenta do aumento da carga de treinamento sobre o sistema
significativamente a VFC tanto no domínio do cardiovascular em atletas, e constataram que quando
tempo quanto no domínio da frequência por au- o treinamento físico é intensificado abruptamente,
mentar a atividade vagal32. Este aumento do tônus a atividade cardiovascular é alterada com a dimi-
parassimpático está associado aos efeitos cardiopro- nuição da atividade parassimpática e elevação da
tetores proporcionados pelo exercício comumente atividade simpática e que essa resposta pode ser
observado em atletas e indivíduos treinados31. Mas, monitorada pela VFC em repouso.
no estudo de caso realizado por Hedelin et al.33, foi Earnest et al.29 examinaram a relação entre a
sugerido que o aumento da atividade parassimpática VFC e o exercício físico em ciclistas profissionais e
está relacionado ao overtraining. concluíram que as alterações na VFC em repouso
ms ms
2.000 2.000
1.500 1.500
M1
1.000 1.000
500 500
ms ms
ms ms
2.000 2.000
1.500 1.500
M2
1.000 1.000
500 500
ms ms
Atleta 1 Atleta 2
Figura 2. Plotagem de Poincaré da Variabilidade da Frequência Cardíaca em repouso de dois atletas profissionais de futebol
submetidos ao mesmo programa de treinamento. M1 é a avaliação pré e M2 é referente ao momento final após 14 dias de treino.
(Bara Filho et al.; dados não publicados).
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a 500UI/L para indicar que o limite da habilidade do estado de humor com a variabilidade da frequên-
muscular havia sido excedido e nomearam-no de cia cardíaca (VFC)22,23, níveis plasmáticos de leucó-
“break point” da CK. Deve-se destacar que valores citos e razão glutamato/glutamina12 e indireta com
da ordem de 200 a 250 UI/L podem ser considerados a creatina quinase (CK) e lactato desidrogenase18
normais para homens atletas14. em relação ao exercício. O escore do questionário
Purge et al.9, em seu estudo, examinaram SFMS de overtraining apresentou relação direta
as alterações da atividade da CK em remadores com a carga de treino24 e com outros marcadores
masculinos de elite durante um período de prepa- como a CK5, hematócrito e viscosidade plasmáti-
ração e constataram que essas mudanças têm um ca13,25 e indireta com a ferritina5,25. A VFC foi rela-
padrão similar às alterações no volume semanal cionada a outros marcadores como a concentração
de treinamento. Martínez-Amat et al.39 obser- de hemoglobina e células sanguíneas vermelhas
varam uma diferença na atividade da CK total em canoístas para identificar o overreaching15, mas
entre indivíduos saudáveis e aqueles com danos não foi observada uma relação significativa entre
no tecido muscular. Um aumento nos níveis de as mesmas. Hedelin et al.33 observaram relação
CK plasmático correspondente à intensificação do direta entre a queda no rendimento e o hormônio
treinamento, também foi observado no estudo de luteinizante em um atleta com a síndrome do
Halson et al.12 quando estudaram a resposta dessa overtraining, mas nenhuma relação siginificativa
variável ao overreaching em oito ciclistas durante com os leucócitos totais, hemoglobina, cortisol e
um período de seis semanas. Hartmann Mester14 ferritina. Neste estudo, foi observada uma relação
observaram um aumento considerável na CK, em indireta entre o rendimento e a VFC.
um grande número de atletas, após treinamento de No entanto, observa-se uma carência de estudos
resistência e de força de intensidade de moderado que analisaram, na mesma pesquisa, a correlação
a intenso. Já no estudo de Zoppi et al.37, não foi entre os marcadores psicológicos, bioquímicos e fisio-
observada nenhuma diferença significativa na ati- lógicos em relação às cargas de treinamento. A com-
vidade da CK plasmática nos atletas durante uma binação dessas variáveis tem sido a melhor estratégia
temporada competitiva no futebol. Ainda nesse para identificar o efeito das cargas de treinamento
estudo, observou-se que as concentrações plasmá- sobre o atleta7. Essa estratégia de monitoramento se
ticas da CK estiveram sempre acima dos valores de apresenta com grande relevância, no meio esportivo,
referência para sujeitos sedentários. devido à sua importância tanto para se atingir um
De acordo com Hartmann e Mester14, há uma melhor desempenho quanto para prevenir possíveis
clara necessidade de determinações regulares de excessos que poderiam acarretar o overtraining.
CK dentro de um programa de mensurações para
acompanhar o treinamento. A mensuração da CK CONSIDERAÇÕES FINAIS
plasmática pode ser importante na quantificação
do efeito da carga de trabalho durante um ma- A utilização de marcadores fisiológicos, psicológicos
crociclo de treinamento para adequar o intervalo e bioquímicos na prevenção dos efeitos negativos
de recuperação devido a sua relação direta com o das cargas de treinamento ainda não está clara.
estresse tecidual. Apesar de ser um método indireto Assim, é notória a necessidade do desenvolvimento
e invasivo, quando comparado a métodos diretos de um método acessível e fácil para monitorar o
de mensuração do dano muscular como as análises treinamento2,5. Entende-se que um marcador ideal
de amostras de músculo ou de imagem por técnica do início do overtraining deveria ser sensível às
de ressonância magnética, este se mostra como um cargas de treinamento, não ser afetado por outros
parâmetro mais acessível e com menor custo para fatores, ser relativamente fácil de mensurar e não
os profissionais que estão envolvidos no processo muito caro. Atletas de elite e seus técnicos precisam
de treinamento. de um sistema para monitorar o treinamento e a
recuperação com marcadores confiáveis para serem
Relação entre as variáveis utilizados na prevenção do overtraining. Kell-
mann17 afirma que há consideráveis vantagens em
A determinação de variáveis psicológicas, fisioló- prevenir o overtraining ao invés de simplesmente
gicas e bioquímicas, em relação ao exercício, tem preocupar-se com o tratamento e o repouso total.
sido realizada devido à pertinente relação existente Apesar disso, técnicas confiáveis para a de-
entre as mesmas2. tecção do início do overtraining ainda não foram
Vários estudos detectaram uma relação direta estabelecidas e, devido a um grande número de
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cício físico, dano muscular e dor muscular de início Bairro Cascatinha
tardio. Rev Bras Cineantropom Desempenho Humano 36033280 - Juiz de fora, MG. Brasil
2007;9(1):101-106. E-mail: danielschimitz@yahoo.com